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_____________________________________________________________________________ INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO _____________________________________________________________________________ 3 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 INTRODUÇÃO A Administração ou Gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar. O termo "administração" vem do latim administratione, que significa direção, gerência. Ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas. À Administração não se resume a um simples processo de planejar, organizar, dirigir e controlar toda a atividade organizacional. Ela é o elemento catalisador a qual permitiu que as descobertas e invenções das várias ciências, tais como a física, a química, a medicina, a biologia, entre outras pudessem ser transladadas para que rapidamente as organizações as transformassem em produtos e serviços disponíveis para a sociedade. Pode-se dizer que à Administração integra, acelera e impulsiona toda a atividade organizacional no sentido de definir cursos de ação, reduzir custos, agregar valor, melhorar a qualidade, aumentar a produtividade, resolver problemas e conflitos, criar e inovar, alcançar objetivos e, sobretudo, oferecer resultados ampliados. Ela é tanto responsável pela excelência organizacional na base, como pela articulação interna das atividades organizacionais no nível tático como também pela definição e execução da estratégia organizacional ao nível global das organizações, quaisquer sejam elas: públicas, privadas, pequenas, médias, grandes, lucrativas ou não lucrativas, industriais, prestadoras de serviço, informação ou de entretenimento. A administração, portanto, é o processo que procura assegurar a EFICÁCIA (realização de objetivos) e a EFICIÊNCIA (utilização racional de recursos) das organizações ou sistemas. A administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos: individuais, familiares, grupais, organizacionais ou sociais. 4 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Áreas da administração Administração de Empresas; Administração Esportiva; Administração Financeira; Administração Hoteleira; Administração Hospitalar; Administração de Produção; Administração Pública; Administração de Recursos Humanos; Administração Rural; Administração do Terceiro Setor, dentre outros. Administração de Empresas: Em uma empresa, o ato de administrar significa planejar, organizar, coordenar e controlar tarefas visando alcançar produtividade, bem- estar dos trabalhadores e lucratividade, além de outros objetivos definidos pela organização. Um dos ramos da administração de empresas é a administração financeira, que consiste na administração das finanças da organização. A forma como as organizações são administradas é que vai determinar se conseguirão utilizar eficazmente os seus recursos para atingir os objetivos propostos. Por isso, o papel do administrador tem um forte impacto sobre o desempenho das organizações. Administração Esportiva: Gerenciar times e equipes, promover competições e cuidar do marketing esportivo de uma Associação. Em órgãos oficiais, definir políticas para o esporte. 5 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Administração Financeira: É uma ciência que tem como objetivo fazer a gestão da vertente financeira de uma organização, empresa ou indivíduo, lidando com patrimônio, capital de giro, análise de orçamentos e fluxo de caixa. É possível dividir a administração financeira em três subcategorias: finanças pessoais, finanças corporativas e mercado financeiro. Administração Hoteleira: Gerenciar hotéis, pousadas e parques temáticos. Supervisionar o funcionamento do estabelecimento, seus serviços, sua manutenção, as reservas e a limpeza. E na Hotelaria hospitalar, gerenciar uma estada agradável e confortável para pacientes internados, controlando os serviços de quarto, alimentação, bebidas e limpeza, entre outros. Administração Hospitalar: Gerenciar hospitais, prontos-socorros e empresas de convênio médico ou seguro-saúde, consiste na área de planejar e fazer a manutenção e controle de estoque e equipamento médicos. 6 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Uma boa administração hospitalar é quando existe uma hierarquia de autoridade bem definida e quando há uma coordenação eficiente e eficaz entre os diversos departamentos do hospital. Administração de Produção: Supervisionar o processo produtivo em indústrias, da análise, aquisição e estocagem da matéria-prima à qualidade e distribuição do produto final. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Antoine Laurent Lavoisier Em uma empresa, a área de produção é responsável por desenvolver produtos ou serviços a partir de insumos (materiais, informações, consumidores) através de um sistema lógico criado racionalmente para realizar essa transformação Slack (1999, p. 25) simplifica o conceito de administração da produção dizendo que se “trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços”. É função da gerência de produção, planejar, organizar, liderar e controlar o processo de industrialização dos produtos, função esta que está diretamente ligada à satisfação do consumidor final. Administração Pública: Planejar, promover e gerenciar instituições públicas. Administração pública é um conceito que abrange pelo menos três sentidos distintos, podendo ser entendido como o conjunto de estruturas estatais voltadas para o atendimento de necessidades da coletividade, como o conjunto de funções relacionadas com a gestão da máquina estatal e como área do conhecimento científico-social. 7 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Em sentido prático ou subjetivo, administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e o bem estar das populações. Uma pessoa empregada na administração pública diz-se servidor público ou funcionário público. Quando um agente público incorre em uma prática ilegal contra os princípios da Administração Pública, ele pode ser julgado por improbidade administrativa, conforme a lei nº 8.429 de 2 de Junho de 1992. Administração de Recursos Humanos: Cuidar das relações entre funcionários e empresa, coordenando a seleção e a admissão, os planos de carreira e de salários, os programas de incentivo, de treinamento e de capacitação da mão de obra. 8 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Administração Rural: Dirigir empresas rurais e agroindustriais, controlando o processo de produção, a distribuição e a comercialização de produtos. Administrar uma propriedade rural é formular programas, coordenar sua execução, avaliar resultados e propor mudanças. É combinar os recursos objetivando o aumento de produtividade com diminuição de custos. Uma série de variáveis endógenas interfere no processo produtivo rural. Assim, administrar é manejar essas variáveis consideradas num contexto dinâmico e de risco. Administração do Terceiro Setor: Planejar e coordenar as operações de ONGs, gerindo a captação de recursos e sua aplicação em projetos ambientais, educacionais, profissionalizantes ou comunitários. O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privadocomeçou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. 