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AVALIAÇÃO-POSTURAL-REVISADA

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2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 ANATOMIA ESQUELÉTICA ....................................................................... 5 
2.1 Crânio ................................................................................................... 5 
2.2 Membro superior .................................................................................. 6 
2.3 Membro Inferior .................................................................................... 7 
2.4 Coluna vertebral e Tórax ...................................................................... 8 
3 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................... 9 
3.1 Membro superior ................................................................................ 10 
3.2 Membro inferior .................................................................................. 11 
3.3 Dorso .................................................................................................. 12 
4 POSTURA ................................................................................................. 14 
4.1 Estabilidade corporal .......................................................................... 15 
5 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL ........................................................ 16 
5.1 Componentes da Anamnese .............................................................. 16 
6 AVALIAÇÃO POSTURAL ......................................................................... 18 
6.1 Tipos de avaliação postural ................................................................ 19 
6.2 Avaliação estática .............................................................................. 21 
6.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular .............................................. 22 
6.4 Prova de Função Muscular ................................................................. 22 
6.5 Trofismo Muscular .............................................................................. 29 
6.6 Tônus Muscular .................................................................................. 29 
6.7 Problemas posturais ........................................................................... 31 
7 AVALIAÇÃO ÓSTEOMIOARTICULAR SEGUMENTARErro! Indicador 
não definido. 
 
3 
 
 
 
 
7.1 Avaliação das Cadeias Musculares .................................................... 32 
7.2 Desvios patológicos da coluna ........................................................... 33 
8 RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO POSTURAL ........................ 35 
8.1 Biofotogrametria ................................................................................. 35 
8.2 Fotogrametria ..................................................................................... 35 
8.3 Software para Avalição Postural- SAPO ............................................ 36 
9 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO .............................................. 37 
9.1 Conceitos em Cinemática ................................................................... 38 
9.2 Ciclos/ Fases da Marcha .................................................................... 38 
9.3 Marchas anormais .............................................................................. 39 
9.4 Equilíbrio ............................................................................................ 40 
9.5 Escala de equilíbrio de BERG ............................................................ 42 
9.6 Escala de Tinetti ................................................................................. 43 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 ANATOMIA ESQUELÉTICA 
. 
Fonte: brasilescola.com.br 
2.1 Crânio 
O crânio é formado por 22 ossos, sendo que 14 ossos compreendem o 
esplancnocrânio (esqueleto da face) e oito formam o neurocrânio (caixa craniana). O 
crânio abriga e protege o encéfalo, órgãos sensoriais, vasos e nervos. A caixa 
craniana é composta pelos ossos parietais, frontal, occipital, esfenoide, temporais e 
etmoide, formando uma cavidade que aloja o encéfalo. 
O crânio de um recém-nascido é composto de múltiplos ossos e suturas que, 
para permitir sua passagem através do canal de parto e acomodar o encéfalo, 
o tornam maleável e sujeito a forças externas que o deformam, visto que o 
volume do cérebro é quadruplicado nos dois primeiros anos de vida. 
(SLATER, 2008, apud GHIZONI, 2016). 
Os ossos do esplancnocrânio: vômer, maxilas, zigomáticos, palatinos, nasais, 
lacrimais e mandíbula, protegem a entrada para os sistemas digestório e respiratório, 
além de fornecerem áreas para inserção de músculos que são responsáveis pela 
 
6 
 
 
 
 
expressão facial e pela mastigação. As margens dos ossos do crânio estão unidas por 
meio de articulações imóveis (suturas). 
A sutura lambdoide localiza-se na parte posterior do crânio unindo o osso 
occipital aos ossos parietais. A sutura coronal une o osso frontal aos parietais, 
enquanto que a sutura sagital une os ossos parietais e estende-se da sutura 
lambdoide até a coronal. A sutura escamosa ocorre em cada lateral do crânio unindo 
o osso temporal ao osso parietal. A sutura frontonasal marca o limite entre o osso 
frontal e os ossos nasais. 
O processo de formação do crânio envolve vários centros de ossificação e, ao 
longo do seu desenvolvimento, vão ocorrendo fusões entre os ossos, as quais fazem 
com que o número de ossos vá diminuindo. Por exemplo, o osso esfenoide inicia sua 
formação com 14 centros de ossificação, pois ao nascimento, a fusão ainda não está 
completa. Além disso, o crescimento dos ossos do crânio é atrasado em relação ao 
crescimento encefálico, e ao nascimento, os ossos são interligados por áreas de 
tecido fibroso, sendo chamados de fontículos ou fontanelas. Os fontículos moldam o 
crânio durante o parto, permitem a acomodação do encéfalo enquanto este se 
desenvolve e aumentam a resiliência. 
Um detalhe importante é que os ossos do crânio são membranosos (sem uma 
fase cartilaginosa anterior), o que resulta em crescimento por meio de 
deposição óssea na região da sutura; esse crescimento ocorre perpendicular 
à sutura. Por exemplo, as suturas coronais permitem o crescimento 
anteroposterior do crânio, enquanto a sutura sagital permite o crescimento do 
crânio biparietal. (SLATER, 2008, apud GHIZONI, 2016). 
2.2 Membro superior 
O membro superior articula-se ao tronco por meio do cíngulo do membro 
superior (cintura escapular), composto pelos ossos clavícula e escápula. 
Clavícula e ossos do membro superior: A clavícula articula-se com omanúbrio do osso esterno pela articulação esternoclavicular, sendo esta a única 
articulação do membro superior com o esqueleto axial e, também, articula-se com a 
escápula por meio da articulação acromioclavicular. Os ossos do membro superior 
 
7 
 
 
 
 
compreendem: úmero (braço), rádio e ulna (antebraço), ossos carpais (punho), ossos 
metacarpais e falanges (dedos das mãos). 
Úmero: O úmero é um osso proximal do membro superior e sua extremidade 
proximal articula-se com a escápula através da articulação glenoumeral (articulação 
do ombro), enquanto que sua extremidade distal articula-se com o rádio e a ulna, 
através das articulações úmeroradial e úmero-ulnar, que compõem a articulação do 
cotovelo. 
Punho: O punho é formado por oito ossos carpais agrupados em duas fileiras, 
sendo que a fileira distal se articula com os ossos metacarpais da mão. Os ossos 
metacarpais articulam-se com as falanges proximais formando o esqueleto da mão. 
O polegar possui apenas a falange proximal e a distal e os demais dedos possuem 
três falanges: as falanges proximal, média e distal. 
A anatomia humana é uma disciplina de extrema importância para todos os 
estudantes ingressantes na área da saúde. Nela, os alunos aprendem a 
forma e a localização das estruturas do corpo humano, correlacionando-as 
com suas funções (LINS et al., 2012, apud FABBRIS, 2018). 
2.3 Membro Inferior 
O membro inferior está fixo ao esqueleto axial pelo cíngulo do membro inferior, 
o qual é composto pelos ossos do quadril (ossos pélvicos). Cada osso do quadril é 
formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis os quais estão separados ao 
nascimento. 
Fêmur: O fêmur articula-se ao osso do quadril através do acetábulo. A pelve é 
uma estrutura formada pelos ossos do quadril, o sacro e o cóccix, posteriormente. A 
abertura inferior da pelve é fechada pela musculatura do assoalho pélvico, que 
durante a vida sustentam os órgãos intrapélvicos. 
O membro inferior é formado pelos ossos fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso, 
metatarsos e falanges. O fêmur é considerado o osso mais comprido e pesado do 
corpo e articula-se distalmente com a tíbia na articulação do joelho. 
Patela: A patela é um osso sesamoide, formado no interior do tendão do 
quadríceps femoral, com a função de proteger a porção anterior da articulação do 
joelho. 
 
8 
 
 
 
 
Tíbia e fíbula: A tíbia é medial na perna e se articula proximalmente com os 
côndilos femorais através dos côndilos lateral e medial. Distalmente, a tíbia articula-
se ao osso tálus na articulação do tornozelo. Além disso, a tíbia articula-se 
lateralmente com fíbula, o osso lateral da perna. Embora a fíbula não participe da 
articulação do joelho, serve como local para inserção muscular e estabilidade na 
articulação do tornozelo. 
Pés: O pé é constituído pelos ossos do tarso, metatarsos e falanges. Os ossos 
do tarso são: tálus, calcâneo, cuboide, navicular e cuneiformes medial, intermédio e 
lateral. Os ossos cuboide e cuneiformes articulam-se distalmente com os ossos 
metatarsais. Os ossos metatarsais articulam-se os ossos das falanges proximais. O 
hálux possui apenas as falanges proximal e distal, enquanto que os demais dedos do 
pé possuem três falanges. 
2.4 Coluna vertebral e Tórax 
A coluna vertebral de uma pessoa adulta é composta por 26 ossos e 33 
vértebras, sendo 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 vértebras lombares, 1 sacro 
(formado por 5 vértebras fusionadas) e 1 cóccix (formado por 4 vértebras fusionadas). 
 Dentre todas as vértebras, somente duas (o sacro e o cóccix) não se 
movimentam, as vértebras restantes (cervicais, torácicas e lombares) são móveis. 
Além disso, a coluna aloja a medula espinal, permitindo a passagem dos nervos 
espinais, mantém a postura e movimentação do tronco e cabeça. 
A coluna vertebral possui ainda quatro curvaturas: Duas curvaturas primárias e 
duas curvaturas secundárias. 
Curvaturas Primárias: curvaturas torácicas (cifose torácica) e sacral (cifose 
sacral). Estas se formam durante o desenvolvimento fetal. 
Curvaturas Secundárias: curvaturas cervicais (lordose cervical) e as 
lombares (lordose lombar). Surgem alguns meses após o nascimento, auxiliando na 
sustentação do peso do corpo e acentuando-se quando a criança começa a andar. 
O esqueleto do tórax é constituído pelas costelas, que formam a parte 
anterolateral, pelo osso esterno, que se estende pela linha mediana do tórax e pelas 
https://www.todabiologia.com/anatomia/vertebras.htm
 
