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PEI modulo 2

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2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Abertura do módulo
Olá, cursista! Seja bem-vindo ao Módulo 2 do curso Da Educação Integral ao Ensino Integral.
Esperamos que você tenha chegado aqui já cheio de ideias e inspiração para fortalecer as práticas da educação integral na sua escola. Pronto para explorar mais possibilidades?
Neste módulo, você vai conhecer ou relembrar alguns componentes e metodologias que, articulados com os demais componentes curriculares das diversas áreas do conhecimento, mostram como é possível trabalhar a educação integral na prática. Alguns componentes e metodologias já fazem parte da rotina de todas as escolas da rede pública paulista, e veremos como contribuem com o desenvolvimento das diversas dimensões do estudante. Também vai acompanhar as metodologias do PEI que podem servir de inspiração a todos os educadores, inclusive aos que atuam nas escolas que não participam do programa.
Embora o foco deste módulo sejam as metodologias do PEI, ainda serão apresentados os componentes curriculares Tecnologia e Inovação, Projeto de Vida e Eletivas, que foram ampliados para toda a rede paulista em 2020 pois contribuem para a formação integral dos estudantes, além de ser considerados inovadores e apresentarem uma proposta de formar os estudantes para o século XXI, conforme um dos objetivos estratégicos da Seduc-SP.
Neste módulo, trataremos dos seguintes assuntos:
Projeto de Vida
Eletivas
Tecnologia e Inovação
Acolhimento
Protagonismo Juvenil
Clubes Juvenis
Líderes de Turma
Práticas Experimentais
Orientação de Estudos
Nivelamento
Tutoria
Vamos iniciar?
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Componentes curriculares
Os componentes curriculares Projeto de Vida e Eletivas já são conhecidos pelos educadores que atuam em escolas PEI por fazerem parte da Matriz Curricular desde o início do programa.
Com a implementação do Currículo Paulista que considera a educação integral como base na formação dos estudantes, a rede passou a contar não só com esses dois componentes, mas, também, com Tecnologia e Inovação, inclusive nas escolas PEI.
Os três componentes são caracterizados por uma linguagem inovadora e uma nova forma de abordagem para a atuação dos estudantes na medida em que são instigados pelos educadores.
Protagonismo Juvenil
Nesses componentes, o protagonismo juvenil está em posição de destaque.
A experimentação, as vivências, os erros, os acertos, entre outros desafios, são molas propulsoras para que os estudantes descubram e tracem caminhos para consolidar seus objetivos e metas
Para atender e dialogar com a proposta inovadora trazida por estes três componentes foi preciso atribuir um novo olhar para a avaliação dos estudantes, proporcionando a eles a autoavaliação e a corresponsabilidade em relação ao seu caminho percorrido durante todo o processo. Nesse sentido, você verá que os componentes curriculares e as metodologias apresentados aqui neste curso apoiam o desenvolvimento integral dos estudantes.
Saiba mais!
Que tal conhecer como os componentes Projeto de Vida, Tecnologia e Inovação e Eletivas são desenvolvidos nas escolas da rede pública estadual paulista?
Você pode participar de dois cursos que tratam deste tema, um básico e outro de aprofundamento.
Fique de olho no site da Efape para saber da oferta das próximas edições!
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Galeria
Que tal assistir ao depoimento de três estudantes de escola PEI?
Esses relatos são inspiradores, não é mesmo?
A partir de agora convidamos você para acessar uma galeria e relembrar ou conhecer um pouco mais sobre alguns componentes curriculares e metodologias pedagógicas. Clique em cada uma delas para iniciar a leitura.
Projeto de Vida
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Projeto de Vida
O Projeto de Vida é único! Cada estudante tem um caminho a percorrer e diferentes sonhos a realizar.
O que é
O Projeto de Vida do estudante é o eixo estruturante da escola da rede estadual paulista. Ele é a centralidade de todas as ações pedagógicas.
É a partir do Projeto de Vida que o estudante vai realizar uma reflexão em torno de “quem ele é” e sobre “quem gostaria de ser”, ao identificar suas potencialidades, limites e desejos, planejando ações e estabelecendo metas para atingir seus objetivos e sonhos. Esse planejamento deve prever ações para curto, médio e longo prazo, no que diz respeito ao estudo e ao trabalho, como também no que concerne às escolhas de estilo de vida saudável, sustentável e ético.
É natural que o Projeto de Vida seja alterado à medida que o estudante amadurece; afinal de contas, é um projeto para toda a vida.
EFAPE – curso online Formação Básica: Projeto de Vida – 1ª edição 2019/módulo 2
Objetivos
Preparar o estudante para o planejamento do caminho a ser percorrido com vistas a alcançar seus objetivos e as metas traçadas.
Promover a articulação entre a singularidade do estudante e os diversos contextos em que ele está inserido.
Prática pedagógica
O Projeto de Vida pressupõe um esforço concentrado da equipe escolar para assegurar o pleno desenvolvimento do estudante, que se desdobra em diversas atividades desenvolvidas na escola.
Em vista disso, cada estudante precisa organizar seu Projeto de Vida em um documento escrito a ser constantemente revisado, tendo um professor responsável que vai orientá-lo tanto na construção inicial quanto no seu aprimoramento.
O estudante conta com uma importante estratégia pedagógica, que são as situações de aprendizagem do componente curricular, para auxiliá-lo no seu desenvolvimento integral e na reflexão sobre o que precisará trabalhar e aprimorar para concretizar seu Projeto de Vida.
Saiba mais!
O artigo A importância de construir Projetos de Vida na Educação, de José Moran, educador e pesquisador de projetos de inovação, apresenta alguns passos para desenvolver, na escola, o Projeto de Vida dos estudantes e os desafios de trabalhar esse componente.
O Organizador Curricular do Componente Projeto de Vida apresenta a ementa, os elementos de destaque e as competências socioemocionais a ser desenvolvidas intencionalmente em cada ano e série.
Eletivas
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Eletivas
Eletivas contribuem com o desenvolvimento de conhecimentos para que o estudante aprimore propostas de intervenção em sua própria vida e na comunidade onde vive, permitindo ampliar os horizontes na construção do Projeto de Vida e estabelecer correlações com os Projetos de Vida de outras pessoas.
O que são?
As Eletivas são componentes temáticos oferecidos semestralmente. São de livre escolha dos estudantes e oferecem a possibilidade de diversificar, aprofundar e enriquecer as experiências escolares e de expandir os estudos relativos às áreas de conhecimento contempladas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sempre em articulação com os Projetos de Vida dos estudantes, mapeados no início do ano letivo, e em sintonia com o projeto político pedagógico da escola e as potencialidades da comunidade em que ela se insere.
Constituem-se como um componente curricular, já que têm garantidos tempos e espaços na dinâmica das atividades pedagógicas da escola, envolvem as áreas de conhecimento e pressupõem a diversificação de situações didáticas.”
Curso do Inova. Eletivas. 1ª Edição. 2019. Módulo 2. O que são Eletivas?
Objetivos
Aprofundar, enriquecer e ampliar conceitos, procedimentos ou temáticas relativos a componente curricular ou a uma área de conhecimento.
