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LIÇÃO JOVEM COMPLETA 4° TRIMESTRE

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1
00M
+-+
Ej
=:q
=ihh
0\ 1ÍF
Janeiro
18 a 27 de fevei.eiro
Missão Calebe
Programa 10 Dias de Oração
27/3 - 3/4/2®2]
14 de junho
Dia Mundial do Jovem Adventista
Semana Saria
Dia Mundial do Doador
21 de julho Missão Calebe
24 a 31 de julho Semana de C)ração JA
28 de agos±o
18 a 25 de setembro Í
25 de Setembro
15 a 17 de ou{Libro
30 de outubro
de Sangue
Projeto Quebrando o Silêncio
Semana da Esperança/Evangelismo
Batismo da Primavera
Í Fim de Semana Mundial do
e Cangresso On-line
l mpacto ESperança
:_=:=-_,=ii':=-i
20 a 28 de no`ipembro
de Colheita
Minjstério de U niversitários Adventistas
Semana do Reenoc)ntro - Evangelismo Virtual
25 de novembro ! Dia Nacional do Doador de SangLie (Brasil)
L=~-~)+<<--.=b=r*m.rit<r..:-r+\<rr"tF"c+*m/"ustí._`=Ç.*mr+,:bFclL.H"rc":r"=6*+o-wSw/i-*.m-*F+.b"fi6"F-u.*iFmi*c+£miwlri"„f*t/Ac**tp-+`mr+-m±®"u»
21 de dezembro Mutirão de Natal
OOMffiEE
BjBLICO
DEUTERONÔMI0
0bediêíicia por amor e gratidão
Publjcação trimestral -nqll6 -issN: 1414-3623
.rL= :e-iiiriilri= = is]é
=Í-ê = Í:aLLa= 5E-
=' _ --`_ -1--ai-lats
=T _ &zm _rm=--=--c-aJ=
= --_ _ jH Slrti
= -.-. iÉiiftis :r=L>L=T_ ± . C- }+é iH]ert
ffiEm =.ciEi= € Sm£ .. Sartaria+.- .===1S-±{S-1----- '==L-ht --O+\rd
• - L_ ==L Rs njm- _ _ = - PS 3lJ}
1 _Ç=o - Esa)la Sarbatina cortstítuj
a=rta rEgis"a pefmte o lnstituto
`ii)cianal d@ Propriedade lndustrial.
Ctmright © da edição internacionai:
Genenl Conference of Seventh-day
Adventists, Silver Spring. EUA.
Direitos internacionais reservados.
©±
ffF
l`matsApp= 05) 98ioo-5073--br
lFiãa+-G.nl:JoséCarlosdeLima
DI..t®r Fln.hcelm: Uilson L. Garcia
Fl.da€orcI`eó.: Marcos De Benedjcto
®e.ent. d. Pmdução: Reisner Martins
CI`eb d® Arte: Marcelo de Souza
CeD.nte de Vendas: João Vicente Pereyra
S®r`rlço de Atendlmento ao CJlente:
LIGUE: GRÁTIS: 0800 9790606
Segunda a auinta, das sh às 2oh
Sexta, das 7h30 às 15h45 /
Domjngo, das sh30 às 14h
E-mail: sac@cpb.com.br
A Lição da Escoia Sabatiria Óos JoirEms
ComTexto Bi®Iico é Drepmda pe+o
departamento da Escola Sab.tna e
Minlstério Pessoal cla Associeção Gerai
dos Adventistas do Sétimo OüaL
20% das ofertas de cada sábado são
dedicados aos projetos missioí`ários ao
redor do miindo, incluindo os prpietos
especiais da Escola Sabatjna.
A Casa Publicadora Brasileira é a editoía
oficialmente autorizada a traduzir.
publícar e distribuir, com exclusividade.
em língua portuguesa, a Ljção da
E:scola Sabatina, para todas as faixas
etárias, sendo proibida a sua edição,
alteração, modificação, adaptação,
tradLição. reprodução ou publicação,
de forma total ou parcja`, por qualquer
pessoa ou entidade, sem a prévía e
expressa autorização por escrito de
seus legi'timos proprietários e titulares.
5486/43492^04u22
lNDICE
1. ALIAIIÇAS E SERmES
2 . REBELIÃO E 00NSE0lIÊMCIAS
3 . I)EZ PROMESSAS
4 . AllAII00 0 SENHOR
5 . E 0UAIIT0 AOS CAHANEUS?
5 NÃOSEESOUEÇA!
OIROUN0ll}E O CORAÇÃ0
à SAHTOAOSEmoR
',i ALEORE-SE NO SEIllI0R!
i Ü . ORIST0 E AS llALDlçoES
1 1. VIOA OU llonTE
12 . CÁN"0 0E RE00Rl)AÇÃ0
13 , 0 MESSIAS ESTÁ VIMDO!
POR DEN"O DA LlçÂO
Uma nova lição para uma vida nova
No quarto trímestre de 2019, a L/.Çâo dos Jovens passou por algumas mudanças, sendo
editada em novo formato. Embora essas mudanças sejam relativamente recentes, a Lição
chega a 2021 maís uma vez de cara nova.
Considerando que a faixa etáría dos j.ovens vai de 17 a 30 anos e entendendo a impor-
tância de oferecer um material que atenda a todo esse grupo, criamos um novo conceito.
Agora, a L/.ção dos Jovens tem um nome: COMtexto Bíblico. Seu conteúdo é divi-
dído em dias, ou seja, cada página corresponde a um dia da semana. E cada dia tem
um nome: COMtexto (domingo); COMpreenda (segunda); COMente (terça); COMpare
(quarta); COMpartilhe (quinta); COMsenso (sexta).
Além disso, temos um conteúdo extra chamado COMunidade, no qual você encontra
a lição semanal para a reunião de pequeno grupo de sua classe, escrita pelo pastor
Diego Barros. Saiba maís em: adv.st/espacojovem.
Há muitas outras novidades; afinal, recriamos todo o projeto gráfico, substitui'mos a
imagem de abertura do sábado por tiras, charges, imagens e frases. Ah, não podemos nos
esquecer de que a L/.ção dos Jovens vem com mais conteúdo! Por meio de Of? Codes, você
terá acesso ao comentário bi'blico da Lição, Iivros de Ellen G. White, vídeos e muito mais.
Por fim, temos ainda uma última mudança. Temos agora uma mulher no comando
da Lição j.ovem: a jornalista, mestre em Ciência e pós-graduada em Teologia Ágatha
Lemos. Junto com ela, como associado, está o pastor e jornalista Michelson Borges.
Mas agora vamos deixar você descobrir tudo o que vem por ai'! Boa leitura, ótima
reflexão e que esta nova lição possa aj.udar você a andar em novidade de vida todos os
dias, mas um dia de cada vez!
Um abraço!
Equipe COMtexto
4
nome Deuteronômio significa "segunda lei". Mas o título em hebraico signi-
fíca ljteralmente "estas são as palavras". Este último, de fato, reflete o cerne
do lívro, uma vez que o seu tema não é tanto lei, mas aliança. A mensagem de
Deuteronômio é: "Estas são as palavras do coração de Deus para o seu cora-
Ção." As palavras de Deuteronômio são atemporais; portanto, cada geração
deve viver e se lembrar delas como se ela própria tivesse experimentado os
mílagres do Êxodo. Como uma aliança, Deuteronômio destaca primeiro o que
Deus fez por Seu povo e, em seguida, descreve a obediêncía de amor com a
qual o povo deve responder como forma de gratidão. Podemos dizer que os
três principais temas de Deuteronômio são amor, coração e vida.
Deuteronômjo é a base de todos os livros históricos do Antigo Testamento.
Os profetas "comem" e "respíram" Deuteronômio, pois retratam Deus fazen-
do de tudo para tentar alcançar Seu povo rebelde e totalmente perverso.
Ao mesmo tempo, eles avisam as pessoas a respeíto das maldições iminentes
e crescentes e suplicam que se voltem para Deus e Suas bênçãos. Além disso,
Deuteronômiç) é a própria sabedoria e influencia profundamente muitas das
declarações na Íiteratura sapiencial como Provérbios e Eclesiastes.
Mesmo no Novo Testamento, Jesus e Paulo cjtam ou se referem com frequên-
cia a Deuteronômio. Esse livro é o centro do apelo de Jesus por uma obedi-
ência motivada pelo amor, em vez de uma obediência legalista. Finalmente,
o Apocalipse usa a linguagem de Deuteronômjo ao mostrar que as pessoas
devem escolher entre a vida e a morte, que resultam, respectivamente, em
bênçãos e maldições.
Enquanto você lê o livro de Deuteronômio, permita que o amor de Deus
encha o seu coração com vida e alegria. Deixe que o seu coração sej.a aberto
para novas revelações da graça e da misericórdia de Deus. Nosso desejo é
que você seja inspiraclo a falar aos outros sobre a verdade e o poder contidos
em Deuteronômio. E, acima de tudo, apaixone-se cada vez mais pelo Autor de
Deuteronômío, seu Criador e Redentor, que deseja que você conheça o Seu
coração de amor e experimente a vida para sempre com Ele!
A partir da tirinha, do texto-chave e do ti'tulo, anote
suas primeiras impressões sobre o que trata a lição:
fFPEsouisE
em comentários
bíblicos, llvros
denominaclonais
e de Ellen C. White
sobre temas
contidos neste
texto:Dml9-37EE
r.i DOMINGO, 26 DE SETEMBFIO
maioria das pessoas tem pouco in-
teresse no livro de Deuteronômio,
muitas vezes porque pensam que ele
consiste numa infinidade de leis que
elas já conhecem ou que não mais
são válidas. Mas essa é uma imagem
equivocada. Na verdade, Deuteronô-
mio não é um livro de leis, mas de
pregações. 0 assunto de Deutero-
nômio é a aliança. É Torá (que, em
hebraico, significa orientação ou en-
sino). Em resumo, Deüteronômio faLa
sobre vjda.
lsrael estava para cruzar o rio Jor-
dão, e Moisés, prestes a morrer, que-
ria encorajar .e lembrar os israelitas
de seu compromisso de aliança com
Deus. Ele ansiava inspirá-los e moti-
vá-los, !evar o coração deles a uma
maior fidelidade a Yahweh. Mesmo as-
sim, o povo já vivia em rebelião (veja
Dt 31:27) e parecia ter esquecido tudo
o que seus pais tinham vivido e como
Deus os havja ajudado. Então, Moisés
pregou uma série de sermões e de-
pois os escreveu, estruturados na for-
ma de um antigo tratado/aliança hitita
com o qual o povo estaria familiariza-
do. A aliança inicia contando tudo o
que a parte iniciadora (Deus) fez para
resgatar e ajudar a parte receptora
(Israel) da aliança. Deuteronômio i-4
narra tódas as m@neiras pelas± quais
D£us canduziü lsíael nesga jornàda.
