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33_-_AtuaYYo_do_Fisioterapeuta_no_PYs-OperatYrio_de_pacientes_submetidos

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1 
 
 
 
 
 
Atuação do Fisioterapeuta no Pós-Operatório de pacientes submetidos 
à Correção Cirúrgica da Comunicação Interatrial (CIA) 
 
Thatyana Abrahim Mugica
1
 
thatyabrahim@hotmail.com 
Dayane Priscila Maia Mejia
2
 
Sayonara de Oliveira Vasconcelos
3
 
Pós-Graduação em Terapia Intensiva - Faculdade Ávila 
 
Resumo 
 
O presente artigo tem como finalidade e importância, verificar através da revisão de 
literatura, como é realizado o acompanhamento fisioterapêutico em pacientes que serão 
submetidos à cirurgia cardíaca. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte 
no mundo, e, no Brasil, estas doenças são a principal causa de morte na população. A 
comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita que raramente é diagnosticada. 
A fisioterapia vem exercendo importante função no manejo de problemas relacionados ao 
período pós-cirúrgico, atuando objetivamente para manutenção e melhora da função 
pulmonar, especialmente nas complicações pulmonares descritas por vários autores como a 
maior causa de morbidade no pós-operatório. 
 
Palavras chave: Comunicação interatrial (CIA); Pós-peratório; Fisioterapia. 
 
 
Introdução 
 
Nas últimas décadas a prevalência de doenças cardiovasculares tem aumentado 
expressivamente, sendo causa de grande morbimortalidade entre a população mundial (Matos 
SS, 2009). De acordo com a complexidade da doença apresentada pelo paciente pode-se 
realizar um tratamento com enfoque clínico ou, se necessário, cirúrgico Galdeano et at 2003). 
O defeito cardíaco congênito constitui-se na malformação mais comum no ser humano. 
Alguns defeitos discretos são corrigidos espontaneamente em dias ou semanas após o 
nascimento, e outros podem ser tão complexos que são capazes de levar rapidamente ao óbito 
(Meberg et at, 2002). A comunicação interatrial (CIA) como lesão isolada representa 7% de 
todas as anomalias congênitas do coração e tem grande predomínio no sexo feminino, cerca 
de dois terços (Fontes VF, Pedra CAC. 2002). 
Por serem complexas e invasivas, tais cirurgias estão relacionadas a um expressivo número de 
complicações, sobretudo na função respiratória. Nesse sentido, o acompanhamento 
fisioterapêutico é importante para auxiliar a equipe de saúde na redução das complicações 
pulmonares decorrentes de cirurgias cardíacas (Arcêncio, 2008). 
Para Beck et al (2003), o foco é centrado no cuidar do “ser humano em todas as etapas da 
vida, também deve implementar ações de saúde específicas, objetivando a promoção, a 
proteção e a recuperação da saúde dos indivíduos enfermos, mediante execução de programas 
e medidas profiláticas”. 
 
 
1 Pós-graduando em Fisioterapia Intensiva. 
2 Orientadora: Graduada em Fisioterapia. Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Mestranda em 
Bioética e Direito em Saúde. 
3 Co-orientadora: Graduada em Fisioterapia. Especialista em Cardio-pulmonar. 
mailto:thatyabrahim@hotmail.com
2 
 
 
 
 
 