Proporcionar o desenvolvimento de projetos relacionados aos interesses dos estudantes e da comunidade a que pertencem.
Desenvolver a autonomia e a capacidade de tomada de decisões.
Promover a aquisição de competências relevantes para a vida.
Curso do Inova. Eletivas. 1ª Edição. 2019. Módulo 2. O que são Eletivas?
Prática pedagógica
As Eletivas são um apoio essencial à construção dos Projetos de Vida dos estudantes. O componente é organizado em dois tempos porsemana, preferencialmente consecutivos, e com duração semestral. Por uma questão de organização interna, a escola deve se aproximar o máximo possível da organização de um horário em que as Eletivas sejam oferecidas no mesmo momento da semana para possibilitar a reenturmação e o mix de estudantes de anos diferentes. As sugestões para a organização são:
6º e 7º anos do Ensino Fundamental
8º e 9º anos do Ensino Fundamental
1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio
Os planos das Eletivas ficam ainda mais interessantes se forem elaborados por dois professores de componentes curriculares distintos, garantindo, assim, a interdisciplinaridade. Cabe ressaltar que o tema, ainda que seja de livre escolha, deve respeitar os Projetos de Vida dos estudantes.
Após esse processo, é imprescindível que seja feito um plano de comunicação para que os estudantes tenham acesso à divulgação do feirão de eletivas. A divulgação das Eletivas permite aos estudantes escolherem de forma consciente a eletiva que desejam cursar.
Durante todo o desenvolvimento das Eletivas é necessário um acompanhamento sistemático do trabalho do jovem, por meio de avaliação formativa, mediante diferentes instrumentos (São considerados instrumentos de avaliação a observação, os registros, os portfólios, a autoavaliação, entre outros.) que empregam conceitos e não notas. As Eletivas também contam com o momento de culminância, que ocorre quando os resultados do processo de aprendizagem desenvolvido pelos estudantes nas Eletivas são compartilhados com toda a comunidade escolar para socializar os saberes, as produções e as dificuldades enfrentadas.
Atenção!
Caso haja mais interessados do que o limite estipulado para uma Eletiva, a escola deve se organizar para estabelecer critérios para a composição da turma, como, por exemplo, análise de carta, vídeo de intenção, sorteio, dentre outros.
Saiba mais!
O vídeo Ensino Integral: disciplinas eletivas despertam o interesse de alunos apresenta um pouco da realidade de escolas que trabalham com o componente Eletivas.
Tecnologia e Inovação
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Tecnologia e Inovação
Não se pode atrelar a “inovação na sala de aula” ao simples aparelhamento tecnológico deste espaço.
O que é
Tecnologia e Inovação é um componente que se propõe a apresentar os fundamentos do pensamento computacional, das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), do letramento digital e as interfaces do desenvolvimento tecnológico na sociedade de forma a propiciar a compreensão crítica de conteúdo bem como fomentar a sua produção.
Os avanços tecnológicos propiciam uma mudança nos meios de produção e de consumo, e consequentemente promovem uma mudança radical no modo de vida das pessoas, em especial no mundo do trabalho.
O desafio central da escola é criar oportunidades para que o jovem esteja inserido em um contexto social cada vez mais mediado por artefatos tecnológicos, mas também contribuir para que a imaginação humana seja capaz de adiantar-se a esses mesmos avanços tecnológicos. É aí que a inovação tem um papel de destaque.
Para que não haja grandes fossos de desigualdade é preciso que o conhecimento, a criatividade e a sensibilidade das pessoas tenham um olhar de estranhamento para a realidade e encontrem saídas inteligentes que propiciem às pessoas o acesso aos bens tecnológicos. Do contrário, as desigualdades acabam por resultar em desemprego e exclusão social, que afetam profundamente a vida em sociedade.
Objetivos
Ampliar as possibilidades do estudante desenvolver o letramento digital;
Desenvolver habilidades atreladas à compreensão e produção de conteúdos digitais de modo que o estudante tenha um posicionamento crítico nas interações mediadas por tecnologia;
Compreender o papel da criatividade e da inovação na produção de soluções para a melhoria da vidas das pessoas e o desenvolvimento sustentável.
Prática pedagógica
Para pensar em como as aulas de Tecnologia e Inovação se desenvolvem na prática pedagógica, é preciso levar em consideração o ambiente de aprendizagem. Esse ambiente precisa ser propício ao desenvolvimento desse pensamento inovador e tecnológico. Para isso é necessário:
Ter a clareza de que as aulas de Tecnologia e Inovação podem acontecer em diversos espaços dentro e fora da escola, e não apenas em laboratório de informática, e ainda, ser mediadas por atividades plugadas e desplugadas.
Compreender que os conteúdos e as práticas são flexíveis e devem funcionar de maneira independente do nível de maturidade da escola no que diz respeito à infraestrutura e à quantidade de equipamentos tecnológicos.
Compreender como o desenvolvimento das atividades deve estar centrado em situações didáticas diversificadas, com foco no engajamento dos estudantes e na realização de projetos que utilizam diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais.
Enquanto célula primária do processo de desenvolvimento das escolas, a sala de aula é o principal ambiente onde as inovações podem ser implementadas. Saviani (1995, p. 30) sugere que para inovar é preciso "colocar a experiência educacional a serviço de novas finalidades". Para isso, o primeiro passo é alterar o processo educacional centrado no professor para aquele centrado no estudante. Esta é a primeira grande inovação que se impõe aos sistemas educacionais.
Dica!
Leia a entrevista A tecnologia deve levar o aluno a ser um pensador criativo, feita com o professor do Instituto de Tecnologia da Universidade de Massachusetts (MIT) e criador do Scratch, para a Revista Nova Escola.
 Vamos praticar
Você se recorda quais são os eixos estruturantes do componente Tecnologia e Inovação?
Anote sua resposta em um bloco de anotações e, em seguida, clique em Comentários para ler as respostas.
Comentários
O componente Tecnologia e Inovação se dá por meio de três eixos estruturantes:
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), assim como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem ser entendidas como um conjunto de equipamentos, programas e mídias que possibilitam, a partir de aplicações tecnológicas, a integração de ambientes diversos e distintos, e de indivíduos numa mesma rede, de modo a facilitar a comunicação entre seus integrantes. Enquanto as TIC abrangem a indústria fonográfica e cinematográfica, como o rádio e a TV, além da imprensa pré-digital, as TDIC operam por meio de transmissão digital binária e não transmissão analógica, como as TIC.
Sobre esse eixo do componente curricular de Tecnologia e Inovação convém destacar a sua importância no sentido de que as TDIC estão voltadas principalmente para que sejam utilizadas a favor do desenvolvimento de habilidades e da ampliação de conhecimentos para utilizar essas ferramentas como meio para acessar e produzir conteúdos, de forma crítica, ética e responsável, de modo a potencializar a aprendizagem dos conteúdos curriculares. Esse eixo dialoga com o que preconiza a competência da BNCC.
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
(BNCC, 2018).
Letramento Digital
Letramento Digital significa ser capaz de compreender e produzir textos em ambientes digitais mediados pelo uso de tecnologias. O letramento digital está intimamente relacionado à cultura digital, que pressupõe a adoção de valores, atitudes e formas de pensar que circulam por meio dos conteúdos produzidos e compartilhados entre as pessoas nas práticas sociais que envolvem as tecnologias de comunicação. É esperado que o estudante seja capaz de interagir nesses ambientes virtuais de modo crítico, ético e voltado ao bem comum.
