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Curitiba 2021 APROVA + Livro do PROFESSOR | geografia | REVISIONAL PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 1 21/06/2021 15:26:58 PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P © 2021 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos reservados. SAE DIGITAL S/A. R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150 Mossunguê – Curitiba – PR 0800 725 9797 | Site: sae.digital Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SAE DIGITAL Catalogação elaborada na Fonte pela Bibliotecária Letícia Helena Melo- CRB6-2953 W681r Wilke, Brenda da Silveira. Revisional Extensivo pré-vestibular: geografia volume 5/Brenda da Silveira Wilke, Helena dos Santos Lisboa. ilustrado por Carlos Morevi, Deny Machado, Juliana Hiromi Saito, Scarllet Anderson, Wagner Ramari. - Curitiba: SAE DIGITAL, 2021. 52 p.; il. color. 5 v. (Revisional Extensivo) ISBN: 978-65-5593-053-5 (livro do professor) 1. Livro didático. 2. Geografia. 3. Revisional extensivo pré-vestibular. 4. Wilke, Brenda da Silveira. I. Título. CDD 910.7 Gerência de conteúdo educacional Rita Egashira Vanzela Gerência editorial Tassiane Aparecida Sauerbier Coordenação editorial Lúcia Chueire Edição Emanoelle Almeida, Jean Buture Carneiro Supervisão de Revisão Fabiana Teixeira Lima Revisão Brunno Freire, Everson de Lara Caetano, Igor Spisila, Juliana Basichetti Martins, Ludmilla Borinelli, Marcela Batista Martinhão, Priscila Sousa, Thainara Gabardo Cotejo Anna Karolina de Souza, Rafaella Ravedutti, Wagner Revoredo Qualidade Mariana Chaves Projeto gráfico Thiago Figueiredo Venâncio Arte da capa Carlos Morevi, Deny Machado Iconografia Ana Paula de Jesus Gonçalves Cruz, Paulo Gustavo Costa Ilustrações Carlos Morevi, Deny Machado, Juliana Hiromi Saito, Scarllet Anderson, Wagner Ramari Cartografia Júlio Manoel França da Silva Supervisão de Diagramação Marina Prado Pereira de Mello Diagramação André Lima, Bruna Aparecida de Andrade, Fernanda Wolf, Flávia Sousa Gonçalves, Gustavo Ribeiro Vieira, Luana Santos, Luciana Nesello Künzel, Luisa Piechnik Souza, Ralph Glauber Barbosa, Raphaela Candido, Silvia Santos, Thiago Figueiredo Venâncio Coordenação de processos Janaina Alves Processos Luana Rosa de Souza, Raul Jungles, Vitor Ribeiro Colaboração externa Andréa de Castro Ralize (Revisão), Brenda da Silveira Wilke (Edição), Debora Susan Silveira (Aprove), Diogo Souza Santos (Preparação de Texto), Jessica Gislaine das Neves (Leitura de Conteúdo), Letícia Ueno Bonomo (Preparação de Texto), Mayara Drobot da Silva Portela (Revisão), Melissa Farias Zanardo Andreata (Revisão), Muse Design (Diagramação) Autoria Brenda da Silveira Wilke, Helena dos Santos Lisboa PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 2 21/06/2021 15:26:58 PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P Recursos de aprendizagem Os livros apresentam uma organização de conteúdos e propostas de atividades que evidenciam a sequência didática da coleção e oferecem ferramentas para auxiliar a prática dos professores e o estudo dos alunos. Conteúdo: retomada dos conteúdos estudados ao lon- go da vida escolar dos alunos. A abordagem revisional objetiva o reforço desses temas, bem como o desenvolvimento de re- lações entre conteúdos e conceitos, e a compreensão de suas aplicabilidades. Os conteúdos são explorados de forma dinâ- mica, considerando sempre a abordagem do Enem e dos princi- pais vestibulares do país. Escola digital: para todos os módulos são disponibiliza- das, por meio de QR codes, videoaulas dinâmicas que exploram o conteúdo e permitem que os alunos se preparem para as au- las e tenham a possibilidade de retomar explicações dos assun- tos estudados anteriormente. Remissão às questões: no livro do professor são indi- cadas algumas questões que podem ser exploradas durante a explanação teórica, pois auxiliam na compreensão da aplicabi- lidade do conteúdo. Estrutura do material Seção Fixar: ao final da ex- plicação teórica, os conteúdos são sistematizados por meio de mapas mentais, esquemas, fórmulas e de- finição de conceitos. Os QR codes presentes nessa seção direcionam a vídeos explicativos da aplicabilidade do conteúdo nas atividades. Seção Interação: proposta de atividade na qual são apresentadas situações relacionadas à realidade do aluno e exigem a aplicação dos con- teúdos estudados para serem solu- cionadas. Nessa seção são indicadas as competências e habilidades do Enem e/ou da BNCC exploradas. Seção FixarSeção Fixar: ao final da ex: ao final da ex- plicação teórica, os conteúdos são plicação teórica, os conteúdos são sistematizados por meio de mapas sistematizados por meio de mapas sistematizados por meio de mapas mentais, esquemas, fórmulas e dementais, esquemas, fórmulas e dementais, esquemas, fórmulas e de- finição de conceitos. Os QR codes finição de conceitos. Os QR codes finição de conceitos. Os QR codes presentes nessa seção direcionam a presentes nessa seção direcionam a vídeos explicativos da aplicabilidade vídeos explicativos da aplicabilidade do conteúdo nas atividades.do conteúdo nas atividades. Seção InteraçãoSeção Interação: proposta de : proposta de atividade na qual são apresentadas atividade na qual são apresentadas situações relacionadas à realidade do situações relacionadas à realidade do aluno e exigem a aplicação dos conaluno e exigem a aplicação dos con- teúdos estudados para serem soluteúdos estudados para serem soluteúdos estudados para serem solu- cionadas. Nessa seção são indicadas cionadas. Nessa seção são indicadas cionadas. Nessa seção são indicadas as competências e habilidades do as competências e habilidades do Enem e/ou da BNCC exploradas.Enem e/ou da BNCC exploradas. Objetos digitais: conteúdos explorados digitalmente de forma interativa, criados por meio de recursos como vídeos, animações, gamificações e 3D. L IV R O D O P R O FE SS O R III PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 3 21/06/2021 15:27:07 PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P PI _E XT 21 _R EV _G EO _L P Sistematização: para os com- ponentes curriculares Matemática, Física e Química, são apresentados exercícios que exploram a prática de raciocínios fundamentais para o de- senvolvimento de cada conteúdo, de forma a contribuir para a fixação de conceitos básicos do módulo. Enem e vestibulares: ques- tões selecionadas das últimas apli- cações do Enem e dos principais vestibulares do país, organizadas por nível de dificuldade. Nessa seção são indicadas as competências e habili- dades da Matriz do Enem exploradas, assim como o nível de dificuldade de cada uma das questões. Todas as questões possuem um QR code que direciona a um vídeo explicativo da resolução. Cartão-resposta*: os cartões devem ser preenchi- dos ao final de cada módulo. Com auxílio de um APP de leitura, os alunos receberão relatórios de desempenho e serão direcionados ao AVA para uma trilha digital. SistematizaçãoSistematização: para os com ponentes curriculares Matemática, Física e Química, são apresentados exercícios que exploram a prática de raciocínios fundamentais para o de senvolvimento de cada conteúdo, de forma a contribuir para a fixação de conceitos básicos do módulo. Enem e vestibulares: ques tões selecionadas das últimas apli cações do Enem e dos principais vestibulares do país, organizadas por nível de dificuldade. Nessa seção são indicadas as competências e habili dades da Matriz do Enem exploradas, assim como o nível de dificuldade de cada uma das questões. Todas as questões possuem um QR code que direciona a um vídeo explicativo da resolução. Sistematização ponentes curriculares Matemática,Física e Química, são apresentados exercícios que exploram a prática de raciocínios fundamentais para o de senvolvimento de cada conteúdo, de forma a contribuir para a fixação de conceitos básicos do módulo. Enem e vestibulares tões selecionadas das últimas apli cações do Enem e dos principais vestibulares do país, organizadas por nível de dificuldade. Nessa seção são indicadas as competências e habili dades da Matriz do Enem exploradas, assim como o nível de dificuldade de cada uma das questões. Todas as questões possuem um QR code que direciona a um vídeo explicativo da resolução. *Os cartões-respostas permitem o preenchimento apenas das respostas das questões de múltipla- escolha, para que seja possível a leitura e a geração dos relatórios. Assim como em provas oficiais, o preenchimento deve ser feito em caneta azul ou preta, sem rasuras, para que a leitura seja possível por meio do aplicativo. Gabarito e solucionário*: po- dem ser acessados pela leitura dos QR codes ao final de cada módulo. *Para a seção Interação, os gabaritos podem apresentar a solução da questão ou um comentário, caso a questão não tenha uma resposta objetiva. Fá ci l M éd io D ifí ci l LI V R O D O P R O FE SS O R IV PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 4 21/06/2021 15:27:24 SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O SU M Á RI O G EO G RA FI A Planeta Terra e Cartografia ......................402 Dinâmicas da natureza e população .................................................409 Espaço e sociedade .................................... 