9 
 
 
 
 
vértebras torácicas, posteriormente. As vértebras torácicas articulam-se 
posteriormente ao esqueleto do tórax através das articulações costovertebrais. 
Existem 12 pares de costelas (I a XII) sendo as sete primeiras classificadas como 
costelas verdadeiras, pois se articulam diretamente ao osso esterno por cartilagens 
individuais (cartilagens costais). As costelas VIII, IX e X são classificadas como falsas, 
pois se fixam ao osso esterno indiretamente, por meio da cartilagem costal da VII 
costela. As costelas XI e XII são classificadas como flutuantes, por não estarem 
articuladas ao osso esterno. 
As partes de uma costela típica são: cabeça, colo, tubérculo costal e corpo. O 
ângulo da costela indica a localização na qual o corpo inicia sua curvatura em direção 
ao osso esterno. 
O esterno é um osso plano que possui três partes: o manúbrio, que se articula 
com a clavícula e com as cartilagens costais do primeiro par de costelas; o corpo, que 
representa a maior parte e possui as incisuras costais para o II ao VII par de costelas; 
e o processo xifoide, que é parte mais inferior e menor, servindo para fixação do 
músculos diafragma e reto abdominal. 
3 SISTEMA MUSCULAR 
 
Fonte: anatomiaemfoco.com.br 
 
10 
 
 
 
 
Os músculos da cabeça e do pescoço compreendem os músculos da face, os 
músculos extrínsecos do bulbo ocular, os músculos da mastigação e os músculos da 
faringe. Os músculos da face estão envolvidos com a expressão facial e possuem 
inserção na superfície do crânio, enquanto que os músculos extrínsecos do bulbo 
ocular são responsáveis pela posição e movimento do globo ocular. Os músculos da 
mastigação são responsáveis pelo movimento da mandíbula e da articulação 
temporomandibular. Os músculos da língua são responsáveis pelos movimentos da 
língua, os quais envolvem a deglutição e a fala, enquanto que a musculatura da faringe 
tem função no processo da deglutição. Na parte anterior do pescoço existem vários 
músculos responsáveis pelo controle da posição da laringe e pela abertura da boca, 
além de sustentarem os músculos da língua e da faringe. Estes músculos do pescoço 
também podem ser classificados conforme sua localização em relação ao osso hioide, 
sendo divididos em supra hioideos e infra hioideos. 
3.1 Membro superior 
A musculatura do membro superior é dividida em músculos que posicionam o 
cíngulo superior, músculos que movimentam o braço, músculos que movimentam o 
antebraço e a mão e músculos que movimentam as mãos e os dedos. 
Os músculos que posicionam o cíngulo superior são: levantador da escápula, 
peitoral menor, romboides, serrátil anterior, subclávio e trapézio. Estes trabalham em 
conjunto com a musculatura que movimenta o braço, sendo formada pelos músculos: 
coracobraquial, deltoide, supraespinal, infraespinal, subescapular, redondo maior, 
redondo menor, latíssimo do dorso e peitoral maior. 
Os tendões dos músculos supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo 
menor unem-se à cápsula da articulação do ombro, formando o manguito rotador, que 
reforça e sustenta a articulação. A musculatura que movimenta o antebraço e a mão 
geralmente tem origem no úmero, sendo formada pelos seguintes músculos: braquial, 
braquiorradial, bíceps braquial, tríceps braquial, ancôneo, flexor ulnar do carpo, flexor 
radial do carpo, palmar longo, pronador quadrado, pronador redondo, supinador, 
 
11 
 
 
 
 
extensor ulnar do carpo,extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do 
carpo. 
Em geral, a musculatura extensora está localizada na superfície posterior e 
lateral do antebraço, enquanto que a musculatura flexora está localizada nas porções 
anterior e medial do antebraço. 
Os músculos que movimentam a mão e os dedos são divididos em músculos 
intrínsecos e extrínsecos da mão. Os músculos extrínsecos que movimentam os 
dedos estão localizados no antebraço: abdutor longo do polegar, extensor dos dedos, 
extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor do indicador, extensor 
do dedo mínimo, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos e flexor longo 
do polegar. A musculatura intrínseca é formada pelos músculos da mão: adutor do 
polegar, oponente do polegar, palmar curto, abdutor do dedo mínimo, abdutor curto 
do polegar, flexor curto do dedo mínimo, flexor curto do polegar, oponente do dedo 
mínimo, lumbricais, interósseos dorsais e interósseos palmares. 
3.2 Membro inferior 
A musculatura do membro inferior pode ser dividida da seguinte forma: os 
músculos que movimentam a coxa, os músculos que movimentam a perna e os 
músculos que movimentam os pés e os dedos. 
Os músculos que movimentam a coxa possuem suas origens na pelve, sendo 
eles: glúteos (máximo, médio e mínimo), tensor da fáscia lata, piriforme, obturadores 
(interno e externo), gêmeos (superior e inferior), quadrado femoral, adutor magno, 
adutor curto, adutor longo, pectíneo, grácil e iliopsoas. 
Os músculos que movimentam a perna são separados em dois grupos: os 
extensores da perna, localizados na parte anterior da coxa e os músculos flexores da 
perna, localizados na parte posterior da coxa. Os músculos extensores da perna são: 
reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio e os músculos flexores são: 
bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo, sartório e poplíteo. 
Os músculos que movimentam o pé e os dedos são divididos em músculos 
extrínsecos do pé e dos dedos e músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos estão 
 
12 
 
 
 
 
localizados sob a tíbia e a fíbula: tibial anterior, gastrocnêmio medial e gastrocnêmio 
lateral, fibular curto, fibular longo, plantar, sóleo, tibial posterior, flexor longo dos 
dedos, flexor do hálux, extensor longo dos dedos e extensor longo do hálux. Os 
músculos extensores e dorsiflexores estão localizados na parte anterior da tíbia e da 
fíbula e os músculos flexores estão localizados na face posterior da tíbia e da fíbula. 
Finalmente, os músculos intrínsecos do pé, e que movimentam os dedos, 
possuem suas inserções nos ossos do tarso, metatarsos e falanges: músculos 
interósseos dorsais e plantares, músculo flexor curto do hálux, músculo adutor do 
hálux, músculo abdutor do hálux, músculo flexor curto dos dedos, músculo quadrado 
plantar, músculos lumbricais, músculo flexor curto do dedo mínimo e músculo extensor 
curto dos dedos. 
3.3 Dorso 
Os músculos do dorso estão dispostos em grupos anterior e posterior. Os 
músculos do grupo anterior, pré-vertebrais, incluem músculos do pescoço e da parede 
posterior do abdome. Os do grupo posterior, pós-vertebrais, compreendem vários 
músculos dispostos: Mais superficialmente estão o trapézio e o grande dorsal. Em 
posição média estão o levantador da escápula, os romboides e os serráteis 
posteriores. Mais profundamente situam-se os músculos do dorso propriamente dito 
ou pós-vertebrais profundos, inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinhais. 
Eles atuam sobretudo na coluna vertebral. 
Os músculos serráteis posteriores são dois músculos delgados, parcialmente 
membranosos e de pouca significação. O serrátil póstero-superior, coberto pelo 
músculo rombóide, estende-se do ligamento da nuca e dos processos espinhosos da 
7ª vértebra cervical e de várias vértebras torácicas superiores até as costelas (2ª a 
5ª). O músculo serrátil póstero-inferior, coberto pelo grande dorsal, estende-se dos 
processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores para as quatro costelas 
inferiores. 
Os músculos pós-vertebrais situados mais profundamente constituem duas 
grandes massas em relevo nos lados da coluna vertebral, facilmente palpáveis. A 
 
13 
 
 
 
 
massa muscular longitudinal, de cada lado, compõe-se de três camadas de músculos 
pós-vertebrais. 
Camada profunda: Constituída por músculos interespinhais. Unem os 
processos espinhosos das regiões cervical e lombar. 
Músculos intertransversais: Unem os processos transversos adjacentes. Os 
músculos que se originam nos processos transversos e se dirigem medial e 
superiormente para se fixarem na lâmina da vértebra suprajacente são rotadores 
curtos. Os músculos levantadores das costelas têm origem nos processos transversos 
e prendem-se nas costelas subjacentes e só existem na região torácica. Os músculos 
suboccipitais, que movem a cabeça, pertencem também ao grupo de músculos pós-
vertebrais profundos. 
Camada média: Os músculos da camada média cobrem os profundos e têm 
disposição bastante complicada, com maior grau de fusão e alguns feixes saltando 
vários segmentos, o que lhes valeu o nome de complexo transverso-espinhal. Seus 
componentes são: o músculo multífido, o músculo semiespinhal do tórax, o músculo 
semiespinhal do pescoço, o músculo semiespinhal da cabeça. 
Camada superficial: Os músculos da camada superficial são denominados em 
conjunto, eretor da espinha ou complexo sacro-espinhal. A porção mais inferior 
origina-se no ílio, em vértebras lombares e em espessa aponeurose estendida neste 
intervalo, de onde ascende lateralmente até a última costela. Entre os músculos da 
camada superficial deve ser incluído o músculo esplênio que cobre os outros 
músculos pós-vertebrais nas regiões torácicas alta e cervical. 
Coluna lateral: denominada músculo iliocostal, formada pelos músculos 
iliocostal lombar, iliocostal torácico e iliocostal cervical. 
Coluna intermédia: denominada músculo dorsal longo, sendo subdividida nos 
músculos longuíssimo do tórax, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça. 
Coluna medial: denominada músculo espinhal, são os músculos espinhal do 
tórax, espinhal do pescoço e espinhal da cabeça. 
 
