Buscar

426256098-meus-deveres-1936-0-pdf

Prévia do material em texto

1936 
OOMPANHIA mtTORA CIO AI 
S. PAULO 
F.STA OBRA FAZ PARTE DA COLLECQÃO 
DE LIVROS PR1l4ARI08 DA P'JRloiA 
SALLES OLIVEIRA 8t CIA . LTDA. 
TYP OGRAPHIA SIQUEIRA 
---- sAo PAUL.O 
EDITADOS PEL-' 
COMPANHIA EDITORA NACIONAL 
S ÃO PAULO 
J. P I NTO E SILVA 
MEUS DEVERES 
EDUCAÇÃO CI'V ICA E MORAL 
xo 
f)f\R \PPl! 1\ \!l \ f ~·) >PT\0~ I ELOS fõ<I\"EUN -I fi I f 'ITADO F 
~ÃO PH I 11t ns &<T~D< ,.. E PO!t ESCOL-\~ PARTtC I \Rt..l" 
12.0 EDICAO 
1936 
C'omf.tufu. Editor.! x.ICIOilfl.l 
SÃO P,\l LO 
LIVROS E SCOLARES 
para CURSO PR I MARIO ed it ados pela 
C OMPANHI A E D ITOR A N ACI O NAL- S. Paulo 
J, Pl!loTO E <011\Ar 
liEOii lH VF.RE!; (1.,. tura para 2o0 anno) 
.l!Et S UF.\ EfH.S (~ tura para 8o0 anno) 
Ml~ liA PATI IA (I.., tura para 2 o ann 
Ml ~UA P TlllA 1:.... tara para B • ar n •) 
M , OIJ\"llllA o n. IIIIRfiALr 
1'0\' AS LP.lT HA ~ 
li O'\' At! L f lTl HAS li 
NO~ AS LEITl RAS 111 
TIIEODI•IIU lrF. alllltAl~r 
(pau 1" 11 no) 
(parn 2 ° ar DO) 
((lnu li.• a nno) 
AI} l J,J VRO Cartilha) o • o 
l !F,l 1,1\ Ro (L .. itnro rara 2 ° ann o) 
Rl'.l t.t:u llo"<turn lnterm•dlarla) 
IJF.l I.ER (l,olllra para~ 0 alllu) o o 
St.l J,t R L IUrA l'&ra U 0 4o• annos) 
TII Al.ES ll Al\liiiAIIf 
J,F.R llfUl\OA~'l>O (Cr.rlilhn) • • 
VI !IA NA U01.;A (L r ra pora "2 • anuo) 
E f'EI,IIO 1 hura ara ~ 0 •nno , 
'l'RAIIAI.HO L ora para I! anuo) 
AUilAI>P. (Leaura para Bo" e 4o• an oa) 
r. FARIA i'ol I'IOo 
PJUULITO I (l"'ltura l&ra 1 o anuo) 
PirULITO ll (t...tuu p ra 2 o n) 
COHACAO DRA I L~ I 'lO t...r ura J-Ar& 8 o anuo) 
lf, IOliiA "A'TOS ·~· ... 
O l't tJt E~O t SI OI.AR I (1..., I 
O PF.CJI't'NO " OLAK li (Le t 
li•Jllll IJE I tur para 4 a 
ORUM1t1 U "lll:." 111.: \I li R \1':" S.. ri" 
ra para O • a n ) 
ra para 4 o acuo) 
DO} 
llt'I:HA" fllRTOltiETAS (t...llura para lo• a nno) 
0°U111RIAN l~lA~TIS (para 2 ° auno) 
Lt:ITl FIA SU.!l'LE (Iara 8 o aono) 
OAIITJI.IIA PIU. I A o , 
l!l~IIA LEirL R.A!'l (puo 4 o anuo) 
J O~h~ 11 11111 A:O.lll 
MJ:o;JJA lolÇOP:!'I (L<-hura para I an o 
I' A MTA f. bC'OJ •• o\11 ,Lruura parA I. a uno l 
A:"'~ll :'\ 1 11 fAII I At 
AL \ 'UflAilA Loltur t•nra :l annn) , 
SbA I! A I'ATIOII"IIOA (l,eatura Jlllra 4 • a nnol 
Al'IIII,IIJ loCI'l I.A 
Ml'l:llAI> LII,'Ot !" L tlura purn 2 annoJ 
00~1 o Es 111 AR F."' I 1 ura 111r anuo) 
f; l'ALI.(l f '> A~ OI!A"l>l Z.AN r.~aur~ pr.ra 4 o aono) 
IDIA!>f(l li F" 1 "'' nn 
nECORJJAl'OES 'v .. ,,. 
A. AI~~~ li• \ I' 'IUit 
CAitTILllA DE 
(Lt' tura para 8 acuo) 
11 ra 4 an 
liYGI"ENE 
4 aaaoa 
A (Lea• C0 aurn) 
OEQlU'TitlA E OEsFSJIO (,JSEAR 4 • 
~ 
5TLU.A ~RA!\IIT 111: C\11\ \ L U n, 
0 Al!JI,() DA 11\fi'ANOIA (CArUlha POI' 
Cl.A I Il l A IIAIIHII~ 1 
O.UlTILIIA PAOIL 
1 baciol 
DtO OO 
l!$[100 
asooo 
11$500 
ll$000 
saooo 
8$~00 
a•ooo 
su o o 
8$000 
8$!.100 
•s ~oo 
2f500 
ar oo 
8f 00 
BUOO 
~000 
8$(100 
li$ 00 
1:1$:10(1 
suo o 
4tOOO 
BU o 
8$000 
8$000 
uooo 
2$~00 
~$500 
2$000 
8$ ou 
BfllOO 
H$ 500 
8$00!1 
8$:001) 
St~oo 
suo o 
J t .> 
lltOOO 
4f o 
5$000 
:1$500 
atooo 
lt\1011 
ADVERTENCIA 
" 
amwa• df l ~tct.coa e 1 
'" u o• •• lAuolra ru 
como 
"" 
O At 
• 
ASSUMPTOS TRATADOS 
NO PRESENTE LIVRO 
A F \.MHJIA 
IIES.PJ:ITO \0~ PAf~ 
\ I'A'l'R l +\ 
J• lW J: ru.:-; l•'IL I HJ:-; 
o 00\'F.RXO 
I! J,I•ii'El'I'O \' \ EI,JIII'f~ 
o~ '•HE Ul()l:-1 
·, m.1 t m.JC \ 
O '1'11\BAJ.H() 
A I :\STIIVC'Ç'ÃO 
\ ELIJÇ'\0 I O \0'1 l 
A MODf:ISTIA 
\ BO\DAT>L 
O CO~GHESSO 
A OH \TillÃU 
A C' \I n D,\IJE 
A LEI 
A VJ.;RDADE 
A Ir\ \ J ~.J A 
HEI'ii' I~l'l'O AS J.g[i' 
A CAI,l ~1!\IA 
o 01 110 
\ I'OI,IDF.Z 
os ENPlmMOS 
OS MOH'l'OS 
O "0LP \DO 
01-i lN'VALIDOS 
A I~TUI.gRAr>;l'I~\ 
\ H \l'\DEIR \. 
\ I t f H[])AJlE 
\ H' I'OCRISIA 
\ tH'i' m' 
\ (OH \111;~) 
\ IJU'\ h \JJEZ 
O n.IJ O TO 
o o .o 
O \L( 001. 
\ EHf I \ 
' ~){\o Jo'"-
TEMPBRANÇ'A 
Q!o; 10 'MFXTO,... 
\ BF~f\OLF~CI\. 
A liOR ALHEIA 
O P \S"i \IWfl 
A 1'01,\f'IA 
\ l ll'~II J, J)\ OE 
A M~\Lgni CE!\CIA 
\ I' H\ TfiH ~ID Ull~ 
OS ANIMAES 
o ('\.R \C I' LU 
A VAIDADE 
\ l'nt llE:-íCIA 
A JC;:,TlÇA 
\ ('QN CIEXCIA 
A A \~ .A RI:ZA 
A ECONOMI \ 
' 
A fnmiliu 
Respeito nos pncs 
\ patrin 
n"\'et·e, filines 
Tlt'\ t'l'l frn t crnnes 
O !!Overno 
Ht .-.p•tto 'L velluí' • 
11, P.rl'ndoo 
A R{'pnblicn . 
1) trabalho 
. .\ iu"trucção 
A t·lciçiio c o voto 
. \ modcstin 
.\ bondnde 
() n ngt•po,;: o 
J\ grntitliio 
A cnl'itlntlc 
A lei • 
A Yr.rdndc 
A imcju 
Hespl'ito á lei 
A cnlumnia 
O odio 
A polidez 
O enfermo 
Os morto 
O <wldndo 
INDICE 
PAGS. 
.: 11 
1~ 
15 
17 
19 
21 
2~ 
2) 
27 
29 
:n 
:~~ 
35 
:n 
39 
41 
43 
45 
47 
49 
:'1 
53 
55 
rli 
ó9 
Gl 
1)3 
10 
Os invalidas . 
. .\ iutolernncia 
A bandPira 
.\ sinceritlntle 
~\ hypol'ri"'in 
.A )!11Crt'll 
A (ot·ngem 
.\ h Olii'IHl e1. 
o imposto 
o jngo 
() ulc·nol 
..\ <··cola . 
As arvore::: 
A temperauça 
Os monnnH'IltO:s 
.A Uellt>YOICllCÍU 
.A dôr alheia 
0.:: p:1S:>.'lro9 • 
..\ policia 
~1 lnuuiltlath• 
Al tna!Pclirt>llr:ia 
A t'ml ernidnclt' 
Os animncs 
() c•arul!tPI' 
A vaidadt> 
-~ pn1tlew::ia 
.\ justic;a 
A eon,.,denctn 
.\. avnrezn 
A f'COilOlllia • 
L"\DICE 
P.\OS 
65 
67 
09 
71 
73 
/.i 
77 
7\) 
81 
s:~ 
85 
87 
89 
91 
fia 
9:1 
97 
9!) 
101 
10~ 
105 
107 
109 
111 
u:~ 
115 
117 
119 
121 
123 
A FA:\1IL1A 
Bom dia., rueul'l amiguinhos I 
Sei que ui\o lllt' tonhr.c·em. 
Pois hem, vou dizcr-IIH'S quem sou . 
O meu nome é 
Carlos. Em cosn, porém. 
t mtam-ml' de ('urlito. 
Como os meus anri-
guinhos, já frequento a 
Pscola . 
t4ou um meuino mui-
tu feliz. 
Vão ::~u.bcr por que. 
Tenho um pue ex-
tremoso. Mnmãe me 
adora. 
Ah ! mas eu llie.s 
pago na mesma moeda! 
Amo-os de todo o co-
mção. 
E meu~ irmãozi-
uhos '? C'omo ~ão lindo:-;! 
-
12 ~IEUS DEVERE::> 
Brittco c·om <'li e:-;. Tomo cuidudo pura qu<' niio 
~P rmtC'huqu<•rn. .\grado-o~ 4ll31ldo cht •I"Hlll. 
Ainda tenho mais parentes: avós. tio:-:. primo~ r 
outros. 
Süo todos amigos. Auxiliam-:.;e mutunnH'Jifl'. 
Todos ellcf! me estimtun mtút o. 
Eu tamhcm os ef'timo. (' muito. \1:\R, c•on1o ~~ 
meus pucs, isto nunca! Papne c"' nwJn:\e Hiiu o rrwu 
ihc~ouro, ;;;fio o meu encanto, o:-: IIH'l\:4 amot·rs. 
Respeito-os profunduttH·nt e. ~ou-lhe:- oi J!'dicntc 
r1n tu<lo. Procuro, erufim. ser bom fillto c• t.llnlwlll 
Lom iruuio e bom estudante. 
Por i~::>o, Yejo-o:-. sempre <·untentPs. 
Ei::; por· que me ::Ünto feliz. m:ls muito fl'liz ! 
J{g;o:;PEITO AO~ P.\g"" 
l\brinn <' Lucio est.avum lllUi atit'J\t.o-;. 
Onvi:un 'i\13 m~tr> lt .. r a rwguintc hiHturiu : 
Hoberto cr:1 mu 
PXcl'lll'nt<.' rnpuzito. 
Era tiio bom, que 
lhe ch:unavam 
J[ enino de ourn. 
Todos qut• o co-
nlw<'Ínlll I h e \'ota-
\':1111 :--Ílt<'Pra ~> ·tima." 
1': Hoherto lwm o 
))l('l'('l'ltl. 
;'\ ito h n v in, filho 
lllai~ I'C~}WÍt.oRO que 
I'Jif'. 
~ i\o <'xis tia cl'ean-
':a ma 1s obediente 
IIC'lll IIIUlS UOCil. 
JCXPCUÜI\'tl <l~ or-
dell~ dos paes com 
prurnptidão e alegria. 
14 
b~ o-.: conselhos do papae ou da tnnrnãc '! Ah ! 
c>ram tllll!l roi-.;a -:n~rada para Rolwrto. Jlavin dt• 
-..eguil-o-.., 1'\hta''" o qtH' cu:-:ta:;:'P. 
Em a.-..sim 'tllf' t•;;;:-:c bom nwniuo honrava ~ n•-..-
pPÍI ;t V :I 0:0: pac-... 
B1'lll Uw r:lhiH, poi-., o bonito uppdlido dP 
Jf, nino ti(' (Jil/'u. 
gj~ a historia qtH' D. Eugeni·t ll'll p:tra o:-; filho:-;. 
EIIP:-< n repct imm. ('O !li 1 od:1 " t'l:t r<':t.:t. 
( > Jll'qucnn Lueio aprPctou-a I unto, qw• di=--st· : 
OllH•, mami'ie, Lucio ha dt· ~Pr hnrnzinho 
I'<Hllo '' Holn~rlo. 
~ l:triua :tt'Cl'l':-.l'l'Htou : 
b -.:ua qw•rida filhinha. 
rna111fte '! 
Wll ui H'llt. OuYiu, 
n. Eugeui:.L -.orriu dt~Ct'lllCiltt'. Eru -.pguida :thra-
t;ou e brijou n dll:t!- intl'rt'!-:o.:tllft•:o; 
;\ PATHIA 
Ei~ aqui D Ji'la \"Ío. 
E' lllll IIH'JJÍilo applieadi-;simo. l~st:í se111pn• al-
tt•nt.o <'Tll l'la..;::w. 
Dahi a razão por qul' faz progno...;:--., uu;-, Plitudo::.. 
O nwst n· o I'Ousidcra 111 ui to. 
~"ll' I'Oil<'ga..-.: lhe têm \'Crdudeim :uuizadt>. 
A nwlhor prn,·a p-..<'riptadL• hojl' foi u dP Ji'lado. 
O prof<'""OI' dl·u-llw um affeet uo-.o almu;o. D<·-
poi!' mandou-o lt·r a prova. 
"Bra~it ! 
E' o nome da terra em que nnsr.t. 
E 1 u norne da minha pntria que1·ida. 
Brasil ! Como és vasto, rico <' formoso ! 
Que c:eu puro c azul é o teu ! 
Qw· floresta:-: espes..:;â:S c \'en.lcj:mtPs ! 
QlH' enmpiuas Pxtensa~ e florida"! 
Qur. rios c:mdalo~os e profundo:; ! 
Que florp-. c:xqui-:itas c p<>rfumo,..as ! 
Qm· p:ls:-mriuhos eucantadon"'! 