416 Mundo das redes .........................................423 Geopolítica e regionalização .....................430 Regionalização e atualidades ...................437 Geografia geral e do Brasil Geopolítica e regionalização G EO G RA FI A G EO G RA FI A Regionalização e atualidades ...................437 RHelena Lansky/Shutterstock PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 401 21/06/2021 15:27:25 Pl an et a Te rr a e Ca rt og ra fia Escola Digital 402 N.º de aulas 02 Pl an et a Te rr a e Ca rt og ra fia EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO mód. 29/32 Frente A 29 Cristina Salcedo/Shutterstock Introdução Neste módulo de revisão, serão apresentados os principais elementos que introduzem a ciência geo- gráfica, a Cartografia e a Geografia Física. A respeito deste último campo, serão abordadas a Geologia, a Geomorfologia, a Pedologia e a Climatologia. Conceitos da Geografia A Geografia apresenta alguns conceitos que auxiliam nos estudos sobre processos e fenômenos espa- ciais. Essas concepções fundamentam as análises acerca das relações humanas e da natureza. Observe no esquema a seguir os principais os conceitos da Geografia. Ju lin zy /S hu tt er st oc k Território: porção do es- paço delimitado segundo as relações de poder e por meio de fronteiras, como o territó- rio brasileiro. Lugar: porção do espaço corres- pondente às nossas relações afetivas e ao nosso cotidiano. As referências culturais e a noção de identidade estão atreladas a esse conceito, uma vez que dizem respeito a um bairro e a um local de estudo ou trabalho, por exemplo. Paisagem: tudo aquilo que é possí- vel captar pelos sentidos – visão, olfato, audição ou tato. A paisagem pode ser natural ou cultural/antrópica, como a paisagem da cidade de São Paulo cap- turada pela fotografia. Espaço geográfico: espaço produzido e apropriado pela sociedade que é composto da inter-relação entre os objetos naturais e os culturais. Isso é possível de ser percebido por meio da análise conjunta dos papéis dos elementos fixos e dos fluxos da cidade de São Paulo. Região: espaço delimita- do de acordo com critérios predefinidos, de modo a ex- pressar as similaridades dos elementos que o constituem. A regionalização mais conhe- cida é a feita pelo IBGE, a qual divide o país em cinco gran- des regiões. f11photo/Shutterstock Vista parcial da cidade de São Paulo, São Paulo. Este conteúdo está contemplado na questão 1 da seção Enem e vestibulares. PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 402 21/06/2021 15:27:26 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A Movimentos da Terra A Terra não é estática no Universo, assim como não são os outros corpos celestes. Na Geografia, os principais movimentos estu- dados são o de rotação e o de translação, pois causam efeitos mais significativos aos seres humanos. Observe o esquema a seguir. A translação é o mo- vimento realizado pela Terra ao redor do Sol, com duração de 365 dias, 5 horas e 48 mi- nutos. Em conjunto à inclinação do eixo ter- restre, a translação é responsável pelas dife- rentes estações do ano: primavera e outono (equinócios); verão e in- verno (solstícios). gr ay ja y/ Sh ut te rs to ck dados são o de rotação e o de translação, pois causam efeitos mais significativos aos seres humanos. Observe o esquema a seguir. A rotação é o mo- vimento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo, no senti- do anti-horário, durante 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. É a rotação, associada à inclinação terrestre, que ocasio- na a diferenciação dos dias e das noites, o esta- belecimento dos fusos horários e a distribuição da radiação solar pelo planeta. Fundamentos da Cartografia e suas tecnologias O mapa é a representação de uma porção da superfície terrestre, na qual são descritas, de forma numérica e/ou simbólica, características qualitativas e quantitativas desse espaço. Para tanto, é necessário que sejam respeitadas algumas convenções cartográficas. Observe o mapa a seguir. AQUÍFERO ALTER DO CHÃO 0 260 520 km Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:26 000 000 Aquífero Alter do Chão 0º Equador 5º 60º 55º 50º PARÁ AMAPÁRORAIMA AMAZONAS TOCANTINS M AR AN H ÃO MATO GROSSO OCEANO ATLÂNTICO ¬ N S O L SA E D IG IT AL S /A Escala aproximada Projeção Cilíndrica 1:24 000 000 0 240 480 km Cartograma de lo- calização: fornece um recorte do local estu- dado em relação ao nível espacial geral. Legenda: indica as co- res, as formas e os demais elementos que foram uti- lizados no mapa. Fonte: apresenta a ori- gem dos dados utilizados para a confecção do mapa. Escala: estabelece quan- tas vezes o tamanho real foi reduzido para ser repre- sentado no mapa. Pode ser apresentada de forma nu- mérica ou gráfica. Para seu cálculo, utilizamos a fórmu- la E=d/D. Coordenadas geográficas: são linhas imaginárias com- binadas que servem para a localização de pontos no mapa. Elas podem ser paralelas (paralelos) ou per- pendiculares (meridianos) em relação à Linha do Equador. Orientação: define as di- reções norte, sul, leste e oeste. Geralmente, é repre- sentada por uma rosa dos ventos. Projeção cartográfica: é o tipo de distorção ne- cessária para representar a esfera terrestre em uma superfície plana. Fonte: ATLAS geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Título: situa o tema a ser representado no mapa. As avançadas tecnologias revolucionaram a Cartografia para os estudos geográficos e ambientais. Algumas delas incluem a aquisição de imagens por métodos remotos, como satélites, imagens aéreas e fotografias de campo. Esses tipos de dados propor- cionam a realização de estudos de áreas mais abrangentes devido à sua maior cobertura. O Sistema de Posicionamento Global (GPS), por exemplo, é um sistema de navegação composto de uma rede de 24 satélites em órbita. É administrado pelos Estados Unidos da América e foi originalmente projetado para uso militar. A partir dos anos 1980, o sistema foi liberado para a sociedade em geral e, atualmente, estápresente em diversos equipamentos eletrônicos, como os smartphones, sendo essencial para a localização. O Sistema de Informação Geográfica (SIG), por sua vez, é composto de hardware, software, informação espacial, procedimen- tos computacionais e recursos humanos, permitindo e facilitando a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem. 40 3 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 403 21/06/2021 15:27:27 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A Dinâmicas internas e externas da Terra O relevo é resultado da atuação de dois grupos de forças que podem ser sucessivas ou simultâneas. Agentes endógenos ou internos ● Tectonismo: é o movimento das placas tectôni- cas, o qual pode ser convergente, divergente ou transformante. ● Vulcanismo: ocorre quando o magma do manto é expelido para a superfície terrestre em forma de lava, originando solos férteis. ● Abalo sísmico: é o movimento da crosta terrestre que produz vibrações na superfície. Agentes exógenos ou externos ● Intemperismo: conjunto de processos químicos, físicos e biológicos responsáveis pela desintegração das rochas. ● Erosão: conjunto de processos que envolvem o desgaste, o transpor- te e a deposição de material sedimentar, como partículas de rochas e solos. Pode ocorrer por meio da ação da chuva (pluvial), dos rios (fluvial), da neve (glacial), do vento (eólica) e do mar (marinha). Este conteúdo está contemplado na questão 2 da seção Enem e vestibulares. Classificação do relevo do Brasil As três principais classificações do relevo brasileiro foram de- senvolvidas por: Jurandyr Ross, Aziz Ab’Sáber e Aroldo de Azevedo. Observe os mapas a seguir. Fonte: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34. ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 115. SA E D IG IT AL S /A BRASIL – RELEVO (CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR ROSS – 1989) 23º27'30" Trópico de Capricórnio OCEANO ATLÂNTICO 0º Equador 15º 30º 60º 45º 1 1 2 3 4 5 6 6 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 12 12 21 22 23 24 26 27 28 28 25 9 2 2 5 5 1 - Planalto da Amazônia Oriental 2 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba 3 - Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná 4 - Planalto e Chapada dos Parecis 5 - Planaltos Residuais Norte-Amazônicos 6 - Planaltos Residuais Sul-Amazônicos 7 - Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste 8 - Planaltos e Serras de Goiás-Minas 9 - Serras Residuais do Alto Paraguai 10 - Planalto da Borborema 11 - Planalto Sul-Rio-Grandense 12 - Depressão da Amazônia Ocidental 13 - Depressão Marginal Norte-Amazônica 14 - Depressão Marginal Sul-Amazônica 15 - Depressão do Araguaia 16 - Depressão Cuiabana 17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé 18 - Depressão do Miranda 19 - Depressão Sertaneja e do São Francisco 20 - Depressão do Tocantins 21 - Depressão Periférica da Bacia do Paraná 22 - Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense 23 - Planície do Rio Amazonas 24 - Planície do Rio Araguaia 25 - Planície e Pantanal do Rio Guaporé 26 - Planície e Pantanal Mato-Grossense 27 - Planície da Lagoa