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Técnica Rad do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdome

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TÉCNICA RADIOLÓGICA DO 
TÓRAX, VIAS AÉREAS 
SUPERIORES E ABDOME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 2 - 
Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
Dentro dos estudos radiológicos a radiografia de tórax é um dos procedimentos mais comuns realizados por 
profissionais e estagiários no início de seu exercício profissional. Contudo, antes de começarem esse estágio prático, é 
importante que aprendam e compreendam a anatomia torácica, inclusive as inter-relações de toda a anatomia dentro da 
cavidade torácica. 
 
Sistematicamente, as radiografias do tórax são realizadas de costas ou de frente, mas às vezes esta 
perspectiva complementa-se com uma projeção lateral (de perfil). Nas radiografias do tórax revelar-se bem o contorno 
do coração e dos principais vasos sanguíneos, podendo geralmente detectar-se uma doença grave nos pulmões, nos 
espaços adjacentes e na parede torácica, incluindo as costelas. Para tanto é necessário à conscientização da importância 
de uma radiografia de tórax, todas as suas estruturas e patologias demonstradas por este procedimento radiológico. 
 
 
 
Sobre o Tórax 
 
A caixa torácica é a porção do sistema esquelético que oferece um arcabouço protetor para as partes do 
tórax envolvidas com a respiração e com a circulação sanguínea. Vísceras torácicas são os termos usados para descrever 
as partes do tórax que consistem nos pulmões e no restante dos órgãos torácicos contidos no mediastino. 
 
Anteriormente, a caixa torácica consiste no esterno, que é dividido em três partes: 
 
A porção superior, o manúbrio; a grande porção central, o corpo e a porção inferior (menor), o processo (ou 
apêndice) xifóide. 
 
Acima, a caixa torácica consiste em duas clavículas, que conectam o esterno às duas escápulas, nos doze 
pares de costelas que circulam o tórax e nas doze vértebras torácicas situadas posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clavícula 
Escápula 
Esterno: 
 - Manúbrio 
Corpo 
Processo (ou apêndice) 
xifóide 
11 
12 
Costelas 
Vértebras torácicas 
 
 
- 3 - 
Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
INTRODUÇÃO AO EXAME 
 
 
De posse da requisição do exame, o técnico em radiologia deverá organizar a sala e todos os elementos que 
serão utilizados. Em seguida ele deverá chamar o paciente pelo nome completo e certificar-se de que é realmente a 
pessoa que irá realizar o procedimento, evitando com isso casos de homônimos e trocas de exames. 
 
Todos os pacientes devem ser tratados de forma cordial e respeitosa, devendo ser informado sobre os 
procedimentos que serão realizados durante seu exame. 
 
A anamnese é parte importante do processo inicial de todo o exame e consiste em um conjunto de 
perguntas pré-definidas, que permitirão ao técnico e ao médico radiologista saber o motivo pelo qual o exame foi 
solicitado, se o paciente já sofreu alguma cirurgia na região de interesse, queda recente ou algum trauma, entre outras 
questões relevantes para o exame e que irão gerar informações importantes para os profissionais envolvidos na 
execução e no diagnóstico preciso. 
 
A próxima etapa é orientar o paciente a retirar quaisquer objetos radiopacos que possam formar artefatos na 
imagem, como, por exemplo, adornos usados na região torácica, como correntes, piercings, retirar roupas com fio 
brilhoso e/ou com botões ou sutiã e vestir-se com a vestimenta apropriada oferecida pelo serviço clinica/hospital de 
radiologia. É bom lembrar que é obrigação do profissional Técnico em Radiologia fornecer ao paciente todos os 
equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários e que não interfiram na formação da imagem. 
 
 
PONTOS DE POSICIONAMENTO A PARTIR DA VISÃO TOPOGRÁFICA 
 
No posicionamento do tórax os pontos de reparo são as vértebras proeminentes e a incisura jugular. 
 
A vértebra proeminente (sétima vértebra cervical) pode ser um importante ponto de referência para a 
localização do raio central (RC) na radiografia de tórax em PA. Ela pode ser prontamente palpável na maioria dos 
pacientes aplicando-se uma leve pressão com as pontas dos dedos na base do pescoço. 
 
A incisura jugular é um ponto de referência importante para a localização do RC na incidência AP de uma 
radiografia de tórax. Essa estrutura é facilmente palpável, é localizada na porção superior do esterno, abaixo da 
cartilagem tireoidea (comumente conhecida como pomo-de-adão). A porção média do tórax, a partir da incisura jugular, 
está ao nível de T7 (sétima vértebra torácica). A extremidade inferior do esterno, o apêndice xifóide, que corresponde 
ao nível de T9 ou T10 (nona ou décima vértebra torácica), também pode ser palpado. Essa estrutura corresponde 
aproximadamente à porção anterior do diafragma, que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
PRINCIPIOS DE POSICIONAMENTO 
 
Cada instituição radiológica, seja uma Clínica, Hospital ou Pronto Atendimento, devem ter um protocolo e 
ordem de consenso para a realização dos exames. Isso é necessário para um sistema de trabalho ordenado e eficaz, no 
qual os técnicos trabalhem de forma uniforme. 
 
Outro aspecto a ser observado no principio do posicionamento é o tipo físico (biótipo) do paciente. 
 
BIÓTIPO 
 
A escolha do tamanho do filme e o modo de se posicionar o paciente requer um conhecimento das variações 
comuns da forma do corpo (biótipos). O corpo humano pode ser classificado de quatro maneiras distintas, essa 
classificação é denominada de biótipo, e os quatros biótipos são: 
 
Hiperestênico - É aquele mais atarracado e maciço, a cavidade torácica é larga 
e profunda de frente para traz com uma dimensão vertical curta, indicando um diafragma 
alto, com a parte superior do abdome muito larga, afetando a localização de órgãos da 
cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estênico - Entre a população é o mais próximo da média, é ligeiramente 
atarracado e frequentemente musculoso. Os órgãos torácico e abdominal estão mais 
próximos do normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipoestênico - Assim como o estênico, também é o mais próximo da média, 
porém, é mais magro e às vezes mais alto, no entanto a vesícula e o estomago estão mais 
baixos e estão mais próximos da linha central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Hiperestênico 
 
 
Astênico: Este biotipo é magro ao extremo com a cavidade torácica estreita e 
rasa, porém sua dimensão vertical é longa, indicando um diafragma baixo com a parte 
superior do abdome mais estreita no topo. 
 
 
 
 
 
Vale destacar que o biótipo exige uma consideração especial na radiografia do 
tórax. 
 
Por exemplo, a constituição maciça, hiperestênica, apresenta um tórax muito 
amplo e muito profundo (considerando-se à distância entre a parede anterior e posterior do 
tórax), porém raso na dimensão vertical. Por conseguinte, deve-se tomar cuidado para que 
os lados ou os ângulos costofrênicos não sejam cortados na radiografia em PA, que deve ser 
realizada com o chassi colocado transversalmente. 
 
A centralização cuidadosa também é necessária à incidência em perfil para assegurar que as margens 
anteriores e posteriores estejam incluídas na radiografia. 
 
No outro extremo, encontra-se o indivíduo magro, 
astênico. Seu tórax tem pouca amplitude e é raso 
(considerando-se à distância entre a parede torácica anterior e 
posterior), porém muito comprido em sua dimensão vertical. 
Por isso, no posicionamento para a radiografia de tórax, 
devemos nos certificar de que o chassi seja suficientemente 
longo de modo a incluir as regiões superiores de ambos os 
ápices, que se estendem bem acima das clavículas, como 
também a inclusão dos ângulos costofrênicos. É necessáriocuidado com a colimação nesses pacientes para evitar que os 
ângulos costofrênicos sejam cortados em sua borda inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS 
 
Os movimentos do esqueleto ósseo durante a inspiração (aspirando o ar) e a expiração (expelindo o ar) 
alteram muito as dimensões do tórax e, com isso, o volume torácico. Para aumentar o volume do tórax durante a 
inspiração, a cavidade torácica aumenta de diâmetro nas três dimensões. A primeira dessas é o diâmetro vertical, que 
é aumentado principalmente pela contração e pelo movimento do diafragma para baixo, aumentando com isso o volume 
torácico. 
O diâmetro transverso é a segunda dimensão a ser aumentada durante a inspiração. As costelas oscilam 
para fora e para cima, o que promove o aumento do diâmetro transverso do tórax. A terceira dimensão é o diâmetro 
ântero-posterior, também aumentado durante a inspiração pela elevação das costelas, especialmente da segunda à 
sexta costela. Durante a expiração, a retração elástica dos pulmões, juntamente com o peso das paredes torácicas, 
promove o retorno dos três diâmetros ao normal. 
 
