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Defesas do Réu

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do Réu 
@Elisastudies._ 
 
 
 
• Introdução 
Na audiência de conciliação e mediação, 
havendo acordo e não havendo vício, o juiz 
homologará o acordo. 
CPC, art. 487. Haverá resolução de 
mérito quando o juiz: 
III - homologar: 
b) a transação; 
Se não for concretizada a autocomposição, 
começará a correr o prazo para a resposta 
do réu. 
Essa resposta do demandado pode se dar nas 
mais diversas formas: 
a) reconhecimento da procedência do pedido 
(art. 487, III, “a”, CPC); 
b) requerimento avulso de desmembramento do 
litisconsórcio multitudinário ativo (art. 113, 
§2o, CPC); 
c) contestação; 
d) reconvenção; 
e) arguição de impedimento ou suspeição do 
juiz, membro do MP ou auxiliar da justiça; 
f) revelia (ausência de contestação); 
g) veiculação de chamamento ao processo ou 
denunciação da lide. 
EVENTUALIDADE X BOA-FÉ: Apesar da 
existência dos princípios da concentração de 
defesa e da eventualidade, é necessário que o 
réu se atenha aos argumentos lógicos e 
possíveis de incidir na causa em questão. Isto 
porque a apresentação de defesa alegando 
tudo quanto for possível no mundo do direito 
será tratada como um tumulto e um abuso do 
direito de defesa, trazendo consequências 
negativas ao réu. Poder-se-ia invocar o 
princípio da boa-fé contra ele, nestes casos. 
“A apresentação de defesa incoerente é 
hipótese de abuso do direito de defesa e pode 
ensejar a concessão de tutela antecipada com 
base na evidencia a favor do autor”. 
• Reconhecimento jurídico do pedido 
Quando o réu reconhece o pedido, há uma 
desconsideração dos fatos e fundamentos, 
passando-se à análise tão-somente do pedido, 
ou seja, o reconhecimento jurídico do pedido 
é uma resposta do réu que aceita a 
pretensão do autor. 
O que enseja a autocomposição do litígio e 
dispensa o juiz de dar sua própria solução ao 
mérito. 
O juiz apenas encerra o processo, 
reconhecendo que a lide se extinguiu por 
eliminação da resistência do réu à pretensão do 
autor. Desaparecida a lide, não há mais tutela 
jurisdicional a ser dispensada às partes, o que, 
todavia, não exime o juiz de proferir sentença 
que reconheça esse fato jurídico e que ponha 
fim definitivamente ao processo. 
• Desmembramento de litisconsórcio 
multitudinário ativo 
CPC, art. 113 É aquele com um grande 
número de pessoas no mesmo polo 
processual, o que pode dificultar a defesa 
do réu, então este, ao ser citado sobre a 
existência daquele processo, pode se 
manifestar tão somente para pedir o 
desmembramento daquele litisconsórcio 
multitudinário ativo. 
Segundo regramento estabelecido no CPC, o 
DESMEMBRAMENTO DO LITISCONSÓRCIO 
MULTITUDINÁRIO em razão do número excessivo 
de litigantes ocorre na fase de conhecimento, 
na liquidação de sentença ou na execução, 
desde que o litisconsórcio seja facultativo. 
− Pode ocorrer na fase de execução 
− Independe da concordância das partes 
− Pode ocorrer em qualquer fase 
− Não tem no necessário. Só no facultativo. 
Litisconsórcio Unitário não dá pra desmembrar. 
• Contestação 
Ocorre no momento em que o réu apresenta a 
sua mais pura defesa nos autos do processo. 
Nos termos do Código de Processo Civil, o réu 
tem prazo de 15 dias para oferecer 
contestação, por petição, prazo cujo termo 
inicial será a data de juntada aos autos do 
aviso de recebimento, quando a citação ou a 
intimação for feita pelo correio. 
Possuem prazo em dobro para contestar: 
− Ministério Público; 
− Defensoria Pública; 
− Fazenda Pública; 
− Litisconsortes com advogados diferentes: 
apenas em processos físicos. 
 