Pensamento computacional
Segundo BRACKMANN (2017), pensamento computacional é:
uma distinta capacidadecriativa, crítica e estratégica de usar os fundamentos da computação nas mais diversas áreas de conhecimento com a finalidade de resolver problemas de uma maneira individual ou colaborativa”.
Este eixo está voltado para ser uma abordagem de ensino que usa técnicas oriundas da Ciência da Computação, podendo ser utilizado para o desenvolvimento de situações de aprendizagem que envolvam:
1
Utilização de linguagem computacional para programação de computadores: usando uma linguagem de programação.
2
Robótica: o uso de recursos materiais diversos, inclusive sucata, materiais elétricos e eletrônicos, para a construção de robôs.
3
Narrativas digitais: criação de narrativas ficcionais ou não com marcas de autoria utilizando plataformas tecnológicas.
4
Maker: utilização de sucatas e materiais diversos, podendo ser combinados com a programação e/ou a robótica.
5
Pensamento científico: observação de fenômenos naturais, físicos e químicos. Pensar cientificamente exige curiosidade e estímulo audiovisual para que o próprio estudante faça perguntas para o próprio cérebro, aprendendo a dialogar com outros e com o objeto do conhecimento.
6
A não discriminação, o não preconceito e o respeito às diferenças.
Acolhimento
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Acolhimento
Acolher não é simplesmente aceitar tudo o que possa vir do acolhido, seja ele educador, estudante ou família.
O que é
O acolhimento é uma atividade pedagógica intencional destinada aos estudantes que estão ingressando na escola, sendo planejada e executada por estudantes veteranos denominados acolhedores. Essa atividade deve ser cultivada entre os estudantes, familiares e educadores de modo que os ingressantes possam desde o primeiro contato perceber as oportunidades que a escola oferece, permitindo a integração e a convivência social de todos, a partir do diálogo e das trocas de experiências.
Saiba mais!
Embora o acolhimento seja uma metodologia utilizada no PEI, em 2020, ele passou a fazer parte do calendário da Seduc-SP, e todas as escolas da rede abriram as atividades do ano letivo com essa metodologia. Foram mais de 80 mil estudantes acolhedores atuando pelo Estado!
Esse é um dos exemplos da possibilidade de replicabilidade do programa!
Objetivos
Dar as boas-vindas aos pais e/ou responsáveis, aos profissionais da escola e aos novos estudantes.
Compreender que o ato de acolher não se limita ao início do ano letivo, mas sempre que um novo estudante ou profissional da educação ingressar na escola.
Propiciar aos estudantes uma reflexão sobre seus objetivos e sonhos, fomentando a construção de seus Projetos de Vida.
Apresentar a escola não só como um espaço de aprendizagem, mas sobretudo como um ambiente acolhedor, em que se exerce a empatia, a inclusão e o respeito.
Prática pedagógica
O acolhimento é uma prática significativa para a vida dos estudantes. Veja os vídeos com os registros desse momento em duas escolas.
E. E. Alves Cruz
 
E. E. Casimiro de Abreu
O acolhimento é uma metodologia essencial para consolidar as práticas educativas no interior da escola e um gesto de inclusão dentro de um tecido relacional, que permite construir um trabalho educativo transformador, que fortalece a comunidade escolar em sua missão de educar e cuidar.
Importante!
O acolhimento deve resultar em um momento de culminância, isto é, quando a comunidade escolar (É composta pelos professores, gestores, estudantes, funcionários, pais e responsáveis e moradores do entorno da escola.) é convidada a conhecer os produtos elaborados pelos estudantes.
Posteriormente, os produtos da culminância devem ser guardados e organizados pelo vice-diretor ou PC de modo a subsidiar o trabalho de toda a equipe escolar, principalmente no que tange ao Projeto de Vida e à criação das Eletivas. Vale ressaltar que a culminância ocorre tanto no acolhimento quanto nas Eletivas.
Geralmente, o acolhimento ocorre no início do ano ou quando a escola recebe novos alunos e profissionais no decorrer do ano letivo. No entanto, essa metodologia deve ser praticada diariamente, por todos os integrantes da escola, de forma simples, a começar por:
Um sorriso que acolhe
Um olhar atento
Uma gentileza
Um bom dia
Uma escuta verdadeira
Uma postura solidária
Saiba mais!
Confira alguns materiais que apresentam dicas e orientações para apoiar o acolhimento.
Acolhimento estudantes
Acolhimento professores
Acolhimento estudantes migrantes
Acolhimento EJA
Protagonismo Juvenil
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Protagonismo Juvenil
Ser protagonista não significa poder fazer tudo, mas sim fazer aquilo que está sob sua responsabilidade.
No âmbito do PEI, o Protagonismo Juvenil é ao mesmo tempo uma premissa, um princípio e uma metodologia.
Como premissa
Significa dizer que todos os ambientes de aprendizagem são intencionalmente planejados nos diferentes componentes curriculares e pressupõem um trabalho para que os jovens ampliem seus conhecimentos e desenvolvam habilidades para que construam sua autonomia por meio da resolução de problemas reais.
Iniciativa
Capaz de agir
Liberdade
Capaz de escolher
Compromisso
Capaz de assumir responsabilidade
 
Como princípio
 Significa que a base de tudo que é desenvolvido na escola é voltada para que o jovem desenvolva a sua autonomia.
Iniciativa
Capaz de agir
Liberdade
Capaz de escolher
Compromisso
Capaz de assumir responsabilidade
Como metodologia
É o meio pelo qual os jovens são incentivados a atuarem na escola, por meio de vivências e experiências que contribuem com a melhoria da vida das pessoas na própria escola, na comunidade e em família. O trabalho com o Protagonismo Juvenil favorece a formação de jovens autônomos, solidários e competentes.
Iniciativa
Capaz de agir
Liberdade
Capaz de escolher
Compromisso
Capaz de assumir responsabilidade
Saiba mais!
Assista ao vídeo Que lugar você quer ocupar no mundo? e conheça a história da jovem Camila Agone e como a sua atitude protagonista fez toda a diferença no modo de enfrentar os desafios.
Objetivo
Garantir a criação de espaços dentro e fora da escola de modo que o jovem participe ativamente da busca por soluções dos problemas reais que o afligem na vida escolar, na vida em família e na comunidade, sendo fonte de iniciativa, liberdade e compromisso.
Prática pedagógica
Como educador, você sabe da importância de garantir que a escola seja um espaço democrático e participativo. Sabe também que, na prática, é um processo exaustivo, pois é muito mais difícil conciliar opiniões e abrir mão de uma proposta quando o coletivo entende que um outro caminho é o melhor do que aquele proposto por você, não é mesmo?
Isso também ocorre com o Protagonismo Juvenil, pois os estudantes estão aprendendo a ter maturidade, agir com responsabilidade, ser menos impulsivos, saber o momento de ouvir e falar e lidar com conflitos e frustrações.
