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1 - Resfriado Comum, Gripe, Sinusite, Otite média e Bronquites

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As infecções do trato respiratório superior estão entre as mais comuns em consultas de atenção primaria, em geral são doenças 
leves, mas apresenta suas altas taxas de incidência e transmissão. Apesar de pequena parcela das doenças serem causadas por 
bactérias (25%), há grande prescrição de antibióticos para tratar essas doenças (aumenta a resistência bacteriana). 
A maioria dos problemas das vias superiores são causadas por vírus. Mas é difícil distinguir os pacientes com infecção bacteriana 
primária de viral primaria, isso por que os sinais e sintomas são bem parecidos. 
RESFRIADO COMUM................................................................................................................................................................... 
É uma enfermidade benigna autolimitada. É a doença aguda mais frequente 
em todo o mundo (500 milhões de caso por ano) 
Patógeno: São conhecidos mais de 200 vírus, mas a maioria dos agentes 
causadores são vírus como rinovírus (30-50%) são vírus de RNA que infectam 
o epitélio respiratório, coronavírus (10-15%) ... 
→ Dados recentes sugerem que o Rinovírus podem ser associados a 
bronquiolite em crianças. 
Epidemiologia: A incidência está relacionada tanto com a idade (de 6 por ano 
em crianças a 2 por ano em adultos, idosos ainda mais difícil pelo acumulo da imunidade), local de trabalho. Ocorre o ano todo 
em climas temperados, mas tem um aumento entre o inicio do outono e final da primavera. Nessa “temporada” consiste em 
surtos sequenciais provocado por diferentes vírus respiratórios. 
Fisiopatologia: Os patógenos respiratórios são propagados pelo contato direto com indivíduos ou objetos contaminados. 
Independente do tipo de rota o resfriado comum é caracterizado pela infecção do epitélio nasal. 
Influenza e Adenovírus produzem um dano mais evidente no epitélio, já o Rinovírus e Vírus Sincicial não causa tanto dano. Mas 
independente as Fisiopatologia, todos os vírus irão desencadear uma reposta inflamatória ao hospedeiro a qual é responsável 
por muitos sinais associados ao resfriado comum. caracterizada pela 
liberação de uma variedade de citocinas e por remoção da mucosa 
→ Obstrução nasal: Parece resultar principalmente do fluxo 
sanguíneo aumentado, bem como o aumento da secreção nasal. 
→ Rinorreia: É resultado da permeabilidade vascular elevada com o 
extravasamento de soro nas secreções nasais. E a produção 
elevada de muco. 
→ Tosse: Desencadeada por múltiplos fatores, relação alterações 
neurais com a irritação dos receptores das vias aéreas superiores, 
gotejamento pós-nasal gera a irritação faríngea. 
O risco a infecção após a exposição é dependente da presença de anticorpos neutralizantes específicos. A frequência de 
infecção desses vírus se dá pela grande quantidade de sorotipos distintos de Rinovírus e Adenovírus, em virtude da mutação 
rápida dos antígenos presentes na superfície do vírus. 
A deficiência de ligação lectina-manose está associada a um aumento de incidência de resfriados comuns em crianças 
pequenas. Mas a proteção por essa resposta inata pode tornar-se menos importante à medida que a criança se expõe a uma 
variedade de infecções desenvolvendo uma variedade especifica. 
Manifestações Clinicas: 
A incubação do resfriado é geralmente curta de 2 a 8 dias (adenovírus incubado até 13 dias). Uma pessoa com a doença pode 
transmitir o vírus em um período compreendido entre 2 dias antes do surgimento dos sintomas e 5 dias após a apresentação 
clínica de tal enfermidade 
Principais sintomas: dor e irritação na garganta é geralmente a primeira manifestação, espirro também é comum e inicial. A 
rinorreia, congestão nasal se desenvolvem após o segundo ou terceiro dia. A tosse geralmente se desenvolve posteriormente a 
enfermidade e se torna um dos sintomas mais inconvenientes. 
 
→ O resfriado comum é de ate 1 semana, mas 25% chega a 2 semanas. Síndrome catarral aguda 
Os achados físicos são limitados ao TRS, sendo que o aumento de secreção é evidente ao examinador, sendo que alterações na 
cor das secreções é comum no decorrer so curso da doença, e não estão associados a sinusite e nem em infecção bacteriana. 
