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SINAIS VITAIS Prof. Dr. Plínio da Cunha Leal “São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença“ Mozachi , Souza , 2007 DEFINIÇÃO Sinais vitais: Os sinais vitais dão informações importantes sobre funções básicas do corpo: PULSO RESPIRAÇÃO TEMPERATURA PRESSÃO ARTERIAL DOR PULSO CAROTÍDEO PULSO BRAQUIAL PULSO RADIAL PULSO FEMURAL PULSO POPLÍTEO PULSO PEDIOSO NUNCA COM O POLEGAR “O examinador poderá sentir seu próprio pulso digital” PULSO Frequência Ritmo Amplitude ou magnitude Estado da parede arterial Tensão ou dureza Tipos de onda Comparação com a artéria homóloga FREQUÊNCIA Contar sempre o número de pulsações durante um minuto. Normal 60 a 100 bpm TAQUICARDIA: Aumento da frequência do pulso acima de 100 batimentos por minuto. BRADICARDIA: Diminuição da frequência de pulso, abaixo de 60 bpm. VALORES NORMAIS RN 120 a 160 batimentos por minuto (bpm) Lactente 100 a 120 bpm Adolescente 80 a 100 bpm Mulher 65 a 80 bpm Homem 60 a 70 bpm RITMO É dado pela sequência das pulsações. Quando ocorre uma contração ineficiente do coração, que falha em transmitir a onda de pulso para o local periférico, cria um déficit de pulso. Se elas ocorrerem a intervalos iguais: REGULAR; Se os intervalos são variáveis, ora mais longos, ora mais curtos: IRREGULAR; AMPLITUDE É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está relacionada com o enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. Intensidade com que o sangue bate nas paredes das artéria. Classificação: Pulso amplo/magnus; Mediano; Pequeno ou parvus. PULSO ESTADO DA PAREDE MANOBRA DE OSLER TENSÃO OU DUREZA TENSÃO OU DUREZA – MOLE, MÉDIO OU DURO PULSO TIPOS DE ONDAS NORMAL MARTELO D’ÁGUA – Aparece e desaparece com rapidez. Ex.: Insuficiência aórtica, fístula arteriovenosas ANACRÓTICO – Pequena onda inscrita no ramo ascendente da onda de pulso. Ex.: Estenose aórtica DICRÓTICO – Dupla onda em cada pulso (uma mais intensa e outra de menor intensidade). Ex.: Febre Tifoide PULSO TIPOS DE ONDAS BISFERIENS– Dupla onda em cada pulso (no ápice da onda). Ex.: Estenose e Insuficiência aórtica ALTERNANTE – Uma onda ampla e uma mais fraca. Ex.: Insuficiência cardíaca FILIFORME– Pequena amplitude e mole. Ex.: Choque PARADOXAL – Diminuição durante inspiração forçada. Ex.: Derrame pericárdico É a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. Determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL ANTES DE AFERIR A PRESSÃO Deixar em repouso por 5 minutos; Certificar que: não está com a bexiga cheia, praticou exercícios físicos, ingeriu bebida alcoólica ou café, fumou; Posicionar; Manguito adequado. PRESSÃO ARTERIAL SONS DE KOROTKOFF FASE I – Aparecimento dos sons (pancada). FASE II – Batimentos com murmúrio. FASE III – Murmúrio desaparece. FASE IV – Abafamento dos sons. FASE V – Desaparecimento dos sons. HIATO AUSCUTATÓRIO = SEMPRE REALIZAR MÉTODO PALPATÓRIO ANTES PRESSÃO ARTERIAL Quando o coração se contrai para bombear o sangue para o resto do corpo é chamada de PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ou MÁXIMA. A pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento ou “Período de Repouso” é chamada PRESSÃO DIASTÓLICA ou MÍNIMA. LEITURA: 120/80mmHg (milímetros de mercúrio) – Lê-se: cento e vinte por oitenta. Valor ótimo de pressão arterial: 120 x 80 mmHg (12 por 8); Valor normal de pressão arterial: < 140 x 90 mmHg; Valor ideal de pressão arterial para pessoas com risco de diabetes e doença renal: < 130 x 80 mmHg Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Estágio 1 140-159 90-99 Estágio 2 160-179 100-109 Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Sistólica Isolada ≥ 140 < 90 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Ocorrem trocas gasosas entre o organismo e o meio => captação de oxigênio. Troca alveolo-arterial; Respiração celular; Eliminação de gás carbônico. VENTILAÇÃO Avaliação da Respiração Frequência – movimentos respiratórios por minuto; Caráter – superficial e