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IV_Teorico

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Gestao da Demanda 
e dos Estoques
Gestão da Demanda
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Rogério Monteiro
Prof. Esp. Clovis Cabrera
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução à Gestão de Demanda;
• Tipos de Demanda;
• Técnicas de Previsão da Demanda;
• Influência da Demanda na Cadeia de Suprimentos.
Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Entender o processo de previsão da demanda nas empresas;
• Compreender como a demanda influencia nas decisões ao longo da cadeia de suprimentos.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Gestão da Demanda
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Contextualização
Empresas vêm desenvolvendo esforços para adequar suas previsões de demanda às 
reais necessidades de mercado. Esse processo é denominado gestão da demanda.
É fundamental conhecer as principais características da demanda e as técnicas para 
previsão, de modo a evitar decisões equivocadas em termos de capacidade produtiva, 
aquisição, estoques, entre outros aspectos.
Assim, esta unidade traz uma visão ampla da gestão da demanda, sua importância e 
os principais procedimentos para o devido cálculo.
Finalmente, apresenta-se ainda uma análise da influência da gestão da demanda nas 
cadeias de suprimentos.
6
7
Introdução à Gestão de Demanda 
Esta unidade apresenta aspectos da gestão da demanda. Começaremos definindo 
demanda, gestão e gestão da demanda:
• Demanda: refere-se à quantidade de bens e serviços requeridos por uma coletividade 
ao longo de um determinado período de tempo. Nesse sentido, demanda pode ser 
representada pelas seguintes unidades: peças por mês, litros por ano, pacientes por 
dia, entre outras formas de mensuração;
• Gestão: ato de gerenciar recursos, atividades ou alguma entidade. A gestão prevê a 
utilização de técnica para se obter resultados favoráveis em relação ao objeto gerenciado;
• Gestão da demanda: refere-se ao ato de gerenciar as atividades relacionadas à 
demanda. Tem por objetivo desenvolver estimativas capazes de antecipar as de-
mandas futuras, de maneira a auxiliar os gestores em suas tomadas de decisão. A 
gestão da demanda pode ser dividida em duas partes: pedidos firmes e previsão.
Historicamente, técnicas de gerenciamento da demanda são aplicadas tanto no 
ambiente governamental, quanto no empresarial.
Em termos governamentais, faz-se necessário realizar a gestão da demanda visando 
atender a população em seus anseios quanto a programas sociais, infraestrutura, saúde, 
habitação, entre outros.
Em termos empresariais, a prática da gestão da demanda permite que inúmeras 
atividades sejam bem-sucedidas e, consequentemente, tragam benefícios à empresa, 
como pode ser visto no Quadro 1:
Quadro 1 – Atividades que se beneficiam da gestão da demanda
• Planejamento de compras;
• Gestão de estoques;
• Planejamento da produção;
• Planejamento da equipe de vendas;
• Alocação de mão de obra;
• Subcontratação de mão de obra e serviços;
• Planejamento da necessidade de parcerias;
• Planejamento da descontinuidade de produtos;
• Outras atividades.
Como se vê, a sociedade se beneficia, direta ou indiretamente, da previsão de deman-
da. Essa constatação aumenta a importância de se estudar e entender os aspectos que 
compõem a gestão da demanda.
O vídeo disponível a seguir apresenta a influência da gestão da demanda nas atividades 
empresariais.
Jornal da Globo (edição do dia 05/05/2015): Indústria automobilística sofre com crescente 
queda na venda de veículos.
http://goo.gl/0ZOB3o
7
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Gestão da Demanda e Horizonte de Planejamento
Outro aspecto importante que se encontra relacionado à gestão da demanda é o 
horizonte de planejamento, o qual pode ser definido como o intervalo entre uma tomada 
de decisão e o efeito dela.
O horizonte de planejamento pode ser caracterizado como de curto, médio ou de 
longo prazo. Assim, a Figura 1 apresenta os prazos de cada horizonte.