14 
 
 
 
 
4 POSTURA 
 
Fonte: metrojornal.com.br 
A postura pode ser definida como: “Estado de equilíbrio entre músculos e 
ossos, com capacidade de proteger as demais estruturas do corpo humano 
dos traumatismos, seja na posição em pé, sentado ou deitado” (BRACCIALLI, 
2000, apud NEVES, 2016). 
Para realizar uma boa avaliação postural, temos que ter em mente o que é 
postura e qual é a postura correta. 
Postura é a posição na qual você mantém seu corpo contra a gravidade 
enquanto está em pé, sentado ou deitado. 
A boa postura implica em treinar o corpo para ficar na posição de pé, 
deambular, sentar e deitar em posições que gerem menor tensão possível nos 
músculos de suporte e nos ligamentos, seja durante o movimento ou nas atividades 
de suporte de peso. Inclui também manter os ossos e articulações no alinhamento 
postural ideal, fazendo com que os músculos sejam utilizados de forma apropriada, 
evitando alinhamentos anormais da coluna vertebral. 
Existem fatores que influenciam a postura, como: Condições Hereditárias; 
Posturas que assumimos durante o trabalho ou durante movimentos repetitivos; 
Fatores Patológicos; Trauma (resultando em danos nos tecidos e/ou ossos); Equilíbrio 
https://blogpilates.com.br/postura-e-o-metodo-pilates/
https://blogpilates.com.br/a-rotacao-correta-da-coluna-vertebral/
 
15 
 
 
 
 
Muscular alterado, ou seja, mudanças na interação entre músculos ou grupos 
musculares diferentes; fraqueza muscular. 
Até o modo que dormimos pode influenciar na postura. A posição mais 
recomendada para dormir é de lado ou de barriga para cima, tentando sempre manter 
a coluna alinhada. 
Para o controle da postura é necessário a intervenção e interação de alguns 
sistemas, tais como: 
Sistema visual:Baseado nas informações sobre o ambiente, localização, 
direção e velocidade do movimento. Possui como função, de maneira geral, orientar 
o posicionamento e o movimento da cabeça em relação ao meio externo. Possui um 
importante papel no planejamento de reação antecipatória. 
Sistema somatossensorial: Baseado nas informações de contato e posição 
do corpo, possui receptores pelo corpo, que respondem a estímulos de tato, 
temperatura, dor e propriocepção. Estes receptores proprioceptivos enviam as 
informações da posição do corpo para o Sistema Nervoso Central. 
Sistema vestibular: Baseado nas forças gravitacionais, é responsável pelo 
envio sobre o posicionamento da cabeça em relação as mudanças temporais das 
velocidades angular e linear. 
O mecanismo de controle postural se dá através de um processo executado 
pelo Sistema Nervoso Central em que padrões de atividades musculares são 
produzidos para que ocorra uma relação entre o centro de massa e a base de 
sustentação. 
4.1 Estabilidade corporal 
TEIXEIRA (2010) afirma que, como o controle postural utiliza informações de 
vários sistemas (sistema visual, sistema vestibular, sistema somatossensorial), a sua 
estabilidade é garantida mesmo que haja problema em algum deles. Essa estabilidade 
irá depender da noção da posição e movimento do corpo em relação ao campo 
gravitacional e do Ambiente em que esse corpo se encontra. 
 
16 
 
 
 
 
O sistema de controle postural é integrante do sistema de controle motor e 
alguns autores consideram que os ajustes posturais necessários para manter o corpo 
em posição ereta irão depender de certo feedback sensorial. Vindo ele do sistema 
sensorial, proprioceptivo, visual e cutâneo e estratégias associadas aos movimentos 
voluntários. 
Os Músculos Eretores da Coluna, em conjunto com os músculos do 
Core (Transverso do Abdome, Reto Abdominal, Oblíquo) sustentam a Coluna 
Vertebral. A grande importância é a manutenção destes músculos através do 
fortalecimento dos mesmos. MAGEE (2002) relata que qualquer posição que aumente 
o estresse sobre as articulações, pode ser vista como uma postura inadequada. 
5 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL 
A Anamnese reconstrói os fatos do paciente que incitaram as causas da doença 
para que dessa forma o diagnóstico seja seguro. 
É importante conversar com o paciente sobre o vestuário do mesmo durante a 
avaliação. Para se obter uma boa avaliação (conseguir visualizar todas as áreas que 
serão avaliadas) o mesmo deverá usar roupas confortáveis, como por exemplo roupas 
de banho: biquíni para as mulheres e sunga para os homens. Também é possível 
utilizar top ou bermudas acima dos joelhos. 
5.1 Componentes da Anamnese 
FICHA DE ANAMNESE 
Nome: 
Sexo: Idade: 
Endereço: 
Telefone de contato: Data da Avaliação: 
Profissão 
Encaminhamento: 
Diagnóstico Médico: 
IMC (Peso/Altura²): 
https://blogpilates.com.br/fraqueza-do-core/
https://blogpilates.com.br/fraqueza-do-core/
 
17 
 
 
 
 
Queixa Principal: 
História de Doenças Familiares: 
 
História da Doença Atual (HDA): 
História da Doença Pregressa: 
 
Outras Patologias: 
AVALIAÇÃO POSTURAL 
VISTA ANTERIOR 
CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D. 
ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado 
CLAVÍCULA: ( ) Simétricas ( ) Oblíquas para baixo 
LINHA ALBA: ( ) Retilínea ( ) Desvio à E ( ) Desvio à D 
TRIÂNGULO DE TALLES: () Simétricos ( ) Maior à D ( ) Maior à E 
TESTE DE ADAMS: () Sem giba () Gibosidade à E ( ) Gibosidade à D 
ALTURA DAS MÃOS: () Simétricos () D mais alta ( ) E mais alta 
CRISTA ILÍACA: () Simétricas () D mais alta ( ) E mais alta 
ESPINHA ILÍACA ANTERO-SUPERIOR (EIAS:) ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta 
JOELHOS: () Valgo ( ) Varo ( ) Normal 
PATELAS: () Convergentes ( ) Divergentes ( ) Normais 
PÉS: ( ) Planos ( ) Cavos ( ) Normais 
HÁLUX: ( ) Hálux Valgo ( ) Alinhado 
VISTA LATERAL 
 
CABEÇA: ( ) Anteriorizada ( ) Posteriorizada ( ) Normal 
CERVICAL: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal 
OMBRO: ( ) Protusos ( ) Anteriorizado ( ) Posteriorizados ( ) Normais 
MÃOS: ( ) Anterior à Coxa ( ) Posterior à Coxa ( ) Alinhadas 
DORSO: ( ) Curvo ( ) Plano ( ) Normal 
ABDOMEN: ( ) Protuso ( ) Ptose ( ) Normal 
LOMBAR: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal 
PELVE: ( ) Anteversão ( ) Retroversão ( ) Normal 
TRONCO: ( ) Antepulsão ( ) Retropulsão ( ) Normal 
JOELHOS: ( ) Recurvatum ( ) Fletidos ( ) Normal 
VISTA POSTERIOR 
 
CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D. 
ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado 
ESCÁPULAS: ( ) D mais alta ( ) E mais alta ( ) Rotação Superior à D ( ) Rotação Superior à E ( ) Rotação Inferior à D 
 () Rotação Inferior à E ( ) Escápulas Abduzidas ( ) Escápulas Aduzidas () Escápula Alada à D () Escápula Alada à E () Simétricas. 
TESTE DE ADAMS: () Convexidade à D ( ) Convexidade à E 
Local: () LOMBAR () TORÁCICA () CERVICAL () EM “s” 
 
18 
 
 
 
 
PREGA GLÚTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta 
LINHA POPLÍTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta 
CALCÂNEO: ( ) Simétricos ( ) Valgo ( ) Varo 
Testes específicos: 
Palpação 
Perimetria 
Goniometria 
Tipo de marcha: 
OBSERVAÇÕES: 
6 AVALIAÇÃO POSTURAL 
Segundo KISNER (1985), o alinhamento postural ideal é definido, a partir de 
uma vista lateral, como uma linha reta na vertical, que passa pelo lobo da orelha, dos 
corpos das vértebras cervicais, da ponta do ombro, na linha média do tórax, através 
dos corpos das vértebras lombares, ligeiramente posterior à articulação do quadril, 
discretamente anterior ao eixo da articulação do joelho e imediatamente ao maléolo 
lateral. Neste tipo de alinhamento postural, espera-se que toda a estrutura corpórea, 
com seus músculos e articulações, encontre-se em equilíbrio, tendo o mínimo de 
esforço e sobrecarga, proporcionando assim uma ótima eficiência do aparelho 
locomotor. 
Mesmo existindo um consenso em relação à boa postura e suas implicações, 
a postura corporal é um fenômeno complexo e de difícil mensuração. Porém há 
tempos a avaliação da postura corporal na posição ortostática, tem sido amplamente 
utilizada como um instrumento de diagnóstico, planejamento e acompanhamento de 
tratamentos. O ideal é realizarmos uma avaliação que aborde tanto a parte estática 
da postura, quanto a parte dinâmica, para podermos traçar os objetivos corretos e 
garantir que o Método tenha o efeito desejado de acordo com a necessidade de cada 
indivíduo. 
A avaliação puramente observacional não permite verificar pequenas 
alterações, dando margem a erros e variações entre examinadores. Desta 
forma a utilização da fotogrametria pode facilitar a quantificação das variáveis 
morfológicas relacionadas à postura, trazendo dados mais confiáveis. Fato 
este, torna-se importante para a credibilidade da fisioterapia clínica. (IUNES, 
2005, apud CARDOZO, 2012). 
 