 
Grau de inspiração: Quando uma radiografia de tórax é realizada, o paciente deve inspirar o mais profundamente 
possível e, em seguida, "prender o ar" para arear os pulmões. Uma segunda inspiração profunda antes de prendê-la 
permite uma inspiração mais profunda. Uma regra geral para pacientes adultos de porte médio é exibir um mínimo de 
dez em uma radiografia de tórax em “PA” de boa qualidade. 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
MÉTODO DE POSICIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO DO RAIO CENTRAL PARA O TÓRAX 
 
 
A vértebra proeminente corresponde ao nível de C7 à margem mais superior dos ápices pulmonares. Esse 
ponto de referência, que pode ser palpado na base do pescoço, é o ponto de referência preferido para se encontrar o 
local onde o RC apontará na radiografia de tórax em PA. Para uma mulher de porte médio, esse está situado 18 cm 
abaixo da vértebra proeminente; para o homem, cerca de 20 
cm abaixo dela. 
 
 
 
A incisura jugular é facilmente palpável, sendo o 
ponto de referência recomendado para o ajuste do RC nas 
radiografias de tórax em AP. O nível de T7 em um adulto de 
porte médio situa-se 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular e 
cerca de 8 cm para muitos pacientes idosos ou hiperestênicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIAS E POSICIONAMENTOS 
 
Incidências básicas - As incidências básicas ou padronizadas algumas vezes, denominadas "de rotina" são incidências 
comumente realizadas nos pacientes de médio porte que são cooperativos na realização do procedimento. 
 
Incidências especiais - As incidências especiais são comumente realizadas como incidências extras ou adicionais para 
melhor demonstrar certas condições patológicas ou partes específicas do corpo, ou quando o paciente não é capaz de 
cooperar totalmente. 
 
 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX EM PA (PA Verdadeiro) 
 
 
Uma discreta rotação em uma radiografia de tórax em PA pode acarretar na distorção do tamanho e da 
forma da sombra cardíaca, já que o coração está localizado anteriormente no tórax. Para evitá-la, deve-se assegurar que 
o paciente esteja levantado, apoiado em ambos os pés e com ambos os ombros inclinados para frente e para baixo. 
 
Também se deve verificar a face posterior dos ombros, bem como o gradil costal póstero-inferior e a pelve, 
atestando-se a inexistência de rotação. A escoliose e a hipercifose pode dificultar a prevenção da rotação. 
 
A escoliose é uma curvatura lateral ou lado a lado da coluna vertebral, que, frequentemente, se encontra 
associada a uma cifose (uma curvatura tipo "corcunda") excessiva. Com frequência, em conjunto, essas curvaturas 
provocam uma deformidade em "torção" da caixa torácica, tornando a incidência PA verdadeira sem rotação mais difícil 
ou impossível. 
 
 
 
Na incidência “PA” verdadeira sem quaisquer rotações ambas as extremidades esternais (direita e esquerda) 
das clavículas estarão à mesma distância da linha central da coluna. 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Queixo baixo 
As sombras mamárias são evidentes. 
 
Note a rotação evidente na figura ao 
lado (seta), constatada pela diferença 
na distância entre o centro da coluna 
vertebral e a extremidade esternal da 
clavícula direita quando comparada 
com a esquerda. 
 
Numa extensão suficiente do pescoço 
do paciente garantirá que o queixo e o 
pescoço não encubram nem 
sobreponham às regiões mais 
superiores dos pulmões, os ápices 
pulmonares. Também, deve-se 
certificar de que a borda superior da 
colimação esteja suficientemente alta, de modo a que os ápices não sejam cortados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de paciente com seios volumosos, 
deve-se solicitar que ela os levante para 
cima e para fora e, a seguir, remova as 
mãos à medida que ela se encosta ao Buck 
(receptor da imagem), para mantê-los 
nessa posição. Isso reduzirá o efeito de sombreamento causado pelas mamas sobre os campos pulmonares inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No entanto, é bom lembrar que, dependendo do 
tamanho e da densidade das mamas, as sombras 
causadas por elas sobre os campos pulmonares 
laterais inferiores não podem ser totalmente 
eliminadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
35x35 
INCIDÊNCIA PA 
 
 
Patologias demonstradas: Quando realizada na posição ortostática, a incidência PA demonstra derrame pleural, 
pneumotórax, atelectasia e sinais de infecção. 
 
No tocante ao quesito “Fatores Técnicos” são importantes observar: Para obter uma boa imagem no filme 
radiográfico, além de um bom posicionamento do paciente ou estrutura a ser radiografada, devemos saber utilizar 
corretamente os “Fatores radiográficos ou elementos formadores da TECNICA”, o KV (Quilovolt), a MA 
(miliamperagem), o T (tempo de exposição em seg.), a “D” (distância em cm) e a constante do aparelho (K), 
utilizada para determinado caso, de forma equilibrada e que esteja dentro dos padrões de segurança e tolerância do 
organismo. Deve-se usar maior KV e o menor mAs que proporcionem 
informação diagnóstica suficiente em cada exame radiográfico. Isto reduzirá a 
exposição do paciente e, em geral resultará em radiografias com boas 
informações diagnósticas. 
 
Fatores técnicos: Tamanho do filme: 35x35 e 35 x 43 cm em sentido 
longitudinal ou transversal. 
 
RC: perpendicular a estativa e centralizado com o plano médio sagital, ao nível 
de T7 (18 a 20 cm abaixo da vértebra proeminente ou até o ângulo inferior da 
escápula). Centralizar o chassi com o RC. 
 
 
Posição do Paciente: Paciente na posição ortostática, com os pés um pouco afastados peso igualmente distribuído 
sobre os dois pés. Queixo elevado, apoiado contra o buck. Mãos sobre a porção inferior dos quadris, com as regiões 
palmares para fora e cotovelos parcialmente flexionados. Ombros rodados para frente contra o buck para permitir que 
as escápulas se movam lateralmente, "saindo da frente" dos campos pulmonares. 
 
Também pressione os ombros para baixo para que as 
clavículas se posicionem abaixo dos ápices. Assegure-se de que 
não haja rotação do tórax. 
 
A exposição é feita ao final da segunda inspiração pro-
funda e completa. Importante colimar a área dos campos 
pulmonares. A borda superior do campo iluminado deve estar ao 
nível da vértebra proeminente. 
 
 
Estruturas Mostradas: Estão incluídos ambos os pulmões, 
desde os ápices até os ângulos (ou seios) costofrênicos e a 
traqueia repleta de ar, de T1 para baixo. As tramas das regiões 
hílares, coração, grandes vasos e caixa torácica são 
demonstrados. 
 
 
 
 
 
 
 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX EM PERFIL 
 
A incidência em perfil esquerdo demonstrará melhor a região do coração, devido à sua localização 
principalmente na cavidade torácica esquerda, a menos que determinadas patologiasdo pulmão direito indiquem a 
necessidade de um perfil direito. 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Posicionamento do tórax em perfil 
esquerdo 
Tendo em vista a divergência do feixe de raios X, as costelas posteriores, no lado mais afastado do chassi, 
serão discretamente ampliadas e também serão discretamente projetadas posteriormente, quando comparadas com o 
lado mais próximo ao chassi na incidência em perfil verdadeiro. Isso será mais evidente em pacientes com ombros 
largos. 
 
Todavia, essa separação das costelas posteriores resultante da divergência do feixe de raios X com DFoFi de 
180 cm (72 polegadas), mais comumente usada, deverá ser cerca de 1 cm apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA LATERAL (PERFIL) 
 
Patologias Demonstradas: Demonstra patologias situadas posteriormente ao coração, grandes vasos e esterno. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 30X40 ou 35 x 43 cm em sentido longitudinal. 
 
RC: perpendicular a estativa e centralizado com o plano médio sagital, ao nível de T7 (18 a 20 cm abaixo da vértebra 
proeminente ou até o ângulo inferior da escápula). Centralizar o chassi com o RC. 
 
Posição do Paciente: Paciente na posição ortostática, 
com o lado esquerdo encostado no buck, a menos que 
o problema do paciente seja do lado direito, quando 
deverá ser realizado um perfil direito. O peso deve estar 
bem distribuído sobre os dois pés. Os braços elevados 
acima da cabeça com o queixo levantado. 
 
