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HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO: 1. Escreva as estruturas componentes da cavidade oral: A cavidade oral inclui os lábios, o revestimento interior dos lábios e bochechas (mucosa oral), os dentes, as gengivas, dois terços anteriores da língua, o assoalho da boca e o céu da boca (palato duro). A área posterior aos dentes do siso, o chamado trígono retromolar, pode ser incluída como parte da cavidade oral, embora seja, muitas vezes, considerada como parte da orofaringe. Mucosa mastigatória: palato e gengiva: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: tecido conjuntivo denso não modelado As outras regiões: epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado: tecido conjuntivo frouxo Mucosa especializada: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: tecido conjuntivo frouxo 2.Descrever histologicamente as regiões do lábio: A mucosa da cavidade bucal é dividida em: mastigatória, de revestimento e especializada. A divisão da mucosa em três grandes grupos está relacionada ao tipo de epitélio que reveste o tecido conjuntivo subjacente. Nas regiões nas quais são maiores os impactos sofridos pela mastigação são maiores, a mucosa deve ser mais firme e resistente e, portanto, recoberta por um epitélio que pode variar entre o paraqueratinizado e o queratinizado. Nas áreas nas quais a demanda mastigatória não é tão grande, o epitélio de revestimento é normalmente bastante fino e composto por células não queratinizadas. LÁBIOS: Localizados anteriormente ao vestíbulo, são duas pregas musculares (músculo orbicular da boca), formadas de músculo estriado esquelético, e revestidas em suas três faces. Externamente, é revestido por pele. Nesta região, o epitélio de revestimento é pavimentoso estratificado queratinizado. No tecido conjuntivo abaixo, encontramos pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. A porção intermediária, conhecida como zona vermelha do lábio, apresenta um epitélio estratificado pavimentoso levemente queratinizado, e cujo tecido conjuntivo adjacente é ricamente capilarizado. Finalmente, a face interna é recoberta pela mucosa bucal. Nesse caso, o epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado, com lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. No tecido conjuntivo, encontramos inúmeras glândulas mucosas, as glândulas labiais. Lábio: 3 regiões: externo: pele: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, pelo, folículo piloso, glândulas área avermelhada: borda vermelha: não tem pêlos, glândulas, epitélio queratinizado, área pregueada. Papilas dérmicas e epidérmicas (evaginações), intensa vascularização. Umedecida pela saliva Júlia Reis Parte interna: mucosa de revestimento: perda da queratina: epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, lâmina própria de conjuntivo frouxo, glândulas labiais (glândulas salivares menores). Presença de musculo estriado esquelético: musculatura orbicular do lábio. 3.Diferenciar histologicamente as mucosas da cavidade oral: A mucosa da cavidade bucal é dividida em: mastigatória, de revestimento e especializada. A divisão da mucosa em três grandes grupos está relacionada ao tipo de epitélio que reveste o tecido conjuntivo subjacente. Nas regiões nas quais são maiores os impactos sofridos pela mastigação são maiores, a mucosa deve ser mais firme e resistente e, portanto, recoberta por um epitélio que pode variar entre o paraqueratinizado e o queratinizado. Nas áreas nas quais a demanda mastigatória não é tão grande, o epitélio de revestimento é normalmente bastante fino e composto por células não queratinizadas. A região lingual distingue-se das demais áreas da cavidade bucal por apresentar uma grande quantidade de botões gustativos. Por esta razão, a região do dorso da língua é classificada como mucosa especializada. • Mucosa mastigatória: estende-se sobre a região do palato duro e gengiva que circunda os dentes inferiores e superiores. O epitélio que reveste o palato duro é do tipo queratinizado e está sobreposto a uma lâmina própria rica em tecido conjuntivo fibroso. Com exceção da região da rafe palatina, na qual a lâmina própria está diretamente inserida sobre o periósteo, existe uma extensa camada de submucosa entre o osso e a lâmina própria. A composição desta submucosa varia de acordo