Oh ! <·otllo tudo aqui é (:!.l'and<', helio <' mnjt•,..to-:o! 
l~tll' olo ft·rtil ! Produz tudo, 1 udo. 
Lan<;ae -.obre elle unut "enwnte. E111 hre\'P t.t·r<•i-. 
ahundant<''"' fm~to..:. 
l~tH'Ill não te amará. torr·io IJPtndito ·> 
Formo :.1 terra. a minha tf'J"ra 1 
Grande patria. u tn1nlw palria ! 
ColJPgu~ : nnH'nJul-:t. E~tudPIIH'"· t mh:11lwrno-. 
por Plln !" 
I 
FILIAl'~~ 
~lnriua " Lut~io, outra \'í'Z. 
C l lliL'Ili 1111 (·~lá n.i ud:t ndo sua m:i<•. 
TPrn Ir:t~ 111aoúnh:t!o; llllta lll<'ada dl' l:!t1. 
~l:u inn t•n-.mnu-a a ~oltar o f10. 
l~ com que hahilidadP <·liP o d<':-iJII' •wil• t 
}). J•:ugPHia V:ll• furlllalldo Ulll ll(l\'eJ\o 
1 ) 
Dcpoi · ella fará doi.-. brllo ... pan.'s dP nw1a.-.. r·lll 
... prá pnra :\larina ; outro, para Lueto. 
O menino e,...t:í contl•nti "imo . 
• Jâ '<'i :tjudar minlw m:unãc, di:4 Pll<·. sorrindo . 
.i\larina ajudou-a ha..stantl•. hoj •. Pol :~ rncsu 
para o alm()(;o. .\Jém de ·t<•. fpz outros s<>rvu;os. 
Pel:t nwnhan o pu e cs1 f'\'(' um potH·o adot>nt ado. 
Cons<•rvou-sc no leito. 
A menina foi, então, Je,·ar-lhe n cn ft~ . 
Como Pile fi<'on ~ati..;fpito ! J)pu-lltf> dois lwijos, 
urn t•rn cada fact'. 
Luc·io ,. ~l:.J r·iuu ='~'11 t<'Jn praz<'l' em ajudar os paes. 
~ubeu1 que :t'..,Wl dt•v<·rn pror.f>d('r o:-. buus filho.·. 
:::;ahcm tarulwm auml-os e n•..,pPitui-11 ... , eorno o 
lflf!11Úl•J d( oaro, de quPm jú. fah'iruo ..... 
DEYEHE~ FRATEHNAg~ 
VPnha d, IIH.'U amor .. ht o culcci, j:.í o \' •sli. 
H.r.sta-IIH' agom ap:trnr-llll~ :ts llllltfls. I~ não é <tue 
cllu" cstíio mc-:mo <·n•-.cidinha-.. '! . 
ih-..im fnlava a 
galante .Jenny ao 
1 
irmüozinho ( ),:;car. 
Jc>Huy conta ape-
na · oito annos de 
educlt•. 
l\luito creança 
ainda, não :tch:un '? 
Poi:; ollwrn: já 
l"abc cuidar pcrf<•itn-
BH'n t (' hem do Os-
<:urziuhu. 
Tem por ellc 
de!'v<•lo~ duma boa 
mile. Trai-o sl'll•pr' 
a 't'ado. Invcnt~-Jhc 
bonit(J~ brinquedo~. 
Cnnt·1. bclla:.-. cantiga·, para fnzel-o :Hlomwcer. 
:lO ~fEUS DEVERES 
E (I \'Clhaqucte ;i..; \'ezes custa para dormir. Põe-se 
u papaguear c a rir ; nada de querer cerrar os olhos. 
fi'ica, cmfim. a caçoar com a irmnn. 
Mas .Jenny nüo ::;e impucicnta com o querido 
truquinu..;. Continua a cantar, a cantar, uté vel-o 
adurmedJo. 
E wssim procede sempre a cxcl'llmlte menina. 
E' urna irmn.n dedicada c carinhosa. 
Ttio nova ainda e jn tão njuiznda ! 
Comprt>hcnde hem que os irmiws Ül'\'\'m amar-se. 
~abe que O::> mais veUto::; têm o dever <lc auxiliar c 
protl'~Pr os menore::;. E' uma bon irrnan, crnfim. 
Que alegria para seu~ pne~ 1 
O GOVERNO 
F~rius ! fórial:' ! 
Como e"tá alegr<' o :\Iauro ! 
Ellc foi pa~~ur quinze dias num:1 fazenda. 
O pnc lm·ou-o, como premio á ~ua applicaçjio. 
:\Iauro pPrcorrcu verrle~ campos e .vnll<>s. Brin-
cou á beira dl' fre..;co::; re~at(•"' · Vi iton extensa~ 
planta~õl's. Andou. emfim. pela faz<'nda t.oda. 
Tudo o que viu, cau:-:ou-Jh,, grande prazer. :\la::-
o que f'lll' mais apreciou foi a ordem alli obs<>rvnda. 
22 ~tEUS DEYERES 
A fazenda era ,·astis:-;ima. :-:icu:-> colonos forma 
nuu uma numero:'ia populuc:üo. Entretullto, era nmito 
hPill {}ntocrnada. P~1ra i:-:so tinha um bom l'f(J1tlamento, 
<' c:-stC' Na c·tilllprido á ri-.ca. 
D~tle o administrador até ao mais huuúlde 
cnqll·t'gatlu, todos obse.rn1vam o regulamento. 
Cadu qual cxecuta,'a o Jrabalho que lhe competiu. 
Tudo em feito á hora c a tempo. 
Desse tnoclo reinava nlli complckt ordem. E a 
fazenda prosperava cada vez m:IÍ~. 
O pae (k :.\Iatu·o di'>sP-lhe : 
- .Meu filho, os puize.:; tmnlwm possuc'mum r<'~u­
lanwnto. E' por e:-;te que cHPs se p;tweruam. E· ·e 
n•gul:uneutu forma, pois. o seu gouenw. 
~ Todo o cidadão precisa obedecer no go,·crno 
para que seu puiz progrida. 
He~pcitemos, portanto, o governo dt• no::;sa putria. 
g :t ortlcm, e a paz, e a prosprridadc reinarão 
~cmpre no nosso caro Brasil. 
REsPEITO ~~· VELIIICB 
Sempre n.lcgre, o bom .Joãozinho ! 
llojt·, poré111, veio du <'::><•uln zn11gttdo l 
Que lht• succetleu '? twrgunlott-lhe n mãe. 
- Eu e o .Julio Yolta-
Ymnos das u ulns, quandQ 
cmcontd.mo.::; pelo camiuho 
um \'elhiuho, que mal 
podia andar. CnmiuhaYa 
apoiado n duas grossas 
bcugalas. Tinha o pa;,"So 
nrrastado e as rniios tre-
mulas. 
Oh' que penu tÍ\E' 
c>u dclle l 
Imnos segu.itH.lo o 
pobre homem. 
De rGpcnte, .Julio afastou-:.;e d<> mirn .. \proximon-
!:'e do Yclho e poz-:-3e a nrremedal-o. 
O bom do Y<'lhinho parou e fitou, lwm firme. o 
Íll:-;ult•nte nwnino. Depoi::; sorriu, com nr tristP. e 
continuou o ~eu (•aminho. 
Ah, fiquei indiguudo ! Fugi do .Julio l' jurl'i uno 
nndar moi~ rorn C'l)P. 
24 MEUS JH~\'EHES 
:O.la.;..., e:;cute, meu filho. Tulvez es .... e menmo 
I • d não ouhe.•:i:·;e o mal que c=-tnnL prnhcan o ... 
- :::;abia. !"Ím, mamtlc. Pois ainda hontem o 
profp ........ or no di. ....... e : "H.f·:--peitem u Yelh.ice ; é uru 
dP\'<'1' :::.agrado. ~luem zomba do~ veUw · {· um 
covardP. Amparrm-n'os, protejam-n'os sempre. LPru-
hr<'llH"P ' de ~cus paes. quando forem vdhos. (Jue 
dôr lllio seria u de você~~ se nlgumn ou~n:-;sc zombar 
d('II(•s l'' . 
\·ejo que você tem r:tzão, querido filhinho. 
E~:;c 111uu ,Julio n:lo merPcc mesmo a ~uu companhh. 
Fuja dellc. 
O..., CHEADOS 
. I (~uc formosa meruna . 
Chnma-..;e Ignez. 
E' umn crennça doei! (• t~mn v e!. 
Vive sempre sati~feita. 
:-:icus pacs são 
ricos. 
gm sua casa ha 
muito-: crcados. 
Não hn um só, 
,•utrctnnto, que não 
a estime. 
Por que scr:.l ? 
Pela swt bon-
dacll• pam c·on 1 to-
dos elle::;. 
E' vordaJe que 
o lia não o.· trata de 
egual pam egual. E' 
preciso mc~mo ser 
a: ,..im. Do contrario 
elles não a respeita~ 
riam como devem. 
26 MEUR IH~VERES 
Todavia I~nez os trata com doçura. i\:1o é nrro-
gantl' 111'111 o:-; dP,...prC'za. 
~ Ih ... dá urna ordcm, não o faz ao grito;-;. 
Qnnndo algum delles commetlc uma faltn, rcpre-
lwncic-o com delicadeza. 
:'alll' que o~ cre:1elu~ iio lmmildc..-,, .\Ia não 
igncmt tnrnbcm flUe cll(•s '-rntclll 03 mnu~ tmto ..... 
Por Ludo is~o ellcs procurnm adivinhar-lhe os 
JH'n~umc•nto~. Cacb qunl quer :-cr ct pritHPiro a 
sprvil-n. ];~ o fazem c·otll a tll:t ior ~u t i~fac<"-to . . . 
Iloutcm lgnez completou JIIIVC Ulmn~. 
( 'omo ellc.-s ~tavam ulcgn·;:; ! J >crnm-Jhc lindas 
florP". 
A bondo,a nwuina foi depô!-. no l'('gaço de ~ua 
rnfio. 
• \dorm·el creant,"H n l~uezinhH ! 
A fiEPFHLH'A 
O F'lavio eontinua a :-;er e~tudio~o. 
.\gora {• p]lp n primeiro da r.lassp. 
Ft>r. outro I'Xccllcnte trabalho. 
DP:-lt n Y<'Z ganhou um bonito pn'IIIÍo. 
Lc>ia111 o t mhalho delle : 
"() meu qw•rido Br~il é uma Ht!publico. Jt,.-ta 0 
go,·emadu por um presidente. 
() pr~idente r eleito pelo povo. 
DC'poi:s dr quatro anuo;-;, elle dcix11 o ~O\"('I'Iln • 
l~nt:1o {> Cf'c·olhido outro prE'~-:idcnt<•. 
E assim :--uc-
c·t'de, de quRtro mn 
q natro annoH. 
A Repuhlica 
foi proclamadn no 
dia 1 5 ele novem-
bro cl~ 188H. 
Quem a pro-
clamou foi o 
illustr<· hra..-;ilciro 
:\lanorl D<'odoro 
da Fonseca. 
28 
Foi elle o ... eu prinJPiro pre.sidc>nü.~. .J:i é fallecido. 
O ftctu:d pr ~jdent(• dn HPpuhlir·a r~ o Dr. Getulio \ 'argn . 
o~ outros foram : F1oônno Prixoto, Prudeute dr· 
i\Ionw., Unrnpo~ snJJc~,.. \ffoJ~>-o Pt•una , R.l,drigues 
J\lve::;, Xilo PP~·anJw. llPl'IJit•s dn FousPt'lt, \Vence-slau 
Braz, Epitudo Pe"""· Jlrtlnl!' llt·nmrdc•, c• Washing-ton Luiz. 
De~l!'s, qua~i todo~ j:í f:JIIuddrJ .. Pri'!SI:n·a111 l>ous 
scrvir;os :í p~1tria. 
H ourc•mo .. poi::;, a lllPillMia dellf• . 
O lerrilrw-io da RepubJicn C..">frí di\'idido em v-intepnrt ·. P.JStn;; J>tilif's c charwun 8stm/o ..... 
C'nda E, ... tado tem talllbcm urn pn• idt•rJIP. 
\lénJ do prPsidcnte d:1 HPpui,Jica. lw outro-. 
mr::mbro · do J!overno. :-\iio o~ scnadorr iil, (h rleJml~~t/u.o; 
f> o rn inistr,m" . 
. J\qui Flavio tr>J lllÍJIOIJ a ~ua C'OIIlpo.-.ir;:io. 
o TRAB \LI! O 
Hr·p:tl'l'lll llt'Sill lllt 11111:1. 
" •tttl'n(,'fio C>b:-:PI'\'Pilt r·ont qn • ellu 1 rnlntllw. 
I·~ n:1o Jll'll"'f 'lll C(tH ,t n • ' • , l'ic 'l chamou. 
Cc•c·ilia \'Pir, 11':1-
halhar por ua ('s-
punt.anea \ ontade. 
!Wa faz sPJII-
pn• a ,.,jm 
c :o ... tn imn,c•n:s.t-
lllcn tP do I J'•t ba 
lho . 
• J íi :-;nl w fH r. c •r 
di \'('1'''08 s {'J'\ l(,'IIS 
rlorue:--t i c·o~. 
J~!iÜÍ -:r r 11 p rc> 
ajudando ~~ ma-
ruiiP, 111'11 11\llll,t 
cni a, ora noutra. 
Agora apreud • a fuzL•r 
Elllquanto aprende, a 
mcm.s. 
mü~ lhr diz : 
~fin . 
_ Yocê :1m.1 0 trabalho 
"t'r IDllito ff'liz. minh·' filha. 
., nfío (> rn~ mo · 
30 :\lEU:-, DE\'ERE:, 
O trabalho f. um gruude bem. 
Elle nos torna alep;rc:-.. F:t z-no e.:-;qnecer o:-. 
pesare.-:;. 
Tambem uo · torn:t sadios. Qm·tH se P-ntrega á 
ociosidnclc, não go~a sauue . 
.. \quclle que não trabalha, viw dus outros. E', 
portanto, tun ente inutil. 
Todos tleYemo!-4 tmualha.r. 
O t m halho é irrn:1o dn pt'ORprridnd<' ; a preguiça 
é <'<>rn pan heiru c:la mis<'rin. 
Bravo, ( 'ecilia ! .:\luito lH'tll, 111inha fillúnha ! 
A l~::)TRUCÇÀO 
.J:i briudrnos bastante, Arthur. Vamos ngora 
preparar no~:-.~1s lições? pergtmtou Luizito n.o ü·1uüo. 
N:io, niio quero, Luizito. 
Mas, por que'? 
- Oru, por que ! Porque n:lo gosto de cstuc:lar, 
uhi estâ ! 
N:1o diga. L-:so, .\rthur. E' Uln dc\·cr a gente 
in~tmir-:::;r.. 
:\[a~, pnra que scrn~ :t insf rucç."io, Luizito? 
- Pura que serve '? ! Oru, escute : nii.o t• ver-
dade que você ama a tua patria ? 
- Sim. Amo, adoro o meu querido Brasil. 
- Xão quer servil-o. algum dia? 
- Oh, sim, de todo o coraçüo ! 
- Pois, então, c::;tudc ; iu~truu.-sc, Arthur Niu-
gucm póde servir melhor n patria. do que o h01uem 
instruido. 
- Você tem razão, Luizito. A instrucçüo é um 
deYE'r, é uma necessidndc. Vumos estudar? 
- V mnos, sim. 