Além disso, a história contada por
Moisés também fala sobre as inúme-
ras vezes que lsrael havia se rebelado
contra o Senhor e deixado de exercer
fé em Seu cuidado e líbertação. Essa
é iima história de graça - a graça de
Deus em aíudar um povo qiie estava
decidjdo a rejeitá-Lo. E essa graça é
mais uma razão para respondermos
com obediência. Essa obediência flui
de um coração cheio de amor e grati-
dão pelo fato de/.a' ter s/.do salvo, e não
para ser salvo.
Portanto, mesmo naquele momento
mais crucial, Moisés não estava ten-
tando intimidar o povo, mas, em vez
disso, conquístar seu coração, mente
e fidelidade a Deus.
.'.; SE6UNDA, 27 DE SETEivlBRO
r__,_,,,,,,.,,,,-.:':'
euteronômio busca levar o coração
T das pessoas a um reiacionamento
mais próximo com o Deus dos relacio-
namentos. Deus é Aquele que ofere-
ce graça quando caímos. É quem nos
conduz e guia, provê e restaura.
Mesmo assim, quando as díficulda-
des surgiam, os israelitas rapidamente
se voltavam contra Deus e 0 culpava
pelas adversidades. Conforme obser-
vado em Deuteronômio 1, eles cede-
ram ao medo em vez de se lembrar
das atuações poderosas que o Senhor
já havia realizado por eles. Além disso,
até o envio de espias a Canaã mostra-
va falta de fé.. E embora Moisés e os
dois espias fiéis tivessem dito palavras
encorajadoras, o povo preferiu se con-
centrar nas palavras desanimadoras
dos outros espias.
lsrael já havia passado por duas ce-
rimônias de aliança no. ano anterior e
havia quebrado ambas (não subindo
ao monte Sinai em Êxodo 19 e adoran-
do o bezerro de ouro em Êxodo 32).
lsso seria o equivalente a rejeitar o
relacionamento com Deus em duas
ocasiões. Deus chegou até mesmo a
pensar em recomeçar com um novo
povo (Êx 32:9, 10). Mesmo assim, Ele
escolheu perdoar e esperar que acon-
tecesse uma mudança verdadeira.
Mas, em vez disso, o relacionamento
resultou em mais problemas.
É fácil olhar para os antigos israeli-
tas em suas recorrentes falhas e imagi-
nar como eles puderam chegar a esse
8
ponto depois de Deus ter feito tantos
milagres em favor deles, mas quando
passamos por uma nova adversidade,
agimos de igual modo, esquecendo-
nos da libertação passada. Por isso,
Moisés lembrou aos israelitas todas as
vezes que o Senhor os havia libertado,
a fim de que fossem menos propensos
a se esquecerem novamente, quando
viesse outra dificuldade.
É por Ísso que os capítuios seguin-
tes de Deuteronômio, a próxima seção
da aliança, destaca cada uma das "Dez
Palavras". Aqui é importante mencio-
nar que, no texto original em hebraico,
o Decálogo nunca é chamado de "Dez
Mandamentos[', mas de Dez Palavras.
Sendo que os israelitas continuavam
a manter o coração longe do Senhor
e se recusavam a ouvir Sua voz, Deus
lhes deu inúmeros exemplos práticos
e concretos de como seria a vida deles
quando seu coração estivesse em sin-
tonía com o Dele. Finalmente, a alian-
ça termina com bênçãos e maldições,
que também eram parte normal das
alianças, reforçando que cada indivi'-
duo precisava fazer a sua escolha.
cOMI r_-_-_i TERÇA, 28 DE SEIEMBRO
Í uitos cristãos dão a entender que Deus
está acima das emoções, pois elas são
apenas características humanas. Por
causa disso, há quem se sínta descon-
fortável em compartilhar seus senti-
mentos com Deus. No entanto, esse
pensamento vem do conceito teológico
da "impassibilidade", que ensina que
Deus não é capaz de sentir nada em
resposta ao que fazemos. lnfelizmente,
essa ideia permeou o pensamento cris-
tão durante séculos e ainda hoje afeta
grande parte da teologia cristã, mesmo
não sendo um conceito bíblico. A Bi'blia
está repleta de emoções de Deus e de
Suas respostas. pessoais ao Seu povo.
0 Senhor descreve o relacionamento
com Seu povo como um casamento, o
que indica um profundo amor, compro-
misso pessoai e apego emocionai. É por
Ísso que Deus responde com tristeza e
Íra quando Seu povo peca. Deus é um
ser pessoal, que sente emoções de ma-
neira infinítamente majs profunda do
que jamais sentiremos. A grande dife-
rença é que Deus nunca peca em Suas
emoções, bem como Ele jamais Se tor-
na refém delas. No primeiro capítulo de
Deuteronômio, Moisés recordou a ira do
Senhor quando o povo acreditou nas
mentiras dos espias em vez de confiar
no poder de Deus para salvá-lo, como
Ele já havia feito no passado (Dt 1:32-36).
Para Deus, a Íncredulidade e rebelião
eram um ataque pessoal. Deus havia
feito tudo pelos israelitas, libertando-
os do Egito, realizando atuações pode-
rosas em favor deles e mantendo-os
perto de Si mesmo. Ainda assim, eles
agiam como se não se importassem!
Essa traição feria profundamente.
Mas, surpreendentemente, Deus ainda
os perdoava.
Para ajudar a entender as emo-
ções que Deus sente, Ele muitas ve-
zes chamava os profetas para passar
pelas mesmas experiências que Ele.
Oseias, por exemplo, foi convidado
a se casar com uma prostituta, que
era infiel a ele, e depois deveria pedir
que se casasse com ela novamente
(Os 1:2; 3:1). Oseias sentiu angústia e
dor pela traição, mas também ira pela
contínua repetjção, enquanto sua
esposa parecia desprezar seu amor
e perdão. Essa experiência é muito
semelhante à infidelidade persisten-
te de lsrael e à angústia misturada à
ira que Deus sente em resultado disso
(Os 11:1-11). Longe de ser um Deus que
não compreende o que vivemos, Ele
sente profundamente e compartilha
experiências emocionais conosco. Ele
também sente grande alegria e felici-
dade quando escolhemos seguí-Lo e
nos tornar Seu povo.
1
Como as emoções de Deus afetam a manelra pela qual você 0 vê?
.___-j
l::i OUARTA, 29 DE SETEMmo
erá que realmentejá entendemos que
o Deus do Antigo Testamento não é
um Deus diferente Daquele do Novo
Testamento? Principalmente quan-
do falamos dos primeiros livros da
Bíblia, Íncluindo Deuteronômio, será
que não estamos equivocados ao
enxergar tal conteúdo como "regras
para adestramento"?
Já era para a gente ter entendido
que o livro de Deuteronômio, com to-
das as suas nuances, nos apresenta
um Deus que Se relaciona. E sím, as
regras fazem parte de qualquer rela-
cionamento minimamente respeitoso.
Os limites, bem como a disciplina, fa-
zem parte do pacote da bondade, da
liberdade, da fé e do amor.
E por falar em fé, Deuteronômío é
um livro inspirador, que nos impulsio-
na a avançar, a escolher, a seguir em
frente na força e no poder de Yahweh.
Rec{e semântica é comoum mapa
mental compQsto por palavras e conceítos
re!ãcionados entre sÍ e formados a partir
de um elemento-chave^ Veja o exemp(o
e faca o seu.
Em classe, observe como as redes são tão
cliferentes quanto o número de pessoas
presentes. E es5e é o !ance: cada rede
representa aquiic} que faz sentido para
cada pessoa.
m
Como você tem escolhido a vida?
Como você tem avançado corajosa-
mente nos caminhos de Deus? Compa-
re sua trajetória com os textos a seguir:
Nm 13:25-14:12; Êx 32:1-26; 1Rs 19:1-8;
2Cr 20:1-24; Js 1:1-9; Os 11:1-11.
EE=> oual é a relação das passagens
com o texto-chave (Dt 1:19-37) da lição
desta semana?
b Como podemos evitar o erro de
olhar para as dificuldades como se
elas fossem maiores do que realmente
são?
Exemplo de rede semântjca:
PATMR«í
00M ::::, OUINTA, 30 DE ,SETEMBFio
m dos fatos mais importantes que pre-
cisamos reconhecer é que o Yahweh do
é o Senhür Jesus
mento. Há inúme-
ras evidênci.as disso em toda a Bíblia.
0 nome Vahweh é o nome pessoal de
Deus, que Ele usa na aliança, no rela-
cionamento com Seu povo. Yahweh
criou os seres humanos, e o Novo
Testamento ensina que Jesus críou
tudo o que existe (Jo 1:1-5). Yahweh
é o eterno Mediador entre Deus e os
seres humanos, antes mesmo de Se
tornar humano (Pv 8:22-31). E embora
Yahweh seja um só Deus, várias vezes
o Antigo Testamento menciona juntas
duas Pessoas que são Yahweh (veja,
Por exemplo, Jz 6:11-18; Ml 3:1-3).
Além djsso, vários textos descrevem
o Anjo de yahweh aparecendo às pes-
soas. lnicialmente elas pensavam que
Ele fosse apenas um homem ou um
anjo comum, mas depois percebiam
que, na verdade, Ele é Deus (veja, por
exemplo, Jz 13:3, 6, 8, 21-23). 0 Anjo
de Vahweh é Aquele que aparece a
Moisés na sarça ardente e diz: "Eu
sou Yahweh" (veja Êx 3:2-6). Yahweh
é quem falou ao povo no monte Sinai e
fez uma aliança com os israelitas.
E, no Novo Testamento, Paulo deixa
claro que "Jesus é o Senhor" -isto é,
"Jesus é yahweh" (veja Rm 10:9). Esst
conceito revoluciona tQda a maneira
pela quõl lemos o Antigo Testamento.
Em Deuteronômio 1, lemos que
yahweh é quem estava dando a Terra
LF
Prometida (Dt 1:21). Deus sempre nos
dá coisas boas. me5mo quando duvj?
damos se são boas ou não.
