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Núcleo de Prática Jurídica – Direito Penal
QUEIXA CRIME
resposta a acusação - revisão
Queixa-Crime Introdução:
no Exame de Ordem, você atuará como acusador em duas hipóteses: como assistente de acusação para o oferecimento de algum recurso (aconteceu somente uma vez desde a unificação) ou como advogado da vítima de um crime de ação penal privada (propriamente dita ou personalíssima) ou na hipótese de ação penal privada subsidiária da pública (CPP, art. 29). A queixa-crime é de fácil identificação. O problema descreverá um crime – provavelmente contra a honra – e deixará bem claro que o examinando deve atuar em favor da vítima. Portanto, é impossível confundi-la com outra peça. Acredito que a maior dificuldade da peça seja a correta tipificação da conduta descrita no enunciado. Isso porque é comum o examinando não observar alguma causa de aumento ou qualificadora, ou deixar de apontar todos os delitos praticados pelo querelado. Além da pontuação perdida pela tipificação errada, o equívoco pode fazer com que o examinando também erre a competência – por exemplo, nos crimes contra a honra, a incidência de causa de aumento pode fazer com que a pena em abstrato ultrapasse dois anos, afastando, portanto, a competência do JECrim. Para que isso não aconteça, sempre leia as disposições gerais aplicadas aos delitos – geralmente, estão localizadas no final do capítulo do respectivo crime. 
Previsão legal: artigos 30 e 41 do CPP e art. 100, § 2º, do CP.
20/09/2021
Cabimento: nos crimes de ação penal ou na ação penal privada subsidiária da pública. 
Teses: como é peça de acusação, a tese está restrita a demonstrar a prática do delito. Também é importante demonstrar que a queixa-crime deve ser recebida, nos termos do art. 395 do CPP.
Endereçamento: em regra, ao juízo criminal, devendo ser observadas as disposições do CPP e da CF a respeito da competência (art. 69 do CPP e 109 da CF). 
Prazo: decadencial de seis meses, contados do dia em que o ofendido descobre a autoria do crime (CP, art. 103). 
Como identificar: o enunciado descreverá um crime e deixará bem claro que não houve o oferecimento de petição inicial e que você é o advogado do ofendido.
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Pontos relevantes: 
a) o artigo 44 do CPP afirma expressamente que a queixa “poderá se dar por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso”. Não esqueça de fazer menção expressa ao dispositivo, pois pode ser que a FGV decida pedi-lo; 
b) geralmente, a FGV não pontua o tópico “dos fatos”. Por isso, nas demais peças, não é algo que mereça muita atenção, bastando que o examinando resuma o enunciado. Contudo, como a queixa-crime é petição inicial, é interessante a descrição completa da conduta praticada pelo querelado; 
c) se houver pluralidade de crimes, não deixe de observar as regras atinentes ao concurso de crimes (CP, arts. 69/71); d) se o enunciado mencionar testemunhas, não deixe de arrolá-las ao final da peça.
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Peça prática: Problema (XV Exame de Ordem): Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. 
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Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
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Peça: 
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito do Juizado Especial Criminal de Niterói, Observações:
 a) o uso do “doutor”: não faz a menor diferença. Sinceramente, não gosto da expressão “senhor doutor”. Acho esquisita! Mas, se você gosta, use! Não perca tempo memorizando essas regrinhas, pois não pesam em nada na nota. É questão de estilo de redação, e cada um tem o seu. Ademais, não é preciso grafar em letra maiúscula;
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b) não invente informações! Se o problema não fizer menção à comarca, não enderece ao juiz de sua cidade. A FGV poderá considerar identificação da prova e anulará a sua peça. Quando não souber algo, faça um traço, como no exemplo acima, ou use reticências (o edital pede que use reticências. Por isso, pode ser a melhor escolha, embora acredite que não influenciará na nota o uso de traço). 
