Buscar

Aula de Direito Constitucional sobre o Poder Executivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
Aula 06 
Direito Constitucional 
Oficial de Inteligência da ABIN 
4 Poder Executivo. 
Professor: Roberto Troncoso 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    2 
Aula 06 
4 Poder Executivo. 
I.  PODER EXECUTIVO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 4
II.  DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 5
III.  DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 17
IV.  DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 18
V.  DO PODER REGULAMENTAR ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 21
VI.  RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 25
VII.  GOVERNADORES (Gov) ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 35
VIII.  QUESTÕES DA AULA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 67
IX.  GABARITO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 77
X.  BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 78
 
 
Olá futuros Oficiais de Inteligência da ABIN! 
Prontos para o SEU salário de até R$ 23.595,39 e para uma vida cheia 
de aventuras? (Remuneração do final de carreira ) 
Na aula de hoje, estudaremos o Poder Executivo. 
De todos os três poderes, sem dúvida, é o assunto de mais fácil assimilação e 
de menor conteúdo. Além disso, o conteúdo da aula de hoje é bastante 
palpável, teremos até alguns vídeos para demonstrar como a teoria funciona 
na prática. 
Como sempre, faremos muitos exercícios para que você treine muito e tenha 
uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 80 questões comentadas! 
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. 
Na aula de hoje, teremos APENAS 24 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável! 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    3 
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. 
 
Vamos então à nossa aula! 
 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    4 
I. PODER EXECUTIVO 
Meu caro aluno e futuro Oficial de Inteligência da ABIN, é importante que você 
tenha uma visão do todo antes de estudar cada detalhe da matéria. Assim, 
observe o esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo que iremos 
estudar na aula de hoje. 
 
 1 - Funções do Poder Executivo - Típicas 
- Atípicas 
 2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR 
2.2 - Investidura 
2.3 - Impedimentos e vacância 
2.4 - Atribuições do PR 
3 - Vice-Presidente da República 
4 - Ministros de Estado 
5 - Poder Regulamentar 
6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade 
6.2 - Crimes comuns 
7 - Governadores de Estado e do DF 
Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também 
atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de 
administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente 
da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de 
julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos 
administrativos). Veja: 
 
 
 a) Função Típica - Administração 
 b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...) 
- Julgar (decisões nos processos adm) 
 
 
1.
 F
u
n
çõ
es
 d
o 
P
od
er
 E
xe
cu
ti
vo
  
P
od
er
E
xe
cu
ti
vo
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    5 
II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) 
2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerce 
duas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas 
relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção 
superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o 
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
2.2 INVESTIDURA 
Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema 
majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas 
eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um 
número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus 
candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais 
votados daquele partido. 
O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que 
conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido 
em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de 
dois turnos. 
O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor 
da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno, 
independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição 
de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores. 
Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das 
eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não 
computados os brancos e os nulos. 
Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turno 
em 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno, 
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate, 
em qualquer caso, terá preferência o mais idoso. 
Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República, 
Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    6 
Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em 
1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do 
mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de 
outubro. 
Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º 
de janeiro do ano seguinte à eleição. 
Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ. 
Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se 
candidatar a um terceiro mandato. 
Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três, 
quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido 
é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos. 
Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice-
Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que 
alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República: 
- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro 
naturalizado); 
- Idade mínima: 35 anos 
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos; 
- Alistamento eleitoral; 
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma, 
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio 
de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazomínimo 
de filiação para que alguém se candidate a Presidente. 
- Não ser inelegível. 
Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso 
Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 
1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o 
Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias. 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    7 
Esquematizando: 
2. Presidente da República 
2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionais 
b) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal 
- Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinE 
 Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turno 
majoritário   ‐ Independentemente da diferença de votos 
- Eleição de - Senadores 
- Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores 
- De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos 
- Não computados os em branco e os nulos 
- Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os 
dois mais votados 
- Prazo: 20 dias 
- Empate: o mais idoso 
- Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno: 
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes 
- Empate: o mais idoso 
- Eleição de - Presidente da República 
- Governador 
- Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitores 
 Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato 
presidencial vigente 
2º turno: último domingo de outubro 
 Mandato - Duração: 4 anos 
- Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleição 
 Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ 
- Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos 
- Para garantir a alternância de poder 
 Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro nato 
do PR e do VP - Idade mín: 35 anos 
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos 
- Alistamento eleitoral 
- Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma) 
- Não ser inelegível 
 Posse - Em sessão conjunta do CN 
- No dia 1º de janeiro 
- Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior
2.
2.
 I
n
ve
st
id
u
ra
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    8 
2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse 
caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe 
do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, 
ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante. 
Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a 
presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente. 
Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice-
Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de 
quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois 
primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois 
de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas 
novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República. 
Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato, 
ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois 
de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas 
para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que 
elegem o Presidente da República. 
Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo 
tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho: 
 
 
 
 
 
 
Vaga nos 2 primeiros anos: 
Eleição direta pelo povo 
Novo mandato 
(mandato‐tampão)
1º ano 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    9 
 
 
 
 
 
Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o 
sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos 
dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a 
Presidência da República (nessa ordem): 
1. Presidente da Câmara dos Deputados 
2. Presidente do Senado Federal 
3. Presidente do STF 
Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República 
temporariamente. 
A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice 
não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do 
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria, 
essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente 
aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as 
constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período. 
Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice-
Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não 
substituindo. 
Esquematizando: 
 
Vaga nos 2 últimos anos: 
Eleição indireta pelo CN
Novo mandato 
(mandato‐tampão)
1º ano 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    10 
 
a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR 
- Vice-Presidente SUBSTITUI o PR 
- O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por 
mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo 
● Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente 
aos gov e as respectivas assembleias legislativas 
● Princípio da simetria 
b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR 
- Decorre de i. Morte 
ii. Renúncia 
iii. Perda do cargo 
- VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante 
c) Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta 
cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga 
ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN 
anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga 
- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-
tampão) 
d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão 
sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD 
2. Presidente do SF 
3. Presidente do STF 
 
 
2.
3.
 I
m
p
ed
im
en
to
 e
 V
ac
ân
ci
a 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    11 
2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da 
Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode 
haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para 
fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que 
não significa que você pode esquecer as demais, combinado? 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na 
escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem 
participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!) 
 Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, 
os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, 
o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão 
diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros 
servidores, quando determinado em lei: são escolhidos pelo 
Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria 
absoluta do Senado Federal. 
 PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de 
dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa 
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da 
maioria absoluta do Senado Federal. 
Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República(PGR) com o 
Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do 
Senado Federal. 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores 
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado 
em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal 
de Contas da União; 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    12 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, 
e o Advogado-Geral da União; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da 
administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando 
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre 
ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei 
(art. 48, XI). 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional; 
Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e 
o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não 
confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso 
(referendá-lo). 
Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional.” 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    13 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e 
não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso 
Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao 
Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, 
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.” 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da 
federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários 
motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34). 
Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente 
da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No 
entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso 
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo: 
 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois 
 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois 
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois 
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião 
da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as 
providências que julgar necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, 
dos órgãos instituídos em lei; 
Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória. 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus 
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    14 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional; 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo 
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das 
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, 
a mobilização nacional; 
Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem, 
em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto, 
caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara 
e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova). 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior; 
Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação. 
Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos. 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do 
art. 62; 
Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não 
podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos 
também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição 
Estadual e na Lei Orgânica Municipal. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    15 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é 
exemplificativa, lembra?) 
Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições 
acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar 
aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União as seguintes: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei; 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma 
da lei; (ARE-AgR 680.964/GO + RE 633.009) 
Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a 
delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já 
decidiu que o desprovimento (demissão) também pode ser 
delegado. 
 
Por fim, por conta do princípio da simetria, os governadores também podem 
delegar essas atribuições, no que for cabível, aos secretários estaduais. 
Esquematizando: 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    16 
 
 Art. 84 
 Lista exemplificativa 
 São extensíveis aos governadores e prefeitos 
 Regra: indelegáveis 
 - Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut) 
a) organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; 
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos, 
quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos 
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964 + RE 633.009) 
- Delegar ao- MinE 
- AGU 
- PGR 
- Princípio da simetria: Governadores e Prefeitos também podem delegar. 
 
 Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referenda 
 Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois 
 Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois 
 Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois 
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas 
 OBS: PR escolhe, mas devem - Min STF 
aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores 
- Gov Territ 
- Presidente e diretores do BACEN 
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente 
- PGR 
 
 
 
 
2.
4.
 A
tr
ib
u
iç
õe
s 
d
o 
P
R
 
- Nomeado pelo PR para um mandato de 2 
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa 
do PR, deverá ser precedida de autorização 
da MA do SF 
- Não confundir PGR com AGU (que não 
precisa de aprovação do SF) 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    17 
III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) 
Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são 
importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente 
importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice 
separadamente. 
A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente 
da República. Observe o esquema: 
a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário) 
ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo) 
iii. Participação no - Conselho da República 
- Conselho de Defesa Nacional 
iv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais 
v. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar 
b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente 
 
3.
 V
ic
e-
P
re
si
d
en
te
 
d
a 
R
e p
ú
b
li
ca
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    18 
IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) 
Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, que os 
escolhe e os exonera (exonerar = tirar do cargo) livremente, sem necessidade 
de motivação. 
São requisitos para que alguém seja nomeado Ministro de Estado: 
- Ser brasileiro (nato ou naturalizado); Importante ressaltar que o 
único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA. 
- Ser maior de 21 anos; 
- Estar no exercício dos direitos políticos. 
Além de auxiliar o Presidente da República, são atribuições dos Ministros de 
Estado: 
i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal; 
ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades 
da administração federal na área de sua competência; 
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR; 
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério; 
vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente. 
Observe que os Ministros podem exercer inclusive atribuições privativas 
do PR, caso tenha havido delegação. 
Os Ministros de Estado possuem foro privilegiado e são julgados pelas 
infrações penais comuns no Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de 
responsabilidade, deve-se saber se estes possuem ou não conexão com crimes 
de mesma natureza (de responsabilidade) praticados pelo Presidente ou Vice-
Presidente da República. Caso possuam conexão, os Ministros de Estado 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    19 
serão julgados pelo Senado Federal e, caso não possuam, serão julgados 
pelo Supremo Tribunal Federal. 
Além dos casos previstos em lei, são crimes de responsabilidade dos Ministros 
de Estado: 
 Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para 
prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, 
deixarem de comparecer injustificadamente; ou 
 Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de 
informações das Mesas da Câmara e do Senado; 
 Demais casos previstos na Lei. 
Por fim, a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública 
é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de lei 
de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção 
presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”). 
Esquematizando: 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    20 
 
a) Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado) 
 O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro 
da DEFESA 
- Maior de 21 anos 
- No exercício dos direitos políticos 
- Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação 
b) Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal 
ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência 
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR 
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos 
v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério 
vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente 
● Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha 
havido delegação 
c) Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza 
responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP 
2) Não conexos com PR ou VP 
ii. Infrações penais comuns 
 
d) Outras hipóteses de crimes de responsabilidade 
- Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações 
sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente 
- Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das 
Mesas da Câmara e do Senado 
- Casos previstos na Lei 
e) Criação ou extinção de ministérios e órgãos - Competencia do CN 
- Lei de iniciativa do PR 
- Com sanção do PR 
 
4.
 M
in
is
tr
os
 d
e 
E
st
ad
o 
SF
STF
STF
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    21 
V. DO PODER REGULAMENTAR 
O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do 
Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar 
fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é 
através do Decreto Regulamentar. 
Observe que existem três tipos de decreto: 
1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo 
secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para 
possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de 
decreto que nós estamos falando!) 
 Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva 
diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da 
existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo 
hierarquicamente inferior. 
 Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o 
decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui 
destinatário certo, sendo aplicado a todos aqueles que se 
encaixarem nas situações previstas no decreto. 
Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, IV da CF, não é passível 
de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder 
regulamentar a ele conferido. 
2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República 
dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos, 
quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda 
Constitucional nº 32/2001. 
O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da 
própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta 
competência pode ser delegada aos Ministrosde Estado, PGR e AGU. 
Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar 
leis, para isso, existe o decreto regulamentar! 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    22 
3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui 
destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como 
nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato 
normativo e não é derivado do poder regulamentar. 
 
Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico! 
Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações 
englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma 
como os seus comandos serão executados. 
Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos 
margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse 
poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os 
comandos da lei serão executados. 
Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas 
para que você entenda melhor): 
Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias". 
Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o 
procedimento para tal. 
Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte: 
"para que um servidor tire férias, ele deverá 
I - preencher um pedido; 
II - autuar um processo; 
III - ter autorização por escrito do chefe imediato; 
IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada 
setor. 
Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele 
apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que 
serve o poder regulamentar. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    23 
Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do 
Poder Executivo 
Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode 
elaborar Leis Delegadas. Funciona assim: 
1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem 
novidades. 
2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional 
para que ele (o Presidente) elabore uma lei. 
3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei, 
mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou 
seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do 
jeito que quiser. 
4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei, 
chamada de Lei Delegada. 
O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são 
estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora. 
O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode 
sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora 
dos limites da delegação do Congresso. 
O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos 
administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder 
regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais 
regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar). 
Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.” 
Esquematizando: 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    24 
 
a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para 
editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis 
i. Regulamentar - CF, art. 84, IV 
(de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e 
abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de 
determinada lei 
- Depende da existência de lei: é ato normativo derivado 
- Competência não passível de delegação 
- Expedido no exercício do Poder Regulamentar 
b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF) 
 - Art. 84, VI 
- Competência passível de delegação 
- Pode dispor sobre: 
I) Organização e funcionamento da administração federal 
desde que não implique em aumento de despesa ou na 
criação/extinção de órgãos públicos 
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos 
iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares 
(individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc 
- Não é ato normativo 
c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação 
- Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentar 
 Não pode sustar atos administrativos do Executivo 
 
 
 
