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Ling AV1 CO

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Ling AV1 (CO)
O que é gramática tradicional?
Como surge a linguística propriamente dita:
Rasmus Rask
Franz Bopp
Jacob Grimm
Por que “faculdade da linguagem”?
Você saberia responder? Saussure afirma que no conjunto ao qual corresponde a linguagem podemos localizar a língua. No CLG (p.19), ele postula que duas pessoas estão conversando e que no cérebro de cada uma delas há um conjunto de signos linguísticos armazenados. Assim, temos um processo psíquico, seguido de um processo fisiológico: “[...] o cérebro transmite aos órgãos da fonação um impulso correlativo da imagem; depois, as ondas sonoras se propagam da boca de A até o ouvido de B: processo puramente físico. Em seguida o processo se prolonga em B numa ordem inversa: do ouvido ao cérebro, transmissão fisiológica da imagem acústica [...]”.
Por apresentar esse aspecto social mencionado, a língua só existe na massa. Esse aspecto social, ao lado da homogeneidade, é o responsável pela manutenção do sistema da língua.
Você saberia dizer qual a relação entre... LÍNGUA e a MASSA FALANTE?	 
“Trata-se de um tesouro depositado pela prática da fala em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade, um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos, pois a língua não está completa em nenhum, e só na massa ela existe de modo completo.” (CLG, p. 21)
Saussure compara a língua a um DICIONÁRIO, cujos exemplares tivessem sido distribuídos entre todos os membros de uma sociedade. Esse dicionário, que é a língua, existe no cérebro dos indivíduos como a soma de sinais todos idênticos. Ele é imposto como um código ao qual se deve obrigatoriamente seguir.
Isso significa que a língua é uma instituição social: compartilhamos um sistema linguístico, mas não podemos utilizá-lo da forma como quisermos. Discutiremos melhor essa questão  em nossa próxima aula, quando trataremos do signo linguístico.
A língua é uma instituição social: compartilhamos um sistema linguístico, mas não podemos utilizá-lo da forma como quisermos. 
Leia o trecho do livro Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias, de Ruth Rocha (p.14-15).
“Logo de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua:
- Mamãe, quer me passar o mexedor ?
- Mexedor? O que é isso?
- Mexedorzinho, de mexer café.
- Ah, colherinha , você quer dizer.
- Papai , me dá o suco de vaca ?
- Que é isso, menino?
- Suco de vaca, ora! Que está no suco de vaqueira.
- Isso é leite, Marcelo; quem é que entende esse menino ?
O pai de Marcelo resolveu conversar com ele:
- Marcelo , todas as coisas têm um nome. E todo o mundo  tem que chamar pelo mesmo nome, porque senão ninguém se  entende...
- Não acho, papai. Por que é que eu não posso inventar o  nome das coisas?
-(Marcelo) BIRIQUITOTE XEFRA !
- Deixe de dizer bobagens, menino! Que coisa feia.
- Está vendo como você entendeu , papai ? Como é que você sabe que eu disse um nome feio?
E o pai de Marcelo suspirou:
- Vá brincar, filho, tenho muito o que fazer.”
(ROCHA, Ruth. Marcelo, martelo, marmelo e outras histórias. 2ª ed. São Paulo: Salamandra, 1999).
E como fica a fala?
“A fala é, ao contrário, um ato individual de vontade e de inteligência [...]” (CLG, 22).  Por ser “individual”, Saussure considera que ela é heterogênea. Possui caráter privado: pertence ao indivíduo que a utiliza. Pessoas que falam a mesma língua conseguem se comunicar porque, apesar das diferentes falas, há o uso da mesma língua.  A heterogeneidade característica da fala não se presta a um estudo sistemático.
A heterogeneidade característica da fala não significa que as pessoas falem de forma tão diferente a ponto de não conseguirem se comunicar e sim que temos liberdade de escolha entre as estruturas da língua. É como se a língua equivalesse a roupas guardadas em gavetas e pudéssemos abri-la e escolher a que quiséssemos usar.
Nomes: maria, menina, carlos...
Verbos: querer, ler, comprar, rasgar...
Determinantes: esse, aquele, um, o...
Substantivos: livro, carro, papel...