Os sintomas mais variáveis são febre (mais comum em crianças pequenas ou lactantes), mal-estar, espirros, linfadenopatia e 
rouquidão 
Tem como fatores de risco que aumentam a gravidade da doença a baixa idade, prematuridade, tabagismo, doença crônica, 
imunodeficiência e desnutrição 
Diagnóstico: Essencialmente clínico, a presença dos sintomas descritos, associados à sazonalidade e à possibilidade de contato 
A renite alérgica tem conjunto de sintomas semelhastes ao resfriado comum, mas a presença de coceira no nariz ou conjuntiva 
sugira a doença alérgica. Se a rinorreia persiste sem melhora por mais de 10 dias pode sugerir presença de sinais de sinusite 
bacteriana. 
Em geral exames laboratoriais de rotina não são úteis para o diagnóstico e tratamento do resfriado comum. Mas os patógenos 
associados a doença podem ser detectados por meio de cultura, detecção de antígenos, mas em geral são pouco utilizados. 
TRATAMENTO: 
→ Congestão Nasal: Se dá por uso de descongestionantes (tanto tópicos quanto orais) 
→ Rinorreia: é feito, principalmente por bloqueio dos estímulos colinérgicos da secreção 
granular (Brometo de Ipratrópio = 22-31% efeitos colaterais irritação nasal e 
sangramentos), placebo pode em spray (+ Xilometazolina) 
→ Tosse: Por conta da obstrução nasal ou gotejamento pós nasal ela pode responder ao 
tratamento de anti-histamínicos + descongestionante. Caso ela persista mesmo após 
sintomas de resfriado passarem + associada a rinorreia não remitente pode estar 
associada a uma sinusite e necessitar antibióticos. 
→ Dores: Anti-inflamatórios não esteroides. Apesar de não aliviarem a rinorreia, tosse ou congestão nasal. 
COMPLICAÇÕES: Uma das complicações é a sinusite, dados mostram que 0,5 a 2,5% dos adultos podem desenvolver sinusite 
bacteriana após quadro agudo de resfriado. A otite média aguda foi diagnosticada em associação com 30% de infecções virais, 
principalmente em crianças. Além das infecções do trato respiratório inferior, como as pneumonias e bronquites 
 
GRIPE.......................................................................................................................................................................................... 
Influenza é uma doença respiratória febril aguda que ocorre em surtos anuais de gravidade variável e causa epidemias 
mundiais (pandemias) imprevisíveis. Vírus infecta o trato respiratório, é altamente contagioso e produz sintomas sistêmicos. 
→ Infecção por influenza pode produzir várias síndromes: resfriados comuns, faringite, traqueobronquite e pneumonia. 
O vírus influenza A com sus mutações já causou 5 pandemias com gravidades diferentes 
Patógeno: Vírus da influenza são divididos em 3 tipos: A, B e C que se distinguem por suas proteínas internas e externas. 
→ Tipo A: grande variabilidade antigênica, muita capacidade de gerar pandemia por conta disso 
→ Tipo B: grande variabilidade antigênica também, mas menos que o A, tem capacidade de gerar epidemias. 
→ Tipo C: grande estabilidade antigênica, provoca doença leve (nos imunocompetentes) 
Os nomes dos vírus dependem do tipo de hemaglutinina (H1 a H15) e neuraminidase (N1 a N9). Ex.: H3N3) 
Neuraminidase (ajuda vírus a se separar da célula infectada) hemaglutinina (permite vírus reconhecer e se ligar nas células) 
EPIDEMIOLOGIA 
Climas temperados as epidemias sazonais do vírus ocorrem principalmente durante o tempo de inverno, comparado às regiões 
tropicais onde pode ocorrer ao longo do ano. 
Variação Antigênica E Genética: A antigenicidade mutável das glicoproteínas se superfície é responsável em grande parte dasepidemias repetidas. 
Anticorpos contra HA (neutralizam a infectividade) NA (Limitam a replicação viral) 
→ Drift Antigênico: pequenas alterações que ocorrem frequentemente dentro de um vírus da influenza A ou B. Resulta de 
mutações pontuais no segmento de RNA que codifica o HA. A seleção imunológica favorece a transmissão da nova 
variedade, pela presença menos frequente de anticorpo contra o novo vírus. 