0 primeíro capítulo de Deuteronô-
mio também descreve muitos aspectos
do relacionamento paternal de Yahweh
com Seu povo. Talvez você não tenha
um bom pai terreno, mas lembre-
se de que Yahweh é seu Pai celestial
eternamente bom (Dt 1:31). Os pais ter-
renos, como seres humanos e peca-
dores, muitas vezes irão pecar e nos
machucar, mas Yahweh nos carrega-
rá e nos manterá próximos como
sempre desejamos que um bom pai fi-
zesse. Não apenas isso, Ele lutará por
nós e nos protegerá (v. 30). Quando
temos inímigos por todos os lados,
não precisamos ter medo, porque
Yahweh é todo-poderoso e nos defen-
derá. E mesmo quando 0 rejeitamos
e 0 trai'mos, Ele nunca nos deixará,
mas sempre ficará ao nosso lado e
nos lembrará de Seu amor e desejo
de nos livrar de nossa exístência de
pecado e sofrimento.
TEST"ÜNNE!
ynáoàfipLáãíon#i::t°rtea)çeõ::ibacomo!
ÍT-.=; SEXTA, .t`._ L`E 0UTUBF{0
povo ficou entusiasmado; queria ansiosamente obe-
decer à voz do Senhor e subir sem demora para to-
mar posse da terra. Mas, depois de descreverem a
beleza e fertilidade da terra, todos os espias, com
exceção de dois, exageraram as dificuldades e os
perigos que estavam diante dos israelitas caso em-
preendessem a conquista de Canaã. Eles enumera-
ram as poderosas nações que estavam localizadas
nas várias partes do país. Disseram que as cidades
eram muradas e muito grandes, e que o povo que
nelas habitava era forte e seria impossi'vel vencê-
los. Declararam também que tínham visto ali gigan-
tes, os filhos de Anaque, e que era inútil pensar em
tomar posse da terra.
"Então a cena mudou. A esperança e o ânimo de-
ram lugar ao desespero covarde, enquanto os espías
expressavam os sentimentos de seu coração incré-
dulo, que estava cheio de desânimo inspírado por
Satanás. A incredulidade deles lançou uma escura
sombra à congregação, e o grande poder de Deus,
tantas vezes manifesto em favor da nação eleita, foi
esciuecido. Os israeíitas não pararam para refletir;
não raciocinaram que Aquele que os trouxera até ali
certamente lhes daria a terra. Não se lembravam de
quão maravilhosamente Deus os tinha libertado
de seus opressores, abrindo caminho através do mar
e destruindo os exércitos perseguidores de faraó.
Colocaram Deus fQra da questão e agiram como se
devessem confiar apenas no poder das armas.
"Em sua incredulidade, Iimitaram o poder de Deus
e não confiaram na mão que até ali os havia guiado
em segurança. E repetiram o erro anterior de recla-
mar contra Moisés e Arão. `Então esse é o fim de
Feche sua semana de
estudo com um resumo
em vídeo da lição.
todas as. nossas grandes esperanças?', disseram. ±i{=g=.=L
'É esta a terra para a qual viajamos desde o Egito
para tomar posse.' Acusaram seus líderes de enga-
nar o povo e trazer dificuldades sobre lsrael.
m
"0 povo ficou desesperado em seu
desapontamento e aflição. Ergueu-se
um pranto de angústia, que se mistu-
rou com o murmúrio confuso das vo-
zes. Calebe compreendeu a situação
e, bastante corajoso para defender
a palavra de Deus, fez tudo que es-
tava ao seu alcance para desfazer a
má influência de seus companheiros
infiéis. Por um momento o povo ficou
em silêncio para ouvir suas palavras
de esperança e ânimo, a respeito da
boa terra. Ele não desmentia o que já
tinha sido dito: os muros de fato eram
altos, e os cananeus eram fortes.
Mas Deus havia prometido a terra a
lsrael. `Vamos subir agora e tomar
posse da terra', insístiu Calebe; `por-
que somos perfeitamente capazes de
fazer isso' (Nm-13:30).
"Mas os dez, Ínterrompendo-o, des-
creveram os obstáculos em cores mais
sombrías do que inicialmente. `Não
podemos atacar aquele povo', decla-
raram', porque é mais forte do que
nós. [...] E todo o povo que vimos nela
são homens de grande estatura. Tam-
bém vimos ali gigantes (os filhos de
Anaque são descendentes de gigan-
tes), e éramos, aos nossos próprios
olhos, como gafanhotos e assim tam-
bém éramos aos olhos deles' (v. 31-33).
"Aqueles homens, tendo envereda-
do por um mau caminho, insistente-
mente se colocaram contra Calebe e
Josué, contra Moisés e contra Deus.
Estavam resolvidos a frustrar todo o
esforço para tomarem posse de Canaã"
(E.l\en G. Wh.ite, Patriarcas e Profetas,
p. 387-389).
nBP' NOS BRAÇOS 1]0 PAl
"Também no deserto vocês viram
como o Senhor, o seu Deusr os carre-
gou, como um pai carrega seu filho,
por todo o c@minho qtíer psÍcorreram
até cheg@rem á este lugar."
Deuteronômio 1:31
Meu filhinho Adam tem pouco mais
de um ano de vida. Enquanto escrevo,
observo-o engatinhar pela casa (porque
ele ainda não aprendeu a andar). Não
demora muito para ele desístir de se ar-
rastar pelo chão e, por meio de gestos e
ameaças de choro, pedir para utilizar um
de seus vei'culos de locomoção favorítos:
o colo do pai.
De acordo com María Calvo, presidente
da Associação de Centros de Educação Di-
ferencíada, na Espanha, "psiquiatras mos-
traram que as crianças, quando percebem
a presença do pai, inclinam as costas e
mexem as sobrancelhasde forma especial,
porque intuem que ele as pegará no colo,
e percebem que ele as pega de maneira
diferente à da mãe".
Por incri'vel que pareça, segundo um es-
tudo publicado na Persona/jfy and Soc/.a/
Psycho/ogy f?ev/.ew, as crianças sentem de
forma mais intensa a experiência da rejei-
ção quando ela parte do paí. Foi exatamente
isso que um experimento israelense eviden-
ciou. Surpreendentemente, bebês prematu-
ros, ao receberem a visíta do pai, ganhavam
peso mais rapidamente.
A paternídade também altera o compor-
tarÀento masculino. Pesquisa da Naf/.ona/
Academy of ScÍ.ences constatou díminuição
14
de agressividade e aumento da sensibilida-
de nos homens que se tornam pais.
0 texto de Deuteronômio 1:31, apresenta
Deus "como um pai [que] carrega seu filho
isso demonstra o carinho e o cuidado de
Deus por nós. Vale lembrar que Deus é seu
Pai, não sua babá. Ele vai amar você, não
mímar. A igreja é sua famíIía e não sua cre-
che. Ela vai educar você e não entreter.
1. Quais lições de vida mais importan-
tes você aprendeu com seu pai?
2. Como você se sente em poder cha-
mar o Criador do Universo de Pai?
3. Você concorda que é impossível ter
Deus como pai e não ter o próximo
como irmão? Comente um pouco
sobre isso.
Ser filho é talvez o único relacionamen-
to universal, porque, nem todas as pesso-
as se casam ou tornam-se pais. Ao mesmo
tempo que Deus revela Seu amor de Pai
cuidando de nós, Ele também faz questão
de utilizar essa metáfora para universali-
zar Seu amor. É ciaro que nenhuma ima-
gem humana é capaz de descrever com
precisão a totalidade do amor do Senhor.
Ao contemplar a Deus, suas definições de
Pai serão sempre atualizadas.
#±ãfff:ãê, P.ê± Aproveite este
conteúdo e outros acessando
o Espaço Jovem..
HfiHfi
A partir da tirinha, do texto-chave e do título, anote
suas primeiras impressões sobre o que trata a lição:
m
ffpEsouisE
em comentários
bi'bllcos, ljvros
denominacionais
e de Ellen C. Whíte
sobre temas
contldos neste
texto:Dt4:7-4°EH
Í._-_-.! DOMIN00, 3 LIE 0UTUBRO
euteronômio 1-4 reconta a história de
quando os Ísraelítas foram resgata-
dos da escravidão no Egito e todas as
maneíras pelas quais Deus os libertou
ao longo do caminho para o Jordão.
Pouco antes de Moisés repetir as Dez
Palavras (os "Dez Mandamentos"), ele
faz mais um apelo com base na rebe-
lião do povo e nas consequências que
dai' resultaram. Além disso, ele os avi-
sa que, se continuarem em rebelião,
mais consequêncías virão. Esse é um
dos vários textos do Antigo Testamen-
to que preveem o exi'lio que o povo de
lsrael experimentaria quando se en-
tregasse totalhente ao mal.
0 exílio seria o último recurso de
Deus para trazer o Seu povo de volta
a Ele. E aínda assim Yahweh é um Deus
de compaixão e perdão, que promete
nunca abandonar definítivamente os
Seus filhos. us queira que
Seu ObJe_
eterna com Ele
no Céu, e Ele jamais irá desistir de nos
conduzir ao arrependimento, mesmo
que isso signifique privação e exilio.
A chave para permanecer fiel a Deus
tem que ver com o coração. Deutero-
nômio está cheio de referências ao
16
coração e mostra que é por meio
dele que nos conectamos com Deus
e que Ele fala conosco e nos transfor-
ma. Moisés lembra aos israeli.tas que
eles precisam examinar a si mesmos
e vígiar constantemente para terem
certeza de não esquecer o que viram.
Tudo o que Deus fez por nós está em
nosso coração, e é quando nos esque-
cemos disso que incorremos no risco
de rebelião.
Parte desse processo de recordação
também envolve contar aos outros so-
bre o que Deus fez por nós. Isso aju-
da a fixar e consolidar na memória os
poderosos feitos do Senhor. Mesmo no
meio do exílio, quando o povo decidis-
se buscar a Deus de todo o coração,
Ele o traria de volta. lsrael deveria sa.
ber e considerar em seu coração que o
Deus a quem ele servia é o único Deus,
Aquele que o ama e escolhe. É somen-
te quando estamos focalizados nesse
amor que podemos permanecer fiéis.
CON í:-.-_-,' SEGUNDA, 4 DE 0UTljBRO
lém do enfoque nos relacionamentos e
nas questões do coração, Deuteronô-
mio 4 inclui várias instruções a respei-
to de fazer imagens ou adorar outros
deuses. Embora isso possa parecer
irrelevante para a majorja de nós, que
não somos tentados a adorar Baal ou
Moloque, Moisés estava falando a um
povo que lutou contra a idolatria des-
de o ini'cio, mesmo depojs de aceitar
a aliança de Deus no monte Sinai.
0 coração dos jsraeffias nãQ estava no
lugar certo, e Moisés enfatizou várias
vezes ao longo de Deuteronômio que
eles estavam propensos a cair na ido-
latria novamente.
Uma das principais razões para isso
é que todas as nações ao redor deles
adoravam deuses de madeira e pedra
e acreditavam que isso era necessário
para garantir a fertilidade da terra.