9 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 No que se refere à Administração Hospitalar, é necessário um investimento cada vez maior em conhecimento, pois se trata de cuidar melhor de uma organização da mais alta complexidade, como é o ambiente da saúde. Novas técnicas são incorporadas na medicina, fazendo assim com que todos os envolvidos, em especial, a gerência dos serviços de saúde nos seus mais diversos níveis, sejam exigidos no sentido de racionalizar os recursos disponíveis para dar conta dessa demanda que não para de crescer. Dentre os setores que compõem a estrutura hospitalar, o Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) é sem dúvida aquele que sintetiza a necessidade de se conhecer em detalhes o custo benefício das novidades tecnológicas que são lançadas no mercado de equipamentos médicos. Para que isso ocorra da melhor maneira, todo um conjunto de especialistas é convocado para avaliar, sugerir, implementar e manter esta área funcionando com a racionalidade que dela se espera. O SADT também denominado de Serviço Auxiliar de Diagnose e Terapia, sendo organizado por setores específicos que participam dos atendimentos de urgência e de rotina com a finalidade de diagnosticar infecções e afecções, subsidiando tratamentos por meio dos procedimentos terapêuticos. Assim, em um panorama genérico, uma unidade hospitalar com todos os seus serviços pode ser semelhante à estrutura de um Município, cuja governabilidade é composta pelos Poderes Executivos e Legislativos. O gestor do hospital pode ser comparado ao Prefeito, exercendo funções de chefe de Poder Executivo. Uma equipe executiva deve ser indicada por ele para exercer as funções de gerentes dos serviços. Administração favorecendo o dia a dia do Técnico em Radiologia Legislação: PORTARIA Nº 453, DE 01 DE JUNHO DE 1998: Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em 10 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 todo território nacional e dá outras providências, LEI Nº 7.394 DE 29 DE OUTUBRO DE 1985: Regula o exercício da profissão do Técnico em Radiologia, DECRETO Nº 92.790, DE 17 DE JUNHO DE 1986: Regulamenta a Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985, RESOLUÇÃO CONTER Nº 3/2012: Institui e normatiza as atribuições, competências e funções do Tecnólogo e do Técnico em Radiologia de Salvaguardas e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONTER Nº 6/2009: Institui e normatiza as atribuições dos Profissionais Tecnólogo e Técnicos em Radiologia, com habilitação em Radiodiagnóstico, no setor de diagnóstico por imagem, revoga a Resolução CONTER Nº 02, de 10 de maio de 2005. QUANTO A APLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO NA RADIOLOGIA É evidente que a Radiologia do século XXI se desenvolverá cada vez mais, acompanhando o avanço da informática. Cada vez mais se estuda a fisiologia tissular dos componentes celulares e não apenas a morfologia dos diversos tecidos. A cada nova geração de aparelhos de Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância magnética (RM) reduzem-se o custo e o tempo de exame, e estes se tornam cada vez menos invasivos e com melhor resolução de imagem. Meios de contraste mais seguros vêm sendo desenvolvidos continuamente e equipamentos de RM menores e portáteis já são de uso corrente em alguns países. Com o rápido desenvolvimento de novas tecnologias no diagnóstico por imagem, faz-se necessário que sejam também desenvolvidas novas metodologias de gerenciamento que permitirão maximizar os recursos, reduzir custos e aumentar a eficiência, mantendo a qualidade que é encarada como um conjunto de atributos essenciais à sobrevivência das organizações em um mercado atualmente competitivo. Equipamento de Tomografia 11 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Hoje, muitos serviços de radiologia são gerenciados com base em informações geradas por um sistema projetado para uma era tecnológica em que a competitividade toma conta. QUANTO AO SERVIÇO DE RADIOLOGIA JUNTO À ADMINISTRAÇÃO EMPRESARIAL A radiologia ou, mais apropriadamente, os Centros de Diagnósticos por Imagem (CDI), constituem o setor de prestação de serviços que mais têm despertado preocupação por parte dos dirigentes hospitalares. Sistema de Informação Hospitalar Integrado 12 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Primeiro porque os custos empregados na implantação e manutenção desse setor somam quantias muito elevadas e desproporcionais para qualquer hospital, independentemente de sua especialidade ou natureza, segundo porque os investimentos nessa área são absolutamente necessários para o atendimento de qualidade do paciente. Como forma de compensação desses altos investimentos, as unidades hospitalares se veem na obrigação de oferecer os serviços produzidos nessa área para o público externo. Essa segunda forma de prestação de serviço remete os administradores a complicadas práticas de preços de mercado, influenciadas fortemente pelas empresas de medicina de grupo representadas pelos convênios médicos e de seguros de saúde, que adotam práticas de valores de serviços extremamente baixas, priorizando seus lucros, em detrimento do ganho das classes de profissionais que atuam nesses setores. A administração dos Centros de Diagnósticos por Imagem (CDI) envolve cinco grandes atividades, sendo elas: 1 - Controle da rotina de realização de exames; 2 - Implantação e manutenção de equipamentos geradores de imagem nos diferentes métodos; 3 - Informatização do setor de diagnósticos e implantação das redes de comunicação e arquivos de imagens; 4 - Controle de materiais e insumos utilizados na realização dos exames; 5 - Administração de recursos humanos. Controle da Rotina de Realização de Exames: O exame radiológico tem início com a solicitação médica, através do pedido de exame. Este deve ser preenchido de forma clara e legível e mencionar o exame solicitado de forma detalhada, acompanhado de um pequeno resumo da história clínica do paciente, dos objetivos do exame e das hipóteses diagnósticas. 