com a região: na porção anterolateral há o predomínio de tecido adiposo, enquanto na região posterolateral há uma grande concentração de glândulas salivares menores. Já a porção da mucosa mastigatória representada pela gengiva apresenta os três tipos de epitélio: não-queratinizado, localizado na região do sulco gengival e col interdental; paraqueratinizado e queratinizado revestindo a gengiva marginal e inserida. • Mucosa de revestimento: composta pela mucosa que reveste internamente os lábios e a bochecha, o ventre da língua, o assoalho da cavidade bucal, o palato mole e parte da porção lingual do processo alveolar mandibular. Tem como característica apresentar uma fina camada de tecido epitelial recobrindo uma lâmina própria bastante vascularizada e menos fibrosa quando comparada à lâmina própria da mucosa mastigatória. Recobre essencialmente tecido muscular e, em função dessa característica, apresenta certa flexibilidade. Na região do palato mole, a submucosa é rica em glândulas salivares menores além de botões gustativos. • Mucosa especializada: localizada sobre o dorso da língua. Protege a musculatura lingual e, nos 2/3 anteriores da língua, as papilas filiformes e fungiformes, que são recobertas por epitélio queratinizado e não queratinizado, respectivamente. Na porção lateral e no 1/3 posterior da língua reveste as papilas folheadas e valadas. As papilas valadas, em torno de 8 a 12, situam -se no “v” lingual e têm papel importante para a percepção do sabor. Ao longo das paredes de cada uma destas papilas, Júlia Reis que podem variar em número, encontra-se uma grande quantidade de botões gustativos. 4.Caracterizar histologicamente a gengiva: A gengiva é a parte da mucosa oral que reveste o osso alveolar É dividida emgengiva livre e gengiva inserida. A gengiva inserida é composta de tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado com papilas de conjuntivo denso. A gengiva livre normalmente é composta por epitélio não queratinizado. Está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e ao colo dos dentes. 5/6.Diferenciar histologicamente as regiões da língua: -A língua situa-se na cavidade bucal e parte na orofaringe; é um órgão muscular, formado de fibras estriadas esqueléticas e que tem função na condução do alimento durante a mastigação e para a faringe na deglutição. Também possui função na fonação, gustação. -Dorso da língua: região voltada para o palato: é dividido em 2: corpo e base da língua. Corpo: ⅔ anteriores do dorso da língua; possui projeções da mucosa chamadas papilas linguais Tipos de papilas linguais: -Filiforme: tecido conjuntivo denso coberto por epitélio pavimentoso queratinizado; recobrem praticamente todo o dorso da língua. Essas papilas possuem função de proteção da língua e também ajudam na mastigação, fala e limpeza da boca. -Fungiforme: mais numerosas nos lados e no ápice da língua. Tecido conjuntivo denso recoberto por epitélio estratificado não queratinizado. Elas nos permitem distinguir sabor doce, salgado, amargo, azedo e umami. -Circunvaladas: maiores papilas. São afundadas na mucosa e saem sobre a superfície da língua; interior de tecido conjuntivo, revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Possui muitos corpúsculos gustativos. São papilas gustativas especiais. Identificam gostos ruins ou amargos e contribuem para o reflexo de náuseas. Base: terço posterior do dorso da língua. Apresenta superfície irregular devido às tonsilas. Na região das tonsilas o revestimento é de epitélio estratificado não queratinizado. -Ventre da língua: é a face inferior. É lisa e revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 7.Descrever a musculatura da língua: A língua é um órgão muscular formado de fibras estriadas esqueléticas. Entre os feixes de músculos intrínsecos da língua (aqueles que possuem origem e inserção no órgão), encontramos tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e linfáticos, gânglios nervosos, Júlia Reis nervos, tecido adiposo e tecido linfóide. Os músculos intrínsecos estão dispostos em 3 planos (longitudinal, transversal e vertical) que se cruzam em ângulos retos. Além desses músculos existem também músculos estriados esqueléticos que se estendem da língua para a mandíbula, processo estilóide do crânio e palato mole, chamados de músculos extrínsecos, e que são responsáveis por mudar a posição do órgão. Língua: O terço posterior veio do endoderma da faringe primitiva e ⅔ anteriores do ectoderma da superfície. Papilas linguais nos ⅔ anteriores da língua Tecido muscular estriado esquelético No terço posterior presença de tonsilas. A superfície dorsal: mucosa mastigatória e a superfície ventral é mucosa de revestimento. 