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Diagnóstico da Atividade Leiteira em Araguari

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
TRIÂNGULO MINEIRO – Campus Uberlândia. 
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA AGRONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
LUCAS SUDÁRIO DA SILVA 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DA ATIVIDADE LEITEIRA EM PROPRIEDADES 
LOCALIZADAS NO MUNICÍPIO DE ARAGUARI 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA, MG 
2021 
 
LUCAS SUDÁRIO DA SILVA 
 
 
 
Diagnóstico da Atividade Leiteira em Propriedades Localizadas no Município de 
Araguari 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Triângulo Mineiro, Campus Uberlândia, como 
requisito parcial para a conclusão do curso de 
Engenharia Agronômica. 
 
 
Orientadora: Profa. Dra. Simone Melo Vieira 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA, MG 
2021 
 
 
 
S586d 
Silva, Lucas Sudário da. 
Diagnóstico da atividade leiteira em propriedades localizada no 
município de Araguari. / , Lucas Sudário da Silva. – 2021. 
32 f. : il.; 33 cm. 
 
 
Orientadora: Dra. Simone Mela Vieira. 
Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus 
Uberlândia, Faculdade de Agronomia, Engenharia Agronômica, 2021. 
 
 
1. Diagnóstico. 2. Propriedade rural. 3. Leite. I. Título. 
 
CDD: 633.15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pelo Departamento de Catalogação da Biblioteca do IFTM - 
Campus Uberlândia 
 
Bibliotecário: Alairson José da Silva / CRB6/2808 
 
 
 
 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
 
 
LUCAS SUDÁRIO DA SILVA 
 
 
Diagnóstico da Atividade Leiteira em Propriedades Localizadas no Município de 
Araguari 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Triângulo Mineiro, Campus 
Uberlândia, como requisito parcial para a 
conclusão do curso de Engenharia 
Agronômica. 
Orientadora: Profa. Dra. Simone Melo Vieira 
 
Aprovado em 20 de setembro de 2021. 
 
 
 
Prof. Dr. Simone Melo Viera (Prof. Orientador) 
Prof. Dr. Cristiane Amorim Fonseca Alvarenga 
Prof. Dr. Leticia Viera Castejon 
 
UBERLÂNDIA, MG 
2021 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus. 
Agradeço a minha orientadora Simone Melo Vieira por aceitar conduzir o meu trabalho de 
pesquisa. 
A todos os meus professores do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do 
Triângulo Mineiro pela excelência da qualidade técnica de cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 10 
2.1. Pecuária leiteira ........................................................................................................... 10 
2.2 Perfil dos produtores .................................................................................................... 11 
2.3 Características do sistema de produção de leite ........................................................ 13 
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 16 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 17 
4.1. Perfil das propriedades leiteiras ................................................................................ 17 
4.2 Características do sistema de produção ..................................................................... 22 
4.3 Principais dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite em estudo ............... 28 
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 30 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 31 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
A produção de leite na região do triângulo mineiro se destaca como uma importante atividade 
econômica que possui diferentes características. O presente trabalho buscou levantar, por 
meio de um questionário eletrônico, o perfil das propriedades e dos produtores que se 
dedicam à atividade leiteira no entorno da cidade de Araguari, Minas Gerais. Para 
levantamento dos dados foi elaborado um questionário no Google Forms abordando aspectos 
relacionados ao perfil socioeconômico dos produtores de leite, às características das 
propriedades e as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores. O questionário foi 
aplicado para 21 produtores rurais filiados ao sindicato rural. Os resultados demonstraram 
que as propriedades possuem outras atividades agropecuárias não sendo totalmente 
dependentes da receita gerada pela atividade leiteira; possuem áreas territoriais entre 20 e 50 
hectares; demandam mão-obra-familiar se preocupam com a capacitação para melhoria dos 
resultados da propriedade. A pesquisa oportunizou conhecer as características de 
propriedades leiteiras correspondendo a uma importante fonte de dados que pode servir 
como diretriz para definição de estratégias que fomentem o desenvolvimento da 
bovinocultura leiteira e para prestadores de serviços como agrônomos e zootecnistas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: diagnóstico, propriedade rural, leite. 
 
 
ABSTRACT 
Milk production in the Minas triangle region stands out as an important economic activity that 
has different characteristics. The present work sought to raise, through an electronic 
questionnaire, the profile of properties and producers who are dedicated to the dairy activity 
in the surroundings of the city of Araguari, Minas Gerais. To collect the data, a questionnaire 
was created on Google Forms addressing aspects related to the socioeconomic profile of dairy 
farmers, the characteristics of the properties and the main difficulties faced by the producers. 
The questionnaire was applied to 21 rural producers affiliated to the rural union. The results 
showed that the properties have other agricultural activities and are not totally dependent on 
the income generated by the dairy activity; have territorial areas between 20 and 50 hectares; 
they demand family labor and are concerned with training to improve the results of the 
property. The research provided an opportunity to know the characteristics of dairy properties, 
corresponding to an important source of data that can serve as a guideline for defining 
strategies that encourage the development of dairy cattle and for service providers such as 
agronomists and zootechnicians. 
 
KEYWORDS: Diagnosis, farms property, milk. 
 
 
 