A posição é a de perfil verdadeiro (o plano 
coronal é perpendicular, e o plano sagital é paralelo ao 
chassi). 
 
Colimar os quatro lados dos campos 
pulmonares (borda superior do campo iluminado ao 
nível da vértebra proeminente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulmão esquerdo, aspecto medial. Radiografia do tórax em perfil. 
Centralizar o paciente em relação 
ao RC e ao chassi anterior e 
posteriormente (no meio). 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Decúbito dorsal - AP 
Chassi 
 
Estruturas Mostradas: Estão incluídos ambos os 
pulmões desde os ápices até os ângulos costofrênicos, o 
esterno anteriormente, as costelas posteriores e o tórax 
posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECÚBITO DORSAL – AP 
 
Patologias Demonstradas: Essa incidência mostra patologias envolvendo os pulmões, diafragma e mediastino. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido transversal. 
 
RC: Angulado caudalmente para ficar perpendicular ao eixo longo do esterno (é necessário um ângulo caudal de 5°, de 
modo a evitar que as clavículas obscureçam os ápices) posicionado ao nível de T7, 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular. 
 
Proteção: Colocar avental de chumbo para proteger as gônadas. 
 
Posição do Paciente: Paciente em decúbito dorsal. Os ombros do paciente devem ser levados para frente mediante 
rotação medial ou interna dos braços. Posicionar o chassi sob ou atrás do paciente, alinhar o centro do chassi com o RC 
(parte superior do chassi cerca de 4 a 5 cm acima dos ombros). Centralizar o paciente com o RC e com o chassi. 
 
A exposição é feita no final da segunda inspiração profunda e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECÚBITO LATERAL – AP – COM RAIO HORIZONTAL 
 
Patologias Demonstradas: Pequenos derrames pleurais são demonstrados, ou pequenos volumes de ar na cavidade 
pleural demonstram um possível pneumotórax. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido transversal. 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Decúbito lateral esquerdo - AP 
RC: Horizontal, direcionado para o centro do chassi, ao nível de T7, ou seja, 8 a 10 abaixo do nível da incisura jugular. 
 
Proteção: Colocar avental de chumbo para proteger as gônadas 
 
Posição do Paciente: Paciente deitado sobre o lado direito (decúbito lateral direito) e sobre o lado esquerdo (decúbito 
lateral esquerdo). O queixo e ambos os braços do paciente elevados acima da cabeça para não encobrirem os campos 
pulmonares. Joelhos ligeiramente flexionado e 
plano coronal paralelo ao chassi sem rotação do 
corpo. 
 
Ajustar a altura do chassi para 
centralizá-lo com o tórax. Centralizar o plano 
mediossagital e T7 com o RC (parte superior do 
chassi cerca de 2,5 cm acima da vértebra 
proeminente). 
 
 
A exposição é feita no final da 
segunda inspiração profunda e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Devem ser evidenciados completamente ambos os pulmões, incluindo os ápices, e ambos os 
ângulos costofrênicos, além de ambas as bordas laterais das costelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁPICO LORDÓTICA 
 
Patologias Demonstradas: Essa incidência é realizada principalmente para descartar calcificações e massas sob as 
clavículas. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido longitudinal 
RC: Perpendicular ao chassi, centralizado com a porção média do esterno (9 cm abaixo da incisura jugular). 
Proteção Avental de chumbo seguro em volta da cintura para proteger as gônadas. 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
AP lordótica 
Posição do Paciente: Paciente de pé cerca de 30 cm distante do chassi, de costas, reclinando-se para trás, de modo a 
encostar os ombros, o pescoço e a região posterior da cabeça contra o chassi. As duas mãos do paciente devem ser 
apoiadas nos quadris, com as regiões palmares voltadas para fora; os ombros devem ser rodados para frente. 
 
Centralizar o plano mediossagital com o RC e com a linha central 
do chassi. A exposição é feita no final da segunda inspiração 
profunda e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se o paciente estiver fraco e instável ou não for capaz de assumir a posição lordótica, obtém-se uma 
incidência semi-axial AP com o paciente em posição ortostática ou em decúbito dorsal, com o dorso colocado contra a 
mesa ou o chassi. Os ombros devem ser rodados para frente e os braços na mesma posição da incidência lordótica. 
 
O RC é direcionado 15° a 20° no sentido cefálico, para a porção média do esterno. 
 
Estruturas Mostradas: Devem ser incluídos completamente os campos pulmonares e as clavículas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exceção: Semi-axial AP 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
OBLÍQUIAS ANTERIORES – OAD e OAE 
 
Patologias Demonstradas: Patologias que afetam os campos pulmonares, a traqueia e estruturas mediastinais, 
inclusive o tamanho e os contornos do coração e grandes vasos. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido longitudinal 
 
RC: Perpendicular, direcionado ao nível de T7 (8 a 10 cm abaixo do nível da vértebra proeminente). 
 
Proteção Avental de chumbo seguro em volta da cintura para proteger as gônadas. 
 
Posição do Paciente: Paciente na posição ortostática, rodada a 45°, com a porção anterior do ombro esquerdo contra 
o chassi para a OAE; e a 45°, com a porção anterior do ombro direito contra o chassi para a OAD. Os braços do paciente 
flexionados o mais próximo possível do chassi, com a mão colocada sobre o quadril e espalmada para fora. 
 
 
Braço oposto elevado de modo a não obscurecer os campos pulmonares, repousando a mão sobre a cabeça 
para apoio, mantendo os braços levantados o mais alto possível. Paciente olhando reto à frente; queixo levantado. O 
técnico posicionado ao lado do tubo de raios centraliza o paciente com o RC e com o chassi, colocando a parte superior 
do chassi cerca de 2,5 cm acima da vértebra proeminente. 
 
 
 
Observações: Para as oblíquas anteriores,o lado de interesse geralmente é o lado mais afastado do chassi. Portanto, a 
OAD visualizará melhor o pulmão esquerdo. Certas posições para exames do coração demandam uma OAE com 
aumento na rotação para 60°. Uma rotação menor (15 a 20°) pode ser valiosa para melhor visualizar as várias áreas de 
ambos os pulmões na investigação de possíveis doenças pulmonares. 
 
 
Estruturas Mostradas: Devem ser evidenciados completamente ambos os pulmões, desde os ápices até os ângulos 
costofrênicos. Os contornos da traqueia repleta de ar, dos grandes vasos e do coração são mais bem visualizados por 
uma incidência OAE a 60°. (A incidência OAD a 45° também visualiza essas estruturas). 
 
 
Posição OAD a 45° Posição OAE a 45° 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBLÍQUIAS POSTERIORES – OPD e OPE 
 
 
Patologias Demonstradas: Patologias que afetam os campos pulmonares, a traqueia e estruturas mediastinais, 
inclusive o tamanho e os contornos do coração e grandes vasos. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido longitudinal 
 
Proteção Avental de chumbo seguro em volta da cintura para proteger as gônadas. 
 
Posição do Paciente: Paciente em posição ortostática, rodado a 45°, com a região posterior do ombro direito contra o 
chassi para a OPD, e a 45°, com a região posterior do ombro esquerdo contra o chassi para a OPE. 
 
Braço o mais próximo possível do chassi, elevado, e a cabeça apoiada; o outro braço colocado sobre o quadril 
com a região palmar para fora. A exposição é feita após a segunda inspiração profunda e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição OAD a 45° Posição OAE a 45° 
Posição OPE a 45° Posição OPD a 45° 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição de Decúbito: Se o paciente não puder se levantar ou sentar, realizar as incidências oblíquas posteriores na 
mesa. Colocar apoios sob a cabeça e sob o quadril e o ombro elevado. 
 
As oblíquas posteriores visualizam melhor o lado mais próximo ao chassi. As posições posteriores mostram a 
mesma anatomia que o seu oposto, as oblíquas anteriores. Assim, a posição OPE corresponde a OAD, e a OPD 
corresponde a OAE. 
 
Observação: As oblíquas posteriores na posição ortostática ou de semi-decúbito podem ser realizadas se o paciente 
não puder assumir uma postura ortostática para as oblíquas anteriores ou no caso de necessidade de incidências 
suplementares. 
 
ESTUDO RADIOGRÁFICO DO ESTERNO E COSTELAS 
 
O esterno é um osso chato, localizado na parte anterior do tórax, tendo a função de sustentar as costelas e a 
clavícula. 
O esterno é difícil de ser radiografado em função de sua composição óssea e posição dentro do tórax. 
É praticamente impossível ver o esterno em uma incidência AP ou PA devido encontrar-se no mesmo plano da 
coluna torácica. 
 