19 
 
 
 
 
Segundo BALDUINO (2012), para se ter um tratamento eficiente e que atinja 
os objetivos propostos, é necessária uma avaliação bem-feita de forma a permitir um 
diagnóstico cinético-funcional bem elaborado. 
Sendo assim, uma boa Avaliação Postural Estática irá permitir um bom 
tratamento. Para se entender uma Avaliação Postural Estática, é preciso 
conhecermos as definições descritas de posturas. 
Segundo KENDALL (1987), a postura corporal é um conjunto das posições de 
todas as articulações do corpo dado em qualquer momento. 
O controle postural será a habilidade em que o corpo possui de manter o 
centro de massa corporal dentro de uma base de apoio tanto em uma postura 
estática quanto em uma posturadinâmica (SALVE 2003, MELO 2009). 
6.1 Tipos de avaliação postural 
Estática: Indica desequilíbrios musculares ou alterações no comprimento do 
músculo (longo, fraco, curto ou tenso). 
A postura estática irá indicar áreas de desequilíbrios, dando assim, a 
possibilidade de alterar a qualidade do movimento e a habilidade de realizar o 
exercício. 
 
Fonte: aulasdefisioterapia.com 
https://blogpilates.com.br/pilates-na-hipercifose-toracica/
https://blogpilates.com.br/importancia-da-postura-corporal/
 
20 
 
 
 
 
Dinâmica: É avaliada durante o movimento em atividades específicas, 
exercícios dinâmicos irão demonstrar qualquer padrão incorreto de movimento. Na 
avaliação dinâmica incluímos movimentos assistidos e realizados pelo paciente. O 
objetivo é identificar os esquemas adaptativos realizados pelo corpo para proteger 
suas estruturas. O corpo sempre estará buscando posturas de readaptabilidade para 
respeitar as três leis biomecânicas: 
Lei do Equilíbrio: o corpo prioriza sempre o equilíbrio corporal; 
Lei do Conforto: o funcionamento do corpo deve sempre ser confortável, caso 
não esteja ele realizará compensações para alcançar esse estado; 
Lei da Economia: o corpo sempre busca a economia energética, mesmo que 
isso signifique compensações e perda de mobilidade. 
Segundo KENDALL (1987), se faz necessário ter um conhecimento também 
dos princípios básicos relacionados ao alinhamento, articulações e músculos, que 
segundo ele são: 
O alinhamento anormal é consequência de estresses indevidos nos ossos, 
articulações, ligamentos e músculos; 
O posicionamento das articulações aponta quais musculaturas podem estar 
alongadas ou encurtadas; 
Relação entre os testes musculares e o alinhamento, se a postura for habitual; 
A musculatura encurtada provoca a aproximação entre sua origem e inserção; 
Relação entre o encurtamento adaptativo e a permanência da musculatura 
encurtada; 
A musculatura fraca provoca a separação entre origem e inserção; 
A musculatura fraca associada com o alongamento pode ocorrer em músculos 
que já permanecem alongados. 
Os desvios posturais que se manifestam na população são denominados de 
três formas: hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e escoliose. A 
hiperlordose lombar é o aumento exagerado da curvatura lombar, hipercifose 
dorsal é o aumento da região dorsal, e escoliose avalia a curvatura lateral da 
coluna. (CESAR, 2004, apud NEVES, 2016). 
https://www.janainacintas.com.br/leis-das-cadeias-musculares/
https://blogpilates.com.br/musculos-eretores-da-coluna/
 
21 
 
 
 
 
6.2 Avaliação estática 
 
Fonte: scielo.br 
Imagem mostra Análise postural estática com o programa SAPO (a) vista 
anterior, (b) vista posterior, (c) vista lateral direita, (d) vista lateral esquerda. 
Na posição em pé o avaliador, irá examinar a vista anterior, a posterior e as 
laterais. Em todas as posições analisadas o avaliador tomará como referência a linha 
vertical da gravidade. Todos os seguimentos que, de acordo com os critérios do 
avaliador, não estiverem compatíveis com este eixo perpendicular ao solo, podem ser 
considerados em desequilíbrio 
Vista anterior: Observar na vista anterior o avaliador se o alinhamento da 
cabeça em relação aos ombros; se tem rotação interna de ombros; se as clavículas 
encontram-se niveladas e são iguais; o ângulo de correção em cada cotovelo é igual; 
os joelhos são retos; as cabeças das fíbulas encontram-se niveladas; os pés 
apresentam uma angulação lateral igual; entre outras características. 
Vista lateral: Observar o paciente de lado, procurando verificar se o lóbulo da 
orelha está alinhado à ponta do ombro e o ponto alto da crista ilíaca; se cada segmento 
da coluna vertebral apresenta uma curva normal; o ângulo pélvico é normal; os joelhos 
estão discretamente flexionados; 
Vista posterior: Observar se os ombros encontram-se nivelados e a cabeça 
encontra-se na linha média; as espinhas e os ângulos inferiores das escápulas 
 
22 
 
 
 
 
encontram-se nivelados; a coluna vertebral esta reta ou possui curvaturas; os ângulos 
da cintura encontram-se nivelados; as espinhas ilíacas póstero superiores encontram-
se niveladas; as articulações dos joelhos encontram-se niveladas; entre outras 
características. 
6.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular 
GRADUAÇÃO MUSCULAR DESCRIÇÃO 
GRAU V Normal Movimentação completa contra 
a gravidade e com resistência 
total 
 
GRAU IV Bom Movimentação completa contra 
a gravidade e com alguma 
resistência 
 
GRAU III Mediano Movimentação completa contra 
a gravidade 
 
GRAU II Sofrível Movimentação completa 
eliminada a gravidade 
 
GRAU I Difícil Evidência de pouca 
contratilidade, não havendo 
mobilidade 
articular 
 
GRAU 0 Não há evidência de 
contratilidade 
6.4 Prova de Função Muscular 
Testes de Função Muscular do Ombro 
 
Exame Muscular: O exame muscular do ombro envolve a avaliação de nove 
movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna, 
elevação da escápula (encolhimento do ombro), retração da escápula (posição de 
“atenção”) e prolongamento do ombro (alcance). Em face das proporções desta 
discussão, estes movimentos foram divididos em categorias distintas. No entanto, 
para facilitar o desenrolar do exame, habitue-se a prosseguir um teste após o outro 
 
23 
 
 
 
 
sem interrupções. Por exemplo, em se sabendo que o arco descrito pelo movimento 
de flexão é contínuo ao de extensão, proceda o teste de extensão a seguir ao de 
flexão, por exemplo. No decorrer do exame neurológico, o paciente poderá estar de 
pé ou sentado, dependendo unicamente do que for mais confortável. Os músculos da 
cintura escapular são examinados por grupos funcionais. 
A avaliação postural clássica, ou seja, aprendida no ensino de graduação e, 
normalmente, realizada pelos fisioterapeutas, baseia-se inicialmente na 
análise visual por meio da observação qualitativa das curvaturas da coluna 
vertebral e por assimetrias corporais no plano sagital e frontal anterior e 
posterior. (DUNK, 2004, apud IUNES, 2009). 
 Flexão 
Flexores primários: porção anterior do deltoide nervo axilar, C5; coracobraquial 
nervo músculocutâneo, C5-C6. 
Flexores secundários: peitoral maior (cabeça da clavícula); bíceps; porção 
anterior do deltoide. 
 Permaneça de pé atrás do paciente e coloca sua mão, com a palma voltada 
para baixo, por sobre o acrômio de modo a estabilizar a escápula e palpar a porção 
anterior do deltoide. Com sua mão livre próxima ao cotovelo, envolva a face anterior 
do braço e o bíceps. Quando o cotovelo estiver fletido a 90º, peça ao paciente para 
começar a fletir o ombro. Assim que este movimento for iniciado, aumente 
gradativamente a resistência até que seja possível estabelecer o máximo de 
resistência que ele é capaz de vencer. Examine o ombro oposto de forma ao obter 
parâmetro de comparação e avaliar os achados de acordo com o grau de eficiência 
do músculo. 
Extensão 
Extensores primários: grande dorsal nervo toracodorsal, C6, C7, C8; teres 
maior nervo infra escapular, C5, C6; poção posterior do deltoide nervo axilar, C5 e C6. 
Extensores secundários: teres menor; tríceps (porção longa). 
Permaneça de pé, às costas do paciente, mantendo sua mão estabilizadora 
sobre o acrômio. Coloque seu polegar na face posterior do ombro, de modo que 
durante a extensão ativa seja possível avaliar o tônus da porção posterior do deltoide; 
mantenha a mão, que imprime resistência, na face posterior do cotovelo, de forma que 
 