TemQs a tendénÉja de sér`, influencia-
dos peLa cultura ao nósso/redor, mes-
mo quando não estsmQs conscientes
disso. Ba mesma fQrma, somos natu-
ralmente atrai'dos por uma mentalida-
de legalista, acreditando que nQssa
obediência é capa£ d@ conquistar
a salvaçãQ.
A idolatria pode assumir inúmeras
formas, não apenas fazer estátuas,
e Moisés sabia muito bem disso. ldo~
latria é essencialmente a rebeliãô no
coraçõo, que nos leva a trair a Deus
e dar maior afeto a alguém ou algu-
ma outra coisa. Cada um de nós deve
examinar o próprio coração, porque a
17
idolatria está presente de maneira tão
universal e, ao mesmo tempo, é tão in-
dividüalizada que facilmente achamos
que ela está distante.
Até o próprjo Moisés teve dificulda-
de de avaliar seu pecado na perspecti-
va correta. Ao recontar o motivo pelo
qual nâo entraria em Canaã, ele culpou
o povo e não a si mesmo. Porém, en-
quanto o povo o provocava, a culpa por
seu ato rebelde recaiu totalmente so-
bre seus próprios ombros (Nm 20:1-13).
É sempre uma grande tentação cul-
paros outros por nossos pecados, em
vez de assumir a responsabilidade,
reconhecê-la, nos arrependermos e
abandonar nossa rebelião.
Mesmo assim, Yahweh é extrema-
mente miserjcordjoso ao lidar com Seus
filhos errantes. É verdade que nossos
pecados têm conseciuências, mas Deus
nunca desiste de nós. 0 Senhor é um
Deus zeloso, cheio de fogo consumi-
dor, porque nos ama apaixonadamente.
Ouando 0 traímos, Yahweh fica com o
coração partido e reage como se espe-
raria de um cônjuge rejeitado que an-
seia profundamente a restauração.
[::: TERÇA, 5 DE 0UTUBRO
m Deuteronômio 4:12-16, o povo é ins-
truído a não fazer nenhuma imagem
de Deus. Muitas pessoas usam esse
texto, junto com a frase "Deus é espi'-
rito" (Jo 4:24), para concluir que Deus
não possui uma forma.
No entanto, parece claro que Deus
nã© queris qug Seü povo fizesse uma
imagem ,Dele petQ`~cfa±cF de que as na-
ções a# red®r adQravam lmageFT§, e
lsrael enfrentava o mesmo perigo. lsso
não significa necessariamente que
Deus não tenha uma forma pessoal.
Na verdade, Moisés viu Deus "face a
face" (Dt 34:10) e também pediu para
ver a presença de Deus, e Ele mostrou-
lhe Suas "costas" (Êx 33:23). Ambas
as passagens indicam que Deus pos-
sui uma forma, mas Ele está tão além
de nossa compreensão que fazer uma
imagem Dele 0 rebaíxaria.
Além disso, quando Jesus aparecia
no Antigo Testamento, `muitas vezes
Ele o fazia em forma de anj.o e as pes-
soas podiam vê-Lo. Em Daniel 3, Nabu-
codonosor reconheceu que o Ser que
estava na forna[ha com os três he-
breus parecia um "fílho dos deuses"
(Dn 3:25).Essa pode ser simplesmente
a forma que Deus escolheu para assu-
mir. Mas também pode sugerír que ser
feito à "semelhança" de Deus (Gn 1:26)
significa que nos parecemos mais com
E
Ele do que qualquer outra de Suas cría-
turas. A palavra "semelhança" é usada
em outros textos bi'blicos para se re-
ferir à aparência (Gn 12:11; 24:16; 26:7).
Por outro lado, ser feito à "imagem"
de Deus (Gn 1:26, 27) provavelmente
indica nosso papel funcional como go-
vernantes da Terra e representantes de
Deus diante das demais criaturas.
Em todo o Antigo Testamento, Deus
é descrito como tendo face, olhos, ou-
vidos, mãos, braços, pernas e assim
por diante. Por exemplo, quando Deus
aparece em Seu trono de fogo para
Ezequiel (Ez 1:19-28), e novamente em
Daniel (Dn 7:9,10, 13,14) e no Apocalip-
se (Ap 1:12-18), Ele é descrito como uma
pessoa (ou, melhor, nós somos descri-
tos como semelhantes a Deus na apa-
rência). É verdade que essas passagens
contêm alguma linguagem antropo-
mórfica (Deus é descrito em termos hu-
manos). E a Bíblia apresenta uma lista
das coisas que as pessoas não deviam
adorar. Deus está muito além de nos-
sa compreensão e entendimento, mas
também está perto de nós, vive em
nosso coração e, finalmente, Se humi-
lhou ao tomar-Se humano.
De que modo ver Deus como um ser pessoal influehcía seu
relaclonamento com Ele?
m
:-.: ouARTA, 8 rjE oUTUBRo
e você pudesse ver Deus, como Ele é
em Glória (sem ser consumido), teria
medo? De vez em quando, você para
e imagina como é a aparência de Deus
(a Bíblia tem algumas descríções) ou
você se contenta com o imaginário po-
pular de que Ele seria "um velhinho de
barba branca"?
Já sabemos que o caráter de Deus
se revela por Sua lei e Ele Se revelou
plenamente na pessoa de Jesus Cristo.
Mas, e a aparência? É fi'sica? Espiritual?
Será que se a gente pensasse mais a
respeito disso flertaria menos com a
idolatria?
É importante se esforçar para man-
ter viva a lembrança de quem é Deus,
por essência, mas também na nossa
história. Somente um Deus muito po-
deroso e, especialmente, amoroso e
perdoador poderia nos tirar de onde
nos tirou, nos conduzir como conduz
e oferecer liberdade do pecado que
habita em nós pela natureza ou pelas
nossas escolhas.
Quando pensamos em toda a glória
que envolve a divindade e ainda assim
nos lembramos de que Ele Se lembra
de nós, acabamos nos rendendo a
Ele voluntariamente. Por outro lado,
quanto menos meditamos sobre Deus,
Seus atributos e Seu resgate diário
por nós, majs tendemos a cair na ar-
madilha da idolatria, que de modo dis-
creto vai nos privando da percepção
de Sua presença.
Com base nisso, compare sua per-
cepção de Deus com os textos a se-
guir: Nm 20:143,. Êx 19:1-16; Gn 15:1-6;
Jz 13:8-23; Êx 33:12-34:9; Ez 1:19-28;
Ap 1:12-18; Dn 7:9,10,13,14.
F Qual é a relação das passagens
com o texto-chave (Dt 4:7-40) da lição
desta semana?
h Ouando você pensa em Deus, que
imagem vem à sua mente?
Lernbra dâ rede semântíca? 0 mapa mental construíc!o a partír c!e LHT?B palavra ou
conceito~chave? Então... com base nc) que vjmos até aquií agora é a sua vez de expressar
o que faz sent{do para você:
lDOLATRIA
19
Cow l , :-_-.ü. ouiNTA, 7 0E 0UTUBRO
ais uma vez, a imagem de Yahweh em
Deuteronômio 4 é poderosa e comple-
xa. Acima de tudo, Yahweh é o único
Deus. Ele desej.a um relacionamento
verdadeiro e i'ntimo com o Seu povo
(Dt 4:10). E isso indica onde está o
grande problema da idolatria. Em vez
de levar nosso coração para perto de
Deus, a idolatria nos afasta de quem
Ele realmente é. lsso significa que es-
tamos nos concentrando em uma cÓ-
pia, uma falsificação, em vez do Deus
verdadeíro e pessoal.
0 Senhor não pode ser representa-
do sob forma alguma, porque Ele é o
Deus todo-poderoso. Deus opera mi-
lagres em favor do Seu povo, o que é
fácil esquecer se estivermos olhando
para uma estátua. Deus fala conosco
em nosso coração, por meio de Sua
Palavra, por meio de outras pessoas e
até mesmo por meio de atuações mi-
raculosas. Yahweh quer' nos tesgatar
de _nosso entendimentQ distorcido e
equivocado de quem Ele é e nos dar
uma visão grandiosa de Seu amor, mi-
sericórdia e compaixão.
Yahweh é misericordioso. Mesmo
que o povo esteja mergulhado em re-
belião e contínue a trai'-Lo, Deus mos-
tra compaixão e amor por ele (v. 29-31).
Deus tirou os israelitas do Egito para
serem o Seu povo, e essa libertação
definitiva deveria ser o f undamento
da fé de .lsrael. Com base nas ações
que Deus realizou pelos israelitas no
passado, eles deveriam esperar mais
20
milagres, com maior fé. Em vez de des-
considerar a aliança, eles deveríam ver
nela o compromisso final do Senhor
para salvá-los, o qual nunca é baseado
nas ações deles, mas nas ações do pró-
prio Deus. Esse amor e salvação têm o
objetivo de transformar nosso coração
e despertar em nós um desejo corres-
pondente de amar a Deus, manifesta-
do por ações amorosas de obediência
e gratidão.
A Torá de Deüs é justa e verdadeira.
As leis não têm o>pr®pósito de sobre-
caF.regar as pessoas, mas de libertá-
las. Ouando derramamos nosso cora-
ção e alma em nosso relacionamento
com Deus, sempre 0 encontraremos
de braços abertos, esperando para en-
trar em nosso coração e nos restaurar
novamente.
TE3T"unH"
ynáoàfíp+á&Íon#i::t°rte:çeõ::ibacomo!
cOMI :`_=1 SEXTA, 8 DF. iluTJBRO
a manhã do terceiro dia, quando os olhares de todo
o povo estavam voltados para o monte, o topo dele
estava coberto de uma densa nuvem, que se tornou
:: majs escura e compacta, descendo até que toda a
montanha ficasse envolta em trevas e terrível mis-
tério. Então se ouviu um som como de trombeta,
convocando o povo para se encontrar com Deus, e
Moisés o guiou ao pé da montanha. Das trevas es-
pessas brilhavam vívidos relâmpagos, enquanto os
estrondos do trovão ecoavam várias vezes entre as
montanhas ao redor.
"Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor
havia descido sobre ele em fogo. A fumaça subia
como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tre-
mia com violência' (Êx 19:18). Para a multidão reunj-
da, 'o aspecto da glória do Senhor era como um fogo
consumidor no alto do monte' (Êx 24:17). 'E o som da
trombeta ia aumentando cada vez mais' (Êx 19:19).
Os sinais da presença de Jeová eram tão terríveis
que os exércitos de lsrael tremeram de medo e caí-
ram prostrados diante do Senhor. Até Moisés excla-
mou: `Estou apavorac!o e trêmulo!' (Hb 12:21).