13 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 O pedido de exame deve estar devidamente assinado por quem o solicita e deve incluir o registro do profissional nos órgãos competentes. O setor de recepção do CDI (Centro de Diagnóstico por Imagem) recebe o pedido e, dependendo da natureza do exame, efetua seu registro e encaminha o paciente à sala de exames correspondente. Tipos de Exames: a)Exames Radiológicos com ou sem contraste b)Biópsias c)Exames com Anestesia d)Exames de Tomografia Computadorizada e)Exames por Ressonância Magnética f)Mamografia g)Exames de ultrassonografia - USG h)Exames de Densitometria Óssea i)Ecografia Tridimensional j)Entre outros Implantação e manutenção de equipamentos geradores de imagem nos diferentes métodos: Dependendo das características do hospital, o CDI vai se tornar mais ou menos oneroso para a instituição. De qualquer forma, a implantação de um serviço dessa natureza exigirá altos investimentos e será necessária também a contratação de um plano de manutenção especializado para a permanente continuidade de funcionamento desses equipamentos. Como forma de minimizar os custos nessa área, que também são muito elevados, o hospital poderá ter um serviço de manutenção de primeiro atendimento constituído por engenheiros e técnicos/tecnólogos da área de eletrônica, normalmentealocados no setor de engenharia clínica. Esses profissionais atuam ainda no atendimento às demandas em equipamentos eletroeletrônicos de outros setores do hospital. 14 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Informatização do setor de diagnósticos e implantação das redes de comunicação e arquivos de imagens: A informatização no setor de diagnósticos por imagem é hoje um dos grandes desafios da administração nessa área. Os custos envolvidos nesse processo, particularmente à implantação da rede PACS, são realmente elevados e várias características dessa rede estão relacionada com a qualidade das imagens, velocidade de transmissão de dados, capacidade de armazenamento e tratamento das imagens, influenciam substancialmente os preços finais. O PACS (Picture Archiving and Communication System) é um sistema que proporciona o armazenamento e comunicação de imagens geradas por equipamentos médicos que trabalham com imagens originadas em equipamento de TC, RNM, US, RX, MN, PET, etc., de uma forma normalizada possibilitando que as informações dos pacientes e suas respectivas imagens digitalizadas e, armazenadas em mídia eletrônica sejam compartilhadas e visualizadas em monitores de alta resolução, distribuídos em locais fisicamente distintos. Os principais elementos a serem observados na estrutura do PACS são: •Dispositivos de entrada (RX, RNM, TC, US, MN, PET, etc.) •Rede de computadores •Servidor de DICOM •Integração com o RIS e HIS •Dispositivos de saída (monitores, impressoras, gravadoras). 15 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Controle de materiais e insumos utilizados na realização dos exames: Os materiais e insumos utilizados na realização de exames de diagnóstico por imagem preocupam inicialmente por seus elevados custos, que necessitam ser repassados ao preço final dos exames ou, de alguma forma, cobrados das empresas de convênio. Considerando os já elevados custos dos exames, o acréscimo representado por esses materiais podem muitas vezes tornar inviáveis certos procedimentos. Alternativamente, têm surgido em alguns segmentos medidas que visam atenuar esses custos. Os principais materiais e insumos utilizados em radiodiagnóstico são: Filmes radiológicos. Meios de contraste. Dispositivos de armazenamento de imagens – CDs, Discos ópticos, Fitas magnéticas. Cateteres e outros instrumentos descartáveis. Materiais utilizados nos procedimentos de intervenção e na assistência de enfermagem. Os filmes radiológicos devem ser armazenados em local livre de umidade e ao abrigo da luz e de radiações ionizantes. As caixas devem ser estocadas na posição vertical e devem ser observadas se as datas de vencimento estão no seu prazo de validade, separando as caixas que ultrapassarem esse limite. 16 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Administração de recursos humanos: O centro de diagnóstico por imagem (CDI) é um setor altamente especializado. Envolve a manipulação e operação de complexos equipamentos de diagnósticos por imagem e utiliza fontes de energia com radiação ionizante que, sabidamente, pode produzir graves danos à saúde humana. Por essas características, os responsáveis por esse setor só devem contratar pessoal qualificado e devidamente habilitado ao exercício legal de suas funções. Lamentavelmente, alguns empregadores insistem na contratação de profissionais sem a competente habilitação, visando exclusivamente ganhos imediatos, que são injustificáveis diante dos prejuízos que essas pessoas podem causar a pacientes que se submetem a tais procedimentos. Os principais profissionais especializados que atuam no setor de diagnósticos por imagem são: • Médico radiologista - Médico de formação generalista, registrado no competente Conselho Regional de Medicina e com título de especialização obtido junto ao Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Entre suas principais atribuições destacam-se: Supervisionar a proteção radiológica. Realizar procedimentos radiológicos de intervenção. Realizar e/ou supervisionar exames radiológicos realizados com meios de contraste. Emitir laudos médicos em todos os procedimentos radiológicos realizados dentro ou fora do CDI. • Tecnólogo em Radiologia/Técnico em Radiologia - Profissionais com formação especializada em técnicas radiológicas em nível de graduação (tecnólogo) ou em nível médio (técnicos). Devem estar registrados no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR) da jurisdição em que pretendem trabalhar. 