Os fatos da língua e os fatos da fala
Saussure separa os fatos da língua dos fatos da fala: os fatos da língua dizem respeito à estrutura do sistema linguístico e os fatos da fala dizem respeito ao uso desse sistema.
 
Apesar de língua e fala serem estudadas separadamente, elas são interdependentes: “A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os seus efeitos; mas esta é necessária para que a língua se estabeleça [...]”. (CLG, p. 27)
Voltando à consideração de Saussure sobre a língua como sistema..
“A língua é uma Forma e não uma Substância”. (CLG, p. 141)
 O sistema é superior ao indivíduo (supraindividual) e todo elemento linguístico deve ser estudado a partir de suas relações com outros elementos do sistema e de acordo com sua função.
Por que a língua é a forma? “Forma” para Saussure significa “essência”(= sistema e estrutura). A forma é constituída pela teia de relações entre os elementos da língua, enquanto que a substância é constituída pelos elementos dessa teia.
Observe um exemplo retirado da linguagem coloquial:
a) “As menina é bonita”. Podemos produzir uma sentença como essa, pois ela apresenta alterações na substância, mas não na forma, já que é fundamental para o funcionamento do sistema linguístico.
b) Bonita é menina as. Essa sentença não deveria ser produzida porque apresenta problemas na forma, que é a essência do funcionamento do sistema linguístico.
No material do aluno, no capítulo “Língua/Fala”, de Castelar de Carvalho, há um interessante exemplo retirado de Saussure: a metáfora do jogo de xadrez.
Em 1929, o linguista romeno Eugênio Coseriu acrescentou o conceito de norma e reformulou a relação estabelecida por Saussure entre língua e fala. Entretanto, antes de ver esse comentário conheça um pouco sobre a vida desse linguista.
Eugênio Coseriu nasceu em 27 de julho de 1921 em Mihăileni, Rîşcani , uma pequena cidade romena que hoje é localizada na República da Moldávia . Ele frequentou a escola secundária em Bălţi , na qual Vadim Pirogan e Sergiu Grossu foram seus colegas. Após seus estudos na Universidade de Lasi, continuou a estudar em Roma .
Eugenio Coseriu atuou na Universidade da República, no Uruguai , como professor Geral e Linguística Indo-europeia e depois na Universidade de Tübingen , Alemanha.
Faleceu em - 07 de setembro de 2002, em Tübingen.
Eugenio Coseriu e a crítica à dicotomia língua/fala
Em 1929, o linguista romeno Eugênio Coseriu acrescenta o conceito de norma e reformula a relação estabelecida por Saussure entre língua e fala. Segundo ele, as variantes linguísticas fazem parte do sistema da língua e, por isso, ele substitui ‘língua’ por ‘sistema’. Entre o sistema, abstrato, e a fala, uso concreto, haveria a norma, um nível intermediário, um conjunto de realizações consagradas pelo uso. Coseriu¹ (apud Carvalho, 2001) disse: “[...] a norma é o como se diz e não o como se deve dizer. 
Castelar de Carvalho também afirma que “A norma seria assim um primeiro grau de abstração da fala.Considerando-se a língua (o sistema) um conjunto de possibilidades abstratas, a norma seria então um conjunto de realizações concretas e de caráter coletivo da língua.” (CARVALHO, 2001, p. 49-64).
No Rio de Janeiro, a norma estabelece que chamemos de “aipim” ao mesmo elemento chamado de “macaxeira” em outros estados. O sistema da língua portuguesa é o mesmo: uma pessoa no Rio  “Eu gosto muito de aipim” e uma pessoa de outro estado poderia dizer  “Eu gosto muito de macaxeira” mas ambas não utilizariam “Aipim gosto muito de eu” ou “Macaxeira gosto muito de eu”.
Muito bem! Continuando nossos estudos das ideias de Saussure, temos a teoria do signo linguístico. Na aula passada, vimos que Saussure afirma que a língua é “[...] um sistema de signos que exprimem ideias [...]”. Clique nas imagens e Saiba Mais.
Esses signos a que ele se refere são os signos linguísticos. Como Saussure define esses  ‘signos linguísticos’?
Signo linguístico para Saussure é a combinação de um conceito – o significado – a uma marca psíquicado som – o significante.
