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a letra escarlate

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ROTEIRO DE TRABALHO
Biografia 
Nathaniel Hawthorne nasceu em Salem, Massachusetts, em 1804. Sua família descendia dos primeiros colonos da Colônia da Baía de Massachusetts. Entre seus antepassados ​​estava John Hathorne, um dos juízes nos julgamentos de bruxas de 1692 em Salem. Ao longo de sua vida, Hawthorne ficou fascinado e perturbado por seu parentesco com John Hathorne. Hawthorne frequentou o Bowdoin College no Maine.
Depois da faculdade, Hawthorne tentou escrever, produzindo textos históricos e um romance anônimo, Fanshawe, que detalhou seus dias de faculdade. Hawthorne também ocupou cargos como editor e inspetor alfandegário durante este período. Seu relacionamento crescente com o círculo intelectual que incluía Ralph Waldo Emerson e Margaret Fuller o levou a abandonar seu posto alfandegário para o experimento utópico em Brook Farm, uma comuna projetada para promover a autossuficiência econômica e os princípios transcendentalistas.
1. Síntese da peça: síntese para que os colegas possam conhecer a história e aproveitar melhor a apresentação do trabalho. Essa síntese pode ser feita a partir de uma encenação ou vídeo. 
https://www.youtube.com/watch?v=uen92KjCSsg&ab_channel=VideoSparkNotes
3. Fundo histórico: posicionar a obra no tempo e no espaço, focalizar o contexto social de produção 
A Letra Escarlate foi o primeiro sucesso de Hawthorne como escritor, sendo escrita poucos anos depois do autor ter aderido ao movimento transcendentalista. 
O transcendentalismo foi um movimento religioso e filosófico do início do século XIX que se dedicou à crença de que a divindade se manifesta em toda parte, particularmente no mundo natural. Também defendia um relacionamento personalizado e direto com o divino, em lugar de uma religião formalizada e estruturada.
A obra foi escrita em 1850, uma época em que a ideia de emancipação feminina estava em evidência. As mulheres haviam começado a pressionar pelo direito à educação e a fazer campanha para limitar o controle legal que maridos tinham sobre suas esposas. Margareth Fuller, colega transcendentalista de Hawthorne, foi autora do primeiro tratado feminista norte-americano e foi pioneira na luta pelo sufrágio universal 
Inspiração histórica
A obra usa como cenário histórico Boston no século XVII colonizada por puritanos. Os puritanos vieram para a América na tentative de se livrarem da Igreja da Inglaterra. Eram protestantes devotos e determinados a fundar colônias no Novo Mundo que servissem como modelos.
Puritanos não vieram para a Nova Inglaterra para estabelecer a Liberdade religiosa, mas para criar uma sociedade de acordo com suas normas religiosas. As comunidades puritanas eram compostas de famílias patriarcais que não toleravam a desobediência. A lei não distinguia a Igreja do Estado, portanto, a bíblia era fonte para as doutrinas espirituais e civis. 
Manuscrito
O autor dizia que sua obra se baseava numa história real que descobriu certa vez na alfandega de Salem. O escritor teria encontrado um manuscrito com um velho pedaço de tecido dentro bordado com a letra “A”, entretanto, tal história nunca foi confirmada. 
Cenas-chave: cenas que são centrais para o desenvolvimento/entendimento da história
Hester Prynne sobre no cadafalso com seu bebê recém-nascido para enfrentar publicamente a consequência de sua gestação fora do casamento. Ela fica por 3 horas no cadafalso e de lá ela avista seu marido que faz um gesto de silêncio para Hester a fim de não ter sua identidade revelada.
Numa noite, Dimmesdale vai até o cadafalso onde Hester ficou em penitência perante as pessoas. Hester e Pearl, ao caminho de casa, avistam o ministro sobre o cadafalso e vão conversar com ele. Lá, eles veem um meteoro que traça um “A” no céu.
4. Estilo 
As obras de Nathaniel Hawthorne pertencem ao Romantismo do século XIX e, mais precisamente, ao Dark Romanticism . Seu estilo é carregado de temas psicológicos e de simbolismo.
Em Letra Escarlate, a narração é longa e carregada de descrição, assim como os diálogos, além do uso constante de metáforas. Entretanto, os capítulos tendem a ser curtos. 