 
8 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 
A produção brasileira e mineira de leite proporciona geração de renda para centenas de 
produtores rurais por corresponder a um alimento consumido amplamente pela população 
devido ao seu levado valor nutritivo. A produção de leite brasileira é destinada, 
primordialmente, ao consumo interno e a demanda pelo produto é crescente, apesar de, o 
consumo de leite no Brasil, ainda ser menor que a quantidade recomendada pela organização 
mundial da saúde que é de 200 litros ao ano por habitante, cerca de 0,575 litros por dia (OMS, 
2014). 
A pecuária leiteira é uma atividade que possui potencial de rentabilidade e é praticada 
em todas as regiões do Brasil, não somente por grandes pecuaristas, mas também por 
pequenos proprietários de terras que têm na pecuária leiteira sua principal fonte de renda. 
Segundo dados do SEBRAE (2013), a produção de leite está dispersa por todo o território 
nacional e é caracterizada pela grande heterogeneidade no que diz respeito ao tamanho das 
propriedades, ao tipo de produtor, rebanho e as tecnologias de produção adotadas, ou seja, ao 
processo produtivo. 
A produção de leite no Brasil se dá por meio de diferentes sistemasprodutivos que vão 
desde o mais simples ao mais tecnificado em áreas territoriais de diferentes tamanhos e de 
grande diversidade climática. Na grande maioria dos sistemas produtivos leiteiros, a produção 
é sazonal, existindo uma época do ano na qual a produção cai até 60%. Entre os sistemas de 
maior produtividade leiteira no Brasil, segundo as características dos 100 maiores produtores 
de leite, destaca-se o confinamento total com 50% de abrangência, seguido do 
semiconfinamento que é adotado por 33% dos produtores. O restante, 17%, corresponde a 
sistemas baseados em pastagens (MILKPOINT, 2010). 
O estado de Minas Gerais é o maior produtor de leite do país ocupando esse destaque 
desde os primórdios da história brasileira. A atividade leiteira é praticada em quase todos os 
municípios mineiros, entretanto, algumas regiões se destacam em relação a outras. Duas 
regiões mineiras são consideradas como sendo as maiores produtoras: o Triângulo Mineiro e o 
Alto Paranaíba (SEAPA, 2018). 
Especificamente no município de Araguari, MG, a pecuária leiteira tem fomentado o 
comércio e gerado empregos diretos e indiretos. Atualmente o município possui 21 produtores 
de leite cadastrados junto ao sindicato rural. O rebanho leiteiro predominante é composto por 
animais da raça Girolando, Gir. Leiteiro, Holandês e Jersey, sendo o sistema de produção 
9 
 
adotado pela maioria das propriedades leiteiras é o a pasto. (SINDICATO DOS 
PRODUTORES RURAIS DE ARAGUARI, 2019). 
Tendo em vista a importância da pecuária leiteira para a economia do município, a pesquisa 
teve como objetivo realizar um diagnóstico, por meio de um questionário eletrônico, que 
aplicado junto aos proprietários rurais das propriedades leiteiras. O questionário utilizado na 
pesquisa foi estruturado conforme Souza (2010) e aplicado no mês de novembro e dezembro 
de 2020 para vinte e um produtores de leite associados ao Sindicado dos Produtores Rurais do 
município de Araguari, MG. 
O objetivo da pesquisa foi realizar um diagnóstico visando conhecer a realidade 
das atividades rurais leiteiras e o perfil dos proprietários, no tocante a: perfil socioeconômico 
dos produtores de leite, às características das propriedades e às principais dificuldades 
enfrentadas por estes produtores. O questionário foi aplicado de forma virtual para todos os 
filiados do Sindicato Rural de Araguari. 
Por meio da pesquisa constatou-se a realidade produtiva e operacional de propriedades rurais 
leiteiras localizadas, nas regiões leste e oeste popularmente conhecidas como Bom Jardim, 
Campo Novo, Amanhece e Água Clara, no município de Araguari, que tiveram condições de 
utilizar a ferramenta computacional para participarem da pesquisa. As informações obtidas 
por meio proporcionaram um conhecimento que podem servir como diretrizes para estratégias 
que fomentem o desenvolvimento da bovinocultura leiteira e também poderão ser utilizados 
para os profissionais da área agronômica que pretendem atuar na área. A integração produtor 
rural e assistência técnica se faz necessária para busca de mecanismos que visam à superação 
das dificuldades no desempenho da atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 2.1. Pecuária leiteira 
O leite é um dos principais produtos do segmento da pecuária cujo crescimento vem 
ocorrendo gradativamente durante décadas. Segundo dados da EMBRAPA de 1990 a 2019 a 
produção nacional apresentou um crescimento de 139%. O Brasil com um rebanho leiteiro de 
23 milhões de cabeças, no ranck mundial, fica somente atrás do rebanho indiano, destacando-
se como o quarto maior produtor de leite do mundo (ANUÁRIO LEITE 2019). Dados 
estatísticos mostram que as regiões de maior produção no Brasil correspondem à região Sul e 
Sudeste, com participações 34,2% e 33,9%, respectivamente (IBGE, 2019). Entre os estados 
produtores de leite da região sudeste, Minas Gerais é o maior produtor. 
A produtividade do rebanho mineiro conta com a predominância de pequenos, médios 
e grandes produtores de leite. Segundo dados da EMBRAPA dos 10 maiores produtores de 
leite do Brasil 4 estão localizados no estado de Minas Gerais. Atualmente, 35% da produção 
de leite do Brasil destinam-se exclusivamente à fabricação industrial de queijo. Minas Gerais 
é o principal estado produtor, com 25% da produção total do país. Ao todo, a atividade 
movimentou cerca de R$ 23 bilhões em 2019. O levantamento da Associação Brasileira de 
Inseminação Artificial (ASBIA) mostra que, no ano passado, foram inseminadas 1.946.276 
vacas de leite. Minas Gerais liderou esse quesito, com 565.434 fêmeas (29% do total). Na 
sequência, vieram Rio Grande do Sul (14,4%), Paraná (13,7%), Santa Catarina (11%) e Goiás 
(7%). (ANUÁRIO DE LEITE 2019) 
Estudo desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais 
registrou um aumento na produção de leite de 55% no estado que saiu de 6 bilhões de 
litros/ano (o equivalente a 29,2% do total nacional) para 9,3 bilhões de litros/ano, mas sua 
participação na produção nacional caiu para 27,1% no ano de 2019. (IBGE, 2019). A maior 
variação em vacas ordenhadas durante o ano de 2019 ocorreu no estado de Minas Gerais 
(3.136.748 cabeças), seguida pela região do Goiás (1.885.951 cabeças), Paraná (1.305.319 
cabeças) e Rio Grande do Sul (1.183.152 cabeças) (IBGE, 2019). Entre os dez maiores 
municípios produtores do país, sete encontram-se em Minas Gerais: Patos de Minas, 
Patrocínio, Coromandel, Pompeu, Prata, Lagoa Formosa e Unaí (SENAR 2015). 
Há de se enfatizar a diferença entre volume produzido e produtividade. A 
produtividade está relacionada à eficiência produtiva por animal e sob esse aspecto, os 
indicadores são desfavoráveis, pois em média, uma vaca brasileira produz por dia em torno de 
11 
 