dos Patos e Mirim 28 - Planícies e Tabuleiros Litorâneos Planaltos Depressões Planícies ¬ N S O L 0 340 680 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:34 000 000 1:50 000 000 0 500 km Escala aproximada Projeção Policônica Fonte: ROSS, Jurandyr L. Sanches. Os fundamentos da geografia da natureza. In: ROSS, Jurandyr L. Sanches. (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp. p. 53. Fonte: IBGE. Atlas nacional do Brasil, 2000. SA E D IG IT AL S /ABRASIL – RELEVO (CLASSIFICAÇÃO DE AZIZ AB'SÁBER – 1962) 0 315 630 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:31 500 000 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Tr ópico de Capr icórnio 75º 60º 45º OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO PL AN ÍC IE E T ER RA S B AI XA S CO ST EIR AS PLANALTO DAS GUIANAS PLANÍCIES E TERRAS BAIXAS AMAZÔNICAS PLANALTO CENTRAL PLANÍCIES DO PANTANAL PLANALTO DO MARANHÃO-PIAUÍ PLANALTO NORDESTINO PLANALTO MERIDIONAL SERRAS E PLANALTOS DO LESTE E SUDESTE PLANALTO URUGUAIO- -SUL-RIO-GRANDENSE ¬ N S O L Escala aproximada Projeção Policônica 1:63 000 000 0 630 km BRASIL – RELEVO (CLASSIFICAÇÃO DE AROLDO DE AZEVEDO – 1949) 0 315 630 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:31 500 000 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Tr ópico de Capr icórnio 75º 60º 45º OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO PL AN ÍC IE C OS TE IR A P L A N A L T O A T L Â N T I C O PLANALTO DAS GUIANAS PLANÍCIE DO PAMPA PLANALTO MERIDIONAL PLANÍCIE DO PANTANAL P L A N A L T O C E N T R A L P L A N Í C I E A M A Z Ô N I C A ¬ N S O L SA E D IG IT AL S /A Escala aproximada Projeção Policônica 1:63 000 000 0 630 km 40 4 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 404 21/06/2021 15:27:29 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A Solos do mundo e do Brasil O solo é a camada que cobre a superfície terrestre. Uma série de atividades humanas depende desse recurso, como a agricul- tura e a mineração. Por meio das diversas formas de intemperismo, o solo se desenvolve e forma horizontes. Observe os principais no esquema a seguir. O – Resíduos orgânicos: folhas, galhos, flores e frutos. A – Horizonte mineral mais rico em matéria orgânica e com grande atividade biológica. B – Horizonte mineral com máxima expressão de cor e estrutura. C – Rocha intemperizada (alterada). R – Rocha não intemperizada (não alterada). Kh ad i G an ie v/ Sh ut te rs to ck Climatologia e climas do Brasil Tempo meteorológico e clima não são sinônimos. O tempo é o conjunto de características atmosféricas em dado momento (se está ensolarado ou não, se está nublado ou não etc.). Clima é o conjunto das condições atmosféricas de uma região, sendo deter- minado pelas médias mensais e anuais dessas condições relacionadas, pelo menos, aos últimos 30 anos. O clima que predomina em uma região é definido segundo o comportamento dos seus elementos: temperatura, umidade do ar e pressão atmosférica. A grande diversidade geográfica da Terra influencia esses elementos, que se manifestam na forma de precipitação, nebulosidade, vento, entre outros. O comportamento dos diferentes tipos de clima está relacionado diretamente a fatores como latitude, altitude, relevo, mariti- midade, continentalidade, correntes marítimas e massas de ar. As massas de ar mais atuantes em nosso território são: mEc – massa equatorial continental (quente e úmida); mEa – massa equatorial atlântica (quente e úmida); mTa – massa tropical atlântica (quente e úmida); mTc – massa tropical continental (quente e seca); e mPa – massa polar atlântica (fria e úmida). Observe o mapa a seguir com os principais tipos climáticos que ocorrem no território brasileiro. SA E D IG IT AL S /A Escala aproximada Projeção Policônica 0 355 km 1:35 500 000 BRASIL CLIMA – CLASSIFICAÇÃO DE STRAHLER OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 15º 0º Equador 30º 60º 45º 23º27'30" Tr ópico de Ca pricórnio 75º 30º Climas controlados por massas de ar equatoriais e tropicais Climas controlados por massas de ar tropicais e polares Equatorial úmido Tropical Tropical semiárido Litorâneo úmido Tropical de altitude Subtropical úmido ¬ N S O L Escala aproximada Projeção Policônica 1: 50 000 000 500 km0 Fonte: FERREIRA, G. M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2009. p. 13. Equatorial úmido – Trata-se de um clima quente e úmido, com volume de precipitação podendo passar dos 3 000 mm/ano. Tropical – Predomina nas áreas entre o Equador e os trópicos, com temperaturas altas o ano todo e presença de chuva. Geralmente o outono e oinverno são quentes e secos, e a primavera e o verão, quentes e chuvosos. Tropical semiárido – Caracteriza-se por temperaturas altas e baixo volume de chuva, com longos períodos de seca. Subtropical úmido – Ocorre nos dois hemisférios e pode apresentar temperaturas altas no verão e bai- xas no inverno. Tem as quatro estações do ano bem-definidas e pode proporcionar geada e precipi- tação de neve. Tropical de altitude – Ocorre em áreas com altitudes superiores a 1 000 m. A temperatura é mais amena e no verão o volume de chuva é alto, o que pode ocasio- nar deslizamentos de terra por serem áreas de serra. Litorâneo úmido – Apresenta baixa variação térmica anual e altos índices pluviométricos. Os principais solos do Brasil são: ● Terra roxa – Proveniente de rochas vulcânicas (basal- to), esse solo é muito fértil. Está presente em Minas Gerais (MG), no Paraná (PR), em São Paulo (SP) e no Mato Grosso do Sul (MS). ● Aluviais – Formados por sedimentos vindos de outros lugares. Estão presentes em diferentes locais de todo o território brasileiro. ● Salmourão – Proveniente da decomposição do grani- to, esse solo é arenoso e pouco fértil. Está presente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. ● Massapê – Formado pela decomposição de rochas, como calcário e gnaisse, esse solo é escuro, argiloso e muito fértil. É encontrado, principalmente, ao longo do litoral do Nordeste. 40 5 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 405 21/06/2021 15:27:29 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A 40 6 Enem e vestibulares 1. C6:H26 (UECE-2019) Relacione, corretamente, os principais conceitos da Geografia com suas interpretações mais recor- rentes, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I. Coluna I 1. Lugar 2. Território 3. Paisagem 4. Região Coluna II ( ) É definido por e a partir de relações de controle e poder. ( ) Vincula-se à ideia de parte de um todo e conduz a uma concepção de divisão e à questão da dimensão das partes. ( ) Costuma ser compreendido como espaço percebido e vivido, dotado de significado, e com base no qual se desenvolvem os sentidos do quotidiano. ( ) Interpreta-se, principalmente, como imagem e representação de tudo o que forma o mundo exterior em um determinado momento de nossa percepção. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 4, 2, 3, 1. b) 2, 4, 1, 3. c) 3, 1, 4, 2. d) 2, 1, 4, 3. 2. C6:H27 (IFPE-2019) O conjunto dos fatores externos que resulta no desgaste e na decomposição das rochas é denominado a) erosão pluvial. b) sismo. c) sedimentação. d) intemperismo. e) degradação. 3. C6:H26 (IFCE-2019) “A paisagem é a aparência da realidade geográfica, aquilo que a nossa percepção auditiva, olfativa, tátil e, principalmente, visual capta. Embora as paisagens materializem relações sociais, econômicas e políticas travadas entre grupos humanos, elas nem sempre são percebidas. Desvendá-las requer observação, percepção e pesquisa, sendo esse o ca- minho para que o espaço produzido pelo homem seja apreendido em sua essência.” (MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio. Geografia Geral e do Brasil – Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Editora Scipione - 3ª Ed, Vol. 1, 2016.) Diante da perspectiva abordada no texto, é incorreto afirmar-se que a) os elementos de uma paisagem podem transformar-se ao longo do tempo. b) a paisagem expressa a história das práticas sociais, naturais e culturais. c) as paisagens representam apenas elementos naturais de um deter- minado lugar. d) a construção do espaço geográfico corresponde a uma transformação das paisagens. e) a paisagem é uma representação do espaço, mas não é espaço, portanto exibe as formas, mas esconde a essência de sua produção. 4. C6:H27 (Unesp-2021) Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publica- da apenas em 1902. Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina. Fá ci l Fá ci l Fá ci l M éd io O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava. Descansava... havia três meses. Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes... E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repug- nante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares. (Os sertões, 2016.) 1 canhoneio: descarga de canhões. 