 
5.
 P
od
er
 R
eg
u
la
m
en
ta
r 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    25 
VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns 
quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza 
do crime, alguns detalhes devem ser observados: 
6.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE 
Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas, 
definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista 
exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República: 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem 
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
São da competência legislativa da União a definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e 
julgamento (Súmula Vinculante 46 STF). Assim, as constituições estaduais não 
podem estabelecer crimes de responsabilidade. 
Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele 
será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o 
Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos 
Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos: 
1) autorização da CD e 2) julgamento pelo SF. 
1- Autorização da Câmara dos Deputados: 
Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o Presidente da 
República à Câmara. Primeiramente, as denúncias passam por um “filtro” 
do Presidente da Câmara dos Deputados. Caso este entenda que a 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    26 
denúncia tem um mínimo de embasamento, ele recebe (sozinho) a 
denúncia por crime de responsabilidade, dando início ao procedimento na 
Câmara dos Deputados. 
A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto, 
com forte grau de discricionariedade. 
Além disso, após o recebimento da denúncia pelo Presidente da CD, o 
Presidente da República já terá direito ao contraditório e a ampla defesa 
na Câmara dos Deputados (MS 21.564). 
Por fim, a Câmara dos Deputados decidirá pela autorização ou não 
para que o Senado Federal processe e julgue o Presidente da República 
por crime de responsabilidade por 2/3 de seus membros em votação 
nominal e aberta. 
2- Julgamento pelo Senado Federal: 
Após autorização da Câmara dos Deputados, o Presidente da República 
será processado e julgado pelo Senado Federal. 
A autorização da Câmara NÃO obriga o Senado a julgar o 
Presidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) possui 
discricionariedade se julga ou não o Presidente. Portanto, o Senado 
Federal faz dois juízos: 1) Se instaura ou nãoo processo de 
impeachment; e 2) Julgamento. 
O juízo de instauração do processo de impeachment no Senado 
Federal (após autorizado pela CD) ocorre por maioria simples em 
votação nominal aberta. No momento em que é instaurado o processo 
de julgamento pelo SF, o PR ficará suspenso de suas funções. 
Já o julgamento terá votação nominal e aberta e, assim como o 
quórum da Câmara para autorização do processo, o quórum para a 
condenação no Senado é de 2/3 dos membros. 
Apesar de o julgamento possuir natureza política (assim como a 
autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão judicial e não 
como órgão legislativo, sendo que a sessão deve ser presidida pelo 
Presidente do Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, o Senado 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    27 
Federal atua como órgão judicial híbrido (composto por membros do 
Poder Legislativo e presidido pelo Presidente do STF). 
O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado 
Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo 
Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o 
resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior 
pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo, 
para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da 
República. 
A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e, 
caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo E 
inabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquer 
função pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança 
etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
Aqui, temos uma observação importante: o texto da Constituição Federal 
é bastante claro ao dizer que as duas penas são aplicadas em conjunto e 
que a inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. 
Dessa forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas 
penas ou aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos. Confira o 
texto da CF: 
Texto da CF, art. 52, Parágrafo único: Nos casos previstos nos incisos I e II, 
funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a 
condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do 
Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o 
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais 
cabíveis. 
Entretanto, no processo de julgamento da Ex-Presidente Dilma Roussef, 
houve a realização de duas votações distintas: 
1 - Quanto à ocorrência do crime de responsabilidade e à 
perda do mandato; 
2 - Para a aplicação, ou não, da inabilitação, por oito anos, 
para o exercício de função pública. 
Como resultado, a Ex-Presidente foi condenada na primeira votação e 
absolvida na segunda. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    28 
Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o 
julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o 
fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente 
renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação 
para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento 
continua. 
Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre 
na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba 
que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um 
conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma 
folha de papel. 
(coloquei mais vídeos do impeachment do ex-Presidente Collor, porque os 
vídeos do impeachment da ex-Presidente Dilma são bem mais fáceis de 
achar... eu apareço no último vídeo, no momento em que o quórum para a 
autorização da Câmara dos Deputados foi alcançado ) 
Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs 
Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E 
Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc 
Video 4: https://www.youtube.com/watch?v=u0fI0ZD-5ok 
Esquematizando: 
4. Responsabilização do Presidente da República - Crimes de responsabilidade 
- Crimes comuns 
4.1) Crimes de Responsabilidade 
 
 Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal 
 Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa) 
i. A existência da União 
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das 
unidades da Federação 
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais 
iv. A segurança interna do País 
v. A probidade na administração 
vi. A lei orçamentária 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    29 
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais 
o São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o 
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento (Súmula Vinculante 46) 
 
 
1. Autorização - Juízo de admissibilidade 
 da CD - Natureza política (discricionário) 
- Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD 
- 2 momentos distintos na CD: 
1 – O Presidente da CD (sozinho) recebe ou não a 
denúncia por crime de responsabilidade 
- Após recebida a denúncia pelo Presidente da CD, o PR 
passa a ser considerado ACUSADO e tem direito a 
contraditório e ampla defesa (MS 21.564/DF) 
2 – A CD decide pela autorização ou não para que o SF 
julgue o PR: 2/3 dos membros, em votação nominal aberta 
2. Julgamento - Julgamento de natureza política 
 pelo SF - Presidido pelo Presidente do STF 
- O SF atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo 
(órgão judicial híbrido: composto de senadores e presidido pelo 
Presidente do STF 
- Admissão da CD NÃO obriga o SF a julgar o PR 
- 2 momentos distintos no SF: 
1 – Juízo de instauração do processo de impeachment: 
maioria simples em votação nominal aberta 
No momento em que é instaurado o processo de 
julgamento pelo SF, o PR ficará suspenso de suas 
funções 
2 – Julgamento: 2/3 dos membros, em votação nominal 
aberta 
- O Judiciário não pode reformar o mérito da decisão do SF, mas 
pode intervir para que o processo seja feito corretamente 
● Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa 
   
P
ro
ce
ss
o 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    30 
 
 Condenação - Perda do cargo 
- Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment) 
● Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos 
● QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público, cargo de 
confiança etc 
- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis 
- Sentença externalizada por uma Resolução do SF 
- OBS 
a) Texto da CF, art. 52, Parágrafo único: Nos casos previstos nos 
incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal 
Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por 
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem 
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 
b) Entretanto, no processo da Ex-Presidente Dilma Roussef, houve a 
realização de duas votações distintas 
1 - Quanto à ocorrência do crime de responsabilidade e à perda 
do mandato; 
2 - Para a aplicação, ou não, da inabilitação, por oito anos, para 
o exercício de função pública. 
 Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o 
processo de impeachment (MS 21.689-1) 
 