→ Shift Antigênico: Aparecimento de um vírus de influenza A com glicoproteínas HA ou HA e NA novas para humanos. Ou 
no reaparecimento de um vírus após décadas de ausência, pode causar pandemia. 
Epidemia: surto de uma doença em uma determinada região, os números elevados de crianças em idade escolar são com 
enfermidade respiratória febril são geralmente o primeiro alerta para da influenza em uma comunidade, após seguindo para 
adultos, e posteriormente até admissão hospitalar... Há a morbidade principalmente de pessoas mais velha. 
FISIOPATOLOGIA: Enquanto o rinovírus e o coronavírus não causam lesão epitelial nas células nasossinusais, a influenza e o 
adenovírus geram uma lesão significante no epitélio nasal. 
→ Os vírus também podem suprimir as funções dos neutrófilos, macrófagos e linfócitos. O influenza vírus penetra nas 
células epiteliais do trato respiratório superior e se replica, as células danificadas destacam-se da membrana basal e 
as células epiteliais afetadas tornam-se então alvos para a infecção 
Transmissão ocorre de pessoa para pessoa por gotículas respiratórias, contato direto (aperto de mão, beijo), contato indireto 
(toalhas, restaurante), incubação em média de 2 dias, varia de 1 a 4, e a quantidade de vírus em espécimes no trato 
respiratório se correlaciona com a gravidade da doença bem como a respostas da própria imunidade do indivíduo. 
 A transmissão dura 3-5 dias, podendo chegar a 7 em crianças, imunodeprimidos pode persistir no corpo por semana a meses. 
Infecções bacterianas secundárias se desenvolvem como resultado de flora bacteriana alterada, lesão do epitélio brônquico, 
funções diminuídas dos leucócitos, acumulação de líquido alveolar e exposição mediada pela NA viral 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
Síndrome gripal: início abrupto da doença, com sensação de febre, frio, calafrios, cefaleia, mialgia, mal estar. Prostração em 
casos mais graves. Mialgia e cefaleia dependem do nível de febre. Também pode ter sintomas oculares: fotofobia, 
lacrimejamento, ardência e dor a movimentação. 
Tosse seca e corrimento nasal estão presentes desde o início, mas são superados pelos sintomas sistêmicos. Obstrução nasal, 
rouquidão, dor de garganta. Tosse, lassidão (pouca força) e mal-estar pode persistir por várias semanas até a recuperação. 
Ao exame físico: febre é o mais importante achado físico inicial se eleva de forma rápida (38-40C) no período de 12h, de início o 
paciente apresenta-se toxemiado, face ruborizada e pele quente e úmida, olhos lacrimosos e avermelhados, corrimento nasal 
transparente é comum, mucosa do nariz e garganta é hiperemiada, sem exsudato. Pequenos linfonodos cervicais dolorosos 
 
COMPLICAÇÕES: 
→ Respiratórias: 3 síndromes pneumônicas foram descritas: viral primária por influenza, bacteriana secundária, mista 
As infecções pelo vírus influenza frequentemente associadas a outras complicações do trato respiratório, incluindo 
exarcebações de bronquite crônica, asma, fibrose cística, laringite bronquiolite, otite media, sinusite... 
→ Não pulmonares: síndrome de Reye, síndrome do choque tóxico, surtos de infecção meningocócica, miosite, elevação 
de níveis de creatinina em crianças, rabdomiólise, coagulação intravascular disseminada. 
→ GRUPOS DE RISCO: Gestantes, Imunossuprimidos, idade (< 5 anos e > 60 anos), Comorbidades, População indígena 
DIAGNÓSTICO: A influenza não pode ser distinguida da infecção causada por inúmeros outros vírus que produzem 
manifestações clinicas semelhantes, mas em uma endemia a presença de febre e tosse possuem valor positivo de 80%. 
Coleta de amostras por swab de orofaringe, secreções nasais, escarro, ou 
traqueias apresentam vírus que podem ser isolados para diagnóstico. 