17 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Entre suas principais atribuições destacam-se: Realizar exames radiológicos simples ou com meio de contrastes sob a supervisão do médico radiologista. Operar os diversos métodos de obtenção de imagens em CDI, com destaque para: radiologia convencional, radiologia especializada, tomografia computadorizada, exames radiológicos no leito e centro cirúrgico, hemodinâmica e ressonância magnética entre outros. Atuar no nível do usuário na rede PACS, nos processos de armazenagem e comunicação de imagens em seus diversos postos e no tratamento das imagens em estações de serviços (Workstations). Uma terceira figura de profissional na área de radiologia é o Auxiliar de Radiologia. Esse profissional de nível médio atua exclusivamente nas áreas de Câmara Clara e Escura, no processo de revelação de filmes radiológicos e sua organização e no encaminhamento de exames já realizados. O profissional Auxiliar de Radiologia também está obrigado à inscrição e registro profissional junto ao CRTR da jurisdição em que atuar. POLÍTICA DE CONTRATAÇÃO Contratação em Regime de CLT: A principal forma de contratação de pessoal técnico especializado em CDI ainda é a relação contratual com carteira assinada, nos moldes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conforme dispõe o artigo 3º da CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. (Foto: Acre TV) 18 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Contratação em Regime de Terceirização: A terceirização é uma relação contratual moderna que confere ampla liberdade para as partes envolvidas. O tomador de serviços (hospital, clínica, laboratório, etc.) repassa uma parte de suas atividades a uma empresa legalmente constituída, formada por profissionais habilitados na forma da lei. Contratação por Cooperativas de Serviços: A lei que rege a constituição e o funcionamento das Cooperativas é a de nº 5.764/71, esta lei estabelece que não haja vínculo empregatício entre o Cooperado e a Cooperativa, pois a relação do cooperado com a cooperativa é de dono. Também estabelece que não exista vínculo empregatício entre o cooperado e o cliente da cooperativa para o qual ele presta serviços, pois é caracterizada uma relação civil, e não trabalhista. Na área da radiologia a Cooperativa geralmente tem como objetivo a prestação de serviços técnicos radiológicos por meio de contratos firmados com órgãos públicos Municipais, Estaduais, Federais, além de autarquias ou com entidades particulares, e esses serviços podem ser executados por seus associados de forma coletiva ou individual. ROTINAS DO TRABALHO O TÉCNICO E O PACIENTE: Tanto o Técnico em Radiologia quanto o Médico Radiologista desempenham papel importante no diagnóstico médico. Entre ambos deve haver um espírito de colaboração e respeito mútuos com o fim de aprimorar esse importante aspecto em benefício do paciente. 19 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 O técnico deve se conscientizar de que sua função não se limita apenasem colaborar com o radiologista. A eficiência de sua atividade, a honestidade pessoal, o interesse em ajudar e a perfeição de suas radiografias são dirigidas, principalmente ao paciente, aquele que necessita diretamente de sua atuação profissional. Paciência: Esta virtude estimula a colaboração dos pacientes. Ser respeitoso e amigo ao recebê-lo cria confiança e constitui, na verdade, um dever, não apenas dos médicos e técnicos em radiologia, mas de qualquer profissional da área de saúde. Entretanto é preciso paciência para cumprir esse dever, pois alguns pacientes podem ser agressivos e outros relutam em obedecer às solicitações. Essas atitudes geralmente traduzem o medo que sentem, mas não querem demonstrar. Por isso precisam de encorajamento e, melhor do que qualquer medicamento, nada como uma expressão compreensiva e amiga para dissolver estados de angústia. Concentração: O técnico em radiologia deve manter ao máximo esta qualidade durante os exames, evitando os diálogos prolongados com o paciente ou pessoas presentes que possam perturbar a atenção. Problemas pessoais devem permanecer longe do ambiente de trabalho. Por conta da distração podem ser cometidos alguns erros, como: Esquecer-se de trocar o chassi expondo uma incidência sobre outra; Esquecer-se de introduzir toda a gaveta do chassi sob a mesa; Esquecer-se de corrigir a técnica quando mudar a incidência; Esquecer-se de realizar alguma incidência; Esquecer-se de pedir ao paciente que volte a respirar; Pedir para girar o corpo para o lado contrário do indicado, etc. Informações sobre o Exame: Especialmente quando houver necessidade de injeções, colocação de sondas ou outras pequenas intervenções, as explicações devem ser transmitidas de maneira simples e completa. Intimidade e Sigilo: Demonstrar durante todo o período do atendimento a máxima discrição pela quebra da intimidade a que o paciente está sendo submetido e o absoluto sigilo sobre sua identidade e seu diagnóstico. O sigilo constitui demonstração de respeito à pessoa, expressa em lei, e deve ser rigorosamente observado para evitar quaisquer prejuízos ou ofensas à dignidade de cada um. 20 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Pacientes Deficientes: Combinar sinais com os deficientes auditivos para transmitir as ordens de respirar, deglutir, etc. Procurar de boa vontade as soluções, sem demonstrar impaciência, improvisando métodos ou pedindo ajuda da enfermagem. Paciente Aflito: Ao comparecerem ao exame radiológico alguns pacientes se mostram ansiosos, desorientados, manifestam comportamento inconveniente, por vezes agressivo, possivelmente por estarem sob influência de recordações desagradáveis de exames anteriores, seus ou de membros de sua família ou por acontecimentos negativos relatados por pessoas mal informadas. É no atendimento desse tipo de paciente que se revela a personalidade e a educação do técnico que, ao perceber no paciente alguma perturbação de estado emocional, afasta as preocupações com bondade e firmeza. Acomodação do Paciente: Solicitar que se coloque na posição desejada, conduzir e dirigir seus movimentos com leve pressão dos dedos, ao invés de forçá-lo. Não “lutar” com o paciente. Nas mamografias, conquistar a colaboração da paciente para suportar a incômoda, porém necessária compressão, a fim de evitar sofrimento inútil. As ordens de posicionamento, de controle de respiração, de deglutição, de micção, etc., devem ser transmitidas de modo claro e firme, porém sereno, e repetidas com paciência quando necessário. Tratar o Paciente pelo seu Próprio nome: Essa medida facilita a comunicação, conquista a confiança e evitar trocas de exames com suas conhecidas consequências. Conforto e descontração: Após as exposições, não abandonar o paciente em posições cansativas e incômodas enquanto os filmes estão sendo examinados. Colocá- los à vontade e relaxados, principalmente os idosos e os enfraquecidos. Quanto aos Conceitos Utilizados na Gestão Radiológica Conhecer os principais conceitos de radiologia, possibilitando uma visão clara de como administrar materiais de consumo, equipamentos e coordenar métodos que objetivam obter melhores resultados sobre produtividade com mínimas perdas, considerando o princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo para a expressão “tão baixo quanto razoavelmente exequível”. 