c) o endereçamento à autoridade competente é pontuado. Sobre o assunto, estude competência em uma boa doutrina. Por ora, marque em seu “vade mecum” os arts. 109 da CF, que trata sobre a competência da Justiça Federal, e 69 do CPP, que regula o tema;
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d) o espaço entre o endereçamento e a qualificação: antigamente, quando o processo não era digital, deixava-se esse espaço para que o juiz pudesse decidir nele. Com a virtualização, não há mais lógica em pular linhas. Por isso, não haverá prejuízo em sua nota se não o fizer – e nem poderia, afinal, não é uma peça de verdade, e nenhum juiz “despachará” nela. No entanto, é inegável que a estética da peça fica melhor ao se deixar o espaço. Na segunda vez em que passei na OAB – refiz a prova há algum tempo, para “sentir” a prova da FGV -, pulei cinco linhas porque gosto do efeito visual. Mas, como já comentei, não influencia em nada em na nota. Caso você decida pelo espaço, não salte mais do que cinco linhas, pois poderá faltar espaço para a elaboração dorestante da peça;
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e) o XV Exame de Ordem trouxe um ponto interessante: como o crime se deu pela Internet, muitos imaginaram que a competência seria da Justiça Federal. Pela simples leitura do art. 109 da CF, é possível constatar que se trata de crime de competência da Justiça Estadual. Contudo, a FGV, ao comentar o gabarito, fez menção aos julgados sobre o assunto – e, de fato, há muitos julgados do STJ sobre o tema. Por isso, friso o que sempre falo em sala de aula: é essencial que o aluno acompanhe os informativos dos Tribunais Superiores. Uma boa forma de estudá-los é pelo site 
f) a peça foi endereçada ao JECrim em razão de a pena em abstrato não ter ultrapassado os dois anos (Lei 9.099/95, art. 61).
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ENRICO, engenheiro, estado civil, naturalidade, residente e domiciliado no endereço …, em Niterói, Rio de Janeiro, vem, por seu advogado (procuração com poderes especiais anexada, nos termos do art. 44 do CPP), oferecer QUEIXA-CRIME, com fundamento nos artigos 30 e 41 do CPP, e 100, § 2º, do CP, contra 
HELENA, profissão, estado civil, naturalidade, residente e domiciliada no endereço …, na Praia de Icaraí, em Niterói, Rio de Janeiro, pelas razões a seguir expostas:
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Observações: a) friso novamente: não invente dados. Se o problema não traz informações sobre as partes, não as invente! Há algumas provas, soube de um examinando que inventou o CPF “123.456.789-10” e teve a prova anulada por identificação. Diga apenas “profissão” ou “profissão ___”. Ademais, não se preocupe em relação a quais informações trazer – se quiser falar “registrado sob o CPF/MF n. ___” ou “portador da cédula de identidade ___”, não há problema. Em verdade, isso não fará a menor diferença em sua nota; 
b) se quiser dizer “vem muito respeitosamente” ou adicionar outras informações, fique à vontade. Na prática, não influenciará em nada em sua nota;
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c) o uso de letra maiúscula: grafei o nome da peça em letra maiúscula por questão de estilo, mas fica a seu critério. Só não esqueça de dizer expressamente o nome da peça e a fundamentação legal – o esquecimento custará a sua peça, que será anulada integralmente -; 
d) muitos examinandos esqueceram de mencionar e qualificar a querelada, e qualificaram somente o querelante. Caso caia queixa-crime em sua prova, fique atento para não cometer o mesmo erro.
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I. DOS FATOS No dia 19 de abril de 2014, a querelada publicou em uma rede social diversas ofensas contra o querelante, a seguir transcritas: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”; “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. O querelado tomou ciência das ofensas na mesma data, na presença dos seus amigos Carlos, Miguel e Ramirez.
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Observações: a) em outras peças (apelação, “rese” etc.), a FGV não costuma pontuar o tópico “dos fatos”, sendo suficiente um breve resumo do enunciado. Contudo, na queixa-crime, por se tratar de petição inicial, é interessante a descrição completa da conduta do querelado; 
b) a lei não exige a divisão da peça em tópicos. No entanto, acho interessante dividi-la e explico o porquê: a correção da prova é feita de forma bem objetiva. No espelho de correção, há diversos quesitos, e o examinador só dará o ponto se encontrá-los de forma expressa. Por isso, se, no espelho, houver o quesito “erro de tipo – art. 20 do CP”, por mais que você escreva uma página inteira sobre o assunto, o examinador só pontuará se, em sua prova, estiver escrito expressamente “erro de tipo – art. 20 do CP”. Portanto, tudo o que estiver escrito e não for quesito será mera moldura para o que realmente importa. Agora, imagine que a pessoa que corrigiu a sua prova leu uma dezena de outras antes da sua. Como qualquer ser humano, com o cansaço, a atenção diminui. Por isso, torne fácil o trabalho do examinador! Divida a sua peça em tópicos, deixando bem claro que foi pedido o que está no espelho. Em todas as provas, sem exceção, há relatos de erros de correção. Tente evitá-los!