 
1. Breve Descrição do Coração e Fisiologia Cardíaca 
 
Segundo Dangelo e Fattini (2005), o coração é um órgão muscular, que funciona como uma 
bomba contrátil – propulsora. O tecido muscular que forma o coração é de tipo estriado, e 
constitui sua camada média. De acordo com Sleutjes (2004), o coração é como um conjunto 
composto por um órgão central de bombeamento muscular, é um conjunto de tubos 
comunicantes e interligados (os vasos sanguíneos), estando hermeticamente fechados. 
No entender de Guyton (1997), “o coração, na realidade, é formado por duas bombas 
distintas, o coração direito que bombeia sangue pelos pulmões, e o coração esquerdo que 
bombeia o sangue para os órgãos periféricos”, tendo em vista que “cada um desses corações é 
uma bomba pulsátil com duas câmaras, chamadas de átrio e ventrículo”. 
O sangue que entra no ventrículo direito, pelo átrio direito, é bombeado, através do sistema 
arterial pulmonar, sob pressão média de aproximadamente um sétimo daquela nas artérias 
sistêmicas. O sangue então passa através dos capilares pulmonares, onde o dióxido de 
carbono no sangue é eliminado e o oxigênio é captado. O sangue rico em oxigênio retorna 
pelas veias pulmonares para o átrio esquerdo do coração, onde é bombeado do ventrículo 
esquerdo para periferia, completando, dessa forma, o ciclo. Todo o ciclo cardíaco consiste em 
um período de relaxamento, a diástole, durante a qual o coração se enche de sangue, seguido 
por período de contração, a sístole (AIRES, 1999). 
Quanto as distribuição das válvulas atrioventriculares, estas estão localizadas entre o átrio e o 
ventrículo direitos, formadas por três cúspides (válvula tricúspide), ao passo que as 
localizadas entre o átrio e o ventrículo esquerdo apresentam duas cúspides (válvula mitral). A 
área total das cúspides de cada válvula átrio-ventricular (AV) é aproximadamente o dobro da 
do respectivo orifício AV, de modo que ocorre considerável sobreposição dos folhetos 
quando a válvula está fechada. Existem ligamentos fortes e finos, presos as extremidades 
livres dessas válvulas, chamados de cordas tendíneas, (que se originam dos potentes músculos 
papilares dos respectivos ventrículos e evitam a inversão das válvulas durante a sístole) 
(BERNE & LEVY, 2000). 
 
2. Fisiologia Respiratória 
 
Os pulmões são projetados para fornecer uma distribuição correta de ar inspirado e do fluxo 
sanguíneo pulmonar. A relação ventilação/perfusão é o processo da respiração onde acontece 
a troca de O2 e CO2, sendo medidas as diferenças de concentrações entre o ar inspirado e o 
gás expirado (BERNE & LEVY, 2000). 
Na mecânica da ventilação, Guyton e Hall (1997) pontuam que os pulmões podem ser 
enchidos e esvaziados por dois mecanismos, ou seja, pelos movimentos do diafragma para 
cima e para baixo, que fazem com que a caixa torácica se encurte ou se alongue, ou pela 
elevação e abaixamento das costelas, o que aumenta e diminui o diâmetro antero-posterior da 
caixa torácica. Durante a inspiração, a contração do diafragma traciona para baixo a superfície 
inferior dos pulmões, e, em seguida, durante a expiração, o diafragma simplesmente se relaxa, 
e a retração elástica dos pulmões, da caixa torácica e das estruturas abdominais comprime os 
pulmões. 
 
3. A Doença cardíaca congênita – Comunicação Interatrial (CIA) 
 
As cardiopatias congênitas constituem um grupo de numerosas lesões que se situam em 
diferentes locais do aparelho circulatório, como gravidade variável. São anomalias resultantes 
de defeitos anatômicos no coração ou na rede circulatória que comprometem suas funções. O 
3 
 
 
 
 
 
defeito resulta da malformação do coração ou dos vasos próximos ao coração que se 
desenvolveram normalmente antes do nascimento (Quilici et al, 2009). 
A comunicação interatrial tem maior probabilidade de ocorrência, em crianças do sexo 
feminino. Consideram-se quatro tipos anatômicos principais, são eles: ostium secundum ou 
fossa oval, ostium primum, sinus venosus e o mais raro que é o seio coronariano. 
 A comunicação interatrial tipo ostium secundum corresponde a cerca de 10-12% de todas as 
cardiopatias congênitas , sendo uma das lesões mais frequentes na prática clínica. Por ser uma 
cardiopatia com hiperfluxo pulmonar, resultante de uma sobrecarga de volume de câmaras 
direitas, e não de pressão, raramente leva a sintomas significativos na faixa etária pediátrica. 
O diagnóstico geralmente é sugerido pela presença de sopro cardíaco ejetivo em foco 
pulmonar e 2ª bulha com desdobramento constante e fixo em criança com crescimento 
pôndero-estatural normal (Carlos et at, 2013). 
 
 
 
http://www.hcor.com.br/ 
Figura 1. Tipos de CIA 
 
 
4. Cirurgia cardíaca 
 
Cirurgia cardíaca pode ser definida como processo de restauração e restituição das 
capacidades vitais, compatíveis com a capacidade funcional do coração daqueles pacientes 
que já apresentaram previamente doenças cardíacas.É o processo pelo qual o paciente busca 
retorno ao bem-estar do ponto de vista físico, mental e social. Nos últimos anos, observou-se 
aumento significativo do número de pacientes com doenças cardíacas que necessitam de 
cuidados intensivos, clínicos ou cirúrgicos (PAPA V e TRIMER R, 2000). Embora tenham 
evoluído ao longo dos anos, as cirurgias cardíacas não estão livres de complicações pós-
operatórias. Estas têm relação com fatores ligados à condição clínica e funcional do paciente e 
ao tipo de procedimento cirúrgico (Kagohara et at, 2006). 
A cirurgia cardíaca ocasiona reduções dos volumes e das capacidades pulmonares, assim 
como redução da força muscular respiratória, o que contribui para o aumento da incidência de 
complicações respiratórias (Assumpção et al, 2002). 
 