A dificuldade ocorre quando se espera que o estudante tenha o discernimento e a postura desejada de um adulto! Mas, se você relembrar um dos princípios do PEI, os Quatro Pilares da Educação (Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer.), visto no módulo anterior, verá que a escola é um espaço ideal para o exercício desses princípios.
Convidamos você a assistir ao vídeo da EE Gabriel da Silva, da DE de Bragança Paulista, com diversas atividades voltadas ao Protagonismo Juvenil:
Para que o Protagonismo Juvenil aconteça nas escolas é necessário considerar algumas questões:
1
Compreender os jovens como solução, e não como problema.
2
Considerar que o protagonismo é uma ação a ser exercitada e, como todo processo de aprendizagem, haverá erros e acertos.
3
Promover o Protagonismo Juvenil não é uma tarefa fácil e exige paciência, empatia e apoio ao estudante por parte de toda a equipe escolar.
4
Viabilizar situações para que os estudantes exercitem o protagonismo é um compromisso dos professores, funcionários, gestores, pais e/ou responsáveis.
Diante desse desafio, comogarantir na prática a criação de espaços dentro e fora da escola de modo que o estudante participe ativamente na busca de soluções aos problemas reais que o afligem na vida escolar, na vida em família e na comunidade sendo fonte de iniciativa, liberdade e compromisso?
O desenvolvimento do Protagonismo Juvenil pode impactar três importantes momentos:
Na Formação para a Vida
Quando o Protagonismo Juvenil se desenvolve por meio de três perspectivas. São elas:
Iniciativa
Abrir mão da postura de expectador para ser agente propositor e transformador por meio de ações voltadas para problemas reais que os afetam em seu cotidiano, como a própria organização da dinâmica da escola.
Liberdade
Exercitar a possibilidade de avaliar, decidir e escolher ante os pequenos e grandes desafios cotidianos da escola, para que seja possível ao estudante ter esta atitude em todas as dimensões de sua vida.
Compromisso
Ter a consciência de que sempre responderá pelos seus atos, sendo consequente nas suas ações, assumindo a responsabilidade tanto pelo que faz quanto pelo que deixa de fazer.
No Projeto de Vida
Quando o exercício do Protagonismo Juvenil fortalece e promove condições e ferramentas para que o estudante possa gerenciar e conduzir o seu Projeto de Vida com mais solidez e preparo.
Autoconhecimento e autoavaliação envolvem um conjunto de competências e habilidades que só poderão ser adquiridas por meio de diferentes experiências e vivências – individuais e coletivas – propiciadas pela ação protagonista no convívio escolar.
No Papel do Educador
Quando a prática pedagógica e de gestão de todos os profissionais da escola reconhece o estudante como fonte de iniciativa ao oferecer oportunidades para que possa desenvolver sua capacidade de agir ante os desafios propostos.
O educador precisa estar atento às suas próprias atitudes frente ao jovem protagonista para que todos os estudantes tenham as mesmas oportunidades de se desenvolverem e atuarem nos múltiplos contextos que a escola oferece.
Veja algumas atitudes do educador que estimulam o Protagonismo Juvenil:
Acreditar no potencial
Ter convicções sólidas a respeito da importância dos jovens na solução de problemas reais na escola e na comunidade.
Abertura para o novo
Estar aberto para acolher e compreender as manifestações emitidas pelo grupo.
Conhecimento específico
Conhecer elementos fundamentais da dinâmica e do funcionamento das práticas e vivências em PEI.
Resiliência
Ter autoconhecimento em relação aos seus sentimentos e reações.
Empatia e colaboração
Desenvolver a capacidade de administrar as oscilações de comportamento frequentes e naturais entre os jovens (seus conflitos, suas passividades, indiferenças e agressividades), espírito animador e colaborativo.
Cursista, você já viu que o Protagonismo Juvenil é uma metodologia muito presente nas escolas PEI. Para que o Protagonismo Juvenil se desenvolva em todas as escolas da rede, um dos desafios é criar ambientes de aprendizagem que propiciem a todos os estudantes o desenvolvimento de habilidades, que favoreçam um posicionamento crítico e propositivo, tal como ocorre nos momentos do conselho escolar, do conselho de classe participativo e dos grêmios, em que os estudantes são incentivados e preparados para atuarem nesses espaços.
Você deve ter percebido que nas escolas há ações específicas para o exercício de ações protagonistas, como no acolhimento. Você ainda estudará, neste módulo, outros espaços nas escolas PEI que possibilitam aos estudantes assumir determinados compromissos com responsabilidade, tais como nos Clubes Juvenis e nos Líderes de Turma.
Como foi mencionado em acolhimento, as metodologias apresentadas neste módulo podem ser adaptadas à realidade das escolas de tempo parcial. Esse é um dos objetivos deste curso: conhecer as metodologias que fazem parte do modelo pedagógico do PEI para inspirá-lo e auxiliá-lo no desenvolvimento do seu trabalho, sempre de forma a considerar as particularidades e realidades de cada escola.
Clubes Juvenis
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Clube Juvenil
Clube Juvenil é uma grande oportunidade de dar voz e responsabilidade aos estudantes.
O que é
O Clube Juvenil é uma metodologia utilizada pelo PEI para possibilitar práticas e vivências em Protagonismo Juvenil. Os clubes são grupos temáticos, criados e organizados pelos estudantes, com apoio dos professores e da direção da escola.
Todos têm um papel a cumprir relativo ao Clube Juvenil, porém são o diretor e o vice-diretor da escola os responsáveis pela formação dos estudantes e pelo acompanhamento dos clubes. Os Clubes Juvenis são organizados semestralmente e acontecem uma vez por semana, em dois tempos consecutivos, no mesmo horário em que os professores e coordenadores estão participando da Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo Geral (ATPCG).
O estudante, a partir da sua experiência, pode desenvolver diversas competências e habilidades relacionadas à autonomia, à auto-organização, à capacidade de trabalhar em equipe e tomar decisões.
É isso mesmo, o Clube Juvenil é uma metodologia que favorece a realização do Protagonismo Juvenil!
Objetivos
Atender áreas de interesse dos estudantes (o que eles gostam dentro ou fora da escola); a partir delas, seus integrantes desenvolvem atividades que proporcionam trocas de informação e de experiências, além de muitos aprendizados importantes relacionados ou não à vida escolar;
Incentivar a formação do jovem protagonista, pois, a partir da vivência no Clube Juvenil, o estudante desenvolve e exercita um conjunto de habilidades essenciais para a sua formação, em especial na sua vida pessoal, social e produtiva;
Colaborar para o sucesso da escola, oferecendo oportunidade aos estudantes de desenvolverem ações protagonistas, estimulando o jeito jovem de ser, de ver e de pensar.
Prática pedagógica
Assista ao vídeo Clubes Juvenis – SEE/Escola de Tempo Integral e conheça como funcionam os Clubes Juvenis na EE Prof. Ênio Vilas Boas, da DE São Vicente, e como essa prática pode fazer a diferença na vida dos estudantes!
Você deve ter percebido que o Clube Juvenil é uma grande oportunidade de dar voz e responsabilidade aos estudantes, visto que são eles os responsáveis pela criação, planejamento, organização e condução dos Clubes. Cada Clube tem um presidente, que é responsável pelo seu funcionamento. Mas eles não estão sozinhos nessa empreitada!