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II. DO DIREITO Portanto, Excelência, é inegável que a querelada, Helena, praticou os crimes de injúria (CP, artigo 140) e de difamação (CP, art. 139), em concurso formal (CP, art. 70). O querelante foi chamado de “idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha” em sua página pessoal em uma rede social, estando evidente a intenção da querelada em injuriá-lo. Ademais, a querelada imputou fato ofensivo à honra do querelante, ao afirmar “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
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Ademais, importante ressaltar que os crimes ocorreram na Internet, meio que facilita a divulgação da injúria e da difamação, sendo imperiosa a incidência da causa de aumento do artigo 141, III, do CP. Observações: a) em queixa-crime, não vejo razão para que o querelante alegue o concurso formal, nos termos do art. 70 do CP – por isso, citei o dispositivo no modelo acima. No entanto, a FGV, no XV Exame de Ordem, atribuiu 0,40 à menção ao dispositivo. Justo ou não, fica a dica: alegue tudo em sua peça, ainda que pareça absurdo. O que não for objeto de pontuação, será ignorado pelo examinador, e não haverá prejuízo à nota. Na OAB, é melhor “pecar” pelo excesso!
20/09/2021
b) Não encha muita linguiça em sua argumentação. Não há razão para dizer o quanto Enrico sofreu. O examinador não quer saber! O que importa para ele é a fundamentação legal (CP, arts. 139, 140 e 141, III) e a expressa menção às teses – no exemplo, a prática dos crimes de injúria e de difamação e a causa de aumento. Na segunda fase, não há como perder tempo com coisas que não valem pontos; c) não é necessário transcrever o conteúdo de artigos. Basta mencioná-los. No entanto, se quiser transcrevê-los para melhorar a argumentação, não tem problema, mas tenha em mente que não influenciará em nada em sua nota.
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III. DO PEDIDO Diante do exposto, requer: 
a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação; 
b) a citação da querelada; 
c) o recebimento da queixa; 
d) a oitiva das testemunhas arroladas; 
e) a condenação da querelada pelo crime de injúria (CP, art. 140) e pelo crime de difamação (CP, art. 139), com a causa de aumento de pena (CP, art. 141, III) em concurso formal (CP, art. 79); f) a fixação de indenização, nos termos do art. 387, IV, do CPP. 
20/09/2021
Observações: a) a queixa-crime é a peça mais difícil em relação aos pedidos. Nas demais, os pedidos são consequência lógica da argumentação do tópico “do direito” – se a tese é a falta de justa causa, pede-se absolvição; se é alguma nulidade, a anulação. Na queixa, no entanto, é preciso lembrar do pedido de recebimento, de citação e de fixação de indenização. Todos os pedidos acima foram pontuados pela FGV no XV Exame de Ordem, quando foi pedida queixa-crime; b) se quiser falar “ex positis” em vez de “diante do exposto”, ou se quiser escrever “JUSTIÇA”, “J-U-S-T-I-Ç-A” ou algo do tipo ao final, a escolha é sua. Não vale nada, mas, se é algo que você gosta, coloque em sua peça. Só não faça loucura! Em sala de aula, um aluno perguntou se poderia colocar uma passagem bíblica na peça. Não faça isso! A FGV entenderá como identificação da peça. 
Pede deferimento. 
Itabuna, data. 
Advogado … 
OAB/… n. ….
20/09/2021
Observações: 
a) o “pede deferimento” não vale nada. Só coloquei porque é de praxe; 
b) cuidado com a identificação da peça! Não diga a sua cidade, mas somente “Comarca”, exceto se o problema trouxer essa informação, hipótese em que você pode usá-la. Também não invente nome de advogado (ex.: advogado Fulano) ou número de OAB (OAB/___ n. 1234); 
c) algumas peças têm prazo para o oferecimento. Fiqueatento, pois a FGV, nesses casos, costuma pedir para que a peça seja oferecida no último dia de prazo – e sempre há um quesito de pontuação para isso.