24 
 
 
 
 
a eminência tenar e a palma estejam voltadas de encontro à porção posterior do 
úmero. Durante o exame da musculatura responsável pela extensão, palpe o bíceps 
com o polegar. Para que a transição do teste de flexão para o de extensão não seja 
brusca, simplesmente transfira a mão que impõe resistência, que anteriormente se 
achava em posição anterior, para uma posição posterior ao braço. Peça ao paciente 
para fletir o cotoveloe estenda o braço posteriormente com vagar. Enquanto o ombro 
move-se em extensão, aumente gradualmente a pressão de modo a determinar a 
resistência máxima que ele pode superar. 
Abdução 
 
Fonte: actafisiatrica.org.br 
Abdutores primários: porção média do deltoide nervo axilar, C5 e C6; supra- 
espinhal nervo supra- escapular, C5, C6. Abdutores secundários: porção anterior e 
posterior do deltoide; serrátil anterior (ação direta na escápula). Permaneça de pé às 
costas do paciente. Continue estabilizando o acrômio; no entanto, desliza a mão 
lateralmente para que, enquanto fixar a cintura escapular, possa também palpar a 
porção média do deltoide. Mantenha a mão livre próximo ao cotovelo, mas mova-a em 
direção à face póstero-lateral do úmero para que a resistência máxima possa ser 
exercida. Agora a palma de sua mão deve ser comprimida de encontro ao epicôndilo 
lateral e à linha supracondiliana do úmero, mantendo os dedos envolvendo a face 
anterior do braço. Peça ao paciente para abduzir o braço e, quando o movimento for 
 
25 
 
 
 
 
iniciado, vá gradativamente aumento a pressão de modo a determinar a resistência 
máxima que ele é capaz de vencer. 
 Adução 
Adutores primários: peitoral maior nervo torácico medial e anterolateral, C5, C6, 
C7, C8, T1; grande dorsal nervo toracodorsal C6, C7, C8. 
Adutores secundários: teres maior; porção anterior do deltoide. 
 Permaneça às costas do paciente mantendo a cintura escapular fixada com 
uma das mãos sobre o acrômio, enquanto que a outra imprime resistência próxima o 
cotovelo. Visto ser o peitoral maior o principal adutor, movimente a mão que estabiliza 
a cintura escapular, anterior e inferiormente ao acrômio, de modo a palpar o peitoral 
maior durante o exame de adução. Oriente o paciente de forma a que ele aduza o 
braço em vários graus e coloque a mão que imprime resistência em posição que 
permita ao polegar a permanecer de encontro à face média do úmero. Peça-lhe para 
começar a aduzir e, enquanto isso, gradativamente vá aumentando a força de 
resistência até avaliar o que o paciente consegue vencer. 
A escoliose é uma alteração tridimensional das vértebras, caracterizada por 
uma curvatura lateral da coluna vertebral. Ocorre extensão, inclinação lateral 
e rotação das vértebras da região acometida. A rotação acontece em direção 
à convexidade da curva e, na coluna torácica, as costelas acompanham o 
movimento, gerando uma caixa torácica mais estreita desse lado (HALL, 
2007, apud DOS SANTOS 2012). 
 Rotação externa 
Rotadores Externos Primários: infraespinal nervo supra escapular, C5, C6; 
teres menor ramo do nervo axilar, C5. 
 Rotadores Externos Secundários: porção posterior do deltoide. 
 Coloque-se ao lado do paciente e faça-o pender o cotovelo a 90º, mantendo o 
antebraço em posição neutra. Estabilize a extremidade mantendo o cotovelo fletido 
de encontro à cintura. Esta manobra impedirá que o paciente substitua a rotação 
externa por adução. Transfira a mão que impõe resistência para o punho, de modo 
que sua eminência tenar repouse sobre a superfície dorsal do punho do paciente, 
obtendo desta forma o máximo de resistência. Em vista da necessidade de impor 
resistência e manter a estabilização longe da projeção dos músculos que perfazem a 
rotação externa, estes não poderão ser palpados durante o teste de mobilidade. Estes 
 
26 
 
 
 
 
músculos encontram-se em camadas profundas não podendo pois, de qualquer 
forma, ser palpados. Oriente o paciente de modo a rodar o braço para fora. Enquanto 
ele faz a rotação externa, gradativamente aumente a resistência até determinar o 
máximo que pode ser vencido. 
 
Rotação interna e rotação externa 
Fonte: actafisiatrica.org.br 
 Rotação interna 
Rotadores internos primários: subescapulares- nervos subescapulares superior 
e inferior, C5, C6; peitoral maior nervo torácico medial e anterolateral, C5, C6, C7, C8, 
T1; grande dorsal nervo toracodorsal, C6, C7, C8; teres maior nervo subescapular 
inferior, C5, C6. Rotadores internos secundários: porção anterior do deltoide. 
Permaneça ao lado do paciente e oriente-o a manter o cotovelo fletido a 90º, 
enquanto o braço continua fixado através da compressão do cotovelo de encontro à 
cintura. A fixação do cotovelo impedirá que o paciente substitua o movimento de 
rotação interna por abdução. Mantenha a mão estabilizadora próxima ao punho, 
deslocando os dedos para que os mesmos envolvam a superfície volar do punho, 
ficando a palma por sobre processo estiloide do rádio. Peça ao paciente para que rode 
gradativamente do braço à frente do corpo e, enquanto ele executa este movimento, 
aumente gradualmente a resistência. 
Elevação da escápula: (encolhimento dos Ombros). 
 
27 
 
 
 
 
 
Fonte: Efdeportes.com 
Elevadores primários: trapézio nervo espinhal acessório; elevador da escápula 
C3, C4 e frequentemente ramos do nervo dorsal da escápula, C5. Elevadores 
secundários: rombóide maior; rombóide menor. 
Permaneça às costas do paciente colocando cada uma de suas mãos por sobre 
um dos acrômios. A posição lateralizada de sua mão permite a livre movimentação do 
trapézio e promove uma firme base de suporte. Cada uma das mãos, enquanto faz 
resistência ao movimento de encolher dos ombros, promove o equilíbrio ao outro lado. 
Posicione seu polegar posteriormente à porção lateral do trapézio, o que permite que 
o músculo seja palpado durante o exame de mobilidade. O elevador da escápula se 
origina no ângulo súpero-medial da escápula, profundamente sob o trapézio, não 
sendo, portanto, acessível à palpação. Oriente o paciente a como encolher os ombros, 
e pressione suas mãos lentamente para baixo, de forma a avaliar o grau de resistência 
que o paciente pode superar (Fig. 63). Normalmente, os elevadores da escápula são 
capazes de manter as escápulas elevadas a despeito da resistência imposta. Eles 
deverão ser testados bilateralmente e qualquer diferença entre as elevações deve ser 
notada. 
Retração da escápula: (“Posição de Atenção”). 
 
28 
 
 
 
 
 
Fonte: Scapular Dyskinesis and Its Relation to Shoulder Injury- Kibler, et al. 2012 
Retratores primários: rombóide maior nervo escapular dorsal, C5; rombóide 
menor nervo escapular dorsal, C5. Retrator secundário: trapézio. 
Ponha-se à frente do paciente e coloque as mãos sobre os ombros dele, tendo 
as palmas voltadas para o acrômio e os dedos sobre a face posterior do ombro. Os 
dedos do examinador devem permanecer atrás do ombro para que assim possam 
avaliar a força do movimento, quando o paciente tentar empurrar ou curvar os ombros 
em torno do fulcro que será formado pelo seu polegar. Solicite ao paciente para 
deslocar os membros para trás em posição de atenção (retração máxima), então faça 
com que seus dedos, lentamente, apliquem uma pressão com o intuito de curvar os 
ombros em direção ao polegar. Tome cuidado para não aprofundar os dedos na 
musculatura do paciente. 
Extensão da escápula: (Alcance ou teste de Apley). 
 
Fonte: cbosteopatia.com.br 
 
29 
 
 
 
 
Extensores primários da escápula: serrátil anterior nervo torácico longo, C5, 
C6, C7. 
A extensão escapular se refere ao movimento da escápula anteriorizando-se 
ao tórax visando os últimos graus de prolongamento e alcance. Para preparar o 
paciente, oriente-o a fletir o braço a 90º (de modo a torná-los paralelos ao chão) e, em 
seguida, fletir o cotovelo até que a mão do paciente toque o ombro. Coloque de suas 
mãos sobre a coluna de modo a fixar o tronco e impedir que a rotação do tronco 
substitua a extensão pura da escápula. A mão que imprime resistência deve ficar sob 
o cotovelo envolvendo-o com a palma da mão. A seguir peça-o para forçar o braço 
para fora como se estivesse querendo tocar a parede com o cotovelo. Enquanto ele 
estende o ombro, aumente gradativamente a resistência contraria a este movimento 
de extensão até que a resistência máxima seja vencida.Enquanto testar a extensão 
do ombro, observe o movimento para poder perceber qualquer inclinação que 
sobrevenha. Neste caso, a inclinação traduz hipotonia do serrátil anterior. Esta 
hipotonia se faz mais evidente quando o paciente empurra o corpo de encontro a uma 
parede. 
6.5 Trofismo Muscular 
Trofismo, se refere a massa muscular e deve ser analisado de forma geral. 
Classificação: 
Hipotrofia: diminuição da massa muscular; 
Normotrofia: massa muscular condizente com a idade do indivíduo; 
Hipertrofia: aumento da massa muscular. 
6.6 Tônus Muscular 
O tônus muscular é o estado de tensão permanente dos músculos. Este estado 
de tensão depende de vários fatores, sendo alguns de ordens físicas e outros 
nervosos. 
 