OAD DO ESTERNO 
 
Patologias Demonstradas: Patologia do esterno, incluindo fraturas e processos inflamatórios. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 24 x 30 cm em sentido 
longitudinal. 
 
RC: Perpendicular ao filme, direcionado para o centro do esterno. 
 
Proteção: Proteger a região gônada. 
 
Posição do Paciente: Posição ortostática (preferência) com os 
braços ao lado ou em semidecúbito ventral ligeiramente oblíqua, 
braço direito abaixado ao lado do corpo, braço direito levantado. 
 
Posicionar o paciente obliquamente, 15° a 20° para o 
lado direito, OAD. Alinhar o eixo longitudinal do esterno com o RC 
e à linha média da mesa/ Bucky. Posicionar a borda superior filme 
4 cm acima da incisura jugular.Colimar para o esterno. 13 cm de 
largura do campo de colimação 
OPD a 45° OPE a 45° 
Esterno OAD - ereto - Detalhe - ângulo transversal 
de 15° a 20° em sentido transversal. 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Lateral 
Lateral 
Estruturas Mostradas: Esterno visualizado, superposto à 
imagem do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LATERAL DO ESTERNO 
 
Patologias Demonstradas: Patologia do esterno, incluindo fraturas e processos inflamatórios. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 24 x 30 cm em sentido longitudinal. 
RC: Perpendicular ao filme, direcionado para o centro do esterno. 
Proteção: Proteger a região gônada. 
 
Posição do Paciente: Paciente de pé ou sentado com ombros e braços para trás. Em decúbito lateral paciente com os 
braços acima da cabeça, manter os ombros para trás. Colocar o topo do filme 4 cm acima da incisura jugular. Alinhar o 
eixo longitudinal do esterno ao RC e à linha média da mesa 
ou bucky. Assegurar uma lateral verdadeira, sem rotação. 
Fechar a colimação dos quatro lados do esterno. 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Todo o esterno com mínima 
sobreposição de tecidos moles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lateral - posição ortostática. Detalhe - decúbito lateral 
Detalhe – 
decúbito lateral 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
AP – posição ortostática – acima do diafragma AP em decúbito dorsal – abaixo do diafragma. 
INCIDENCIA AP: COSTELAS POSTERIORES 
 
ACIMA OU ABAIXO DO DIAFRAGMA 
 
Patologia Demonstrada: Patologia das costelas incluindo fratura e processos neoplásicos. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm em sentido longitudinal ou transversal. 
RC: Acima do Diafragma - Perpendicular ao filme de 8 a 10 cm abaixo da incisura jugular (nível de T7). Filme 
centralizado ao nível do RC (margem superior do filme deve estar cerca de 4 cm acima dos ombros). 
Abaixo do Diafragma - RC perpendicular ao filme, centrado a meio caminho entre o xifóide e o gradil costal 
inferior. Filme centralizado ao nível do RC (a crista ilíaca deve ser a margem inferior do filme). 
 
Proteção: Proteger a região gônada. 
 
Posição do Paciente: A posição ortostática é a preferida para acima do diafragma se a condição do paciente o 
permitir; e decúbito dorsal para abaixo do diafragma. 
 
Alinhar o plano mediossagital ao RC e à linha média da mesa ou Bucky. Ombros rodados anteriormente para 
afastar a escápula dos campos pulmonares. Elevar o queixo para prevenir superposição de costelas superiores. Não 
permitir rotação do tórax ou pelve. Colimar para margens externas do tórax. Prender a respiração em inspiração para 
as costelas acima do diafragma e em expiração para as costelas abaixo do diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Acima do diafragma: Costelas 1 a 9 ou 1 a 10 devem ser visualizadas. 
Abaixo do diafragma: Costelas 8 a 12 devem ser visualizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AP – posição ortostática – acima do diafragma 
Detalhe: AP em decúbito dorsal – 
abaixo do diafragma. 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
INCIDÊNCIA PA: COSTELAS ANTERIORES 
 
Patologia Demonstrada: As patologias das costelas incluem fratura ou processo neoplásico. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme - 35 x 43 cm em sentido transversal ou longitudinal 
 
RC perpendicular ao filme, centralizado em T7 (18 a 20 cm abaixo da vértebra proeminente como para PA do tórax). 
Margem superior do filme 4 cm acima dos ombros 
 
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a região gonadal. 
 
 
Posição do Paciente: Ereta é a preferida ou decúbito ventral se necessário, com os braços para baixo. Alinhar o plano 
mediossagital ao RC e à linha média da mesa ou Bucky. Ombros rodados anteriormente para remover a escápula dos 
campos pulmonares. Não permitir rotação do tórax ou da pelve. Suspender respiração em inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Costelas em PA – acima do diafragma. 
Demonstração das costelas posteriores eanteriores 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
APLICAÇÕES EM PEDIATRIA 
 
 
 
O exame radiológico do tórax constitui um dos procedimentos mais solicitados nas Unidades de Tratamento 
Intensivo (UTI) neonatal, representando uma ferramenta indispensável no diagnóstico das doenças pulmonares em 
recém-nascidos (RN) a termo ou prematuros. A radiografia de 
tórax nesses pacientes possibilita, também, a avaliação dos 
posicionamentos de sonda nasogástrica, cânula endotraqueal, 
cateter umbilical arterial e venoso, bem como a detecção de 
alterações em estruturas ósseas e abdominais habitualmente 
incluídas nas radiografias de tórax do RN. 
 
Sendo a radiografia neonatal o braço direito do clínico, 
é importante o adequado conhecimento das várias singularidades 
que caracterizam este exame radiológico, incluindo desde a 
realização do exame até aspectos morfológicos das estruturas anatômicas torácicas do RN que não estão presentes no 
tórax de crianças maiores e de pacientes adultos. 
 
Geralmente, em recém-nascidos e crianças abaixo de um (1) ano de idade, quando é necessário o apoio da 
cabeça, dá-se preferência para a posição de decúbito dorsal e a realização da radiografia de tórax em AP. As incidências 
de perfil também são realizadas na posição de decúbito dorsal com feixe horizontal para demonstrar níveis hídricos. 
Quando a criança está chorando devemos realizar a exposição numa faze inspiratória para obtermos uma boa 
radiografia. Devemos trabalhar com o tempo curto para evitar a falta de nitidez de uma imagem radiográfica (flou 
cinético). 
 
 
Dicas para realização de exames (raios x) pediátricos. 
 
 
O recém-nascido com seis meses: não teme pessoas estranhas, em geral é fácil de examinar e obter uma 
contenção para realização de exames; 
 
Aos três anos: está no estágio do medo. A princípio medo 
de pessoas estranhas seguido pelo apego dos pais. 
 
Devemos fazer o exame com a presença dos pais ou 
responsável pela criança, para dar mais segurança ao pequeno 
paciente, e abordar a criança com delicadeza utilizando se necessário 
brinquedo ou outros atrativos para realizar os exames; 
 
Aos seis anos: é a idade da iniciativa, pré-escolar, 
devemos fazer uso de atrativos de interesse da criança e suas fantasias 
(citar desenhos animados e programas infantis), nesta idade há o 
aumento da capacidade verbal; 
 
Dos seis aos doze anos: idade escolar, de muita atividade 
e crescimento cognitivo. Maior contato com o mundo compreende o certo e errado, devemos buscar a cooperação da 
criança; 
 
Dos doze aos dezoitos anos (adolescência): separação psicológica dos pais, “independência”. Devemos 
respeitar a individualidade do corpo e seu efeito sobre as outras pessoas. Importante explicar todos os procedimentos 
referentes aos exames. 
 
A criança doente não sabe diferenciar a dor de seu sofrimento e a dor de um tratamento... Daí a importância 
de saber entender/escutar e ter paciência. 
 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Radiografia de tórax em ântero – posterior na inspiração 
 
Os aspectos radiológicos de tórax assimétrico pediátrico são marcados por uma ênfase em diagnóstico 
emergencial, pois muitas das doenças que assim se manifestam são ameaçadoras à vida. Interpretação cuidadosa da 
radiografia de tórax é essencial para o diagnóstico precoce, disponibilizando informações necessárias no amplo espectro 
de diagnósticos diferenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES TÉCNICOS 
 
 
Para reduzir a carga de radiação no RN, pode ser efetuada apenas a incidência antero-posterior de tórax, a 
qual, na maioria das vezes, fornece informações suficientes para a realização do diagnóstico. 
 