2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos. 3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas. 4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher. A paisagem retratada no texto mostra-se compatível com o clima que registra a) temperaturas elevadas no verão e amenas no inverno e precipitações escassas na maior parte do ano. b) temperatura amena pela ação dos fortes ventos e precipitação con- centrada nos meses de inverno. c) temperaturas elevadas e precipitações escassas e mal distribuídas ao longo do ano. d) temperaturas acima dos 35 °C e chuvas intensas, porém mal distribuí- das, ao longo do ano. e) temperatura média elevada e duas estações bem definidas, seca e chuvosa, ao longo do ano. 5. C6:H26 (Fuvest-2021) Disponível em https://www.instagram.com/CEhFFU/. Adaptado. O terremoto indicado na figura ocorreu no estado da Bahia no dia 30/08/2020, com magnitude 4,6 na escala Richter, atingindo cidades do Vale do Jiquiriçá e do Recôncavo Baiano. Sobre terremotos em geral, e sobre este especificamente, é correto afirmar: M éd io PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 406 21/06/2021 15:27:30 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A a) São gerados por intrusões e maremotos, cuja violência durante as movimentações provoca fissuras na superfície. b) São gerados em razão da presença de falhas geológicas e seu estudo traz conhecimento da geologia do território brasileiro. c) Têm início pelo soerguimento da crosta, e o do dia 30/08/2020 teve sua origem na Bacia Amazônica.d) Têm início com a divergência da crosta continental, e o do Recôncavo Baiano provocou impactos até na Serra Gaúcha. e) São gerados pela abertura de falhas, importante para o conhecimento do núcleo do planeta Terra explorado na região. 6. C6:H30 (FGV-2020) As modificações de ordem física (desagre- gação) e química (decomposição) que as rochas sofrem em consequência da interação com a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera são o resultado do intemperismo. Sobre os fatores que controlam a ação do intemperismo, analise as afir- mações a seguir. I. O clima, que se expressa na variação sazonal da temperatura e na distribuição das chuvas, é o fator que determina a velocidade do intemperismo. II. O relevo, que regula a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais, influi na natureza dos minerais constituintes da rocha matriz. III. A fauna e a flora, ao se decomporem, tornam as águas que penetram o solo mais ácidas, o que intensifica as reações químicas que alteram a rocha matriz. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e III, apenas. c) I, II e III. d) II e III, apenas. e) I e II, apenas. 7. C6:H30 (FGV-2020) Unidades do relevo brasileiro (Jurandyr L. S. Ross (org.). Geografia do Brasil, 2019. Adaptado.) Assinale a alternativa que identifica a unidade de relevo e sua característica morfológica. a) 1 – Depressão Sertaneja e do São Francisco, formada por formas convexas esculpidas em rochas intrusivas e composta por vales pouco profundos. b) 2 – Planaltos e Serras do leste-sudeste, formados por ciclos de dobra- mentos e compostos por morros e vales profundos. c) 3 – Depressão da Amazônia Ocidental, formada por ciclos de erosão e composta por planícies de baixa altitude. d) 4 – Planaltos e Chapadas do Rio Paraná, formados por ciclos de dobramentos e compostos por extensas superfícies baixas e planas. e) 5 – Serras residuais do Alto Paraguai, formadas em áreas de deposição de sedimentos aluviais e compostas por extensas restingas. D ifí ci l D ifí ci l 8. C6:H27 (FALBE-2020) (Revista Agroambiente On-line, vol. 5, no 2, 2011. Adaptado.) A técnica apresentada na imagem permite a) identificar o perfil topográfico a partir da relação entre as camadas do solo. b) explorar informações sobre o manto terrestre a partir do solo regional. c) classificar o solo a partir da descrição de suas características morfológicas. d) analisar o solo para estabelecer planos diretores sustentáveis em áreas urbanas. e) intervir em profundidade no solo para corrigir excessos do intempe- rismo biológico. 9. C6:H27 (Unicamp-2021) A região Nordeste brasileira é marcada por contrastes climáticos: áreas úmidas e áreas com longos períodos de estiagem. O mapa a seguir mostra a variação da umidade por meses em relação à distribuição das chuvas. (A da pt ad o de M ap a de C lim a do B ra si l. C oo rd en aç ão D e R ec ur so s N at ur ai s e Es tu do s Am bi en ta is – C R EN . D ire to ria de G eo ci ên ci as – D G C , I BG E. R io d e Ja ne iro , 2 00 6. ) Sobre as características climáticas e a distribuição das chuvas na região Nordeste, é correto afirmar: a) Todas as áreas sem seca ou subsecas recebem umidade da zona de convergência intertropical, além do incremento de vapor-d’água do processo de evapotranspiração das florestas tropicais. b) No centro do Estado da Bahia localiza-se a principal área no interior da região Nordeste com 1 a 3 meses secos, devido ao efeito orográfico da Chapada Diamantina na formação de chuvas. c) O período de estiagem das áreas com 4 a 5 meses secos ocorre no verão, enquanto o das áreas com 6 a 8 meses secos ocorre no outono e inverno na Bahia, e na primavera e verão nos demais Estados. d) A distribuição da umidade na região Nordeste tem estreita relação com o tipo de vegetação: nas áreas com 9 a 11 meses secos ocorre a vegetação de caatinga; nas áreas com 6 a 8 meses secos, a vegetação de cerrado. D ifí ci l D ifí ci l 40 7 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 407 21/06/2021 15:27:32 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _2 9 G EO G RA FI A • F R EN TE A 40 8 1 A B C D E 2 A B C D E 3 A B C D E 4 A B C D E 5 A B C D E 6 A B C D E 7 A B C D E 8 A B C D E 9 A B C D E Cartão-resposta Planeta Terra e Cartografia 10. C6:H27 (UEM-2017) A forma e os movimentos da Terra são temas que já causaram muitas reflexões e discussões entre os cientistas. Sobre esse assunto, assinale o que for correto. (1) Tornou-se possível visualizar a forma da Terra sob a perspectiva tridimensional a partir do desenvolvimento das imagens de satélite. (2) As estações do ano ocorrem devido ao movimento de rotação da Terra no sentido horário, o que promove uma interação com a energia emitida pelos raios lunares. (3) Equinócios designam os dias nos quais, nos dois hemisférios, Norte e Sul, ocorrem diferenças no recebimento da luz solar e do calor. (4) O movimento de rotação da Terra é responsável pela circulação dos ventos e das correntes marítimas, além da alternância entre dias e noites. (5) Os quatro paralelos considerados marcos na determinação das zonas de iluminação do globo terrestre são os Círculos Polar Ártico e Antártico e os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. Soma ( ) 11. C6:H30 (UEM-2019) Assinale o que for correto sobre a ação dos vulcões e suas consequências na história da Terra. (1) O vulcanismo, responsável por alterações dinâmicas no relevo, é ocasionado por movimentação de placas tectônicas. (2) As erupções vulcânicas lançam na atmosfera gases e cinzas que poluem o ambiente terrestre, por vezes se dispersando por até milhares de quilômetros. (3) O Círculo de Fogo do Pacífico recebe esse nome devido à quantidade elevada de vulcões em atividade na região. (4) Em eras geológicas passadas o vulcanismo foi intenso na atual região Sul do Brasil, e o fato se comprova pela presença de rochas vulcânicas basálticas na região. (5) A lava vulcânica chega à superfície terrestre devido aos movimentos de rotação e de translação da Terra. Soma ( ) 12. C6:H29 (Unicamp-2016) A figura abaixo apresenta a sequência evolutiva de um perfil de solo. a) Quais são os fatores ambientais que interagem para o desenvolvimento de um perfil de solo? b) A ação humana pode interferir no desenvolvimento de um perfil de solo como o apresentado. Como pode ser essa interferência? M éd io D ifí ci l M éd io 13. C6:H27 (UERJ-2019) TEMPERATURAS MÉDIAS MENSAIS PETRÓPOLIS (RJ) RIO DE JANEIRO (RJ) Mês Mínima (ºC) Máxima (ºC) Mínima (ºC) Máxima (ºC) janeiro 17º 28º 23º 30º março 16º 28º 23º 29º maio 10º 23º 20º 26º julho 8º 22º 18º 25º setembro 12º 25º 19º 25º novembro 15º 25º 21º 27º Fonte: climatempo.com.br Utilizando dois fatores climáticos distintos, explique as diferentes médias mensais de temperatura registradas nas cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, ao longo do ano. 14. C6:H27 (UEL) O relevo corresponde ao conjunto de formas apresentadas na superfície terrestre. Essas formas são defini- das pela estrutura geológica combinada com as ações da dinâmica interna e externa da Terra. Em 1985, o professor Jurandyr Ross elaborou uma classificação do relevo brasileiro com base em três fatores geomorfológicos: 1. morfoestrutura – origem geológica; 2. paleoclima – ação de antigos agentes climáticos; 3. morfoclima – influência dos atuais agentes climáticos. Essa classificação associa o passado geológico e o passado climático com os atuais agentes escultores do relevo. Com base nesta associação, o professor Ross identificou três tipos de relevo. a) Indique cada tipo de relevo e descreva suas características. b) De que forma essas características influenciam a vida nas cidades? D ifí ci l D ifí ci l GABARITO ONLINE 1. Faça o download do aplicativo SAE Questões ou de qualquer aplicativode leitura QR Code. 2. Abra o aplicativo e aponte para o QR Code ao lado. 3. O gabarito deste módulo será exibido em sua tela. PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 408 21/06/2021 15:27:34 Escola Digital 409 N.