"Então cessaram os trovões. Não mais se ouviu
a trombeta, e a terra ficou calada. Houve um peri'o-
do de solene silêncio, e então se ouvÍu a voz de
Deus. Falando da espessa escuridão que 0 envolvia,
encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de uma ::::
comitiva deanjos, osenhorrevelou a sua lei. Moisés, ::::
descrevendo essa cena, diz: `0 Senhor veio do Sinai
e lhes alvoreceu de Seir,. resplandeceu desde o mon-
te Parã. Ele veio das miríades de santos; à Sua direi-
ta, havia para eles o fogo da lei. Na verdade, amas os
povos; todos os Teus santos estão na Tua mão; eles
Feche sua semana de
estudo com um resumo
em vi'deo da ljção.
se cok)cam a Teus pés e aprendem das Tuas pala- € ~Í
vras' (Dt 33:2, 3).
"Jeová revelQu-Se não somente na terrível majes+
tade de juiz e legislador, mas como um compassivo
21
guaTdüG` de Sgüi`povÕ: `Eu sou o Senhor,
seu Deus, que o tirei da terra do Egito,
da casa da servidão'(Êx 20:2). Aquele
a quem já haviam conhecido como seu
guia e libertador, que os trouxera do
Egito, preparando-lhes caminho atra-
vés do mar e derrubando Fàraó e seus
exércitos, que assim Se mostrara supe-
rior a todos os deuses do Egito, esse
era o que agora falava a Sua lei.
"A leí não tinha sido proferida na-
quela ocasião exclusivamente para
o benefício dos hebreus. Deus os
honrou, fazendo deles os guardiões
e mantenedores de Sua lei, mas ela
deveria ser considerada como um de-
pósito sagrado para todo o mundo. Os
preceitos do Decálogo são adaptados
a toda a humanidade e foram dados
para a instrução e governo de todos.
Dez preceitos breves, abrangentes e
dotados de autoridade envolvem os
deveres do homem para com Deus e
seus semelhantes, e todos são basea-
dos no grande princípio fundamental
do amor" (Ellen G. White, Pafrí.arcas e
Profetas, p. 304, 305).
m MINIATURAS D0 lNFINITO
"No dia em que o Senhor Íhes falou
do meio do fogo em Horebe, vocês
não viram forma alguma. Portanto,
tenham muito,cuidadQ, para que não
se corrompam e não façam para si um
ídolo, uma imagem de qualquer forma
semelhante a homem ou mulfier."
Deuteronômio 4:15,16
"lsso é absurdo!", disse meu amigo.
"São apenas figuras. Por que a Lei conde-
naria algo tão irrelevante? Existem tantas
cojsas mais importantes com as quaís o
Rei do Universo deveria Se preocupar!"
Por que a Bi'blia condena tanto a idola-
tria? A princípio, porq`ue ela deturpa o re-
lacionamento com Deus. Oualquer imagem
feíta pelos homens na tentativa de repre-
sentar a Deus será sempre insuficiente.
Uma vez que as imagens apenas demons-
tram poucas características da divindade,
logo você preci.sará de outra` imagem, e
depoís outra, e mais outra. Se você cons-
trói um i'dolo, logo vai perceber que preci-
sará de outros. É um ciclo vicioso. Um deus
para o amor, outro para a guerra, e assim
por diante. Esse é o berço do polítei'smo (a
crença em vários deuses). Foi exatamente
por jsso que João Calvino concluiu: "0 co-
ração humano é uma fábrica de ídolos."
Em segundo lugar, os homens não deve-
riam fazer imagens de Deus simplesmente
porque eles já são à Sua imagem (Gn 1:27)!
Um Deus vivo. precisa ser representado
por imagens vivas. Utilizar matéria sem
vida - por mais suntuosa que esta seja -
fere o principal atributo do Senhor: Ele é
23
Deus dos vivos (Lc 20:38). Como díz A. W.
Tozer, "somos uma mjniatura daquilo que
Deus é em sua forma infinita".
i. Você acha importante ter um man-
damento só para falar sobre a idola-
tria? Por quê?
2. Um i'dolo é tudo o que ocupa o lugar
de Deus na vida de alguém. Quais são
os ídolos a quem nossa geração tem
adorado? Justifique sua resposta.
3.Se nós somos a imagem de Deus
(ainda que desfigurada pelo peca-
do), qual atributo da humanidade,
na sua opinião, mais reflete a glória
de Deus?
Na antiguidade, ter acesso à Ímagem
de uma dMndade também significava que
você podia manipulá-la. Na cultura católi-
ca, por exemplo, algumas mulheres coloca-
vam a imagem de Santo Antônio de cabeça
para baixo para castigá-lo caso não envias-
se um marido. Com a proibição da idolatria,
Deus estava demonstrando que Ele não
poderia ser controlado pelos homens. Era
como se dissesse: "Eu não quero que vocês
Me carreguem em suas costas. Podem dei-
xar que Eu mesmo carrego vocês."
)C' L-'', j:. 'J&;€ Aproveiteeste
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[Nl`Clo PE UM PIANO
A partir da tirinha, do texto-chave e do ti'tulo, anote
suas primeiras impressões sobre o que trata a lição: F;ESQuisE
em comentários
bíblicos, Iivros
denomlnacionais
e de Ellen C. White
sobre temas
contldos neste
texto: Dt 5:1-15
24
cOMI :::] DOMINOO,10 DE OLLTUBFm
-.-.. 1., l-,t , ,L 1
5 epois de rever a história do relaciona-
mento de lsrael com Deus e tudo o que
Ele fez pelo povo no passado, Moisés
passa para a próxima seção da alian-
ça. Deus salvou os israelitas e, como
resultado de entregarem seu coração
ao Senhor, Ele os fará seguir em Seus
caminhos. 0 Decálogo é uma expres-
são concreta de como isso acontece.
Curiosamente, o texto original he-
braico se refere às "Dez Palavras", e
não a "dez mandamentos". Na verda-
de, o Decálogo nunca é chamado de
"mandamentos" no Antjgo Testamen-
to. Embora o que chamamos de "Dez
Mandamentos" possam ser jnterpreta-
dos como imperativos morais categóri-
cos, em hebraico eles não são escritos
na forma imperativa, mas numa forma
que geralmente é usada para apresen-
tar promessas sobre o que acontece-
rá no futuro. Em vez de: "Faça jsto", o
texto está dizendo, mais precisamente:
"Sendo que Eu sou o Senhor, seu Deus,
ciue o tirei da terra do Egito, da casa da
servidão, [Eu prometo que] você não
terá outros deuses diante de Mim; [Eu
prometo que] você não fará imagem
de escultura." Deus salva as pessoas
e ganha a confiança do coração delas.
25
E, como resultado, naturalmente dese-
jarão segui-Lo.
Se você ama alguém, isso o leva
naturalmente a mudar seu comporta-
mento para trazer alegria e prazer a
essa pessoa. Você não faz mudanças
porque tem a obrigação de fazer, mas
porque ama a outra pessoa e quer
fazê-la feliz. E essa outra pessoa, por
sua vez, provavelmente também fez
mudanças semelhantes em sua vida
por causa do amor que sente por
você. Deuteronômjo 5 apresenta uma
imagem semelhante do amor como
o fundamento, que leva à obediência
como forma de gratidão pela salva-
ção que recebemos. Essa estrutura
da aliança é a chave para entender o
caráter e a vontade de Deus para nós.
0 povo, porém, tinha medo de se
encontrar com Deus, porque ainda
não entendia Seu amor e graça.
00M {:::1 SEOUNOA,11 DE 0UTUBFlo
m dos aspectos maís fascinantes da re-
capitulação do Decálogo em Deutero-
nômio é o público ao qual Moisés esta-
va falando e o que isso significa. Eram
pessoas que nasceram no deserto ou
eram crianças quando o povo de lsrael
saiu do Egito. E, no entanto, Moisés diz
ac) povo que.. "Não foi com nossos pais
que o Senhor fez esta aliança, e s/.m co-
nosco, todos os que hoje aqui estamos
vivos" (Dt 5:2, 3)`
Na verdade, tudo o que Deus estava
dizendo a lsrael, 3.500 anos atrás, se
dirige a nós pessoalmente ho/.e. De-
vemos viver como se Deus também
estívesse falando ao nosso coração
e ansiando por um relacionamento
profundo conosco. Cada geração su-
cessiva deve viver como se tivesse
experimentado o Êxodo e transmiti-lo
a seus filhos.
À luz desse entendimento, a tercei-
ra palavra do Decálogo Se torna ainda
mais poderosa: "Não tome o nome do
Senhor, seu Deus, em vão, porque o Se-
nhor não terá por inocente o que to-
mar o Seu nome em vão" (v. 11). Em
hebraico, a ênfase dessa palavra (ou
"mandamento") trata-se de viver de
modo que, quando as pessoas nos
virem, vejam o caráter e o nome de
tradução mais exata seria "carregar o
nome de Deus com futilidade ou inu-
tilidade". Se alguém afirma seguir a
Deus, mas não mostra esse fato em
sua vida, isso é equivalente a traição
m
e faz o nome de Deus parecer inútil.
Por sabermos a quem pertencemos,
agimos e vivemos de maneira dife-
rente, de acordo com as Dez Palavras.
Existem algumas pequenas diferen-
Ças entre a palavra (ou "mandamen-
to") do sábado em Deuteronômio5
e em Êxodo 20. Em Deuteronômio,
a motivação se refere especificamen-
te à saída do Egito como a razão para
não trabalhar no sábado (v.15). Sendo
que o povo não tinha capacidade de
salvar a si mesmo, da escravidão ou
dos egi'pcios, Deus o salvou com gran-
des milagres e poder. Por essa razão,
os israelitas deveriam comemorar
essa salvação no sábado, não traba-
lhando e descansando na libertação
de Deus. Além disso, todos aqueles
que provavelmente seriam explorados
ou oprimidos são mencionados como
participantes do descanso sabático.
A lista inclui até mesmo animais espe-
ci'ficos, expandindo o descanso sabáti-
co apresentado em Êxodo 20.
cOMI i-.:T TERÇA,12 DE 0UTUBRO
ÉÊt-- -_---'--Ít: --i--¥'.--=L€t_' 1NA0 E LEOALIS"
comum ouvir alguns cristãos dizerem:
"0 Antigo Testamento apresenta uma
mensagem legaljsta, mas Jesus trou-
xe a graça e a salvação pela fé." Masr
na verdade, essa ideia zomba da graça
de Deus e das apresentações claras da
salvação pela fé contidas em todo o
Antigo Testamento. Yahweh e Moisés
são claros: as pessoas não possuem
nada de bom em si mesmas que as
recomendem a Deus. Yahweh, em Seu
grande amor e graça, as salvou quan-
do estavam em profunda escravidão
(Dt 5:6). Além disso, se a Torá fosse
legalista, então, como Abraão, lsaque,
Jacó e seus .descendentes énccmtra-
ram a salvação, com todos os seus
pecados?