 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    31 
6.2 CRIMES COMUNS 
Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não 
possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser 
responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da 
função presidencial.Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais 
(formais): 
1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o 
Presidente da República somente poderá ser preso por sentença 
condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões 
cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc. 
2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui 
referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o 
exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o 
Presidente da República não responderá pela prática de atos 
estranhos ao exercício de suas funções. 
Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos 
crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que 
não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o 
término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma 
irresponsabilidade temporária. 
Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será 
suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui 
um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime. 
Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade 
e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo 
quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é 
bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o 
criminoso. 
A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para 
estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as 
providências necessárias ao cumprimento da lei. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    32 
Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a 
pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo, 
não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma 
vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma 
impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o 
prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato. 
Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de 
natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por 
atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária. 
3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para 
instauração do processo por crime comum que guarde 
pertinência com o exercício da presidência: 
Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser 
processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o 
exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de 
responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade 
da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados. 
Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política e 
fortemente discricionária. 
Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos 
crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato) 
será realizado pelo STF. O Supremo não é obrigado a instaurar o 
processo contra o Presidente. 
Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é 
necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da 
República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de 
instrução penal anterior à instauração do processo. 
A necessidade de licença não impede o inquérito policial 
(procedimento anterior ao processo), nem tampouco o 
oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém, 
apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de 
prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes). 
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    33 
Afastamento do cargo do Presidente da República 
A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas 
funções: 
I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do 
processo pelo Senado Federal. 
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o 
mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua 
acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial 
dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja, 
naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a 
queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada. 
Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o 
Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado pelo 
STF), aí sim o Presidente será afastado. 
Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que 
promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou 
queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal. 
 
 
O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja 
esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo, 
mas isso não impede que o processo continue normalmente. 
Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá 
seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e 
o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá 
para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente 
dura enquanto durar o mandato. 
Esquematizando: 
Foro de julgamento - crimes comuns: STF 
do Presidente - crimes de responsabilidade: Senado 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    34 
 Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no 
exercício da função presidencial 
 Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier 
processuais sentença condenatória do STF 
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares 
2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o 
ao exercício do exercício da presidência 
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato, 
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao 
exercício de suas funções 
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão 
com o exercício da presidência somente após o término do 
mandato, perante a Justiça Comum 
● Suspende a prescrição enquanto durar o mandato 
● Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode 
responder durante o mandato por atos de natureza civil, 
administrativa, fiscal ou tributária 
3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandato 
do processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros) 
- Juízo de admissibilidade (Natureza política) 
- Julgamento perante o STF 
- O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo 
- Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito 
policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER a 
denúncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBER 
a denúncia (1º ato praticado pelo STF) 
 Afastamento ● O PR ficará suspenso de suas funções: 
do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF 
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o 
mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF; 
● Prazo máximo de afastamento: 180 dias 
● Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo 
continua normalmente 
● Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR 
● Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o 
processo vai para a justiça competente 
6.
2)
 C
ri
m
es
 C
om
u
n
s 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    35 
VII. GOVERNADORES (Gov) 
Os governadores dos estados e do Distrito Federal, por sua vez, somente 
possuem uma imunidadeformal: autorização de instauração do processo 
por 2/3 da Assembleia Legislativa. 
Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos governadores 
as imunidades para as prisões temporárias e nem as imunidades para que 
somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício 
da função (ADI 1.021/SP). 
Esquematizando: 
 
 
 
 Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia 
Legislativa 
 CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias 
- imunidades para que somente sejam processados por 
atos que guardem pertinência com o exercício da 
função 
- ADI 1.021/SP 
 
 
 
 
 