5. Complicações Pulmonares no Pós-Operatório 
 
4 
 
 
 
 
 
As complicações pulmonares são causas importantes de morbidade e mortalidade nos 
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Uma cirurgia na região torácica, como no caso da 
cirurgia cardíaca, pode levar a complicações do sistema respiratório, pois existem fatores 
relacionados a esta cirurgia que podem comprometer a função pulmonar (DALVIN et al, 
2006). 
No pós-operatório cardíaco, as complacências pulmonares (dinâmica e estática) encontram-se 
diminuídas na maioria dos pacientes. A esternotomia altera principalmente a complacência da 
caixa torácica, a qual diminui mais de 80% de sua mobilidade após sete dias da incisão 
cirúrgica. Isto leva ao surgimento de atelectasias, diminuindo a complacência da dinâmica 
pulmonar (AMBROZIN et al, 2005). 
Os pacientes submetidos à cirurgia que requer anestesia geral estão sob risco de complicações 
pulmonares pós-operatórias. Esse risco é maior nos pacientes submetidos à cirurgia torácica 
(cirurgia cardíaca). Neste sentido, os fatores ocorridos no pós-operatório predispõem o 
paciente a complicações pulmonares pós-operatórias. Observa-se que a anestesia geral está 
associada com efeitos deletérios sobre a função pulmonar, podendo ocorrer hipoxemia arterial 
imediatamente após a anestesia e a cirurgia. Segundo a autora, as causas podem levar à 
depressão da respiração, depressão pela inalação de anestésicos, causando hipoventilação 
alveolar, redução da resposta ao dióxido de carbono e uma resposta ventilatória intensamente 
brusca à hipoxemia. As alterações mecânicas previsíveis após uma cirurgia cardíaca são uma 
grande redução da capacidade vital (CV), e uma menor, porém mais importante, redução na 
capacidade residual funcional (CRF) (REGENGA, 2000). 
Eventualmente, o sistema nervoso ajusta de modo quase exato a ventilação às necessidades de 
oxigênio e de dióxido de carbono. O centro respiratório é composto por diversos grupos de 
neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte, em que a finalidade última da 
ventilação e do transporte sanguíneo de gases é a manutenção de concentrações adequadas de 
oxigênio, de dióxido de carbono e de íons hidrogênio nos tecidos. Segundo o autor, embora a 
atividade do centro respiratório seja altamente sensível às variações, em termos de controle da 
respiração, o oxigênio não exerce um efeito direto significativo sobre o centro respiratório 
cerebral. Ao contrário, o oxigênio atua quase que inteiramente sobre os quimioceptores 
periféricos localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos, e estes é que enviam aos centros 
respiratórios sinais nervosos que participam do controle da ventilação (GYUTON, 1997). 
A circulação extracorpórea (CEC), pode resultar em alterações da permeabilidade capilar 
pulmonar e sistêmica, resultando na síndrome pós-perfusão. Outro possível mecanismo que 
leva a lesões pulmonares pode estar relacionado à ativação dos neutrófilos, com desintegração 
e liberação de grânulos lisossomais tóxicos e enzimas proteolíticas, que eventualmente 
resultam em lesão epitelial e endotelial. Também a oferta de sangue inadequada para o 
epitélio alveolar, durante o período de circulação extracorpórea (CEC), pode resultar em 
liberação inadequada de surfactante pelos pneumócitos tipo II (GYUTON, 1997). 
Segundo Moraes e Gonçalves (2002), decorrentes das complicações pós-operatórias da 
cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC), nesses pacientes as complicações 
pulmonares são descritas como derrame pleural, atelectasias e lesão no nervo frênico. 
Segundo Taniguchi e Pinheiro (2000), o acúmulo de líquido na cavidade pleural é frequente 
em pós-operatório de cirurgia cardíaca, a hipomobilazação diafragmática reduz a atividade 
nos linfáticos, desequilibra o balanço entre a transudação e reabsorção que favorece o 
acúmulo de líquido na pleura. O líquido acumulado no pós-operatório, na maioria das vezes 
traduz a reação pleural a alguma infecção pulmonar adjacente. A febre, a expectoração 
purulenta, leucocitose e infiltrado pulmonar sugerem a natureza inflamatória do derrame. 
Segundo Regan; Kleinfeld e Erik (1994), a atelectasia é a expansão incompleta do pulmão 
devido ao colabamento dos alvéolos. A causa pós-operatória mais comum da atelectasia é 
devido à hipoventilação, sendo essa uma diminuição do volume pulmonar ocorrida por várias 
5 
 