quatro litros de leite, 7,5 vezes menos do que uma vaca nos Estados Unidos e 20% da 
produção de uma vaca Francesa (SEBRAE, 2010). 
Araguari é uma cidade privilegiada, importante município do Triângulo Mineiro e 
Alto Paranaíba, possui uma área de 2.729 Km², sendo 97 km de área urbana e 2.632 km de 
área rural, ocupa o 18º maior economia do Estado de Minas Gerais, com população de 
116.871 mil habitantes, está posicionada em local estratégico no eixo São Paulo – Brasília, e 
interligada a todo o território nacional por meio de rodovias duplicadas e ferrovias. 
A cidade é posicionada no ranking dos municípios Brasileiros (PIB) - Produto Interno 
Bruto, acima de vários municípios com população superior. Colocação garantida através da 
sua produção, que chegam, em média, 600.000 sacas/ano (com 90% de suas lavouras 
irrigadas) produzindo um dos cafés de melhor qualidade do Brasil e do mundo, tanto no tipo, 
quanto no sabor, são 20.000 hectares com 42 milhões de covas, além de extensas áreas com 
lavouras de soja, laranja, milho, arroz, tomate, feijão, maracujá, acerola e uva que são 
colhidas e processadas pela indústria local, possui base sólida na pecuária, com um rebanho 
misto de 150 mil cabeças de gado. (ASCOM 2019) 
Atualmente possui cerca de 21 produtores de leite cadastrados junto ao sindicato rural. O 
rebanho leiteiro predominante é composto por animais da raça Girolando, Gir. Leiteiro, Holandês e 
Jersey, e o sistema de produção adotado pela maioria das propriedades leiteira é o a pasto 
(SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE ARAGUARI, 2019). 
2.2 Perfil dos produtores 
A produção leiteira nacional conta com grande diversidade estrutural. Aspectos 
ligados às características que diferenciam cada propriedade leiteira dizem respeito à 
alimentação do rebanho e qualidade do leite (CORRÊA et. al, 2010; SOUZA et al, 2009). A 
elevada diversidade socioeconômica, cultural e climática das variadas regiões ao longo do 
território brasileiro produtoras de leite tem requerido estudos regionais para definição de 
estratégias de desenvolvimento local para a minimização do grande contraste entre o perfil 
dos produtoresde leite no Brasil. 
Na atividade leiteira em um extremo estão os produtores de pequeno porte que 
permanecem à margem da tecnologia disponível para o segmento, mas por representarem a 
maioria em termos quantitativo do número de propriedades, são priorizados por políticas 
públicas. Esses produtores vivem da renda gerada pela atividade leiteira, em grande parte, 
compondo o que se denomina agricultura familiar. Em outro extremo estão os produtores 
12 
 
especializados que investem em tecnologia, obtêm ganhos de escala e produzem com melhor 
qualidade, recebendo por esse diferencial, melhor remuneração pelo produto. 
Dados estatísticos indicam que, em 77% das propriedades consideradas de agricultura 
familiar, a atividade pecuária está presente. Isso confirma o aspecto social dos projetos que 
envolvem o setor (IBGE, 2017). Entretanto, apresenta baixa capacidade de gerenciar 
adequadamente a atividade não computando custos e desperdícios que lhes comprometem a 
receita outros fatores como baixo investimento financeiro e não adoção de tecnologia (MOREIRA 
FILHO, 2004). Em muitas situações, se todos os custos fossem computados o valor recebido 
não seria suficiente para cobrir os custos totais, desestimulando a produção. Muitas vezes, por 
falta de opção, esses produtores vão se mantendo na atividade, aumentando a oferta de leite e 
proporcionando o crescimento da produção, ainda que, sob uma remuneração não compatível 
com a realidade e acarretando no empobrecimento gradual do produtor (SEBRAE, 2013). 
Costa (2012) destaca que é de conhecimento que a atividade leiteira exige muito, 
sendo caracterizado por um trabalho que demanda tempo e esforço físico que normalmente 
começa de madrugada e não requer períodos de descanso. Sábados, domingos, feriados são 
dias em que o cidadão que trabalha com outras atividades goza de folga, entretanto, para os 
que se dedicam à produção de leite são dias de trabalho como qualquer outro. 
Como já foi mencionado, os produtores de leite no Brasil dividem-se entre dois grupos 
distintos: poucos produtores especializados, porém com alta produtividade, e grande 
quantidade de pequenos produtores, pouco ou nada especializados, que produzem pequeno 
volume diário, de leite com baixa qualidade. O segundo grupo, no entanto, corresponde a uma 
grande parcela dos produtores de leite no país (MILINSKI et al., 2008). Segundo Fernandes e 
Lima (1991), é necessário conhecer o perfil dos produtores de leite para definição de subsídios capaz 
de possibilitar acesso a informações e tecnologias. 
Especificamente na região de Araguari, à medida que as exigências normativas visando a 
melhoria da qualidade do leite foram sendo implementadas, muitos pequenos produtores deixaram a 
atividade leiteira ou tiveram de diversificar suas atividades para buscar outras fontes de renda. Essa 
pluralidade vem garantido a sobrevivência e permanência dos pequenos produtores no campo. 
Com a diversificação de atividades implantadas nas propriedades, além da atividade principal, 
envolvendo o somatório de forças de trabalho de toda a família. Segundo Santos e Cândida 
(2005), Araguari também passou por essa transformação que iniciou por volta do ano 2000 
quando a Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura (MAPA) foi instituída. 
De acordo com os dados do Sindicato dos Produtores Rurais (2019) grande parte dos 
produtores de leite no município de Araguari são especializados, com uma produtividade média 
13 
 
considerada alta. O município de Araguari conta com apoio da Secretaria Municipal de Agricultura 
para oferecer cursos específicos e auxilio técnico gratuito para qualificar e melhorar as condições 
de trabalho destes produtores. O grau de instrução dos produtores que dirigem os 
estabelecimentos é um importante fator para adoção de tecnologias, gestão eficiente das 
propriedades e aumento de renda, por isso, a capacitação se faz necessária (EMBRAPA 
2017). 
 