A abordagem atual mais útil clinicamente é o uso de sonda molecular 
baseada em técnica de real-time PCR que amplifica segmentos 
específicos do genoma da influenza. Métodos sorológicos são menos 
úteis porque exigem soro convalescente obtido 14 a 21 dias após infecção 
TRATAMENTO: 
→ Rimantadina ou Amantadina Oral: encurta duração da febre e sintomas sistêmicos e respiratórios, podem causar efeitos 
gastrointestinais. Ineficazes contra Influenza B. 
→ Zanamivir Inalado e Oseltamivir Oral (pode causar náuseas e vômitos): Inibem NA. Terapia até 2 dias após o início da 
doença reduz os sintomas, tempo de recuperação e complicações respiratórias inferiores como bronquite e pneumonia. 5 
dias, 2x/dia 
→ Antipiréticos e Supressores da Tosse: não usar aspirina porque <16 anos pode causar Reye 
Tem vacina que é feita anualmente com os vírus que 
estão em mais circulação, que deve ser aplicada antes 
do inverno e contraindicada para alérgicos a ovo de 
galinha. A vacina inativa por injeção intramuscular 
fornece cerca de70-90% de proteção contra a 
enfermidade. Idosos acima de 65anos, criança em 
idade de creche... 
 
SINUSITE..................................................................................................................................................................................... 
Rinossinusite é um quadro inflamatório da mucosa de revestimento nasal e seios 
paranasais. O seio afetado mais comumente é o maxilar, depois vem o etmoidal, frontal 
e esfenoidal. 
Existe uma tendência em substituir o termo clássico sinusite por rinossinusite, em 
virtude da dificuldade de se estabelecer limites precisos para os processos inflamatórios 
que acometem a mucosa nasossinusal. Clinicamente, a inflamação do seio (sinusite) 
raramente ocorre sem a inflamação concomitante da mucosa nasal contígua. 
Fisiopatologia: Os seios são revestidos por epitélio respiratório com células caliciformes 
secretoras de muco, que são transportados para cavidade nasal pelo óstio sinusal. Tem 
problema quando tem retenção da secreção por obstrução dos óstios ou deficiência no 
movimento ciliar, causando um acumulo de secreção e com a obstrução fica mais suscetíveis a infecção de vários patógenos: 
Vírus, bactérias, fungos 
(A cavidade nasal e os seios paranasais têm várias funções: Ajudar a filtrar o ar que respiramos. Aquecer e umidificar o ar que 
chegará aos pulmões.) 
Epidemiologia: Afeta grande parte da população (1 em 7), sendo responsável por milhes de consultas medicas da atenção 
primaria, sendo o 5 diagnostico mais comum para o uso de antibióticos. 
Sendo normalmente classificada quanto a duração (aguda X crônica) e quanto a etiologia (infeciosa X não infecciosa) obs.: 
infeciosa pode ser por patógenos: vírus, bactérias ou fungos. 
→ Rinossinusite Aguda: Duração com menos de 4 semanas, tipo mais comum, geralmente consequência de ITRS viral 
precedente, entretanto é difícil com base apenas nos achados clínicos diferenciar rinossinosite aguda bacteriana ou 
viral, colaborando para a prescrição excessiva de antibióticos (85-98%). 
A obstrução pode ocorrer por casos não infecciosos: rinite alérgica (edema mucosa), barotrauma (ex.: mergulho profundo) 
exposição irritante química, tumores paranasais, mudanças no conteúdo do muco, redução da depuração domuco, intubação 
nasotraquea, rinossinusite hospitalar. 
Infecciosos 
→ Viral: Muito mais comum que a bacteriana, principal etiologia, por rinovírus, influenza e parainfluenza, duração <10 dias 
→ Bacteriana: mais causada por Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus Influenzae são as mais comuns 50-60%, em 
crianças o Moraxella Catarrhalis é comum (20%), o restante dos casos é causado por Estreptococos e Staphylococcus 
aureus resistente a meticilina. Duração >10 dias em adultos e >14 nas crianças, com3 ou+ desses sintomas: rinorréia 
purulenta unilateral, dor facial intensa, febre > 38, piora após período de melhora, edema facial unilateral, dor dental 
→ Fúngica: maioria acontece em pacientes imunocomprometidos, como a murcomiose rinocerebral causada por fungos da 
ordem Mucorales. 