Os presidentes contam com o estímulo, o apoio, as orientações, o monitoramento e o acompanhamento do diretor ou vice-diretor da escola. Há reuniões periódicas para refletir sobre o andamento dos Clubes e propor estratégias de ação a fim de corrigir os rumos, se necessário.
Veja algumas dicas que podem auxiliar o bom andamento dos Clubes Juvenis.
Apoio
Na escola, é esperado que os educadores apoiem os estudantes no seu processo de formação como protagonistas. Esse apoio não pode ser confundido com concessões que excedam os limites estabelecidos pelos aspectos legais e institucionais ou mesmo aqueles situados na esfera do justo e do razoável.
Como viabilizar o apoio na prática?
1
Explore o assunto antes de apresentar a solução: lute contra o impulso de mover-se rapidamente para dar ao jovem a solução! Para que uma real aprendizagem aconteça, as pessoas devem reconhecer o problema e a solução por elas mesmas.
2
Use questões para explorar o assunto, o problema ou a experiência em vez de ir logo em busca da solução. Em vez de perguntar imediatamente “Como você vai resolver isso?”, explore “Como isso aconteceu? Qual o papel que a falta de escuta do que o colega está dizendo desempenhou nessa situação? Quais foram as consequências?”
Tutela
Ocorre quando os educadores protegem e resguardam os estudantes que não têm autonomia para agir e tomar decisões sobre as suas ações de tal modo que os privam das oportunidades de aprender com os próprios erros. Isso tende a ocorrer muitas vezes por um entendimento equivocado, por parte do educador, do que seja apoiar.
Os jovens nos Clubesestão aprendendo a exercer autonomia e, por isso, em alguns momentos, esperam dos adultos o apontamento de uma solução. Alguns educadores, pressionados por essa expectativa dos jovens, tendem a ceder e a atender a essas necessidades manifestadas.
O professor e o gestor não devem ceder a essas pressões.
Como viabilizar a tutela na prática?
1
Dê oportunidade ao jovem de entender melhor seus próprios processos. Nesse sentido, o educador pode oferecer apoio por meio de questionamentos que levem os estudantes a buscarem por alternativas, sem dar as respostas, e ao mesmo tempo que os desafiem a encontrar as soluções. Algumas vezes isso é desconfortável para o próprio educador.
2
Use questões para fazer o estudante entender como, em alguns momentos, sua própria postura pode ter implicações no problema. Perguntas podem ser mais desafiadoras, mas são poderosas. Exemplo: “Entendo a angústia de vocês. Gostaria de desafiá-los a refletir de que modo vocês podem ter contribuído com o dilema? Quanto essa situação pode ter da própria responsabilidade pessoal de cada um?” Não se trata de buscar culpados, mas de compreender o que pode estar afetando o bom funcionamento do próprio Clube.
Abandono
Ocorre quando o protagonismo é conduzido de maneira equivocada e é colocada aos estudantes uma condição em que eles atuem desprovidos de qualquer apoio, orientação, limite e senso daquilo que seja autonomia.
Como evitar o abandono na prática?
Não coloque os estudantes numa condição como se autonomia significasse agir em nome do que se quer, de qualquer forma, a qualquer custo, a qualquer tempo, sem ter que assumir a responsabilidade pelos próprios atos e sem que se reflita sobre as consequências destes para o coletivo.
Rotina pedagógica
Os gestores podem auxiliar os estudantes a ser protagonistas, a partir dos Clubes Juvenis, na rotina pedagógica da escola por meio de:
Caminhada pedagógica
 É um momento fértil para o diretor da escola circular pelo pátio nos intervalos, no horário da entrada e em outras oportunidades e se aproximar dos estudantes, exercendo a pedagogia da presença para conhecer de perto as áreas de interesse e de maior mobilização.
Por meio de uma abordagem adequada o gestor pode relatar um fato que tenha observado na ação dos estudantes e demonstrar interesse em saber mais informações. É uma oportunidade para esclarecer algo que se faça necessário; por exemplo, ajudar algum estudante que esteja confundindo Clube de Astronomia com Clube de Astrologia. O gestor ou a gestora também apoiam, conversando com os estudantes sobre suas ideias, sua viabilidade e suas alternativas para a solução de dificuldades, buscando entender as razões pelas quais não conseguem definir os seus Clubes, sem que, no entanto, essa conversa os leve a definir por eles. Aqueles estudantes que não manifestam interesse nesse primeiro momento devem compreender a necessidade de respeitar a decisão dos colegas da mesma forma como desejam ser respeitados na sua decisão.
Reuniões ordinárias
 
A Direção recebe os Presidentes de Clube Juvenil e Vice-Presidentes para conhecer as demandas e orientar os estudantes a pensarem em soluções para os possíveis problemas. Muitas vezes, essas demandas são bastante simples, a exemplo de informações como um levantamento sobre a quantidade de objetos e mobiliários quebrados e os recursos financeiros necessários para realizar o conserto ou a autorização para acompanhar e registrar o peso das sobras de alimentos e sugerir novos cardápios para os estudantes. Mas, também podem ser informações de outra natureza ou de caráter confidencial, que requerem ações mais específicas que muitas vezes não podem ser atendidas.
Gestão de processos
Retomar o contrato de convivência, o plano do Clube e a divisão de funções. Orientar os Clubes Juvenis e as ações junto aos líderes de turma e definir estratégias para o desenvolvimento do Protagonismo Juvenil.
Saiba mais!
Confira alguns materiais que apresentam dicas e orientações para apoiar o Clube Juvenil.
Plano de Ação de Clube Juvenil
Como formar Clubes
Líderes de Turma
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Líderes de turma
Ser um Líder de Turma ético significa ser, acima de tudo, imparcial. É importante saber distinguir os anseios pessoais das solicitações da turma.
O que é
O Líder de Turma é o estudante indicado e eleito pelos colegas da classe cuja função é a de colaborar de maneira corresponsável na formação e no desenvolvimento do grupo como um todo por meio de vivências de liderança. Ele tem uma grande responsabilidade no sentido de incentivar os colegas de sala a fazerem importantes reflexões sobre os estudos, as atitudes e os comportamentos dentro do espaço escolar. Para isso, ele precisa desenvolver e trabalhar as cinco macrocompetências socioemocionais: resiliência emocional, engajamento com os outros, autogestão, amabilidade e abertura ao novo.
Objetivos
Trabalhar em equipe de forma a conviver com as diferenças;
Ser um elo entre os estudantes da sua classe e a direção;
Apoiar a resolução de conflitos e mal-entendidos e propor soluções junto à comunidade escolar para todos os assuntos da sala de aula e da escola;
Incentivar a integração e estimular a participação protagonista dos colegas;
Representar os estudantes perante os educadores.
Prática pedagógica
Uma característica importante desta metodologia utilizada pelo PEI é que ela possibilita o desenvolvimento do protagonismo. Para isso, contar com o apoio e o incentivo dos gestores da escola em relação à atuação dos líderes de turma é imprescindível para que esses estudantes possam exercitar de fato o protagonismo na escola.