2.3 Características do sistema de produção de leite 
O sistema de produção a pasto, predominante em todas as regiões brasileiras, 
apresenta certa sazonalidade. Em determinada época do ano a produção de leite aumenta e, 
em outra, ocorre uma queda na produção devido aos fatores climáticos naturais que ocorrem 
em todo o Brasil. Essas épocas correspondem à temporada de chuvas e de estiagem (FARIA, 
2000; BACARJI et al., 2007). Por outro lado, os sistemas de produção intensivos, cuja 
alimentação ministrada ao rebanho leiteiro mantém-se constante ao longo do ano, essa 
sazonalidade na produção inexiste, pois, a intensidade dos sistemas de produção é contínua 
não havendo alteração significativa na alimentação do animal leiteiro. 
Grande parte das propriedades pequenas e de baixo nível de tecnificação e 
conhecimento por parte das pessoas que se dedicam à atividade incorre em baixa 
produtividade. A produtividade é o resultado da divisão da produção física, obtida em um 
determinado período de tempo, por um dos fatores empregados na atividade produtiva. 
Genericamente, o termo produtividade refere-se à relação produto-insumo de um dado 
processo de transformação (TORESAN, 1998). Aproximadamente de 83% dos produtores de 
leite brasileiros entregam até 300 litros por dia por meio de um sistema de produção 
extensivo, no qual, o extrativismo domina, isto é, quando se tem chuvas há produção de leite; 
quando não, o volume chega a cair até 60%. Além disso, os índices reprodutivos e produtivos 
são extremamente afetados pelo período seco do ano, devido aos produtores não reservarem 
alimentos para enfrentar a estiagem (FARIA, 2000; BACARJI et al., 2007). 
Apesar da baixa produtividade ainda ser dominante nos sistemas de produção de leite 
no Brasil, a atividade apresenta grande potencial. Ações envolvendo o melhoramento 
genético do rebanho leiteiro, a melhoria da qualidade e disponibilidade da alimentação 
animal, além da capacitação e acompanhamento técnico junto ao produtor pode reverter esse 
quadro. Pesquisas relacionadas a definição do perfil da produção leiteira brasileira 
demonstram que as aplicações de conhecimento tecnológico em fazendas leiteiras do Brasil 
têm alterado gradativamente o cenário e potencializado a produtividade leiteira. Tem se 
14 
 
constatado que pequenas propriedades familiares podem se tornar viáveis economicamente 
com o emprego de técnicas intensivas de produção de leite podendo gerar benefícios 
econômicos e sociais ao país. A eficiência da pecuária com base na adoção tecnologias pode 
proporcionar aumento de produtividade e, em consequência, diluir os custos fixos. Empresas 
rurais mais tecnificadas possuem índices de produtividade muito superiores à média nacional 
tradicional e extrativista. Entretanto, há uma escala mínima, a partir da qual a tecnologia se 
torna viável (RANGEL et al., 2010). 
No Brasil, a atividade pecuária gera 6,8 milhões de empregos diretos e indiretos (8,3% dos 
postos de trabalho totais), sendo de participação significativa no produto interno bruto (PIB). 
O destaque econômico dessa atividade se deve principalmente por ter nas pastagens 
extensivas a principal fonte alimentar do rebanho bovino, apresentando um dos menores 
custos de produção de carne no mundo, estimado em 60% e 50% dos custos da Austrália e 
Estados Unidos, respectivamente. Por esse mesmo motivo, a degradação das pastagens tem 
sido um grande problema para o setor, causando prejuízos econômicos e ambientais. 
(FERRAZ E FELÍCIO, 2010) 
 O processo de degradação de pastagens é um fenômeno complexo que envolve causas e 
efeitos (consequências) que levam à gradativa diminuição da capacidade de suporte da 
pastagem. O bioma Cerrado, com 203,4 milhões de hectares, que representa aproximadamente 
24% do território nacional e responde por 55% da produção de carne do País, boa parte dos 
cerca de 53 milhões de hectares com pastagens cultivadas apresentam algum processo de 
degradação. Assim, a base da modernizaçãodos sistemas de produção praticados no País 
deverá ser o aumento da eficiência produtiva através da reutilização das áreas que atualmente 
se encontram abandonadas ou subutilizadas. A recuperação de pastagens degradadas terá 
papel decisivo nesse processo de modernização, tornando possível o aumento da produção 
sem promover a expansão das áreas de pastagem via desmatamento. Esse potencial de 
aumento de produtividade vem sendo constatado nos últimos anos, o ritmo de crescimento do 
rebanho bovino vem superando o aumento das áreas de pastagem (plantadas e naturais) do 
País. Nesse caso, o autor cita que as razões para o aumento de produtividade são várias, com 
destaque para a maior disponibilidade de tecnologia para o melhoramento das pastagens e a 
grande influência das pressões ambientais e de mercado que estimulam o uso de tecnologia na 
formação e no manejo das pastagens. (DIAS FILHO 2014) 
Produtores de Minas Gerais adotaram meios de formação de pastagem implementando 
espécies de forrageiras eficazes para a produção de leite. O método mais usado, especialmente 
15 
 
para áreas extensivas, é a pastagem com as espécies forrageiras: Brachiarias sp ( B.decumbens 
– capim-decumbens e B.brizantha cv marandu – capim-marandu), panicuns sp (capim-
colonião, capim-green panic, capim-sempre verde, capi-makueni, capim-tobiatã, capim-
mombaça, capim-tanzânia, capim-massai), o Andropógon gayanus e o capim-asectária 
(EMBRAPA, 2010). 
A rotação das pastagens e o controle da carga animal têm sido uma forma de manejo 
eficiente para aumento de produtividade, e, consequentemente para evitar a degradação das 
pastagens. A rotação de piquetes, permite, às plantas de se recuperarem após o pastejo, se 
desenvolvem com o período de descanso, aumentando a oferta de forragem. Além disso, é 
ofertado pasto de melhor qualidade, com maior percentagem de folhas. 
O Período de descanso está relacionado à A manutenção de cobertura vegetal 
remanescente após o pastejo, permitindo a planta realizar fotossíntese, e se restabelecer. Este 
fato também, protege o solo contra o ressecamento excessivo e evita erosão por ocasião das 
chuvas mais intensas (EMBRAPA,2010). 
O milho, o sorgo e o capim-elefante são as principais forrageiras usadas para 
ensilagem, sendo o milho a mais comum e de maior valor nutritivo dentre essas. Devido à sua 
menor digestibilidade, a silagem de sorgo tem apresentado 70 a 90% do valor nutritivo da 
silagem de milho. Recentemente, o capim- tanzânia e capim-mombaça e o girassol passaram a 
ser empregados na confecção de silagem. A silagem de capim-elefante, capim-mombaça e 
capim-tanzânia é, qualitativamente, inferior à do milho e do sorgo, enquanto a de girassol 
apresenta valor intermediário (CÂNDIDO E FURTADO, 2020), porém de difícil cultivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. METODOLOGIA 
 