 
 
 
 
razões. Durante a anestesia e as drogas narcóticas podem diminuir a função ciliar e limitar o 
esforço inspiratório do paciente, facilitando assim o acúmulo de secreções nos alvéolos. 
A paresia do nervo frênico é uma alteração da posição e da mobilidade do diafragma, sendo as 
causas mais frequentes como a invasão de neoplasias pulmonares e mediastínites, lesões do 
nervo frênico durante intervenções cirúrgicas torácicas e abdominais, podendo assim 
gradativamente estas retornar à sua função com o treinamento da musculatura. As causas mais 
frequentes de complicações relacionadas com o nervo frênico são a invasão de neoplasias 
pulmonares e mediastínites, as lesões do nervo frênico durante intervenções cirúrgicas 
torácicas e abdominais, e as paresias, que são alterações da posição e da mobilidade do 
diafragma. Com o treinamento da musculatura, o retorno de sua função voltará 
gradativamente (PORTO, 2001). 
As cirurgias cardíacas estão intimamente relacionadas com as patologias respiratórias, tanto 
pela sua importância no tratamento das numerosas afecções do sistema respiratório, como por 
sua influência no funcionamento deste. A preocupação com os transtornos da função 
respiratória, de pacientes submetidos a toracotomias iniciou-se juntamente com a cirurgia 
torácica, tendo aumentado com o advento da cirurgia do coração e grandes vasos (Muller et 
al, 1990). 
 
6. Atuação do Fisioterapeuta no Pós-Operatório 
 
A fisioterapia apresenta uma missão primordial de cooperação, mediante a nova realidade de 
saúde que se apresenta, através da aplicação de meios terapêuticos físicos, na prevenção, 
eliminação ou melhora de estados patológicos do homem, na promoção e na educação em 
saúde (Ragasson et al 2003). 
A base sólida da atuação do fisioterapeuta, segundo Azeredo (2002) baseia-se no principio de 
que o “respiratório é, portanto, o profundo conhecimento da fisiologia respiratória. Todo o 
processo respiratório envolve variações pressóricas que ocorrem em diversos setores do 
sistema de forma harmoniosa e sincrônica”. Pode-se afirmar que, “do nariz até o alvéolo, e 
deste capilar pulmonar, ocorrem distintos gradientes pressóricos que tornam fisicamente 
complexas a ventilação pulmonar, a difusão e a perfusão”. O fisioterapeuta encontra “grande 
respaldo científico para a atuação do fisioterapeuta respiratório na atualidade”. 
Os cuidados com o paciente cirúrgico, segundo Regan; Kleinfeld e Erik (1994), “são 
multifacetados e devem ser administrados por profissionais que tenham experiência em 
diversas áreas de tratamento. Deve-se abordar um componente de reabilitação na evolução 
pós-operatória da maioria dos pacientes”. Para o autor, [...] esse componente inclui os 
aspectos preventivos dos cuidadose uma forte ênfase na orientação do paciente. Os 
fisioterapeutas podem abordar essas necessidades devido à sua experiência com controle da 
dor, higiene pulmonar, educação do paciente, mobilização e conhecimento das ciências 
médicas básicas. 
A fisioterapia visa adicionar qualidade de vida por meio de aumento da capacidade de 
trabalho, recreação e atividade física geral, auxiliando, com isso, a normalizar o estilo de vida. 
São poucos os pacientes cardíacos que não se beneficiaram de uma intervenção apropriada de 
exercícios, sendo que a intervenção para o paciente pode ir desde exercícios no leito, visando 
manter a atividade, da educação em relação a modificações no etilo de vida, até exercícios 
para o condicionamento. A fase inicial do tratamento fisioterapêutico dos pacientes de 
cirurgia cardíaca em geral dura de 5 a 7 dias, com programa direcionado principalmente para 
a prevenção e tratamento das complicações pulmonares (TANIGUCHI & PINHEIRO, 2000). 
O músculo respiratório é o principal efetor da bomba respiratória e as técnicas utilizadas que 
possibilitam a reeducação do músculo respiratório já citadas em diversas literaturas 
constituem a cinesioterapia respiratória: reeducação diafragmática, reeducação dos 
6 
 