Manifestações clínicas: Entre os sinais comuns temos: congestão nasal, rinorréia anterior ou posterior, dor facial à 
compressão (mesma localização do seio acometido), cefaleia, hiposmia. Corrimento com cor alterada/purulento pode ser 
sinal de rinossinusite mas também pode ocorrer no resfriado comum 
→ Manifestações inespecíficas são tosse (principalmente crianças), espirro e febre. Dor de dente (seio maxilar) está 
associada à rinossinusite bacteriana. 
→ Rinossinusites esfenoidais e etmoidais podem ter manifestações intensas: dor frontal ou retro-orbital com irradiação 
para o occipício, trombose do seio cavernoso e sinais de celulite orbital. 
OBS.: A dor sinusal a compressão tem a mesma localização do seio acometido, muitas vezes (seio maxilar) pode agravar a dor 
quando se curva ou deita 
→ Pacientes com Rinossinusite fúngica apresentam sintomas decorrentes do aumento de pressão, principalmente por 
infecção que se estende nas orbitas e seios cavernosos. 
Diagnostico: é muito complicado diferenciar viral de bacteriana, mas uma conduta a ser seguida para decisão diagnostica é a 
duração da doença: 
→ Rinossinusite bacteriana aguda é incomum pacientes com sintomas a menos de 10 dias, diagnostico para mais de 10 
dias em adultos ou mais de 10-14 em crianças acompanhado de (secreção purulenta, obstrução nasal e dor na face) 
→ Em pacientes imunodeprimidos é importante o paciente seja examinado por um otorrinolaringologista, coletar 
biopisia para patologista procurar hifas 
→ Hospitalar: Pedir TC e se fazer teste de cultura para sensibilidade para aplicar o antibiótico correto. 
Tratamento: A maioria dos pacientes com rinossinusite aguda melhora sem antibióticos 
→ Com sintomas leves e menos de 5 dias aliviar os sintomas e drenar 
seios com analgésicos, descongestionantes e lavagem nasal com 
soro fisiológico, caso não melhore continuar e adicionar corticoide 
tópico 
→ Com sintomas graves usar antibiótico oral (amoxicilina para S 
Pneumoniae e H influenza), se não responder a antibioticoterapia 
fazer TC, solicitar avaliação de especialista 
→ Suspeita de complicações graves como abcessos intracranianos 
fazer internação, internação cirúrgica, bem como os 
imunodeprimidos com fungos 
 
Sinusite Crônica: Caracterizada por sintomas de inflamação sinusal com duração maior que 12 semanas, geralmente associada 
a fungos e bactérias, difícil cura clínica. 
Muitos pacientes já receberam muitas prescrições de antibióticos, seios paranais operados, aumentando o risco de 
contaminação e resistência. Apresentam elevadas taxas de morbilidade, as vezes por vários anos 
→ Bacteriana: causada por deficiência na depuração mucociliar causada por infecções repetidas. Fibrose cística predispõem à 
rinossinusite bacterina crônica, mas a maioria não tem a doença. Congestão nasal constante, pressão dos seios paranasais, 
com períodos intermitentes mais graves que podem persistir por anos. 
TC pode ajudar na identificação da extensão da doença, detectando algum defeito anatômico subjacente ou algum processo 
obstrutivo (pólipo) e avaliando a resposta ao tratamento. Encaminhar para um otorrino para exames endoscópicos e amostra 
de tecido para exames histológicos. 
→ Fúngica: mais comum em imunocomprometidos, geralmente não invasiva associada a fungos hialinos e dematiaceos. Na 
doença leve e indolente detectada quando antibioticoterapia não funciona, cirurgia endoscópica é curativa, sem 
necessidade de antifúngico. Pode aparecer com sintomas arrastados, muitas vezes unilateral, e com opacificação de apenas 
um dos seios nos exames de imagem, sem invasão vascular, causada por um micetoma (bola fúngica). 
Pode ser apresentada também na forma de Rinossinusite fúngica alérgica, geralmente em pacientes com polipose e asma, e já 
fez cirurgia dos seios paranasais. Produzem muco espesso, com muitos eosinófilos e contem hifas fúngicas. 
