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Atividade violência sexual (1)

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Atividade- Violência sexual
1. entrada na unidade de atendimento às vítimas de violência do HUCF, acompanhada de uma amiga. Relata ter sido vítima do “boa noite Cinderela” na noite passada quando bebia em um bar na companhia de um rapaz que havia conhecido em site de relacionamento. Lembra-se de comentar sobre o sabor adocicado da cerveja e depois disso tudo se apagou de sua memória. Acordou em local desconhecido, nua e com várias garrafas de bebida a sua volta. Em cima da mesa um bilhete agradecendo pela noite maravilhosa. Relatou desconforto e pequeno sangramento na região genital. Estava muito nervosa e com medo de contrair o HIV. Acredita não ter risco de gravidez já que usa pílula anticoncepcional. 
1.1- Neste caso, enumere outras informações essenciais que deverão ser coletadas antes de ser iniciado o protocolo de atendimento imediato às vítimas de VS.
- HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA
1) local, dia e hora aproximada da violência sexual.
2) tipo(s) de violência sexual sofrido(s).
3) forma(s) de constrangimento utilizada(s).
4) tipificação e número de autores da violência.
5) órgão que realizou o encaminhamento
- PROVIDÊNCIAS INSTITUÍDAS
1) atendimento de emergência em outro serviço de saúde e medidas realizadas.
2) realização do Boletim de Ocorrência Policial.
3) realização do exame pericial de Corpo de Delito e Conjunção Carnal. 
4) outras medidas legais cabíveis.
- ACESSO À REDE DE ATENÇÃO
Verificar o acesso e a necessidade da mulher às diferentes possibilidades de
apoio familiar e social, incluindo-se a questão de abrigos de proteção.
1.2- Para esta mulher descreva os procedimentos técnicos a serem adotados.
- É necessário que o serviço de saúde realize exame físico completo, exame ginecológico, coleta de amostras para diagnóstico de infecções genitais e coleta de material para identificação do provável autor(a) da agressão, e que seja preenchida a “Ficha de Notificação e Investigação de Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências”.
1.3- Antes da alta, cite as principais orientações/recomendações a serem dadas à paciente em questão.
- Orientar sobre a rotina da adesão do tratamento para a quimioprofilaxia.
- Orientar sobre a necessidade da repetição de novos exames laboratoriais.
- Orientar sobre a disponibilidade do acompanhamento psicológico.
- A mulher em situação de violência sexual deve ser orientada a retornar ao serviço de saúde, assim que possível, se ocorrer atraso menstrual, que pode ser indicativo de gravidez. No entanto, devem estar informadas de que, na maioria das vezes, pouca ou nenhuma alteração significativa ocorrerá no ciclo menstrual.
2. SMR, 15 anos, chega à unidade de atendimento às vítimas de violência do HUCF com a sua mãe para atendimento de suspeita de abuso/violência sexual. Vieram encaminhadas pelo médico da ESF que, após consultar SMR, fez diagnóstico de gestação de cerca de 16 semanas e, pela história, concluiu se tratar de caso de violência sexual por parte do padrasto, embora a menor não confirmasse. Após acolhimento e atendimento individual com a psicóloga, SMR confirma que o padrasto há cerca de 2 anos, começou a molestá-la chegando a ter relações sexuais no últimos 6 meses, sempre sob ameaça, caso a mesma contasse à sua mãe.
2.1- Neste caso, que medidas preventivas sobre IST/HIV/Hepatites poderão ser realizadas?
Não há indicação da quimioprofilaxia para HIV e HB. Nesse caso indica- se a realização dos exames de testagem e posterior acompanhamento.
2.2- Qual deverá ser a conduta dos profissionais em relação ao caso e ao destino da gravidez da menor?
- Comunicar a violência ao Conselho Tutelar ou à Vara da Infância e da Juventude. Na falta destes, comunicar à Vara de Justiça existente no local ou à Delegacia.