Curto prazo
Até três meses
Médio prazo
Acima de três e até dezoito meses
Longo prazo
Acima de dezoito meses
Figura 1 – Horizontes de planejamento
Fonte: Acervo do conteudista
Perceba que o planejamento de curto prazo requer estudos de gestão da demanda de 
curto prazo.
Em ambiente empresarial são considerados aspectos como quanto produzir, quem 
deve produzir e quanto comprar de matéria-prima. Assim, as decisões de curto prazo 
estão fortemente relacionadas às questões operacionais da empresa.
Por sua vez, planejamento de médio prazo requer estudos de gestão da demanda de 
médio prazo.
Nesse caso, são observadas as decisões de importação de insumos, desenvolvimento 
de equipes de trabalho e expansão de marketing share – ampliação do mercado. Desse 
modo, as decisões de médio prazo estão fortemente relacionadas às questões táticas e 
gerenciais da empresa.
Finalmente, planejamento de longo prazo requer estudos de gestão da demanda de 
longo prazo.
Nesse sentido, estudos como ampliação da capacidade produtiva, desenvolvimento 
de produtos e de novos fornecedores são tratados a partir de decisões de longo prazo, 
as quais estão fortemente relacionadas às questões estratégicas da empresa.
8
9
Cabe ainda observar que uma decisão tomada, seja de curto, médio ou longo prazo, 
influencia nas demais decisões da empresa, como pode ser visto na Figura 2:
Decisões
estratégicas
In�uência
Bottom-up
In�uência
Top-down
Decisões
táticas
Decisões
operacionais
Figura 2 – Influência das decisões nos diversos níveis hierárquicos.
Fonte: Acervo do conteudista
Tradicionalmente, a influência das decisões no sentido top-down – de cima para 
baixo – é a mais propagada. Ela nos apresenta uma visão hierárquica da empresa. A 
seguir, são apresentados exemplos dessas duas situações:
• Influência top-down: Considere que, ao identificar uma tendência de compra de seus 
produtos em um novo segmento de mercado, a alta administração de determinada 
empresa decida remodelar seus produtos para atender a esse novo nicho de mercado 
– decisão estratégica. As consequências imediatas de tal decisão correspondem à 
revisão do projeto dos produtos envolvidos e elaboração de novas campanhas de 
marketing – decisão tática. Por conseguinte, as consequências das decisões táticas 
estão relacionas à produção do produto remodelado e à definição de novos canais de 
divulgação desse produto – decisão operacional.
• Influência Bottom-up: Considere que o processo de melhoria contínua para a 
fabricação de um produto resultou em redução significativa no custo de produção 
de um determinado produto – decisão operacional. A consequência da decisão ope-
racional será a padronização do novo processo, bem como a redefinição do novo 
custo de produção para tal produto – decisão tática. Finalmente, diante do novo 
patamar de custo, a alta administração poderá decidir por reduzir o preço de venda 
do produto e atender a uma camada maior de consumidores – decisão estratégica.
Demanda Independente e Dependente
Neste item, pretendemosdiferenciar a demanda independente da demanda dependente. 
Primeiramente, precisamos entender que uma empresa somente existe – e se mantém – se 
produzir algo que satisfaça às necessidades humanas. Com essa condição, se aceita, pode-
mos inferir que a referida empresa encontrará mercado – demanda – para seus produtos.
9
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Empresa
Atende às
necessidades
humanas
Mercado
Figura 3 – Relação entre empresa e mercado
Fonte: Acervo do conteudista
Para atender às necessidades do mercado, é necessário que a empresa utilize técnicas 
de gestão da demanda, visando prever a quantidade de produtos produzidos em deter-
minado instante. Essa relação entre o mercado e a empresa, essa que utiliza a técnica de 
gestão da demanda, é denominada demanda independente.
É igualmente válido observar que a empresa se relaciona com inúmeras outras empresas 
– fornecedores – para adquirir matérias-primas, insumos e serviços necessários à produção 
de seus produtos.