21 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Este é um princípio de segurança de radiação, com o objetivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores e os lançamentos de resíduos de materiais radioativos empregando todos os métodos razoáveis, baseado nos modernos conceitos sobre Qualidade. 1. Conceito: filme base azul X filme base verde – o filme base verde necessita de uma exposição menor para formar a imagem latente. 2. Conceito: uso de tempos de exposição para minimizar o desgaste do tubo de raios-x. - Situação: formação do preço de venda para o filme de uso médico, considerando seu tamanho em cm e m². 3. Conceito: químicos utilizados para a revelação do filme de uso médico – revelador e fixador. - Situação: padronização do uso dos químicos da mesma marca. 4. Conceito: verificar as condições do ambiente que interferem na qualidade da imagem radiológica. - Situação: padronização dos eventos que podem provocar irregularidades na revelação do filme. 5. Conceito: processadora de filmes de raios-x. - Situação: verificação das principais funções do equipamento. 6. Conceito: proteção radiológica. - Situação: uso correto dos equipamentos de proteção. Quanto aos Princípios de Manutenção dos Equipamentos e Afins A manutenção tem por objetivos: •Reduzir custos, evitando constantes quebras; •Melhorar a segurança do equipamento e das pessoas que operam estas máquinas; •Melhorar a qualidade dos serviços prestados às pessoas (pacientes) que se utilizam destes equipamentos. 22 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Assim, a manutenção se divide em manutenção corretiva, manutenção preventiva e manutenção preditiva. a)Manutenção corretiva: realizada após a quebra/falha. b)Manutenção preventiva: realizada para prevenir falhas do equipamento, com intervalos pré-definidos. c)Manutenção preditiva: monitoração sistemática. Manutenção Corretiva: Consiste em substituir peças ou componentes que se desgastaram ou falharam e que levaram a máquina ou o equipamento a uma parada, por falha ou pane em um ou mais componentes. É o conjunto de serviços executados nos equipamento com falha. Normalmente, os reparos são executados sem planejamento e em caráter emergencial. As horas extras do pessoal de manutenção são grandes, contribuindo em desgaste físico e mental, com condições desfavoráveis de trabalho. Os índices de acidentes também são altos, devido ao trabalho sob pressão de tempo e necessidade de colocar a máquina em condições de produção. Manutenção preventiva: É aquela efetuada com a intenção de reduzir a probabilidade de falha de uma máquina ou equipamento, ou ainda a degradação de um serviço prestado. É uma intervenção prevista, preparada e programada antes da data provável do aparecimento de uma falha, ou seja, é o conjunto de serviços de inspeções sistemáticas, ajustes, conservação e eliminação de defeitos, visando a evitar falhas. 23 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 É realizada em conformidade com um cronograma ou com índices de funcionamento da máquina. Normalmente, o período de revisão é baseado em históricos ou recomendações do fabricante. Enquadram-se nessa categoria as revisões sistemáticas do equipamento, as lubrificações periódicas, os planos de inspeção de equipamentos e os planos de calibração e de aferição de instrumentos. Devido à desmontagem do equipamento para revisão, algunscomponentes são substituídos antes do fim da sua vida útil, e componentes substituídos apresentam falhas prematuras ou falhas de montagem. Outra desvantagem deste sistema é o alto custo envolvido na revisão. A manutenção preventiva por tempo são os serviços preventivos preestabelecidos através de programação (preventiva sistemática, lubrificação, inspeção ou rotina) definidos por unidades de calendário (dia, semana) ou por unidade não calendário (horas de funcionamento, quilômetros rodados, etc.). A prevenção preventiva por estado são os serviços preventivos executados em função da condição operativa do equipamento (reparo de defeitos, preditiva, reforma ou revisão geral, etc.). Manutenção preditiva: Conjunto de programas especiais (Análise e Medição de Vibrações, Termografia, Análise de Óleo, etc.) orientados para o monitoramento de máquinas e equipamentos em serviço. Sua finalidade é predizer falhas e detectar mudanças no estado físico que exijam serviços de manutenção, com a antecedência necessária para evitar quebras ou estragos maiores. 24 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Os principais objetivos da manutenção preditiva são: •Reduzir os impactos dos procedimentos preventivos no resultado da operação; •Eliminar desmontagens e remontagens para inspeção; •Impedir propagação dos danos; •Maximizar a vida útil total dos componentes de um equipamento. COMO CONSTITUIR UMA CLÍNICA DE RADIOLOGIA Um prestador de serviço de saúde pode ser visto como uma entidade transformadora que utiliza os recursos físicos, humanos e tecnológicos de que dispõe ou obtém para produzir serviços de saúde que, por sua vez, são entregues à população. A maioria dos bens e serviços de saúde tem como característica o fato de que os serviços prestados vinculam-se diretamente ao indivíduo, o serviço de saúde só se concretiza no momento em que atende às necessidades de saúde do usuário ou paciente. Para tanto, os suportes utilizados incluem recursos humanos, materiais hospitalares, equipamentos, instalações e tecnologia. 25 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 INSTALAÇÃO DA CLÍNICA RADIOLÓGICA Esse tipo de empreendimento não poderá se instalar em qualquer parte da cidade, por isso deverá consultar a Prefeitura para saber qual a zona onde poderá se instalar. Como toda empresa deverá possuir documentação necessária e dar o andamento para a abertura junto a um contador, onde ele irá orientar sobre a parte tributária e registros, licenças e alvará de funcionamento necessário para tais serviços oferecidos. A obtenção de um imóvel com destino a esse tipo de serviços deverá estar regularizada para a instalação. Muitos imóveis têm que passar por processo de reforma e adaptações necessárias para o desempenho dos serviços. Ou a construção com destino próprio para o oferecimento de serviços em radiologia, para isso deverá ter um projeto aprovado na prefeitura e nos órgãos competentes com vistorias periódicas. A apresentação de projeto constando a mudança de janelas, limites e posicionamento das máquinas terão que ser feita com muita responsabilidade por parte do pessoal envolvido no processo de construção e ou reforma para que não tenha nenhum problema e que possa ser liberada para funcionamento adequado. A empresa poderá prestar serviços junto a planos de saúde, previdência social e rede particular. Muitas empresas nesse ramo trabalham com regime de sociedade entre profissionais, para isso todos devem apresentar documentação pessoal e profissional para o desempenho das funções tanto para a legalização da empresa como para o funcionamento. DA MONTAGEM - ETAPAS: 1º passo: Consultar a prefeitura local para uma avaliação prévia sobre a lei municipal de zoneamento. É importante saber se a atividade que pretende realizar pode ser instalada no endereço pretendido. 