8.Caracterizar histologicamente para os dentes: A raça humana apresenta duas dentições: a decídua com 20 dentes e a permanente, com 32 dentes. Ambas se dividem em 2 grupos: anteriores e posteriores. A região do dente que, em condições saudáveis, se projeta acima da gengiva é chamada de coroa. A parte situada em pequenas cavidades da maxila ou da mandíbula é chamada de raiz. Na região central existe a cavidade pulpar, preenchida pela polpa dentária. As partes do dente são formadas por esmalte, dentina e cemento. -Esmalte: em comparação com os ossos do corpo, é a parte que apresenta maior concentração mineral; é constituído de quase exclusivamente fosfato de cálcio sob forma de cristais de hidroxiapatita; apresenta apenas de 2 a 4% de matéria orgânica, água e proteínas; não contém colágeno; não possui inervação e vascularização. A hidroxiapatita está em forma de bastonetes ou prismas, devido a função de fracionar e esmagar alimentos. Devido a perda de suas células formadoras (ameloblastos), é impossível sua regeneração ou seu reparo. -Dentina: forra internamente o esmalte; é composta por células chamadas odontoblastos; é responsável pela secreção da matriz orgânica, formada por fibras colágenas tipo I e pequena quantidade de substância fundamental. É formada, principalmente, de hidroxiapatita, mas numa concentração menor que o esmalte, mas ainda maior que o tecido ósseo. Na dentina encontra-se inúmeros canalículos (túbulos da dentina). -Polpa: ocupa a cavidade pulpar; constituída por tecido conjuntivo mucoso em jovens e por tecido conjuntivo frouxo em adultos; rica em fibras colágenas orientadas em todas as direções. Os fibroblastos são predominantes como tipo celular, mas também há macrófagos, linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, células-tronco pulpares (capazes de se diferenciarem em diversos tecidos quando Júlia Reis estimuladas). A polpa é rica em vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. -Cemento: é o local onde o ligamento periodontal se conecta ao dente. Possuem células chamadas cementócitos, responsáveis pela síntese da matriz orgânica; sua matriz orgânica é formada por colágeno e substância fundamental amorfa e, aproximadamente, 50% de hidroxiapatita. Possui função de ancoragem do dente por meio do ligamento periodontal e serve como camada protetora ao processo patológico de absorção dentária. -Ligamento periodontal: é um tecido conjuntivo fibroso, constituído, principalmente, de espessas fibras colágenas que circundam a raiz do dente e liga o dente, por meio do cemento, ao tecido ósseo. Encontra-se vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Função básica de ligar o dente ao cemento e participa da remodelação óssea que se ajusta aos movimentos da mastigação. Participa, também, da nutrição das estruturas subjacentes e tem funções de propriocepção. -Osso alveolar: O osso alveolar (OA), camada de tecido ósseo que reveste o alvéolo dentário, em associação ao cemento e ao ligamento periodontal, constitui o periodonto desustentação. O OA difere dos demais ossos por ter origem ectomesenquimal, sofrer intensa remodelação durante o processo eruptivo e estar sob a ação constante de forças mastigatórias O osso alveolar pode ser considerado um tecido conjuntivo especializado mineralizado, composto basicamente por 33% de matriz orgânica e 67% de cristais de hidroxiapatita. Além de manter a estrutura dentária no arco, o osso alveolar também tem função de proteção, locomoção e reservatório. Dentes: Esmalte: na região da coroa a dentina é protegida pelo esmalte. O esmalte é o tecido mais duro do corpo, produzido por células ameloblastos (sobrevivem até a erupção do dente, ou seja, não é um tecido renovável). Dentina: na coroa e na raiz. 2 tecido mais duro do corpo. É produzida pelas células odontoblastos (prolongamentos: túbulos dentinários: sensibilidade do dente). A dentina é renovável pois suas células permanecem. Na raiz quem protege a dentina é o cemento Polpa: vasos sanguíneos, nervos, tecido de