“atmospherical medium as to bring out or mellow the lights and deepen and enrich the shadows of the picture
Frase do próprio autor de como ele manipula a atmosfera da sua escrita.
trecho
“Contudo, bem depressa seu olhar se tornou agudo e penetrante. Um estremecimento de horror lhe contraiu as feições, como serpente que tivesse deslizado, rápida, sobre a face e, súbito, estacasse, com suas roscas à vista”
“O estado de ardente excitação da mãe fora o meio através do qual haviam sido transmitidos a filha, ainda por nascer, os rasgos de sua vida moral, originalmente níveos e claros, mas que depois se tingiram do carregado matiz de ouro e carmesim, do brilho do fogo, de negras sombras e da luz fosca de elementos que ulteriormente interferiram. ”
5. Análise de Personagens: destacar os personagens principais e caracterizá-los 
Hester Prynne
Sabe-se pouco sobre Hester antes de seu caso com Dimmesdale e sua vergonha pública resultante. Sabe-se que ela se casou com Chillingworth, embora não o amasse, mas nunca entendemos completamente a razão. O leitor toma conhecimento da personagem depois de seu caso.
 Envergonhada e alienada do resto da comunidade, Hester se torna contemplativa. Ela especula sobre a natureza humana, a organização social e questões morais. As aflições de Hester a levam a ser estóica e uma pensadora livre. Embora o narrador finja desaprovar a filosofia independente de Hester, seu tom indica que ele secretamente admira sua independência e suas ideias.
“Diziam que significava Apóstola, tal a fortaleza de animo, de que Ester se mostrava revestida. ” (cap 13) – essa frase fala sobre a reputação que Ester consegue ao longo do tempo entre os moradores
“[...] com um rubor de fogo nas faces, mas com sorriso de altivez e um fulgor nos olhos e quem não se sentia envergonhada. ” (cap 2) - A citação descreve o comportamento de Hester quando ela fica fora da prisão enquanto os habitantes da cidade a olhan
Rogério Chillingworth 
Roger Chillingworth é o antagonista do romance. Pelo que se conta ao leitor sobre seus primeiros anos com Hester, ele era um marido difícil. Ele ignorou sua esposa por grande parte do tempo. Assim que ele encontra Hester e descobre que ela deu à luz um filho de outro homem, ele fica obcecado em frustrar seu plano de manter a identidade daquele homem em segredo. Sua motivação parece ser principalmente o ciúme, porque ele sabe que Hester nunca o amou ou desejou, e ele quer ver por que tipo de homem ela se sentia atraída. Incapaz de se envolver em relacionamentos recíprocos com as pessoas ao seu redor, ele se alimenta da vitalidade dos outros e, conforme a trama avança, e ele confirma que Dimmesdale é o pai do filho de Hester, Chillingworth fica mais obcecado em atormentar o ministro. 
“Já lhe disse o que sou! Um demônio! ” (cap 14) – Essa é a resposta de roger a Ester ao ser perguntado o porquê aflige tanto o ministro.
Arthur Dimmesdale
Dimmesdale é um jovem que alcançou fama na Inglaterra como teólogo e depois emigrou para a América. Em um momento de fraqueza, ele e Hester tornaram-se amantes. Embora ele não o confesse publicamente, ele é o pai do filho dela. Ele lida com sua culpa atormentando-se física e psicologicamente, desenvolvendo como resultado um problema cardíaco. Seus compromissos com a congregação estão em conflito com seus sentimentos de pecaminosidade. 
“Feliz és tu, Ester, que trazes a letra escarlate às claras sobre o peito! A minha queima em segredo!” (cap 17) – O sentimento de culpa vai atordoar Dimmesdale por toda a obra
Pérola
A filha ilegítima de Hester, Pearl, é uma jovem com um espírito travesso e uma capacidade de perceber coisas que os outros não percebem. Por exemplo, ela rapidamente descobre a verdade sobre sua mãe e Dimmesdale. Os habitantes da cidade dizem que ela mal parece humana e espalham rumores de que seu pai é na verdade o Diabo.
“Sou ainda criança. Ela não fugirá de mim, porque não trago ainda nenhum sinal no peito. ” (cap 16)– esse trecho mostra a sagacidade da personagem e mostra que ela mesma acredita que um dia terá um sinal no peito
“[...] cuja vida inocente, por inescrutável desígnio da Providência, brotou, como flor encantador e imortal, da exuberante louçania de uma paixão criminosa. ” (cap 6) – Aqui, o narrador comenta sobre as condições da concepção da Pérola
 
6. Temas explorados: destacar os temas e suas implicações na obra 
 Pecado e conhecimento
Pecado e conhecimento são temas a tradição judaico-cristã. A experiência de Hester e Dimmesdale lembra a história de Adão e Eva porque, em ambos os casos, o pecado resulta em expulsão e sofrimento. Mas também resulta em conhecimento - especificamente, no conhecimento do que significa ser humano. Para Hester, a letra escarlate funciona como "seu passaporte para regiões onde outras mulheres não ousavam pisar", levando-a a "especular" sobre sua sociedade e sobre si mesma com mais "ousadia" do que qualquer outra pessoa na Nova Inglaterra
Natureza do mal
O livro argumenta que o verdadeiro mal surge da estreita relação entre ódio e amor. Como o narrador aponta no capítulo final do romance, ambas as emoções dependem de “um alto grau de intimidade e conhecimento do coração" O mal não é encontrado no ato de amor de Hester e Dimmesdale, nem mesmo na ignorância cruel dos pais puritanos. O mal é encontrado na vingança planejada por Chillingworth, cujo amor foi pervertido.