7)
 G
ov
er
n
ad
or
es
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    36 
EXERCÍCIOS 
1. (CESPE - AGE/SEDF/2017) Na hipótese de o presidente da República, antes da 
vigência do seu mandato, praticar um homicídio, a acusação terá de ser 
admitida por dois terços da Câmara de Deputados para, posteriormente, poder 
ser submetida a julgamento perante o Senado Federal. 
Negativo! O Presidente da República somente será processado por atos 
pertinentes ao mandato. No caso trazido pela questão, o processo 
ficará suspenso enquanto ele for Presidente da República e responderá 
por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da 
presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça 
Comum. 
Gabarito: Errado. 
2. (CESPE - Aud CE/TCE-PA/2016) O presidente da República poderá, mediante 
decreto — independentemente de autorização do Congresso Nacional —, 
extinguir cargos públicos vagos. 
Isso mesmo. Vamos revisar o decreto autônomo: 
Decreto Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF) 
 - Art. 84, VI 
- Competência passível de delegação 
- Pode dispor sobre: 
I) Organização e funcionamento da administração federal 
desde que não implique em aumento de despesa ou na 
criação/extinção de órgãos públicos 
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos 
Gabarito: Certo. 
3. (CESPE - TA/ANVISA/2016) O presidente da República possui competência 
constitucional para dispor, mediante decreto, acerca de aumento de despesa 
na administração federal. 
Vamos conferir o art. 84, VI, “a”, que fala sobre o decreto autônomo: 
Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante 
decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos; 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    37 
Gabarito: Errado. 
4. (CESPE - Aux Tec CE/TCE-PA/2016) A concessão de indulto e a comutação de 
penas são competências indelegáveis do presidente da República. 
Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as 
atribuições do Presidente da República são indelegáveis, no entanto, 
ele pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da 
República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei; 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos federais, na forma 
da lei; (ARE-AgR 680.964/GO + RE 633.009) 
Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a 
delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já 
decidiu que o desprovimento (demissão) também pode ser 
delegado. 
Gabarito: Errado. 
5. (CESPE – Esp. FUNPRESP/2016) Leis que tratem da criação de órgãos da 
administração pública federal são de iniciativa privativa do presidente da 
República. 
A criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública 
é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de 
lei de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção 
presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”). 
Gabarito: Certo. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    38 
6. (CESPE - AJ/TRE PI/Administrativa/2016) A competência do presidente da 
República para conferir condecorações e distinções honoríficas não se insere 
entre aquelas passíveis de delegação a ministro de Estado. 
Questão bem decorebinha... mas vamos lá: 
 Art. 84 
 Lista exemplificativa 
 São extensíveis aos governadores e prefeitos 
 Regra: indelegáveis 
 - Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut) 
a) organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; 
 Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos, 
quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XXV - prover ou desprover (demitir) os cargos públicos 
federais, na forma da lei; (ARE-AgR 680.964/GO) 
- Delegar ao - MinE 
- AGU 
- PGR 
Gabarito: Certo. 
7. (CESPE - AJ/TRE PI/Administrativa/2016) Compete privativamente ao 
presidente da República conceder anistia e indulto. 
A concessão de anistia é uma competência do Congresso Nacional (art. 
48, VIII). Já o Presidente da República é competente para conceder 
indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei (art. 84, XII). 
Gabarito: Errado. 
8. (CESPE - TJ/TRE PI/2016) O ministro da Defesa, que exerce o comando 
supremo das Forças Armadas, deve nomear os comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica. 
2.
4.
 A
tr
ib
u
iç
õe
s 
d
o 
P
R
 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    39 
Quem exerce o comando supremo das forças armadas e nomeia seus 
comandantes é o Presidente da República (art. 84, XIII). 
Gabarito: Errado. 
9. (CESPE - TJ/TRE PI/2016) As atribuições dos ministros de Estado incluem o 
dever de orientar, coordenar e supervisionar os órgãos e as entidades da 
administração federal na área de sua competência. 
Isso aí! Conforme o art. 87, parágrafo único, I. Vamos revisar as 
atribuições dos ministros de Estado: 
Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal 
ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência 
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR 
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos 
v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério 
vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente 
● Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha 
havido delegação 
Gabarito: Certo. 
10. (CESPE – Juiz Estadual/TJ AM/2016) No texto constitucional, a afirmação de 
que o Poder Executivo é exercido pelo presidente da República, auxiliado pelos 
ministros de Estado, indica que a função é compartilhada, caracterizando-se o 
Poder Executivo como colegial, dependendo o seu chefe da confiança do 
Congresso Nacional para permanecer no cargo. 
Negativo! A questão descreveu uma parte do sistema parlamentarista. 
No caso brasileiro, o Presidente da República exerce “sozinho” a 
função de chefe do executivo (ele não tem funções compartilhadas, 
mas tem “auxiliares”). 
Gabarito: Errado. 
11. (CESPE - TJ/TRE PI/2016) Os cargos de ministro de Estado, de livre nomeação 
pelo presidente da República, devem ser ocupados por brasileiros natos, 
maiores de vinte e um anos de idade, no pleno exercício de seus direitos 
políticos. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    40 
Negativo! O erro está em “brasileiros natos”. Vamos revisar os 
requisitospara que alguém seja ministro de estado: 
Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado) 
 O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro 
da DEFESA 
- Maior de 21 anos 
- No exercício dos direitos políticos 
- Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação 
Gabarito: Errado. 
12. (CESPE – Juiz Estadual/TJ AM/2016) Os atos do presidente da República que 
atentem especialmente contra a probidade na administração, a lei 
orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais são crimes de 
responsabilidade classificados como crimes funcionais. 
Exato. Vamos conferir a lista (exemplificativa) que a Constituição 
Federal trouxe de crimes de responsabilidade do Presidente da 
República: 
 Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa) 
i. A existência da União 