preenchimento: tec conjuntivo frouxo, espaço maior (câmara pulpar) e na raiz (canal radicular: entrada de vasos e nervos). Cemento: protege a dentina na raiz. Mesma consistência do osso (50% de cristais de hidroxiapatita). É produzido por cementoblastos (cemento) e odontoclasto (reabsorção do cemento. Ligamento periodontal: tecido de ligamento: tec conjuntivo denso modelado. Liga o dente no osso (osso alveolar). Júlia Reis Palato: Lado mais espesso: mucosa mastigatória: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, glândulas palatinas Musculatura estriada esquelética Extremidade da úvula Lado mais liso: mucosa nasal: musculatura estriada esquelética, glândulas palatinas, nódulo linfático, epitélio respiratório (epitélio colunar simples ciliado com células caliciformes) Glândulas salivares: Ácino: produz a secreção: mucoso (secreção grossa) ou seroso Ducto intercalar (ducto intralobular) Ducto estriado (ducto intralobular) Ducto excretor Glândula Parótida 100% serosa: ácinos serosos. Tecido conjuntivo interlobular; 30% da produção da saliva; grande quantidade de amilase salivar; presença de IgA secretora. Glândula submandibular (seromucosa): Predominância de ácinos serosos; porções secretoras tubulosas mucosas (ácinos mucosos- coloração pálida); ductos intralobulares estriados. Glândula sublingual: maior parte de secreção mucosa e poucas serosas. Produção de lisozimas (combate a bactérias) Canal alimentar: Após a cavidade oral o canal alimentar se divide em quatro órgãos principais: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Cada um desses órgãos é formado por 4 camadas: 1 mucosa, 2 submucosa, 3 túnica muscular, 4 adventícia ou serosa. -Mucosa: possui 3 componentes: *epitélio de revestimento *lâmina própria subjacente (tecido conjuntivo frouxo vascularizado e uma camada de músculo liso) *camada muscular da mucosa -Submucosa: tecido conjuntivo denso não modelado, possui vasos linfáticos, vasos sanguíneos e nervos que se ramificam na mucosa e na túnica muscular. Existem glândulas na submucosa do esôfago e do duodeno -Túnica muscular: contém duas camadas de músculo liso *camada muscular circular interna: ao redor do lúmen do túnel. A contração da musculatura circular interna diminui o lúmen *camada longitudinal externa: ao longo do tubo. A contração da musculatura longitudinal externa encurta o tubo. Existem fibras musculares esqueléticas na porção superior do esôfago e no esfíncter anal. -Camada adventícia: formada por várias camadas contínuas de tecidos conjuntivos adjacentes. Júlia Reis Esôfago O esôfago é um órgão tubular que liga a faringe ao estômago. Sua função é transportar alimento da boca ao estômago. -Mucosa: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. A mucosa e a submucosa do esôfago não distendido formam pregas longitudinais que dão aspecto irregular na luz. Conforme o bolo alimentar se move para baixo do esôfago, as pregas desaparecem temporariamente, e em seguida, são restauradas devido às fibras elásticas da submucosa. -Submucosa: Tecido conjuntivo denso não modelado Glândulas secretoras de muco: localizadas na submucosa, são glândulas que secretam muco que facilita o transporte de alimentos e protege a mucosa. Glândulas esofágicas: possuem função de secretar muco e se localizam na submucosa do esôfago próximo ao estômago. -Túnica muscular: camada circular interna e camada longitudinal externa Terço superior do esôfago: músculo estriado esquelético as duas camadas Terço inferior: ambas as camadas possuem células musculares lisas Apenas a parte do esôfago que está na cavidade peritoneal (se localiza dentro da cavidade abdominal, seu limite inferior é a cavidade pélvica) é recoberta por uma membrana serosa. O restante é recoberto por uma camada de tecido conjuntivo, a adventícia, que se mistura com o tecido conjuntivo circundante. Antes do diafragma: tecido conjuntivo frouxo Depois do diafragma: tecido conjuntivo frouxo coberto pelo epitélio pavimentoso simples Em locais onde não há cobertura de epitélio é mais fácil a ocorrência de metástase. Esofagite: à medida que o suco gástrico vai entrando em contato com o epitélio do esôfago, o epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado troca (metaplasia) por epitélio com células (???) Júlia Reis Estômago: O estômago é um órgão que exerce funções exócrinas e endócrinas, digerindo