“O signo linguístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica. Esta não é o som material, coisa puramente física, mas a impressão (empreinte) psíquica desse som [...] tal imagem é sensorial [...]”. (CLG, p.80)
Saussure considerava que o signo linguístico é uma entidade psíquica de duas faces, representada no CLG (p. 80) conforme a proposta a seguir:
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO
ARBITRARIEDADE. Saussure estabelece que uma das características do signo linguístico é o fato de ele ser arbitrário. Essa característica nos explica por que Saussure escolheu ‘signo’ e não ‘símbolo’.
“O símbolo tem como característica não ser jamais completamente arbitrário; ele não está vazio, existe um rudimento de vínculo natural entre o significante e o significado. O símbolo da justiça, a balança, não poderia ser substituído por um objeto qualquer, um carro, por exemplo.” (CLG, p. 82)
O que Saussure quis dizer quando falou que o signo linguístico é arbitrário?
“A palavra arbitrário requer também uma observação. Não deve dar a ideia de que o significado dependa da livre escolha do que fala [...] queremos dizer que o significante é imotivado, isto é, arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade.” (CLG, p. 83)
Chamamos essa planta de ‘Flor’, mas poderíamos chamar de ‘árvore’, ‘mar’, ‘chinelo’ ou utilizar outro nome qualquer. Isso porque não há nada na flor que nos obrigue a chamá-la dessa forma.
A diferença que existe entre as línguas justifica o caráter arbitrário do signo. Em cada língua, há um significante diferente para representar um mesmo conceito comum a todas: cadeira, chair etc.
A diferença que existe entre as línguas justifica o caráter arbitrário do signo. Em cada língua, há um significante diferente para representar um mesmo conceito comum a todas: cadeira, chair etc.
PRINCÍPIO DA ARBIETRARIEDADE
O princípio da arbitrariedade parte da ideia de que não há uma razão natural para se unir determinado conceito a determinada sequência fônica, por isso, qualquer sequência fônica poderia se associar a qualquer conceito e vice-versa, desde que fosse consagrado pela comunidade linguística.
Para que possamos observar a arbitrariedade do signo em nosso dia a dia, vamos ler um trecho do livro Marcelo, marmelo e martelo e outras histórias, de Ruth Rocha.
Uma vez Marcelo cismou com o nome das coisas:
- Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
- Ora, Marcelo, foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
- E por que é que não escolheram martelo?
- Ah  meu filho, martelo não é nome de gente, é nome da ferramenta...
- E por que é que não escolheram marmelo?
- Porque marmelo é nome de fruta, menino!
- E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?
[...]
Mas Marcelo continuava não entendendo a história dos nomes. E resolveu continuar a falar a sua moda.
[...]
Quando vinham visitas, era um caso sério. Marcelo só cumprimentava dizendo:
- Bom solário, bom lunário... – que era como ele chamava o dia e a noite. E os pais de Marcelo morriam de vergonha das visitas.  Até que um dia...
O cachorro de Marcelo, o Godofredo, tinha uma linda casinha de madeira, que seu  João tinha feito para ele. E Marcelo só chamava a casinha de moradeira, e o cachorro de Latildo.
E aconteceu que a casa do Godofredo pegou fogo. 
Alguém jogou uma ponta de cigarro pela grade, e foi aquele desastre!
Marcelo entrou em casa, correndo:
- Papai , papai, embrasou a moradeira do Latildo!
- O que, menino? Não estou entendendo nada!
- A moradeira, papai, embrasou...
- Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!
- Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada!
Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendia nada...
Quando seu João chegou a entender do que Marcelo estava falando, já era tarde.
A casinha estava toda queimada. Era um montão de brasas.
O Godofredo gania baixinho...
E o Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:
- Gente grande não entende nada de nada, mesmo! (p. 8-23)
O ARBITRÁRIO ABSOLUTO E O ARBITRÁRIO RELATIVO
Mesmo considerando que o signo linguístico é arbitrário, Saussure considerou a existência do arbitrário absoluto e do arbitrário relativo: “[...] o signo pode ser relativamente motivado,” (CLG, p. 152).
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO
A palavra ‘flor’ seria um exemplo do que ele chamava de ‘arbitrário absoluto’: seria o signo arbitrário, imotivado. No entanto, palavras como ‘florista’ e ‘floreira’ seriam parcialmente motivadas, já que nelas podemos perceber a palavra ‘flor’. Assim, elas seriam exemplos daquilo que Saussure chamou de ‘arbitrário relativo’.