A pesquisa de natureza descritiva e abordagem qualitativa utilizou método indutivo 
para chegar a conclusões (RODRIGUES, 2007). Fatos foram levantados, sem a interferência 
do pesquisador, e registrados, analisados e classificados. As propriedades rurais leiteiras, 
cujos proprietários se dispuseram a responder o questionário de forma virtual estão 
localizadas na região leste e oeste do entorno de Araguari denominadas popularmente como: 
Bom Jardim, Campo Novo, Amanhece e Água Clara. 
Inicialmente, realizou-se coleta de dados por meio de pesquisa bibliográfica para 
levantamento dos aspectos que poderiam levar à caracterização da atividade leiteira na região. 
De acordo com Moresi (2003) a pesquisa bibliográfica é sistematizada e desenvolvida com 
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material 
acessível ao público em geral. 
O questionário foi estruturado conforme Souza (2010) utilizando recursos do Google 
Formulários. As questões do questionário foram divididas em três abordagens: perfil 
socioeconômico dos pequenos produtores de leite, características das propriedades, principais 
dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite em estudo. 
Os questionários foram aplicados virtualmente no mês de novembro e dezembro de 
2020 junto a 21 produtores de leite associados ao Sindicado dos Produtores Rurais do 
município de Araguari, MG. As respostas foram compiladas para configuração de um 
diagnóstico da atividade leiteira em regiões próximas a Araguari. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Todos os produtores participantes da pesquisa responsáveis pela produção de leite são 
vinculados com o Sindicato Rural de Araguari. As respostas que caracterizaram as 100% das 
propriedades sindicalizadas foram apresentadas por meio de gráficos e discutidas. 
 
4.1. Perfil das propriedades leiteiras 
A produção de leite no Brasil encontra-se concentrada em determinadas regiões de 
estados e municípios, sendo caracterizada por propriedades rurais com diferentes dimensões 
territoriais. A produtividade é variável em função do nível de tecnologia e do tamanho das 
propriedades rurais leiteiras 
O Gráfico 1 apresenta o tamanho das propriedades que se dedicam à bovinocultura no 
em torno de Araguari. 
 
Gráfico 1: Tamanho das propriedades 
 
 
Fonte: Próprio autor (2020) 
 
A produção de leite está dispersa por todo o território nacional e é caracterizada pela 
grande heterogeneidade no que diz respeito ao tamanho das propriedades, ao tipo de produtor, 
rebanho e as tecnologias de produção adotadas, ou seja, ao processo produtivo. Existem 
produtores especializados, que investem em tecnologia, obtêm ganhos de escala e produzem 
com melhor qualidade, recebendo melhor remuneração pelo produto. Em outro extremo, estão 
os produtores de pequeno porte que permanecem à margem desse processo, mas representam 
um volume significativo de produção a ponto de serem priorizados em políticas públicas. 
Esses produtores vivem da renda gerada pela atividade leiteira, em grande parte compondo o 
que se denomina agricultura familiar. O leite é uma boa alternativa quando se pensa em um 
18 
 
agricultor familiar, uma vez que pode ser explorado em pequenas áreas, apresenta baixo risco 
comercial e tecnológico, o fluxo de caixa mensal é atraente, com características de 
assalariamento, e há emprego de mão-de-obra familiar, representando uma forma interessante 
de ocupação e renda para a população rural (SEBRAE, 2013). 
A distribuição espacial dos municípios mineiros que se dedicam à atividade leiteira 
concentra-se na região centro-sul do estado, sobretudo na mesorregião do Triângulo 
Mineiro/Alto Paranaíba (PEROBELLI et al., 2018). De acordo com os autores propriedades 
entre 21 e 50 ha são consideradas médias e correspondem à grande maioria das propriedades 
que se dedicam à bovinocultura leiteira. 
O Gráfico 2 apresenta o local de moradia dos produtores pesquisados. Esse dado 
corresponde a um fator diferencial que afeta a gestão da propriedade por ser uma atividade 
que demanda atenção e dedicação. 
 
Gráfico 2: Local onde residem os produtores 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
De acordo com Rocha Júnior et al. (2014), a grande maioria dos entrevistados (92,7%) 
no Rio Grande do Sul reside na própria propriedade rural. Da mesma forma, a presente 
pesquisa constatou que a maioria dos produtores entrevistados também reside na propriedade 
rural. 
Constatou-se que 47,6% dos produtores residem na própria propriedade e 28,6% 
consideram residir em outros locais, demonstrando a dependência que a atividade bovina tem 
de mão de obra e dedicação para que os resultados possam ser favoráveis economicamente. 
Atividades diversificadas de grande parte das propriedades rurais pesquisadas também 
justificam os resultados da pesquisa, pois, requerem esforços compartilhados. 
19 
 
Levantamento realizado em relação ao quantitativo de pessoas que residem na 
propriedade (Gráfico 3), constatou que, na maioria das propriedades (57,1%),residem entre 3 
e 4 pessoas, o equivalente a uma família (do proprietário ou funcionário). 
Dentre os entrevistados tinham em média 1 filho, desses 0,50 eram homens e 0,50 
mulheres. 30% dos filhos homens trabalham na produção de leite, e 15% das mulheres 
ocupam-se desse trabalho. 
 