o alimento e secretando hormônios. Trata-se de um segmento dilatado do trato digestório, cuja principal função é transformar o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo). Possui 4 divisões (cárdia, fundo, corpo e piloro) e 3 divisões histológicas (cárdia, corpo e fundo, antro pilórico) -Mucosa: Epitélio cilíndrico simples com células secretoras de muco Sofre invaginações em direção à lâmina própria, formando-se fossetas gástricas. No fundo dessasfossetas, na lâmina própria, se abrem glândulas. A lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo com fibras colágenas e reticulares. Separando a mucosa da submucosa existe uma camada de músculo liso (muscular da mucosa) -Região cárdia: É a transição entre o esôfago e o estômago Glândulas da cárdia: glândulas tubulares enoveladas que se abrem nas fossetas gástricas. Suas células secretoras produzem muco e lisozimas. -Fundo e corpo: Glândulas fúndicas: glândulas tubulares ramificadas. Se localizam na lâmina própria do fundo e do corpo. As glândulas possuem 3 regiões: *istmo: possui células mucosas em diferenciação que substituirão as células da fosseta e as superficiais, células tronco indiferenciadas e células oxínticas (parietais) *colo: contêm células mucosas do colo, células-tronco mitoticamente ativas e células parietais *base: representa a maior parte da glândula, contém principalmente células parietais e zimogênicas. As células mucosas superficiais revestem a superfície da mucosa gástrica e das fossetas gástricas. Júlia Reis As glândulas fúndicas possui 5 tipos celulares: *células-tronco: em pequena quantidade na base do istmo e colo. Possuem elevada taxa de mitose. Algumas delas movem-se para a superfície para repor as células mucosas superficiais e da fosseta. Outras migram mais profundamente nas glândulas e se diferenciam em células mucosas do colo ou parietais, zimogênicas ou enteroendócrinas. *células mucosas do colo: são encontradas entre células parietais no colo das glândulas gástricas. Sua secreção mucosa é diferente do muco das células epiteliais mucosas da superfície. *células oxínticas (parietais): presentes, principalmente, na metade superior das glândulas gástricas e no colo. Elas secretam ácido clorídrico e o fator intrínseco (glicoproteína que se liga à vit B12 para facilitar a sua absorção no intestino delgado). *células zimogênicas ou principais: são mais abundantes na região inferior da glândula fúndica. Secretam a enzima inativa pepsinogênio que é convertida em pepsina após secretada no estômago ácido. Também produzem a enzima lipase. *células enteroendócrinas: presentes na mucosa desde o estômago até o cólon. Sintetizam hormônios peptídicos que regulam diversas funções no sistema digestório e nas glândulas associadas. São considerados 6 hormônios peptídicos gastrointestinais principais: secretina, gastrina, colecistoquinina (CCK), peptídeo insulinotrópico dependente de glicose, motilina e grelina. Estímulo: Inibição: Júlia Reis Proteção do estômago: Fatores prejudiciais: H+ e pepsina; H. pylori; AINEs; estresse; tabagismo; álcool -Piloro: Fossetas gástricas profundas com abertura das glândulas pilóricas. As glândulas pilóricas secretam muco e lisozimas. Essa região apresenta muitas células enteroendócrinas secretoras de gastrina. No piloro a camada muscular média (circular) encontra-se muito mais espessa para formar o esfíncter pilórico -Submucosa: Tecido conjuntivo denso não modelado Contém vasos sanguíneos e linfáticos. -Camada muscular: Composta por fibras musculares lisas dispostas em 3 direções: *camada externa longitudinal *camada média circular *camada interna oblíqua Intestino delgado: Os processos da digestão são completados no intestino delgado, onde os nutrientes são absorvidos pelas células epiteliais de revestimento. O intestino delgado tem aproximadamente 5 m e possui 3 segmentos: duodeno, jejuno e íleo. A parede desse órgão possui 4 túnicas: mucosa, submucosa, túnica muscular e a serosa ou peritônio. As diferenças histológicas são observadas nas túnicas mucosa e submucosa das 3 partes do intestino delgado. As túnicas muscular e serosa são semelhantes em todas as porções do intestino. -Mucosa: A mucosa do intestino delgado apresenta diversas estruturas que aumentam a sua superfície, aumentando assim a área disponível para a absorção de nutrientes. Epitélio colunar