30 
 
 
 
 
Tônus de Repouso ou Residual: Os fatores físicos proporcionam a 
elasticidade própria do tecido muscular e as condições anatômicas eutróficas ou 
atróficas que podem modificar a consistência das fibras. 
Tônus Postural e de Ação: Dependem essencialmente de mecanismos 
reflexos, sendo o reflexo miotático a base do fenômeno tonígeno. Durante a execução 
de movimentos normais e para que eles possam ocorrer entram em jogo: o tônus de 
ação em determinados grupos musculares (agonistas do movimento), o tônus postural 
em outros (músculos antigravitacionais), além da diminuição do tônus naqueles 
grupos musculares que poderiam dificultar os movimentos (músculos antagonistas do 
movimento). 
Mecanismo do Tônus: O reflexo miotático é a base do fenômeno tonígeno. O 
arco reflexo miotático apresenta uma via aferente que conduz o estímulo até o corno 
dorsal da medula; da medula que é o centro integrador entre o estímulo aferente e 
eferente e a via eferente que tem início no corno ventral da medula e estende-se até 
o músculo. O estímulo adequado para a obtenção do reflexo é o estiramento muscular 
e, dependendo do modo de pesquisa, pode-se obter dois tipos de resposta: fásico ou 
tônico. A contração reflexa fásica caracteriza-se por ser brusca, de caráter cinético, 
isto é, capaz de provocar deslocamento do segmento correspondente, são os reflexos 
profundos (patelar, aquileu, bicipital). A contração reflexa tônica é prolongada, intensa 
e tem caráter predominantemente estático. Estes reflexos sustentam as atividades 
posturais e participam da regulação dos movimentos. 
Avaliação do Tônus: O tônus muscular pode ser avaliado através da inspeção, 
palpação, percussão, movimentação passiva e balanço passivo das articulações. O 
melhor meio de avaliar o tônus muscular é através da movimentação passiva dos 
seguimentos, pois fornece duas informações importantes: a extensibilidade e a 
passividade. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
ESCALA DE ASCHWORTH MODIFICADA 
0 Tônus muscular normal. 
1 Leve aumento do tônus muscular, manifestado por 
tensão momentânea ou por mínima resistência no 
final da amplitude do movimento, quando a região 
afetada é movida em extensão ou flexão. 
1+ Leve aumento do tônus muscular, manifestado por 
tensão abrupta, seguido de resistência mínima em 
menos da metade da amplitude do movimento 
restante. 
2 Aumento mais marcante do tônus muscular durante 
a maior parte da amplitude do movimento, mas a 
região afetada é movida facilmente. 
3 Considerável aumento do tônus muscular. O 
movimento passivo é fácil. 
4 Parte rígida em flexão ou extensão. 
Fonte: diretrizes.amb.org.br 
6.7 Problemas posturais 
Várias características anatômicas podem afetar uma postura correta. Estes 
fatos podem causar problemas adicionais quando combinados com condições 
patológicas ou congênitas. Tais patologias podem ser consequência do efeito 
acumulativo de pequenos estresses repetidos durante longo período de tempo, ou de 
estresses anormais durante um tempo menor. 
O problema postural mais comum é o mau hábito postural, onde, por alguma 
razão, o indivíduo não mantém uma boa postura. Este tipo de situação é observado 
em indivíduos que permanecem em pé ou sentado por longos períodos de tempo. 
Dentre as causas da má postura pode-se citar principalmente o desequilíbrio muscular 
e a contratura muscular. Outras causas como a dor, fraqueza geral e excesso de peso, 
também podem ser responsáveis pela má postura do indivíduo. 
O ponto na linha onde o fio de prumo é suspenso deve ser ponto fixo 
padronizado. Como o único ponto fixo na postura é na base onde os pés estão 
em contato com o solo, o ponto de referência deve ser a base 
(KENDALL,1996, apud MORAES, 2002). 
 
32 
 
 
 
 
7 AVALIAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES 
É fundamental que a avaliação das alterações cinéticofuncionais, sejam 
globais e chegue ao real comprometimento do sistema osteomioarticular. 
(MARQUES, 1994, apud MORAES, 2002). 
Segundo DENYS- STRUYF (1995), Cadeias musculares, é a organização dos 
músculos em cadeias de forma integrada e global visando manter o indivíduo em 
equilíbrio postural. As cadeias musculares referem-se a um procedimento preventivo 
e/ou corretivo, sendo um método de leitura da postura e de conscientização, para a 
utilização adequada e harmoniosa do corpo visando preservar sua mecânica. 
Os músculos se organizam em cadeias, responsáveis por manter o indivíduo 
em equilíbrio. Segundo SOUCHARD (1986), são cinco as cadeias musculares: 
Cadeia respiratória: compreende os músculos escalenos, peitoral menor, 
intercostais, diafragma e seu tendão. Comprometimentos desta cadeia: protração dos 
ombros, tórax inspiratório, protração da cabeça e aumento da lordose lombar. 
Cadeia posterior: músculos espinhais, glúteo máximo, isquiotibiais, poplíteo, 
tríceps sural e os da planta do pé. Comprometimentos desta cadeia: protração da 
cabeça, desequilíbrios das curvas vertebrais, coxofemoral aberto, alterações do joelho 
e calcâneo (varo ou valgo), ângulo tíbio-társico aberto ou fechado. 
Cadeia anteromedial do quadril: iliopsoas, adutores pubianos (pectíneo, 
adutor curto, adutor longo, grácil e porção anterior do adutor maior). 
Comprometimentos desta cadeia: aumento da lordose lombar, flexão de quadril, 
rotação medial e adução do quadril, joelhos valgos. 
Cadeia anterior do braço: suspensores do braço, do antebraço, da mão e 
dedos. Trapézio superior, deltoide médio, coracobraquial, bíceps, braquiorradial, 
pronador redondo, palmares, flexores dos dedos e os músculos da região tenar e 
hipotenar. Comprometimento desta cadeia: ombros elevados, cotovelo fletido, 
pronação de antebraço e flexão de punhos e dedos. 
Cadeia anteromedial do ombro: subescapular, coracobraquial e peitoral 
maior. Prolonga-se pela cadeia anterior do braço. A perda de flexibilidade desta cadeia 
ocasiona adução e rotação medial do braço. Comprometimento desta cadeia: adução 
de ombros e rotação medial dos ombros. 
 
33 
 
 
 
 
8 DESVIOS PATOLÓGICOS DA COLUNA 
 
Fonte: jornalboavista.com.br 
A coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas na região do pescoço 
(lordose cervical), do tórax (cifose torácica), da cintura (lordose lombar) e da bacia 
(cifose sacrococcígea), que lhe conferem o aspecto de um S. Essas curvaturas são 
consideradas normais, porque resultam da adaptação natural do corpo humano a 
posições adotadas nas diferentes fases do desenvolvimento motor, incluindo o 
período embrionário e o nascimento. 
Tais alterações anatômicas são consideradas patológicas, quando há redução 
ou aumento acentuado de uma ou mais curvaturas, o que compromete o alinhamento 
da coluna e prejudica o bom desempenho de suas múltiplas funções. 
Pode-se dizer, portanto, que cifose e lordose são desvios normais da coluna 
vertebral, essenciais para sua integridade e o funcionamento do organismo. A 
principal característica da cifose é uma curvatura posterior no eixo da coluna, nas 
regiões torácica e sacral. Na lordose, a curva está presente nas áreas lombar e 
cervical da coluna e avança para frente do corpo, na direção do abdômen ou da 
garganta. Já a escoliose é considerada um desvio patológico da colunapara os lados 
(direito ou esquerdo), correlacionado com a rotação dos corpos vertebrais na parte 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/escoliose/
 
34 
 
 
 
 
convexa da curva. Essa rotação provoca uma proeminência denominada gibosidade 
(ou giba) que produz as deformidades próprias da doença num dos lados do tórax. 
As principais causas de desvios anormais da coluna são anomalias congênitas, 
processos patológicos que afetem as vértebras, hábitos viciosos de postura e 
traumatismos, mas eles podem também ter causas desconhecidas (idiopáticas). 
Hipercifose: A hipercifose torácica pode ser causada por osteoporose, 
osteocondrose espinhal, erros posturais e traumas. Ou ser multifatorial, envolvendo 
mais de uma dessas causas. Deve- se diferenciar a cifose de desvios posturais da 
cintura escapular (ombros caídos), apesar de que tais alterações quase sempre 
aparecem de forma conjunta. A hipercifose é um desvio postural causado pelo 
aumento da curvatura torácica do paciente. 
Características: Cabeça anteriorizada, cervical hiperextendida, escápulas 
abduzidas, torácica em flexão, lombar hiperextendida, pelve em inclinação anterior; 
flexores do quadril encurtados e joelhos hiperextendidos. 
Hiperlordose: A hiperlordose (aumento da curvatura lombar) pode causar 
dores quando a pessoa fica muito tempo em pé e ao praticar atividades que causam 
a extensão da coluna lombar. 
Escoliose: A escoliose é idiopática na maioria das vezes e pode ser originada 
na infância, na fase juvenil ou na adolescência, mas também pode ser decorrente de 
miopatias, osteopatias, alterações funcionais ou posturais. Pode haver cifose 
e lordose ao mesmo tempo, devidas a movimentos compensatórios de adaptação ou 
associação da cifose com a escoliose (cifoescoliose), normalmente por doença 
congênita. 
Possui como características: Cervical reta, ombro assimétrico, escápulas - 
abduzidas com a direita levemente deprimida, torácica e lombar - convexa a esquerda 
e pelve em inclinação lateral. 
 