º de aulas 02 D in âm ic as d a na tu re za e po pu la çã o EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO mód. 30/32 Frente A 30 Introdução Neste módulo, revisaremos alguns temas que envolvem tanto a Geografia Física quanto a Geografia Humana. São eles: hidrografia, paisagens naturais, questões ambientais e população. Hidrografias mundial e do Brasil O ciclo da água ou ciclo hidrológico é um sistema no qual a água participa em seus três estados físicos: sólido (gelo), líquido (água) e gasoso (vapor d’água). A maior parte do vapor que é transportado para a atmos- fera tem origem nos oceanos. A reposição dessa perda ocorre por meio das precipitações (chuvas e neves) e do escoamento superficial (rios). Além de ser responsável pela formação dos diversos cursos d’água, como rios, lagos e mares, o ciclo hidro- lógico forma os aquíferos, que são reservatórios subterrâneos de água doce. Esses depósitos são resultado da infiltração das chuvas, que se acumulam aos poucos nas rochas permeáveis, abaixo do solo. As principais massas d’água são: ● Oceanos: grandes massas de água salgada que separam os continentes, as quais são movimentadas pe- las correntes oceânicas. As diferenças entre os oceanos se dão pela temperatura e concentração de sal. ● Mares: porções de águas continentais que podem ter comunicação com o oceano de maneira ampla (mar aberto ou costeiro), estreita (mar de interior ou continental) ou podem não ter ligação com o ocea- no (mar fechado ou isolado). O Aral e o Negro são exemplos de mares fechados. ● Lagos: depressões do terreno preenchidas por água. O Lago Titicaca, nos Andes, é um exemplo. ● Rios: aportes de água que possuem a capacidade de se renovar e escoam em razão da declividade, influenciados pela força da gravidade. No caso brasileiro, a hidrografia se comporta predominantemente da seguinte forma: ● Foz: estuário (deságua por meio de um único canal). ● Regime: pluvial (proveniente das chuvas) e perene (não seca). ● Drenagem: exorreica (deságua no oceano) e endorreica (deságua em outro curso d’água). Observe no mapa a seguir as regiões hidrográficas que compõem o território brasileiro. Este conteúdo está contemplado na questão 6 da seção Enem e vestibulares. GU GAI/ Shutt erstock SA E D IG IT AL S /A 0 355 710 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:35 500 000 BRASIL – REGIÕES HIDROGRÁFICAS OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 15º 0º Equador 30º 60º 45º 23º27'30" Tr ópico de Ca pricórnio 75º 30º R. Negro R. Ju ru á R. Solimões R. A mazonas R. Ma de ira R. Ta pa jós R. Pur us R. X in gu R . A ra gu aia R . T oc an tin s R . J ag ua rib e R. P ar na íb a R. Pi ndaré R. São Francisco R . P ar ag ua i R. Jequit inho nha R . P ar an á R. Tietê R. Doce R. Para íba do S ul R. U ru gu ai Regiões hidrográficas Rios Atlântico Leste Atlântico Sudeste Atlântico Sul Paraguai Paraná Uruguai Amazônica Tocantins-Araguaia Atlântico Nordeste Ocidental Parnaíba Atlântico Nordeste Oriental São Francisco ¬ N S O L Escala aproximada Projeção Policônica 1: 50 000 000 500 1 000 km0 Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Divisões hidrográficas do Brasil. Disponível em: https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/panorama- das-aguas/copy_of_divisoes-hidrograficas. Acesso em: 14 fev. 2021. Os principais problemas rela- cionados às regiões hidrográficas brasileiras são: ● Saneamento básico precário nas áreas urbanas. ● Comprometimento da quali- dade da água oferecida para abastecimento urbano. ● Utilização para irrigação de cultivos e para o gado. ● Períodos de estiagem. ● Períodos de enchentes e inundações. Em termos de águas subterrâneas, o Brasil tem dois grandes aportes: ● Alter do Chão: abastece Manaus (AM) e Santarém (PA). Possui recarga rápida devido ao elevado regime de chuva. ● Guarani: abastece São Paulo e Rio Grande do Sul. Enfrenta problemas como a poluição e a contaminação devido ao uso de agrotóxicos, ao despejo de lixo urbano em áreas vizinhas dos afloramentos e à extração de carvão mineral. O litoral brasileiro, por sua vez, é de grande importância porque a maioria das exportações ocorre por via marítima, além de fornecer pe- tróleo, como as reservas do pré-sal, proveniente em sua maior parte do mar territorial e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Mares: porções de águas continentais que podem ter comunicação com o oceano de maneira ampla (mar aberto ou costeiro), estreita (mar de interior ou continental) ou podem não ter ligação com o ocea- GU GAI/ Shutt Os principais problemas rela- cionados às regiões hidrográficas Saneamento básico precário PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 409 21/06/2021 15:27:35 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A Paisagens naturais do mundo e do Brasil As paisagens naturais são resultantes da ação conjunta de diversos componentes físicos, como o clima, o relevo, a vegetação, a latitude, os solos etc. A vegetação é o elemento mais representativo, em termos visuais, para a caracterização das paisagens naturais. A vegetação pode ser classificada como arbórea (grande porte), arbustiva (médio e pequeno porte) e herbácea (gramíneas). Em relação à resistência das folhas, essas vegetações são di- vididas em caducifólias (caem em determinadas estações do ano); perenifólias (permanecem durante o ano todo); latifoliadas (são largas e grandes, apresen- tando intensa respiração) e aci- culifoliadas (apresentam forma de agulha e baixa intensidade de transpiração). Além dessas características, a vegetação pode ser considerada de acordo com a disponibilidade de umidade do ar. Ela se desen- volve em ambientes alagados (hidrófila); salgados (halófita); se- miáridos e áridos (xerófila); com regularidade de chuvas (mesófi- ta); com alternância entre perío- dos secos e úmidos (tropófita); com elevadas altitudes (orófila); e em ambientes úmidos (higrófita). Observe o mapa ao lado com a distribuição das paisagens natu- rais pelo mundo. Fonte: ATLAS geográfico escolar. Ensino Fundamental – do 6º ao 9º ano. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 106. Já no Brasil, duas classificações se destacam: os biomas e os domínios morfoclimáticos. Observe os mapas a seguir. SA E D IG IT AL S /A 0 400 800 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:40 000 000 BRASIL – BIOMAS OCEANO PACÍFICO 0º Equador 15º 30º 75º 60º 45º 23º27'30" Tr ópico de Capri córnio RS SC PR SP RJ ES MG MT GO BA MA PI CE RN PA AC AM PB AL SE OCEANO ATLÂNTICO DF 30º ® N S O L RO RR AP MS TO PE Amazônia Caatinga Cerrado Mata Atlântica Pampa Pantanal BRASIL – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS 0 252 504 km Escala aproximada Projeção Policônica 1:25 200 000 0º Equador 15º 30º 23º27'30" Tr ópico de Capr icórnio 75º 60º 45º OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Mares de morros Pradarias Faixas de transição Amazônico Araucárias Caatinga Cerrados Domínios morfoclimáticos RS SC PR MS SP RJ ES MG MT RO GO BA TO MA PI CE RN PA AC AM RR AP PB PE AL SE DF ¬ N S O L Escala aproximada Projeção Policônica 1:53 000 000 530 km0 Escala aproximadaProjeção Policônica 1:59 000 000 590 km0 Fonte: ATLAS geográfico escolar. Ensino Fundamental – do 6° ao 9° ano. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. p. 18. Fonte: AB’SÁBER, A. N. Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas no Brasil. Orientação. São Paulo: USP/IGEOG. n. 3. 1967.p. 45-48. PLANISFÉRIO – VEGETAÇÃO 0 3 130 6 260 km Escala aproximada Projeção de Robinson 1:313 000 000 OCEANO GLACIAL ÁRTICO 0º 45º 90º45º90º135º180º 135º 180º OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 66º32'30" Círculo Polar Antártico 66º32'30" Círculo Polar Ártico G re en w ic h 0º Equador 23º27'30" Trópico de Capricórnio 23º27'30" Trópico de Câncer 45º 45º ® N S LO Floresta mediterrânea Savana Campos Alta montanha Áreas polares Tundra Deserto Taiga Regiões semiáridas Floresta temperada Floresta tropical SA E D IG IT AL S /A Escala aproximada Projeção de Robinson 1: 330 000 000 3300 6600 km0 Este conteúdo está contemplado na questão 5 da seção Enem e vestibulares. 