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1João 1 1-4 - Alegria na Comunhão

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1João 1.1-4 – Alegria na Comunhão
Jesus aumenta nossa alegria quando nossos irmãos vivem de maneira fiel / Jesus revela a Vida Eterna
Saudação e Introdução
Boa noite, meus irmãos. É um prazer estar com os irmãos em mais essa oportunidade. Nos nossos primeiros estudos, nós falamos da necessidade de viver uma vida cristocêntrica. Ser cristocêntrico muda tudo em nossas vidas, como lemos a Bíblia, como resolvemos problemas, como tratamos as pessoas que amamos, como tratamos as pessoas que nos odeiam, como evangelizamos… e a lista vai longe.
Para demonstrar isso de forma prática, nós vamos estudar juntos um dos problemas mais relevantes da nossa época e vamos fazer isso de maneira cristocêntrica e seguindo a exposição de um livro inteiro da Bíblia.
Para apresentar o problema, eu trouxe uma pesquisa, que apesar de não ter sido realizada no Brasil, reflete bem a mentalidade da maioria dos brasileiros que eu conheço e com quem eu convivo:
George Barna relata que, nos Estados Unidos, mais de 90% da população acredita em um Deus ou deuses que têm poder sobre o universo. Além disso, quando perguntado se todas as religiões do mundo essencialmente oravam ao mesmo Deus, 64% do público adulto concordou. Na igreja cristã, entre aqueles que se autodenominam evangélicos, 46% concordam, e entre aqueles que se autodenominam “nascidos de novo”, 48% concordam. Entre os adultos que simplesmente se autodenominavam “frequentadores regulares da igreja”, 62% disseram que acreditavam que todas as religiões oravam essencialmente ao mesmo Deus. Isso é surpreendente e chocante! Dentro dos bancos das igrejas dos EUA, dois terços das pessoas não acreditam no caráter exclusivo da mensagem cristã, e quase metade de todos os evangélicos dizem o mesmo.
O Problema Hoje
Meus irmãos, nós vivemos num mundo onde a tolerância é um imperativo. Alguns falsos mestres saíram do nosso meio e reduzem o Evangelho a um “amor” cego, que faz vista grossa a práticas pecaminosas e a heresias em favor de uma falsa unidade. Outros reduzem o Evangelho a prática de ação social. Existe ainda um outro grupo, e talvez nós estejamos mais propensos a nos identificar com esse, que acredita que o Evangelho se resume a saber uma teologia ortodoxa e a esbravejar com as pessoas que elas vão para o inferno por não obedecerem a Palavra de Deus!
Nesse cenário, nós corremos o risco de nos tornarmos tolerantes ou de ficarmos com dúvidas sobre o que é certo ou errado! Se não estivermos bem firmados em Cristo e na sua Palavra, podemos nos deixar levar pelas palavras vãs, filosofias e vãs sutilezas (Ef 5.6 e Cl 2.8)
Há ainda o risco de sabermos o certo e nos acovardarmos em anunciar o que é certo! Podemos fazer isso pelo medo dos conflitos, para evitar os problemas e para não perdermos os amigos, os relacionamentos e talvez até as oportunidades de emprego (Exemplo da EQUINOR e outras empresas que falam do mês do Orgulho LGBT+).
Podemos ainda amarmos a teologia correta e termos uma prática não condizente e não amorosa! Podemos sair por aí afirmando o que é sã doutrina, podemos decorar os Catecismos e a Confissão de Fé de Westminster e termos uma prática completamente contrária ao Caminho que Jesus nos ensinou! Podemos pregar o inferno mais ortodoxo possível e nos esquecermos da graça que nos livrou dele e que pode livrar aqueles que vivem em pecado.
Os riscos são muitos e devemos estar conscientes deles!
O cenário das Cartas de João
Graças a Deus os problemas não são uma exclusividade nossa! Nossos irmãos que viveram na era apostólica passaram por problemas similares aos nossos! No primeiro século, na época em que o discípulo amado ainda era vivo… ou seja, na época em que o apóstolo João ainda era vivo, surgiram divisões na Igreja por causa de um grupo de “cristãos entre aspas” que saíram da Igreja e estavam se esforçando para arrebatar os membros que ainda continuavam fiéis.
A tática que eles usavam era extremamente parecida com a táticas que os falsos “cristãos” de hoje ainda usam. E isso é uma boa notícia para nós! Isso é uma boa notícia porque isso significa que o que João escreveu para resolver o problema das Igrejas no passado ainda se aplica para nós nos dias de hoje! A tática de Satanás pode estar disfarçada numa roupagem moderna, mas a raiz do problema é antiga e velha conhecida os autores da Bíblia…
Leitura e Oração
Para aprendermos como lidar com os nossos problemas modernos:
1. Como a imposição de uma tolerância pecaminosa;
2. Como os falsos grupos que reduzem o evangelho a ação social;
3. Ou reduzem Jesus a um mestre que ensina o amor tolerante a qualquer um;
4. Ou a uma teologia ortodoxa, isto é correta, mas que não tem uma prática cristã real…
Para nos ajudar com esses problemas, nós vamos estudar juntos a Primeira Carta de João. Hoje nós leremos os 4 primeiros versículos, ou seja, a introdução de carta. Eu convido os irmãos a abrirem as suas Bíblias na Primeira Carta de João, capítulo 1, nós vamos ler os versículos de 1 a 4:
O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa.