35 
 
 
 
 
9 RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO POSTURAL 
9.1 Biofotogrametria 
A avaliação postural por intermédio da imagem fotográfica tem sido utilizada 
por muitos pesquisadores, embora alguns ainda se utilizem desse recurso apenas 
como uma forma de documentação e avaliação qualitativa, ou seja, apenas para 
detectar e registrar a presença de assimetrias, sem o uso de uma ferramenta para 
quantificar tais desvios. Dessa forma, com o grande desenvolvimento da informática, 
tem sido estudada a utilização de fotos obtidas analógica ou digitalmente para 
avaliação postural quantificava. 
 A avaliação postural por intermédio da imagem fotográfica tem sido utilizada 
por vários pesquisadores, embora alguns ainda se utilizem desse recurso 
como uma forma de documentação e avaliação qualitativa, ou seja, apenas 
para detectar e registrar a presença de assimetrias, sem o uso de uma 
ferramenta para quantificar tais desvios. Dessa forma, com o grande 
desenvolvimento da informática, tem sido estudada a utilização de fotos 
obtidas analógica ou digitalmente para avaliação postural quantificativa 
definida como fotogrametria ou bioestriometria. (YI, 2003, apud IUNES, 
2009). 
9.2 Fotogrametria 
A fotogrametria é uma técnica que utiliza uma câmera e softwares de avaliação 
para identificar pontos anatômicos em desequilíbrio. Para realizá-lo o avaliador deve 
posicionar o paciente próximo à câmera com os pés na posição correta. 
A câmera tira uma sequência de fotos que depois passa pelo software, que 
marca uma série de pontos anatômicos. Os principais pontos analisados pela 
fotogrametria são: Acrômio; Maléolos; Espinha Ilíaca; Trocânter Maior; Patela; Linha 
Articular do Joelho; Tuberosidade da Tíbia; Ângulo Inferior da Escápula; C7 e T3; 
Calcâneo; Ponto Médio entre Maléolos; Ponto Médio da Perna. 
Por ser um método de avaliação estática computadorizado a fotogrametria 
apresenta diversas limitações. Em primeiro lugar, ela é incapaz de realizar uma 
avaliação eficiente de membros superiores. Ela também realiza uma análise 
bidimensional, sem considerar todos os planos existentes no corpo. 
 
36 
 
 
 
 
O relatório gerado pela fotogrametria deve ser utilizado somente como um 
complemento para as outras avaliações realizadas em aula. Ele é incompleto e 
inconfiável demais para servir como base para planejar todo o tratamento ou identificar 
a causa dos desequilíbrios. 
GANGNET et al, descrevem a postura como sendo a composição do 
posicionamento de todos os segmentos corporais num determinado 
momento. Em qualquer exame clínico o estudo das alterações posturais 
requer a definição de uma postura de referência. Na postura ereta a 
referência é definida pela relação entre a linha de gravidade e os segmentos 
do corpo. (GANGNET, et al, 2003, apud, DUARTE, 2005). 
9.3 Software para Avalição Postural- SAPO 
Segundo DUARTE (2005), SAPO é um projeto que visa disponibilizar uma 
ferramenta livre e de código aberto para procedimentos científicos de análise postural. 
Além disso, o projeto SAPO tem como meta a criação de uma base de dados 
integrada, de âmbito nacional, de análises posturais da população brasileira. Isso o 
caracteriza como um projeto que deve operar em rede, e por simplicidade, utilizando 
a Web como base. Entretanto, aplicativos puramente Web rodam em navegadores, o 
que impõe limites para o acesso aos recursos locais. Dessa forma, escolhemos 
desenvolver um aplicativo instalável (desktop) para o usuário final e um aplicativo Web 
para a integração dos dados. 
Para avaliação de alterações posturais, uma eficiente alternativa está na 
utilização do Software de Avaliação Postural (SAPO). O SAPO consiste em 
um programa para computador gratuito que pode ser utilizado por 
profissionais da saúde para a mensuração da posição, comprimento, ângulo 
e alinhamento, entre outras propriedades, dos segmentos corporais de um 
indivíduo. (YI, 2008, apud DOS SANTOS, 2012). 
A lógica do programa e seus recursos de interface contemplam a calibração de 
escala, rotação de imagens para definição de vertical, ajuste de zoom, medição de 
ângulos e distâncias, marcação livre de pontos e principalmente a marcação de pontos 
segundo protocolos, dentre os quais o protocolo principal é o Protocolo SAPO. O 
programa também permite definir novos protocolos, que persistem no banco de dados 
local, em interface adequada. 
 
37 
 
 
 
 
9.4 Outros instrumentos utilizados na avaliação postural 
Balança antropométrica digital: permite medidas com precisão de 100 
gramas. Utilizada para determinação do peso corporal total. 
Lápis dermatográfico: utilizado para marcar os processos espinhosos, auxilia 
a verificação de alterações posturais durante o teste de gibosidade. 
Simetrógrafo ou Fio de prumo profissional: Utilizado para determinar se os 
pontos de referência estão alinhados com os pontos da postura padrão. 
Prancha de postura: tábua de madeira compensada de 60cm x 60cm na qual 
são desenhadas as impressões dos pés. Durante a avaliação, o indivíduo fica sobre 
a prancha postural com os pés na posição indicada pelas impressões podálicas. 
10 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO 
 
Fonte:gramho.com 
A correção postural pode ser realizada em várias posições: deitada, sentada 
e em pé, procurando individualizar tanto as desarmonias físicas, observadas 
através da avaliação; como as desarmonias dinâmicas evidenciadas e 
percebidas pelo indivíduo (TRIBASTONE, 2001, apud MORAES, 2002). 
Marcha significa locomoção, deambulação, caminhada. Possui um padrão 
cíclico de movimentos corporais que se repete indefinidamente a cada passo, ou seja, 
é um processo de locomoção. 
 
38 
 
 
 
 
A avaliação do movimento é indicada para compreender mecanismos da 
marcha patológica; quantificar o afastamento de padrões da normalidade; realizar uma 
comparação pré e pós-tratamento; sugerir correções das alterações encontradas; 
reproduzir os dados que ajudarãona reabilitação. 
10.1 Conceitos em Cinemática 
Cadência: É o número de passos dados em uma unidade de tempo, 
normalmente expresso como passos por minuto. 
Passo: É o espaço compreendido entre o contato inicial de um pé e o contato 
inicial do pé contralateral no solo. Pode ser expresso em tempo ou em comprimento. 
Passada: É o espaço compreendido entre o contato inicial de um pé no solo e 
o novo contato inicial do mesmo pé. Assim, uma passada corresponde a dois passos. 
A marcha em pontas é caracterizada pela ausência de contato do calcanhar 
com o chão na fase do contato inicial da marcha. (ENGELBERT, 2011, apud 
DOMINGUES, 2016). 
10.2 Ciclos/ Fases da Marcha 
Fase de apoio 
Fase de toque/ apoio do calcanhar (Contato Inicial): com o toque do calcanhar, 
ocorre o contato inicial do pé com o solo. Tipicamente, isto envolve todo o calcanhar 
ou apenas o calcâneo. 
Fase de contato (Aplainamento do pé): como a região plantar entra em maior 
contato com a superfície do solo, o indivíduo assume a posição de pé chato (ou pé 
plano). Durante o achatamento do pé, o corpo da pessoa começa a se desviar para 
frente com o momentum. 
Fase de apoio médio/ intermediário (Deslocamento anterior da tíbia): ponto no 
qual o peso corporal se move centralmente sobre o pé. 
Fase de saída do calcanhar/ impulso (Retirada do calcanhar): à medida em que 
o corpo continua em seu momentum para frente, o calcanhar acaba sendo elevado do 
solo em preparação para o próximo passo, que é o componente da saída do 
 
39 
 
 
 
 
calcanhar. Durante a saída do calcanhar, a maior parte do peso do corpo está apoiada 
sobre a porção anterior do pé (antepé). 
Fase de propulsão (pré-balanço): componente final da fase de apoio. O hálux 
é o último segmento a deixar o solo. 
Fase de balanço 
Fase de balanço inicial (Aceleração): durante a aceleração, o pé deixa o chão 
e se move anteriormente de uma posição ligeiramente posterior ao corpo para uma 
posição abaixo do corpo. Ocorre a flexão do joelho e a dorsiflexão do tornozelo, 
permitindo que o membro acelere para frente. 
Fase de balanço médio: é quando o membro está sob o corpo. 
Fase de balanço final (Desaceleração): à medida que o membro inferior 
continua a se mover anteriormente e reduz sua velocidade ao se preparar para outro 
toque do calcanhar, dizemos que está na fase de desaceleração. 
A marcha humana normal pode apresentar, portanto, períodos de apoio simples 
(apenas um dos pés está em contato com o solo) e períodos de duplo apoio (ambos 
os pés estão em contato com o solo. 
Durante a realização das atividades diárias, o corpo humano é 
constantemente submetido a forças externas, como as forças de reação e as 
forças de inércias. Essas forças externas são equilibradas por forças internas 
produzidas ou conservadas durante o movimento por músculos, ligamentos, 
tendões, fáscias e demais estruturas articulares. (FONSECA, et al., 2007, 
apud DA SILVA, 2010). 
10.3 Marchas anormais 
Marcha ebriosa: ataxia cerebelar; 
Marcha talonante; 
Marcha miopática: Marcha em sapo (miopatias), hiperlordose leva a fraqueza 
de adutores, como na Síndrome de Duchenne; 
Marcha a pequenos passos: Ataxia frontal. Ocorre em doenças como 
Parkinson; 
Marcha escarvante: Déficit de dorsoflexão do pé: Lesão de nervo fibular ou 
ciático ou raiz de L5. Os pés se elevam sem flexão dorsal e eversão; 
 