 
É aconselhável a inclusão do abdome na primeira radiografia, pois 
isto possibilita a avaliação preliminar do ar nas alças intestinais e a exclusão de 
doenças abdominais que podem ocasionar sintomas respiratórios. Nas 
radiografias subsequentes, a inclusão do abdome e a incidência em perfil do 
tórax somente devem ser realizadas quando houver alguma indicação clínica ou 
quando for necessário avaliar a localização de sondas e cateteres. 
 
 
A radiografia de tórax do RN apresenta padrão técnico adequado 
quando preenche os seguintes critérios: 
 
a) Visualização dos espaços intervertebrais nas primeiras vértebras 
torácicas, através da silhueta cardíaca (densidade do filme); 
 
b) hemidiafragma direito na altura do oitavo arco costal posterior 
(grau de aeração pulmonar satisfatório); 
 
c) inclinação caudal dos arcos costais anteriores, situando-se abaixo dos posteriores (centralização 
adequada do raio central na caixa torácica); 
 
d)simetria das estruturas ósseas em ambos os lados da caixa torácica (posicionamento adequado do RN); 
 
 
Os principais problemas técnicos que podem simular alterações patológicas induzindo a diagnósticos 
equivocados estão relacionados a seguir: 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Radiografia de tórax normal de RN com 
duas horas de vida. 
a) Hipopenetração do feixe de raios X, reduzindo as diferenças de densidades entre as estruturas 
intratorácicas e simulando falsas opacidades pulmonares; 
 
b) hipoaeração pulmonar, acarretando horizontalização dos arcos costais, falso alargamento da silhueta 
cardiotímica e redução da transparência pulmonar, podendo, ocasionalmente, simular edema pulmonar, hemorragia, 
atelectasia e consolidações pneumônicas; 
 
c) hiperpenetração do feixe de raios X, escurecendo o exame radiográfico e podendo ocultar opacidades 
pulmonares, principalmente as mais sutis, como as opacidades intersticiais da taquipnéia transitória do RN e os 
infiltrados retículo-granulares da doença da membrana hialina; 
 
d) rotação do paciente, ocasionando assimetria do tórax e 
provocando falsa proeminência da imagem cardiotímica para o lado 
que está desviado; 
 
e) centralização inadequada do raio central sobre o 
abdome do RN, ocasionando configuração lordótica da caixa torácica, 
caracterizada pela orientação cefálica dos arcos anteriores e podendo 
ocasionar alargamento e distorção da imagem cardiotímica. 
 
O conhecimento destes critérios usados para avaliar a 
qualidade técnica do exame radiológico de tórax no RN, além de 
possibilitar a realização de radiografias tecnicamente corretas, reduz a 
possibilidade de diagnósticos equivocados em face de exames mal 
realizados. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES PEDIÁTRICOS 
 
 
 
Quando uma criança entra num serviço radiológico devemos conversar com ela de modo que tudo fique mais 
simples para a realização dos exames. Conquistar sua confiança, mostrar os equipamentos, ser compreensivo, pois nem 
toda a criança vai aceitar o exame. 
 
 
Se possível tiver balões ou pequenos brinquedos para distraí-las (copinhos 
pintados, figurinhas, chapéus, barcos de papel, língua de sogra). 
 
 
 
 
Da Proteção Radiológica 
 
As gônadas das crianças devem estar 
sempre que possível protegidas, quando na 
realização dos exames. Esta proteção é 
feita através de pequenos “escudos” de chumbo de formas e tamanhos 
diferentes. Também são utilizados colimadores, tempo de exposição curto e 
evitar repetição dos exames. 
 
 
Vale salientar a importância de tranquilizar os pais, devendo explicar 
os meios de proteção radiológicos utilizados e o motivo, sempre numa linguagem 
clara e simples. 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
VIAS AÉREAS SUPERIORES 
 
 
As vias aéreas superiores săo um conjunto de condutos que permitem a passagem do ar inspirado ou 
expirado desde a cavidade nasal até a glote. O trato respiratório 
superior ou vias aéreas superiores refere-se principalmente às 
estruturas que compõe o sistema respiratório que estão fora do 
tórax ou acimado ângulo esternal. 
 
 
 
Outra definição usado em medicina é a de vias aéreas 
acima da glote ou cordas vocais. Alguns especificando que a glote 
(cordas vocais) é a linha que define entre a parte superior e o trato 
respiratório inferior ou mesmo a linha da cartilagem cricóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vias aéreas superiores em AP – Antero posterior 
 
Posição do paciente: Ortostática ou decúbito dorsal, com a cabeça e o ombro contra o bucky, com o topo do filme ao 
nível do conduto auditivo. 
 
RC: Perpendicular direcionado 2,5cm acima da incisura jugular ou ao nível de T1 e T2. 
Colimar toda área de interesse e a exposição deve ser feita durante inspiração profunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A radiografia em AP mostra uma coluna de ar principalmente na região superior da traqueia, conforme se observa na 
metade inferior da radiografia (área escura, setas). 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
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Vias aéreas superiores em Lateral – Perfil 
 
 
Estruturas mais demonstradas: laringe, traqueia, região das glândulas tireoide, timo e esôfago superior. 
 
Posição do paciente: Ortostática ou decúbito dorsal, face lateral do ombro contra o bucky. 
 
RC: Perpendicular ao nível de C6 e C7 se for para laringe e na incisura jugular para traqueia. Topo do filme ao nível do 
conduto auditivo. 
 
Colimar toda área de interesse e a exposição deve ser feita durante inspiração profunda ara manter a laringe cheia de 
ar. 
 
 
 
 
 
 
 
A radiografia em perfil mostra a traqueia e a laringe preenchidas de ar (A), a região do 
esôfago (B) e as posições em relação uns aos outros. Observe que o esôfago está localizado 
posteriormente em relação à traqueia. A posição da glândula tireoide (C) também é evidenciada. 
 
 
 
 
 
 
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 ESTUDO RADIOLÓGICO DO ABDOME 
 
O Abdome é a parte do corpo do homem e doutros vertebrados, entre o tórax e a pelve, e em cuja cavidade 
estão numerosos órgãos (digestórios, urinários, etc.); ventre, barriga. Esta é uma estrutura tão complexa e 
importante do organismo humano, ainda hoje estudada por muitos especialistas. E a cada dia são descobertos novos 
achados desta máquina de transformação e captação de 
nutrientes importantes para nossa sobrevivência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O abdômen contém a maioria dos órgãos em forma de tubo do 
trato digestivo, assim como outros órgãos sólidos. Os órgãos 
abdominais ocos incluem o estômago, o intestino delgado e o 
cólon com seu apêndice vermiforme. Órgão como o fígado, a 
vesícula biliar, e o pâncreas funcionam em associação próxima 
ao trato digestivo e se comunicam via dutos. O baço, os rins e as 
glândula supra-renal também estão no abdômen, junto com 
muitos outros vasos sanguíneos como a aorta e a veia cava 
inferior. Os anatomistas podem considerar a bexiga urinária, 
útero, tuba uterina e ovários tanto como órgãos abdominais 
ou pélvicos. Finalmente, o abdômen contém uma membrana 
extensa chamada peritônio. Uma dobra de peritônio pode cobrir 
completamente certos órgãos, embora ela possa cobrir apenas um lado dos órgãos que geralmente estão perto da 
parede abdominal. Estes órgãos os anatomistas chamam de órgãos retroperitoniais. 
 
Na rotina de exames do abdome agudo (isto é, quadro em que o paciente relata dor e distensão abdominal e 
que seja necessário uma intervenção cirúrgica), duas formas de incidência radiográfica são utilizadas: radiografia simples 
ântero-posterior (AP) em decúbito dorsal (posição supina) ou AP em ortostase (em pé). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
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É necessário, portanto, diferenciar as imagens produzidas por essas duas incidências tomando como 
referência os níveis líquidos: com o paciente em ortostase, é possível observar nas alças intestinais ar (nas porções mais 
superiores) e líquidos (nas porções inferiores), isto é, os níveis hidroaéreos. 
 
Na posição supina, observamos apenas o gás. A radiografia em ortostase é solicitada para avaliar, 
principalmente, nível líquido e pneumoperitônio. 
 