E os dois irmãos foram preparar sua lições. 
Desde então Art hur tomou grande gosto pelo 
estudo . 
• \gorn é sempre ellc o primeiro a dizer : "Vamos 
estudar, Luizito ?" 
A ELEIÇÃO E O VOTO 
l•:ra num grupo-escolar. 
Um professor dizia aos almnnoR : 
Amanhan f! o Dia da bandeim. 
Todas ns classes deverão reunir-se. IIan~râ poe-
• t s etc A nossa querida bandeira será s1a, can o., . 
cobertn de flores. 
Cada classe dará um alumno para ~nudal-a. 
Qual ~crá o menino desta classe? 
- Eu, cu, responderam todo:s. 
- --~ 
34 MEUS DE\'ERI~S 
- l\!as, isso n:lo é po:-:si\'el, meus filho~. Ha 
de :-;cr um só. Ora, façamos o seguinte: 
Pense cada qual num collcga para fazer a ::,auda-
çiio. E~creva, em seguida. o nome desse collcga 
num pedaço de papel. 
Os alumnos fizeram o que o mestre ordenou. 
- Prornpto? perguntou o professor. 
- Prompto, responderam os menino:-;. 
- Muito bem. Agom, l'l!colhn o.· papei.;;, Adolplto. 
Recolhidos os pap(•is, o prof<>~sor leu todos e 
tornou urnas notas. 
- Aqui estüo trinta c dois papcizinho:, di~:::e 
ellc. Em trinta dclles vem o nome de Octnvio. Foi. 
portanto. este menino o escolhido. Ell,, furá a :::nu-
dação. Nüo é verdade, Octavio? 
- - Com todo o pmzer, profe:-sor. 
- Você.-. acabaram de rr~dizur uma eleição, meus 
alumnos. E que bonita cleic;iio! Eh•gcrarn um co1-
lcga muito digno e muito cnp~z. 
Quando escreveram, deram o seu voto. 
E' por meio da eleição que o po,·o c~colhn os 
homem~ do governo. 
Algum dia você , scr:lo r.leitorc.~. 
Votem sempre nos ciua.di'io mai digno~ e nwt' 
illustr<>~ . 
Dêem seu voto ::ómente áquellc::. que puderem 
bem governar e engrandecer a patrin. 
A~im, \'Ocês cumprirão nobremente o dever de 
bons cidadãos. 
<luPill conhPC·<> a hon .:\Iimi, n:1o p6dr. clei:'\nr de 
rstimal-:1. 
A:s..-:illl é 1111 Pscob. TodH~ as cnll{•gas u c:-\tÍmam. 
Xtio lta lllll ; J ,.;(, que não d<·s<·JP ~cr antiga clelln. 
Vtto s:~ her por c1ue. 
:\iirui f~ rica, mas não 
tPnt :1 menor vaidade. 
Trajn-.::.e <>orn t.odn ~lln­
pli<>idudl'. 
~·:· lllHitn nnl:lvt•l para 
rnn1 as C'ollcg:ts. Trata-~ts 
com do~·u rn " d(•ljeadeza . 
l~ ll:t c~ :J JlrÍlncirn du 
<•l:t..,sc>. 
Ht>:-;ponde sempn· bem 
a~ fH'rguntn' da professora . 
:'r11s t m hnlhos são muito 
limpo.' e bem fl<'..:lbados. 
}~utrPt.llllo, a mestra 
nunca a elogia. 
Por cluc cni ? 
' 
Ah! ella ~ahP. que \limi se incommoclu hastall-
1 P com <'logios. Comec;a n fi<'n r ' 'ermelht1, v<>rn relh:r . 
. d' I ' (~uusi chora, a c01ta 111 1:1 • 
f -:so j:t SUCCedeu por dh·CI'!'US YCZP". 
Oh, como .:\Iinú {> mod~ta ! 
E' por <'~ta mzão, principalnwntc•, qu<> <>1Ia é 
q uc•ridu 
Fi!'l por que u: meninas lhe dedicam sincf'J'O affE•cto. 
\1imi tambern quer hC'm a todu.-;. 
Tudo o que clla sabe ensina tis collcguinha.....;. 
E·-tá sempre prompta a ajudai-as. 
Qtw c.,-;tar:i fazendo a~ora a boa ~Iimi? 
.\ BO:\'DAI >E 
l•;stc•s dois mpazitos são muito l>oudosc"'. 
Têm a nwsrna Pd:tdc> 110\'<' a11no.'. 
.\miam scmpn• junto...;, 
E como s:io 
anúgo:s! 
{ r lll s<· C' lw m a 
Fl'nneisC'o. ou-
1 ro. Fuhw. 
Xúo pódC'rn 
' ('r um collcga 
t rist('. Tnm heru 
fica tu t ri~t<-..;. 
Procuram logo 
ronsolal-o. 
A 's \"PZCs, 11o 
n•creio, alp;unr 
p<'qtwno CaP. 
Francisco l' 
Fabio correm 
ÍIJIIHcdialultlcnte .• \.juduru u collcguiulra a Jc,·au! Ht'-st · 
J)ppni-.: litnp:un-111(' :• roupu ! ' o ''~1'1 11iu n t . 
I 
38 
Out rus vez c:-. é urn p••q ucrnwho qu e:> chora, ).Jor-
quc perdeu f{ualqucr ''1)i-.a. 
Wle:; procuram o ohjcc•to pPrdido. ;-:;<' niio '' 
acham, tratam de :tn:mjar outro. 
lia J><>Ucos din:-. 11111 peqtH.'llU do pritru•iro urur11 
pl•rdeu o lanche. na rua. 
( 'omo chorant. o roitadinho! P:tr(•c·ia te r fome. 
1\ Ias logo fieou al(•grf'. Frunei:-.c•o 1· F'al1io dh·i-
dirnnl o ~('U lunche COIJI Pile. DPntin-llu• dtw..- fatia!-< 
de p:1o com manteiga. 
~ào a ·sim e..;.;:es doi" muiguiuhos. 
E' pos..-;ivel havN mcuino. bou::- <·onro l'll~ ... . 
.i\lt'lhorc." é q uc não J w. 
E são bondosos turub('ru pnra c•om os auimues. 
H.eparcm como elks aeariei:uu o ~atiuho . 
~Tiulw cdn!'sc tem um jogo intprc·ss:uttl'. 
i\dh· t mnatn parti' tudns o:- a ltmmo::. Vinte• 
forrnm 11 o partúlo bronco. Outros \ ' ÍIIt.P, o partido uzul. 
Jln pouco:-- rlia.s d('U-s<' unr erm. durante• o hrin-
qurdo. 
NingtH' tn :;abia o qu<> fazer. 
O prof<•s...;or, que e. ... tanl pre:PntP, di ... ~c· : 
- Ji}-colha (I partidu lm11wo cinr.,, jog;n.rlorc,.;, 
E~t c~ ~erão o" rcpn scnlmdo; do ~nu partido. 
Faça o mesmo o partido azul. 
Reunam-:-;e o~ dez reprc.scntantes P ~tudem ru; 
re~ra.:; do jugo. FinalnwntP, faç:tm ttlll regulamento 
c•om e~a~ rt'grw .. 
Depois, cumpram todo.... o r<'gul:mwnto. Yenio 
que não hnYert1 mais erro no jo~o. 
Agora, ouçam outra eoisa, ntc•u nhunno:-: : 
(~OntO já RUbem, é O J)0\'0 ([11<' t•lrgC' OS :'<'tiS I'C-
prr.smt tn nt('R. 
E ·tes repre~ent a ntc•..; são os dt'JWirtdos <' o~ scnn-
dorrs. 
() · deputados formam a Crtmarrt do.~ rJ, pular/os. 
( ):-; :-;enador~ formam o 'enado. 
O ::3C'nncio c a Cama rn f'onstitu<•m o Cunyres.so 
\ arional. 
E' n ( 'ongresso :\arional qu<' faz a" lei~ pura 
dirigirem a Republira. 
Cada Estado hrasill'iro r t'lll o sc•u ( 'ongresso. 
W o Conym"iso Est((dunl. 
Os ('ongrcs.-;o-; e . .,t:aduael'i organizam lc>is para 
os Bstndo'4. 
\ GR:\ TI DÃO 
I,. utro •·olll meuÍliO Este se chtLllln Alf n>do. i.JlH um o u · 
Um dia voltavn elk d:t cscolu. 
Ao ntrave.':!Sar uma ruu. soffreu uma quéda. 
'\c~-;c momento nproxima-
,·a-st> um automovel. Vinha com 
bu--tuntc velocidade· 
gru qua ·i certo um desastre. 
Qup horror! O pobre do ra-
puzito ia talvez ficar esmagad~ ! 
Felizmente tal desgraça nao 
succedeu. 
Proximo do Jogar nchnva-s(' 
um C'ollt'gu de Alfredo. Era o ~li­
nio, q ut• c~t.n.vu :i por1 a d~u loJa. 
V eudo 0 p<'rigo, Pliruo dctt 
um grito dC' espanto. \In"ntio 
v aeillon. 
Com incrível rapidez, qua-
~i dum salto, aproximou-se d<' 
Alfredo. t 
Em eguida o corajoso menino ag:urnu o col t'~a 
c• o ana:-:ton do <':tminho. 
42 
por 
.Jn nra tempo. O automm•t>l aeahava ri•~ p;t, ·sa.r 
aquPlle logar. 
Alfredo t•-..tava attnuito. X~>m ~ahi:~ t'ntno agrn-
d{•ccr no seu salvador. 
Entn•t:11lto: ninguetn mai:; gr11to do que elle. 
:\ mu·a se e:;queceu do hctH•ficio rccl•bitlo. 
Adora o Plinio. E' o -.eu mdhur :uuigo. 
llojP, Plinio completou cl<•z :utr1n~. 
Alfr<'do vae dar-lhe nrtl graud.<· ahnu;o. Lcva-
llu· um punhado de .flun.:•s, unt livro dt· fi~ura . ._ ,. uma 
cu i.xiu h a dP confeitos. 
1•~11<• diz sempre : 
- Ah ! ·e cu me ~queC'e:; ~;; do Pliniu. ="·ria uu1 
ingmt~.>. Tcrin, então, \'Cr~mrhn dP mim tue..;mo. 
A CARIDADE 
\r ·H:an era n fructa que Roberto mui:; apreciava. 
(lue n!Pgria, quando gauhavn. uma I 
:O::ua mfic em pobre. ::\ unca podin. dar-lhe cs . .::e 
prazer. 
. Certo din. porP.m. clla. 
rcc bcu dn:.ls maçans. Foi 
pr~ ente duma \'izinha, sua 
mmga. 
gram duas magnificns 
fruct.a.s, vermelhas, chei-
ver quem batia. 
Era uma pequena mendiga, que lhe pediu 
uma. esmola. 
Tenho fome, dL~e clla. 
14 
\tEU~ DEVERES 
Roberto ·abia que :sua mãe uào tinha dinheiro 
para dar. 
Em ca..,a tumbcm não havia lltnis pão naquelle 
dia. 
Condoído da menina, deu-lhe n fructa que tinba 
~anho. 
E o carido.·o rapazito entrou, com o corac;üoziuho 
11 bat<'r de sati:;;facção. 
Oh ! você já comeu n mnçan? p<-rguntou-
lhc a müc. 
- l\ ão, mamãe. 
E Roberto contou-lhe o surccdido. 
Tão comrnoyidn fic(lu a uaic, cme dua.-; lagrima 
Ih c> rolaram pelu' faces. 
Deu n outra maçan a Roberto. 
Elle. porém, não a quiz comer, ~ern Jli'Hnetro 
rPp•trtil-n co1u sua mamãe. 
A 1g1 
Sempre que Fernando c lega 1 da e"cola, o p:te 
iho fnz cli\ er;-;a~ perguntas. 
ll te'<' :tttcnto, . e ,.;c portou Qul'r snber :-;e l' e ~ ' 
hem, etc. 
Uma tarde o pue lhe perguntou : . ., 
Então, aprendeu hoje algurnn CO!. n 110\'3 • 
.. e O profe~;;;nr nnc.: t>:\l'lhr.ou 11 que :"'1m, pnpa . 
'llll'l' di:r.cr le-1. 
46 :\lEU:-; VE\'F.HES 
- E Yocê ficou :::abendo o qur- ·eu mestre· en~inou? 
- Penso que sim, papac. 
- llc::Eponda-me, eutêlo : que entende por lei ? 
-- Lei é uma e.specie dP regul:unento dos paizc.s, é ... 
- DrnYo, Fern:mdo I ::\ia~. pnm que . {·n·e esse 
rt•gulnmcnto ? 
- 1-'erve para o pO\'O dirigir-se por clle. Es:1e 
rep;ulnmC'nto mnrca os direitos c os dt'vcres dos c•ilhdiios. 
- E quem é que organiza noss:ts lei'·? 
- ~üo os depu lados c oR 5l'nadorcs, papuc. 
E' o Congresso. 
- .:\Iuito bem, Fernando. E que mai:-; voe·(> .:-;abe? 
- • 'ci que devemos respeitar a lei. Di,..,o de-
pende a gmndeza, a felicidude da patria. 
O pae de Fernando apreciou muito ns r&;postn · 
do filho. 
ua innanzinha mais velh:t t:unbcm gost<m. 
Elln estava muito nttentn. Comprchendcu tudo 
quanto o irmão disse. 
A VERDADE 
lldcnn é docil e obediente. ~Ia.s, dt> \'l'7. mu 
1 1() faz snus travc::;suraúnha 
qum c , ' • 'l Pl•gou Um din ella Pntrou na sala dl' VI 1 n:-.. 
no nlhnm de retratos e paz-se a folheai-o. 
· ~ I 
~ 
Logo na segunda pagina deu com o seu r~tratinho. 
Qniz cxnminn.l-o. Puxou-o do lognr em que cl1e 
cst.aYa encaixado. 
1' 
Ao retirar a photogmphia, o encaixe se r~gou. 
Tratou de concertai-o, porém ainda mni• o e...;-
tragou. 
Helena ficou muito aborrecida : não quiz mais 
continuar u Yer o nlbum. 
Pus..,ou algum tempo. 
Certo dia .·ua mãe fni collocar um novo retrato 
uo ulhum. Dando rom aquclln pagina. rasgada, di. sp: 
Isso, com certeza, é artP du filha da crcada. 
Ah, nquella trn,·cssa nwnina ! 
Helena, que e.c::taYa prc..;entc. imnwdiatamente 
d~·,e: 
~Iamãezinhn. u euhor;t me dr-..,culpe .. 
De~culpal-a '? E por que, minha filha? 
- Porque fui eu quem c.-;tragou o alhmn. 
E Hcknn. rontou como o caso !-:t' pus,ara. 
- Você fez mal. tornou-lhe a miie. Brm me-
r<'cin ngora um púin/111, \In.-, j:1 que di sr. a ,·erclade, 
Pm Y<'Z clnm pztinhu, to111c ll\ um bPijinho. E não 
cnin nwis noutra, om·iu? 
Rim, mamãe. Daqui por dc:mt<> ,·ou tornar-
lllP uma menina muito ajuizada. 
.\. I~ Y E J .\ 
Rctilu vt>mlo que formo:-.:t mcninn '? 
Qut> <'tt rinha alegre, u ... tul ! 
Pois fiquem ~nbendo : Lennor nt1o em n ·..:im. 
lia tt>mJ>O", v1na "ent-
prc <':lrranr.uda. 