simples com células caliciformes e vilosidades. São 4: *pregas circulares: é uma prega permanente formada pela mucosa e submucosa, envolvendo o lúmen do intestino. São mais desenvolvidas no intestino *vilos: são projeções digitiformes da mucosa, cobrindo totalmente a superfície do intestino Júlia Reis ->O estômago, em toda sua extensão. é revestido por uma membrana serosa delgada ->As contrações da túnica muscular estão sob controle dos gânglios do plexo nervoso autônomo (Plexo mioentérico de Auerbach), localizados entre as camadas de músculos. delgado. O epitélio que reveste os vilos se afunda na mucosa, formando criptas (criptas de Lieberkhun) que terminam na camada muscular da mucosa. *vilos e glândulas intestinais: a mucosa intestinal é revestida por um epitélio simples cilíndrico contendo 4 tipos celulares principais: ->células absortivas ou enterócitos: absorção de moléculas nutrientes produzidas durante a digestão ->células caliciformes: são menos abundantes no duodeno e aumentam no íleo. Essas células produzem glicoproteínas ácidas do tipo mucina, que vão constituir o muco, cuja função principal é proteger e lubrificar o revestimento do intestino. ->células de Paneth: estão localizadas na porção basal das glândulas intestinais, são células exócrinas com grandes grânulos de secreção contendo lisozimas e defensina que desempenham papel no controle da flora intestinal. ->células M: são células epiteliais que recobrem os folículos das Placas de Peyer, localizadas no íleo. Essas células participam da resposta imunológica, captando antígenos por endocitose e transportando-os para os macrófagos e nódulos linfáticos. ->células enteroendócrinas: secretam hormônios peptídicos (colecistocinina, secretina) que controlam várias funções do sistema gastrointestinal. -Lâmina própria: Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares. Júlia Reis ->A camada muscularda mucosa é o limite entre a mucosa e a submucosa ->A túnica muscular da mucosa é formada por uma camada de tecido muscular liso circular interna e por uma camada de músculo liso longitudinal externo. ->A túnica muscular é responsável pela segmentação e pelos movimentos peristálticos. ->A serosa, uma fina camada de tecido conjuntivo recoberta por um epitélio pavimentoso simples ou mesotélio, forma o peritônio visceral. ->O peritônio parietal recobre a superfície interna da parede abdominal. -Submucosa: tecido conjuntivo fibroelástico Glândulas duodenais ou de Brunner: Na porção inicial do duodeno contém grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas que se abrem nas glândulas intestinais. Secretam muco alcalino que protege a mucosa duodenal contra os efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o pH do quimo, aproximando-o do pH ótimo para a ação das enzimas pancreáticas. -Camada muscular: É bem desenvolvida nos intestinos e composta por uma camada circular interna e outra camada longitudinal externa. A camada que fica entre as duas camadas musculares chamam Plexo de Meissener (controla o peristaltismo) Ao longo do intestino, aumenta célula caliciforme, diminui vilosidade, diminui células de Paneth Intestino Grosso: O intestino grosso é formado pelo ceco e apêndice associado, pelo cólon ascendente, transverso e descendente, cólon sigmóide, pelo reto e pelo ânus. Júlia Reis ->A lâmina própria e a submucosa do intestino delgado contém agregados de nódulos linfóides conhecidos como placas de Peyer. DIFERENÇAS ENTRE DUODENO, JEJUNO E ÍLEO: ->DUODENO: Possui glândula de Brunner na mucosa; os vilos são largos e curtos (em formato de folha); o duodeno é envolto por uma serosa incompleta e por uma extensa adventícia; o duodeno recebe a bile e as secreções do pâncreas transportadas pelo ducto biliar comum (ducto colédoco) e pelo ducto pancreático; o esfínter de Oddi está presente na porção ampular terminal dos dois ductos convergentes; a base das cristas de Lieberkuhn pode conter células de Paneth ->JEJUNO: Possui longos vilos digitiformes e um vaso quilífero bem desenvolvido no eixo do vilo; não contém células de Brunner na mucosa. ->ÍLEO: possui uma proeminente característica para o seu diagnóstico: as placas de Peyer, conjuntos de grandes folículos linfóides encontrados na mucosa e submucosa. A ausência de glândulas de Brunner na submucosa e a presença de vilos digitiformes mais curtos- quando