Necessidade de
matéria-prima,
insumos e serviços
EmpresaFornecedores
Figura 4 – Relação entre empresa e fornecedores
Fonte: Acervo do conteudista
Uma vez definida a quantidade de produtos a ser produzida, a empresa necessita 
adquirir matérias-primas, insumos e serviços de seus fornecedores. Essa relação entre 
a empresa e seus fornecedores, no sentido de adquirir materiais para a fabricação de 
produtos, é denominada demanda dependente.
Tipos de Demanda
O estudo da demanda permite identificar determinados padrões ao longo do tempo. 
Nesse sentido, Ballou (2011, p. 243) apresenta três padrões típicos de demanda: deman-
da nivelada; demanda com tendência – crescente ou decrescente –; demanda sazonal.
10
11
0
50
100
150
200
250
0 5 10 15 25
Tempo
(a) Um padrão de demanda aleatório, ou nivelado, sem tendência nem elementos sazonais
Ve
nd
as
Vendas reais
Vendas médias
20
0
50
100
150
200
250
0 5 10 15 25
Tempo
(b) Um padrão de demanda aleatório com tendência crescente mas sem elementos sazonais
Ve
nd
as
Vendas reais
Vendas médias
20
0
100
200
300
500
400
600
700
800
0 10
Vendas atuais
20 30 40
Tendências das vendas
Vendas de tendência e sazonais continuadas
Tempo
(c) Um padrão de demanda aleatório com tendência e elementos sazonais
Ve
nd
as
Figura 5 – Padrões típicos de demanda
Fonte: Adaptado Ballou (2011, p. 243)
11
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Cabe observar que o padrão de demanda com tendência pode apresentar diversas 
características. Por sua vez, tais características podem ser modeladas por funções mate-
máticas, as quais:
• Tendência linear – quando a demanda se aproxima de uma função de primeiro grau 
(y = a + bx);
• Tendência polinomial – quando a demanda se aproxima da função polinomial 
(y = axn + bx(n-1) + cx(n-2) + ... + zx0);
• Tendência exponencial – quando a demanda se aproxima da função exponencial 
(y = ax + b);
• Tendência logarítmica – quando a demanda se aproxima da função logarítmica 
(y = a ∙ lnx + b).
Resumidamente, observa-se que uma demanda histórica pode ser analisada a partir de 
ferramentas matemáticas capazes de modelar – e prever – demandas futuras.
Técnicas de Previsão da Demanda
Conforme anunciado nos tópicos iniciais desta unidade, a gestão da demanda pode 
ser dividida em duas partes: pedidos firmes e previsão.
Como o próprio termo diz, pedidos firmes se refere à manifestação formal de inte-
resse dos clientes pelos produtos da empresa. Essa formalização pode ser realizada por 
telefone, e-mail, Eletronic Data Interchange (EDI), entre outros meios.
Já a previsão da demanda – do inglês forecasting – se refere à expectativa do em-
presário em relação à demanda futura de seus produtos por parte dos clientes. Nesse 
sentido, técnicas de previsão da demanda são utilizadas para tentar minimizar o erro 
entre a previsão e a demanda futura.
A Figura 6 apresenta um conjunto de técnicas utilizadas para a previsão da demanda:
Técnicas de
previsão
Quantitativas Qualitativas
Intrínsecas
Médias móveis
Extrínsecas
Regressão
simples
Regressão
múltipla
Método Delphi
Juri de
executivos
Força de vendas
Pesquisa de
mercado
Analogia
histórica
Suavizamento
exponencial
Proteção de
tendências
Decomposição
Figura 6 – Técnicas de previsão da demanda
Fonte: Adaptado de Corrêa e Corrêa (2017)
12
13
Inicialmente, esses autores dividem as técnicas de previsão de demanda em qualitativas 
e quantitativas. 