Clique aqui e conheça algumas experiências e relatos sobre a atuação de Líderes de Turma na EE Prof. Nestor de Camargo, da DE Itapevi, e na EE Prof. Ayres de Moura, da DE Norte 1.
Por meio dos depoimentos das estudantes Mileide Batista Santana, Caroline dos Santos Ramos, Larissa dos Santos Leão e Talita Gabriella Bispo, é possível notar que esses líderes de turma possuem algumas características semelhantes, tais como:
1
A capacidade de gerir conflitos.
2
A busca pela promoção entre os colegas de uma relação de amizade, harmonia, solidariedade, confiança e respeito.
3
Comprometimento e responsabilidade nas ações realizadas.
4
Proatividade para propor soluções.
5
Disposição em escutar e em auxiliar os outros.
Prever momentos de troca, discussão e encaminhamentos entre a gestão e os Líderes de Turma é uma estratégia que:
Propicia o desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para uma atuação bem-sucedida desses líderes. Também sela o compromisso da equipe escolar com a compreensão de que o foco central da escola deve estar no estudante.
Desencadeia a percepção dos estudantes de que os Líderes de Turma atuam como interlocutores dentro da escola, além de ser inspiração e referência para os demais estudantes na busca pelo bem-estar coletivo e superação de problemas por meio do diálogo respeitoso e ético.
As escolas PEI contam com os Líderes de Turma e as escolas de tempo parcial possuem o que denominamos como representantes de classe. Ambos são eleitos pelos colegas! Como já foi mencionado, a ideia é que as práticas do PEI sirvam de inspiração para as escolas de tempo parcial. Que tal organizar e planejar momentos de formação e troca entre os representantes de classe e o diretor da escola, de forma a fomentar a realização do Protagonismo Juvenil nos espaços escolares? Essa é uma importante estratégia pedagógica e de gestão para aproximar os estudantes e solidificar essa parceria!
Saiba mais!
O vídeo Líder de Turma – Programa de Ensino Integral – Professor Fábio Fanucchi traz o depoimento de uma estudante eleita Líder de Turma sobre o seu papel dentro da escola.
O material Formação do Líder de Turma traz uma sugestão de como organizar na escola a escolha, a formação e o acompanhamento dos Líderes de Turma.
Práticas Experimentais
Práticas experimentais
As Práticas Experimentais podem ser ferramentas para que o estudante tenhaconfiança no futuro, reconhecendo-se como responsável pela construção de soluções para os problemas cada vez mais desafiadores do século XXI.
O que são
As Práticas Experimentais são uma metodologia utilizada na PEI que visa à realização de diferentes atividades que apoiam os estudantes na compreensão da construção do conhecimento científico por meio do desenvolvimento de habilidades previstas no Currículo Paulista, despertando, assim, seu espírito investigativo. Tais práticas, por sua vez, estão centradas em competências específicas do Letramento Científico.
Com a construção de protótipos por meio de planejamento, manipulação de materiais e experimentação, os estudantes têm a oportunidade de fundamentar conceitos teóricos com maior facilidade, pois atribuem sentidos ao que foi aprendido, o que contribui para uma permanência interessada na escola.
As práticas e os experimentos desenvolvidos devem permitir uma ampliação do grau de compreensão do mundo que cerca o estudante no seu cotidiano, dando-lhe suporte conceitual e procedimental para incentivá-lo a questionar o mundo que o cerca, utilizando os conhecimentos adquiridos na escola para produzir novos conhecimentos e contribuir com a sociedade.
São atividades práticas:
[...] aquelas tarefas educativas que requerem do estudante a experiência direta com o material presente fisicamente, com o fenômeno e/ou com dados brutos obtidos do mundo natural ou social. Nesta experiência, a ação do estudante deve ocorrer – por meio da experiência física –, seja desenvolvendo a tarefa manualmente, seja observando o professor em uma demonstração, desde que, na tarefa, se apresente o objeto materialmente” (ANDRADE; MASSABNI, 2011. p. 840).
Objetivos
Estabelecer a relação entre a teoria e a prática com foco no desenvolvimento da capacidade de argumentação científica dos estudantes, levando-os a ampliar, diversificar e aprofundar conceitos, construindo procedimentos a partir das temáticas dos componentes curriculares;
Investigar o problema proposto em busca de resposta e compreensão de que a teoria se aplica a contextos reais ou simulados;
Desenvolver habilidades cognitivas e compreender o trabalho científico, controlando e prevendo os fenômenos físicos.
Para que os objetivos sejam alcançados as Práticas Experimentais devem ter cunho investigativo, em que o estudante busca informações para as questões propostas e conclui a sua pesquisa quando constrói uma resposta ao problema proposto.
Prática pedagógica
Veja o vídeo Projeto Práticas Experimentais (vídeo gravado antes da mudança do nome da Efape) que mostra algumas das inúmeras formas de se trabalhar as Práticas Experimentais na EE Brasílio Machado.
Viu só o quanto os estudantes adoram essa prática?
O conhecimento científico vai muito além dos componentes de Ciências da Natureza e Matemática porque possui uma natureza transdisciplinar (As Práticas Experimentais, numa visão transdisciplinar, referem-se ao modo como se desenvolve a colaboração entre os componentes curriculares das áreas de conhecimento da Ciências da Natureza e Matemática, mas significam também que há um modo de pensar organizado, que atravessa todos os componentes, num enfoque pluralista do conhecimento que propicie a articulação das diversas faces de compreensão do mundo, buscando a unificação do saber.). O que resulta das atividades de Práticas Experimentais acaba por extrapolar os muros da escola e, assim, transformar a vida de cada estudante.
Na essência, as Práticas Experimentais requerem alguns recursos elementares:
1
Professores propositivos, inventivos, que se preocupam em propor ambientes desafiadores aos estudantes e que os apoiam tanto no desenvolvimento como no monitoramento de suas aprendizagens.
2
Estudantes com espírito investigativo e curiosidade aguçada.
3
Gestores que apoiam, incentivam e somam esforços para viabilizar as ideias.
Importante!
Na prática, é importante a criação de ambientes de aprendizagem com problematizações desafiadoras de situações da vida cotidiana para que os estudantes tenham a oportunidade de mobilizar habilidades que resultam na construção de outros saberes com a finalidade de apresentar uma possível solução ao desafio inicial. Do mesmo modo, os estudantes podem ainda refletir sobre as experiências vivenciadas e visualizar como os conceitos e pressupostos teóricos foram aplicados na atividade prática.
A experimentação propicia a mobilização de outras competências como, por exemplo, a empatia e a colaboração que, de modo transdisciplinar, contribuem para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Na experimentação são colocadas em prática atitudes e mobilização de habilidades que exigem o controle do comportamento frente às emoções, a demonstração de empatia pelo ponto de vista dos pares e a necessidade de se manter uma relação positiva no desenvolvimento do trabalho a fim de que as decisões tomadas atinjam o seu objetivo, que é chegar a uma conclusão desencadeada pelo movimento do coletivo. Isso muda completamente a perspectiva da aprendizagem, que não está voltada para o apontamento do resultado, mas sim para o movimento do processo.
Orientação de Estudos
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Orientação de estudos
A Orientação de Estudos não deve ser confundida com um momento de reforço escolar nem de realização de tarefas.