Em nada ·e 1 l'tl'Pf't 1 
com a rm·nina de hoje. 
:\no ria. nem go--ta,·:~ 
de brincar. 
Tudo para Leonor 
motivo de desgo::.to. 
era 
Aborrecia-se ao ver 
wnn menina mais bem tra-
jadn do que ella. 
zangavn-se quando on-r·,' ·····~ 
tm upp:uccia com um brin- • 
quedo noyo, 
Irritava-~e bastante ·e 
alguma collcga dava uma lição m<>lllor do qtH' a. sua. 
Emfim, elb Íll\'ejavu tudo. 
Por i ·so dvia sempre triste e de curu amurrudu. 
~In..;:, actnalmente. T .<>onor é outra. 
50 \IDl S DJ..:\'EHES 
o.., bo11s consellto ... dt> :ma m:1e a corngu-um. 
Fma ·ó coi:Sa ellu inveja agora : é ser tão boa 
como us melhores meninru;. 
E tonwu-. e me..:mo muito bonzinha. 
Ante.;:, as collcgas ntlo n. apreciavam. Hoje, 
toda· 11 estimam. 
F:eus pae5 P.-,tií.o mui coutentes, pois Leonor não 
é mui~ Íll\'cjo..:a. 
E clla '? Oh, como \'Í\'P feliz ! 
A Íll\'ejn fugiu-lhr do eoraç11ozinho. ~<'lle r<'I-
nam :t•~om H paz e a alegria. 
RB::-!PEITO A'~ LEI:, 
Doi<:; mnitos, " · ReJt.·tto c• :-..;,'·•1\·.·ttlor, voltn vmn da 
C:icola. 
1 D. 'tn \'J.rmn uma turta Ao pus.;.,u rem po a run lfl'l ", 
cahida ao lado da cnl~·ada. 
Bemun.lo apanhou-u t> leu o -.obrescdpto : 
/limo. .Sr. Fnrluwtlo de f)/w<.tra. (AWI]JÚWi:i. 
\'amo..: !el-a'? perguntou ao irmão. 
Voe~ •:-,tá doido. Bernardo '!! 
. I l " Doido '? • . • I·~ por que, sa vac or · 
Eutào, você n~io saiJl' cpw a lc·i prnhilw '·iohtr 
as <:urtus ? 
Eu não ~abiu. J~í quC:' é a ·sim, rcspt•itc•mo:-. <I 
)('i, l\In..,, então, que faremos de ta carta? 
Xadu mais fucil. IA~,·emoi-a ao Corrt'io. 
Xisto, aproximou-~e wnu senhora. Parecia pro-
curar· qualquer coisa P<'lo chão. 
Os menino acercumm-~<' della c nm tlf'll<•s per-
guntou-lhe: 
A senhora perdt>u ulgurnu coisa '? 
:-;im, m<'u. mC'nino-:. Acabo de Jlt'rder unw 
c·atta. Eru endere~ada :to ~r. Fortunp to U<' Oli-
,.etra, em Campinas. 
Aqui e ·tá ella, disse Bcrnurdo, Pntrt>gundo-
llu.! a cartn. Iamo!' lend-a no Correio. 
A ~enhora ficou muito agradc~c·iclu.. <1uiz dar 
uma moedu ~~ cadu nwnino. 
Elles, porém, recusaram acccitar. 
J â. e.."'tnvam b<'m pngos. Tinham cumprido sru 
<h•ver. 
~\ "ALr\INI \ 
. d [) lz•tb<•l foi ao nwrcado. Era ainda nnuto cr o. · " · d r nindo 
~tHlli filhinhtt.'-i .\ngcln c Alzira flr.u ram o r . 
.\ntes de snhir, 
D. Izabel disse 1i 
c•reada: 
.Joannn, V<t 
aC'ordar a.'\ mcm-
uas, :i~ sc•tp horas. 
A' hora marca-
da, .Joannn tratou 
dC' c·umprir n or-
dem ree<'hida. 
Angelu, a tnai:s 
,·elha das irman~. • 
le\'antou-se logo. j' 
. \I zi l'll, por~m ' 
ficou contm.riadis-
siuw. quanc{o :1 ('l'l':tda :l dtt,tWrto\1 . 
• \ muito Ctt:4o deixou a l':un:t . 
I >nlli u puueu a:-; uns d IIH'Ilill:t:-; pas~rm' :llll no 
jardimzinhu da tasa. 
~IEUS 1>1<~\ LRI~.;; 
A.lzira uontintla\'a :Jborrccicln. 
Que lern 'CH'P ') pPrgtJIJtriiJ !lu 11 trrnan. 
Estou furiosa <'OIIl a <TPada \""fío ~~ qnt' Pila 
n1io me <.lei:'l:ou dormir? :\Ias .Jo:L.u,d lllP pagar;i. 
ffpj d<' dizer a uwnJiil' qm• Pila 11w bntPu. 
t"e fizer Ü:,..;o. \'orio é umn ln<'ninn ru:L J nw·ntar 
nwntir."'s contra o ... outros, c~ umn c•tllumnia 
ltnngiuc que lll:tuJãP :JCJ'('ditl' em suas palavrus. 
E' capaz de <.lcspPdir :t boa .lonrllla. 
.:\ < ""(' rnso, \'Qc·ê não t erin rcmor:-o:- ~ 
.i\lzil·t~ almixou n c•abec:a, muito Pll'.'('l'goniJUda. 
Prmuetteu nuncn m:ti t<'r urnn id1ía t~io 1n:í. 
Angela ubraçou-.t, cummo\'idn. 
o ()f))() 
Venl~tl ct1, .Julid.ll. ::;oulu• que 
com ll Luizinha . · 
E' v<•niudc, mnmilt> . 
\:o<'<'\ brigou 
~ .Ma.-;, como foi i~o, minha filha'? \'ocê Pru 
. ' ta:-,, amign daquclla llH'IlllW • 
- Elln mio quiz empr(':ol ur-Ju t n . ·ua boneca. 
Oh, como lh<' trnl\0 odir,! 
,)(j 
Escute . . } ulieta :Odinr :l llllla peS!)Il:l é nw-•rer-
lhe mul. · 1 
~6 . , 
' os rua~:, e que odeiam :1 seus semelhantes. 
Deus me livre de ter uma: filha assim ! 
De,-emoí' perdoar aos que no:-: offendem. 
fnz . \.s.sim 
flm as pessoas de bons :-:;entirncnto. ..... 
Rntào, v~cê nilo quer s<>r uma boa rnl"nina ? 
- Oh r Slm, ntamàe . 
. Vá, pois. Ü1zer 3$ pnzcs c·om RLlêl nmiguiuha. 
DemaiS, ella n<Jo a offenJen. 
,J~u~ieta úmuecliatamellt!' olwdPc•cu. 
ftm procurar Luizinhu. P(•<lL.tt-111"" l I 
..,.- ( <'SCU pa:-; C 
tomou-se, outra vez, sua amigu. 
, . Como a ~nãe de .J ulieta fic·ou a.legrf', quancto \'i.u 
tl!-1 ct um:; memna.~ juntas ! 
~ Eu bem sabia. di:...,E• cllu. que minha filha 
niio tinha oclio a ninguem. 
Ella é tão boazinha ! 
A POLIDEZ 
Este sympathico rapazito 6 o ( ~craldo. 
Que menino amavel, delicado t' rcspf'itoso ! 
Em todn u. partE' se mostra muito bem eduC'ndo. 
Em ca~a. não dá incommodo algum aos pac:; . 
E' meigo para. com o 
irmãos, bondoso pnm com 
o:-o c·reados. 
A' me~a, colllc deva-
gar e a pequrno~ bocados. 
Ninguem o ,.ê mastigar 
com ruido, cortnr o pão 
áH dentadas, soprar a so-
pa,, etc. 
Em fim, não commett.e 
dessas fultnl:' proprias do::: 
meninos mal educados. 
E' muito cortez para 
com as visitas que vão a 
sm1 crusa. 
Trata a todos com o maximo respeito c> delicadeza. 
Attenciol"o parn com o~ collegas, j111nais rusga 
ou discute com elles. 
58 
~nrrua, ... p "'f' em~ontrn flOlll uma :-;embora, ciá-lhP 
.;:pmprc o lado da pare<lf'. n rnP nw faz rom o-: \'Clho~. 
1\rto t0m o defeito d .. f•nclti,·l.:u 011 de murmurar 
dos outro~ . 
\m~ue1rr ainda o viu interromper urna conversa. 
TPm ~rmpre no::- l:tbio=' phr:lsr..; roJno c..c;ta :faça 
11 favor, CUIII licença. rlc •scNIJUHnc, Pt f' 
Gc·raJdo (>, emfim, 11m lllPIIÍno vordadrir:unente 
polido c• de csnwraJn <'duea~·iio. 
X:io ha, poi .... 'l'H'm r~:io o cstinl!'. 
OS ENrER~lO:::: 
· unw viuvn Não longe da caRa dr .\ntonu'ta 11101'11 
muito pobre. 1. • P·1 s·t 
lhr.r cxtrcmamellh! lauorw a. ' , ' 
h' unw ntu . , '"·• rara...., \'('zes, . .r· toclo 'L lavar e f>ngomrn.u. 1,,.o quasl o um '' 
tnmbem tmba-
lhu parte da 
noite. 
Tem uma fi-
lhinha d(• ape-
nas tre::; annos, 
chamada IB!izn. 
A pc..·m r <lo ru-
d<' t raha lho a 
que ·c dedic:1., 
a boa mulher jn· 
mai" esmorece. 
Go ou ..:em-
pre :;aude. Pó-
de asssim gn.-
nhar o suffi-
. ra sua querida mlizn. ciente para ..,1 c pa • . . 1 · de cama. 
lia quatro a ' ' di S Porém a vmva c.t nu 
(j() 
.\ntonictu tem ido ,.i.,.ital-:t <>111 I'OUlpanhia rle :-;ua lll:iP.. 
LPnt-lht- renJPdio~ f' :tlimento:,. Trata da P~"qucna 
Elizu, rorn todo (, '':triulto. Anim:t a t'JÚcrma com a 
sun. pre~ença e sua~ palavr:e:; bondo:a~. 
Olt, como a pobre viuva lhe fiea ugrad<'cirla ! 
A mne de Antonieta :->t'utc-sc feliz por t<'l' un1a 
filhinha tão hoa. 
Lli vem a cxcellente rncu.inn., de volta da sna visita. 
< 'orn,' vem contente l 
o~ ~10RT0:4 
Emilia c:-tavu ú janell:t. 
A pequcun 1
1 
J. t' !>OI' aqtú ! a"tlte de lu to f>U"'"'II o Quanta "'~ 
dizia ella. . , ·r~ em 
Todo~ cauun 1 · . Iam "ilcnclU:-lamcnte. t'lll llo :- -
hlautP um :tr de re<·olhi-
rneuto e de tri..;tcza. 
T n-: lt•,·mu flores. Ou-
s cru-t ros conduzem coroa , 
ze:-:. etc. 
los 
Ah! ... já sei. 
Hoje é o Düt dos lf or-
2 cl<' No,·cmbm. 
I~s:·ms pessoas vão ao 
remitf'rio. 
L:í <'ntrari'io1 de cabe-
':a dt:.scobt•J't:t ' em piedo:-o 
re.-:;pt•.ito. 
( 'ohririio df' florP." t~s 
:sepultura::. do ... :;eus quen-
dos morto;:, 
G2 
• \i, quantas lugrimas d<' dôr c de ·audade I 
Oh, como dcn'mo..; rospPitar c. ·e grande dia ! 
Rc•spcito ú paz uns 1110rtos. respeito ú dôr do:s vivos. 
Irei taml eru ao cc•mitcrio. Estou certa de que 
runmãc me ncompauhuni. 
E' n•nladc que lá IHio tenho ncnhwu parente 
:-;epultado. \Jli jaz, porém, a minha amiguinha Rosa. 
Coitada! ::\Iurreu o anuo pa ·:;ado. Qu<' ":ttuladc·~ della I 
I Ic•i de cobrir-lhe ele rosus fre..;rn~ o JlC'f]ueno 
lumulo. 1!-ram a~ flores de que ella ruais gu;o,tava ! 
Orarei por clla. 
Pubr<• Hosinhn ! T~io formosa e tão boa ! 
() ;o-;()LJ).r\J)() 
J·:· o IIH'll lh('-.ottro ' dizia (I 'r. Hilwiro refc·l'in-
do-~<' a ... cu filho .J c,....é. 
h. liulta l'llZ:io, pois o lll<'IIÍilo o..:(, da\ :1 pru.;r.c•r· 
ao' paP . . . 
?\o dia quatm dl• nwro .. ]11 ... 1' t'Olll-
}llt·tou spf f' :mnos. 
H ('('I' JCil 111111 li" ti : '.' I 't llt't ·) c• lwiJ. o ... 
do papaP l' du IIJ:tlll<il·. 
<~tiC' :dt>gri:t :t dPil(' ! 
I )ppoi~, 0 :-;r. HiiH'il'o peq.wnt ott-IIH•: 
<211(' clt•sf'j:t \'!H'<"; d<• J>l'l''t'JJII', 
11oj<•, llll'll filho? 
.\h ! ... p fl:lfllll' 111(' de.-. (' Ulll l:llll-
IHIJ'I.illlto, P\1 l>riu<'nria de :-<,ld:.tdo. 
• Eut:io, \'tl('ê gosiH IIIIIÍto do 
n!dado" '! 
() ... cultor n:io lllP di-. ... <' <pll' 1'11<• .. 
I 'I ~no tiJr:-, hon;-; llllll<'lts • 
Eu nilo 111 1' <'"fjllt•c·J do qut· p:tpat· di ... " : 
··o oldadu!) nos prestam exceUeute:s 'lt'n'Íços. 
< •Unrdnm uo .... .::,a Clt..'ll • Policüuu U.') cidodt•$. Soccor-
1\' lll a · \'ictimus de desastres, nas ruas. São, 
erufi111, t·idaduos muito ntC'is." 
E' ,·erdade, meu 
filho. E. ulém disso, é o 
-.oldado que vne para a 
guerra, defender u. patriu. 
DcvemoH-lhc o maximo 
respeito. 
.1 o~é Pra todo mn·i-
do.-. ú~ palavra~ do JUH'. 
A' l:mlc• ganhou o 
lHillhOI'. 
Olht'lll c·orno l' llt· e~tú. 
t·orrteute. 
· Hataplnn, plan. pll:lll! 
Rataplun, plan, phm! 
(Jw· pmzt·r! 
O~ ll'\YALIDO:-:: 
Onrl~ irá a H!'nricptfta, roJHltt;.:inrlo 11111:1 ':1"ilh3 
tlío pesada '? 
VaC' á fonte prox11na, husc·a r :tJ.!Illl. 
Todo:' o~ dias clla 
faz es~c trabalho. 
I ·~' llll1 SCl'\'Íc:n Jll'l''>-
tado a urna \'C'Ihinlw 
do bairro. 
J•:~s:1 nmlhN fôra. 
nnlignrJlCUtC', a prof<'..,-
. ora do logar. 
Hoje não lrr·rLOna 
rnaiR. EHM muito rdo-
Ftt c• cansada. 
Coibclinha ! Em·c·-
Jhecen trabalhnndo 
empre pela5 creança-.. 
H cnri q ueta tem 
Imúta penu tlolla. 
Ante. .. de ir pura a escola. não dt>1:-..:a dP vi:-.ual-a. 