41 0 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 410 21/06/2021 15:27:38 Ve ct or Po t/ Sh ut te rs to ck Ve ct or Po t/ Sh ut te rs to ck RE D D ST O CK /S hu tt er st oc k RE D D ST O CK /S hu tt er st oc k EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A Problemas e políticas ambientais do mundo e do Brasil Devido ao crescimento de um padrão de produção e do consumo baseado na exploração intensa de recursos naturais, desde a Revolução Industrial o mundo tem presenciado o surgimento e o agravamento de diversos problemas ambientais. As principais questões discutidas ao longo das últimas décadas são: ● Efeito estufa e aquecimento global: ocorrem pela presença de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e outros elementos que auxiliam na manutenção de calor irradiado pela su- perfície terrestre. Devido às intensas atividades humanas, a concen- tração de gases aumentou, elevando a temperatura média da Terra. ● Desertificação: é a degradação dos solos pela seca excessiva e pela rápida perda de nutrientes em regiões de climas subúmido, ári- do e semiárido. Pode ocorrer por fatores climáticos (escassez de umidade, elevadas temperaturas etc.) e antrópicos (manejo ina- dequado do solo, desmatamento, queimadas etc.). ● Poluição e contaminação do ar: decorrem da liberação indiscrimina- da de gases tóxicos de atividades industriais e veículos movidos a com- bustíveis fósseis, como o carvão mineral. ● Chuva ácida: ocorre devido à concentração de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera, acidifican- do o pH da água da chuva. ● Inversão térmica: ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura. Quando isso acontece, os gases poluentes na atmosfera permanecem, compro- metendo a qualidade do ar. ● Ilha de calor: é a elevação da temperatura local de áreas centrais devido à redução da cobertura vegetal, à concentração de concreto e à impermeabilização do solo. ● El Niño e La Niña: são fenômenos de aquecimento e resfriamento das águas do Oceano Pacífico, respectivamente, que modi- ficam o padrão de ventos e afetam o regime de chuvas em nível mundial. ● Problemas ligados aos recursos hídricos: estão relacionados à escassez de água potável, à poluição e à contaminação hídri- ca por esgotos domésticos e às atividades industriais e agrícolas que afetam a qualidade das águas. A partir da segunda metade do século XX, diversos encontros e tratados internacionais passaram a discutir as práticas huma- nas e a buscar a consolidação de um modelo socioeconômico e político-ambiental sustentável, de modo a garantir a qualidade de vida das gerações presente e futuras. ● Encontros: ● Eco-92 (Rio de Janeiro, Brasil, 1992): formulação da Agenda 21, que estabeleceu metas de sustentabilidade. ● Rio+10 (Johanesburgo, África do Sul, 2002): avaliação dos resultados da Eco-92 e formulação da Declaração de Johanesburgo, que se concentra nos problemas da fome e da miséria. ● Rio+20 (Rio de Janeiro, Brasil, 2012): revisão das metas propostas na Agenda 21. ● Tratados: ● Protocolo de Montreal (Canadá, 1987): redução do uso de substâncias que destroem a camada de ozônio. ● Protocolo de Kyoto (Japão, 1997): redução em 5,2% da emissão dos gases que potencializam o aquecimento global, a fim de se aproximar dos níveis de 1990. ● Acordo de Paris (França, 2015): redução para menos de 2 °C da emissão dos gases que contribuem para o efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global. No Brasil, a política ambiental se organiza da seguinte forma: ● Órgãos federais: Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); Ministério do Meio Ambiente; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio); Agência Nacional de Águas (ANA) e outros. ● Leis federais: Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/1998); Novo Código Florestal Brasileiro (Lei n. 12.651/2012); e Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC, Lei n. 9.985/2000), que divide as áreas em proteção integral e uso sustentável. 41 1 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 411 21/06/2021 15:27:38 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A Geografia da população e demografia do Brasil Os principais conceitos demográficos são: População absoluta (total de habitantes) e população rela- tiva (densidade demográfica). Taxa de mortalidade: número de óbitos anuais calculados em relação ao número total da população. O resultado é fornecido em ‰ (por mil). População economi- camente ativa (PEA): trabalhadores ocupa- dos e desocupados. População economi Crescimento vegetati- vo: taxa de natalidade – taxa de mortalidade. Crescimento popula- cional ou demográfico = crescimento vege- tativo + (imigração - emigração). Taxa de natalidade: número de nascidos vivos anuais cal- culados em relação ao número total da população. O resultado é fornecido em ‰ (por mil). Faixa etária e gêne- ro: expressos pela pirâmide etária. Taxa de migração: diferen- ça entre imigrantes e emigrantes. Expectativa de vida: nú- mero médio de anos que a população de um país/território viverá. Transição demográ- fica: oscilações do crescimento e do envelhe- cimento da população. População economi- camente inativa (PEI): estudantes, pensionistas, aposentados e detentos. As principais teorias demográficas são: Reformista ou marxista: o cresci- mento populacional é consequência da pobreza. Ecomalthusiana: o crescimento popula- cional é o responsável pela degradação do meio ambiente. Malthusiana: o crescimento da população é maior que o da produ- ção de alimentos. Neomalthusiana: a fome e a misé- ria são decorrentes do crescimento da população. No Brasil, a população está distribuída de forma irregular pelo território, ficando concentrada principalmente nas grandes cidades da zona costeira. Nossa população é caracterizada, ainda, por estar em processo de transição demográfica, com diminuição da taxa de natalida- de e aumento da expectativa de vida e da PEI. Observe a pirâmide etária a seguir. Brasil: Pirâmide etária (2020) 100+ 0.0% 0.0% Homens Mulheres 95-99 90-94 85-89 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 10% 8% 6% 4% 3.5% 3.3% 3.4% 3.4% 3.7% 4.0% 4.0% 4.0% 4.1% 3.7% 3.3% 3.1% 2.9% 2.4% 1.9% 1.4% 0.9% 0.7% 0.4% 0.2% 3.5% 3.6% 3.9% 4.1% 4.0% 4.0% 4.0% 3.6% 3.2% 2.9% 2.6% 2.1% 1.6% 1.1% 0.7% 0.4% 0.2% 0.1% 2% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 5-9 0-4 BRAZIL – 2020. Population Pyramid. Disponível em: https://www.populationpyramid.net/brazil/2020/. Acesso em: 6 abr. 2021.41 2 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 412 21/06/2021 15:27:39 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A Enem e vestibulares 1. C6:H26 (FGV-2020) Em 1987, após a Convenção de Viena, foi assinado o Protocolo de Montreal, um tratado internacional que entrou emvigor em 1º de janeiro de 1989. Atualmente é o único acordo ambiental multilateral cuja adoção é universal: 197 estados assumiram o compromisso ambiental. (https://mma.gov.br. Adaptado.) O Protocolo de Montreal estabelece mecanismos que a) limitam a produção de gases de efeito estufa. b) protegem o ozônio estratosférico. c) regulam o acesso aos recursos genéticos. d) regulam a comercialização dos organismos vivos geneticamente modificados. e) promovem a fiscalização para reduzir a biopirataria. 2. C3:H11 (UTFPR-2016) Relacionando-se os conceitos demo- gráficos básicos com as características da população do Brasil, somente podemos afirmar que: a) as regiões mais povoadas situam-se na porção Centro-Sul. b) as áreas consideradas populosas estão próximas à Amazônia. c) os estados mais populosos têm maior registro de indígenas. d) os descendentes de africanos são a maioria da população do Sul. e) o interior do Nordeste é mais povoado que a porção litorânea. 3. C6:H27 (UECE-2019) “O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. O Bioma Cerrado. Disponível em: http://www.mma.gov. br/biomas/cerrado. Acesso em 03.04.2019. Considerando algumas das principais características do Bioma Cerrado, é correto afirmar que nele a) encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata. b) devido à ocupação e as atividades humanas, hoje resta apenas 29% de sua cobertura original, mesmo assim ainda está disposto em 17 estados. c) são encontradas formações florestais nativas como a Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Semidecidual. d) vivem cerca de 80 milhões de pessoas e sua biodiversidade ampara ati- vidades econômicas voltadas para fins agrossilvopastoris e industriais. 4. C6:H28 (UDESC-2019) O bioma Cerrado, no Brasil, foi bastante destruído devido às atividades agropastoris. Analise as proposições. I. Os Cerrados têm um aspecto característico, marcado por árvores, geralmente, tortuosas e espaçadas. II. Apesar do aspecto xeromórfico no cerrado, não há escassez de água, mesmo nas estações mais secas. Os cerrados brasileiros, em compa- ração com as savanas africanas, são úmidos, apesar da sazonalidade da umidade. III. O Cerrado está presente nos estados de Minas Gerias, Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, São Paulo e Paraná. IV. Até os anos 1970 acreditava-se que o solo do cerrado era improdutivo, mas novas tecnologias e novos tratamentos de solo fizeram desta região uma das mais produtivas do Brasil. V. Os incêndios nos cerrados são a principal ameaça, atualmente. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. c) Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. Fá ci l Fá ci l M éd io M éd io 5. C6:H29 (ACAFE-2019) O domínio morfoclimático designa um conjunto espacial em que há integração entre os processos ecológicos e as paisagens. Observe o mapa a seguir: Fonte: AB’SÁBER, A. N. Os Domínios da Natureza no Brasil: Potencialidades Paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. p. 17. De acordo com a classificação dos Domínios Morfoclimáticos Brasileiros, proposta pelo geógrafo Aziz AB’SÁBER, marque V para Verdadeiro ou F para Falso. ( ) O número I representa o Domínio Amazônico, cujo ecossistema florestal é constituído por imensa diversidade biológica, ameaçada pela devastação da floresta causada, entre outras coisas, por grandes projetos minerais e agropecuários na região. ( ) O Domínio dos Cerrados corresponde ao número III, onde houve intensa exploração da cana-de-açúcar e do café. ( ) O Domínio do Mares de Morros, assinalado pelo número II corresponde a uma extensa área montanhosa no Planalto Central Brasileiro. ( ) O número V corresponde ao Domínio das Araucárias, ocupando os planaltos da porção oriental da bacia do rio Paraná, primariamente recoberta por uma floresta semi-homogênea na qual as araucárias se destacavam com espécies dominantes. ( ) O número IV corresponde ao Domínio das Caatingas, estendendo-se por uma porção semiárida do Nordeste, caracterizada pela escassez e pela irregularidade de chuvas. ( ) O número VI corresponde ao Domínio das Pradarias, no estado do Rio Grande do Sul, com uma predominância de floresta de árvores de grande porte. A sequência correta, de cima para baixo é: a) V - F - F - V - V - F b) V - V - F - V - V - F c) V - F - V - V - F - F d) F - F - V - F - F - V 6. C6:H30 (UECE-2016) Um dos principais mecanismos que im- pulsionam o ciclo da água no planeta é a radiação solar. Sobre este processo, é correto afirmar que a) seu fluxo na superfície é positivo, resultando na vazão dos rios. b) seu comportamento nos oceanos é negativo, com maior precipitação do que evaporação. c) a água importada dos oceanos é reciclada sobre os continentes atra- vés do processo de precipitação-evaporação, e não mais retorna aos ambientes oceânicos. d) a água que participa do ciclo hidrológico não entra nos processos relacionados à circulação geral da atmosfera. M éd io D ifí ci l 41 3 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 413 21/06/2021 15:27:40 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A 41 4 7. C6:H29 (UNISC-2016) Conforme o Relatório Nacional das Águas (2013), o Brasil apresenta uma situação confortável em termos globais quanto aos recursos hídricos. A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados para o país, indica uma situação satisfatória, quando comparada aos valores dos demais países informados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no território brasileiro, entre outras questões que preocupam a gestão dos recursos hídricos. Para responder à questão abaixo considere o assunto águas continentais do Brasil. I. Cerca de 80% da disponibilidade hídrica estão concentrados na região hidrográfica Amazônica, onde se encontra o menor contingente po- pulacional e valores reduzidos de demandas de consumo. II. O regime de um rio está relacionado à variação do nível de suas águas. Os rios brasileiros possuem regime pluvial, isto é, são alimentados pelas chuvas. Apresentam cheias e vazantes de acordo com as regiões climáticas em que estão situados. III. O projeto de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do cerrado brasileiro. Trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento. IV. A maioria dos rios que formam a Bacia do Paraná apresentam algum comprometimento na qualidade das águas, além disso, a demanda hídrica é maior que a oferta de água. Ocorre também o excesso de poluição industrial e residencial, sendo adequado que se invista em mecanismos de reciclagem e reutilização de água utilizada pelas indústrias, bem como implementar obras de saneamento básico e construir estações de tratamento de esgotos. V. O ciclo hidrológico, em condições naturais, pode ser considerado um sistema em equilíbrio, porém, com a crescente urbanização das bacias hidrográficaspercebem-se alterações que promovem modificações na dinâmica do ciclo da água. Em áreas urbanizadas, fatores como a impermeabilização do solo, a canalização de cursos fluviais e a remoção da vegetação, desencadeiam ou agravam os processos de erosão e de inundações, pondo em risco o balanço hídrico. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 8. C6:H26 (UFMS-2020) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conser- vação, sendo instituído pela Lei nº 9.985, de 10 de julho de 2000. Sobre as unidades de conservação, é correto afirmar que: a) são definidas como o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais rele- vantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. b) dentre seus objetivos, o SNUC visa a proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural, com exceção dos recursos hídricos e edáficos. c) as Unidades de Proteção Integral são as únicas unidades de conser- vação integrantes do SNUC. d) os Parques Nacionais fazem parte do Grupo de Unidades de Uso Sustentável. e) as Unidades de Proteção Integral não estão integradas ao SNUC. 9. C6:H29 (UEM-2017) A utilização das águas subterrâneas para suprir as necessidades diárias da população, em vários países, é uma realidade no presente século. Sobre a origem, as carac- terísticas e usos das águas subterrâneas, assinale o que for correto. D ifí ci l D ifí ci l D ifí ci l (1) As águas subterrâneas não participam do ciclo hidrológico devido à sua elevada profundidade abaixo da superfície do terreno. (2) As águas subterrâneas, junto com as geleiras, constituem a maior parte da água doce retida do planeta. (3) Dentre os principais problemas encontrados nas áreas da recarga natural dos aquíferos, estão os relacionados com o desmatamento e com a impermeabilização dos solos nas áreas urbanas. (4) Todos os países que compõem a América do Sul utilizam as águas subterrâneas armazenadas no Aquífero Guarani. (5) No Brasil, o Aquífero Guarani abrange somente os estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Soma ( ) 10. C6:H29 (UEM-2015) Com relação às características e ao uso das águas subterrâneas, é correto afirmar que (1) os aquíferos são reservatórios de águas subterrâneas formadas em tipos específicos de rochas e de solos. (2) a região norte do país é rica hidricamente com águas superficiais e subsuperficiais em abundância, pois nessa porção do território brasileiro localiza-se o aquífero Guarani. (3) o ciclo hidrológico contempla a movimentação das águas subterrâ- neas e superficiais do planeta Terra. (4) devido à profundidade que as águas subterrâneas são encontradas, elas estão protegidas dos agentes poluidores. (5) as águas do aquífero Guarani são compartilhadas por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Soma ( ) 11. C6:H29 (UFC) O professor Antônio Aziz Nacib Ab’Sáber, um dos grandes geógrafos brasileiros, desenvolveu árduo traba- lho de pesquisa buscando uma classificação para os domínios de natureza no Brasil, para o que utilizou o conceito de Domínio Morfoclimático. a) Nomeie os dois domínios morfoclimáticos, dentro da classificação do professor Ab’Sáber, que ocupam a maior área no território brasileiro. b) Indique características dominantes da feição do relevo, do clima, da rede de drenagem, dos aspectos dos solos e da vegetação no domínio morfoclimático que predomina na região Nordeste do País. c) Originalmente, a Mata Atlântica recobria cerca de 95% deste domínio. Indique: c.1. o domínio morfoclimático em questão. c.2. a principal consequência desse desflorestamento. 12. C6:H30 (Unicamp-2020) O mapa a seguir apresenta a espacia- lização dos desertos no globo terrestre. (Fonte: J. F. Petersen, D. Sack e R. E. Glaber, Fundamentos de Geografia Física. São Paulo: Cengage Learning, 2014, p. 165.) a) Aponte uma característica biogeográfica e uma característica climática do domínio de desertos frios. b) Diferencie “deserto” e “desertificação”. D ifí ci l Fá ci l M éd io PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 414 21/06/2021 15:27:41 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 0 G EO G RA FI A • F R EN TE A 1 A B C D E 2 A B C D E 3 A B C D E 4 A B C D E 5 A B C D E 6 A B C D E 7 A B C D E 8 A B C D E Cartão-resposta Dinâmicas da natureza e população 13. C6:H29 (IFCE-2020) Explique o que é Inversão Térmica e sua relação com a concentração de poluentes no ambiente. 14. C6:H27 (Unicamp-2015) A água utilizada para os mais diversos fins não provém apenas dos reservatórios aquáticos que se podem ver (rios, lagos, lagoas, etc.), mas também fazem parte dos recursos hídricos os aquíferos, importantes reservatórios subterrâneos que são responsáveis pelo armazenamento da maior parte da água doce disponível para o consumo humano. No Estado de São Paulo, por exemplo, os aquíferos têm importância significativa, pois abastecem quase metade do território estadual. (Adaptado de As águas subterrâneas do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente. São Paulo: Instituto Geológico, 2012, p. 5.) a) O que é um aquífero e qual o seu processo natural de formação? b) Explique como as águas superficiais (rios, lagos, lagoas, etc.) relacio- nam-se com as águas dos aquíferos e aponte um tipo de atividade econômica que faz intenso uso das águas do Aquífero Guarani, espe- cialmente nos períodos de estiagem. 15. C6:H26 (FGV-2017) A capital paulista bateu um novo recorde de frio nessa segunda-feira (13), com temperatura mínima oficial de 3,5 °C, registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia, na estação do Mirante de Santana, zona norte da cidade. A forte massa de ar polar que atua no Estado de São Paulo tem provocado muito frio durante as madrugadas. Por causa do resfriamento, diversos bairros estão amanhecendo com nevoeiro e há previsão de ocorrência do fenômeno da inversão térmica. Adaptado de: Climatempo.com.br/noticia/2016/06/13. A partir do texto, a) relacione o fenômeno El Niño com as temperaturas registradas nas regiões Sul e Sudeste no mês de junho deste ano; b) apresente duas consequências dessas condições climáticas sobre as atividades econômicas; c) indique como a inversão térmica prejudica a saúde e o bem-estar da população paulistana. 