40 
 
 
 
 
Marcha ceifante: Síndrome piramidal. Ocorre hipertonia dos músculos 
extensores (não flete, pé caído), movimento de foice; 
Marcha parética: Lesão piramidal. Arrasta membro parético; 
Marcha atáxica: Lesão cerebelar. Não mantém linha reta; 
Coreia: Ocorre movimentos amplos (flutuação de tônus, mais distal), e 
desordenados, como onda; 
Marcha de Trendelenburg: Doença de Legg -Calvé-Perthes. 
Algumas alterações na biomecânica da marcha já foram apontadas quando 
há deficiência muscular. Por exemplo, quando o músculo glúteo máximo está 
fraco, pode haver uma impulsão do tórax para trás no momento do contato 
inicial para manter a extensão do quadril do membro inferior de apoio 
(MAGEE, 2005, apud DA SILVA, 2010). 
10.4 Equilíbrio 
 
Fonte: clivinat.com.br 
De acordo com a SILVEIRA (2006), equilíbrio é a capacidade de manter o 
centro de gravidade sobre a base de apoio com um mínimo de oscilação. Este, por 
sua vez, fica na dependência de um minucioso controle realizado pelo SNC sobre 
os músculos e articulações, de tal maneira que o corpo seja capaz de sustentar certas 
posições estáticas sem ser vencido pela força gravitacional ou ainda deslocando-se 
através de movimentos harmoniosos resistindo às forças contrárias. 
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/musculos-do-corpo-humano/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/articulacoes/
 
41 
 
 
 
 
Este controle é inconsciente, porém constante e dinâmico, com exceção de 
quando o corpo se encontra em repouso (deitado), pois para mantê-lo em determinada 
posição é necessário que haja tensão muscular, sendo que à medida que os 
movimentos são realizados, ocorre uma adequação dessa tensão. Este equilíbrio é 
fundamental, uma vez que, diferentemente dos outros animais terrestres, os humanos 
utilizam somente dois membros para locomover-se. 
Para que o SNC possa realizar os devidos ajustes constantemente, é 
imprescindível que o mesmo receba informações precisas ininterruptamente a 
respeito de cada uma das partes do corpo. Esta informação deriva-se de diferentes 
fontes. Em contrapartida, os receptores sensitivos presentes na pele e articulações 
encaminham informações ao encéfalo sobre a situação do corpo no espaço e sobre a 
posição relativa de cada parte do corpo. Já a visão é responsável por propiciar uma 
imagem global da situação do corpo em relação ao espaço que o envolve. Por fim, há 
também o aparelho vestibular localizado no ouvido interno que fornece informações 
sobre a posição e os movimentos da cabeça. 
A informação recebida por todas as partes do corpo chegam ao encéfalo de 
forma constante, especialmente aos centros nervosos situados no tronco cerebral e 
no cerebelo, locais onde ocorre a análise automaticamente das mesmas para que, por 
conseguinte, sejam envidas aos músculos ordens adequadas com a necessidade em 
questão. 
O controle postural deficitário é apontado como importante fator de risco para 
quedas em idosos, havendo indicativos de que diminui com o passar da 
idade, aumentando a velocidade de oscilação do centro de pressão (CP) 
durante a posição vertical. (MELZER, 2004, apud MENESES, 2012). 
Conforme MÜJDECI et al (2012), a principal queixa do desequilíbrio é a tontura. 
Sua origem está associada a diversas condições, podendo ser proveniente do sistema 
vestibular ou não, como: as disfunções cérebro vasculares, as doenças metabólicas 
e vasculares, alterações cervicais, doenças neurológicas, hipotensão postural, uso de 
medicamentos, dentre outras. Existem também captores que interferem no controle 
postural: os pés e os olhos. O comprometimento de um desses causará um 
desequilíbrio tônico postural e com ele um desarranjo das forças contrárias normais. 
Quando a informação advinda desses captores é desigual ou patológica, ela produz 
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/aparelho-vestibular/
https://www.infoescola.com/audicao/ouvido/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebelo/
 
42 
 
 
 
 
um ajustamento postural errôneo (que o organismo considera como correto), 
causando desequilíbrio 
O controle postural é importante para a execução de todas as tarefas diárias e 
pode ser medido por alguns instrumentos de avaliação funcional do equilíbrio. Entre 
estes processos podemos citar as escalas de equilíbrio de BERG e a de TINETTI. 
10.5 Escala de equilíbrio de BERG 
A escala de equilíbrio de Berg, foi criada em 1989, por Katherine Berg. É um 
instrumento validado, de avaliação funcional do equilíbrio estático e dinâmico, 
avaliando de forma objetiva e funcional os diferentes aspectosdo equilíbrio e o risco 
de quedas (principalmente em idosos), incluindo o efeito do ambiente na função. 
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG 
 Descrição dos itens Pontuação (0 -4) 
1 Sentado para em pé 
2 Em pé sem apoio 
3 Sentado sem apoio 
4 Em pé para sentado 
5 Transferências 
6 Em pé com os olhos fechados 
7 Em pé com os pés juntos 
8 Reclinar à frente com os braços estendidos 
9 Apanhar objeto no chão 
10 Virando- se para olhar para trás 
11 Girando 360 graus 
12 Colocar os pés alternadamente sobre um banco 
13 Em pé com um pé em frente ao outro 
14 Em pé apoiado em um dos pés 
TOTAL 
Fonte: scielo.br 
 
43 
 
 
 
 
Compreende de uma escala com 14 tarefas, com cinco hipóteses de avaliação. 
Especificamente de 0 a 4 para cada tarefa, onde Zero (0) é incapaz de realizar a tarefa 
e quatro (4), realiza a tarefa de maneira independente. O escore total varia de 0 a 56 
pontos. 
10.6 Escala de Tinetti 
A escala de Tinetti é uma escala de equilíbrio e mobilidade desenvolvida por 
Tinetti em 1986. Segundo Tinetti (1996), a mobilidade é a habilidade de se locomover 
num ambiente, sendo uma função complicada e, composta de múltiplas manobras. 
Estas manobras, por sua vez, dependem de uma integração de múltiplos 
características: físicas, cognitivas e psicológicas. 
A avaliação desta escala pode ser utilizada clinicamente para identificar: 
Componentes da mobilidade da pessoa que provavelmente estão a afetar as 
atividades da vida diária; Possíveis justificativas para dificuldades em manobras 
particulares (a observação direta da função orienta a procura para a compreensão das 
anormalidades); Outros problemas, que a pessoa é susceptível (por exemplo: 
quedas); Intervenções que auxiliam na reabilitação e na prevenção e que podem 
melhorar a mobilidade. Consiste numa escala de 16 tarefas que são avaliadas por 
meio da observação do examinador. A cada tarefa a resposta pode ser classificada 
como: Normal: 0; 
Adaptável:1; 
Anormal:2. 
São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo 
48 pontos. O valor abaixo de 19 pontos e entre 19 e 24 pontos representam 
respectivamente um alto e moderado risco de quedas. 
O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas: de equilíbrio e de marcha. 
A primeira possui nove itens: equilíbrio sentado, levantar da cadeira, tentativas de 
levantar, equilíbrio em pé, equilíbrio ao girar. Já a segunda possui sete: início da 
marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos 
passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. Nas tarefas/manobras em que é 
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2384261787971135572
 
44 
 
 
 
 
necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a avaliação numa cadeira rígida, 
sem braços e costas eretas. 
ESCALA DE TINETTI 
1- Equilíbrio sentado Escorrega 
Equilibrado 
0 ( ) 
1 ( ) 
2- Levantamento Incapaz 
Usa os braços 
Sem os braços 
0 ( ) 
1 ( ) 
2 ( ) 
3- Tentativas de levantar Incapaz 
Mais de uma tentativa 
Única tentativa 
0 ( ) 
1 ( ) 
2 ( ) 
4- Assim que levanta 
(primeiros cinco segundos) 
Desequilibrado 
Estável, mas usa suporte 
Estável sem suporte 
0 ( ) 
1 ( ) 
2 ( ) 
5- Equilíbrio em pé Desequilibrado 
Suporte ou base de sustentação maior 
de 12 cm 
Sem suporte e base estreita 
0 ( ) 
1 ( ) 
 
2 ( ) 
6- Teste dos três tempos Começa a cair 
Agarra ou balança (os braços) 
Equilibrado 
0 ( ) 
1 ( ) 
2 ( ) 
7- Olhos fechados (mesma 
posição do item 06) 
Desequilibrado, instável 
Equilibrado 
0 ( ) 
1 ( ) 
8- Girando a 360º Passos descontínuos 
Passos contínuos 
Instável (desequilíbrios) 
Estável (equilibrado) 
0 ( ) 
1 ( ) 
0 ( ) 
1 ( ) 
9- Sentado Inseguro (erra a distância e cai na 
cadeira) 
Usa os braços ou movimentação 
abrupta 
Seguro, movimentação suave 
0 ( ) 
 
1 ( ) 
 
2 ( ) 
 
Fonte: efdeportes.com 
 
 
45 
 
 
 
 
Para definir o equilíbrio e a marcha, o Índice de Tinetti é bem aplicado, uma 
vez que detecta alterações na locomoção, diagnostica e quantifica a 
gravidade do comprometimento e prediz o risco de quedas. (FREITAS et al., 
2002 apud CARVALHO, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
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