Ajuda-a nos ~eus trnhalho~ domPStÍc>n-.. 
(j(j 
. ~. ht•lulo..:a IIH'liÍltll rno-.tr:r, :t"l~ÍUt, ':tiH'I' l'P:-opPil;~r 
,. pr. ''"'gf'J' o.' inndido-. . 
• \ \'<'I h a Iricst r:~ adorn a :-ou a j>P.( !IH' na prot..>rt nra . 
. \r,> 11" t'hant;t c·arirlho-.aJII<'IIft•: minl11t 7Hiinlw. 
t).uaudo J h•uriqueta C'!w"w. f' lia diz, ''""' do~· ma : 
n"m dia , ,,n.nfta /1{ Ho/111 .' 
IIJJill. 
n,,lll dia, fl/'tJZ//1/,of 1'1'.-,)lOltdt•-IJH> :1 llWÍg;tl lliC•- A I~TOLERANCIA 
Hora ele I'( creio ntlllHl P~eoln. 
Todos i>riJH'<llll alcgremC'nl<>. 
P1•lo~ flfC' ... JH'rp l''fl um llp;rada \'Pl som. I~' a Yoz 
sua\'e d:ts jm·iae..: 
Cf<'llllÇ:lS. 
Ent reta mo, ha 
:til j 11111 IIH'lllllll 
que• 111io torn~t 
J')HI'IC' llHqllf'Jip:;; 
Íll!IOCC'IIIt•-: foJ-
gtl<'do:-;. 
Yi vP i:-;olndo 
cJ o:-; OU ( I' O~. 
C'oitaclo! ~l:t-: 
a. culpa (> dr.llP, 
rxelu~i vn rncn tC' 
df'IIP. 
Por qu<' w •· I () \ .l."lOI' <}P C'Oiltl'ul'illl' st'lllpre O" 
u~ rollcgn-: '? 
Por que ha ele querer que todo:-. pt·nsem torno 
cllc '? 
68 
\1EU~ DEYERE~ 
Para Yict.or, tudo o que o~ r.o1l<'gas fnzem ou di-
zem é errado. 
Entend<' que só é Yerdadc o que c>llc> nffinna, só 
é bem feito o que ellc faz. 
E 1ulo admit te ob1-;crynçõc ·. ~() ello quer falar, e 
zomba dos que erram. 
E', cmf.im, um menino intoleraut<•. 
~ 'cu:s cornpnnh('iros can~armn de atur~ll-o. . \gora 
ninguem mais o procura. 
E para que ? 
\"ictor offcnde a toclo~ com ~ua illl-;Upporta,·e] 
in tolcrancia. 
Ha dias o profc.ç;sor deu-lhe muito1-; con~elhos. 
E1le est.\ urrependido. Com certeza vac currigir-:-;e. 
Fnrá muito bem, porque o intolerante 6 uma crea-
tma dctestav(•l. 
A BA~DEIRA 
L<•mbram-~e do Octavio, aquello lJlcnino que falou 
no Dia da Hwuh im t 
Uw;arn o que e1le di.'~O : 
":\linha bandeira ! Como l~ li11da ~ 
• \zuJ , n'rde l' umun•lla ! 
.\zul é ,, puro ccu de minha ll•rra. 
70 
,\IE l :, IHJ \ b lU.:-
\ t•rdc:-., se111pn• n·nlt•s, :-:io as ~\IPn,;a~ r:uupinn~ 
th· IllPU pa1z. 
\ erd • ·. P.ternamentc n·rde:, 'lio :1 · "Uu-.. altaueiru" 
uaontanh:t!;.E as ~tu1~ mattas \'irgPn:-:, l' s"us fcrtPi.-; Yallcs ? 
Tudo (> coberto de esuwruldirw roupagem. 
Am·trello é o ouro de suas aniuas. Amurello é c&le 
Ill<>smo ouro, em que se <'onvcrt<•Jtz as l'Í<!Ucza~ desta 
tenu fecunda. 
}t'ormo::;a bandPira. r Conto tum; <'ên·cs nos fnla.m! 
E'~ o retrato firl do meu Bra:--il. 
Leio ua tua atlibdn. e::.phera as pal:nTas 
r progrc:.;so. Ordem 
Esta.s pala\'l'a · nos diz<'lll : - l•~studeut. crean~u.". 
Trabnlhc•nJ, para alguiU dia :-.<'1'!'111 ut<'i:; :í putri~. 
ElJu., ainda nos fal:ti!J : ;-;ej:tJu bou::- <.:idadàos. 
E :.1 paz f' a pro::-pciidadP rrinfmio JW st•n grande paiz. 
Oh, que bellas coisa" a b·t~~dPira no~ diz ! 
( 'ompanhciros, dc:-;<.:u lmt m-s<• qua ndu a vireUJ 
t n•Jnulnndo ao \'('llto, !los di:t:o~ de fl•stu naeional. 
He:-;peitcn1-nu SPmpre>. , \llH'Jll c•oJll f<'rvur o ::.ym-
bolo da pa tl'iu ! 
.A :--1:.-CEH!DADE 
r) menino quP Pst;í dP pé. <i l><'ii'U elo rio, {o o At>ario. 
T•:ll<' tinh:l \llll amig:uinhn d<' P~WII)n r,hmnaclo 
II('nriquc>. 
lTJll clia ..;c•u amigo llu· c)j,.,s(': 
Yorê n~io ima!!;ina c·omo C'll ~slou Cllllt~nt<'. 
Ac•acio ... 
Por q uc ? F 1 11 
Ora ~n t <'nhc um honPro ~alta dor. ; a t.a- H', 
· · 11 ·ó puln quando collor.f) pon"m urna JH'\H .• \ssun. e c .... ' bolinha 
um'l b~llinhu ele> paprl no lo~ar cin pc<;a. :i(• a 
c':H', <'11<' nilo pnln mfli<::. 
-
---=------
72 
- Xão comprehendo, ent.'io, a ~11:1 ~IPgrio, Hen-riqup ! 
-- EscutP, Aracio : vou trocai-o com o Pedrinho, 
por um pifio noYo, dC' metal. .Xão fat;to hPm ? 
- Você faz muito llJttl. \ Hc enganar um collega. 
- Ahl \'ocê entüo me Cf'll!'ura ? XPrn parE-ce 
meu mnigo I 
-- Tnnto parcr,o. qur ~ou ~inccro. Digo-Ih<' o 
(JtH' sinto e o que penRo, cmborn 'ocê fiqtJP ahon·prido. 
E, ~c é um bom menino, romo cu juJ~n. mcf. n~'lo dcvp 
realizar n fl·oca. 
Henrique achou ju:-.t~t::; us pnJn,·,·a!' <lcJ :tmigo, e 
.,eguiu-Jhe o conselho. 
Graças á sinceridade <lo bo1u .\cacio, Pile Hãu 
praticou Ullhl acção má. 
A HYPOCRI~IA 
Emquanto fazem rouput Hl.!-i . 1 • i>aru ~uus bonecas, 
1 ,ucia <.: rcu:-a. co · C n\'Cf:5Uil\ 
O c•ue ella::; dizem : uc:am u '1. 
. . m estes n-stidinho". Creu::a. 
- Acabemo:::; logo co 1"1 . . Quer ir comnúgo ? 
· 1 · á. casa de •, ' na. Prcci 'o ame n. lf 
74 
X:1o, Lucia. Eu n:io qw·ro :unizud1·~ c·out Eh-ira. 
- l\fas, por que ? 
- Or:t, clla é uma lllcnirw fiugida. 
l·.u niio go.·to d<' g<•ul<' a:-;..;ifu. 
Ainda h<Hlt"m lllo ·tn•i-IIH' 11111 t·<·t rutu des<'llhad,, 
por lllllll. 
Ella, <'ntüu, tlle ui..;sc : "'Honi to t'l'll'a tu ! } f uito 
lwu1 feito ! " 
PoL~ sabe o que· Eh int f<·z. lltlltlllds dt>pois ? 
(Jw· f<>z ella ? 
- Foi dizer á no . ..;sa antiA:t .\I<'I'<'l'dt•-: qnc• uuncêl 
\'HJ c·an•ta mui,;; fPiu C)tH' o IIH'II dc•s<•uho, quco rHrnc:t 
\ ' tll t rahallto tão ma I lH":t hndo. 
Oh. <tue cois:-t honi\'PI, ( 'n'usa ! 
liorrín~l TIJPsruo. E ... sp fing-inH•ut~J cJp Eh·im 
<'harna-~c h_vpocri"'üt. E I' li dc>t (',.;f o "<'1111'1 hunlt• sc•u ti-
111<'111 o. 
Tem razão, tu i nha amigui nlta. 
() h.) ponita é Ulll:l C'l'eutm·a fabu. d<• CfliCllJ Ueve-
IIJOS d<·:scunfiar e tPttter. 
.J :Í, l Uto irei lllllll:i CÍ, l':ISH d<· J ~h·i l'lt. 
Fi<•at·ci fazendo cornpanhi:t a \ c.C'G. 
E as dua:, rn<·niuas C'otttinu:tnlln a <·o:sturat· P a 
<'OII\'er~w· sobre outras coi..;as. 
'I ,"111 1 • , "~ta:-: r·n·aru, ..... (ltta:-:i toda-; :Js tan l'" \ ('l'lll-.' 
n·dot• dr• :-li li li\ ú. . 
\ ho:t v<•lhirdtH lhe:-. t·unt~t IHIIlll ~s 1',"0": : 
f'llt J)rnl u ndo "'rl•·nt '"· ( )..: rwtinho-. :t IIU\"<'tll, 
c .uilhel'llll' {• 
" ru•to nwi ... \'«'-
Ih''· 
E 1 1" gosta 
11111 i I o dl' f:t Z('J'-
Ihl' IWI'J!,Illll:t ·• 
Ainda lwj<· 
li H· JlNJ!.lllll ()lJ' 
\'m·úzi-
llh:t. Jlfll' l(lH' 
, 1.rú qut• titio 
Luiz tl'lll falt :1 ., 
duuw P<'l'lla • • n \ dt 'lhi PIIP ]> I L lt't U'll"IT"l ( •lltllH•nnP. •"' • <'r. l't -a • -. • • 
. i I anda de muletn ... , ('oll:t< '' . . 1 -
' I) .,(' <·r tlllltt t•(,j ... a hottJ\ t', uao. \ AIIPIT:I • I ' 
, ., 
\'11\'() 
76 
Situ, UJeu ueto. 
Nu guerra os homeus c U1atan1, un ao outros. 
Q,. r.atupo:-- ficuru deva tndns ; a~ cidades, arra-4fadns. 
Por todu a parte reina u morte, a dôr, a miseria. 
.A~ paLre::; crcan~·u:::; pcrc!Pm seus paes. 
Ernfilll, a guerra traz os maiore · mu.Jc::;. 
Al1, SE' eu -;oubes:·w, exclamou Guilherrne, 
nurJC•a t 1•ria briucado de guena. 
Jlas, dC' hoje em diu11tc, m1o brincarei mail. 
E vou dizer ;Jos Ul<·us conlp:tnlwiros que t:.uubem 
rulo brinquem. 
'\Inito b<m, rneu qut·rido, tornou-lhe a avó. 
\lllgHP!ll rlen~ :tpref'iar u ~ucrr:t, nem mesmo 
pur bnnquedu. 
A COH.\UEJI 
1>'1111 t•-.;t'l\' :1 trnhalkmdo. . · ,, . h ras que \, • IIavJU .Já ouafi o · 
I ~to foi hontcm. I I dttdo pt·lo pro-. " f"SOh·er Ulll pro I C'lll;l Procurn' ,t "'"' 
fCS::>(ll'. 
Estava cu ·-
tando a ac<•t·-
tnl-o. 
~lns Raul ufw 
se levantou Clll-
q u u n t o sua 
con1 a n:io fic•ou 
rerta. 
E 11 r nunc·a 
desanima. 
(!uando tem 
de fazer qual-
flUCr trabalho, 
ha de fnzel-o 
mesmo. . . 1ifficuldade.... C'n<•ontm • mtu~ Quanto maJ:; < Plll 
I•'' nmfim nm menino de ('()f:\~ • :..J ! '"- ' 
hwttt. 
is 
I> .. z \'f>7.1'..: PIIP c•nrm r• prohlmua. J)l'7. w•ze .... co-
111! ~·ou--o de no, 11 • 
• \fi11:d, tW dr•r•itl ta prirrH•Ír:t \'C'Z \'t'JH'c·u; :tc·ertou. 
(~11<' uiPgri t ! que pr:tZl'l'! 
I fojp !'IJr> :tprl';-;<'ntou "<'ti t t·ahalho :to IIH'"tre. 
J•~<.: lf' n m~mdo11 ao qu:ulro-negto. 
O lltc•nitul f<·z :tlli !(Ido~ u~ <·:tlr.ulo:-;, rnuitn C'P1'1oK. 
Hr:n·n, R·nd ! dis <' o proff',:-oor. O prol,lt>ma 
1'1';1 diffic·il. (~tmrtto I<'IIIJitl IC'\'1111 Jl:tl':l n•soh·PI-n ? 
l>ua hw·:~ .. <' nuin. 
h Lào d<• ... nnitnou '! 
X:io, "<'l11t(lr. T:tnlt• tml,:tlhPi, 1:111t<• lrahalll<'i. 
(JIH• firt •iftJlf'Jifp ('IJII PJ.WÍ :1(' '1"1 :tf-o. 
Hr:l\·j,... .. j/110 lllf'll r:tpaz! C 'rmt Íllltl' :-l'lltpn• a"'"~' 
t ' IJ I'<IJ 0"11 • 
. \ r•ot'llA<' IIt IH)' fortall'r'l', Elb no ... f:tz \ 'IH'f>t' a...-
cliffir•ul ladt• ... " upp •J·t:u IJ ... ;Jfft'ÍIIW/1 In ... 
\ !l<>~ H \I> E~ 
. I 1· 1 • f rl' .. filltinhn l'llt holtH'Ill lllllltu pu ll'l ' 111 lt • 
I I ·ic·' f•Jz••ndc•Jl'tl . FI'' I <'lllJ>I'P~?;:tl ll I 11111 1 I • . . ' h,. f)" 
, • llf' Ju •d I)Odta . 11 :-~ tt 11 • nanha\'ll tii.u pnw·o 'l . 
rilho:-. 
:'Pu patr[to l'l'a 11111 
l'ru di :t ~ 
q 11 ('"'ti OI! li ti 
r·ont outro f:J-
7.<'1 HI pj 1'11, 'l'll 
vizillho. 
('onln 1'1'11 
lll:tll, qur· f!•z 
PIIC' •.• 
C'lwrnuu n 
('lllpl'C'j.Wdo 
di ... -.1•-llw : 
\ 'n1·ci niio 
dP-.PJ·aria gn- il n;is, 
..... rlltliiW. """' quinlwllto..: lll 11 h ai' 11111;1 boa 
I ., 
por t'Xt..'tllp o • . · . , fortuna pur:t llltltl ! 
Oh. sl'flhor. "'"'I .... {'11,1 11111.1 . ., 
ll .· tr:~ oi"('!' tanto dinhPu·o 'I· .. cttlf' dP\' o "" f:,zPt . • \ ,I • 
so 
\ ·oC'ê irâ c:-ta noite :í fa~nrla \'Ízinha. Lnnt;ará 
fngo P roc,"J de milho e . .. prompto. 