2º Passo: Realizar a busca do nome empresarial. 3º Passo: Elaboração do contrato social ou requerimento de empresário. 4º Passo: Registro do Contrato na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. Taxas: Varia bastante entre estados. Consultar o Quero Abrir Empresa mais próximo de você, na Junta Comercial ou Cartório de seu estado. 26 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 5º Passo: Registrar a empresa na Receita Federal do Brasil (Obtenção do CNPJ). 6º Passo: Inscrição Estadual. Já o cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Em geral, ele não pode ser feito pela Internet, mas isso varia de estado para estado. Atualmente, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, o que permite obter a Inscrição Estadual junto com o CNPJ, por meio de um único cadastro. 7º Passo: Registrar na Prefeitura (Obtenção do cadastro municipal). 8º Passo: Solicitar Alvará de Funcionamento. O alvará é uma licença que permite o estabelecimento e o funcionamento de instituições comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços, bem como de sociedades e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. Isso é feito na prefeitura ou na administração regional ou na Secretaria Municipal da Fazenda de cada município. Em algumas prefeituras, esse cadastro é realizado em conjunto ao cadastro municipal. Taxas: Varia bastante entre municípios. Consultar o Quero Abrir Empresa mais próximo de você ou na prefeitura da sede da empresa. 9º Passo: Cadastrar a empresa na Previdência Social. 10º Passo: Cadastrar a empresa na Caixa Econômica Federal. Cadastros Específicos: Entrar em contato com o Quero Abrir Empresa mais próximo para mais informações. Documentação Necessária: - 01 cópia autenticada do RG, CPF; - 01 cópia autenticada do comprovante de residência dos sócios; - 01 cópia autenticada do IPTU do Imóvel – sede da empresa; - 01 cópia autenticada do contrato de locação se o imóvel for alugado. Nota: O nome do locador constante no contrato de locação precisa ser o mesmo constante no IPTU, caso contrário, comprovar a propriedade do imóvel com o contrato de compra e venda. 27 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL OU REQUERIMENTO DE EMPRESÁRIO (Individual) Estado Civil (dos sócios), se casado – regime; - Profissão; - Valor do Capital (quanto maior o capital, maior a contribuição sindical anual da empresa); - Administração da empresa (isoladamente ou em conjunto pelos sócios); - Descrição exata da atividade da empresa; - Participação societária de cada sócio; - Nome da empresa para busca. - Nº do recibo das duas últimas Declarações de Imposto de Renda PF ou Titulo de Eleitor caso tenha elaborado a declaração de isento. Tributação: Para esse tipo de atividade temos três tipos de tributação que podem ser aderido pela empresa. Simples Nacional – Tipo de tributação com alíquotas reduzidas para empresas que faturam no máximo R$ 2.400.000,00 ao ano. Lucro Presumido – Pode variar de acordo a, mais fica em média de 13% a 16% sobre o valor do faturamento. O faturamento bruto anual da empresa para essa opção pode ser no máximo R$ 48.000.000,00. Lucro Real: – Tipo de tributação que usa o lucro líquido para tributação. Deve ser realizada uma avaliação dos custos/despesas dedutíveis da empresa para escolha do melhor regime. PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA MONTAGEM DE UMA SALA DE RAIOS X Antes de iniciar a construção de uma sala de raios x, os administradores deverão observar alguns fatores importantes para um bom andamento da obra e para não terem surpresas com as normas e órgãos fiscalizadores. É muito comum os especialistas serem solicitados após o inicio e até mesmo no final da obra para diagnosticar as salas de raios x, isso acarreta na maior partedas vezes problemas para a aprovação e licenciamento perante os órgãos fiscalizadores e atraso na liberação do alvará de funcionamento. 28 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Antes de iniciar, verifique se os profissionais responsáveis pela construção ou reforma estão sendo orientados por um especialista em radiodiagnóstico. Após escolha do local, os administradores deverão consultar um contador e a Vigilância Sanitária para verificar se é permitido o funcionamento do estabelecimento na região escolhida. Com todos os tópicos legais resolvidos é necessário escolher os equipamentos que serão instalados para que os profissionais (engenheiro, arquiteto, técnico/tecnólogo, físico médico), possam iniciar os processos de desenvolvimento dos ambientes de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada da Agencia Nacional de vigilância Sanitária nº 50 de 21 de fevereiro de 2002(RDC 50) e Portaria 453 do Ministério da Saúde. De acordo com a Portaria 453 do Ministério da Saúde o licenciamento de um serviço de radiodiagnóstico segue os seguintes processos: a) Aprovação, sob os aspectos de proteção radiológica, do projeto básico de construção das instalações. b) Emissão do alvará de funcionamento. A aprovação de projeto está condicionada à análise e parecer favorável sobre os seguintes documentos: 1) Projeto básico de arquitetura das instalações e áreas adjacentes, conforme Resolução - RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 ou outra que venha a substituí- la, incluindo: • planta baixa e cortes relevantes apresentando o layout das salas de raios-x e salas de controle, posicionamento dos equipamentos, painel de controle, visores, limites de deslocamento do tubo, janelas, mesa de exame, "bucky" vertical e mobiliário relevante; 29 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Sala de Mamografia • classificação das áreas do serviço indicando os fatores de uso e os fatores de ocupação das vizinhanças de cada instalação; • descrição técnica das blindagens (portas, paredes, piso, teto, etc.) incluindo material utilizado, espessura e densidade. Layout das salas de raios-x Sala de Raios x 30 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 2) Relação dos equipamentos de raios-x diagnósticos (incluindo fabricante, modelo, mA e kVp máximas), componentes e acessórios, previstos para as instalações. 