Tratamento: Bacteriana consiste em ciclos de antibióticos com escolha por teste de sensibilidade (duração de 3-4 semanais +), 
administração de glicocorticoides intranasais, irrigação do seio paranasal com solução fisiológica estéril, se tudo falhar faz 
cirurgia. Fúngica é a remoção cirúrgica do muco por cirurgia. 
 
Infecções da Faringe (FARINGO-AMIDALITE) ............................................................................................................................... 
Infecção aguda de faringe, tonsilas, ou ambas vão desde doenças virais leves até infecções bacterianas graves que ameaçam a 
vida. Sintoma mais comum é a dor de garganta e apesar de estar associados a muitas outras doenças não infecciosas a maioria 
dos pacientes com início recente da dor apresenta faringite aguda viral ou bacteriana com início recente. 
→ Antes dos 3 anos, a prevalência das infecções bacterianas de orofaringe é baixa pela IgG materna 
FARINGITE AGUDA: maioria causada por viroses respiratórias comuns, no caso de Estreptococos Beta Hemolíticos do grupo A 
(S Pyogenes) tem que ter mais preocupação, pois é associada à glomerulonefrite aguda e febre reumática (raro) 
Etiologia: Muitos microrganismos podem causar faringite, mas em 30% dos casos não é possível identificar o agente. 
→ Viral: mais comuns são rinovírus e coronavírus, influenza e parainfluenza são mais sazonais, adenovírus mais grave 
associado a febre faringoconjuntival. Herpes vírus simples 1e2, Citomegalovírus, Epstein-Barr e Infecção aguda pelo HIV 
também podem causar faringite aguda. 
→ Bacteriana: predominantemente causada pelo S Pyogenes correspondendo a 5-15% dos casos em adultos 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: embora os sinais e sintomas não sejam tão confiáveis eles as vezes sugerem o agente causador 
→ Rinovírus e coronavírus: geralmente não é grave, costuma estar associada a um conjunto de sintomas relacionados com 
coriza. Febre é rara e não há exsudato ou dor nos gânglios linfáticos cervicais. 
→ Vírus influenza: pode ser grave associado com febres, mialgias, cefaleia e tosse. 
→ Adenovírus: se assemelha com a estreptocócica pela possível presença de 
exsudato faríngeo, presença de conjuntivite pode ser um indicativo. 
→ HSV (Herpes vírus simples) também pode causar inflamação e exsudato faríngeo 
→ presença de vesículas e ulceras rasas no palato diferencia de faringite 
estreptocócica. 
→ Vírus COXSACKIE (herpangina) causa pequenas vesículas no palato mole, úvula e 
depois rompem formando úlceras brancas rasas. 
→ Mononucleose infecciosa por EBV (vírus Epstein-Barr) ou CMV (citomegalovírus): 
muito exsudato, febre, fadiga, linfadenopatia generalizada, esplenomegalia. 
→ HIV: no caso da infecção primária. Febre, faringite aguda, mialgia, artralgias, 
erupções maculopapular sem pus, sucedido por linfadenopatia e ulcerações da mucosa sem exsudato. 
→ Infecção estreptocócica dos grupos A, C e G: são semelhantes, vaiando desde doença leve com poucos sintomas a casos 
graves com dor faríngea intensa, febre, calafrios, dor abdominal. Membrana faríngea com hiperemia, hipertrofia tonsilar 
além de exsudato e adenopatia cervical dolorosa. Sem coriza e tosse 
→ Gonocócica e diftérica: muitas vezes se apresentam como faringite exsudativa, com ou sem outras manifestações. 
DIAGNÓSTICO: objetivo é distinguir a faringite viral de bacteriana (evitando antibióticos sem necessidade), cultura de swabs da 
garganta pode ser método mais apropriado, porém é incapaz de diferenciar a colonização e infecção, e requer de 24-48h para 
os resultados que variam de acordo com a técnica de cultura. 
Testes rápidos de detecção de antígeno tem especificidade elevada (> 90%), porém sensibilidade baixa. Se sintomas forem 
compatíveis com vírus não precisa testepara bactérias. Culturas e testes rápidos para outras causas de faringite aguda, como 
vírus influenza, adenovírus, HSV, EBV, CMV e M. pneumoniae podem ser usados quando se suspeita dessas infecções. 