A Bíblia diz: "Abrão creu no Senhor,
e isso lhe foi atribui`do para justiça"
(Gn 15:6). Além disso, Gênesis nos diz
que Abraão` guardou {odas as leís de
Deus! (Gn 26:5). Deus havia escrito
essas leis em seu coração, e isso era
o que Ele queria fazer com lsrael tam-
bém. Mas os israelitas não estavam
dispostos. Alguns se voltaram para o
legalismo (especialmente após o exílio
na Babilônia), enquanto outros viviam
em pecado aberto, acredjtando que
suas outras ações externas os salva-
riam (após a morte de Moisés). Mas
Deus sempre quis o coração. Por isso,
a nova aliança não era realmente nova
em si mesma. Ela foi uma renovação
do que Deus sempre havia planejado,
mas que o povo havia desprezado.
Um exemplo bastante claro desse
fato é o sábado, que havia sido ins-
tituído na criação, mas assumiu um
novo significado como sinal da aliança
(Êx 31:16, 17). Embora Deus não tenha
sido explícito sobre o porquê, existem
várias razões que podem fazer parte
disso. Em primeiro lugar, o sábado é a
única palavra "arbitrária" (ou "manda-
mento''), pois não há razão para guar-
dar o sábado em vez de qualquer outro
dia, exceto que Yahweh o escolheu.
Ao guardar o sábado, honramos
nosso desejo de ter comunhão com
Deus. 0 sábado é também o aniversá-
rio do planeta (Êx 20:11). Deuteronô-
mio 5 apresenta uma razão adjcional:
o sábado representa a justificação pela
fé, porque nesse dia paramos de traba-
lhar e confiamos na obra de Deus para
salvação e libertação em nosso favor.
0 sábado é um deleíte, não um fardo.
De que forma você preclsa mudar sua vjsão sobre o Antiqo
Testamento, a fim de não vê-lo como legalista?
27
cOMI r_____: OUARTA, í3 DE 0UTUBFto
hama a atenção o fato de que "As Dez
Palavras" de Êxodo 20 são confírma-
das e ampliadas no livro de Deutero-
nômio. Destaca-se o aspecto relacional
de Deus com a humanidade, buscando
manter aliança com Seu povo.
Mas ao ser estudado com calma, o
ciue se percebe em Deuteronômio é que
a Lei, dada para estabelecer um padrão
e se tornar referencíal moral, tem como
base a misericórdia. lsso significa que
muito se engana quem vê a lei como
um amontoado de regras que devem
ser seguidas de modo automático.
Ao entender que a Lei existe para
melhorar seus relacionamentos consi-
go mesmo, com o próximo e com Deus,
fica mais fácil e ao mesmo tempo de-
safiador guardá-la. Mais fácil porque
agora ela faz sentido. Mais desafiador
porque sua expressão deve ser de den-
tro para fora. É a Lei escrita no coração
que fará com que nossa vida seja um
reflexo da vontade de Deus.
Pensando nisso, compare a maneira
pela qual você tem guardado a Lei com
os textos a seguir: Êx 19:1-16; 23:10-12;
Dt 5:23-33; Js 24:11-27; ls 58:6-14; Sl 92.
h Oual é a relação das passagens
com o texto-chave (Dt 5:1-15) da lição
desta semana?
h Como podemos aprender a víver a
lei equilibrando relacionamento e refe-
rencial?
Lembra da rec!e semântica? 0 mapa menta! construídc a partir cie uma pa(avra ou
conceito-chave? Então... com b6se no que vimos até aqui, agora é a sua vez c!e expressar
o que faz senticío para você:
MANDAMENTOS
28
cOM] OUINTA, lLÁi BE [ü,TUBRO
s Dez Palavras vêm direto do coração
de Yahweh e de Seu desejo de estar
perto de nós. Deus primeiro nos salva,
e isso acontece por meio do sacrif ício
do imaculado Cordeiro de Deus, que
era representado pelos muitos cordei-
ros oferecidos nos sacrifícios diários.
0 Senhor providenciou a salvação do
mundo por meio da morte de Seu Úni-
co Filho. Deus é, portanto, ao mesmo
tempo, justo e capaz de justificar os
que creem em Jesus (Rm 3:26).
Deus também é Aquele que inicia e
faz alianças com Seu povo. Essa é uma
relação tão profunda que é compara-
da a um casamento. Quando lsrael
quebra as Dez Palavras, é muito mais
do que desobediência; isso parte o
coração de Yahweh de maneira seme-
lhante a um cônjuge que tem um caso
extraconjugal.
Yahweh responsabi.liza as pessoas
e não encobre o pecado. Ele continua
mantendo Seus elevados padrões,
mas cheio de compaixão. Os profe-
tas retratavam o que estava em Seu
coração: um Deus que odeia trazer
punição, mas que sabe que, muitas ve-
zes, essa é a única esperança em Seu
último esforço para trazer o povo ao
arrependimento (Os 11:1-4).
Podemos ver Jesus no sábado, cele-
brando a redenção do povo. Nos evan-
gelhos, Ele busca continuamente trazer
as pessoas de volta ao verdadeiro signi-
ficado do sábado: conexão com Deus e
com as outras pessoas.
29
Talvez você esteja se perguntando
como podemos ver Jesus no fato de
Deiis visítar a "injqujdade dos pais
nos filhos até a terceira e quarta ge-
ração" (v. 9). É bastante simples: mui-
tas vezes algumas gerações viviam
(e vivem) juntas ao mesmo tempo, e
as consequências de uma afetavam as
outras. Além clisso, os cientistas têm
se aprofundado nos estudos de epige-
nética, e entendem que a expressão
do gene dos pais também é transmiti-
da, e não apenas o DNA, lsso significa
que o corpo dos alcoólatras expressa
certos genes de determjnadas manei-
ras, aumentando a probabilidade de
que seus fílhos sejam também alcoó-
latras ou tenham que lutar severa-
mente contra o impulso de consumir
bebidas alcoólícas. Mas a vitória sobre
a tentação também muda a expressão
dos genes, e isso igualmente pode ser
transmitido. 0 fato de Deus mostrar
misericórdia por mHhares de gerações
deixa claro que a punjção transmitida
não é o que Ele realmente deseja, mas
apenas permite para dejxar claro quão
maligno é o pecado.
ü ' ` b `t -L ` * --¥
Vá à páqjna de anotações
(no fim do trimestre) e salba como!
+ SEXTA,15 0F_ OUTUBF{0
i'ntima e sagrada relação de Deus com Seu povo é
representada sob a figura do casamento, sendo a ido-
latria um adultério espiritual.
"Visito a iniquidade dos pais nos filhos até a tercei-
ra e quarta geração daqueles que Me odeiam' (v. 5).
É inevitável que osfilhos sofram as consequências
das más ações dos país, mas não são puniclos pela
culpa delés, a não 5Êr que participem de seus peca-
dos. Geralmente acontece, no entanto, que os filhos
sigam os passos de seus pais. Por herança e exemplo
os filhos se tornam particípantes do pecado do pai.
Más tendências, apetites distorcidos e moral corrom-
pida, assim como enfermidades fi'sicas e degenera-
ção, são transmitidos como um legado de pai a filho,
até a terceira e quarta geração. Essa terrível verdade
deveria ter uma força solene para restringir as pesso-
as de seguirem uma conduta de pecado.
"`Faço misericórdía até mil gerações daqueles que
Me amam e guardam os Meus mandamentos' (v. 6).
Proibindo a adoração aos falsos deuses, o segundo
mandamento envolve a ordem de adorar o verdadei-
ro Deus. E os que são fiéis em Seu serviço recebem a
promessa de misericórdia, não apenas até a terceira
e quarta geração (como é ameaçada a ira contra os
que 0 odeiam), mas até mil gerações.
"Não tome o nome do Senhor, seu Deus, em vão,
porque o Senhor não terá por inocente o que tomar
o Seu nome em vão' (v. 7). Esse mandamento não so-
mente desautoríza os falsos j.uramentos e juramentos
banais, mas proíbe o uso do nome de Deus de ma-
neira leviana ou descuidada, sem atentar para o seu
grandioso significado. Pela menção precipitada de
Deus na conversação comum, pelas referências a Ele
Feche sua semana de
estudo com um resumo
em vi'deo da lição.
feitas em.assuntos triviais, e pela repetição frequente ɱÃ,Í=Ê.s§ã,
e impensada de Seu nome, nós 0 desonramos. `San-
to e tremendo é o Seu nome' (Sl 111:9). Todos devem
meditarem Sua maj.estade, pureza e santidade, para
30
que o coração possa ser impressionado
com uma intuição de Seu exaltado ca-
ráter, e Seu santo nome deve ser pro-
nunciado com reverência e solenjdade.
"`Lembre-se do dia de sábado, para
o santificar. Seis dias você trabalhará
e fará toda a sua obra, mas o sétimo
dia é o sábado dedicado ao Senhor, seu
Deus. Não faça nenhum trabalho nesse
dia, nem você, nem o seu filho, nem a
sua filha, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu animal, nem o es-
trangeiro das suas portas para dentro.
Porque em seis dias o Senhor fez os
céus e a terra, o mar e tudo o que ne-
les há e, ao sétimo dja, descansou; por
isso o Senhor abençoou o dia de sába-
do e o santificou' (Êx 20:8-11).
CO-
mo uma- nüü Ensti"ção, mas como
haüendo sYido estabelecido na criação.
Esse dia deve ser lembrado e observa-
do como a memória da obra clo Criador.
Apontando para Deus como Aquele
que fez os céus e a Terra, ele distingue
o verdadeiro Deus de todos os falsos
deuses. Todos os que guardam o sétimo
dia mostram, por esse ato, que são ado-
radores de Jeová. Assim, o sábado é o
sinal de submjssão a Deus por parte do
ser humano, enquanto houver alguém
na Terra para servi-Lo. 0 quarto man-
damento é o único de tocíos os dez em
que se encontra tanto o nome como o
título do Legislador. É o único que mos-
tra pela autoridade de quem é dada a
lei. Assim, contém o selo de Deus, afi-
xado à Sua lei, como prova de sua au-
tenticidade e vigência" (Ellen G. White,
Patriarcas e Profetas, p. 306, 3Cfl).