 
Gráfico 3: Quantidade de pessoas que residem na Propriedade Rural 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
O levantamento do perfil dos produtores de Araguari/MG demonstrou que a maioria 
dos produtores entrevistados possuía uma faixa etária entre vinte e trinta anos de idade, sendo 
considerados jovens produtores. Com base em Castro (2017) que expressa a nomenclatura 
“jovem rural” em sua abordagem, as reflexões relacionadas à faixa etária dos produtores 
rurais estariam relacionadas à hierarquia paterna, crises e mudanças da realidade rural, entre 
outros. Esses e outros fatores devem compor a construção das relações sociais e das decisões 
entre ficar no campo e sair dele. 
Os dados referentes à caracterização da faixa etária dos produtores que fizeram parte 
da presente pesquisa foram apresentados no Gráfico 4. A maioria dos produtores entrevistados 
corresponde a um público mais jovem que interagem com mais facilidade com as novas 
ferramentas que possibilitam a comunicação e a busca de informação. A participação de todos 
os produtores filiados ao sindicato pode ser interpretada também em relação à ferramenta utilizada 
para pesquisa e a faixa etária. Geralmente as pessoas que possuem mais idade não estão acostumadas a 
operar as ferramentas computacionais, mantendo a tradição de anotações manuscritas. O ambiente 
virtual é utilizado por produtores que encontram mais qualificados e já possuem a conscientização que 
20 
 
o ambiente computacional pode oferecer facilidades em relação à troca de informações, tratamento e 
registro de dados. 
 
Gráfico 4: Faixa etária dos produtores de leite de Araguari/MG 
 
Fonte: Próprio autor (2020) 
 
Em relação ao nível de escolaridade dos produtores pesquisados, constou-se que 
possuem, em sua maioria, um nível de escolaridade que varia entre aqueles que jamais foram 
a escola até os possuidores de diploma de ensino superior. Os resultados em relação a esse 
quesito foram apresentados no Gráfico 5. 
Observou-se relativa variação no nível de escolaridade dos entrevistados, entretanto, 
observou-se o acesso e participação na pesquisa de produtores que possuem apenas o primeiro 
grau, mas se encontram fazendo uso de ferramentas computacionais, demonstrando ser 
possível a capacitação permanente e superação de limitações em relação à formação básica 
educacional. 
De acordo com os resultados, 30 % dos entrevistados que possui nível superior 
completo, 70% são engenheiros agrônomos responsáveis por todo o processo de produção de 
leite. Esses produtores se destacam como fomentadores da participação em treinamentos e 
eventos voltados para a bovinocultura leiteira e atuam também dando apoio e orientação aos 
demais produtores. 
Os valores observados para o nível de escolaridade divergiram com os resultados do 
estudo realizado por Barros & Melo (2015), ao encontrarem que 54,6% dos 141 produtores de 
leite estudados possuíam o 1º Grau de escolaridade este estudo. 
Borsanelli et al. (2014) quando avaliaram fatores socioeconômicos de 171 produtores 
de leite (escolaridade, volume de produção diária e tempo na atividade) de 96 municípios de 
21 
 
São Paulo, observaram que a maioria dos produtores (40,4%) possuíam escolaridade 
fundamental. 
 
Gráfico 5: Nível de escolaridade dos produtores de leite de Araguari/MG 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
O gráfico 6 apresenta os dados referentes à participação dos entrevistados (produtores) 
em treinamentos voltados para bovinocultura leiteira. 
 
Gráfico 6: Nível de participação em treinamentos sobre Bovinocultura Leiteira 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Notou-se que a maioria, 66,7% participa de treinamentos voltados para a atividade. No 
meio rural a participação em eventos que visam a capacitação e a disseminação de 
informações técnicas tem representado um importante alicerce ao homem do campo 
representado pelo interesse pela busca, identificação, interpretação e aplicação de informações 
técnicas para auxiliar nos processos produtivos e de decisão nos negócios. 
Dentre os entrevistados oito se encontram na faixa etária de 20 a 30 anos (38,1%), 
sendo os que mais procuram se capacitar para melhorar sua produção. 
22 
 
A partir de 1950, dentro do histórico da evolução da agropecuária brasileira, houve o 
início da sistematização e da divulgação de propostas voltadas à extensão rural que foi 
definido como um processo de ação educacional para a promoção de mudanças no 
comportamento das pessoas em relação aos seus conhecimentos, atitudes, hábitos e 
habilidades (GRAZIANO, 2000 apud CUNHA, 2012). 
 
4.2 Características do sistema de produção 
 
O sistema de produção de leite envolve características relacionadas ao manejo 
reprodutivo, nutricional e sanitário dos animais. Outra característica que diferencia as 
propriedades rurais corresponde ao sistema de ordenha utilizado. O Gráfico 7 apresenta os 
tipos de ordenha praticados nas propriedades pesquisadas. 
 
Gráfico 7: Tipo de Ordenha utilizada 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Os resultados demonstraram que a ordenha mecanizada é o processo dominante nas 
propriedades pesquisadas (57,1%), tendo um total de 12 produtores enquanto 9 utilizam o 
sistema de ordenha manual. Contudo, o quantitativo entre as duas modalidades de ordenha 
não varia de forma muito significativa. 
Os avanços tecnológicos melhoram a vida do homem no campo e o sistema de 
ordenha está incluído nesse contexto. O produtor de leite pode optar tanto pelo uso do sistema 
mecânico como pelo manual. Não existe diferença na constituição do leite ordenhado 
manualmente ou mecanicamente, porém, ambos são afetados diretamente pelas condições 
higiênicas envolvidas nos processos. A escolha pelo melhor tipo de sistema deve ser baseado 
nos dados da propriedade tais como: infraestrutura da propriedade, número de animais, 
23 
 
número de colaboradores e produtividade animal (kg/dia de leite), custos operacionais e 
investimentos totais a serem realizados. 
Dos 21 produtores entrevistados 3 realizam quatro ordenas ao dia, 7 realizam três 
ordenhas por dia, 10 realizam duas ordenhas ao dia e 1 realiza uma ordenha por dia. Esses 
dados podem ser confirmados por meio do Gráfico 8. 
Segundo dados do Blog Rehagro (2014) um maior número de ordenhas, apesar de 
benéfico à saúde da glândula mamária, exige mais do animal e requer um bom manejo 
nutricional. Consequentemente, o gasto com alimentação é um fator importante a ser 
considerado na decisão quanto ao número de ordenha a ser implementado. Deve-se levar em 
consideração a infraestrutura do local de ordenha, o quantitativo e a qualificação da mão de 
obra, do maior gasto com materiais de ordenha, com energia elétrica, com manutenção de 
máquinas, a forma de pagamento do leite, entre outros. Todos esses pontos são de grande 
importância na decisão de aumentar ou diminuir o número de ordenhas para proporcionar um 
bom desempenho financeiro para a propriedade. 
 