profundo; Ritmo – regular ou irregular. Comprometimento Respiratório Dispnéia; Cianose; Inquietação; Sons respiratórios anomais. Valores de Referência BEBÊ : 30 – 60 movimentos respiratórios por minuto, (mrpm/irpm). CRIANÇA : 20 – 30 movimentos respiratórios por minuto. ADULTO : 16 – 20 movimentos respiratórios por minuto. Terminologia APNÉIA – parada respiratória. BRADIPNÉIA – respiração lenta. TAQUIPNÉIA – respiração rápida. DISPNÉIA – respiração difícil, que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios. ORTOPNÉIA: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. EUPNEICO – FR normal. RITMO Cheyne-Stokes: uma fase de apnéia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. Causas mais frequentes: insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana, AVE e os traumatismos cranioencefálicos (TCE). Biot: respiração em duas fases: Períodos de apneia seguidos de movimentos inspiratórios superficiais e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. Indica grave comprometimento cerebral. As causas mais frequentes deste ritmo são as mesmas da respiração de Cheyne-Stokes. RITMO Kussmaul: inspirações ruidosas, apnéia em inspiração, expiração ruidosas e apnéia em expiração. Causas: acidose diabética. RITMO A respiração AGONAL (GASPING),pode ser observada com grande frequência nos minutos iniciais da PCR. A respiração agonal, distingui-se da respiração normal por não ter ritmo ou expansão adequados. RITMO FEBRE É um “estado de temperatura central elevada, muitas vezes associada a respostas de defesa do hospedeiro a microrganismos ou a outra matéria reconhecida como patogênica ou estranha”. International Union of Physiological Sciences Thermal Commission, 1987 42 FEBRE Temperatura acima da faixa de normalidade Temperatura no interior do corpo = pequenas variações 0,6°C Temperatura no exterior do corpo = Grandes variações 43 TEMPERATURA NORMAL Depende Local Bucal Retal Axilar 35,5 - 37°C 36 – 37,4°C 36 – 37,5°C 44 DEFINIÇÃO Não existe acordo sobre os limites da temperatura variações individuais - Variações fisiológicas (Ritmo circadiano) - Temperatura ambiental - Ciclo menstrual (+ até 0,6ºC na 2º metade do ciclo) - Digestão dos alimentos - Gravidez (principalmente no 1º trimestre) - Exercícios físicos - Estresse emocional - Desidratação 45 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL Equilíbrio entre a produção de calor (músculos e fígado) e a eliminação de calor (pele e pulmões) HOMEOTÉRMICO 46 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL Perda de calor Irradiação Condução Convecção Evaporação 60% 3% 15% 22% 47 IMPORTÂNCIA 50% das consultas ambulatoriais 20% das consultas de urgência 10% dos pacientes hospitalizados 49 BENEFÍCIOS Neurossífilis Infecções gonocócicas Brucelose Artrite reumatóide Uveíte 50 MALEFÍCIOS Aumento do metabolismo Perda de Peso Aumento do trabalho cardíaco Sudorese Desidratação Aumento do trabalho respiratório Aumento do consumo de oxigênio 51 SÍNDROME FEBRIL Astenia Inapetência Cefaléia Oligúria Sudorese Taquicardia Taquipneia Náuseas Vômitos Convulsões 52 SEMIOLOGIA Início Intensidade Duração Modo de evolução Término 53 INÍCIO Súbito Gradual X 54 INTENSIDADE Febre leve: até 37,5°C Febre moderada: 37,5 – 38,5°C Febre alta: > 38,5°C 55 DURAÇÃO PROLONGADA > 10 dias Tuberculose Septicemia Malária Colagenoses Linfomas Endocardite Febre tifóide Pielonefrite 56 TÉRMINO CRISE LISE X 58 CAUSAS Febre por aumento da produção de calor (hipertiroidismo) Bloqueio da perda de calor (ausência de glândulas sudoríparas e doenças de pele) Lesões dos tecidos(infecciosas, mecânicas, neoplasias, doenças imunoproliferativas, vasculares,....) 