Saussure afirma que o signo linguístico é arbitrário, mas será que todos concordam?
Não. Aqueles que discordam do fato de o signo ser arbitrário apoiam-se na existência de duas estruturas na língua, imitativas de sons: as onomatopeias e as exclamações.
Onomatopeias.  As onomatopeias são a reprodução de um som com um fonema ou uma palavra, ou seja, são elementos da língua formados a partir de sons evocados. Será que elas não mostrariam um vínculo entre significante e significado? Não seriam elas exemplos de palavras motivadas?
Para Saussure, é preciso observar que as onomatopeias variam de língua para língua. Isso acontece porque elas não são imitações fiéis de ruídos e sons naturais: quando aparecem em uma língua, sofrem evolução fônica.
Ainda que Saussure reconheça que há onomatopeias autênticas, como tique-taque, ele as considera “[...] pouco numerosas, mas sua escolha é já, em certa medida, arbitrária, pois que não passam de imitação aproximativa e já meio convencional de certos ruídos [...]” (CLG, p. 83).
b.Exclamações. Chamadas de interjeições, também foram rejeitadas por Saussure. Segundo ele, embora se tente enxergar nelas expressões espontâneas, temos diferenças de uma língua para outras.
CARACTERÍSTICAS DO SIGNO LINGUÍSTICO: LINEARIDADE.
Outra característica dos signos linguísticos é a linearidade dos significantes.  Segundo Saussure, o significante possui uma natureza auditiva e representa uma extensão que somente pode ser medida em uma linha.  Devemos reforçar que a linearidade é dos significantes já que o significado é a representação mental ou conceito, a parte abstrata da palavra.
Não podemos emitir dois fonemas simultaneamente: a linearidade é uma característica das línguas naturais, pois os signos apresentam-se uns após os outros numa sucessão temporal ou espacial.  Não podemos superpor os sons: só se pode produzir produzir um som após o outro; uma palavra depois da outra; uma frase depois da outra.
Se o signo linguístico pertence a toda a comunidade, como as línguas mudam?
O indivíduo tem sua criatividade ‘freada’ pelo fato do signo linguístico ser imposto: ao usar a língua, o indivíduo quer comunicar suas ideias e, por isso, precisa utilizar o sistema da língua da mesma forma que os indivíduos que o cercam.
O caráter essencial do signo reside justamente nessa imposição e nessa arbitrariedade: para que haja mudanças no sistema é preciso que toda a coletividade concorde. Desse modo, tem-se que é preciso a união dos fatores tempo / língua/ massa falante para que uma mudança seja efetuada no sistema.
MUTABILIDADE
Saussure afirmou que o tempo tanto assegura a continuidade da língua quanto atua na alteração dos signos linguísticos.  Por mais que isso pareça contraditório, há uma verdade por trás dessa afirmação: “[...] a língua se transforma sem que os indivíduos possam transformá-la.” (p. 89)
“O tempo, que assegura a continuidade da língua, tem um outro efeito, em aparência contraditório com o primeiro: o de alterar mais ou menos rapidamente os signos linguísticos  e, em certo sentido, pode-se falar, ao mesmo tempo de mutabilidade e de imutabilidade do signo.” (CLG, p. 89)
O que Saussure quis dizer com essas palavras? Avance e veja.
Sendo a língua um sistema, cujos signos são estabelecidos por convenção social, o vínculo associativo que une as duas faces do signo não é motivado, ou seja, não há um critério para se associar um significado a um significantena língua, por isso, o signo linguístico é arbitrário. Nesse sentido, arbitrariedade não significa liberdade para que o falante possa alterar o signo, pois este é convencional. E, exatamente por ser imutável, o signo é arbitrário; ele só se estabelece na língua quando consagrado por uma comunidade linguística. Assim, Saussure afirma que “Justamente porque é arbitrário, não conhece outra lei senão a da tradição, e é por basear-se na tradição que pode ser arbitrário”.
Sintagma e paradigma – eixo sintagmático e paradigmático
Ex.: Hoje fez calor
As relações associativas (=paradigmáticas)
 
FRASE
 Sincronia e Diacronia
 
 
 
 
Sincronia e arbitrariedade do signo

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