O Contexto de João
Página 1, problema no texto: A comunidade de João teve problemas com dissidentes que negavam a encarnação de Cristo e a necessidade do seu sacrifício. Eles se diziam espirituais e que tinham uma “linha direta” com Deus (1João 2.27), uma nova revelação. Entretanto, suas vidas não demonstravam uma prática de alguém que tem comunhão com Deus e com seu Filho, Jesus Cristo. Eles não amavam os irmãos, viviam nas trevas/não andavam na luz (prática pecaminosa, cf. 1João 1.6–10) e não amavam/ajudavam seus irmãos (1João 3.17 e 1João 4.20).
· Meus irmãos, antes de entrar no texto, propriamente dito…
· Um grupo havia surgido que tinha problemas teológicos e práticos:
· Teológicos:
· Negavam a encarnação de Cristo;
· Afirmavam ter comunhão com Deus, mas a comunhão é impossível se não for por meio do filhos;
· Afirmavam não ter pecados;
· Negavam a necessidade do sacrifício de Jesus;
· Afirmavam ter uma nova doutrina que foi uma revelação especial;
· Essas novas doutrinas contradiziam o que foi ensinado por Jesus e pelos apóstolos!
· Práticos ( aqui, encontramos pecados que provavelmente batem mais em Francisco que em Chico):
· Eles não vivam na luz/andavam nas trevas;
· Apesar de João nas listar os pecados, podemos acreditar que as Igrejas de João (principalmente a de Éfeso, estava acostumada com as listas feitas por Paulo em suas cartas);
· Eles não amavam seus irmãos, apesar de afirmar amarem a Deus;
· Eles não ajudavam os irmãos necessitados (provavelmente esse bate mais em Francisco que em Chico)
· João escreve para era para tranquilizar seus leitores, cuja confiança havia sido abalada pelas atividades dos separatistas.
· A garantia, então, é um tema que permeia a carta, e os fundamentos da garantia que o autor fornece tendem a ser objetivos e éticos ao invés de subjetivos.
· Esses fundamentos servem não apenas para julgar se outros movimentos são cristãos ou anticristãos (teologia saudável/ortodoxia);
· Esses fundamentos servem para nos avaliarmos se nós, que temos uma teologia correta também temos uma prática saudável!
A Graça Para o Público de João
Página 3, graça no texto: Jesus é a revelação última de Deus para os nossos problemas (1João 1.1–4; João 1.4, 14 e Hebreus 1.1–2). A encarnação de Cristo é a prova última do amor de Deus para conosco! Crer em Cristo e se arrepender dos pecados é receber a vida eterna (1João 1.1–2; 1João 2.25 e João 1.4). Amamos a Deus porque ele nos amou primeiro (1João 4.19) e assim somos unidos a Cristo (João 15.1–11) eobedecemos a seus mandamentos (João 14.15, 21). Essa graça nos ensina como tratar os irmãos e os adversários da fé!
· Graças a Deus o texto que lemos, ou seja, a introdução da carta, revela a graça necessária para lidar com esses problemas...
· Tanto os teológicos: que o liberalismo e a tolerância dos nossos dias introduzem;
· Como os práticos: que muitas vezes são encontrados em Igrejas com uma ortodoxia morta (praticantes e não ouvintes Tg 1.22 e fé morta Tg 2.17 e 26)
· No texto que lemos não vamos resolver todos os problemas;
· Eles serão resolvidos à medida que estudarmos a carta toda;
· Mas o texto de hoje nos ensina o fundamento da solução desses problemas!
· Jesus Cristo, sua Encarnação, sua vida e sua obra são a solução para todos os problemas!
Exposição
· O que era desde o princípio:
· Jesus é o que era desde o princípio. Ele era o verbo de Deus (João 1.1)
· O que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida:
· João enfatiza que era uma testemunha ocular de Jesus. Ele faz isso porque os separatistas negavam a encarnação. João afirma que ela era uma realidade. Que ele viu, tocou, testemunhou!
· Jesus não morreu e a ressurreição é uma invenção! Isso é um fato! Visto por mais de 500 testemunhas oculares e registrado no livro mais autêntico do mundo!
· As pessoas gostam de falar que a fé é irracional! Mas não é!
· O método científico mais confiável, que é chamado de crítica textual dá testemunho de que os Evangelhos são o registro fiel da vida e obra de Cristo!
· (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada):
· Jesus é a revelação máxima de Deus;
· Ele revela a vida eterna
· o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco:
· Não há como manter comunhão com os que estão em pecado;
· Por isso João escreve…
· Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
· Aos desigrejados: se não tem comunhão com a Igreja (representada por um apóstolo no texto) como ter com Deus?
· Como ter comunhão com Deus sem ser por meio do seu filho?
· Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa.
· Alegrar-se com o crescimento da Igreja e a vida fiel dos irmãos e filhos na fé.
A Graça nos Dias de Hoje
Página 4, graça hoje: Na primeira Carta de João, aprenderemos como lidar com nossos problemas atuais… aprendemos sobre o limite do amor e da tolerância! Aprendemos que Evangelho é o Senhor Jesus e sua encarnação! Aprendemos que a mesma graça que estava disponível para os leitores originais de João ainda está disponível hoje! Não somos mais testemunhas oculares de Jesus, mas ele prometeu estar conosco todos os dias até o último dia (Mateus 28.20b).
Lições práticas
· Missão:
· Buscar a ortodoxia e ortopraxia que são consequências do relacionamento com Deus.
· Não há como ter um relacionamento com Deus a parte de Cristo;
· Se preocupar e se alegrar com o crescimento na fé dos irmãos.

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