59 CAUSAS Doenças do Sistema Nervoso Central (AVC, Hipertermia Neurogênica e Lesão Medular) Anemias Hemolíticas Doenças Infecciosas Febre Farmacogênica 60 FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA Definida por 3 critérios: Temperaturas superiores a 38,3ºC (oral) ou 37,8ºC (axilar) observadas em várias ocasiões 2) Duração mínima de 3 semanas 3) Ausência de diagnóstico etiológico após uma semana de investigação hospitalar No conceito clássico de Petersdorf e Beeson (1961) 61 FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA Causas Mudanças profundas na prática médica (com maior ênfase e rapidez na investigação ambulatorial) Mudanças no perfil nosológico da população - Expansão de pacientes imunossuprimidos - Infectados pelo HIV - Submetidos a quimioterapia - Submetidos terapia intensiva No novo conceito de DURACK (1991) 62 A causas de febre de origem indeterminada estão distribuídas em praticamente todos os sistemas orgânicos. TRATAMENTO TRATAR A CAUSA! SINTOMÁTICOS 64 Medicações Observações Dipirona: IM/IV – 1 a 2,5g/dose até 4 x/dia dose máxima preconizada: 3g/dia (apresentação 500mg/ml) VO – 500 a 1000mg/dose até 4 x/dia apresentação gotas: 500mg/ml = 20 gotas ou comprimidos de 500mg Paracetamol: VO – de 500 a 1000mg/dose até 4 x/dia Hepatotoxicidade em doses elevadas > 4g/dia Ácido acetil-salicílico (AAS) : VO – 325 a 650mg/dose até de 4/4horas Cetoprofeno 150mg,IV, 8/8h Contra-indicado em casos de suspeita de dengue e história de hipersensibilidade; Cautela em pacientes com história de sangramento por úlcera péptica, outros sangramentos e trombocitopenia. Cautela em usar em pacientes com a função renal alterada e coronarianos Meios físicos Observações Métodos Físicos Externos Evaporação: ventiladores, retirar roupas, manter corpo úmido Método de escolha – fácil, leva em conta aspectos fisiológicos Troca: bolsas de gelo no pescoço, virilhas e axilas, imersão em água, cobertor térmico Podem causar vasoconstrição piorando troca, bolsas podem ser incômodas no paciente consciente, imersão dificulta monitorização Métodos Físicos Internos Fluídos resfriados IV, por lavagem gástrica ou lavagem peritoneal Hemodiálise, Circulação Extra- corpórea (Em casos especiais e selecionados) Cuidado: intoxicação por excesso de água livre, lavagem peritoneal não deve ser realizada em gestantes ou pacientes com antecedente de cirurgia abdominal DOR Uma experiência sensorial (sensitiva) e emocional, desagradável, associada ou descrita em termos de lesão tecidual. IASP 67 Por quê o paciente procura o médico? Teixeira MJ. São Paulo: Grupo Ed. Moreira Franco; 2001. 68 DOR Cardiovascular Gastrointestinal Pulmonar Renal Endócrino Buvanendran et al. Anesth Analg 2009; 110:199-207. 69 Avaliação 70 ESCALAS DOR 0 10 71 Intensidade Comparação Extensão Irradiação Fenômenos que melhoram Fenômenos que pioram Fenômenos que acompanham Horário e duração DOR OBRIGADO! Patogenia da Febre circulação IL – interleucina; TNF – factor de necrose tumoral; IFN – interferão; LIF – factor inibitório da leucemia; CNTF – factor ciliar neurotrópico; OncM – oncostatina M febre resposta periférica (conservação/produção de calor) aumento do ponto de regulação centro termorregulador hipotalâmico prostaglandina E2 infecção, toxina, ferida inflamação resposta imune monócitos, neutrófilos, linfócitos, endotélio, células gliais, mesângio, células mesenquinatosas citocinas pirogénicas IL-1, TNF, IFN, IL-6, IL-11, LIF, CNTF, OncM antipiréticos centrais antipiréticos sistémicos células endoteliais hipotalâmicas Mackowiak PA, 2000 Patogenia da Febre circulação IL –interleucina; TNF –factor de necrose tumoral; IFN –interferão; LIF –factor inibitório da leucemia; CNTF –factor ciliar neurotrópico; OncM –oncostatina M febre resposta periférica (conservação/produção de calor) aumento do ponto de regulação centro termorregulador hipotalâmico prostaglandina E 2 infecção, toxina, ferida inflamação resposta imune monócitos, neutrófilos, linfócitos, endotélio, células gliais, mesângio, células mesenquinatosas citocinas pirogénicas IL-1, TNF, IFN, IL-6, IL-11, LIF, CNTF, OncM antipiréticos centrais antipiréticos sistémicos células endoteliais hipotalâmicas Mackowiak PA, 2000 Perfis das Curvas Térmicas na Síndroma Febril Perfis das Curvas Térmicas naSíndroma Febril
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