20/09/2021
Resposta à acusação e defesa prévia: é preciso ter atenção ao tema deste tópico, pois a confusão entre defesa prévia e resposta à acusação pode custar a aprovação. Para a compreensão do assunto, é preciso entender dois momentos processuais distintos: o oferecimento e o recebimento da petição inicial. No oferecimento, como a expressão já diz, a petição inicial (queixa ou denúncia) é oferecida ao juiz por quem detém legitimidade para fazê-lo – MP ou querelante. Se ausentes as hipóteses do art. 395 do CPP, o juiz deve receber a petição inicial oferecida, dando início à ação penal. Antes do recebimento da petição inicial, como ainda não há ação penal, não é possível falar em absolvição. Em alguns casos especiais, a lei prevê que o juiz, antes de receber a petição inicial, deve dar oportunidade para que o acusado se defenda. Dois exemplos:
1º Na Lei de Drogas (Lei 11.343/06): “Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.”. Ou seja, o MP oferece denúncia por tráfico de drogas contra alguém, e o juiz, antes de receber a denúncia, notifica o denunciado para que se manifeste a respeito, por meio de defesa prévia (nomenclatura dada pela própria lei). Como ainda não há ação penal – o juiz ainda não recebeu a petição inicial -, o denunciado não pode pedir absolvição. O seu objetivo na peça é convencer o magistrado a não receber a inicial, e, para isso, deve demonstrar a presença de pelo menos alguma das hipóteses do art. 395 do CPP. 
20/09/2021
2º No CPP: “Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.”. Na hipótese de crime funcional (CP, arts. 312/326), o juiz, após o oferecimento da denúncia, mas antes do seu recebimento, deve notificar o acusado para se manifestar a respeito da acusação. A peça do art. 514 é denominada “resposta preliminar” pelo STJ (veja a Súmula 330). Assim como ocorre na defesa prévia da lei de drogas, o objetivo da peça é dar oportunidade ao acusado para convencer o juiz a não receber a petição inicial. Não se pode pedir absolvição, pois ainda não há ação penal.
20/09/2021
1Na resposta à acusação, a história é outra. Prevista no art. 396 do CPP (art. 406, no rito do júri), é a peça cabível após o recebimento da petição inicial. O réu é citado para, no prazo de 10 dias, alegar tudo o que interesse à defesa – pode, até mesmo, pedir absolvição, pois já há ação penal em trâmite. Sobre o tema: “Após a reforma legislativa operada pela Lei 11.719/2008, o momento do recebimento da denúncia se dá, nos termos do artigo 396 do Código de Processo Penal, após o oferecimento da acusação e antes da apresentação de resposta à acusação, seguindo-se o juízo de absolvição sumária do acusado, tal como disposto no artigo 397 do aludido diploma legal.” (STJ, RHC 54363/PE). É importante estar atento à nomenclatura das peças. Quando estiver advogando, adote o nome que quiser. Chame resposta à acusação de defesa prévia, de defesa escrita ou de qualquer outro nome que desejar. Mas, para a OAB, a inversão do nome das peças pode custar a sua prova. Utilize a expressão “resposta à acusação” para a peça dos arts. 396 e 406 do CPP, “defesa prévia”, para aquela do art. 55 da Lei 11.343/06, e “resposta preliminar” ou “resposta escrita” (expressão da lei) para a peça do art. 514 do CPP.