- Esclarecer sobre as alternativas legais quanto ao destino da gestação e sobre as possibilidades de atenção nos serviços de saúde. É direito dessas mulheres e adolescentes serem informadas da possibilidade de interrupção da gravidez.
2.3- Caso seja feita a opção pelo abortamento, quais os procedimentos legais serão necessários para a justificação e autorização do procedimento?
O Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos compõe-se de quatro fases:
A primeira fase será constituída pelo relato circunstanciado do evento, realizado pela própria gestante, perante 2 (dois) profissionais de saúde do serviço.
O Termo de Relato Circunstanciado deverá ser assinado pela gestante ou, quando incapaz, também por seu representante legal, bem como por 2 (dois) profissionais de saúde do serviço, e conterá: local, dia e hora aproximada do fato; tipo e forma de violência; descrição dos agentes da conduta, se possível; e identificação de testemunhas, se houver.
A segunda fase se dará com a intervenção do médico responsável que emitirá parecer técnico após detalhada anamnese, exame físico geral, exame ginecológico, avaliação do laudo ultrassonográfico e dos demais exames complementares que porventura houver. A gestante receberá atenção e avaliação especializada por parte da equipe de saúde multiprofissional, que anotará suas avaliações em documentos específicos.
Três integrantes, no mínimo, da equipe de saúde multiprofissional subscreverão o Termo de Aprovação de Procedimento de Interrupção da Gravidez, não podendo haver desconformidade com a conclusão do parecer técnico.
A equipe de saúde multiprofissional deve ser composta, no mínimo, por obstetra, anestesista, enfermeiro, assistente social e/ou psicólogo.
A terceira fase se verifica com a assinatura da gestante no Termo de Responsabilidade ou, se for incapaz, também de seu representante legal, e esse termo conterá advertência expressa sobre a previsão dos crimes de falsidade ideológica. 
A quarta fase se encerra com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que obedecerá aos seguintes requisitos: o esclarecimento à mulher deve ser realizado em linguagem acessível, especialmente sobre: os desconfortos e riscos possíveis à sua saúde; os procedimentos que serão adotados quando da realização da intervenção médica; a forma de acompanhamento e assistência, assim como os profissionais responsáveis; e a garantia do sigilo que assegure sua privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos, passíveis de compartilhamento em caso de requisição judicial; deverá ser assinado ou identificado por impressão datiloscópica, pela gestante ou, se for incapaz, também por seu representante legal; e deverá conter declaração expressa sobre a decisão voluntária e consciente de interromper a gravidez.
3. PRT, 22 anos, foi vítima de estupro há 4 dias, ao fazer caminhada a noite na orla da lagoa e, somente no dia de hoje, após ser orientada e encorajada por uma amiga que é enfermeira, resolveu procurar a unidade de atendimento às vítimas de violência do HUCF. Sente-se envergonhada e culpada, afinal não deveria estar sozinha na rua naquele horário e ainda trajando short e camiseta. 
3.1- Para este caso, descreva os procedimentos técnicos que poderão ser adotados, tanto para prevenção de IST quanto de gravidez. Que informações complementares são importantes para a definição desses procedimentos?
- Quimioprofilaxia HB ou completar esquema vacinal
- Utilização da Anticoncepção de Emergência (AE)
- Realização de exames de testagem
3.2- À luz das desigualdades de gênero, faça um comentário sobre os sentimentos de vergonha e culpa, externados pela vítima.
O sentimento de vergonha e culpa são decorrentes da estigmatização social. Nesse contexto a mulher é responsabilizada por todo o caso ocorrido. A inferiorização da figura feminina minimiza a sensação de apoio o e maximiza a de julgamento, resultado da não procura por ajuda e orientação ao serviço de referência. Dessa forma, a mulher convive com o sentimento de culpa em decorrência da ausência de esclarecimentos, orientações e acompanhamento profissional, colocando- a em risco de desenvolver problemas biopsicossocial de saúde.

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