Culpa
A culpa é um tema importante em A Letra Escarlate e acomete principalmente Dimmesdale. Dimmesdale é atormentado tanto pela culpa por seu ato pecaminoso de ser pai de um filho ilegítimo, quanto pela culpa de não assumir a responsabilidade por suas ações e por ter que esconder seu segredo. A culpa do ministro também é exagerada por um sentimento de hipocrisia, porque ele é considerado por muitos como excepcionalmente santo e justo. Por meio do personagem Dimmesdale, Hawthorne sugere que a culpa não é necessariamente virtuosa se não for acompanhada por um esforço para mudar ou se redimir.
“[...] deixem-na tapar o sinal como quiser, que o tormento que ele causa nunca lhe sairá do coração”
- uma pessoa na plateia comentando sobre a punição de ester
“Mamãe! Mamãe! Por que é que o ministro leva a mão ao coração? ” (cap 15) – um momento que Pearl percebe a agonia de dimmesdale 
“É inconcebível o martírio com que esta veneração pública o torturava! ” (cap 11) – Dimmesdale se sente agoniado em dar seus sermões
Independência Feminina 
Hawthorne explora o tema da independência feminina mostrando como Hester toma suas próprias decisões e é capaz de cuidar de si mesma. Antes mesmo de o romance começar, Hester já violou as expectativas sociais ao escolher fazer sexo com um homem com quem não é casada. Como Hester foi expulsa da comunidade, ela foi liberada de muitas das expectativas tradicionais de uma mulher dócil e submissa. Ela também tem responsabilidades práticas que a forçam a ser independente: ela tem que ganhar a vida para que ela e sua filha possam sobreviver, e ela também tem que criar uma criança como mãe solteira.
O romance sugere que a independência de Hester tem um preço. Como Hester tem vivido fora das convenções sociais, ela parece ter perdido o contato com os princípios éticos fundamentais: "ela vagou, sem regra ou orientação, em um deserto moral." O romance também termina com Hester retornando à comunidade para viver uma vida humilde e voluntariamente escolhendo começar a usar a letra escarlate novamente.
“Nascera para viver livre. A letra escarlate era o seu passaporte para regiões onde outras mulheres não ousavam penetrar. ” (cap 18)
“[...] ela o repeliu, com um gesto de natural dignidade e força de caráter, e adiantou-se para o ar livre, como se o fizesse por livre vontade. ” (cap 2) – quando ela sai da cadeia
Empatia
Tanto Dimmesdale quanto Hester apresentam uma grande compaixão porque sofreram e podem simpatizar com a forma como uma boa pessoa ainda pode cometer erros. Essa capacidade de mostrar empatia torna Hester e Dimmesdale muito procurados dentro da comunidade: Dimmesdale ganha uma grande reputação como um ministro e, no final do romance, Hester se tornou uma espécie de mulher sábia
“O povo confiava-lhe todas as suas mágoas e pesares, e vinha pedir-lhe conselho, como a alguém que sozinha atravessara vicissitudes tão tempestuosas, sem haver soçobrado nelas” (cap 24/conclusão)
- pessoas indo procurar ajuda com Ester depois dela voltar para a vila.
Civilização e Natureza
A cidade e a floresta representam sistemas comportamentais opostos. A cidade representa a civilização, um espaço limitado por regras onde tudo o que se faz está em exibição e onde as transgressões são punidas rapidamente. A floresta, por outro lado, é um espaço do desconhecido onde não existe ordem social. Na floresta, as regras da sociedade não se aplicam, e identidades alternativas podem ser assumidas.