20/09/2021
2. Resposta à acusação: a resposta à acusação é uma das peças mais cobradas na segunda fase. Assim como as demais, é fácil elaborá-la – endereçamento, qualificação, fatos, tese e pedido. Contudo, pode ser extremamente trabalhosa, caso o enunciado traga muitas teses de defesa. Veja o seguinte problema: João, buscando saciar sua fome, subtrai uma coxinha da padaria “Pão da Manhã”. O fato foi presenciado por Maria e José. O MP o denunciou pela prática do crime de furto. Citado, João procura um advogado para defendê-lo. No exemplo, duas teses estão bem claras: o estado de necessidade e o princípio da insignificância, causas de absolvição sumária, nos termos do art. 397, I e III. Ademais, como o problema menciona duas testemunhas, o examinando deve arrolá-las. Fácil, né? Contudo, é possível torná-lo mais difícil: João, buscando saciar sua fome, dirige-se a casa de sua mãe e subtrai um saco de arroz e um de feijão. O fato foi presenciado por Maria e José. Em inquérito policial, ao ser ouvido, João confessou a prática da conduta, mas afirmou que, no dia anterior, havia deixado um saco de arroz na casa de sua mãe, e imaginou que estava, em verdade, apropriando-se do saco de arroz que o pertence. Ademais, disse ter subtraído o feijão porque sua mãe lhe deve a quantia de R$ 10,00. O MP o denunciou pela prática do crime de furto. Citado, João procura um advogado para defendê-lo. 
20/09/2021
O exemplo é absurdo, mas demonstra o quanto a peça pode se tornar complexa: 1ª tese: escusa absolutória, do art. 181, I, do CP; 2ª tese: estado de necessidade (CP, art. 24); 3ª tese: incidência do princípio da insignificância; 4ª tese: erro de tipo (CP, art. 21); 5ª tese: nulidade no recebimento da inicial, com fundamento no art. 395, III, do CPP; 6ª tese: desclassificação do crime de furto (CP, art. 155) para o de exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345). Além disso, também devem ser arroladas as testemunhas Maria e José.
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2.1. Fundamentação: em minha opinião, a resposta à acusação está prevista no art. 396 do CPP, e não no 396-A – no rito do júri, ela está no art. 406. No art. 396-A, o CPP descreve o que é possível pedir na peça, mas não a fundamenta. No entanto, para evitar dor de cabeça, fundamente a sua resposta nos dois artigos: 396 e 396-A. Caso caia resposta, acredito que o gabarito aceitará qualquer dos dispositivos isoladamente. Mas, por segurança, é melhor mencionar ambos.
20/09/2021
Teses: as principais teses estão no art. 397 do CPP, que prevê a absolvição sumária do acusado. Caso caia resposta na segunda fase, asseguro: o gabarito pedirá mais de um dos incisos. Exemplo: o enunciado descreve um caso em que há legítima defesa e prescrição. Nesta hipótese, você deverá pedir a absolvição do réu com fundamento no art. 397, I e IV. Caso os dois incisos não sejam mencionados pelo examinando, a pontuação será parcial. O art. 397, II: as causas de exclusão da culpabilidade, ou dirimentes, são as seguintes: a) inimputabilidade; b) ausência de consciência da ilicitude; c) inexigibilidade de conduta diversa. São exemplos de exclusão da culpabilidade o erro de proibição (CP, art. 21) e a coação moral irresistível (CP, art. 22). O art. 397 faz ressalva em relação ao inimputável, e a razão é a seguinte: caso o réu seja, por exemplo, esquizofrênico, a ponto de não ter discernimento do que fez, o juiz o absolverá (absolvição imprópria). No entanto, ele será submetido a medida de segurança. Para que se conclua pela inimputabilidade, é necessário o prosseguimento da ação para o julgamento do respectivo incidente (veja o art. 149 do CPP). Por esse motivo, não é possível absolvê-lo sumariamente, com imposição de medida de segurança, com fundamento em inimputabilidade. 
20/09/2021
O art. 397, III: o art. 397, III, do CPP demonstra claramente como o legislador não entende de Direito Penal. Contudo, para explicar o porquê desta afirmação, preciso fazer uma rápida revisão de teoria do crime: na época do colégio, aprendemos que o corpo humano é composto por a) cabeça; b) corpo e; c) membros. O crime, para a teoria tripartida (ou tripartite), é composto por a) fato típico; b) ilicitude e; c) culpabilidade. Embora seja possível a existência do ser humano sem membros, não há crime se ausente qualquer dos elementos que o compõem. Logo, não há crime quando presente excludente da ilicitude ou da culpabilidade ouquando atípico o fato. Entretanto, perceba que, nos incisos I e II, o CPP fala em absolvição sumária quando existentes causas de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade, e, no inciso III, em absolvição quando o fato narrado não constitui crime. Ora, nos incisos I e II, o fato também não constitui crime, pois ausentes elementos de sua composição – a ilicitude e a culpabilidade. Então, quando será utilizado o inciso III? Como há um inciso para a ilicitude (I) e outro para a culpabilidade (II), o inciso III é a fundamentação para a absolver o réu quando atípico o fato. Dois exemplos rápidos de incidência do inciso III: quando o fato narrado é formalmente atípico (ex.: adultério) ou na hipótese de incidência do princípio da insignificância (atipicidade material).