 
Na radiografia do abdômen vamos estudar a anatomia e o posicionamento das radiografias que, algumas 
vezes, são denominadas radiografias “simples" do abdome. A mais comum é a AP do abdome em decúbito dorsal. 
 
 
 
 
Essas radiografias são feitas sem injeção de 
contraste. As radiografias simples do abdome são geralmente 
feitas antes da realização de exames abdominais utilizando 
contraste a fim de descartar determinadas patologias. 
 
 
 
Rotina para abdome agudo: Certas situações agudas ou de 
emergência do abdome pode ser decorrente de condições tais 
como obstrução intestinal, perfurações com a presença de ar 
intraperitoneal livre (ar fora do trato digestivo), líquido 
excessivo no abdome ou uma possível massa intra-abdominal. 
 
 
Essas condições agudas ou de emergência exigem o 
que é comumente denominada “rotina para abdome agudo", 
na qual são feitas radiografias abdominais em posições 
diferentes para mostrar níveis hidroaéreos e/ou ar livre na 
cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÚSCULOS ABDOMINAIS 
 
 
Muitos músculos estão associados à cavidade abdominal pélvica. Os três músculos mais importantes na 
radiografia do abdome são o diafragma e o psoas maior direito e o esquerdo. O diafragma é um músculo em forma de 
guarda-chuva que separa a cavidade abdominal da cavidade torácica. O diafragma precisa permanecer totalmente 
imóvel durante a radiografia tanto do abdome quanto do tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O movimento do diafragma do paciente pode ser 
interrompido fornecendo-se instruções respiratórias 
apropriadas. Os dois músculos psoas maiores estão 
localizados de cada lado da coluna vertebral. 
 
As bordas laterais desses dois músculos devem estar 
visíveis como uma imagem tênue na radiografia 
diagnóstica do abdome de um paciente de tamanho 
pequeno a médio quando são utilizados fatores de 
exposição corretos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos abdominais 
 
 
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ESTUDANDO O ABDOME 
 
 
Para ajudar a descrever as localizações dos vários órgãos ou de outras estruturas dentro da cavidade 
abdominal/pélvica, o abdome pode ser dividido em quatro quadrantes ou em nove regiões. Se dois planos 
perpendiculares imaginários (em ângulos retos) atravessassem o abdome no umbigo, eles dividiriam o abdome em 
quatro quadrantes. 
 
Um plano seria transversal ao abdome no nível do umbigo. O plano vertical coincidiria com o plano 
mediossagital ou linha média do abdome e atravessaria o umbigo e a sínfise púbica. 
 
Esses dois planos dividiriam a cavidade abdominal/pélvica em quatro quadrantes: 
 
Quadrantes e Regiões: 
 
 Quadrante Superior Direito (QSD): fígado, vesícula biliar, flexura cólica (hepática) direita, duodeno, cabeça 
do pâncreas, rim direito, glândula adrenal direita. 
 Quadrante Superior Esquerdo (QSE): baço, estômago, flexura cólica (hepática) esquerda, cauda do 
pâncreas, rim esquerdo, glândula adrenal esquerda. 
 Quadrante Inferior Direito (QID): cólon ascendente, apêndice (vermiforme), ceco, 2/3 do íleo, válvula 
ileocecal. 
 Quadrante Inferior Esquerdo (QIE): cólon descendente, cólon sigmóide, 2/3 do jejuno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGIÕES ABDOMINAIS 
 
A cavidade abdomino/pélvica também pode ser dividida em nove regiões utilizando dois planos horizontais ou 
transversais, e dois planos verticais. Os dois planos transversais ou horizontais são o plano transpilórico e o plano 
transtubercular. Os dois planosverticais são os planos laterais direito e esquerdo. 
 
Os técnicos em radiologia devem estar familiarizados com as localizações e os nomes dessas nove regiões. 
 
Quadrantes abdominais 
Quatro quadrantes com determinadas estruturas abdominais: 
Plano lateral direito plano lateral esquerdo 
 
 
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Certifique-se, também, de 
que o paciente esteja 
informado sobre o propósito 
dessa palpação antes de 
iniciá-la. 
 
Entretanto, geralmente localizar a maioria das estruturas e órgãos dentro do sistema de quatro quadrantes é 
suficiente, devido às variáveis que afetam as localizações específicas de órgãos, tais como biótipo, posição do corpo e 
idade. 
 
Os nomes dessas nove regiões são: 
 
 
1. Hipocôndrio direito 
 
2. Epigástrio 
 
3. Hipocôndrio esquerdo 
 
4. Flanco (lombar) direito 
 
5. Umbilical 
 
6. Flanco (lombar) esquerdo 
 
7. Inguinal (ilíaca) direita 
 
8. Púbica (hipogástrica) 
 
9. Inguinal (ilíaca) esquerda 
 
 
 
 
 
 
TOPOGRAFIA DO ABDOME 
 
As bordas e órgãos abdominais não são visíveis do exterior, os sete marcos palpáveis descritos a seguir são 
importantes no posicionamento do abdome ou para a localização de órgãos no abdome. 
 
Lembrar que a palpação tem de ser feita delicadamente, 
porque o paciente pode apresentar áreas doloridas ou sensíveis no 
abdome e na pelve. 
 
 
 
 
Os marcos topográficos abdominais são: 
 
1 - Ponta do processo xifóide (nível de T9 T1O): 
A ponta do processo xifóide é a porção mais distal ou inferior do esterno. Esse marco corresponde 
aproximadamente à porção ântero-superior do diafragma, que também é a margem superior do abdome. 
 
2 - Margem costal inferior (nível de L2 L3): 
Esse marco é usado para localizar a vesícula biliar, o estômago e outros órgãos abdominais. 
 
3 - Crista ilíaca (nível do espaço invertebral L4 L5): 
A crista ilíaca é a porção mais alta da borda curva do ílio. A porção mais superior dessa crista é o marco 
abdominal usado mais comumente e corresponde aproximadamente ao nível da porção média do abdome. 
 
4 - Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS): 
A EIAS pode ser encontrada por localização da crista ilíaca, depois palpando-se anterior e inferiormente até 
ser percebida uma projeção ou saliência (mais proeminente nas mulheres). Esse é um marco comumente usado para 
posicionamento de estruturas pélvicas e vertebrais. 
Nove regiões com determinadas estruturas abdominais 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Marcos topográfico 
5 - Trocanter maior: 
Esse marco é palpado mais facilmente em pacientes magros. Esse não é um marco tão preciso quanto os 
outros marcos ósseos da pelve, porém a margem superior do trocanter geralmente situa-se um pouco acima, 3 a 4 cm 
do nível da sínfise púbica. 
 
6 - Sínfise púbica: 
A sínfise púbica é a junção (articulação) anterior dos dois ossos pélvicos. Esse marco corresponde à margem 
inferior do abdome. Entretanto, apalpação dessa área pode ser constrangedora para alguns pacientes. Portanto, com a 
prática, o nível da sínfise púbica, ou a margem inferior do abdome, é identificável através da palpação do trocanter 
maior, ou em referência à crista ilíaca como estando no nível do centro do filme ou da radiografia. Isso, então, coloca a 
margem inferior da radiografia na sínfise púbica. 
 
7 - Tuberosidades isquiáticas: 
Essas podem ser usadas para determinar a margem inferior em uma incidência PA do abdome com o paciente 
em decúbito ventral. Essas duas proeminências ósseas, que podem ser mais facilmente palpadas em pacientes magros, 
sustentam a maior parte do peso do tronco quando a pessoa está sentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos topográfico da pelve 
 
 
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Atualização/2015. 
 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
 
O preparo do paciente para radiografia abdominal inclui a remoção de toda a sua roupa e de quaisquer 
objetos opacos na área a ser radiografada. O serviço deverá oferecer ao paciente vestimenta apropriada para 
realização do exame com a abertura nas costas. 
Geralmente não são necessárias instruções pré-exame, 
a menos que estudos baritados estejam agendados. 
 
 
 
 
 
 
Para radiografias abdominais, as proteções gonadais devem ser 
usadas para homens, com a borda superior do protetor cuidadosamente 
colocado na sínfise púbica. 
 
Em mulheres, as proteções gonadais podem ser usadas apenas 
quando não encobrirem a anatomia essencial na região abdominal/pélvica 
inferior. 
 
Geralmente, a decisão de proteger as gônadas femininas em 
radiografias do abdome deve ser tomada por um médico para determinar se a 
anatomia essencial será encoberta. 
 
As radiografias do abdome são expostas em expiração, com o 
diafragma em uma posição superior para visualizar melhor as estruturas 
abdominais. 
 