'\mH·a. patri\n! Sun pt·opo. ta é indigua! Eu 
n~io lllP 'Pndo por diulwiro algum .. 'ou pobm, ma.c; 
homaclo .• Jamai..; far0i n•al nos nH.•us , rmcllwntP~. 
J~ o bom homem rPt irou-s<' da fnz<>nda, para nào 
mais alli Yoltar. 
FrliwtP.nte, no lllPsJIJn dia , enrontrou ~r.rviço na 
nutra f a ;wnda . 
O ncn·o patrão c>r:t 11111 c•xr.cllente home1u. 
l·11, di:t ..;oubr da helln :tcç~1o dn ;-,cu cmpr('gado. 
Fic·ou t:io "'ÜÍsfeito, que augmentou o~ s:darios 
do !tomado tra hctlhador. 
Dcu-IIH ainda Ullt:t l:;n ... inha para dh• Illorm· com 
o..: iilhinhos 
O digno hnlll('ll1 ,.j,. · laojto ttaui folgadnJilf'lltP <'0111 
:t, t t·p, C'l'P,a nc:a .... 
O 1:.\lPOSTO 
• •tlUlllllO Jnuis velho du clussc•. Tc•tll Ricardo é o 
ll"('Z(> UllllOS de ('UUdC h 
1. 1 · l>r"ttttlo um on-• 11" t. "\})]) lC;H l) ('. S() " I E' mtP IgPn <'. 
do~ rnpuz. 
~~ uulu." iam começar. . 
" ' . d 1 mfc: ·sur e dL"se : Elle uprox1muu-se o J • 
Rogo-lhe di~pensar-IIH'. hoje, mtus cedo. 
ciso u pugnr tun impoP-to. 
Pre-
•) 
(>h ! tonwu '' lltP ... fn·. ( 'nlll qtu•, t'nt~io. ,.,w,~ 
J.l J1:tgtt Ílllf>IJSto ~ ! 
Não; eu\011 pag:tt' <l lltaudadu dt• pap:u·. 
Js.,.o .. irn. E \'O<·(i 'flht> 'lll<' CJIItT diz•·r· Ínlpo .. to, 
Hi,·ardo ~ 
,..,ir11. profr- "OI'. Papal'' ltt 'o •u-.inotr • 
• \Iuito h1·m. \'ot'l~ \':t~•, l'llf:io, n·p<•fir a ~<'lh 
<'OIIq!,as o qtll' :tpn·ndl'll. {JtiPI' :' 
( 'o11, gratH li' praz r. 
( )~ ahurmo" ficar'alll rlttll :d lt>lllo ..... I•;) I(',; Kosl:l\':tlll 
d1· :IJm••ul<'r C'oi...;a · IIO\ w.:. 
() irupost(J, C:Oillt\'1111 Hir•·mlo. ,~ li lua <'C'I'I :t 
qututi·t CJUP (1 .... I'Ída•lúo-. pagar11 an Jt:..,t:tdo . 
.\'ptru,·iautes, iudw-ttÜP .... prupriNurio-., todo-., c·ru-
fi•n, ..,:tl' obrigado-. a pagnr irnpnslo. 
< 'o111 o clinhPiru do ... Ílllpo ... tos " govt•r"" rnant(,llt 
~~ l''CIIfa ..... , o a .... ylo:--, :t poli<'i:t ,. tnil outr:1..; <·oi~:t" 
11( l'f•-. 'lfl:t .... 
( ) , ÜIIJ HI ,,,., l'• "'l'rtt>rrt. pois , <'111 ''"llt•fil·io dl' todl),.;, 
Br:t' o 1 di.;;."<' 11 ltH•..;frt•. 
\ ' iv;t o uo:-;..,o pmft•s..;or·~inho! t'XI·IaliJrtll 11111 
a h 11111111. 
\ ·;,a ! n p1•tiraru "" Olllt'll". 
O .I()(;() 
( >lh"lll 
Bonito 
Pa r«'l'<' 
t.., do LlH·i-t 1111 . 0 traquJtH 
lllCJI j 110 ! 
c:-.l:lr bl'lll zung:tdinlto. 
(~llt'lll ,..HIJt• st• e' tti dw •ul" 
(lual ! ~ada dis-
St} ! 
() '!lH' PJlt• f> ... t(t é 
rnuitu tri-.t ·, o c· ll-
tadinlto ! 
TPm d(• ficar pl'<'-
:so durante 
longas hom.s. 
:-.a<'l'ifieio ! 
dua ... 
que 
Foi 0 proprio pac 
que lhl' irupot tal 
JH'Ilél. 
E 1'11111 lJllf' dêJr 
l'll<' uão c·n.: t i~ou () 
filhinho ! 
:\Ia ... -;1 as .... un l'nt 
J>f'<'l'l~O. 
., 
-·-- ---
8-1 
Iruaginem que o pae de Luciano o encontrou 
lornuudo parte nurn joguinho de botões COlU um outro 
mcnmo. 
Até ahi nada ha,·ia dP mal. 
A questão era que o travesso cstant jogando a 
dinheiro, a tostão cada pm·tida. 
( > pae jlí lhe ti uh:~ dito : 
\leu filho, ' oef. póde jogar o joguiuho do:-; 
lmtiJ~•s. Xuncu, porém, jogue a dinheiro. O homem 
s6 dP\"(' ganhar dinJwiJ'o pdo tr·ubalho. Aqurlle f]Ue 
\' Í\'t• do jogo nüo 11 um individuo honesto. 
Foi, pois, bem merecido o ca~tigo de Luciano. 
Com Cf'rteza cllc :::oe corrigirâ. 
Iln de· f'J' a" iru. Luciauo é tt·u,·e . ..;.·w. rnus muito buruzinJw. 
O ALf'OOL 
. l . , e "IH\"I 0 r<•rrt•Írn Wl T 1 (}~ cl1. ·ts hem C<'< 0 • .1" ... ' ()( os ,., ' ' 
nffi<·in·t. . 1 t 
1 I ··tdiO c l"ll >lb ( . 
F rn um 1 <'lll Clll :-, c,'\ n t n r. '-'<'IIIJ n·c .. , I lte -<Pm pn• u Trahalhavn a egrentct . 
a cnntnr. Pnr j ..... ,
0 
\'i\'Üt 1 ll rendi-t-Jhe ha.-... t~tHtt·. O tra Hl w . f'IJ 
n Ilher " dois I lO fnlgudnnwnt · C'l'm u 
1 1 
· r•oftH'~ou ~1 
(: lmr rnalt~ <.t!tll~o ... , LC\·udo, por ·m. 
frN1ucntnr !I' 
tn,·crna.;. 
0 nlcuol foi-
lhr minn ndo H 
snuclc. T'ornou·o 
frar.n f> dnrn-
tio. 
A alegria fu-
giu-lhe do cora-
rão. A coragem . 
abaudnnou-o, 
P. dlc tornou-
:-(' um ocioso. 
A nu-.crw. então. cnhiu-llw ent c>nsa. Tudo ahi 
f:d tn nt. 
('t•rto dia \ 'Íll um dos filhinhos c·hor:lildo. 
(Jn<' tem, mru filho ? 
T<'nho fome, pnp:w. 
. \h , P"'ita~ pa l::n-ra t> c•ori.n rattt-1 ht• o C'orac;ào ! 
O ferreiro cnhiu em si. Lugrinw~ dr dôr r rle 
:ltTPprndimrn f o rorrrrwn-IIH' pC'ln~ f:H'f'H. 
Fugiu dn·· tnn•n1as c• niio ntniH hrhru. 
.\ sau<le, a alegria c n ~orap;em \'oltarnm a ser 
:-;lJn-.; r•omp:mhrira". 
\ prospeJ•idaclc e·nt rou-lhe dr 110\'o no lar. 
Eii-o outra '\'c•z. na offiri11:1, a t "'' halhnr. r.:mta ncln 
a I t•gn·nH•t1tr. 
A EBCOL.\ 
l . • tlirig~IIJ p:tra :I 
ÜK L}OÍH pt>qUl'l'l'UC lOS se 1 . 1''\ l'lll'"'. 
I 1 •. 1 1nuit.o agrntla \'<' p.t ' E' umu. tu • . 
r. mo vilo .sornndo. 
RPparE'lll 
0 
1 . lto prc•t·i.::ull : . l ha" tuc I) q u.n L~Ynm na:, )o . 
l . hpis Ptc. cu< crno:s, • · 1 
>..a da t•sq uerem. 
llont('Jll, rm ea-
r 1111 a:4 sa j<1 prc•p;trn t 
li<:ê><'"· 
Fi:t.t•rn. m :.\..'4 co-
• • <)Fl clc>sl."ll h os, as JllüS, . 
l \ . <' t.udo nuut.o ('()Jl I ~ 
bPnt feito. 
E' as~im qm' t•l-
l<•s pro<'rdem lodos os 
dias. 
· - l)Ufà .J ulllals \'ao 
a e~culu sem os traba-
lho~ qul' a profe--~ura 
Jetcrm i nou. 
liwo~ "' 
\tEu~ rn;n.:r1g." 
SutJca \'uo r 1 O <' • um lCiu t.le:;as eados. 
01 po, 0 \'C.-;tuario 
limpcJ. u,_ cabello ' o cai~·Mlo, tudo nelles é 
dentes, polidos • pentC'ndo ; a Ullha~ e o:s 
Portam-se J_ • 
. - · tl(uJura\'C'hueute 1 , , 
·tttla u.to CIJil\'C" Jetu. I!.rn hor··ts de 
. , Ul)J JlClll .• I' t • 
!•'i · . t < Is racm. 
. • · por que }lureello . R · 
amda, i:l pussaram J>· • egma, tiio pequeninos 
1•'11<' t... .ua tl st•eundu cl·t~""' ' 1:; ('111 1 ' .. ,._ .. na !'sc·o ll um gr•tndc• 
Haht,UJ J>OI' útw ·> • llt lmcJ·o d(• :trnigos. 
p. . 
• UI que tratanr seus collC'g•t 
t• dPhcudeza. • com todo o respeito 
A ARVORES 
Eugr.nio eRtavn pa~sando aH fC>rias tw ro(,'rL 
Em a C'l'ltaç:io do calor. 
Num dia muito quente. rllc foi S('ntnr-:-:c ;1 -.umbra 
duma grande figueira. 
- Oh ! que fre..c;cor ! dizi:l Eugenio. 
Que sombra agra.daYel nos dá . hella atTore ! 
Sob a tua verde ramagem o vinjnnte Y~m repou<:nr. 
!)(1 
C):-; ftllÍill:H'~ lf• Jll"rJC•tu·wrr, fugiudo do.; nhrasadore · 
l':tiw; do sol. 
;-\oJ,rc o..: feu...: r:tlllos JlOII"'llll fl;enti,; pns....;:trinJJo:.:, 
r'ar11:11rdo t~l<'grt.'tnentt'. 
\!ri tc>('<'lll elles seu" !Jilf'llf<', ninho" protE>gidos 
Jlr>)n 111a folhagetu. Ahi se :Jbl'iJ.wm dos \'<'ntos c rla.c; 
r·llll\'as. 
\Ir i <'ncon trmn fnrf'tos ele (Jilf' :.:C' ai imr.11t.n m. 
Oh ! romo ~s bo;t <' util. tanto pnra o homem, 
r·nllrn n:rt·:r o:-- :rJtÍm;w,! 
•':in :1~ :lf\'OTP._ C)IIP tnJ"IJalll s:lltd:J\'f•J O ar f[Ue 
l"t'-;pÍJ'flll!lho, 
hml,ellr•~,nm no ..... -.as ru.t.-. !' pnu;:t--. 
I >.io-no-. cxc·e11Pme-. madPirfu5 para construcçãn 
dr> r"t.':-t .... , lllorei~ <' tanta~ l'oi~ .... Htr>i .... 
(luern nfio \'C-. prote!!f'ní, hoa:;; <trvore-. :' 
C ltl«'IH nüo \'O-. :unur:í ? 
;--, ·~ IIH''Illo 11111 ll]{'nino lll:lll podt•rh nt:drrat;rr-,·os! 
l I( dl' janl;lr. r 'I' p·h'"' ae:r HIIH , 
\ :tlllt 1:1 ::-. • • a "'lllln 111 .,.," qtll' ;r ()(l ilon rN·u~ou () pPq li f' !lO 
rll •
• -
11
, 11 11, off<>rPtE'nl. . 
1
. li!' .I :'i f'stnu 
lll:llllât'. l , ...... ,. l • ,.\ luit 11 :q~mdPeHlu. . . 
. I" ., (' ll~ll d! ' (. COill('l' tll:ll .... ~~tis <'I 11 • 
F a;>; hl'lll, lll<'ll , 11 ))ph dP-filho. (ltH'Ill Collll n 
( 1 -.tt·.•li'Ya a -.aud<'. . lllat..... ,.. 
- E' ,·crdade. rrmfll:mr ll 
\leu ... filho-.. 'l!.!.Rlll I'Olltillll0\1 : 
-.eu irmft11. 
11 pac ll•' 1 ldilon. 1• 
t'IIIJ>li"\ O !'X('rtl)l)•) U' 
Ohsf'tTP-m a temperftnç:t, lltrll~> no r.om~r nomo no hüher. 
Ohscrn•m-na tamhem em todo:-: os eu actos. 
Tudo quanto é feito cru dPn1:~:-ia (> rontr:t a tem-
JWran~·a c 110:5 prejudica. 
Por b~o. vocês dc,·em !"Pr c·on11nedido · no:-. dh·erti-
llWntos, uru:; com·c~ac;õc:-;, no I I'Hbnlho, 1111 rr>pou~o, 
Pm tudo, emfim. 
A intcmpcrnnça no. c·ouduz ao ln:-.:n, t1 nlidude e 
no dr.sprrdicio. 
Oru, tudo i ·so só no:; pôde• c·ausar mal. 
Qurm m1o é tempernntC', nüo snhC' conter o eu 
~f'llio. Póde, c•nülo, ~ cr dontinndo JlC'b <·oJpr·n e c >m-
TIH't r <'r m:i, acçücs. 
~ojmu. pois. terupPrHrttl'' crn tudo. 
As c·rt ança:- toda.... fizem m prnpo.-;it o firrne rlP 
<;<'guir os r.on. ·elhos do pae. 
i ·eu filho t~a,:;:;eant u cum ::-; O sr. Augu~Sto c:')tu.n~. ~" 
Thomaz. . dim du praça da Rcpubliea. Entruram no bcllo Jar 
Ahi uma l'Ol ·a 
chamou logo a 
atlt•nc;ão du meni-
no. 
Em uma l'n-
luuma dt> pt•dra · 
simpll•s, tua. bC'lll 
trabalhada. 
:"J 0 ultu de !la 
da-:-~e um bul'.lto de 
bronze.'. 
- Que é i~u '? 
perguntou Thomaz 
ao pac. 
_ g• UllllllUilll-
llH'nto, meu filho. hrn t
1 
... grund(•-. 
Os monurnento..,; re<'ort ' 
fullccidos. 
Ul 
\U:t. I>E\ r .. ltt :-
l..(•rnlmuu t:unhr•m n .... d:tl~ts glmill-.u::. du IJi,.,tori:t 
do-. prl\·o..:. Dlr:-. 110~ dizt>tu : n:iu "t' p-.que~·am 
daqu('IIP~ que honral"allt a pati'Ía. Imitr 111 o t''\C'lllplcJ 
dP. "" ill11"1 n'" eicbdãus. 