20/09/2021
O art. 397, IV: o inciso IV é outra mancada do legislador. NUNCA, em peça alguma, deve ser pedida a absolvição do réu por causa de extinção da punibilidade (veja o art. 107 do CP). Se, por exemplo, prescrito o crime, o pedido deve ser o de declaração da extinção da punibilidade pela prescrição, e não a absolvição. A única exceção: em resposta à acusação, deve ser pedida a absolvição sumária do acusado, com fundamento no art. 397, IV. Pedido de rejeição da inicial: como vimos lá no começo, a resposta à acusação é a peça cabível após o recebimento da petição inicial. Portanto, em tese, não seria possível pedir a rejeição da petição inicial, como ocorre com a defesa prévia da Lei de Drogas
20/09/2021
No entanto, veja o seguinte julgado do STJ, publicado no informativo de n. 522: “O fato de a denúncia já ter sido recebida não impede o juízo de primeiro grau de, logo após o oferecimento da resposta do acusado, prevista nos arts. 396 e 396-A do CPP, reconsiderar a anterior decisão e rejeitar a peça acusatória, ao constatar a presença de uma das hipóteses elencadas nos incisos do art. 395 do CPP, suscitada pela defesa.”. Portanto, caso o enunciado traga hipótese de não recebimento da petição inicial, nos termos do art. 395 do CPP, não deixe de alegá-la em sua resposta à acusação. Exceções: as exceções estão no art. 95 do CPP: a) suspeição; b) incompetência; c) litispendência; d) ilegitimidade da parte; e) coisa julgada. 
20/09/2021
Segundo o art. 396-A, § 1º, as exceções devem ser processadas em apartado. Portanto, deve o advogado oferecer a resposta e, separadamente, a petição da exceção. Por esse motivo, não há razão para alegar, no corpo da resposta à acusação, tese de litispendência, por exemplo. Na OAB, jamais será pedido para que o examinando elabore as duas peças em uma mesma prova. Então, como proceder caso o problema deixe bem claro que se trata de uma resposta, mas também traga teses de exceção? Elabore a resposta à acusação e, em seu corpo, alegue as teses que deveriam ser abordadas na petição da exceção. É errado, mas é a melhor solução. Caso isso ocorra, penso que, em recurso, seja possível reverter a situação. Mas, como não queremos confusão, faremos dessa forma, tá? Nulidades: as nulidades estão no art. 564 do CPP, e podem ser alegadas em resposta. Ressalto, contudo, que, neste caso, o leitor não pedirá a absolvição, mas a anulação do ato viciado. Desclassificação: o STJ tem aceito que o magistrado altere a classificação do crime no momento do recebimento da denúncia. Portanto, é possível, em resposta, pedir a desclassificação de um crime para outro – por exemplo, de homicídio para lesão corporal.
20/09/2021
Competência: a peça deve ser endereçada ao juiz da causa. Fique atento à competência do júri, pois a fundamentação da peça é diferente – art. 406 do CPP –, e aos crimes que devem ser julgados pela Justiça Federal – veja o art. 109 da CF. 2.4. Prazo: o prazo é de 10 dias, contado da citação do réu, e não da juntada do mandado aos autos. Como se trata de prazo processual, se o último dia cair em um feriado ou final de semana, deve ser prorrogado para o primeiro dia útil seguinte. Ademais, deve ser ignorado o primeiro dia, como em qualquer prazo processual. Exemplo: se citado no dia 20, o prazo deve ser contado a partir do dia 21, tendo por fim o dia 30. A OAB costuma pedir para que o examinando informe, ao final da peça, o último dia de prazo.