 
 
 
 
intercostais, reeducação dos músculos acessórios, reeducação do músculo transverso 
abdominal e reeducação dos músculos abdominais. Em seguida são recomendados exercícios 
para membros superiores, inferiores e conjugados (AZEREDO, 2002). 
Após a estabilização hemodinâmica do paciente, que geralmente se dá em torno de uma hora, 
faz-se uso das técnicas apropriadas de higiene brônquica utilizando ambú, aspiração e 
vibrocompressão. Mobilizações discretas de membros inferiores, objetivando com isso, 
prevenir trombos e reduzir a estase venosa (MULLER, 1990). Normalmente entre 20 e 24 
horas após o ato cirúrgico, podem ainda persistir algumas características do quadro de pós-
operatório tais como: atelectacias de base esquerda, acumulo de secreção, diminuição da 
reserva ventilatória, expansibilidade e complacência (FROWNFERTER e DEAN, 2004). 
Titoto et al (2005) relata que o tratamento fisioterapêutico na fase hospitalar baseia-se em 
procedimentos simples, como exercícios metabólicos de extremidades, para aumentar a 
circulação, exercícios respiratórios para eliminar obstruções respiratórias e manter os pulmões 
limpos, exercícios ativos para manter a amplitude de movimento e elasticidade mecânica dos 
músculos envolvidos, treino de marcha em superfície plana e com degraus, reduzindo os 
efeitos prejudiciais do repouso prolongado no leito, com isso aumenta a autoconfiança do 
paciente e diminui o custo e a permanência hospitalar. 
As manobras fisioterapêuticas aplicadas aos cuidados respiratórios, englobam técnicas que 
tem como objetivo promover a higiene pulmonar, treinamento da musculatura respiratória e a 
promoção do condicionamento físico, a fim de evitar a inatividade e a deterioração da 
capacidade funcional (FROWNFELTER, 2004). 
 
6.1 Técnicas Fisioterapêuticas 
 
Padrão diafragmático: O método prevê que o paciente aprenda a utilizar seu abdome para 
respirar, exigindo, dessa forma, o máximo de seu diafragma. Durante a inspiração (realizada 
pelo nariz) o paciente será orientado a protrair seu abdome, e na expiração (realizada pela 
boca em associação com o exercício de frênulo labial) deverá realizar uma retração abdominal 
(TARANTINO, 2002). 
O método de reequilíbrio toraco-abdominal foi assim denominado porque as alterações 
mecânicas resultantes da cirurgia cardíaca demonstram desequilíbrio de forças entre os 
músculos acessórios da inspiração e da expiração, pois esse desequilíbrio muscular e as 
alterações do volume pulmonar modificam o ponto de equilíbrio torácico. A técnica do 
método de reequilíbrio muscular consiste em um manuseio dinâmico sobre o tronco, quando o 
fisioterapeuta deve atuar no sentido de suprir as falhas dos músculos respiratórios oferecendo 
pontos fixos, apoios e alongamento muscular para facilitar o funcionamento normal dos 
músculos, nos diversos padrões de respiração (AZEREDO, 2000). 
Segundo O’sullivan e Schmitz (2004), a base da drenagem postural é o ato de posicionar o 
paciente de modo que o brônquio do segmento pulmonar comprometido fique perpendicular 
ao chão. Por meio da gravidade, essas posições ajudam no sistema de transporte mucociliar, 
removendo o excesso de secreções na árvore traqueobrônquica. Embora essas posições sejam 
ótimas para a drenagem de segmentos pulmonares específicos por meio da gravidade, podem 
não se adequar a realidade de alguns pacientes. A posição padrão para drenagem postural 
poderia piorar a condição respiratória ou algum problema concomitante do paciente. Assim 
que as secreções tenham sido mobilizadas com drenagem postural, passa-se a tarefa de 
remove-las. A tosse é o meio mais comum e fácil de limpar a via aérea. O huffing (expiração 
forçada) é o outro método de limpeza das vias aéreas. 
Segundo Irwin e Tecklin (1994), dentre as técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta estão os 
padrões ventilatórios para expansão pulmonar como a inspiração fracionada ou em tempos, 
soluços inspiratórios, inspiração com apnéia pós-inspiratória e expiração abreviada, etc. A 
7 
 
 
 