INCIDÊNCIAS E POSICIONAMENTOS DO ABDOME 
 
Radiografia Simples de Abdome - AP em decúbito dorsal 
 
Patologias Demonstradas: Patologia do abdome, incluindo obstrução do intestino, neoplasias, calcificações, ascite e 
radiografia de base para estudos contrastados do abdome. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm sentido longitudinal 
RC: perpendicular ao centro do filme e direcionado para este (ao nível da crista ilíaca). 
 
Posição do Paciente: Decúbito dorsal com plano mediossagital centralizado na linha média da mesa e/ou do chassi. 
Braços colocados ao lado do paciente, afastados do corpo. Pernas estendidas com apoio sob os joelhos se for mais 
confortável. Centro do filme ao nível das cristas ilíacas, com a margem inferior na sínfise púbica. 
 
Verificar se não há rotação da pelve ou dos ombros 
(verificar se ambas as EIAS estão equidistantes do topo 
da mesa). A exposição é feita ao final da expiração. 
Colimar rigorosamente todos os lados do filme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coloque um lençol limpo 
sobre a mesa e cubra as 
pernas do paciente para 
mantê-las aquecidas e 
preservar sua privacidade. 
 
DICA: Permitir cerca de 1 
segundo de atraso depois da 
expiração para que cessem 
os movimentos involuntários 
do intestino. 
 
AP do abdome 
 
 
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Atualização/2015. 
 
Observações: Um paciente alto, ou seja, hipostênico ou astênico pode necessitar de duas radiografias em sentido 
longitudinal, uma centralizada em posição mais baixa para incluir a sínfise púbica, e a segunda centralizada mais alta 
para incluir a parte superior do abdome e o diafragma. 
 
Um paciente largo, ou seja, hiperestênico pode necessitar de 
duas radiografias em posição transversa, uma centralizada em posição 
mais baixa para incluir a sínfise púbica e a segunda para a parte 
superior do abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Contorno do fígado, baço, rins e estômago cheio de ar e segmentos do intestino e o arco 
da sínfise púbica para a região da bexiga, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PA – EM DECUBITO VENTRAL 
 
Patologias Demonstradas: Patologia do abdome, incluindo obstrução intestinal, neoplasias, calcificações, ascite e 
radiografia de base para estudos de contraste do abdome. 
 
Observação: Essa incidência é menos desejável que a AP se os rins são de interesse primário devido a aumento da 
DOF. 
 
AP do abdome 
 
 
 
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Atualização/2015. 
 
PA do abdome 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm sentido longitudinal 
RC: Perpendicular ao centro do filme e direcionado para este ao nível da crista ilíaca. 
 
Posição do Paciente: Decúbito ventral com o plano mediossagital do corpo centralizado na linha média da mesa e/ou 
do filme. Pernas estendidas com apoio sob os tornozelos. Braços para cima ao lado da cabeça; fornecer um travesseirolimpo. Centro do filme na crista ilíaca. 
 
Verificar se não há rotação da pelve ou dos ombros 
(verificar se ambas as EIAS estão equidistantes do topo 
da mesa). 
 
A exposição é feita ao final da expiração. Colimar 
rigorosamente todos os lados do filme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Contorno do fígado, baço, rins e estômago cheio de ar e segmentos do estômago e o arco 
da sínfise púbica para a região da bexiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AP – POSIÇÃO ORTOSTÁTICA 
 
Patologias Demonstradas: São demonstradas massas anormais, níveis hidroaéreos e acúmulos de ar intraperitoneal 
anormais sob o diafragma são demonstrados. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm sentido longitudinal 
 
RC: cerca de 5 cm (2 polegadas) acima do nível da crista ilíaca. 
 
 
PA do abdome 
 
 
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Posição do Paciente: De pé, pernas um pouco afastadas, dorso contra a mesa ou grade. Braços ao lado e afastados 
do corpo. Plano mediossagital do corpo centralizado na linha média da mesa ou Bucky. 
 
Verificar se não há rotação da pelve ou dos ombros (verificar se ambas as EIAS estão equidistantes do topo 
da mesa). 
A exposição é feita ao final da expiração. 
Colimar rigorosamente todos os lados do 
filme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Estômago e alças do intestino preenchido por ar e níveis hidroaéreos onde presentes. Deve 
incluir os dois hemidiafragmas e o máximo possível do abdome inferior. Pequenas bolhas de ar intraperitoneal livre em 
forma de crescente vistas, se presentes, sob o hemidiafragma direito distantes de gases no estômago. 
 
 
AP em ortostática - para incluir o diafragma 
AP - ortostática 
 
 
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Decúbito dorsal – posição lateral direita 
DECÚBITO DORSAL COM RAIO HORIZONTAL 
 (Lateral direita ou esquerda) 
 
 
Patologias Demonstradas: Massas anormais, acúmulos de gás, níveis hidroaéreos, aneurismas (expansão ou 
dilatação da parede de uma artéria, veia, ou do coração), calcificação da aorta ou outros vasos e hérnias umbilicais. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm sentido transversal 
RC: Horizontal, no centro do filme 5 cm acima da crista ilíaca e no plano médio coronal. 
 
Posição do Paciente: Decúbito dorsal sobre almofada radiotransparente, lado contra a mesa ou Bucky Travesseiro sob 
a cabeça, braços para cima ao lado da cabeça, suporte sob os Joelhos com os mesmos parcialmente fletidos pode ser 
mais confortável para o paciente. Ajustar o paciente de forma que o centro do filme e o RC estejam 5 cm acima do nível 
da crista ilíaca (para incluir o diafragma). 
 
Assegurar para que não haja 
rotação da pelve ou dos ombros (ambas 
as EIAS devem estar à mesma 
distância do tampo da mesa). Ajustar a 
altura do filme para alinhar o plano 
coronal à linha central do filme. A 
exposição deve ser feita ao final da 
expiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Diafragma e o máximo possível do abdome inferior devem ser incluídos. Alças do intestino 
preenchidas com ar no abdome com detalhes dos tecidos moles devem estar visíveis no abdome anterior e nas regiões 
pré-vertebrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decúbito dorsal – posição lateral direita 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
LATERAL – PERFIL 
 
Patologias Demonstradas: Massas anormais de tecidos moles, hérnias umbilicais, região pré-vertebral para possíveis 
aneurismas da aorta ou calcificações. 
 
Fatores Técnicos: Tamanho do filme: 35 x 43 cm sentido longitudinal 
RC: Perpendicular à mesa, centrado cerca de 5 cm acima do nível da crista ilíaca para o plano médio coronal. 
 
Posição do Paciente: Paciente em decúbito lateral reclinado (sobre o lado direito ou esquerdo), travesseiro para a 
cabeça. Cotovelos fletidos, braços para cima, joelhos e quadril parcialmente fletidos, travesseiro entre os joelhos para 
manter a posição lateral. Alinhar o plano médio coronal para o RC e linha média da mesa. 
 
Assegurar para que não haja rotação da 
pelve e do tórax, mas sim uma posição lateral 
verdadeira. A exposição é feita ao final da expiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Mostradas: Diafragma e o máximo possível do abdome inferior devem ser incluídos. Alças do intestino 
preenchidas com ar no abdome com detalhes dos tecidos moles devem 
estar visíveis no abdome anterior e nas regiões pré vertebrais. 
 
PATOLOGIAS: Ascite - É um acúmulo anormal de líquido na cavidade 
peritoneal do abdome. Em geral, causada por condições crônicas como 
cirrose hepática ou doença metastática para a cavidade peritoneal. 
 
Aparência Radiográfica: Borramento abdominal generalizado 
 
Pneumoperitônio - Refere-se ao ar ou gás livres na cavidade 
peritoneal. É uma condição séria que exige cirurgia, causada por 
perfuração de uma víscera oca (p. ex., úlcera gástrica ou duodenal). 
Também pode ser causado por trauma que penetre a parede abdominal. 
 
Aparência Radiográfica: Imagem radiotransparente delgada, em forma 
de crescente, sob a cúpula do hemidiafragma direito em ortostase. 
 
Obstruções mecânicas do intestino - São bloqueios completos ou 
quase completos do fluxo do conteúdo intestinal. 
 
Aparência Radiográfica: Alças distendidas do intestino delgado 
preenchidas por ar. 
 
Abdome lateral direito 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Aplicações Pediátricas 
 
 
O estudo por imagem, como os raios X e a tomografia computadorizada pode ser uma ferramenta poderosa 
no diagnóstico e tratamento de doenças, em crianças. 
 