20/09/2021
Obrigatoriedade: a ausência de resposta à acusação é causa de nulidade do processo. Prova disso é o art. 396-A, § 2º, que assim determina: “Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.”. Esta hipótese acontece bastante na prática. O réu é citado, não oferece a resposta e o defensor público a oferece em seu lugar. Evidentemente, a atuação do defensor é bastante limitada, pois, em regra, ele não tem contato com o réu para a elaboração de uma boa defesa – a não ser que o réu o procure. Em alguns estados, os mandados de citação têm exigido que o oficial de justiça questione o réu a respeito de testemunhas, para que o defensor possa arrolá-las. Ainda sobre o tema, um interessante julgado do STJ: “Diante da ausência de previsão legal que ampara pedido de defensor público de requisição do acusado preso para entrevista com finalidade de formular a resposta à acusação (Art. 396, Código de Processo Penal - CPP), é correto o indeferimento do pleito pelo magistrado.” (RHC 48873/RJ). 
Citação por edital: caso o réu seja citado por edital, o processo permanecerá suspenso até que ele compareça em juízo ou constitua advogado, não devendo o juiz abrir prazo para o oferecimento de resposta à acusação – veja o art. 366 do CPP
20/09/2021
Julgados selecionados: 
Resposta preliminar: “1. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça consolidou-se no sentido de que, sendo o funcionário público acusado não só da prática de crimes funcionais próprios, mas também de infrações penais comuns, não tem aplicabilidade o procedimento previsto nos artigos 513 a 518 do Código de Processo Penal. 2. Consoante se extrai da decisão que recebeu a denúncia, a ação penal em apreço foi precedida de inquérito policial, circunstância que também afasta a necessidade de apresentação da defesa prevista no artigo 514 do Código de Processo Penal, nos termos do enunciado 330 da Súmula deste Sodalício.” (STJ, HC 255736/PR). Rejeição da inicial em resposta à acusação: “O recebimento da denúncia não impede que, após o oferecimento da resposta do acusado (arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal), o Juízo reconsidere a decisão prolatada e, se for o caso, impeça o prosseguimento da ação penal.” (STJ, HC 294518/TO). Recebimento da inicial: “De acordo com o entendimento jurisprudencial sedimentado nesta Corte de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, o ato judicial que recebe a denúncia, ou seja, aquele a que se faz referência no art. 396 do Código de Processo Penal, por não possuir conteúdo decisório, prescinde da motivação elencada no art. 93, IX, da Constituição da República.” (STJ, RHC 53208/SP). Manifestação do MP: “Conferir ao Ministério Público a oportunidade de manifestar-se acerca da reposta à acusação (art. 396 do Código de Processo Penal, com redação conferida pela Lei n.º 11.719/08) não constitui nulidade processual, por cuidar-se de mera irregularidade.” (STJ, RHC 34842/SP).
20/09/2021
Modelo de resposta à acusação: 
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca... 
Observações: fique atento à competência. Se o processo for de competência do júri, enderece a peça ao “Juiz de Direito da... Vara do Júri”. Se competente a JF (CF, art. 109), enderece a peça ao “Juiz Federal da... Vara Criminal da Justiça Federal da Seção Judiciária...”. Se o problema não disser qual é a comarca, não a invente. Ademais, o uso de “Excelentíssimo”, de “Doutor” e de outras formas de tratamento não são exigidas pela banca. Fica a critério do examinando o estilo de redação a ser adotado
20/09/2021
RÉU, já qualificado nos autos, vem, por seu advogado, oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento no artigo 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelasrazões a seguir expostas: 
Observações: não invente informações a respeito do réu. Se o problema disser que ele se chama “João”, não acrescente um sobrenome ou coisa do tipo. Como ele já foi qualificado na denúncia, não há razão para qualificá-lo novamente. Em relação à nomenclatura, alguns manuais falam em “defesa preliminar”. No entanto, não é o termo adotado pela doutrina em geral e pelo STJ – não se espante caso a FGV anule a peça de quem utilizar termo diverso de “resposta à acusação”. Ademais, fique à vontade para incluir expressões de praxe em peças jurídicas (“muito respeitosamente”, por exemplo). Por fim, o nome da peça está em letra maiúscula, o que também não é obrigatório.