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das 
unidades da Federação 
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais 
iv. A segurança interna do País 
v. A probidade na administração 
vi. A lei orçamentária 
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais 
Gabarito: Certo. 
13. (CESPE – Juiz Estadual/TJ AM/2016) Admitida a acusação contra o presidente 
da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele suspenso de 
suas funções e submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos casos 
de crimes de responsabilidade. 
O Presidente da República é afastado de suas funções quando o 
processo é instaurado no Senado Federal ou no Supremo Tribunal 
Federal. Vamos revisar: 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    41 
 Afastamento ● O PR ficará suspenso de suas funções: 
do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF 
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o 
mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF; 
● Prazo máximo de afastamento: 180 dias 
● Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo 
continua normalmente 
● Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR 
● Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o 
processo vai para a justiça competente 
Gabarito: Errado. 
14. (CESPE - AJ/TRT 8/2016) A CF admite excepcionalmente a edição, pelo 
presidente da República, de decreto como fonte normativa primária, o 
chamado decreto autônomo. 
Isso aí! O decreto autônomo é um ato normativo primário e é o ato 
através do qual o Presidente da República dispõe sobre organização e 
funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos ou 
sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Ele foi 
inserido no ordenamento pátrio pela Emenda Constitucional 
nº 32/2001. 
Gabarito: Certo. 
15. (CESPE - AJ/TRT 8/2016) Em processo de impeachment por crime de 
responsabilidade, o contraditório e a ampla defesa somente são exercidos pelo 
presidente da República perante o Senado Federal, na fase de processo e 
julgamento. 
Após o recebimento da denúncia pelo Presidente da CD, o Presidente 
da República já terá direito ao contraditório e a ampla defesa na 
Câmara dos Deputados (MS 21.564). 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE - Ag Adm (DPU)/DPU/2016) Cargos públicos vagos podem ser extintos 
por meio de decreto presidencial, sendo dispensável a edição de lei em sentido 
estrito. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    42 
Isso mesmo. Vamos revisar o decreto autônomo: 
Decreto Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF) 
 - Art. 84, VI 
- Competência passível de delegação 
- Pode dispor sobre: 
I) Organização e funcionamento da administração federal 
desde que não implique em aumento de despesa ou na 
criação/extinção de órgãos públicos 
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos 
Gabarito: Certo. 
17. (CESPE - AJ/TRT 8/2016) A renúncia ao mandado pelo presidente da República 
prejudica, por perda de objeto, o processo de impeachment eventualmente em 
curso, acarretando a sua extinção automática. 
Caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o 
julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá 
até o fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez 
que o Presidente renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser 
aplicada a inabilitação para o exercício de funções públicas por 8 anos, 
por isso, o julgamento continua (MS 21.689-1). 
Gabarito: Errado. 
18. (CESPE - AJ/TRT 8/2016) Por força do princípio da inafastabilidade 
jurisdicional, eventual decisão condenatória proferida pelo Senado Federal em 
julgamento por crime de responsabilidade estará sujeita a controle judicial 
posterior. 
O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado Federal. 
Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo Senado, nem 
mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o resultado do 
julgamento para “inocente”. O Tribunal Maior pode intervir para que o 
processo seja feito corretamente, por exemplo, para garantir o 
contraditório e a ampla defesa ao Presidente da República (mas isso 
no decorrer do processo e não após ele concluído, como afirma a 
questão). 
Gabarito: Errado. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    43 
19. (CESPE - AJ/TRT 8/2016) Por ser norma punitiva, o rol de crimes de 
responsabilidade previsto na CF é taxativo, nele não podendo ser inseridos 
novos tipos. 
Bastante tranquilo! Vamos revisar as hipóteses (EXEMPLIFICATIVAS) 
de crime de responsabilidade: 
 Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa) 
i. A existência da União 
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades 
da Federação 
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais 
iv. A segurança interna do País 
v. A probidade na administração 
vi. A lei orçamentária 
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais 
Gabarito: Errado. 
20. (CESPE – Agente de Polícia/PC PE/2016) Acusado da prática de crime comum 
estranho ao exercício de suas funções, cometido na vigência do mandato, o 
presidente da República será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 
após deixar a função. 
NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não 
responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas 
funções. Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser 
processada pelos crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por 
eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência 
somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-
se de uma irresponsabilidade temporária. 
Gabarito: Errado. 
21. (CESPE – Agente de Polícia/PC PE/2016) O afastamento do presidente da 
República cessará se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o Senado 
Federal não tiver concluído o julgamento do processo pela prática de crime de 
responsabilidade aberto contra ele; nesse caso, o processo será arquivado. 
Foi quase rsrsrsrs. De fato, decorridos 180 dias, o Presidente da 
República voltará ao exercício das funções. No entanto, o processo 
continua normalmente. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    44 
Gabarito: Errado. 
22. (CESPE – Agente de Polícia/PC PE/2016) A única possibilidade de 
responsabilização do presidente da República investido em suas funções se 
refere ao cometimento de infração político-administrativa, não respondendo o 
chefe do Poder Executivo por infração penal comum na vigência do mandato. 
Passou longe! Caso a infração penal comum tenha conexão com a 
função presidencial, o Presidente da República pode sim ser julgado 
por crime cometido na vigência do mandato. Nesse caso, o julgadorserá o STF. 
Gabarito: Errado. 
23. (CESPE – Agente de Polícia/PC PE/2016) O presidente da República dispõe de 
imunidade material, sendo inviolável por suas palavras e opiniões no estrito 
exercício das funções presidenciais. 
Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República 
não possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo 