() lllflllHineuto-. p6dc•tu "l'l" Psltt(llrt..., :-ing; •);~:-. c·omo 
l'-.la ou, Put.ão. majP.-.to. c, .... "difir·io ..... 
( 'ntll•> o do Ypiraug:t, u;io,p:q>lll' ~ 
:'irn, Thoma7.. n HlOIIIIJJIPilto do Ypii'Hilf!a 
pPrpPiua umn ÍtnponwJtt• d:nu :t lwleJu ucknf'ia Jo 
Urw·;i/. Lt•utf,r:J tnrrdH•m 11-. ~r:•ndl's ll!·a ... ilt•iros IJIIP 
I t•ul,:tl!JaJ':tru (1!11' c·--ta dat~t. 
( 'llllt prP Hl'ttlpre !'C"J>PÍ t ar o.., IIH lllllllll'll tos. 
1 >l'.,dr• {'-.~<' dia Tlwrnaz dPSI'•Jhria-st•, l't'\ t'l'l'l\IP, 
'pt:uulo P•>l' <'!Ir•:- j)lli"S:t' a. 
A HE~E\'OLENCIA 
OlltPrn n gnu.•wsu .Juanuitu, u queridn de todtts as 
r·olll·gu · da e~cola. 
Tl"l!l :-cu1pn' unt IJum ·uni u a illwuiunr-lhe o 
ru to gentil. 
:--e NHlb • ·...:em quanto t>lla é bondu ... a.! ... 
Spu cur:tr;<1ozi-
nho é um l'Ofrt• 
l'h(•io dr• Jli"Pcio:-;o...: 
don ·. 
i\ Ia~, a prin<'i-
pal qualidudc dP 
.J 0!1111 ti ta é a I H'lll'-
\'oh•rH·ia. 
g...:t:i 
di~ po:-; l.fl 
spmpre 
11 julgar 
ht•m do~ outro~. 
(lunndo :dgu-
mu culll'ga cnuund-
tc uma falta. clla 
n:1o a cvn-.uru a ...... pt>-
r:uuen te. 
96 
Pelo contrario, falu-lhe tom brundura. 
Foi ru:;.-;im que ella procedeu com mna collegui-
nha muito mentiro<::u. Era u pequena Georgina. 
QltUJI()o as outru$ mctúnn-. ccnsuravnm Georgina, 
.Joannita lhes dizia : 
~ão a julguem mnl. Voe{>" nüo vêem que ella 
ainda (:. muito creança '? FiCl_ucm t'l'l'tfis de que Geor-
ginu ~c corrigirá. 
Por outro lado, vi viu daudo con::wlhos á colle-
guinha. 
Ao cabo de pouco tempo <:corgjna ~e emendou. 
Tinha verdadeiro horror á meiJtiru . 
A b<'nc\·olencia de .Jon.nnita fel-a corrigir-se. 
Digam-me agora se :t meiga .Joumúta m\o é 
nw •mo bundo~a ? 
A DÔR ALHEIA 
Tão boa eomo a Joannita , r esta outra meninn. 
Chama-s<' :\Jnri<'tu. 
!\o dia dP :cus nnnos, muita. ami~uinha."i for:un 
ctnnprim<'ntal-a. 
A toda~ l'li:t 
a~rad<·cia smc<·-
mmcntP a" fPli-
cit ac;ôc;-;. 
Marietn l'l'tl 
habitual111cntc 
alcgr<" e~xpnnsi,·n. 
N aqu<'llc din, 
porém, linha um 
nr de trbtezn. 
Quando nmn rla. menina!=' pr<>:-.r.ntc.:: propoz um 
brinquedo qualquer, ~larieta rlissc : 
- !\linhas amiguinha , hoje não dcvr.mos brin-
car ... 
- ~Ias, por que ? perguntou tunu da menina ..... 
, irn, por que ? dis.;e outra. Hoje, (• o din do 
seu anniversario ! IIoje, um dia tãn alrgrP parn nóR ! .. 
98 
- Ouçam, minha~ c:.nn.::: :'lmigno:: : 
A ,·iJ:inha está com um filho muito doente. 
A pobre mãe 
quasi morre de afflic-
c;no . .Niio é justo, 
pois, que re..:lwitP-
mo:-; a sun grunde 
dôr? 
-Apoiado, di~­
:-:c•ram ns meninas 
quasJ ao IIH''mu 
1 empo. Re:-peite-
mos a dôr alhPia. 
E, n ""C dia, a:: bondo ·u meninns m1o brincaram. 
Apcna" palestraram um pouco, c depoi~ ·c de..,-
pediram da sua querirla ~ IariPta. 
C>~ PAS:-\A HO~ 
Vrnlw111, venhatll, p;enti~ :t111iguinho~! 
Tra~o-lll('s, hoje, um :->aboru:--o peti-.c": ,; pã 1 d1• li,, 
muito fllltC'Ío, nnúto fre.-quinht>. 
< 'omaru, furt 111-::-e! 
Oh, como o:; c• ... timo, furrno oo:::: p: annho" ! 
!"ão tiín h m,, t iio amjgo..: do homem 1 
Limpam-lhe a horta-.. das \'ül':tZP lag111 tH~. 
Li\'ram-lltc os pomare." do ... insc•c•t.o~ dnmninhn-. 
100 
E ainda n alegrnm 1'11111 o..: -.eu-. dot>e ... gorgeio .... 
• \h, r> hn n'r rre:mr;ns m:í-.., que o... prendcru Pm 
for I"' gaiola=' ! 
E imaginar Cflll' ou I r:t-.. IJt,. ... muh:~nt oc; qtwrirln-. 
filhiuho' ! 
C'rw·i:-- que> ;-.:i.o ! 
Oh ! . .. PU nunca IIH•:-- f:m•i 111ul. 
\';iq r·antar ~1 l>c•ira do..: sf'll::-; ninho:'. 
Y:lo. \·orm. Yoem. IIIIIO('I'IItC's a\·<·zinha:-. ! 
.\ POLI( '1.\ 
Todo..: os dias, ~ís -;e{t• l' llll'i·t. o:- in11:lm; .\dulpho 
t,' Eml•st o :-;a('III p:t rn u C.'-'l'olu. 
A l's ·a hont eneontrum semJH'I' tttn do' gunrda-.-
Cl , • .,._ du rua l'm q UP moram. 
Bout dia ! tlizem-llw. 
Bn111 diu ! l!leus tnerlino:-. n·-.-
pond • o guarda anwvelruente. E f•nu-
tinua a ('UIIlinhar. compa.o.;sadatuPntP, 
"('lll[H'P attPnl<l c vigilantt•. 
Qunudo os mpazitos \'ult:uu da 
<•:--c•ola. já {'JH'Oiltrum outro guarda. 
:-luudum-11u t amlw11t, llo qu<· s~io 
('I)J'I't •spot )(lid<)s . 
.Adulphu (' Et·nC':--to sallC'nt n• .... 
J wilur o: poli<' ia c:-;. 
Es!l's holltCll · stlo lllC'-Jllo diguo..: 
dl' I oda a consid<•raçtlo. 
Pn•4am t'\'('ellcutcs setYi<;o"' :to 
povo. 
\·t·btu pl'la tranquillidadc tio~ 
outro-. hcum•us. 
I 02 
1:.. quanta~ occn~ifw, n:"to "'t expôPrtJ Pile!'\ :t :-;~rios 
JWI'ÍK<"' '! 
P~'lllll longa.. ltol'lt" 110 :'t'll JHrsto, :1 ~ veze tto 
sul e :1 chuvn. 
t~uanta Yezc"' niw sãu t>lJe.., aggredido ... , au n.cul-
rtwn·rn uwa llesurderu ., 
FazeJrr muito heru o,, dois inuii.ot~ Clll ~stirnaretn 
o" gltardas eÍ\ is. 
A H .. \li J.1 > \I >1·. 
( :itda <' \ clriuna -;ào chw:- nllliguinha-. in epa r ., Pl 
Pll'·:snrn .i 11 n t :t'j q ua:--i o cl i :1 Iodo. 
l\a e:•wola ~Pntam-sp 1111 lllt'"IIIO bnnro. 
( 2 lll' P s t a r :"1 o 
C )} :1 "" f [I Z I' 11 d 0 
ngor:t ? 
Uilda tPm n (':t-
bP•:a huixa n n phy-
innolll ia t ri,...t e. 
Aclrinn:t pHrr-
•·e t•..;tar [I ngr:tdHr-
lhP. 
(luP ha,·pri:t 
•n tC'crd idn ') 
V:io \'t•r. 
llonll'lll (,iJcla 
e-.qlH'CCII 11 lu pi-. Plll 
A' hom do de ..... enlw. TH'diu :\ amie:a ltllf' lhe ~"I! ' 
pre.:;tH•; .... p lllll bpis. 
J)p ... ~ulpr-ll!P, dj .... ,p.llu• \dmmn. ·n, poHsn 
nttPnd.-1-a, pois t ruuxt' ap<'nn-: 11111. 
101 
.\fpntirn ! tornou-lhr Uilda. \'ocf- 6 umn mc-
mnn mn. 
E,.;t~, .... p:tla \Ta .. t·1n dura-., t:io inj "'"''a-.. off<'ndt>ram 
11111Ítn n .\drian .• \ cnit<tdinha fic·ou f:1o srntidn, (}IIP 
q tr:t~i r.horou. 
t:ild:r anc•pt>rHlr.u-:-.c• ha:'l:tlllf' do qll<' di..;~c·ra nunr 
rnonH•nto de• zauga. 
Agom <"4:1 prctindo d<•-.c·ttlpns a .\driann. 
r~;'> tf' sr.u U<'l o de IHIIIJÍ)d:td~ fot muito n preciado. 
\dri:lllêl :tiii·Hc;vu-a, ri..:onha c r.ommm·ida. 
\ .\IALEUI< L:\l'l.\ 
'\;u 1':-col:t U<' D. _\.mdia llf'lllnuna :dttlllll:l :-,E· da\':t 
l'lllll su.t C'UllPgu B ('lnura. . 
Todas l'\"Íta\'alll u contpanhh th•sta llll'lllll!l. 
Fuj;!;iam de Belm.iru. por :-c·rPlln muilotn~tlt·dic·eut<·. 
;\a '<·t·c l:t<iP ellu ' i-
vw a fala r rnal d~l" ou-
tras llt<'llÍHa-... 
Entrctauto, Ht•ltni-
ra não linha mau <'l)l'a-
(,':io. 
l• :da \'a lllUI do pro-
ximo, simph•snu•ntc pnr 
falar. an tinhn iuten-
t;i1o :tlgurua de pn·.i udi-
c·:u· u al~uem. 
( 111 diu YÍ n--.r> dt-.. -
prPzuda p<•)a-. C'oll<'g~. 
l'icou, l'llt~o. 111111 . 
trist( \ ('S('ola já urw lht- offcn•cia " llll'lllll' alI nt('ll\'ll. 
'\a-.; horu .. s d 1• l'l'Cl'l'ÍO, IIÜO tilllta t'Ulll <Jtlt'lll 
hl'irwur. Fic:t\'a :-;6zinha. tod:t l'lltn•guc· :i ~na tri-.ti'ZtL 
I>. Arneliu :-üubt• du qtH· :-t• ptL.'~ vn. 
Muitio pt:!nalizttdn, C'hamott BPirnint e dPu-lht" 
ternos r·onselho:::-. 
A menin:l r.orrigiu-sc. ~urwn mui:- uhriu a uocca 
pal'll llllll'll1U1'3f dP :ti(!UPrn. 
'I' ornou-,.;c me:-;mo urnu das lllt'lJJores altttnllli". 
J•.nu·o a pouC'o foi <·ouqui:-;t:tllclo :t confÜ.Lil~·a dws 
t'Olllp:tnhcir·ns. 
I•inalmeute, hoj<' l'll:t tPJr\ llllHI :mrig~1 em c·ad~1 
et ,!J! ga. 
\ olton-llw u ul<•gritt. rin satisfcit~ e go!':)ta du 
e t•tdn. 
.\ FR:\ TER~I DADE 
Elzu. c::;tá rudinntc de alegria. Praticou _ hoje uma 
I H' llissi lllll. act;i'í.o. 
Our;:mr : 
;'\um paiz. muito longe do nosso, h ou \'C um forte 
ll'l'lllOr dr' tcrm. 
Diver:-;a:-. ca.sa:- se 
nhatcram. 
li ui tos habitan-
t~ :-UCClllllbimlll. 
( >ut ro'{ ficaram ar-
minados, ~t'JIJ te-
cto <' seHJ p:lo. 
Foi uma \ crda-
deira enlumidade ! 
Oh, quantas crc-
an<·inhas não per-
deram "t'llq pnc....;; ! 
Quanla.o; lngrim:l.':) não derramaram tantos olhos 
iunoecutcs! 
\ tr~,te noticia chegou ao Bm-.iL 
DL' todo· o~ pontos do nosso paiz partiu um grito 
de dflr. 
108 
Pobres e rico traturum de ~occorrer ns victimas 
elo terremoto. 
Cadn qual queria 'er o primeiro a concorrer con1 
o spu obolo. 
Elzn foi uma da· primcirw . Deu tudo o dinheiro 
que tinha no seu cofrczinho. 
E deu-o de todo o corn~üo . 
Eis por que a menina está contenti..,simu. 
Ellu jú conhece o bello scHtimento de fraternidade. 
g' a fraternidade que fnz o:-; ho111cus se amarem 
uns llOS outros. 
l:.'J. 11 
r c a que une os (JO\'os, tunto nns horas de 
prazer. como Iuts hora!:> d(• ~offrimt>nto.r 
OR A~L\L\ES 
A gentil 1\lanon pos~uc um lindo cord<>irinho. 
Ellc <' ·tá quasi ~empre junto da mcnuw. 
.\I hora da escola, .1\Iarion preci'la ~nhir n~ C:'iCOil-
didn ' . 
Do contrario. o animalzinho a :-;cguc infallh·el-
m<'nte. 
Dun~ yezes já. ellc a acompanhou at6 á escola. 
O cordeirinho tem-lhe muita Rff<>ic;i\o. Ella o trata 
r a rin hnsnnwntl'. 
110 
E a::;sim procedP a honclo~n mc>nina pnrn rnnt 
todo:- o~ nnimae..;;. ?\ão o=- mnltrM:t nt•m ~on~f'nt(' C'JIIf" 
ninguem o faça. 
Em c:ua casa ha c:1c , p.ato:-., gallinha.-., l'tc. 
Todos clles a conhccNn c mn ... tr:ttn-:-e ulC>gn•s, 
quando ~~ vêem . 
.l\lurion gosta muito dr. tr:rtnr dc•llc•s 
Assim todas as crranças fo~!-IP!ll hon!-; pnrn o"' 
anirnaf':-;, como a galaute l\lnrion ! 
o C'.\flA< ''IT~H 
( 'britn l'f' ·oi\'<'U d:n· dnns holns dr hnrr.H·hn á sun 
ami~Hinh:l .Arwsia. 
In, muito ~:mti..;fpit:-1, c·onduzindo n:-- honita~ 1':-:-
plwm . 
2'\o f'amin!to cu-
c·ontrou- • com Bcr-
1 h a «llt t ra sua 
fllllll?;:l. 
Estn \' Ínhn c-rtrre-
p::mdo uma formo-
c;n hnnPL~l. 
Oue lincl:t-- ho-
" b.;! dis f' BPt'lll:t :r 
< 'l:ll'Í t n. Q1wr tro-
CJ:tl-n prla t11inha 
hotH' <':t '' 
Om. C 'larit.u dc-
(•ja\'n muito po~­
suir uma boneca. 