O diagnóstico de infecção aguda por EBV depende principalmente da detecção de anticorpos contra o vírus com ensaio de 
aglutinação heterófila (monoteste) ou ensaio por imunoabsorbância ligado à enzima. 
TRATAMENTO: com antibioticoterapia tem redução do risco de febre reumática, mas o benefício é pequeno, pois febre 
reumática atualmente é uma doença rara mesmo em pacientes que não recebem tratamento. 
Recomenda-se antibioticoterapia nos casos em que se tenha confirmado o S. pyogenes como agente etiológico pelo teste 
rápido de detecção de antígeno ou por cultura de swab de orofaringe. Caso contrário, os antibióticos só devem ser prescritos 
quando for identificada outra etiologia bacteriana. 
→ O tratamento efetivo para faringite estreptocócica 
é feito com penicilina benzatina em dose única IM 
ou com penicilina oral por 10 dias. 
→ Viral Tratamentos de suporte incluem analgesia, 
hidratação e repouso 
No caso da faringite viral o tratamento é só sintomático, 
menos quando é vírus influenza (amantadina e 
rimantadina, junto com inibidores da neuroamidase) ou 
HSV (aciclovir), e o tratamento deve ser iniciado 48h 
após o início dos sintomas para um tratamento eficaz 
 
COMPLICAÇÕES: febre reumática é a complicação mais conhecida da faringite estreptocócica aguda, apesar de risco baixo. 
Glomerulonefrite aguda, abcesso peritonsilar, otite média, mastoidite, rinossinusite, bacteremia e pneumonia possuem baixa 
incidência. 
 
INFECÇÕES DA LARINGE.............................................................................................................................................................. 
Processo inflamatório que envolve a laringe, podendo ter causas infecciosas ou não. A laringite aguda é a doença mais comum 
causada por vírus responsáveis por outras ITRS 
ETIOLOGIA: 
→ Principal causa é vírus respiratório: rinovírus, influenza, parainfluenza, adenovírus, coxsackie, coronavírus e VSR. 
→ Infecções bacterianas agudas: como estreptococos, M. Catarrhalis é uma bactéria bem encontrada na cultura de 
nasofaringe. 
→ Laringite Crônica causada por Mycobacterium tuberculosis é difícil distinguir do câncer de laringe o Cândida também pode 
causar, está associada à candidíase oral ou esofagite, principalmente em imunodeprimidos. 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: 
Rouquidão, redução timbre de voz ou afonia, junto aos sintomas de ITRS Viral, que é rinorréia, congestão nasal, tosse e dor de 
garganta. 
→ Laringoscopia revela eritema laríngeo difuso, edema e ingurgitamento vascular das pregas vocais. Em pacientes com 
doenças crônicas como laringite tuberculosa, pode haver nódulos mucosos e ulcerações visíveis, que confundem c/ câncer 
TRATAMENTO: Laringite Aguda tratada com umidificação e repouso da voz, só recomenda antibiótico (penicilina) quando 
identifica estreptococos do grupo A. 
→ Crônica depende do patógeno, exige biopsia e cultura. 
DIFTERIA 
Acomete principalmente crianças entre o primeiro e sétimo ano de vida. Vai-se tornando cada vez menos frequente, devido ao 
uso difundido da vacinação antidiftérica. Causada pelo Corynebcterium diphteriae, um bacilo Gram-positivo produtor de 
endotoxinas e exotoxinas, responsáveis pelos fenômenos locais e sistêmicos da doença. 
Período de incubação variando de 2 a 4 dias, febre, queda do estado geral, pulso rápido, linfonodomegalia cervical, palidez, 
hipotensão, adinamia e albuminúria. Ao exame observa-se pseudomembranas branco-acinzentadas, aderidas à mucosa, 
resistentes ao descolamento com espátulas, deixando o leito sangrante quando removidas, localizadas sobre as amígdalas, 
pilares amigdalianos, úvula e podendo se estender até ocupar todo o trato aerodigestivo, resultando em obstrução das vias 
aéreas. 