3) Relação dos exames a serem praticados, com estimativa da carga de trabalho semanal máxima, considerando uma previsão de operação de cada instalação por, no mínimo, 5 (cinco) anos. Sala de Tomografia Sala de Odontologia 31 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 4) Planilha de cálculo de blindagem assinada por um especialista em física de radiodiagnóstico, ou certificação equivalente, reconhecida pelo Ministério da Saúde. 5) Ficam dispensados do cálculo de blindagem os equipamentos móveis, desde que não utilizados como fixos, e os consultórios odontológicos com somente equipamentos de radiografia intra-oral. O alvará de funcionamento inicial do serviço deve ser solicitado instruído dos seguintes documentos: 1) Requerimento, conforme modelo próprio da autoridade sanitária local, assinado pelo responsável legal do estabelecimento; 2) Ficha cadastral devidamente preenchida e assinada, com os seguintes itens: Instituições de Radiodiagnóstico Médico • Tipo de Movimentação Cadastral - 2 alternativas: cadastro inicial ou alteração de cadastro • Código da Instituição • Natureza da Instituição (códigos no verso) - 7 alternativas numeradas de 1 a 7 • Razão Social • CNPJ • Nome Fantasia • Setor/Departamento • Endereço (rua, avenida, número e complemento) • Município • Bairro/Distrito • UF • CEP 32 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 • DDD/Telefone • FAX • Titular/Proprietário • Dosímetro Individual • Laboratório • Responsável Técnico pelo setor • Substituto do responsável técnico • Supervisor de proteção radiológica de radiodiagnóstico. • CPF • Formação do SPR (códigos no verso) - 4 alternativas • Tabela de equipamentos e exames com 13 linhas e 8 colunas Termos de Responsabilidade, conforme modelo próprio da autoridade sanitária. • Termo de responsabilidade primária, assinado pelo responsável legal; • Termo de responsabilidade técnica, assinado pelo responsável técnico (RT) do serviço; • Termo de proteção radiológica, assinado pelo supervisor de proteção radiológica em radiodiagnóstico (SPR) do serviço. Memorial descritivo de proteção radiológica, assinado pelo responsável legal do estabelecimento e pelo SPR (Supervisor de Proteção Radiológica). O memorial descritivo de proteção radiológica deve conter, no mínimo: Descrição do Estabelecimento e de suas Instalações, incluindo: • Identificação do serviço e seu responsável legal; • Relação dos procedimentos radiológicos implementados; • Descrição detalhada dos equipamentos e componentes, incluindo modelo, número de série, número de registro no Ministério da Saúde, tipo de gerador, ano de fabricação, data da instalação, mobilidade e situação operacional; • Descrição dos sistemas de registro de imagem (cassetes, tipos de combinações tela-filme, vídeo, sistema digital, etc.); • Descrição da(s) câmara(s) escura(s), incluindo sistema de processamento. CPF CRM CPF CRM 33 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Programa de Proteção Radiológica, incluindo: • Relação nominal de toda a equipe, suas atribuições e responsabilidades, com respectiva qualificação e carga horária; • Instruções a serem fornecidas por escrito à equipe, visando a execução das atividades em condições de segurança; • Programa de treinamento periódico e atualização de toda a equipe; • Sistema de sinalização, avisos e controle das áreas; • Programa de monitoração de área incluindo verificação das blindagens e dispositivos de segurança; • Programa de monitoração individual e controle de saúde ocupacional; • Descrição das vestimentas de proteção individual, com respectivas quantidades por sala; • Descrição do sistema de assentamentos; • Programa de garantia de qualidade, incluindo programa de manutenção dos equipamentos de raios-x e processadoras; • Procedimentos para os casos de exposições acidentais de pacientes, membros da equipe ou do público, incluindo sistemática de notificação e registro. Relatórios de Aceitação da Instalação: • Relatório do teste de aceitação do equipamento de raios-x, emitido pelo fornecedor após sua instalação com o aceite do titular do estabelecimento; • Relatório de levantamento radiométrico, emitido por especialista em física de radiodiagnóstico (ou certificação equivalente), comprovando a conformidade com os níveis de restrição de dose estabelecidos neste Regulamento; • Certificado de adequação da blindagem do cabeçote emitido pelo fabricante. PROJETO DE BARREIRAS E BLINDAGENS Para a aprovação do projeto básico de construção da instalação, sob os aspectos de proteção radiológica, elaboramos a planilha de cálculo de blindagem, indicando o material e quantidade a ser utilizada, além da classificação das áreas do serviço. Esses testes são exigidos pela legislação vigente (Resolução SS-625 de 14/12/94 e Portaria SVS - 453 do MS de 01/06/98) que estabelece as diretrizes básicas para disciplinar o uso de radiações ionizantes nos serviços de saúde. 34 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Nossos profissionais possuem certificações para a prática dos serviços retro mencionados, emitida por órgão de reconhecida competência CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear e ABFM - Associação Brasileira de Física Médica. MATERIAIS PARA EXECUÇÃODE SALA DE RAIOS X DIAGNNÓSTICO (PROJETO FÍSICO) • Negatoscópio para diagnóstico; • Processadora Automática de Raios X; • Identificador Radiográfico (Câmara Escura); • Lanterna de Segurança (Câmara Escura); • Veneziana (Câmara Escura); • Exaustor (Câmara Escura); • Passa Chassis (Câmara Escura); • Sinaleiro Luminoso (Câmara Escura); • Vidro Plumbífero (Cabine de Comando); • Porta blindada com Chumbo; • Sinaleiro Luminoso (Entrada Sala Raios X); • Argamassa Baritada (Barita) Proteção Radiológica; • Porta Avental Plumbífero; • Equipamento de Raios X; • Buck Mural; CONTROLE DE QUALIDADE: Descrição: Conjunto de testes que têm como objetivo a verificação de determinados parâmetros do equipamento, para a constatação da necessidade ou não de adequação. Todo equipamento de raios-x diagnósticos novo ou usado deve ser mantido em condições adequadas de funcionamento e submetido regularmente a verificações de desempenho. Atenção particular deve ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deterioração na qualidade das radiografias deve ser imediatamente investigada e o problema corrigido. 