•+ MANUAL D0 NOV0 MUNDO
"Essas foram as palavras que o Senhor
falou a toda a assembleja de vocês,
em alta voz, no monte, do meio do
fogo, da nuvem e da densa escuridão;
e nada mais acrescentou. Então as
escreveu em duas tábuas de pedra e
as deu a mim." Deuferoriôm/o 5.. 22
0 Rabino Benjamim Blech certa vez
escreveu: "A Lei dos dez mandamentos
é uma prescrição médica de Deus para
uma sociedade doente." Antes do Decálo-
go, as religiões pagãs acreditavam que os
indivíduos deveriam fazer algo para seus
deuses, a fim de agradá-los ou aplacar sua
ira. Em outras palavras, os deuses exigiam
sacrifi'cios para aplacar a sua ira, ou para
alimentá-los. 0 que há de mais revolucio-
nário no Deus apresentado pela Bi'blia é
que o conjunto de regras morais que ele
prescreve nos Dez Mandamentos são em
grande parte normas para facilitar o conví-
vio social. Em outras palavras, o que pode-
mos fazer para Deus? Tratar Sua criação e
Suas criaturas com dignidade.
Os Dez Mandamentos inauguram na hu-
manidade uma nova forma de ser humano.
Não é à toa que a Lei foi dada a ex-escravos.
A escravidão é uma condição desumana em
sua essência. Ter dono e ser tratado como
propriedade roubava do povo a dignidade e
honra de ser humano. 0 que Deus inicia no
Sinaí, com os Dez Mandamentos, é o longo
processo de ensinçir pessoas que são vistas
como objeto em como ser humanas nova-
mehte, indívi'duos que aprenderão a viver
em autêntica comunídade humana.
32
i. No paganismo, as pessoas faziam
sacrifícios para atrair a atenção de
seus deuses irados. Você acha que,
às vezes, nós vivemos uma espécie
de paganismo nos dias atuaís?
2. lmagine por um instante um mundo
sem leis. Como você acha que seríam
as relações entre os seres humanos
em uma sociedade assim?
3. Depois de tudo que você aprendeu
nesta lição, como você acha que os
Dez Mandamentos podem ajudar a
formar um mundo melhor?
Durante séculos, os judeus celebram o re-
cebimento da Lei na festa de Pentecostes.
0 Pentecostes celebrava a colheita, a li-
berdade, a visitação de Deus no Sinai e a
ordem que veio com o Decálogo. Foi exata-
mente no meio da celebração de gratidão
pela Lei Moral que o Espírito Santo desceu
sobre os discípulos e os habilitou para ex-
pandirem o Reino de Deus, pregando o
evangelho para todo mundo.
lsso demonstra que o verdadeiro povo de
Deus tem Suas Leis no coração (Jr 31:33) e
são gratos por terem recebido dentro de si
um desejo ardente de propagar para todos
a grandeza, a bondade, a misericórdia e o
amor que jorram da Lei de Deus.
`` . ,~ `u-\ Aproveite este
conteúdo e outros acessando
o Espaço Jovem..
AMANno
A partir da tirinha, do texto-chave e do ti'tulo, anote
suas prímejras impressões sobre o que trata a lição:
33
E=EsouisE
em comentárjos
bíblicos, livros
denomlnacionais
e de Ellen C. White
sobre temas
contidos neste
texto:Dt6:4-25EE
:`_= DOMINGO,17 DE 0UTUBFlo
Shemá (uma "oração" bi'blica que co-
meça com Dt 6:4-9) é o centro da fé ju-
daica. Essa passagS* está igÊcrit&':`m
porta de cada lar jÉüaico'L Ã ã:PécitFda
diariamente. Na verdade, ela também
era o cerne da fé que Jesus procurou
transmitir aos Seus seguidores, desta-
cando que ela é o fundamento da sal-
vação (Mt 22:34-40).
Amar o Senhor de todo o coração,
alma e força é uma expressão que
abrange todos os aspectos da vida.
Moisés continuou explicando o signi-
ficado de cada um desses elementos
nos versículos seguintes. Em hebraico,
a palavra para coração é leÉab, que
se refere à vontade, mente, emoções
e interior. Ele é o centro do relacío-
namento e das decisões. Amar o Se-
nhor de todo o coração significa, no
mi'nimo, colocar a Palavra de Deus
em nossa memória e sempre tê-la em
nossos pensamentos (Dt 6:6). Amar
ao Senhor de todo o coração significa
também ensinar a Palavra de Deus e
ter um relacionamento de amor com
Ele e Seus filhos, e falar sobre isso o
día todo.
A palavra hebraica para alma é
nêfgsíi, que geralmente é traduzída
34
como "vida", e se refere à pessoa in-
teira, tudo o que você faz e diz, vê e
experimenta. Os versi'culos 7 e s des-
crevem o que significa amar o Senhor
com toda a alma: é viver de forma di-
ferente porque seguimos a Deus. Fala-
mos a respeito Dele o dia todo, e tudo
o que fazemos e vemosacontece por
meio das lentes da Palavra de Deus.
lsso ocorre porque vivemos um rela-
cionamento de amor com Ele! Amar o
Senhor com toda a "força" é a tradu-
ção da palavra khayt./, que geralmen-
te é traduzida como "exércíto", mas
nesse texto provavelmente se refere a
riquezas e posses. Em tudo o que com-
pramos e possuímos, devemos viver
com o propósito de amar a Deus. É por
isso que Moisés descreveu os umbrais
da casa e as portas marcados com a
Palavra de Deus (v. 9).
Desta forma, amar o Senhor passa
a abranger toda a nossa vida, come-
Çando com aquele relacionamento de
coração com Yahweh.
COMP#lEElffi=jÊ, \:=: SEOUNDA,18 [)E 0UTUBRO
s judeus seguem literalmente as ins-
truções de Deuteronômio 6:8 e 9, es-
crevendo o texto de Deuteronômio 6:4
em uma caixa e fixando-a em todas as
ombreiras e portas.
jud"s art
sagem. Embora essa interpretação não
esteja equivocada, e essa prática ajude
a lembrar do relacionamento com Deus,
o texto envolve bem majs do que isso,
como é explicado nos versículos 6 a 9.
Ao pensar e falar na Palavra de Deus
e em nossa relação de amor com Ele
o dia todo, e agir de acordo com isso
em tudo o qite fazemos e possuímos,
estamos realmente vivendo essa vjda
de amor a Deus. lsso é necessário por-
que temos a tendência de esquecer
o que o Senhor fez por nós e atribuí-lo
aos nossos próprios talentos e ações.
Moisés avísou lsrael sobre isso nos
versículos 10-15. Beü5 ffl=l
çãos, mas a tentação é esquecer isso,
em vez de seguir Seus caminhos por
gratidão e amor.
Como vimos em passagens ante-
riores de Deuteronômio, Deus deseja
continuar crescendo em intimidade
com Seu povo. É importante reconhe-
cer que a reação de Deus não é agir de
forma vingativa para terminar Seu re-
Iacionamento com o povo, mas sim ex-
pressar. paixão e angústia que surgem
do amor não correspondido (v. 14).
Deus salvou Seu povo milagrosamente
tantas vezes, e ainda assim continua-
ÉE
mos nos afastando Dele repetidamen-
te. E como vemos na maneira pela qual
Deus Se relacionava até mesmo com
as nações pagãs, se as pessoas se ar-
rependerem, Ele está sempre disposto
a salvá-las (Gn 6-9; Js 2; Am 9).
É importante ressaitar que o texto
bi'blico não está pregando a "teologia
da prosperidade". No entanto, seguir
as leis de Deus geralmente propor-
ciona o que é bom para nós, trazendo
saúde, liberdade e alegria. Por outro
lado, quando não seguimos Suas leis,
podem vir consequências naturais e
talvez não tão boas em nosso caminho.
Deus não quer nos destruir; na ver-
dade, nós é que destrui'mos a nós mes-
mos. Deus está fazendo de tudo para
nos salvar e nos trazer de volta ao
caminho que nos trará mais alegria e
realização eterna. Claro, há momentos
em que há punições, mas mesmo Ísso
tem um objetivo redentor. Deus exerce
Sua misericórdía até na punição final,
quando todos que se recusam a segui-
Lo estão totalmente entregues ao mal
e Ele não tem como alcançá-los mais
(Cn 6; Ap 20).
cOMI J.T TERÇA,19 DE 0UTUBRO
raduzír Deuteronômio 6:4 é desafiador,
pois no texto original em hebraico a fra-
se possui apenas um verbo (e não dois,
como geralmente é traduzido em portu-
guês). A primeira parte do versículo diz
que as pessoas devem ouvír/escutar/
obedecer, mas há várias possibilidades
para a tradução da segunda metade do
versículo. Aqui estão algumas:
• 0 Senhor é nosso Deus, o Senhor
éum.
• 0 Senhor é nosso Deus, o Senhor
somente.
• 0 Senhor, nosso Deus, é um sÓ
Senhor.
• 0 Senhor, nosso Deus, é o único
Senhor.
Ao considerar o contexto imediato,
no qual amar a Deus significa permear
todos os aspectos de nossa vída e eli-
minar a possibilidade de adorar outros
deuses, a segunda tradução parece
mais provável. A ênfase do texto está
no fato de que só Ele é Deus, e sÓ Ele
é nosso Deus.
Quando amamos o Senhor de todo o
coração, alma e força, estamos vívendo
de forma diferente do que faríamos de
outra maneira, o que também é descri-
to como "temor do Senhor". 0 temor
no Antigo Testamento se refere a um
`!i.`-
relacionamento de fé com Deus, no
qual o amor, que vem primeiro, leva à
obediência.
Yahweh também nos chama para
transmitir o legado de nosso relacio-
namento com Deus aos nossos filhos
ou a qualquer pessoa que esteja sob
nossa orientação. Os mais j.ovens vão
nos perguntar: "Por que você serve
a Deus? Por que você segue a Torá?"
lsso nos dá a oportunidade de compar-
tilhar sobre nossa antiga escravidão ao
pecado, e dizer como Deus nos salvou e
resgatou, e realizou muitos milagres em
nosso favor. Nosso testemunho é uma
poderosa maneira de levar as pessoas a
um relacionamento salvi'fico com Deus.
Então, fica claro que não se trata de le-
galismo ou de uma doutrina árida, mas
de gratidão e alegria por todas as bên-
çãos e libertação recebidas do Senhor.
Além disso, a obediência a Deus
também é benéfica para nós mesmos
e nos conduz por caminhos de retídão e
vída (Dt 5:24, 25). Devemos considerar
que Deus também nos tirou do Egíto.
A salvação não vem por causa do que
aconteceu com nossos pais ou ante-
passados, mas é algo que ocorre aqui e
agora, em nosso próprío coração.
Como podemos mostrar em nossa vida que servlmos somente
a Deus?