Especificamente entre as técnicas qualitativas, temos:
• Método Delphi – método interativo que busca alcançar o consenso entre os parti-
cipantes nas várias opiniões sobre as previsões de demanda;
• Júri de executivos – previsão de demanda com base na opinião do grupo de exe-
cutivos da empresa;
• Força de vendas – considera a experiência dos vendedores para auxiliar no pro-
cesso de previsão;
• Pesquisa de mercado – elabora análise com os clientes para identificar suas inten-
ções de compra;
• Analogia histórica – utiliza dados de produtos similares para auxiliar na previsão 
de demanda.
Em seguida, Corrêa e Corrêa (2017) descrevem os métodos quantitativos de previsão 
e demanda, os quais se dividem em intrínsecos e extrínsecos, conforme se segue:
• Intrínsecos – têm como base os dados históricos do produto. Sofrem pouca influ-
ência de dados externos, podendo, assim, tornarem-se projetáveis para o futuro 
com elevados índices de assertividade;
• Extrínsecos – utilizam os dados históricos do produto, entretanto, sofrem forte in-
fluência de dados externos, como, por exemplo, fatores econômicos e/ou setoriais.
A seguir, são descritas algumas técnicas quantitativas de previsão de demanda:
Média Móvel Simples (MMS)
Trata-se de uma média aritmética das demandas dos últimos meses. Os dados mais 
antigos são substituídos com o passar do tempo.
A expressão que representa a MMS é:
MMS
D
n
n=∑
Onde:
D = demanda
n = número de períodos
Exemplo 1: calcule a previsão da demanda pela MMS dos últimos 4 períodos para o 
mês de junho do ano corrente.
Quadro 2
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Demanda (Peças/mês) 100 110 112 111 110 - - -
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
13
UNIDADE 
Gestão da Demanda
MMS
MMS
6
6
110 112 111 110
4
110 75
=
+ + +
= ,
Arredondando, temos: MMS6 = 111 peças.
Exemplo 1.1: considerando que, ao término do mês de junho, a demanda real 
constatada foi de 115 unidades, calcule a previsão de demanda pela MMS dos últimos 4 
períodos para o mês de julho do ano corrente.
MMS
MMS peças
7
7
112 111 110 115
4
112
=
+ + +
=
Observe que, para o cálculo do mês 7, a demanda de fevereiro foi descartada. Além 
disso, acrescentou-se a demanda do mês 6. Essa prática de substituição de valores justi-
fica o termo média móvel.
Média Móvel Ponderada (MMP)
Trata-se de uma média ponderada das demandas dos últimos meses. Os dados mais 
antigos são substituídos com o passar do tempo. 
A expressão que representa a MMP é: 
MMP
W D
W
=
( )∑
∑
.
Onde:
D = demanda
W = peso de cada demanda
Exemplo 2: calcule a previsão da demanda pela MMP dos últimos 4 períodos para 
o mês de junho do ano corrente, atribuindo os pesos 5, 4, 3, 2, de modo a valorizar a 
importância do mês imediatamente anterior ao estudado.
Quadro 3
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Demanda (Peças/mês) 100 110 112 111 110 - - -
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
MMP
MMP
6
6
2 110 3 112 4 111 5 110
2 3 4 5
110 71
=
⋅( ) + ⋅( ) + ⋅( ) + ⋅( )
+ + +( )
= ,
Arredondando, temos: MMP6 = 111 peças.
14
15
Exemplo 2.1: considerando que, ao término do mês de junho, a demanda real 
constatada foi de 115 unidades, calcule a previsão de demanda pela MMP dos últimos 4 
períodos para o mês de julho do ano corrente, atribuindo os pesos 5, 4, 3, 2, de modo 
a valorizar a importância do mês imediatamente anterior ao estudado.
MMP
MMP
7
7
2 112 3 111 4 110 5 115
2 3 4 5
112 29
=
⋅( ) + ⋅( ) + ⋅( ) + ⋅( )
+ + +( )
= ,
Arredondando, temos: MMP7 = 112 peças.