O diagnóstico sugerido pelo quadro clínico é confirmado: pelo exame bacterioscópico direto e pela cultura de exsudatos 
faríngeos ou de fragmentos de pseudomembrana em meios de Klebs-Loeffler.as vias aéreas. 
Na suspeita de difteria, o paciente deverá ser internado e iniciar soro antidiftérico 50.000 a 100.000 unidades, por via 
intramuscular ou subcutânea o mais precocemente possível. A penicilina deve ser utilizada para a erradicação do foco 
infeccioso. 
BRONQUITES VIRAIS 
Bronquite corresponde à inflamação da parede brônquica associada a diversas condições, como causas: 
1) Inflamatórias: asma; 
2) Pneumopatias crônicas: displasia broncopulmonar, bronquiectasias, fibrose cística, discinesia ciliar, tráqueo e 
broncomalácia; 
3) Doenças crônicas: desordens da deglutição, refluxo gastroesofágico, cardiopatia congênita e imunodeficiências; 
4) Malformações congênitas: anéis vasculares (compressão extrínseca de estruturas de vias aéreas) e hemangiomas 
(compressão intrínseca); 
5) Aspiração de corpo estranho; 
6) Infecções: vírus, Chlamydia, Ureaplasma, Mycoplasma pneumoniae, Bordetella pertussis 
A bronquite aguda é uma síndrome de etiologia predominantemente viral, sendo a tosse o principal sintoma. Assim, 
associados aos sintomas respiratórios altos (coriza e obstrução nasal), sintomas constitucionais e tosse protraída persistem 
por uma a três semanas. O escarro pode ser purulento por causa da descamação do epitélio. A doença é autolimitada. É 
fundamental afastar pneumonia bacteriana. 
Supressores da tosse podem produzir alívio temporário, mas aumentam o risco de supuração secundária. Anti-histamínicos e 
expectorantes também não estão indicados. A bronquite asmática é um termo em desuso; sibilância e inflamação brônquica são 
achadas na asma, cujas exacerbações estão frequentemente relacionadas a Infecções das Vias Aéreas Superiores (IVAS). 
Por sua vez, a bronquite crônica é uma entidade bem definida em adultos e caracteriza-se por tosse produtiva por três 
meses/ano ou mais durante no mínimo dois anos. Em adultos, cerca de 80% das doenças obstrutivas pulmonares crônicas 
estão relacionadas à história de tabagismo. Na infância, os casos de bronquite crônica são encontrados na fibrose cística, 
displasia broncopulmonar e bronquiectasias. 
OTITE MEDIA AGUDA. 
A otite média é um distúrbio inflamatório que ocorre como resultado da disfunção da tuba de 
Eustáquio, associada a doenças como ITRS e rinossinusite crônica. A resposta inflamatória tem 
produção de um transudato estéril dentro da orelha média e cavidades mastoides. 
FISIOPATOLOGIA 
A tuba auditiva (TA) é um ducto osteocartilaginoso que comunica a orelha média e a 
rinofaringe. Apresenta três funções principais em relação à orelha média: proteção contra secreção e gradiente de pressão da 
nasofaringe, drenagem de secreção da orelha média para a nasofaringe e ventilação para equalizar pressão da orelha média 
com a pressão atmosférica. 
QUADRO CLINICO 
Presença de liquido na orelha media, a MT se movimenta e quando há liquido não se movimenta bem. Quando há infecção 
bacteriana a MT pode estar eritematosa, abaulada ou retraída. 
Siais e sintomas podem ser localizados ou sistêmicos, como otalgia, otorreia, perda da audição, febre... 
OMA recorrente (OMAR) 3 ou mais episódios de OMA em 6 meses ou 4 ou mais episódios em 1 ano 
DIAGNOSTICO 
Na otite média, a membrana timpânica costuma se mostrar vermelha e arqueada. Na externa, é o conduto auditivo que se 
encontra avermelhado e inchado, além de apresentar grande sensibilidade à manipulação. 
TRATAMENTO: Final em 3-5 dias após o diagnostico com antibioticoterapia. Se não tiver melhora no terceiro dia, tem que 
trocar intervenção. Descongestionantes e anti-histamínicos são usados para reduzir congestão e aliviar obstrução da tuba de 
Eustáquio

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