comparados com os vilos do jejuno- são características adicionais do íleo. Assim como no jejuno, as células de Paneth são encontradas na base das criptas de Lieberkuhn. O apêndice possui função imunológica, mas está atrofiado na espécie humana. Sua principal função é a absorção de água e a formação da massa fecal. A absorção de água é passiva. As pregas circulares e as vilosidades não são observadas após a válvula ileocecal. A mucosa do intestino grosso é revestida por um epitélio cilíndrico simples formado por enterócitos e muitas células caliciformes, produtoras de muco. Uma das principais funções dos enterócitos no intestino grosso é o transporte de água e íons. Os produtos secretados pelas células caliciformes lubrificam a superfície da mucosa. Abaixo do epitélio de revestimento (epitélio colunar simples com células caliciformes) observa-se uma lâmina própria constituída de tecido conjuntivo frouxo - nessa região estão presentes glândulas tubulares simples denominadas glândulas intestinais ou criptas de Lieberkunh. Elas contém células enteroendócrinas e células-tronco A lâmina própria é rica em células linfóides e em nódulos que se estendem até a submucosa. A riqueza em células linfóides está relacionada à população bacteriana abundante no intestino grosso. A camada muscular é constituída pelas camadas circular e longitudinal. No entanto, esta camada é diferente daquela observada no intestino delgado, pois as fibras da camada longitudinal externa se unem para formar 3 bandas longitudinais denominadas tênias do colo. A contração da tênias do colo e da camada de músculo liso circular interna produz saculações periódicas denominadas haustrações. Nas porções livres do colo, a camada serosa é caracterizada por protuberâncias pequenas pedunculadas formadas por tecido adiposo, os apêndices epiplóicos. -Não possui vilosidades, tem muitas criptas de Lierberkuhn, sem células de Paneth -Aumenta o número de células caliciformes do ceco para o cólon sigmóide, células absortivas são mais numerosas -Células DNES estão presentes, tem intensa atividade de células regeneradoras que substituem o revestimento a cada 6 a 7 dias . -A lâmina própria, muscular da mucosa, submucosa, assemelham-se ao intestino delgado -A musculatura externa é diferente, a camada longitudinal externa não é contínua por toda a superfície, mas está agrupada em 3 fitas estreitas de feixe musculares denominadas tênias do cólon. Júlia Reis Na região anal, a membrana mucosa forma uma série de dobras longitudinais, as colunas retais (de Morgagni). Cerca de 2 cm acima da abertura anal a mucosa intestinal é substituída por epitélio pavimentoso estratificado, e a camada circular interna de músculo liso se espessa para formar o esfíncter anal interno. Além desta região, a pele do ânus é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e a derme contém glândulas sudoríparas e sebáceas (glândulas circunanais) O esfíncter anal externo, formado por músculo esquelético está presente. O apêndice é uma evaginação do ceco; é caracterizado por um lúmen relativamente irregular, pequeno e estreito devido à presença de nódulos linfóides abundantes em sua parede. Embora sua estrutura geral seja similar à do intestino grosso, ele contém glândulas intestinais menores e menos numerosas e não possui tênias do colo. Reto e canal anal:Histologicamente o reto se assemelha ao cólon, mais criptas de Lieberkuhn são mais profundas e menos numerosas Canal anal: continuação mais estreira do reto, de 3 a 4 cm -Criptas de Lieberkuhn curtas e escassas e estão ausentes na metade distal . . . Júlia Reis REGENERAÇÃO CELULAR NO TRATO GASTROINTESTINAL: As células epiteliais de todo o trato gastrointestinal são constantemente descamadas e repostas por novas células formadas por meio de divisão das células-tronco. Células-tronco estão localizadas na camada basal do epitélio esofágico, istmo e colo das glândulas gástricas, porção inferior das glândulas do intestino delgado e intestino grosso. A partir desta zona proliferativa em cada órgão, as células se movem para a zona de diferenciação, onde sofrem maturação estrutural e enzimática, promovendo uma população celular funcional para cada região. No intestino delgado as células morrem por apoptose no topo das vilosidades, onde são descamadas. Júlia Reis
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