O que muitos pais não sabem é que esses tipos de 
estudo por imagem utilizam radiação ionizante, e, por este motivo, 
foram classificados oficialmente, pela Organização Mundial da Saúde 
e pelo CDC de Atlanta (Centro de Controle de Doenças dos 
EUA), como carcinogênicos. Isto é, potencialmente podem produzir 
câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os órgãos e tecidos das crianças se encontram em crescimento 
e desenvolvimento, sendo mais sensíveis aos efeitos da 
radiação do que os tecidos de adultos. 
 
 O risco de câncer por radiação é cumulativo. Isto é, cada exposição a um raios X ou tomografia computadorizada 
contribui e se soma às demais exposições. Como a expectativa de vida das crianças é maior do que os dos adultos, 
ao longo da vida terão acumulado mais radiação do que estes. 
 
Além disso, cada órgão tem uma sensibilidade particular 
e específica aos efeitos da radiação. 
 
 
 
 
 
 
ABDOME PEDIÁTRICO 
 
 
A rotina para abdome agudo, solicitada por pediatras, geralmente inclui somente uma incidência em decúbito 
dorsal e uma incidência com feixe horizontal para mostrar níveis hidroaéreos. No caso de crianças com menos de 2 ou 3 
anos de idade, o decúbito lateral pode ser difícil de se obter, e dá-se 
preferência a uma radiografia (AP) de abdome, com o paciente ereto. 
 
 
A prevenção de movimento é da maior importância em 
pediatria, e o menor tempo de exposição, além de um filme e telas de 
maior velocidade, são essenciais. Crianças com menos de 12 ou 13 
anos de idade exigem uma redução significativa no kvp e MAs. 
 
Fatores técnicos confirmados para crianças de vários 
tamanhos e idades devem sempre estar disponíveis para o 
equipamento a ser usado, a fim de minimizar repetições por erros de 
exposições. 
 
 
 
 
 
Quando bem executados, os 
exames de Raios X 
apresentam benefícios que 
superam, em muito, os 
potenciais riscos. 
Bom saber! 
As crianças expostas a raios X 
e tomografias computadorizadas 
possuem um risco maior de 
contrair câncer do que os adultos 
pelos seguintes motivos: 
 
 
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RAIOS-X ABDOMEN SIMPLES AP 
 
 
Os raios-Xde abdômen geralmente são solicitados para averiguar detecção de fraturas, corpos estranhos, 
inflamações, tumores, níveis hidroaéreos, distensões de alças intestinais e outras alterações. 
 
 
História Clínica: Criança do sexo masculino com 6 anos de idade, residente na periferia e de baixo nível sócio 
econômico. Deu entrada no Pronto Socorro de Pediatria com história de vômitos, dor abdominal tipo cólica e episódios 
de diarreia há 3 dias. Ao exame físico apresentava palidez mucocutânea, pouco desidratado, com abdome distendido e 
doloroso à palpação, hipertimpânico e com ruídos hidroaéreos aumentados. 
 
 
Exames de imagem solicitados: Raios-X Simples de Abdome, Ultrassonografia Abdominal e Tomografia 
Computadorizada do Abdome. 
 
 
RX Simples de Abdome na incidência 
em AP com a criança em decúbito dorsal 
mostrando distensão gasosa de alças intestinais 
delgadas no abdome superior e flanco direito, 
contendo imagens lineares, tortuosas, 
discretamente radiopacas e delineadas por gases, 
algumas enoveladas, correspondendo a múltiplos 
áscaris. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RX Simples de Abdome na incidência em perfil 
evidenciando discreta distensão gasosa de alças 
intestinais delgadas no abdome superior e radiopacidade 
heterogênea projetada na porção inferior do abdome por 
diante de L5 com aspecto de “miolo de pão”, 
correspondendo a múltiplos áscaris no interior das alças 
delgadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AP 
Perfil 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
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RX Simples de Abdome na incidência em AP com a 
criança em posição ortostática mostrando distensão gasosa de 
alças intestinais delgadas com níveis hidroaéreos no interior 
visualizadas no flanco direito e mesogástrio e também imagem 
com aspecto em “miolo de pão” no flanco esquerdo, 
correspondendo aos áscaris no interior das alças intestinais. 
Nota-se também pobreza de gás no reto sugerindo quadro de 
suboclusão intestinal. 
 
 
 
Diagnóstico 
 
Infestação intestinal maciça por áscaris lumbricoides. 
 
A infestação por Áscaris lumbricoides representa a 
principal forma parasitária que acomete a espécie humana, 
sendo mais frequente nas regiões tropicais, chegando a atingir 
cerca de 900 milhões de pessoas em todo mundo. 
 
A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados com os ovos do verme, que são 
parasitas nematoides que habitam preferencialmente o intestino delgado, predominantemente o jejuno e porção média 
do íleo e apresentam propensão à migração através de orifícios e ductos. 
 
Rotina de abdome agudo: 
 
(A) Radiografia de tórax em ortostatismo e (B) radiografia de abdome em decúbito lateral. 
 
 
 
 
 
 
Pneumoperitônio (setas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AP 
Bom saber! 
Deve-se usar maior KV e o 
menor MAs que proporcionem 
informação diagnóstica suficiente em 
cada exame radiográfico. Isto reduzirá 
a exposição do paciente e, em geral 
resultará em radiografias com boas 
informações diagnósticas. 
 
 
 
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Técnica Radiológica do Tórax, Vias Aéreas Superiores e Abdômen 
Atualização/2015. 
 
Referencias Bibliográficas 
 
LUNARDI, C. A.; AZEVEDO, L. A.; AZEVEDO, L. C. P. Dor abdominal crônica recorrente no ambulatório de gastropediatria. J Pediatr (Rio 
J), v. 73, n. 3, p. 180-188, 1997. 
 
Baba AA, Ahmad SM, Sheikh KA. Intestinal ascariasis: the commonest cause of bowel obstruction in children at a tertiary care center in 
Kashmir. Pediatr Surg Int. 2009 Dec; 25(12): 1099-102. 
 
BOISSON, Luis Fernando. Técnica Radiológica Médica-Básica e Avançada. Ed. Ateneu. São Paulo, 2007. 
 
WHITLEY A, STEWART, SLOANNES, CHARLES, HOADLEY, GRAHAM MOORE, ADRIAND, ALSOP, CHRISSIE W. Clark. Posicionamento 
radiográfico. Editora Guanabara Koogan. 12ª edição. 2007 
 
BIASOLI JR. ANTONIO MENDES. Perguntas e respostas comentadas de técnicas radiográficas. Editora Rubio. 2006./Técnicas 
Radiográficas. Editora Rubio, 2006./Atlas de Anatomia. Editora Rubio, 2006 
 
ADILSON PRANDO, FERNANDO MOREIRA – Fundamentos de radiologia e diagnóstico por imagem – Rio de Janeiro: editora Elsevier, 
2007. 
 
BONTRAGER, KL, LAMPIGNANO, JOHN. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. Editora Elsevier, 6 e 7ª edição. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Portaria nº 453. Diário Oficial 
da União 103, 1/6/1998. 
 
JOHNSON, Nancy. Tórax. In: BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia 
Associada. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
NAVARRO M, Gurjão J, ALCANTARA E, et al. Qualidade em radiodiagnóstico médico e odontológico: a importância da portaria MS 
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BONTRAGER, Kenneth L. Atlas de Bolso: Técnicas Radiológicas e Base Anatômica. Guanabara Koogan, 3ºed., 2000. 
 
MULLER, Nestor L. Diagnóstico radiológico das doenças do tórax. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 774p. 
 
 
Bibliografia complementar: 
 
KEATS, Theodore E. Atlas de Medidas Radiológicas. Guanabara Koogan, 2003 
www.medicinaatual.com.br/doencas/abdome-agudo.html 
 
Pneumo Atual Pediatria Ginecologia Oncologia ISSN 1980-7716 - Volume 11 - Nº 5... 
http://robertocooper.com/2013/07/13/nao-e-melhor-fazer-um-raios-x/ 
 
http://radiologia.blog.br/diagnostico-por-imagem/conheca-a-rotina-de-abdome-agudo-aprenda-as-3-incidencias-basicas-do-exame 
 
 
 
 
 
http://www.medicinaatual.com.br/doencas/abdome-agudo.html
http://robertocooper.com/2013/07/13/nao-e-melhor-fazer-um-raios-x/

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