pode ser responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no 
exercício da função presidencial. 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE - ATA/DPU/2016) No caso de o presidente da República, na vigência do 
mandato, praticar crime comum não relacionado às funções do cargo, sua 
responsabilização perante o Supremo Tribunal Federal estará condicionada à 
admissibilidade da acusação por dois terços dos membros da Câmara dos 
Deputados. 
O Presidente da República somente será processado por atos 
pertinentes ao mandato. No caso trazido pela questão, o processo 
ficará suspenso enquanto ele for Presidente da República e responderá 
por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da 
presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça 
Comum. 
Gabarito: Errado. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    45 
25. (CESPE – Agente de Polícia/PC PE/2016) A decisão do Senado Federal que 
absolve ou condena o presidente da República em processo pela prática de 
crime de responsabilidade não pode ser reformada pelo Poder Judiciário. 
Isso aí! O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado 
Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo 
Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o 
resultado do julgamento para “inocente”. O Tribunal Maior pode 
intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo, 
para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da 
República (mas isso no decorrer do processo e não após ele concluído, 
como afirma a questão). 
Gabarito: Certo. 
26. (CESPE - Tec NS/MPOG/"ENAP"/2015) O presidente da República poderá 
ausentar-se do país por qualquer tempo, independentemente da obtenção de 
licença junto ao Congresso Nacional. 
Segundo a Constituição Federal, o Presidente e o Vice-Presidente da 
República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-
se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do 
cargo (art. 83). 
Gabarito: Errado. 
27. (CESPE - Tec NS/MPOG/"ENAP"/2015) No caso de vacância do cargo de 
presidente da República ocorrida nos últimos dois anos do período presidencial, 
deverão ser feitas eleições noventa dias após a abertura da vaga. 
Vamos revisar o que ocorre caso fiquem vagos os cargos de Presidente 
da República e de Vice-Presidente da República: 
Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta 
cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga 
ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN 
anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga 
- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-
tampão) 
Gabarito: Errado. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    46 
28. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O presidente da República, 
mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da 
União a competência para, após processo administrativo disciplinar, aplicar a 
penalidade de demissão a servidor público federal. O referido decreto está de 
acordo com a CF, pois a possibilidade de delegação da competência para 
prover cargos públicos federais abrange também a competência para demitir o 
servidor público. 
Isso mesmo! Apesar de a CF permitir, expressamente, somente a 
delegação do provimento dos cargos públicos, o STF já decidiu que o 
desprovimento (demissão) também pode ser delegado (RE 633.009). 
Gabarito: Certo. 
29. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O presidente da República está 
sujeito à prisão quando comete infração comum. 
Negativo! A Constituição Federal nos diz que o Presidente da 
República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado 
por atos estranhos ao exercício de suas funções (art. 86, § 4º). 
Se o Presidente cometer uma infração comum que não tenha conexão 
com o exercício da presidência, ele responderá somente após o 
término do mandato, perante a Justiça Comum. 
Gabarito: Errado. 
30. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) 
Afrontaria a CF dispositivo de Constituição estadual que previsse que a 
ausência do país do governador e do vice-governador, por qualquer prazo, 
dependeria de prévia licença da assembleia legislativa. 
Essa limitação à liberdade do governador deve seguir o modelo federal 
pelo princípio da simetria. Dessa forma, a ausência somente pode ser 
autorizada quando for superior a 15 dias. 
Gabarito: Certo. 
31. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) É de competência privativa 
do presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    47 
Isso mesmo. Quem celebra os acordos internacionais é o Poder 
Executivo. No entanto, os tratados devem ser referendados pelo 
Congresso Nacional. Confira o art. 84, VIII da CF. 
Gabarito: Certo. 
32. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Cargos 1 a 4) Cabe ao Congresso Nacional autorizar 
por lei complementar a criação de ministérios e órgãos da administração 
pública, podendo o chefe do Executivo dispor, mediante decreto, sobre a 
extinção desses órgãos, desde que estejam vagos. 
A banca misturou tudo! 
A criação de ministérios e órgãos da administração pública é feita por 
lei ordinária de iniciativa do Presidente da República e que deve ser 
aprovada pelo Congresso Nacional (arts. 61, § 1º, II, “e” c/c 48, XI). 
A banca também tentou te confundir com o decreto autônomo, 
previsto no art. 84, VI: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando 
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre 
ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei 
(art. 48, XI). 
Gabarito: Errado. 
33. (CESPE - 2014 - ANATEL - Cargos 13, 14 e 15) Considere que o presidente da 
República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma 
tentativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo 
presenciado o delito, os policiais não poderão efetuar a prisão em flagrante do 
presidente da República. 
O Presidente da República somente pode ser preso por uma sentença 
condenatória do STF, não podendo ser responsabilizado durante o 
mandato por atos estranhos ao exercício de suas funções, nem mesmo 
 ABIN 
Aula 06 
Prof. Roberto Troncoso 
  www.pontodosconcursos.com.br  |  Prof. Roberto Troncoso    48 
em flagrante delito. Assim, como não foi falado na questão que a 
tentativa de homicídio tem fins políticos ou relacionados ao mandato, 
devemos considerar que é um ato estranho ao mandato de Presidente 
da República (ok, concordo que a banca pisou na bola...). 
Vamos relembrar: 
 Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier 
processuais sentença condenatória do STF 
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares 
2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o 
ao exercício do exercício da presidência 
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato, 
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao 
exercício de suas funções 
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão 
com o exercício da presidência somente após o término do 
mandato, perante a Justiça Comum 
● Suspende a prescrição enquanto

Continue navegando