O que é
A Orientação de Estudos é uma metodologia utilizada pelo PEI que possibilita ao estudante aprender a estudar por meio de métodos, técnicas e procedimentos para organizar, planejar e executar os seus processos de estudo.
A contextualização do que se estuda, mediada pelo professor, é fundamental para que o estudante possa desenvolver essa sintonia entre curiosidade e interesse.
A Orientação de Estudo tem como diferencial assegurar momentos específicos em que “aprender a estudar” ganha centralidade nas práticas de ensino. “Aprender a estudar” é condição primordial para o desenvolvimento da autonomia intelectual de nossos estudantes.
Objetivos
Auxiliar os estudantes quanto à aquisição de hábitos e rotinas de estudo;
Ajudar na compreensão de que intensidade de estudo não é sinônimo de qualidade;
Reconhecer que há diferentes técnicas de estudo e saber selecioná-las conforme cada caso;
Desenvolver uma postura protagonista em relação à própria aprendizagem.
Prática pedagógica
A Orientação de Estudos apoia e auxilia os estudantes a entender seu processo de estudo e aprendizagem.
Veja alguns exemplos para levar em consideração pelo professor de Orientação de Estudos:
Diversificação e adequação dos procedimentos de estudo;
Organização de sequências didáticas;
Autoavaliação dos estudantes;
Transdisciplinaridade para garantir a articulação entre as diferentes áreas do conhecimento.
A avaliação durante a Orientação de Estudos consiste em um acompanhamento do nível de engajamento dos estudantes. Essa avaliação pode ser realizada por meio de instrumentos, como:
1
Avaliação por pares;
2
Uso de rubricas;
3
Criação de portfólios;
4
Observação.
Saiba mais!
No capítulo Interação entre aprendizado e desenvolvimento, do livro Formação Social da Mente, é apresentado um relevante referencial que amplia as possibilidades dos professores contribuírem de forma ainda mais significativa com o aprendizado dos estudantes: é a compreensão de que o objeto de ensino deve ser ensinado levando-se em conta a zona de desenvolvimento proximal (“Chamamos de zona de desenvolvimento proximal a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou a colaboração com companheiros mais capazes. O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente. (VIGOTSKI, 2007, p. 98)”) do estudante. Desse modo, ao elaborar uma situação de aprendizagem,mais do que se preocupar com o programa a ser cumprido naquela etapa escolar, os professores precisam identificar qual o nível real de desenvolvimento, isto é, identificar o que o estudante já sabe e o que pode aprender naquele momento com a interveção de um outro (adulto ou alguém com mais conhecimento), compreendendo a importância do papel do sociointeracionismo na contrução do conhecimento.
Veja algumas sugestões para trabalhar com Orientações de Estudo.
Nivelamento
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Nivelamento
O Nivelamento não deve ser confundido com a Recuperação Contínua!
O que é?
O Nivelamento é uma ação emergencial que auxilia na identificação de defasagens dos estudantes em relação às habilidades dos anos/séries anteriores. Oferece, desse modo, indicadores necessários para auxiliar os professores no planejamento de suas aulas de modo que sejam superadas as defasagens assinaladas.
Atenção!
O Nivelamento foca em habilidades relacionadas a anos e séries anteriores. Já a recuperação contínua trabalha com o conteúdo previsto para o ano e série que o estudante está cursando.
Objetivos
Identificar as defasagens entre anos/séries e as habilidades previstas pelo Currículo Paulista.
Gerar indicadores a fim de apoiar os professores, pais e/ou responsáveis e estudantes de forma que todos se sintam corresponsáveis e comprometidos com o processo educacional, tendo em vista a melhoria dos resultados da escola.
Promover a articulação dos professores de diferentes componentes para que desenvolvam um plano de ação com metas para superar as defasagens dos estudantes.
Prática pedagógica
O Nivelamento é iniciado nas escolas PEI, no primeiro bimestre, com base nos dados fornecidos pela Avaliação Diagnóstica de Entrada (ADE) e, uma vez registrados no Sistema de Acompanhamento dos Resultados de Avaliações (Sara), orientam os professores na elaboração de estratégias pedagógicas para a superação das defasagens identificadas.
Os professores elaboram um diagnóstico individual com um mapeamento composto das habilidades já desenvolvidas e também daquelas ainda não desenvolvidas pelo estudante. A partir deste diagnóstico, os docentes planejam, em conjunto, quais estratégias auxiliarão na superação dessas defasagens. Não se trata, no entanto, de elaborar atividades que foquem apenas nas habilidades que o estudante não desenvolveu nem de repetir exercícios semelhantes para que ele aprenda.
É preciso partir sempre do que o estudante já sabe em situações de aprendizagem desafiadoras com proposição de atividades contextualizadas, muitas vezes envolvendo outras habilidades estruturantes que o ajudem a avançar.
O Nivelamento exige monitoramento contínuo do processo de aprendizagem, e os registros desses avanços podem ser consultados, inclusive para que o próprio estudante possa acompanhar o seu desenvolvimento.
Importante!
Deve-se destacar que o portfólio é um instrumento que permite monitorar as metas e os prazos estabelecidos no Plano de Ação de Nivelamento (PAN) das turmas e/ou agrupamentos e, sobretudo, garantir os direitos de aprendizagem, uma vez que essas habilidades são determinantes para o sucesso do estudante no ano em curso.
As escolas de tempo parcial desenvolvem uma ação semelhante ao Nivelamento! A escola utiliza os dados fornecidos pela Avaliação Diagnóstica de Entrada (ADE)( A ADE é aplicada no início do ano letivo. Os objetivos dessas avaliações de caráter diagnóstico, são:
Verificar o nível de aprendizado real dos estudantes;
Acompanhar a aprendizagem das turmas e do estudante, de forma individualizada para fornecer indicadores.) e outras informações que identificam as defasagens e geram indicadores. Com esses dados e informações, a equipe escolar elabora um plano de ação, por meio de diferentes estratégias pedagógicas, para superar as defasagens dos estudantes.
Assim, como as escolas PEI, as escolas de tempo parcial também contam com o PDCA para apoiar no planejamento, na execução, na verificação e na avaliação das ações pedagógicas e de gestão em prol do sucesso escolar.
Como realizar o processo de Nivelamento na escola?
1
Identificar as defasagens em habilidades não adquiridas nos anos letivos anteriores por meio da ADE e dos demais indicadores já realizados pela escola, em seu diagnóstico próprio.
2
Categorizar os resultados.
3
Estruturar o Plano de Ação de Nivelamento (Para elaborar o Plano de Ação de Nivelamento é necessário analisar os resultados do diagnóstico, definir estratégias metodológicas para os processos de recuperação da aprendizagem, definir metas, definir prazos, definir ações, definir recursos e definir responsabilidades para reverter o quadro atual das defasagens.) para superar as defasagens de aprendizagem, de modo a garantir a aprendizagem dos estudantes, no transcorrer do ano letivo.
4
Realizar um acompanhamento do Plano de Nivelamento, monitorando os ganhos de aprendizagem dos estudantes e possibilitando que esses avanços sejam acompanhados pelos próprios estudantes, na lógica proposta pelo PDCA.