36
OUARTA, 20 DE 0UTUBFlo
os dias de hoje, em que o termo /.r)c/u-
são está em toda parte, pode parecer
confuso falar de exclusívídade. Mais
do que isso, pode parecer até mesmo
imoral. E por maís que a gente acredite
ser "dono do próprio naríz" e jamais in-
fluenciável, nós estamos o tempo todo
influenciando e recebendo influência.
Parte do que somos também é mol-
dado de acordo com o ambiente em
que vivemos e as influências que re-
cebemos por escolha ou porque não
podemos evitá-las.
Sendo assim, ainda que não perce-
bamos, nem sempre conseguimos en-
caixar no mesnio quadro nosso modo
de ver o mundo, nossas decisões e os
desafios espirituais que encontramos
pelo caminho.
Apesar de a pluralidade ter seu lugar
e o respeito ser de bom tom, como fíca
sua mente quando a Bi'blía o convida a
adorar somente a Deus sem qualquer
possibilidade de negociação?
Pense em quanto você já avançou
no sentido de se entregar a Deus e
compare o que você entende por amar
a Deus com os textos de Mt 22:34-40;
Dtll Jr 31:31-34; Sl
40:6-8; 1Jo 4:7-21.
EB> Oual é a relação das passagens
com o texto-chave (Dt 6:4-25) da lição
desta semana?
P Faz parte dos seus projetos pessoais
uma entrega total a Deus? Você sabe
como fazer Ísso?
Lembra da rei]e semântica? 0 mapa menta! construíflo a partir de LHTta pa!avra ou
ci]íiceitci-cha\Íe? Então„. cGm base no que \`imos até aquí, agora é a sua vez de expressar
o -qLie faz sentjdo para você:
EXCLUSIVIDADE
m
H
COMPAHT!LHE l:-.:-j OUINTA, 21 DE 0UTUBRO
imagem de Yahweh em Deuteronô-
mio 6 define a compreensão do amor
e caráter de Deus no Antigo Testa-
mento de maneira mais clara do que
quase qualquer outra passagem,
exceto talvez Êxodo 34:6 e 7. Aquí,
Yahweh é apresentado como nosso
Deus, não alguma força impessoal
dístante. Ele é o Deus que está perto
de nós, que deseja um relacíonamen-
to de amor conosco. Yahweh anseia
por nosso coração, e esse é o foco
principal da passagem, porque a ver-
dadeira mudança no coração leva na-
turalmente à obediência.
Quando realmente compreendemos
o amor de Deus, desejamos pensar e
falar Neleo dia todo (Dt 5:5, 6). Ele
fará parte de todas as nossas palavras
e ações, bem como de nossas posses e
trabalho. 0 resultado disso é que, em
vez de ser uma tarefa árdua, o grande
desejo de nossa vida será levar outras
pessoas a um relacjonamento seme-
lhante de amor com Deus (v. 7-9).
Devemos nos lembrar de que não
merecemos as bênçãos que rece-
bemos de Yahweh (v. 10, 11). Mesmo
quando temos a tendência de esque-
cer tudo o que Deus fez por nós, Ele
continua a nos conceder bênçãos ma-
teriais e físicas. 0 Senhor também de-
seja nos dar bênçãos espirituais, mas
muítas vezes não estamos dispostos.
Todas essas coisas boas não são o que
merecemos, mas Deus nos dá com a
abundância de Seu amor e graça.
38
Yahweh nos ama tanto que dese-
ja que pertençamos apenas a Ele, e
fará o que for preciso para nos trazer
de volta. Mesmo que isso signifique
permitir que circunstâncías difi'ceis e
dolorosas nos acordem e nos levem
à transformação (v. 12-15). Deus tem
o melhor em mente, mesmo quan-
do estamos cegos pelo pecado e não
cün5eguimos ver. A redenção é a base
de nossa resposta de gratidão ao que
Yahweh fez. Nosso coração transbor-
dará de gratidão quando as pessoas
nos perguntarem por que vivemos
dessa maneira (v. 20-25). Nosso com-
portamento externo é simplesmente
um ref lexo do que está dentro de nós
e não o que nos traz salvação. Se a
salvação e libertação efetuadas por
Yahweh fossem o enfoque de todos os
nossos momento5, nosso tesLemunho
seria infinitamerite mais poderoso, ca-
tivante e contagiante.
t-Em-
Vá à página de anotações
(no fim do trlmestre) e saiba como!
l-_-_-_-j SEXTA, 22 lJE 0UTUBRO
mesma lei que foí gravada em tábuas de pedra é es-
crita pelo Espírito Santo nas tábuas do coração. Em
vez de tentarmos estabelecer nossa própria justiça,
aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue faz expía-
ção pelos nossos pecados. Sua obediência é aceita
em nosso favor. Então o coração renovado pelo Es-
pi'rito Santo produzirá o 'fruto do Espírito' (Gl 5:22).
"Por meio da graça de Cristo viveremos em obediên-
cia à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o
Espi'rito de Cristo, andaremos como Ele andou. Por
meio do profeta, Cristo declarou a respeito de Si mes-
mo: `Agrada-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; a
Tua lei está dentro do Meu coração' (Sl 40:8). E, quan-
do esteve entre os seres humanos, Ele disse: .E Aquele
que Me enviou está Comigo, não Me deixou só, porque
Eu faço sempFe o que Lhe agrada' (Jo 8:29). [...J
"A obra de Deus é a mesma em todos os tempos,
embora exjstam diferentes graus de desenvolvimento
e diferentes manifestações de Seu poder para satisfa-
zerem as necessidades humanas nas várías épocas.
Começando com a primeira promessa do evangelho,
e vindo ao longo da era patriarcal e j.udaica, chegan-
do até nossos dias, tem havido um desenvolvimento
gradual dos propósitos de Deus no plano da redenção.
"0 Salvador tipificado nos ritos e cerimônias da
lei judaica é exatamente o mesmo que é revelado no
evangelho. As nuvens que envolviam sua forma di- :::::
vina foram removidas; as nuvens e sombras desapa-
receram; e Jesus, o Redentor do mundo, é revelado.
Aquele que do Sinai proclamou a lei e entregou a
Moisés os preceitos da lei cerimonial é o mesmo que
proferiu o Sermão do Monte.
"Os grandes princípios de amor a Deus, que Cristo
RESENIIA!
Feche sua semana de
estudo com um resumo
em vídeo da lição.
estabereceu como o fundamento da Lei e dos profe- Acesse:
tas, são apenas uma repetíção do que Ele havia dito
por meio de Moisés ao povo hebreu: 'Escute, lsrael, o
SENHOR , nosso Deus, é o único SENHOR . Portanto,
39
ame o SENHOR , seu Deiis, de todo o
seu coração, de toda a sua alma e com
toda a sua força' (Dt 6:4, 5). `Ame o
seu próxímo como você ama a si mes-
mo' (Lv 19:18). 0 mestre é o mesmo em
ambas as dispensações. As reivindíca-
ções de Deus são as mesmas. Os mes-
mos são os princi'pios de Seu governo.
Pois tudo procede Daquele `em quem
não pode existir variação ou sombra
de mudança' (Tg 1:17)" (Ellen G. White,
Patriarcas e Profetas, p. 372, 373).
"Maior atenção deve ser dada pe-
los mestres religiosos a instruir o
povo nos fatos e lições da história
bi'blica e nas advertências e ordens
do Senhor. Essas coisas devem ser
apresentadas em linguagem simples,
adaptada à compreensão das crian-
Ças. Deve ser Parte do trabalho tanto
dos pastores quanto dos pais proví-
denciar que os jovens sejam instruídos
nas Escríturas.
"Os pais podem e devem despertar
Ínteresse nos fílhos no conhecimento
variado que se encontra nas páginas
sagradas. Mas, se quiserem despertar
o interesse de seus filhos e filhas na
Palavra de Deus, eles próprios deve-
rão estar interessados nela.
"Cada capítulo e cada versi'culo da
Bíblia é uma comunicação da parte
de Deus à humanidade. Devemos co-
locar seus preceitos como sínais so-
bre nossas mãos e como fronteira
entre nossos olhos. Sendo estudada e
obedecida, ela guiará o povo de Deus,
como os Ísraelitas foram guiados, pela
coluna de nuvem durante o dia e pe-
la coluna de fogo à noite" (ibid., p. 504).
» 00N"AT0 DE EXOLUSIVIDADE
"Ame o SENHOR, sgü Pe
o seu coração, dé toda a sua alma é
com toda a sua força."
Deuteronômio 6:5
A exigência divina de colocar Deus aci-
ma de tudo parece algo egocêntrjco, à pri-
meira vista. A ideia de completa devoção
pode acabar passando a imagem inade-
quada de uma djvindade que desej.a ser
seguida sem questionamentos. No pensa-
mento ocidental, isso chega a ser confun-
dido com orgulho e vaidade. Mas isso não
corresponde à realidade.
Desde que a humanidade aderju à re-
belião do pecado, com-portamentos jamais
vjstos no Universo entraram em cena:
guerra, canibalismo, escravidão. Mas Deus
decidiu intervir na Terra.
0 Soberano do Universo fez, então, uma
aliança com um grupo de hebreus e os li-
bertou da condição de escravos do Egito.
Alguém, entretanto, ainda poderia argu-
mentar: Por que libertar uma nação para
logo em seguida governá-la? Será que
Deus tirou o povo das mãos do rei do Egito
para Se tornar seu novo faraó?
A exclusividade que o Senhor requer
não é fruto de egoísmo, mas sím de cuida-
do. Ao declará-los ljvres, apresentou-lhes
uma adaptação da Lei que governa toda
a Criação: o amor. Se os outros deuses
são fruto da imaginação corrompida da
humanidade, permjtir que pessoas vivam
com base nesse teatro de Ílusões seria
crueldade. Deus nos protege, nos dando
Íiberdade por meio da verdade (Jo 8:32)
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e um caminho a seguir por meio de Suas
leis protetoras.
i. Exístem coisas que nos escravizam
hoje? Como o amor a Deus pode nos
libertar delas?
2.Em sua opinião, por que devemos
amar a Deus sobre todas as coisas?
3. Qual seria a melhor maneira de de-
monstrar amor a Deus, de acordo com
seu ponto de vista?
"Escute, lsrael, o SENHOR, nosso Deus,
é o único SENHOR" (Dt 6:4) -as palavras
do profeta ecoavam o primeiro artigo da
constituição divina: "Não tenha outros
deuses diante de Mim" (Êx 20:3). 0 pro-
feta e os hebreus sabiam que o Deus que
os tinha libertado era diferente dos deu-
ses que eles haviam conhecido até então.
Este Rei era diferente, era amoroso, e os
havia libertado sem pedir nada em troca.
Operou milagres incontáveis e provou que,
além de tudo, era verdadeiro.
Amar a Deus com tudo o que possuímos
é a

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