Suavização Exponencial
Esta técnica utilizaum coeficiente (α – alpha) para corrigir eventual erro de previsão 
constatado em período anterior. Seguem as expressões utilizadas no cálculo:
P P D Pt t t t= + ⋅ −−( ) −( ) −( )1 1 1α ( )
Onde:
Pt = previsão no instante t.
P(t – 1) = previsão no instante t – 1.
α = coeficiente de ajustamento (varia de 0 a 1).
D(t – 1) = Demanda real no instante t – 1.
O em função do número de períodos considerados. Podendo variar de 0 a 1, valores 
mais próximos a um aumentam o erro de previsão, enquanto que valores próximos a 
zero minimizam o referido erro. Segue a expressão para calcular o coeficiente α:
α =
+
2
1n
Onde: 
α = coeficiente de ajustamento (varia de 0 a 1).
n = número de período considerados.
Exemplo 3: calcule a previsão da demanda pelo método da suavização exponencial 
para o mês de julho, tendo como base a demanda e a previsão anteriormente realizada para 
o mês de junho (ver exemplo 2.1). Para o cálculo de α, considere 4 períodos anteriores.
Quadro 4
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Demanda (Peças/mês) 100 110 112 111 110 115 - -
Previsão - - - - - 112 - -
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
15
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Cálculo de α:
α
α
α
=
+
=
+
=
2
1
2
4 1
0 4
n
,
Cálculo da previsão do mês 7:
P P D P
P
P
7 7 1 7 1 7 1
7
7
0 4
112 0 4 115 112
112 0
= + ⋅ −( )
= + ⋅ −( )
= +
−( ) −( ) −( ),
,
,44 3
112 1 2
113 2
7
7
⋅
= +
=
P
P
,
,
Arredondando, temos: P7 = 113 peças.
Exemplo 3.1: terminado o mês de julho, constatou-se uma demanda real de 110 
peças. Assim, calcule a previsão da demanda pelo método da suavização exponencial 
para o mês de agosto, tendo como base a demanda e a previsão anteriormente realizada 
para o mês de julho (ver exemplo 3). Para o cálculo de α, considere 4 períodos anteriores.
Quadro 5
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Demanda (Peças/mês) 100 110 112 111 110 115 110 -
Previsão - - - - - 112 113 -
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
Cálculo de α:
α = 0,4
Cálculo da previsão do mês 8:
P P D P
P
P
8 8 1 8 1 8 1
8
8
0 4
113 0 4 110 113
113 0
= + ⋅ −( )
= + ⋅ −( )
= +
−( ) −( ) −( ),
,
,44 3
113 1 2
111 8
8
8
⋅ −( )
= −
=
P
P
,
,
Arredondando, temos: P8 = 112 peças.
Método dos Mínimos Quadrados (MMQ)
Este método permite construir uma linha de tendência com base nas demandas 
históricas da empresa e, então, projetá-la para períodos futuros – previsão da demanda. 
Nesse sentido, o MMQ considera que o futuro é consequência do passado.
16
17
Segue o procedimento de cálculo do MMQ
1. Dado um conjunto de demandas, deve-se calcular os termos das seguintes equações:
y na b x
xy a x b x
∑ ∑
∑ ∑ ∑
= +
= + 2
2. Em seguida, são calculados os fatores a e b a partir de técnicas de sistemas 
de equações.
3. Os fatores a e b são inseridos na equação da demanda y = a + bx.
4. De posse da equação da demanda, é possível projetar a previsão para 
diferentes períodos no futuro. Cabe observar que quanto maior o horizonte de 
planejamento, maior será a probabilidade de erro de previsão.
Exemplo 4: dadas as demandas dos últimos 5 meses, utilize o MMQ para calcular a 
previsão de demanda para o mês de dezembro do ano corrente.
Quadro 6
Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago.
Demanda (Peças/mês) 104 108 105 111 114 - - -
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
Montaremos uma tabela com os dados de demanda, de modo que os meses serão 
denominados X, enquanto as respectivas demandas Y.