Gráfico 8: Número de ordenhas diárias 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Segundo Lopes et al. (2007) o tipo de mão de obra da propriedade rural afeta o 
resultado econômico da bovinocultura e pode ser estratificado em: mão de obra: familiar 
(exclusivamente familiar, com contratação de mão de obra esporádica para trabalhos 
eventuais), mista (participação de mão de obra familiar e contratada durante todo o período) e 
contratada (mão de obra exclusivamente contratada). A pesquisa realizada caracterizou o tipo 
de mão de obra das propriedades rurais e esse resultado está expresso no Gráfico 9. 
 
 
 
24 
 
Gráfico 9: Tipo de serviço prestado 
 
Fonte: Próprioautor (2020) 
 
A bovinocultura de leite é uma das atividades mais importantes da agropecuária 
brasileira e de extrema importância para o desenvolvimento econômico nacional. Essa 
atividade caracteriza-se por agricultores familiares que representam 74% da mão de obra 
empregada. Grande parte dos produtores de leite do Brasil produz menos de 50 litros de leite 
por dia, o que é pouco; e desses, a maioria faz uso da mão de obra familiar (REIS, 2017). 
De acordo com os resultados a mão de obra familiar é predominante, sendo, 38,1% 
composta por prestadores de serviço com vínculo familiar e 33,3% executada pelo próprio 
proprietário e seus familiares. 
O Gráfico 10 apresenta os percentuais de ocupação das atividades nas propriedades 
pesquisadas. 
 
Gráfico 10: Atividades rentáveis nas fazendas entrevistadas 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Conforme apurado, as propriedades dos entrevistados têm em média uma área total de 
30,24 hectares onde 13,60 hectares (45%) são dedicados ao trabalho com a pecuária leiteira. 
As atividades complementares mais exploradas na maioria das propriedades pesquisadas são: 
25 
 
olericultura (8%), lavoura de soja (33%), lavoura de café (17%). Em outras propriedades 
diversificadas explora-se a lavoura de cana de açúcar, venda de frutas e queijos (25%) e 
pecuária leiteira (17%). 
Assim como na pesquisa realizada pelo SEBRAE (2013), constatou-se que alguns dos 
produtores de leite trabalham em outro segmento rural, diversificando a produção visando a 
otimização da sua renda mensal. Os produtores diversificados trabalham com pecuária 
leiteira, lavouras, produção de queijo, hortas entre outros. 
Essa diversificação dos produtores corresponde a uma estratégia inteligente 
considerando-se que o leite é um produto sazonal, que em determinada época do ano, a 
produção cai drasticamente. Dessa forma, tendo a propriedade outras fontes de renda, o 
produtor consegue se manter e ter recursos financeiros durante o ano todo. 
Em estudos realizados por Martins et al. (2011) que teve como objetivo de elaborar 
um estudo sobre a importância da diversificação da pequena propriedade rural, os autores 
constataram que a diversificação da pequena propriedade rural é algo importante; porém exige 
qualificação profissional por parte do produtor, pois o aumento de atividades necessita de um 
maior controle gerencial e conhecimento das atividades. 
Quanto à capacitação e busca de informações para atualização de conhecimentos 
voltados para a atividade leiteira constatou-se ser essa, uma questão relevante para a 
atividade. De acordo com o SEBRAE (2013), muitos dos produtores possuem perspectiva real 
de crescimento e buscam melhorar geneticamente seus rebanhos e suas estruturas com base na 
capacitação e participação em eventos. 
O gráfico 11 demonstra o percentual de produtores e de seus colaboradores que 
participam de eventos da área para alcançarem melhoria nos resultados da atividade leiteira. 
 
Gráfico 11: Participação de funcionários em eventos ligados à bovinocultura leiteira 
 
Fonte: Próprio autor (2020) 
 
26 
 
 Notou – se que 23,8% que nunca participaram de treinamentos em Bovinocultura 
Leiteira correlacionam a faixa etário de 41 a 60 anos dos entrevistados. 
A assistência técnica e a extensão rural (ATER) são serviços fundamentais no 
processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária correspondendo ao mecanismo 
de acesso à novas tecnologias e ferramentas tanto operacionais como de gestão fundamentais 
no processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária (Silva, 2016). 
Com base na necessidade de aprimoramento e apoio técnico a pesquisa avaliou a 
participação do engenheiro agrônomo no direcionamento de ações que contribuem com o 
crescimento e bom andamento da atividade leiteira. A produção de leite está galgada na 
alimentação do rebanho e o manejo dessa produção de alimentos pode ser direcionada pelo 
engenheiro agrônomo. De acordo com a pesquisa, constatou-se que 85% dos entrevistados 
considera o suporte desse profissional relevante para auxiliar na melhoria dos resultados da 
bovinocultura leiteira. 
O Gráfico 12 apresenta o percentual de produtores que demandam orientação técnica 
junto a engenheiros agrônomos. 
 