 
 
utilização de padrões ventilatórios estimula grandes volumes pulmonares, traduzindo uma 
eficiência na resposta pulmonar, impedindo o aparecimento de atelectasias. 
A inspiração em tempos consiste na inspiração nasal suave e curta interrompida por curtos 
períodos de apnéia pós-inspiratória, sendo programados para 2, 3, 4 ou 6 tempos repetitivos, 
e, em seguida, expirar suavemente via oral. A técnica dos soluços inspiratórios tem uma 
programação em subdividir a inspiração nasal de forma curta e sucessiva até atingir a máxima 
capacidade inspiratória. Ambas às técnicas são utilizadas na reabilitação no pós-operatório de 
cirurgia cardíaca com ótimos resultados no restabelecimento da complacência global 
(CARVALHO, 2001). 
A inspiração sustentada ocorre com uma inspiração nasal suave e uniforme até chegar no 
nível da capacidade inspiratória máxima, permanecendo em apnéia entre 3 e 10 segundos. A 
expiração oral é lenta, contínua e sem esforço, até conseguir atingir o volume de reserva 
expiratório máximo. Na expiração abreviada, os ciclos de inspiração profunda podem ser 
intercalados com pequenas expirações (TANIGUCHI & PINHEIRO, 2000). 
Segundo Dias et al, (1992) a expansão costal lateral é uma técnica particularmente útil para 
fortalecer as musculaturas inspiratórias e automaticamente melhorar a ventilação pulmonar. O 
paciente pode estar sentado ou em decúbito dorsal com os joelhos flexionados e pés apoiados. 
O terapeuta posiciona as mãos ao longo da face lateral das costelas inferiores para fixar a 
atenção do paciente nas áreas em que o movimento deve ocorrer. Pedir para o paciente inspira 
e assim sentir a caixa torácica mover-se. A medida que ele inspirar, colocar pressão nas 
costelas com a palma das mãos, a aplicação da resistência manual deve ser suave na área 
inferior das costelas para aumentar a percepção sensorial a medida que o paciente inspira 
profundamente. 
Os incentivadores respiratórios são exercitadores respiratórios que tem como função a 
reexpansão pulmonar, aumento da permeabilidade das vias aéreas e fortalecimento da 
musculatura respiratória. Os incentivadores inspiratórios são recursos mecânicos da 
fisioterapia respiratória, geralmente, destinados a ajudar no desempenho muscular respiratório 
e na eficiência do trabalho mecânico da ventilação pulmonar (ALMEIDA, 2007). 
Forma de treinamento ventilatório que enfatiza inspirações sustentadas máximas. Um termo 
sinônimo é manobra inspiratória máxima mantida, que é feita com ou sem uso de um 
espirômetro. O paciente respira por um espirômetro que fornece feedback visual ou auditivo 
enquanto ele inspira o mais profundamente possível (KISNER,2004). 
Nota-se, na prática, que o feedback visual oferece aos pacientes condições de visualizar no 
aparelho, a pressão inspiratória gerada por seus músculos ventilatórios. Esta pressão então, 
produz uma resposta mais eficaz do que simplesmente realizar uma sustentação máxima na 
inspiração (PRESTO, 2007). 
Rocha (2002), complementa que a técnica dos incentivadores é fazer com que o paciente, 
realize um trabalho ventilatório caracterizado por uma inspiração ativa forçada, que deverá ser 
mantida (sustentação máxima inspiratória), por um determinado período de tempo 
quantificado em segundos. 
Existem dois tipos de incentivadores: fluxo e de volume. Os dois tipos de incentivadores são 
equipamentos portáteis, geralmente de plástico ou material semelhante e de baixo custo. São 
de fácil utilização, descartáveis e podem ser usados tanto em crianças como em adultos. O 
respiron é um incentivador de fluxo, varia em função do tempo de incentivo. Incentiva uma 
respiração sustentada máxima, em que o paciente deve inspirar para que consiga fazer com 
que as três bolinhas do aparelho subam entre 5 a 10 segundos (ALMEIDA, 2007). 
A pressão positiva nas vias aéreas (PAP) inclui o uso de CPAP, EPAP e IPAP, para mobilizar 
as secreções e prevenir as atelectasias. A técnica de higiene brônquica com PAP tem-se 
mostrado uma eficiente opção em fisioterapia pulmonar para expandir pulmões e mobilizar 
secreções. O CPAP realiza uma aplicação da PAP nos pacientes com respiração espontânea 
8 
 
 
 