Quadro 7
X (período) Y XY (X)2
1 104 104 1
2 108 216 4
3 105 315 9
4 111 444 16
5 114 570 25
15 542 1.649 55
ΣX ΣY ΣXY ΣX2
Fonte: elaborado pelo professor conteudista
Observe que duas colunas foram criadas, XY e X2. 
A soma de cada uma dessas colunas servirá para construirmos o sistema de equações.
Com o auxílio do quadro acima, tem-se:
542 5 15
1 649 15 55
= +
= +



a b
a b.
Resolvendo o sistema de equações, há:
17
UNIDADE 
Gestão da Demanda
a
b
Y a bX
Y X
=
=
= +
⇒ = +
101 5
2 3
101 5 2 3
,
,
, ,
Projetando para o mês 12, temos:
Y X
Y
Y
Arredondando
Y
= +
= + ⋅ ( )
=
=
101 5 2 3
101 5 2 3 12
129 1
129
, ,
, ,
,
,
peças.
Portanto, a previsão de demanda para o mês 12 é de 129 peças.
O seguinte gráfico apresenta tal solução:
114
111
105
108
104
5
4
3
2
1
0
20
40
60
80
100
120
140
20 4 6 8 10 12 14
Figura 7
Fonte: Acervo do Conteudista
Finalmente, podemos observar que as técnicas de previsão de demanda auxiliam os 
tomadores de decisão nas empresas a identificarem as quantidades de produtos a serem 
produzidas e, consequentemente, definir lotes de compras de materiais, organizar a mão 
de obra necessária, reservar recursos financeiros, entre outras atividades da empresa.
Influência da Demanda
na Cadeia de Suprimentos
No último tópico desta unidade, abordaremos a importância da gestão da demanda 
no gerenciamento da cadeia de suprimentos – Supply Chain Management (SCM).
Tomando como base uma empresa líder da cadeia de suprimentos, podemos constatar 
a relevância da gestão da demanda para a cadeia de suprimentos pelas seguintes razões:
18
19
• Identificar as necessidades de produção interna;
• Identificar as necessidades de aumento ou redução da capacidade produtiva;
• Alocar produtos nos diversos pontos de venda – próprios ou de terceiros;
• Identificar a necessidade de aumento ou diminuição do número de pontos de venda;
• Identificar a necessidade de infraestrutura de distribuição/armazenagem;
• Definir lotes de compras de matérias-primas e insumos necessários à produção;
• Definir prazos para as entregas de matérias-primas e insumos, evitando excesso ou 
falta de materiais;
• Identificar a necessidade de novos fornecedores.
Observamos que a empresa líder da cadeia de suprimentos é a principal interessada 
pela venda de seus produtos – dado que é detentora do projeto do produto – e, portanto, 
responsável pela gestão da demanda e pela disseminação dessa informação para seus 
parceiros de negócio – cadeia de suprimentos.
Quando trabalhada de maneira criteriosa, a gestão da demanda pode trazer benefí-
cios à cadeia de suprimentos (Figura 8), como redução dos estoques nos diversos elos 
da cadeia, maior agilidade nos processos e suprimentos e redução dos custos totais da 
cadeia de suprimentos.
Mercado
DemandaGestão da demanda
Empresa líder da
cadeia de suprimentos
Benefícios para a
cadeia de suprimentos:
• Redução dos estoques;
• Maior agilidade;
• Redução dos custos totais.
Figura 8 – Influência da gestão da demanda na cadeia de suprimentos.
Fonte: Elaborada pelo professor conteudista
19
UNIDADE 
Gestão da Demanda
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Gestão logística de cadeias de suprimentos
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão logística de cadeias de 
suprimentos. [S.l.]: Bookman, 2014.
Gestão de Redes de Suprimento: Integrando Cadeias de Suprimento no Mundo Globalizado
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CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção eoperações. 
Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
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