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PAULO FREIRE E A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO

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Centro Universitário Celso Lisboa 
Escola de Formação de Professores 
Fundamentos da Educação 
Núcleo 1 - Ciclo 2 
 
Data: 09/07/2020 
Identificação da Atividade: Paulo Freire e a Pedagogia do Oprimido 
Professor: Dr. Obertal Xavier Ribeiro 
Aluno(a): Pedro Ferreira Fragoso Vale 
 
A Pedagogia do Oprimido é um fundamento pedagógico crítico, que 
propõe uma nova relação entre o educador, educando e sociedade. Na obra, é 
discutido pelo autor Paulo Freire quem são os opressores e oprimidos e qual a 
sua relação para então justificar o porquê de se ter uma pedagogia de 
libertação. A pedagogia do Oprimido trata da liberdade como um conceito, no 
sentido em que o indivíduo toma consciência das diversas situações de 
opressão, no qual como oprimido ele muita das vezes não consegue perceber 
e acaba por tomar aquela opressão como sendo uma verdade absoluta, sem 
margem para crítica ou reflexão. 
Freire em sua obra, aponta como opressor e oprimido o professor e o 
aluno, onde o professor tem o papel de detentor do conhecimento, do 
pensamento único, sem margem para questionamento, focado apenas em um 
único certo e errado e o aluno é visto como um recipiente vazio, sem 
conhecimentos, experiência ou perspectiva e o professor o enche de 
conhecimento. 
 No primeiro capítulo da Pedagogia do Oprimido, é apresentado a 
justificativa da Pedagogia do Oprimido, onde Freire relata que a forma de 
imposição que o opressor envolve o oprimido faz com que este se sinta não só 
inferior, mas que precise constantemente do seu opressor, mesmo que este lhe 
tire o direito de refletir e questionar. O educador ensina, entretanto, oprime a 
partir de uma forma de ensino tradicional, pouco se importando com o ponto de 
vista do educando, o tratando como um "mini adulto", pronto para reproduzir o 
que lhe foi ensinado sem questionar como um certo ou errado, fazendo com 
que os oprimidos se conformem e acomodem-se e aceitem a violência com que 
são tratados, deixando de lado o entendimento da realidade ao seu redor. No 
capítulo seguinte isso é melhor detalhado junto com a concepção "bancária" da 
educação e como a mesma é utilizada como instrumento de opressão. A 
Sociedade opressora deposita conhecimento nos alunos de forma que o 
mesmo fique limitado ao que lhe foi imposto, sem abertura ao diálogo e debate 
de ideias e opiniões. Fazendo uma linha de pensamento e comportamento anti-
dialógica, onde constata Freire (1987) que são pilares da anti-dialógica o 
conquistar onde o opressor busca diversas formas, como diz Freire (1987) “(...) 
conquistá-lo cada vez mais, através de mil formas”, dividir para manter a 
opressão, divisão necessária para dominá-las, manipular, onde os opressores 
controlam e conquistas seus oprimidos para a realização de seus objetivos. “A 
manipulação, na teoria da ação antidialógica, tal como a conquista a que serve, 
tem de anestesiar as massas populares para que não pensem” (Freire,1987, 
p.84) e invasão cultural, onde a minoria opressora impõe sua visão de mundo e 
todos se guiam por ele como relata Freire (1987, p.86) com “ Neste sentido, a 
invasão cultural, indiscutivelmente alienante, realizada maciamente ou não é 
sempre uma violência ao ser da cultura invadida, que perde sua originalidade 
ou se vê ameaçado de perdê-la”. Entretanto, quando os oprimidos se libertam, 
esta pedagogia passa a ser a pedagogia dos homens em processo permanente 
da libertação, pois uma vez consciente da realidade, uma vez focados ao seu 
redor é o suficiente para fazer-se questionar. É libertadora no sentido de fazer 
com que o oprimido perceba que está sendo oprimido, que após liberto o 
oprimido comece a problematizar, gerando a consciência de si inserido no 
mundo em que vive, começando a questionar e refletir, fazendo com que se 
passe a haver uma troca de palavras, um diálogo propriamente dito, deixando 
de ser uma troca mecanizada. Ainda com a questão da "pedagogia 
problematizadora" que busca a emancipação do "eu, detentor do saber" e 
passa valorizar o "nós, construidores do saber" através do diálogo entre 
professor e alunos, estimulando e ensinando a aprender e refletir criticamente, 
nos levando a conclusão de que é na educação problematizadora que se gera 
história que humaniza a nossa sociedade. 
 Freire aponta o diálogo como sendo a essência da prática libertadora. 
A cultura do dialogar segundo Freire são: colaboração, união, organização e 
síntese cultural, onde todos estes juntos conseguem transformar a sociedade, 
a palavra é um direito e não um privilégio, como também diz Freire (1987) que 
é uma ação amorosa, pois não há diálogo sem um amor profundo ao mundo e 
aos homens, é necessário esse amor para criar o diálogo propriamente dito, 
ouvir, entender e compreender o outro, enquanto o mesmo lhe dá os mesmos 
direitos. Freire aponta que os temas da educação devem partir da realidade 
dos alunos, compreender o seu contexto, pois não é possível ensinar com 
palavras ou situações que não sejam do domínio do aluno, propondo que 
aconteça uma investigação e coleta de temas partidos do convívio social do 
povo que se deseja ensinar, para então poder unir a teórica com a prática, 
criando assim, a práxis. 
 
 
 Disponível em: Slideshare, slide 4 . Acessado em: 09/07/2020 
 O diálogo é a chave para se livrar da opressão, Freire construiu com a 
pedagogia do oprimido um importante instrumento educativo na formação de 
uma consciência do povo em sua transformação social, uma educação do 
povo, para o povo e com o povo, como diz Freire (1987 p.49) “Nosso papel não 
é falar ao povo sobre nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas 
dialogar com ele sobre a sua e a nossa”. Ao fazer o oprimido refletir e criticar, 
gera-se automaticamente um desejo de revolução, entretanto a liderança 
revolucionária não pode impor seus ideais, mas sim levar a verdadeira palavra 
daqueles que representa, fazendo com que a revolução do oprimido seja uma 
ação transformadora, criando novas possibilidades de renovação social. 
http://pt.slideshare.net/profe.su/pedagogia-do-orpimido-presentation
 A Pedagogia do Oprimido nos leva a concluir que devemos nos 
conscientizar gradualmente e buscar a liberdade em conjunto, sem produzir 
novos opressores e oprimidos, revolucionar a estrutura social com o diálogo e 
pensamento crítico, levando a nossa sociedade a adquirir conhecimento, pois 
só com o conhecimento é que podemos destruir mitos. 
 
 
Referências bibliográficas 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e 
Terra, 1987.

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