 
 
durante a inspiração e expiração. O CPAP mantém uma pressão contínua nas vias aéreas (5 a 
20 cm H2O). A EPAP fornece uma pressão positiva nas vias aéreas, somente na expiração. 
Durante a terapia de EPAP, o paciente expira contra uma resistência, gerando pressões 
preestabelecidas de 5 a 20 cm H2O. O IPAP fornece uma pressão positiva nas vias aéreas 
somente na inspiração. São algumas formas de pressão positivas citadas pelo autor 
(AZERREDO, 2002). 
Segundo Regenga (2000), o segundo dia pós-operatório refere-se à exemplificação da rotina 
de fisioterapia no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca na unidade de internação. Para 
tanto é necessário realizar a transferência da UTI para a unidade de internação, ao mesmo 
tempo fazer a avaliação do paciente (evolução na UTI + RX + avaliação física). Na sequência, 
o fisioterapeuta deve realizar o processo educativo visando orientar o paciente quanto à AVD 
(posicionamento no leito, sentar-se, levantar-se, deambulação) e, ao mesmo tempo, 
desenvolver educação em saúde sobre a respiração diafragmática e tosse + inalação e, se 
necessário, introdução de oxigenoterapia e/ou aparelhos de pressão positiva e, por último, não 
menos importante, deve realizar a escolha do espirômetro de incentivo. O autor descreve que 
no terceiro dia pós-operatório as orientações do espirômetro de incentivo e manobras de 
higiene brônquica devem ser orientadas pelo fisioterapeuta quando necessário e avaliado pelo 
mesmo. A deambulação é um procedimento realizado para o retorno da capacidade funcional, 
para as manobras de reexpansão pulmonar, para o padrão ventilatório e para a cinesioterapia. 
Também deve realizar o estímulo da atividade física (deambulação assistida), o controle da 
FC e, se necessário, da pressão arterial e as orientações dos exercícios metabólicos, bem como 
a elevação dos membros inferiores. No 4º dia do pós-operatório, a assistência prestada pelo 
fisioterapeuta deve estar centrada na manutenção da conduta anterior, na verificação do 
aumento da distância na deambulação, nas orientações posturais para correção da postura 
antálgica e nos exercícios de alongamento e relaxamento (amenizar as dores musculares). 
O Regenga (2000) descreve que, no quinto dia pós-operatório, o trabalho do fisioterapeuta 
recai na avaliação dos exames de controle (RX, ECG, ECO, laboratoriais), na deambulação 
associada a exercícios dos membros superiores e inferiores e, no sexto dia do pós-operatório, 
o fisioterapeuta realiza o treino de escada e as orientações para a alta. 
 
Metodologia 
 
Após definição da problemática, os estudos a serem consultados foram identificados por 
pesquisa em bases de dados eletrônicos e livros específicos. Foi elaborada uma estratégia de 
busca específica de pesquisas, cruzando palavras-chave sobre Cirurgia cardíaca, comunicação 
interatrial e fisioterapia, no período compreendido entre 1990 e 2013. Dez estudos relevantes 
foram identificados. Não havendo assim restrição de idioma. Baseado na semelhança entre os 
estudos, para entender a atuação do fisioterapeuta no pós-operatório cardíaco. 
 
Resultados e discursão 
 
As cirurgias cardíacas estão intimamente relacionadas com as patologias respiratórias, tanto 
pela sua importância no tratamento das numerosas afecções do sistema respiratório, como por 
sua influência no funcionamento deste (Muller et al, 1990). 
Regenga (2000), afirma que a fisioterapia no período pós-cirúrgico vem, atuando 
objetivamente para manutenção e melhora da função pulmonar, especialmente nas 
complicações respiratórias. 
Para Muller et al (1998), o acompanhamento Fisioterapêutico vem assegurar boas condições 
da ventilação-perfução através das técnicas especificas no pós-operatório de cirurgia cardíaca. 
9 
 
 
 
 
 