16. C2:H8 (UFC) As análises das populações humanas utilizam-se de indicadores numéricos interpretados à luz de teorias de- mográficas às vezes divergentes. Interesses político-econô- micos também orientam estas análises e direcionam as ações governamentais relativas ao crescimento da população. As questões a seguir dizem respeito aos conceitos e teorias demográficas, às políticas públicas e ao processo de envelhecimento da população brasileira. a) Defina: a.I. taxa de natalidade: a.II. taxa de mortalidade: a.III. crescimento vegetativo: a.IV. crescimento demográfico: M éd io D ifí ci l D ifí ci l D ifí ci l b) Cite duas das principais teorias demográficas que procuram explicar as razões e os efeitos do crescimento populacional. c) Nomeie uma ação governamental relacionada a políticas de natalidade implementadas a partir de meados do século XX nos países: c.I. desenvolvidos: c.II. subdesenvolvidos: d) Apresente duas das principais consequências do envelhecimentoda população brasileira, evidenciado, na atualidade, pela pirâmide etária. GABARITO ONLINE 1. Faça o download do aplicativo SAE Questões ou de qualquer aplicativo de leitura QR Code. 2. Abra o aplicativo e aponte para o QR Code ao lado. 3. O gabarito deste módulo será exibido em sua tela. 41 5 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 415 21/06/2021 15:27:41 Es pa ço e s oc ie da de Escola Digital 416 N.º de aulas 02 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 1 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 1 G EO mód. 31/32 Frente A 31 Es pa ço e s oc ie da de Raw pixe l.com /Shutter stock Introdução Neste módulo, serão apresentados os elementos básicos que compõem os estudos populacionais, ru- rais, industriais e urbanos, além de serem revistas as principais fontes de energia. Movimentos populacionais no mundo e no Brasil Os fatores de atração e de repulsão populacional estão relacionados a critérios naturais, econômicos, políticos, religiosos, culturais e étnicos. ÁREAS DE ATRAÇÃO E DE REPULSÃO POPULACIONAL 0 2 300 4 600 km Escala aproximada Projeção de Robinson 1:230 000 000 0º 45º 90º45º90º135º180º 135º 180º OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO 66º32'30" Círculo Polar Antártico 66º32'30" Círculo Polar Ártico G re en w ic h 0º Equador 23º27'30" Trópico de Capricórnio 23º27'30" Trópico de Câncer 45º 45º Áreas de atração populacional Áreas de repulsão populacional Principais fluxos populacionais # # # # # ## # # # ## # # ## # # # ## # # # # BRASIL ARGENTINA BOLÍVIA PERU COLÔMBIA EQUADOR MÉXICO AMÉRICA CENTRAL E CARIBE ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA CANADÁ SUDÃO SUDÃO DO SUL SOMÁLIA ORIENTE MÉDIO ÍNDIA SUDESTE ASIÁTICO CHINA TURQUIA JAPÃO AUSTRÁLIA EUROPA OCIDENTAL ÁFRICA DO SUL NORTE DA ÁFRICA ¬ N S O L VENEZUELA # # SA E D IG IT AL S /A Escala aproximada Projeção de Robinson 1:320 000 000 3 200 6 400 km0 Fonte: ENCICLOPÉDIA do estudante: geografia geral. São Paulo: Moderna, 2008. Os principais países de origem dos fluxos populacionais mundiais são: Síria, Sudão do Sul, Venezuela e países da América Central. Já os principais países de destino são os europeus e os Estados Unidos da América. Com base nessas informações, é possível identificar alguns conceitos ligados a essa dinâmica populacional. indivíduo que chega ao país ou região de destino. Imigrante: indivíduo que sai do seu país ou região de origem. Emigrante: No Brasil, os principais aspectos dos movimentos populacionais são: ● O processo de imigração ao longo da história contribuiu para a atual configuração sociocultu- ral e para a distribuição populacional do territó- rio brasileiro. ● Principais origens dos atuais imigrantes: Venezuela, Haiti, Colômbia, Bolívia e Uruguai. ● Principais destinos dos atuais emigrantes: Estados Unidos da América, Reino Unido, Paraguai, Alemanha, Itália, França, Portugal, Espanha e Japão. ● Migração: processo de deslocamento de uma pessoa ou um grupo. ● Migração interna: deslocamento que ocorre no interior do próprio país ou da mesma região. ● Inter-regional: entre diferentes regiões. ● Intrarregional: dentro da mesma região. ● Migração externa: deslocamento que ocorre entre um país e outro. ● Intercontinental: entre países de con- tinentes diferentes. ● Intracontinental: entre países do mes- mo continente. ● Migração espontânea: quando ocorre por iniciativa própria do indivíduo. ● Migração forçada: quando ocorre devido a perseguições, catástrofes naturais ou guerras, condições que geram riscos à in- tegridade física e/ou mental do indivíduo. ● Migração de retorno: volta do emigrante ao seu local de origem. Outros conceitos importantes a respeito dos movi- mentos populacionais são: ● Apátrida: indivíduo que não possui nacionalida- de reconhecida por nenhum país. ● Refugiado: indivíduo que solicita refúgio em ou- tro país. ● Xenofobia: sentimento de aversão aos imigran- tes praticado pela população do país que os recebe. ● Fuga de cérebros: quando profissionais altamen- te qualificados deixam o país de origem para trabalharem em outro país que oferece melho- res condições. PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb 416 21/06/2021 15:27:45 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 1 EX T2 1_ RE V_ G EO _A _3 1 G EO G RA FI A • F R EN TE A Espaço rural e espaço rural do Brasil A organização das propriedades no espaço rural ao longo do tempo histórico é chamada de estrutura fundiária. No Brasil, ela é concentrada, sendo a reforma agrária a principal política pública de resposta a esse problema. As atividades agropecuárias podem ser classificadas em dois sistemas distintos: ● Extensivo: a agricultura (policultura) é praticada com técnicas rudimentares e se volta para o abastecimento familiar e a co- mercialização do excedente. Na pecuária, o gado é criado solto e sua produção é voltada para o mercado interno. ● Intensivo: produção agrícola expressiva (monoculturas), com emprego de tecnologia e voltada para o mercado externo. Na pecuária, há o confinamento do gado e a seleção artificial de raças por meio de técnicas como o melhoramento genético e a inseminação artificial. Pecuária extensiva em Minas Gerais. Ka rin a ka fo to s/ Sh ut te rs to ck Pecuária intensiva em São Paulo. Al f R ib ei ro /S hu tt er st oc k Em termos de atividades, destacam-se: ● Extrativismo vegetal: coleta e extração de folhas, frutos, resinas e madeiras, por exemplo. ● No Brasil, está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, onde há extração de madeira, açaí, castanha-de-caju, castanha-do-pará etc. ● Extrativismo animal: captura de animais por meio, por exemplo, da caça e da pesca. ● No Brasil, a pesca tanto em rios quanto no mar é destaque na Região Nordeste. ● Extrativismo mineral: extração de rochas, minerais e combustíveis fósseis. ● No Brasil, a atividade acontece em todo o território, com destaque para os metálicos (ferro, manga- nês, alumínio, entre outros), não metálicos (calcário, argila, enxofre, entre outros) e energéticos (petróleo, carvão mineral e gás natural). ● Agricultura: cultivo da terra para a obtenção de alimentos e matéria-prima para combustíveis, roupas, medicamentos etc. ● Influenciou a fixação do ser humano no espaço. ● Depende das condições físicas do espaço (clima, solo, relevo, disponibilidade hídrica). ● Tipos de agricultura: ● Subsistência: realizada em pequenas propriedades rurais, por meio de mão de obra familiar e com pro- dução suficiente para abastecer a família. Havendo excedente, comercializa-se. ● Jardinagem: realizada em áreas inundáveis, com mão de obra braçal e familiar. ● Terraceamento: consiste na construção de terraços em áreas com declividade acentuada para mi- nimizar os processos erosivos. ● Itinerante: retira trechos de vegetação e queima-os para limpar o terreno. ● Comercial: baseia-se em uma produção de larga escala, voltada ao mercado externo. ● Moderna: utiliza insumos químicos, maquinários e seleção de sementes (muitas vezes transgênicas). ● Plantation: baseada em monoculturas de exportação mediante a utilização de latifúndios e, por vezes, mão de obra escravizada. ● No Brasil: os principais produtos agrícolas são a soja, a cana-de-açúcar, o milho e o café. Os maiores produtores estão em São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. ● Pecuária: criação, reprodução e domesticação de animais para a produção de carne, leite e derivados, adubos e tecidos, para o uso no transporte etc. ● No Brasil: a Região Centro-Oeste se destaca na criação de gado bovino, e a Região Sul, na criação de gado suíno e galináceo. ● Agronegócio: envolve os setores primário (agricultura, pecuária e extrativismo), secundário (indústrias) e terciário (comércio e prestação de serviços). Pi xe lm ee tu p/ Fl at ic on 41 7 PG21LP414SDG2_MIOLO_EXT21_REV_GEO_LP.indb
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