“Parece-me ter caído – doente, manchado da culpa, enegrecido da mágoa – sobre estas folhas ressequidas da floresta, e reerguido inteiramente outro, dotado de novos poderes para glorificar. ” (cap 18) – Ao encontrar Ester na floresta, Dimmesdale começa a se sentir melhor
7. Símbolos explorados (se houver) 
 A letra escarlate
A letra escarlate pretende ser um símbolo de vergonha, mas torna-se um poderoso símbolo de identidade para Hester. O significado da letra muda com o passar do tempo. Com a intenção original de marcar Hester como adúltera (adulterer), o "A" acaba por significar "Capaz" (able). Os nativos americanos que vêm assistir ao desfile do dia da eleição acham que a letra marca a protagonista como uma pessoa de importância e status
“Asseverava que o símbolo não era apenas um pedaço de tecido tingido de escarlate por mãos humanas, mas sim queimado ao rubro com fogo do inferno, e acrescentava que podia ser visto todo resplandecente, sempre que Ester Prynne vagueava de noite. (cap 5)
O meteoro
Enquanto Dimmesdale está no cadafalso com Hester e Pearl no Capítulo 12, um meteoro traça um “A” no céu noturno. Para Dimmesdale, o meteoro implica que ele deveria usar uma marca de vergonha, assim como Hester faz. Já para a comunidade, o acontecimento é interpretado de forma diferente, que pensa que ele representa "Anjo" e marca a entrada do governador Winthrop no céu.
“Tão vívida era a expressão, ou tão intensa a percepção que o ministro teve dela, que lhe pareceu que continuava pintada na escuridão, depois que o meteoro se desvaneceu, como se a rua e tudo o mais tivesso sido aniquilado num ápice” (cap 12) – A reação de Dimmesdale após ver o meteoro
Pearl
Sua função principal no romance é como um símbolo. Pearl é uma espécie de versão viva da letra escarlate de sua mãe. Ela é a consequência física do pecado sexual e o indicador de uma transgressão. No entanto, mesmo como um lembrete do "pecado" de Hester, Pearl é mais do que um mero castigo para sua mãe: ela também é uma bênção. Ela representa não apenas o “pecado”, mas também o espírito vital e a paixão que gerou esse pecado. Assim, a existência de Pearl dá a sua mãe razão para viver
“E lá estava o ministro, com a mão apoiada sobre o coração; e Ester Prynne com a letra escarlate refulgindo sobre o seio; e a pequena Pérola, também ela um símbolo, o laço de união entre ambos” (cap 12)
Noite X Dia
Ao enfatizar a alternância entre a luz do sol e a escuridão, o romance organiza os eventos da trama em duas categorias: aqueles que são socialmente aceitáveis e aqueles que devem ocorrer secretamente. A luz do dia expõe as atividades de um indivíduo e o torna vulnerável a punições. A noite esconde e permite atividades que não seriam possíveis ou toleradas durante o dia como, por exemplo, o encontro de Dimmesdale com Hester e Pearl no pelourinho
 
10. Intertextualidade: fazer relação da obra com outra da mesma literatura ou não, mostrar influências da obra/autor em outros livros/autores 
1996: In Primal Fear, Estrelando Richard Gere e Edward Norton. Uma passagem do livro é citada em uma cena de tribunal.
https://en.wikipedia.org/wiki/Primal_Fear_(film)
The Scarlet Letter (2004).Thriller sul-coreano que utiliza o nome do livro.
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(2004_film)
Dan in Real Life (2007). A romance é lido pela filha do protagonista.
https://en.wikipedia.org/wiki/Dan_in_Real_Life 
Easy A (2010). O filme se inspira na história, mas é ambientado numa high school.
https://en.wikipedia.org/wiki/Easy_A 
No clipe de Smells Like Teen Spirit, a líder de torcida tem um “A”, costurado em sua blusa
https://en.wikipedia.org/wiki/Smells_Like_Teen_Spirit 
Courtney Love e a sua banda Hole cantam "No one knows she's Hester Prynne" em sua versão de "Old Age”, do Nivana
https://en.wikipedia.org/wiki/Courtney_Love 
12. Adaptações para outras mídias: usar filmes e outros recursos audiovisuais sobre a obra em apreço 
The Scarlet Letter (1926 film)
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(1926_film)
The Scarlet Letter (1934 film)
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(1934_film) 
The Scarlet Letter (1973) / Alemanha
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(1973_film)
The Scarlet Letter (1995)
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_(1995_film) 
 
13. Interação: Organizar formas de participação/interação dos colegas nas apresentações. Fazer um QUIZ, por exemplo.
Ao longo da narrativa, o fardo de Hester de ser identificada como adultera se torna sua marca de individualidade e ela passa a viver de maneira mais independente e autônoma. Entretanto, no fim do enredo, a protagonista escolhe viver humildemente no vilarejo e carregar a letra escarlate em seu peito. 
O autor estaria quebrando paradigmas ou validando a moral puritana?
Referências
GRANDESLIVROS. A Letra Escarlate (Nathaniel Hawthorne). Youtube, 7 de fev. de 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=by4hw6je5xw&ab_channel=grandeslivros
The Scarlet Letter. Sparknotes. Disponível em: https://www.sparknotes.com/lit/scarlet/
The Scarlet Letter in popular culture. Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_in_popular_culture

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