São poucos os pacientes cardíacos que não se beneficiaram de uma intervenção apropriada de 
exercícios, sendo que a intervenção para o paciente pode ir desde exercícios no leito, visando 
manter a atividade, da educação em relação a modificações no etilo de vida, até exercícios 
para o condicionamento (TANIGUCHI & PINHEIRO, 2000). 
Já na fase pós-operatória, os objetivos principais da fisioterapia são prevenir e auxiliar na 
resolução das complicações pulmonares: promovendo a reexpansão de áreas de atelectasia, 
mantendo a ventilação adequada, assistindo na remoção de qualquer excesso de secreção 
pulmonar e auxiliando no posicionamento geral, na mobilidade no leito e na deambulação 
precoce do paciente (PRYOR, 2002). 
Indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos torácicos comumente apresentam 
alterações respiratórias. A fisioterapia tem a possibilidade de atuar especificamente dentro de 
cada tipo de cirurgia, devendo ser iniciado precocemente (Neves, 2005). O trauma torácico 
provindo das cirurgias altera as condições respiratórias, gerando um acúmulo de secreção 
pulmonar (Regenga, 2000). Segundo Rosa et al (2007), a manutenção da higiene das vias 
aéreas é frequentemente realizada diminuindo o acúmulo de secreção e o risco de pneumonia 
assim como melhora da função pulmonar. 
Irwin e Tecklin (2003), afirmam que a fisioterapia respiratória é frequentemente utilizada na 
prevenção e tratamento de complicações pós-operatórias como: retenção de secreção, 
atelectasia e pneumonia. 
Segundo Azeredo (2002) a fisioterapia respiratória utilizando padrão ventilatório por meio de 
inspiração fracionada tem sido amplamente utilizada, demonstrando eficácia como técnica de 
expansão e incremento da função pulmonar. 
Almeida (2007), afirma que os incentivadores inspiratórios são recursos mecânicos da 
fisioterapia respiratória, geralmente, destinados a ajudar no desempenho muscular respiratório 
e na eficiência do trabalho mecânico da ventilação pulmonar (ALMEIDA, 2007). 
Romanini et al (2007), também afirma que os aparelhos para realizar exercícios de resistência 
à respiração espontânea auxiliam a reexpansão pulmonar, aumentam da permeabilidade das 
vias aéreas e o fortalecem os músculos respiratórios, otimizando o trabalho mecânico da 
ventilação pulmonar e a oxigenação arterial. 
Segundo Silva (2010), a cinesioterapia respiratória é baseada em exercícios e estratégias para 
acrescer os volumes pulmonares, diminuir o trabalho respiratório e a sensação de dispnéia, 
redistribuir e melhorar a ventilação pulmonar bem como favorecer as trocas gasosas e 
potencializar a contração dos músculos respiratórios. Concordandocom o presente estudo, 
Arcêncio et al (2008) em suas observações constataram que os exercícios de inspirações 
seguidas e mantidas não só aumentam a coordenação e eficiência dos músculos respiratórios, 
como também são eficazes no tratamento e prevenção de atelectasias refratárias, melhorando 
a capacidade vital e a complacência pulmonar. 
Para Pulz et al (2006), o tratamento fisioterapêutico no hospital tem como objetivos evitar os 
efeitos negativos do repouso prolongado no leito, estimular o retorno mais breve às atividades 
físicas cotidianas, manter a capacidade funcional, desenvolver a confiança do paciente, 
diminuir o impacto psicológico (como ansiedade e depressão), evitar complicações 
pulmonares, maximizar a oportunidade da alta precoce e fornecer as bases de um programa 
domiciliar. 
Regenga (2000), relata a eficácia dos exercícios respiratórios na melhora tanto da ventilação 
como oxigenação de pacientes com alterações pulmonares. 
É interessante ressaltar a importância da orientação e auxílio do fisioterapeuta para uma 
perfeita execução dos exercícios e assim, garantir o sucesso da terapêutica (RENAULT, 
2008). 
É consenso que a Fisioterapia tem importância nos resultados dos pacientes submetidos à 
correção Cirúrgica da Comunicação Interatrial (CIA), os autores consultados ressaltam o 
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importante papel da Fisioterapia no pós-operatório cardíaco. Com a atuação da Fisioterapia 
se previne os comprometimentos respiratórios principalmente no acumulo de secreção e 
atelectasia. 
 Com base na analise feita sobre os dados coletados, não houve divergências entre os autores 
em relação à eficácia do método Fisioterapêutico no tratamento respiratório aplicado no pós-
operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. 
 
Conclusão 
 
De acordo com esta revisão bibliográfica, a correção cirúrgica da comunicação interatrial em 
pacientes é segura, desde que todos os cuidados necessários para uma boa recuperação sejam 
proporcionados pela equipe responsável. 
Observou-se a importância da conduta fisioterapêutica com exercícios respiratórios 
específicos no pós-operatório para reduzir o risco de complicações pulmonares, obtendo a 
melhora da ventilação pulmonar, diminuição da dor, aceleração do processo de recuperação 
pulmonar e reduzir o tempo de permanência do paciente no hospital. 
 
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