35 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Radiação de Fuga: O teste tem como objetivo verificar se os níveis de radiação de fuga detectados a 1 m do ponto focal estão de acordo com as restrições estabelecidas na legislação. Ele deve ser realizado na instalação do equipamento e a cada quatro anos ou após modificações e reformas na cúpula do equipamento ou ainda, após a troca do tubo de raios X. Exatidão da Tensão do Tubo: O objetivo deste testes é avaliar se a exatidão da indicação da tensão do tubo. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológicos e anuais para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. Exatidão e Reprodutibilidade da Taxa de Kerma no ar: O objetivo deste teste é avaliar se a constância da taxa de kerma no ar para um dado mAs e a linearidade com a variação do mAs estão em conformidade com os padrões de desempenho estabelecidos. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológico e anual para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. Exatidão e Reprodutibilidade do Tempo de Exposição: O objetivo deste teste é avaliar a exatidão se a reprodutibilidade do tempo de exposição está dentro de ± 10%. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológicos e anuais para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. Camada Semi-Redutora (CSR): O objetivo deste teste é verificar a qualidade do feixe de raios X. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológicos e anuais para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. Dose de Entrada na Pele do Paciente: O objetivo deste teste é estimar a dose de entrada na pele do paciente representativa dos exames praticados no serviço. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológicos e anuais para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. Integridade das Vestimentas de Proteção Individual: O objetivo deste teste é avaliar as condições de integridade física dos equipamentos de proteção individual, tais como avental plumbífero e protetor de tireoide. Ele tem frequência mínima bianual para consultórios odontológicos e anuais para clínicas de radiologia odontológica ou após reparos no equipamento. 36 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Exemplo de Clínica Radiológica e Radiologia Odontológica com área de 280 m2. Unidade de Atendimento com as seguintes seções: Recepção de pacientes; Área para registro de pacientes; Sala de espera; Sala para Raios-X; Sala para Laudos; DML; Escritório; Vestiário; Refeitório e Área de Serviços. O FUNCIONAMENTO IDEAL DE UM CLINICA/HOSPITAL Os hospitais/clinicas estão ganhando cada vez mais sua merecida importância no sistema de saúde brasileiro, pois sabemos da decadência do poder público nesse setor. E para vencer nesse mercado é preciso desenvolver um diferencial capaz de fidelizar aqueles que por alguma eventualidade precisarem da assistência médica específica ao seu caso. A radiologia tem experimentado grandes transformações ocorridas nas últimas décadas, tanto nos equipamentos de imagem quanto no material e instrumentos para realizações de exames. Analisando o contato, paciente - hospital pode-se considerar até o mais importante, pois é neste momento que a organização recebe o seu cliente e poderá decepcionar ou agrada-lo. A recepcionista deve esta preparada emocionalmente para se deparar com vários casos, pois as pessoas que procuram este segmento estão, em muitos casos, incomodadas com algum tipo de “dor” e necessitam imediatamente ser curadas. A funcionária deste cargo deve recepcionar com cordialidade, total ética e com simpatia. Atender começando com um bom dia, boa tarde ou boa noite e só depois dizer em que posso ajudá-lo? 37 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 Empresas médicas devem se preocupar primordialmente pela qualidade do atendimento, humanizando filas, evitar demoras no atendimento e menos burocracias. A atuação do profissional da radiologia deve ser imparcial, agradável, empreendedora, fazendo com que o cliente se encante com o seu atendimento e hospitalidade, sempre transmitindo paz e tranquilidade. Deve possuir a competência para gerenciar e administrar tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, materiais e de informação. O exame radiológico é um dos procedimentos mais solicitados no hospital, pois representa uma ferramenta indispensável no diagnóstico das doenças. O conhecimento de alguns critérios usados para avaliar a qualidade técnica do exame radiológico, além de possibilitar a realização de radiografias tecnicamente corretas, reduz a utilização inadequada de radiação ionizante e diminui a possibilidade de diagnósticos equivocados em face de exames mal realizados. Conclusão Percebemos então que os profissionais da radiologia além de possuir suas habilidades técnicas e conhecimento científicos, deve possuir conhecimento de administração de recursos humanos e de unidade para que se possam desenvolver atividades com planejamentos e metas entre todos que integram a equipe de radiologia, e muito além desses fatores, deve possuir espírito de liderança para administrar liderando pessoas, satisfazendo as necessidades de seus subordinados e obtendo resultados favoráveis para a equipe. Referências: ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. Ed. Atlas, SP, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações Elsevier, 2003 - 6' reimpressão DRUCKER, Ferdinand P. A Profissão de Administrador. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 1998. ISBN 85-221-0166-3 DRUCKER, Ferdinand P. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002. ISBN 85-221-0130-5 38 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Atualização/2015 LACOMBE, F.J.M.; HEILBORN G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03788-9 MAXIMIANO, Antonio Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. Ed. Atlas, 2002. MONTANA, Patrick J. Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02- 03786-2 ALMEIDA,B.A.;InformáticaMédica,Disponívelem:http://www.informaticamedica.org.br/in formaticamedica/n0106/imagens, acessado em: 24 novembro 2005. BATISTA, E.O.; Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento – São Paulo: Saraiva, 2005. MASSAD, E., MARIN, H.F.; AZEVEDO NETO, R.S., O Prontuário Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e Conhecimento Médico;São Paulo: 2003 MATTOS, Pedro Lincoln C. L. de. "Administração é ciência ou arte?" O que podemos aprender com este mal-entendido? Rev. Adm. Empresas, 2009, vol.49, n.3, pp. SOUZA, Marcos. Funções Administrativas. Acesso em 16 de junho de 2013. ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. Ed. Atlas, SP, 2004, p. 170 GUIA DE PROFISSÕES. Uma vida cheia de emoções. Acesso em 17 de junho de 2013.
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