Gráfico 12: Produtores que utilizam o auxílio do Engenheiro Agrônomo 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Neste quesito um fator importante analisado pela pesquisa foi que 70% dos produtores 
utilizam este profissional para a escolha das forrageiras a serem plantadas e para a realização 
de analises de solo e recomendação de adubação. 
Bazotti et al. (2012), num estudo da caracterização socioeconômica e técnica da 
atividade leiteira do Paraná, encontraram um valor de 93% dos proprietários rurais do Estado 
utilizavam o profissional Engenheiro Agrônomo em toda sua cadeia de produção leite 
inclusive na escolha de sementes para pastagem. 
 O Gráfico 13 mostra quais as forrageiras são mais plantadas pelos produtores. 
27 
 
 
Gráfico 13: Tipos de forrageiras utilizadas 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Vários são os aspectos que envolvem a atuação do Engenheiro Agrônomo junto à 
atividade leiteira. Essa atuação vai desde o plantio à colheita de grãos e forrageiras, passando 
pelo preparo do solo e também pelo processamento e armazenamento do que foi plantado. De 
acordo com produtores entrevistados, a relevância desse profissional também passa pela 
contribuição junto à decisão de compra da ração, do milho ou do farelo de soja e também do 
armazenamento dos mesmos na fazenda. Para se ter uma ideia referente ao manejo das 
forrageiras, questionou-se se os produtores faziam adubação das pastagens. O percentual 
quanto a essa questão está apresentado no Gráfico 14. 
 
Gráfico 14: Realização de adubação de pastagens 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
De acordo com os resultados 57,1% promovem adubação das pastagens enquanto 
42,9% não o fazem. A adubação das pastagens, assim como o controle de pragas e o controle 
de permanência do gado no pasto para não haver o comprometimento são procedimentos que 
evitam a degradação e aumentam a capacidade produtiva. 
28 
 
O Gráfico 15 apresenta outras categorias de alimentos que são oferecidos para o 
rebanho leiteiro das propriedades alvo da pesquisa e serve para complementar as informações 
sobre o manejo alimentar das vacas nas propriedades. 
 
Gráfico 15: Alimentos ministrados ao rebanho além das forrageiras 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
4.3 Principais dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite em estudo 
 
A baixa produtividade, por cabeça, no Brasil se deve à falta de planejamento de grande 
parte dos pecuaristas que não tendo ciência dos resultados de seu rebanho, procuram aumentar 
a quantidade de seus bovinos sem a preocupação com fatores genéticos e de qualidade que 
acarretariam aumento da produtividade. Com vacas com médias melhores de produção 
recursos são economizados, pois, com a mesma quantidade de recursos que uma vaca de 
baixo índice de produção requer se consegue tratar de uma vaca com alto índice de 
produtividade. (SEBRAE, 2010). 
Como a produção de leite é dependente da condição nutricional do animal, deficiência 
no manejo nutricional ocasiona queda na produtividade. Alguns itens que podem 
comprometer o potencial produtivo dos animais leiteiros foram disponibilizados no 
questionário e as respostas obtidas foram expressas por meio do Gráfico 16. 
 
 
 
 
 
29 
 
Gráfico 16: Motivos que comprometem o potencial produtivo 
 
Fonte: Próprio Autor (2020) 
 
Dentre as dificuldades encontradas no presente trabalho o manejo alimentar foi o mais 
evidenciado. Muitos fatores podem ocasionar a nutrição inadequada do rebanho leiteiro, 
destacando-se; a falta de informação ou conhecimento técnico e a falta de recursos para 
melhoria das pastagens, plantio e aquisição de alimentos para o gado, principalmente na épocada seca. Apesar da maioria dos produtores e colaboradores participarem de eventos e 
treinamentos visando maior capacitação, os resultados demonstram que ainda não conseguem 
programar um manejo alimentar adequado. 
Outro fator de grande importância observado foi que 15 propriedades possuem 
problemas com adensamento de animais, visto que estes produtores preocupam – se muito 
com a quantidade de seu rebanho dividindo seus animais de forma errada por falta de 
orientação técnica. Com os rebanhos leiteiros adensados a incidência de doença propicia a 
disseminação para os demais animais do rebanho. 
Vários programas de incentivo aos produtores rurais são disponibilizados pelo sistema 
“S”: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Serviço Brasileiro de Apoio às 
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), assim como, pelos órgãos governamentais; Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Empresa de Assistência Técnica e 
Extensão Rural (EMATER), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Secretarias 
municipais de agricultura, etc.). Um exemplo é o Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar. (PRONAF), programa ao qual todos os pequenos produtores podem ter 
acesso e que tem como foco a valorização do potencial da agricultura familiar, tanto em 
relação à liberação de recursos financeiros, como em relação à oferta de cursos para 
capacitação. Menos da metade dos produtores não o conhecem o programa e ¼ dos 
produtores não conhecem nenhum programa de incentivo (CASTRO, 2017) 
30 
 
No município de Araguari predominam pequenos produtores de leite e a Prefeitura 
juntamente com Sindicato dos Produtores Rurais tem disponibilizado programas de incentivo 
com o intuito de proporcionar melhoraria das estruturas de produção para aumento da 
produtividade. A pecuária leiteira é um segmento que tem muito a crescer com potencial para 
gerar mais empregos em estabelecimentos que beneficiam esse produto, fomentando o 
comércio. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A pesquisa realizada no em torno de Araguari oportunizou conhecer o perfil dos 
produtores de leite e as peculiaridades da atividade leiteira. No que se refere ao perfil dos 
entrevistados contatou-se serem jovens produtores, em sua maioria, alfabetizados e que 
buscam aprimorar conhecimentos para melhorar os resultados da atividade rural. Em relação 
às características das propriedades constatou-se que atuam de forma diversificada não 
sendo totalmente dependente da renda proporcionada pela atividade leiteira. Percebeu-se 
a importância dada à participação em eventos do setor e a valorização do profissional 
Engenheiro Agrônomo para dar suporte à bovinocultura leiteira, uma vez que, a alimentação é 
crucial para a bovinocultura. Em relação às dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite 
o manejo alimentar, o adensamento de animais inadequado prevaleceu como item de maior 
importância, reforçando a necessidade da presença do profissional Engenheiro Agrônomo 
junto à atividade leiteira. Um ponto forte da pesquisa foi que, mesmo os produtores 
enfrentando dificuldades para produzir eles permanecem no segmento e, 50% ainda 
pretendem aumentar sua produção. Parte dessa expectativa pode vir a ser atendida por meio 
de uma maior ligação entre produtores e aos órgãos públicos para negociação e liberação de 
crédito para aprimoramento da atividade e essa interação pode ser viabilizada com a 
participação do profissional que conheça a realidade das propriedades e os programas de 
fomento existentes. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
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