20/09/2021
I. Dos Fatos 
De acordo com a denúncia, no dia 20 de julho de 2015, o denunciado subtraiu 03 (três) linguiças do “Supermercado Araújo”, conduta presenciada pelo gerente, Manoel, e por dois caixas, Francisco e José. 
Logo após consumi-las, o Sr. Réu foi preso em flagrante por policiais militares que passavam em frente ao estabelecimento no momento da conduta. 
Na delegacia, ao ser interrogado, afirmou que a subtração ocorreu porque estava com “muita fome” (fl...), e que “teria morrido” (fl...) caso não comesse imediatamente. 
O Ministério Público, então, ofereceu denúncia em seu desfavor, com fundamento no artigo 155 do Código Penal. 
Observação: não perca tempo com o tópico “dos fatos”, pois não vale ponto. Limite-se a um resumo do enunciado, com menção ao que realmente importar para a peça.
20/09/2021
II. Do Direito 
No entanto, a acusação não merece prosperar, pois falta justa causa, conforme exposição a seguir: 
a) Preliminar Da nulidade do recebimento da petição inicial: como se vê, o acusado praticou o fato amparado por causa de exclusão da ilicitude – estado de necessidade, prevista no artigo 24 do Código Penal -, visto que a subtração se deu como última medida para evitar a morte por inanição. Destarte, a denúncia não poderia ter sido recebida, com fundamento no artigo 395, III, do Código de Processo Penal. 
b) Mérito Além disso, ainda que recebida a petição inicial, deve ser absolvido sumariamente o denunciado. Como já exposto, a conduta foi praticada com amparo em causa de exclusão da ilicitude, sendo imperiosa a absolvição sumária, com fundamento no artigo 397, I, do Código de Processo Penal. Ademais, é inegável que a conduta se deu nos moldes do instituto da insignificância, causa de atipicidade material da conduta, devendo o denunciado ser absolvido nos termos do art. 397, III, do Código de Processo Penal. 
Observações: a FGV não exige a divisão em tópicos (preliminar, mérito etc.). No entanto, acho que a estética da peça fica melhor. Além disso, fica mais fácil para identificar as teses alegadas, tornando mais fácil a vida do examinador – e reduzindo a chance de erro na correção. Ao discorrer sobre as teses, não é preciso transcrever o que diz o dispositivo, bastando mencioná-lo. Por fim, um alerta já feito em outro “post”: alegue tudo o que for de interesse da defesa, ainda que pareça absurdo. Omissões em relação ao gabarito causam perda de pontos, enquanto o excesso não gera qualquer prejuízo.
20/09/2021
III. Do Pedido Diante do exposto, o réu requer a rejeição da petição inicial, com fundamento no art. 395, III, do Código de Processo Penal. Caso, no entanto, Vossa Excelência mantenha o recebimento, requer a absolvição sumária do réu, com fundamento no art. 397, incisos I e III, do Código de Processo Penal, em virtude do estado de necessidade e do princípio da insignificância. Por derradeiro, caso os pedidos não sejam acolhidos, pede a intimação das testemunhas ao final arroladas. 
Observação: o tópico “do pedido” é consequência lógica do tópico anterior, “do direito”. Antes de elaborar a peça, faça um rascunho do que deve ser pedido, para que nada seja esquecido. Os pedidos são pontuados individualmente. Caso um seja esquecido, a respectiva pontuação será descontada. 
20/09/2021
Pede deferimento. 
Comarca..., data... 
Advogado, 
OAB/..., n... 
Observações: o “pede deferimento” é opcional. Ademais, só mencione a comarca se o problema disser onde o processo está tramitando, senão, diga “Comarca...”. Não coloque a sua cidade de prova. Em relação à data, em resposta à acusação, a FGV costuma pedir que a peça seja datada no último dia de prazo. Fique atento! Por fim, não invente número de OAB ou nome para o advogado (ex.: “advogado Fulano”), sob pena de anulação da prova. Rol de Testemunhas: 1. Manoel, endereço... 2. Francisco, endereço... 3. José, endereço... Observação: em resposta, a FGV sempre cobra o rol de testemunhas ao final da peça. Não se esqueça!
20/09/2021
Muito obrigada pela atenção!!
20/09/2021

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