O professor deverá pensar em estratégias individuais e para a turma. É fundamental que o estudante participe deste processo para refletir e propor ações que ele pode realizar a fim de superar suas defasagens. Portanto, o diálogo e a troca entre o estudante e o professor deve ser constante, assim como reuniões individualizadas de feedback.
Saiba mais!
Veja um modelo de Plano de Ação de Nivelamento (PAN) para inspirá-lo no aprimoramento da sua prática pedagógica.
Tutoria
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Tutoria
A Tutoria está relacionada com o princípio da Pedagogia da Presença porque a natureza de suas ações exige do educador uma relação de proximidade com seus estudantes ao acolhê-los e orientá-los na construção de seu conhecimento e na preparação para o exercício da cidadania.
Tutoria é uma metodologia utilizada pelo PEI para acompanhar os estudantes na construção dos seus Projeto de Vida e na compreensão de seus propósitos pessoais, acadêmicos e/ou profissionais tendo em vista seu pleno desenvolvimento nas atividades promovidas pela escola.
Como afirma o professor Ricardo Argüís:
A Tutoria é uma atividade inerente à função do professor, que se realiza individual e coletivamente com os estudantes de uma sala de aula, a fim de facilitar a integração pessoal nos processos de aprendizagem. [...] A tutoria é a ação de ajuda ou orientação ao estudante que o professor pode realizar além da sua própria ação docente e paralelamente a ela”.
ARGÜÍS, Ricardo et al. Tutoria: com a palavra, o estudante. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002, p. 16.
É papel do tutor:
Provocar nos tutorados o despertar de seus sonhos.
Questionar sobre o que as pessoas querem ser.
Criar necessidade pela busca de respostas, sendo o estudante o empreendedor dessa busca.
Colaborar efetivamente no processo de ensino e aprendizagem do tutorado.
Lançar desafios para os tutorados.
Compartilhar conhecimentos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam transformar o seu “querer ser” em “ser”.
Questionar e gerar dúvidas e certezas temporárias.
É necessário que o tutor tenha uma escuta ativa e respeitosa e estabeleça na conversa uma relação de empatia com o tutorando, mostrando interesse e consideração pelo seu ponto de vista. Durante os momentos de interação entre o estudante e o tutor, é importante que o tutorando seja estimulado a refletir sobre o assunto em questão até chegar a uma conclusão sobre o que está sendo discutido.
O Ser Tutor
Empatia, maturidade intelectual e afetiva, sociabilidade, responsabilidade e capacidade de aceitação.
O Saber do Tutor
Conhecimento da maneira de ser do estudante e dos elementos pedagógicos que tornam possível conhecê-lo e ajudá-lo.
O Saber Fazer do Tutor
Capacidade de trabalhar com eficácia e em equipe, participando das atividades estabelecidas de comum acordo para a formação dos estudantes.
Informação extraída da Formação para os Diretores de Escola e Supervisores deEnsino do Programa de Ensino Integral 2020.
Podemos dizer que o foco da Tutoria é acadêmico. Ocorre que podem haver situações em que a temática abordada pelo estudante transcenda o rol de competências exigido no exercício da Tutoria. Nos casos em que isso acontecer, por exemplo, quando de uma demanda sobre uma situação de vulnerabilidade ou risco trazida pelo estudante, orienta-se que o tutor comunique o fato à equipe gestora da escola para os devidos encaminhamentos.
Objetivo
Promover o sucesso escolar dos estudantes por meio da formação acadêmica de excelência.
Prática pedagógica
Para ver como a Tutoria é praticada, assista ao vídeo com o depoimento do estudante Diogo e do professor Lucas, da EE Professor Fábio Fanucchi, da DE Guarulhos Sul.
Para que se atinja o objetivo da Tutoria é importante compreender as três dimensões de orientação pelas quais o tutor fará o acompanhamento dos tutorados (ou tutorandos).
Segundo Argüís, as três dimensões são:
Orientação Pessoal
Busca promover o autoconhecimento, a ampliação do senso crítico, o desenvolvimento da autonomia e a tomada de decisões de forma responsável.
Orientação Acadêmica
Visa a apoiar o estudante por meio de temas e conteúdos disciplinares e auxiliá-lo nas interações em sala de aula, na superação de dificuldades e na adoção de hábitos de estudos.
Orientação Profissional
Visa a apoiar o estudante estimulando-o a identificar suas habilidades pessoais para que faça a escolha acadêmica e profissional de acordo com sua personalidade, suas aptidões e seus interesses.
Imagem utilizada na Formação para os Diretores de Escola e Supervisores de Ensino do Programa de Ensino Integral 2020.
Perceba, cursista, que o tutor deverá reunir todas as informações sobre seus tutorados:
1
Projeto de vida;
2
Desempenho acadêmico;
3
Atuação protagonista nos diversos espaços e tempos da escola.
O tutor precisará organizar e registrar todas essas informações de forma sistematizada. Parece complicado? Veja um exemplo de plano de tutorado utilizado pelos estudantes. Você pode se inspirar nesse exemplo para elaborar o seu plano.
 Vamos praticar
Você sabe a quem cabe a escolha do tutor?
Os pais e/ou responsáveis
O diretor e/ou o vice-diretor
O professor coordenador
O estudante
Anote sua resposta em um bloco de anotações e, em seguida, clique em Comentários para ler as respostas.
Comentários
Atenção!
A escolha do tutor é de caráter pessoal. Ela deve ocorrer de forma a transmitir confiança e empatia. Para isso, é importante garantir transparência no processo; por exemplo, definir, com os Líderes de Turma os critérios adotados caso haja um desequilíbrio no número de tutores para o número de estudantes.
Como tornar a Tutoria eficaz?
Para que haja uma Tutoria eficaz, o educador deve:
1
Conhecer o ciclo/fase que compreende a adolescência e a juventude;
2
Ter comprometimento com a Tutoria;
3
Estar disponível para trocar, com outros atores da escola (muitas vezes, de forma sigilosa e discreta), informações que possibilitem que a relação entre tutor e tutorado traga resultados para o pleno desenvolvimento acadêmico do estudante;
4
Ter postura ética, não expondo informações de seus tutorados que possam causar constrangimentos, descaracterizando o propósito da Tutoria;
5
Transmitir e inspirar confiança por meio de ações cotidianas na escola;
6
Mostrar interesse em conhecer a trajetória escolar, os sonhos e os objetivos de seus tutorados;
7
Ser atencioso ao atender o tutorado sempre que necessário;
8
Ser imparcial, sabendo conduzir sem induzir, levando o tutorado à reflexão sobre suas ações e/ou necessidades;
9
Valorizar a escolha e a decisão do estudante;
10
Saber o momento de ouvir e o de falar;
11
Saber conviver e respeitar as diferenças de opinião e a diversidade.
2.1 - Componentes Curriculares e Metodologias do Modelo Pedagógico
Encerramento do módulo
Muito bem! Você chegou ao final deste módulo!
Escute o áudio a seguir para recapitular o Modelo Pedagógico do Programa Ensino Integral.
No próximo módulo, você vai conhecer de forma mais aprofundada as Metodologias de Gestão.
Para concluir o conteúdo deste módulo, clique no botão abaixo “Finalizar”.

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