• Reconvenção 
A reconvenção é um pedido realizado pelo réu 
de um processo ao apresentar contestação 
sobre as alegações do autor na petição inicial. 
Ela é uma forma de possibilitar que o réu faça 
alegações e pedidos próprios dentro do 
processo, invertendo a estrutura do processo. 
Assim, o pedido possibilita que duas demandas 
distintas ocorram dentro do mesmo processo: a 
original, do autor contra o réu, e a da 
reconvenção, do réu contra o autor. 
A reconvenção é basicamente uma forma do réu 
de um processo fazer pedidos e demandas 
contra o autor e terceiros, tornando o autor 
original réu, invertendo a posição do réu e do 
autor. 
Para que seja possível o pedido de 
reconvenção, o réu original precisa levantar 
provas e documentos que atestem que o seu 
pedido não só seja válido, como também 
tenha relação material direta com o pedido 
do autor original do processo. 
• Impedimento ou Suspeição 
As causas de impedimento e suspeição estão 
previstas nos artigos 134 a 138, do Código 
de Processo Civil (CPC) e dizem respeito à 
imparcialidade do juiz no exercício de sua 
função. É dever do juiz declarar-se impedido ou 
suspeito, podendo alegar motivos de foro íntimo. 
O impedimento tem caráter objetivo, enquanto 
que a suspeição tem relação com o subjetivismo 
do juiz. A imparcialidade do juiz é um dos 
pressupostos processuais subjetivos do 
processo. 
No impedimento há presunção absoluta (juris 
et de jure) de parcialidade do juiz em 
determinado processo por ele analisado, 
enquanto na suspeição há apenas presunção 
relativa (juris tantum). 
O CPC dispõe, por exemplo, que o magistrado 
está proibido de exercer suas funções em 
processos de que for parte ou neles tenha 
atuado como advogado. O juiz será 
considerado suspeito por sua parcialidade 
quando for amigo íntimo ou inimigo capital de 
qualquer das partes, receber presente antes ou 
depois de iniciado o processo, aconselhar 
alguma das partes sobre a causa, entre outros. 
• Revelia 
Prevista nos arts. 344 a 346 do CPC/15, é a 
falta de contestação do réu às alegações do 
autor da ação judicial proposta em seu 
desfavor. Por isso, ela presume a veracidade das 
alegações formuladas. 
Há revelia, portanto, quando o réu permanece 
em silêncio após ser citado, não apresentando 
sua resposta às alegações do autor e não 
comparecendo ao processo. Neste caso, ele é 
julgado mesmo sem ter se pronunciado, por 
exemplo. 
• chamamento ao processo ou 
denunciação da lide 
O Chamamento ao processo ocorre quando 
há necessidade de demostrar que o terceiro 
também é responsável pelo débito, devendo 
litigar junto com o chamante. (Art. 130, CPC). 
Art. 130. É admissível o chamamento ao 
processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o 
fiador for réu; 
O devedor principal (afiançado), quando 
apenas o fiador tiver sido colocado no polo 
passivo – fiador chama o locatário que não 
pagou aluguel. 
II - dos demais fiadores, na ação 
proposta contra um ou alguns deles; 
Quando apenas um fiador tiver sido colocado 
no polo passivo – dois fiadores, mas apenas 
um é acionado. 
III - dos demais devedores solidários, 
quando o credor exigir de um ou de 
alguns o pagamento da dívida comum. 
Quando apenas um estiver no polo. Nas 
situações de dívida solidaria, quando 
apenas um devedor for chamado. A lei 
determina ou o contrato. 
- Chamamento pelo réu: art. 131, CPC – na 
contestação. 
Art. 131. A citação daqueles que devam 
figurar em litisconsórcio passivo será 
requerida pelo réu na contestação e 
deve ser promovida no prazo de 30 
(trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito 
o chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em 
outra comarca, seção ou subseção 
judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo 
será de 2 (dois) meses. 
A Denunciação da Lide tem por finalidade 
fazer com que terceiro venha a litigar em 
conjunto com o denunciante e, se houver a 
condenação deste, o denunciado irá ressarcir o 
prejuízo do denunciante. 
Art. 125. É admissível a denunciação da 
lide, promovida por qualquer das partes: 
§ 1º O direito regressivo será exercido 
por ação autônoma quando a 
denunciação da lide for indeferida, 
deixar de ser promovida ou não for 
permitida. 
Hipóteses: 
− O comprador pode denunciar o vendedor 
na hipótese de evicção (art.447, CC); 
− O réu pode denunciar aquele que tem 
obrigação de indenizar, por força de lei ou 
contrato, exemplo: seguro. 
− Denunciação pelo autor, realizada em 
petição inicial, hipótese em que o 
denunciado pode passar a ser litisconsorte 
ativo do denunciante e aditar a inicial. 
Art. 127. Feita a denunciação pelo 
autor, o denunciado poderá assumir a 
posição de litisconsorte do denunciante 
e acrescentar novos argumentos à 
petição inicial, procedendo-se em 
seguida à citação do réu 
- Denunciação pelo réu, é realizada na 
contestação. O denunciado contesta o pedido 
do autor; A denunciada confessa o alegado na 
ação principal. 
Sentença – a denunciação será julgada junto 
com a principal. Art. 129, CPC.

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