Bem 'ontndc, poi~. teve de fnzE'r n tro<'n. 
Lembrou-se, porem. . ' cl"' CJll!' a~ holw ... J' :i 11iln llw 
prriPtwiam mai'. 
l I:? 
Ficou muito triste, a coitnrl.iuhn. r respondeu : 
RPrtha. ~into immen~auwnt•• n:i.o poder arrei-
tar n sua propo:-:ta . .J:i pronwt ti a~ holns para Anf>":ia, 
I' \'OH h.'\' a r-] h· a. .... 
HNt h a Jnl--htiu. in='i."t i 11, 111as nadn pôdP conf;E'guir. 
1~.' que C'larita Pra tnn:t menina dE' bnm caracter. 
~~ra muito rorrP<ltn no :-;c•n modo rl~ proeerler. 
A \'AIDADE 
Quem hu. um anuo <'Ollht'I'PII ( 'al'llll'll, udrnira-:-t• 
:to vel-a hoje. 
g• outru menina : 
~imple::; noq 
modos. uu1u \'t•l 
110 trato, (: t•ru-
fiJII uma cxrel-
h'u t c nll·ni na. 
An t igalllen t c 
t'ra uma creau-
~;a iutulcru vel. 
Vuido~a, não 
havia outru 
cguul. 
Perdia lum.t...-; 
<' horas diante 
do c..-:pclho, a 
mirur-s • . 
e::-.tá cnmplct:lllll'llh' llllld!lll:t . 
. 'ó tratu,·a tle enfeitar-si.' . 
.Julga vu-s<> :-;uperiur a toda .. ~1:-- colkga .... 
Desprcza\·a <' rnaltrutanL a:-. rm·uiua..; p••lll,~. 
114 
Elll hre\'C1 pon~111, ,.. ·nt iu a ... c,Qn equ~ucia- dú un 
l"UUcJ·hin. 
\ in n::. amigas lhe fugirem, umu a uma. 
Notou que 11 profe~,.:;om a olhnYn com certo ar 
dt• j u"t:1 cen:stll':t. 
Ob"PJ\'OU q ut• cus paes audu vam desgo~to~o::. 
('lllll .. nu. 
AJTcpend~u- l' " tratou d1• l>l"OC't•der dt• uutrn 
IIIOUO. 
.\<.·t Halmt•nt<•, Canncn é o que =-'<' Yê: Ullltt 
llll'llina modestu e trabalhadora. 
\"i\'c muito .... ati .. fcita. H.l'COllltui tou :t ~ mpu-
t h ia c las umigu,.,, H aff<-'i~;\o du 111e't ra c o carinho do-. 
JlUl'". 
. ·ii.n hu quem ni\o a c., .... time hoje. 
A PRUD IG~< 'lA 
~auto Dc•tt::-! L:\ ::-;p foi o querido ,.u .... o da 
lll:tlll:l(' ! 
.\s:-im t•xdfl lltUU .J U\'Cllal. pondo "" lllllo:- :.Í C':thC(,'tl. 
.\ Jll'qliPIIÜit\ 01-
ga, l'slu llPlll podiu 
falar. de tanto que 
C'!JOI'ttYa. 
( oitadinho...,! ('o-
mo l'"t a \'<Hll :1 ffli-
<·W~! 
N (':-;. ... e mom<.•nto 
c\t(•gou a. lllÜ<' c deu 
<·om :HtUPlla :lCena. 
li'i<•ou bash\Jl te 
~·o11trurinda, \'cndo 
•nt cu<·os o ·cn nro 
va~o dP purccllauu. 
~ltt". olhando pa-
ra o:-- filho~. tt•vc P('-
ua dl'llc.s. 
Pobrezinho~! Tn•tnÜtm d<· 'll"to c de;apontmncntu. 
t 'utnprehcll<lt>utlo o quanto a:, cr<•unc;u:-: ~offriam, 
u boa mil<' :q )(·nas lhes dis.;p : 
I 1 ti 
::\leu:. filho-. . .... e \ oef• .... u:1o uuda-.:i •tu Cllrl'CIIdn 
df'utro dt' ca~a. n~1u tPria :tc•otlll'<'Ído i ....... d . 
f)p hojl' t ' lll dc:t ntt• dl'\'1'111 st•r ma i-. prttdPII Lt•:-.. 
Pt·lt .... Pill prinwiro. antt• ... dt• fuzPI' qualqttl'l' t'OL'U. 
<lue111 niio tem prudc!H·h ... offre muitos di-.-.:d~tm• ..... 
( >:-- doi"' traquinns <'rtH'Ildanun-st• . 
.\~ora. =- ·~uPUI á risra o ... t·ou-.t·lJw .... du hu11du,;u 
JllalliÜt' . 
.\ .Tr~TI<. \ 
() seguinl t• t·asn pns"'l•\l--.1' lllllll:l ,•-.t•ni:L 
A' hora do n•t·n•in Pnulo t• .lustinn r•omt'(,'tlr:1111 li 
qiiP:-t ion:u. Jll}l' 1•:nt:.a dnm piiio. 
J)p r<'p .111 ,. <,.., doi ... ,,. t•ngulfinharum. 
{ 'onlllll'l t Pnt 111, portanto, 11111:1 fnl t :t grn' t•. 
() prnfl•:-.... or, depoi ... dP IPI-n-. rr•tH'!'ItE>IIdidn 
·:tllWIIII', I'Olll'ltllll : 
. \J,!orn. \'fio fica r !'li p~>n"o' d:1 C'colr~ por oi trtJ 
dia". X p,.,fp .. c>ntido YOII esr.ren•r a ... u ... JHlf' .... 
Prof •-..snr, pódc dar-me lic<'n~·a pam tuna P•~la­
\'l'lt ·> di:''P P:rulo. 
li':dC', replicou o 111 "''trt•. 
Hogo-IJH' qu<' o rn,ti~o n•<·aia ;-;orn<•ntc· ~obn• 
mnn . .Ju;-;tino r;-;t:i ÍlliHrrc>ntc•. Fui eu qnPm o prm:o-
COII. \l,~nt di ... to, d<'i-lhP 11111 tapa. 1•:11<· defc·rHlen-sc 
1'0111() pÍ>d('. 
.\ <':·dn:- pahn·ra:-;. u profl'ssor :-<orr-iu, c·omrno,·ido. 
Paulo, di ·~e cllf• .. o :-.<'\1 nc·to ck probidade (' de 
justi~·:t 1'- t:ic, helio, t:lo diguo, qw· <' ti o p<'rdoo .. Jcí 
lllio "<'nio ca,.,tigndn . lll'lll Vl.c·{· JI('JIJ .lu:-tinn. Fu~·am 
ap:ora n:-. pazr...;, meu:s t r,t "~'"' t>-.. , 
Os ruPniuo ... ahrar:ur:tllt-'C afl<'<'lttthallH'lrlt · . 
A < '0::\ ~( IEN ' l.\ 
I) I 'z regrc:-;,.,u\"lllt dn e:-.eolu. t\lvaro L' )ca 1'1 • • ' I dt> uez 
X u <·allliHho :t rneniua. achutt uuw <'PUU a 
mil r~i~ . 
• Oh, qut· bom! 
di "'l' .\h·aro á innau. 
(luuutn <·oi-..a poder<'-
tllo:-o <'1111\ p rn r Hl!;ol'~t ! 
~fío {o a ....... im 
t•omo ' o c· f jl('ll-..a' I llP\1 
inuiw. \:w pod!'nto:-
di-.pot d<•:;te uinhciro. 
J•:ll<· ni\o nos pPrtt'nC<'. 
( 'umu a.-.::::im, ....., 
Beatriz '!! Pois voei~ 
n:iu o achou '? 
.Aelt<'i-o .... im. 
11111• t>llc 1wrtl'IICI' a 
· ,· untu at•ç;ão I ~ tl o .!!u--tarl pratH·an· qtwtn o pen f'U . • c> P .• 
muito rmL 
1 
· algu111a 
( >ru, Beatriz ! ~ ing;m 111 "'31 ><.' l c :ot-..a 
' \ 'o••('\ ~inguc•Jit n :tt'l'Us:tnt. :1 nii o !'c> r eu l .... • • 
1:.?0 
X :i o h a llll dd:t, . \h· aro .• \Ias, ... ,. nillglH'Ilt :,U h<• 
~l'i·o <'11. Ke ningul·tu pfld<' ~tcc·u:-;ur-nw, <'U lll<'~tna lllt' 
;l('('ll'lll'l-i. l"mu \'OZ interior :t C011 clfJI/cla, llll' dir;.i: 
\'O('(· ft·z rn:d, DPatriz. pratil'oll 11111:1 ac·~·liP muho 
fc•ia. 
Eutüo. CJIIC' \'U<' fazer do ... d<·z tnil n~i .... , 
lrl'i ent reg.1l-os :t pnpa{'. EIIP s:d,c•r:í dnr-ll11•-; o 
d <':-.ti lln C'O lJ \'t'llÍP!ltP. 
\luito b<'m, minha Íl'lllllll f \":ttJHJS, poi...:. 
\'ttnto~. • \I varo. 
A .\Y.\RI-"l\ 
F n•d<'I'ÍI'o <'XN'Il tou 
Fe" 11 l'<'produr,;:"tu 
far.ilttH'lll<' " "1'11 tr:lh·tlho. 
dlllll:l hi-.torÍ:t I'IJllt:llb JWIII 
profe-.:--,or. , l·l\TU... dn nu•::.t n• l• .... tP\'l' tnuit• ai tJ•tJto ,\ ... pa. 
- "'tl"''rltrou a lllt'Hor diffic·uldadP p:tr~l Por i -.o 11:111 \.: ' · 
c-..c·n·n•t . • f • it~ apn·-
'\n dia -.('~\IÍOtP, :--lla ('\JIIlJ>O ... H,'liU OI lllU I 
''Íuda. 
\·a leu-lhe uma nota 
Qur ~":ttisfacçào para 
Ei" o seu trabalho : 
nplimo. 
Ji'rPdcrico ! 
"II:n·i:t um velho 1:1o ric·o, qu:io uw:--qllinltO. 
fl11hituva um ~asPhrí' " nnda\·a roh,.rlo de an-
dmjos. 
Alittwntava-sc tüo mal, que lllltit:ts WZ<'" pad('ri;~ 
fonw. 
firu U·"P<'C'to r a usa v a d6, nr:t:-:, no JIJ~,!ó;rnn tempo, 
t'C'pugnn nria. 
Era, emfim, um houwm dt• txlrcnw a\·aroz:•. 
:-:ó vh·ia purn ar.cumular f' nr.rumul:lr dinheiro. 
.Jamnis ulguem o YÍll cl:ir uma P uwla . Coit:tdc,. 
lllliH"t ~<'ntiu cs. .... c prazer. 
l ' m dia o infeliz 111or·r<'u . \In ... fHllcrPu de ..... ml-
parwlo dC' todo .... 
Xtio trn~ uma creut ur:t dP l)pu ... <]li<' 11 fo ....... p 
soerotTr' r nos seuc:; ultimo .. momento~. 
Por que ? 
Porqur sempre df•srn~tfiou dr todo..;, Xum·a trn• 
um amigo. 
O out·o, que tantn aclornv:t, parn nndu lhe 
sf'n i u". 
Pr>it! 
Hoje 6 o anni\•rrsurio da maml'll', du tninlw quc-
rid m·lmae. 
sil neio ! 
fi 1 lh dignm nada. 
Qu('ro fazer-lhe uma .-.urpre...,,. . 
' Oh, que prazer. 
('orno foi bom 
. I 
f'U tt•r frito cconomm · 
Qun i t odru H i' 
moeda que me d:l-
Ynm, run in gunr-
drmdo. 
\nt(.1-hontc·m n-
hri 111eu eofre <' c·on-
tei-w. 
1 h, que porção! 
I craJn para tu-
do: para e te ,.c,..fl-
rlinho de cmnponeza 
(' parn o ta lindn 
flore. 
• 
12..J 
P:5it ! 
~ó a creada Laurinda ti quP .... alw. Foi clla quem 
nu· comprou o VP .... ficln P a-. flon•s . 
Oh, como ,~ lHun u J .. wnll· ser Pccmomira! 
~t' eu tin's. P gasto tndo o meu dinheiro, n:lo 
l<•ria hoje lnnln nll•g;ria. 
E marmle ') Conto vac fic~ar rontentP a minha 
nwm~kúnha ! 
Quando <•tt llw d<'r r.;-;t :t..., flor<•s, contar-lhe-f'i 
tudo. 
E. a...:sim falando, a g;<•nttl 7or·t foi cumprimPnt.ar 
'11:1 lll:il'. 
Esta fi(·ou muit,o -.ati-..ft ita. li'oi r.om a maior 
tl·mnra que cobriu d<• heij.,s as fa('l'-. dc~ma boa filhinha. 
• 
• 
c::ca..e~ E IN,.,.U80 MA 
TVP. SIQUEIRA 
5AUDI OLIVEIRA • Co .• LTDA , 
RUA LIBPO aADARÓ, 1• C 
SlO PAULO • BRASIL 
-
Collecção 11 CAETANO DE CAMPOS" 
P~RA PRIM&IRO AN~O 
'l'l1'llLO DA OBIU All'I'OR 
c..nm •• lalaalll Gomu Cardim 
CU111ha da Lu J. Pinto • SUra 
Cartllloa ra<ll Claudlna de Jlarro1 
''~'• IJ·uo 1.• Tloeudoro dt Jf ortu• 
Mlabao LlçiN lod o. Orlnruli 
Pula E .. olar lool O. Urla11di 
.No•u LRitare• 1.• M. OlíL"tira • IJordGI 
O Aalaa ola lahada • SIAU4 lJrandl 
PA R A S K C U N U O Al'l:'fO 
" ............. BttJlrU Lturrdo 
Mo• Lhn 2.• Tllt..!Ato d• Jlltf'au 
lf-.. u-- s.• I. Plntr~ t .'iUra 
Mlaha Patrla 2.• I . l'~nto t Silva 
Mlalou Llçiu , d.pngio fJOrlllll/4 
~ .... ............... 11. Olo•rlro·llordol 
PARA T&RCEIRO ANNO 
Mialoa Patrta 1.• 
ar ••• u ...... s.• 
R-.!açiea 
Ne'f&l Lelt•ru :t.• 
CoDlVt E.eellru 
Corati• Or .. U•I"•. 
I' A R A 
I. PU.Io • Silra 
I . P1r.to • Si/r a 
Era.tu 4• Tolrrlo 
11. nt ••.• ., •• JJor.t•l 
Apríp•o Gunz<Apa 
r. l'uroil'. N•lto 
QUARTO ANNO 
v-eado Bruto 4• Tol•diJ 
S.ara Patrtollco .lrolO'IÍO dt l'11ritJ 
S. ••••• ...... c.......... d.pripoo a.,.%4f1G 
illltH"Ida.. Jl. lluvra ~'cnlr» 
I'I:IÇ(It 
uooo 
IIIUOO 
nooo 
llfO<KI 
2eooo 
seouo 
aeooo 
!11(101) 
lltooo 
auoo 
aeooo 
·~ !11(10(1 
UU<>O 
usoo 
atsno 
aesou 
:sest"' 
~•sou 
a e suo 
SI :ti"' 
315110 
11•~1() 
llf!õ<NI

Continue navegando