Buscar

Irete-osa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

“Quem deve a Baba, que o pague” 
“Quando a cabeça enche, chamamos o barbeiro. Quando o rio enche, chamamos o barqueiro” 
“A felicidade é roupa que se rasga” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ìrëtû îsá chega ao àiyé 
Afuwapè, o filho de Îrúnmìlà, escapa de Ìyàmi Òñòròngá 
Àrinjànjànkiàn, o orientador de Îrúnmìlà 
Ñàwà, o awo polivalente 
Îlauorijù oferece cocos a seu Orí 
Ñàngó desmascara um impostor 
O acidente de Príncipe Impaciente 
Aduröjà Abayakò conquista seus inimigos 
A guerra entre os ara àiyé e os ara îrun 
Ñàngó faz um pacto com um monstro 
Èñù e responsável pela prisão e soltura de Îrúnmìlà 
 
 Irete osa 
Ìrëtû îsá 
 
 
Essência 
 
a) Nasce o uso de metais como lastro financeiro e moeda corrente; a desfiguração da beleza; o uso de seixos de rio no culto a Ñàngó; o uso do mel em 
encantamentos de concórdia. 
 
b) Kafere fun Olófin, Èñù, Òdùdúwà, Ñàngó, Îrúnmìlà, Ìyàmi Òñòròngá, Egún, Öya, Ömölu. 
 
c) Quando em ire, Ìfá diz que determinação conduzirá à abundância. 
 
d) Quando em ibi, Ìfá diz que a teimosia nos conduzirá à instabilidade mental. 
 
 
 
Comportamento 
 
a) Esse Odù fala sobre a necessidade de planejamento contra alguma forma de disputa pública, e também sobre os sofrimentos que se manifestarão quando 
alguém reluta em fazer a devida preparação para lidar com essa situação. Ìfá desaconselha a permanência em reuniões onde os ânimos podem se exaltar. 
 
b) Em Ìrëtû îsá, Ìfá nos fala sobre uma guerra ou uma disputa em que não haverá vencedores, pelo simples fato de que tal guerra não deveria nem existir, pois 
trata-se de iguais. Ìfá nos diz que tudo aquilo que nos for ofertado nessa batalha será lançado em nossa face ou nos fará mal de um jeito ou de outro. A natureza 
do ëbö que se faz nessa ocasião sugere que ao invés de brigar, deveríamos encontrar uma maneira de nos sentar e fazer as pazes com aqueles que ofendemos ou 
nos ofendem. 
 
c) Ìrëtû îsá é um Odù que inspira considerável capacidade de improvisação, intuição e tendência de se adaptar às dificuldades que encontramos em nossa jornada. 
Ìfá nos aconselha a sempre usarmos o que tivermos em mão para realizar nossos deveres, mesmo que para tal tenhamos que seguir caminhos não usuais ou 
ortodoxos. 
 
d) Ìfá fala sobre o desejo ardente de algo que muito bom e significativo, mas que demorará para acontecer. Ìfá diz que esse dia finalmente chegará, mas que 
devemos fazer ëbö para desfrutarmos com serenidade das novas bênçãos. Ìfá avisa que a euforia desequilibrada pode nos colocar numa situação perigosa para 
nós mesmos, a ponto inclusive de interferir ou mesmo impedir o desfrute de uma bênção tão ansiosamente aguardada. 
 
e) Ìfá avisa que aqui há uma alma nobre, disposta a fazer consideráveis sacrifícios pelo bem estar alheio, mas Ìfá também diz que há o desejo de reconhecimento 
e que tal desejo é um prenúncio de decepções. Ìfá diz que muitos se beneficiarão daquilo que fazemos, mas raramente receberemos o devido agradecimento ou 
consideração por isso. 
 
f) Esse Odù fala sobre o inconformismo e indignação perante uma situação que julgamos injusta, mesmo que a situação em questão não tenha nenhuma relação 
direta conosco. Ìfá fala que conscientemente ou não, julgaremos aqueles cuja conduta não se encaixe em nossos padrões de certo ou errado. Sob aspectos 
positivos, esses fatos confirmam a nobreza de alma e o apreço pela justiça. Sob seus aspectos negativos, algumas vezes criaremos problemas para nós ou para 
outros devido a nosso inconformismo, sempre que não estivermos baseados em sabedoria. 
 
g) Embora esse Odù aponte para a abundância material, Ìfá nos fala que mesmo no desfrute de tais bênçãos podemos nos sentir incompletos. Miticamente 
falando esse Odù atinge estabilidade material, mas carecia de filhos. Ìfá dá a entender que realizações diversas (aqui simbolizadas por filhos) serão importantes 
que de fato possamos nos sentir completamente felizes. No contexto em que tal informação surge, Ìfá diz que oferendas importantes foram negligenciadas, e que 
por isso a plenitude não se manifestaria. Além de seu aspecto literal, por “oferendas” também podemos entender passos ou planejamentos que uma vez 
negligenciados impedem nosso acesso a situações de fato abençoadas. Não deixar obras incompletas, não tomar atalhos nem esmorecer perante dificuldades 
iniciais parece ser o comportamento mais adequado para que realidades consideravelmente felizes tragam à nossa vida um sentido de plenitude. 
 
h) Num determinado momento desse Odù, um de seus personagens acaba com terríveis problemas por que pressupôs uma situação e errou em seu julgamento. 
Ìfá nos alerta quando ao perigo de agir “achando” que entendeu a complexidade de uma situação. Avaliações superficiais de um problema apenas intensificarão 
os mesmos; é preciso ter certeza sobra as intenções das pessoas envolvidas antes de formarmos uma opinião ou decidirmos por uma ação. Pressupor a intenção 
de um terceiro poderá nos colocar em consideráveis problemas. 
 
i) Como será visto, esse Odù foi um dos caminhos que Ìyàmi Òñòròngá usou para chegar ao àiyé. Aqui elas optaram pela prática do mal, pois a mesma lhes 
garantia constantes oferendas apaziguadoras. No que diz respeito ao comportamento, é interessante notar que embora estejam presentes as características 
irascíveis de Àjý, houve uma opção pela prática do mal. Ou seja, não se trata aqui de um impulso irresistível, e sim de uma escolha racional. Isso dá à pessoa para 
quem esse Odù se manifesta clareza quanto seu comportamento. Sempre a opção pela prática do bem e o desenvolvimento de virtudes; quando essa opção não é 
seguida, é certo que pressões egoístas estarão por trás de tal situação. 
 
j) Por mais incrível que possa parecer, esse Odù revela que também Îrúnmìlà buscava orientação com seres mais sábios e experientes. Ìfá revela que houve 
ocasiões em que Îrúnmìlà, por si só, não conseguia encontrar uma solução para seus problemas, por isso recorria a um awo que lhe orientava sabiamente. Esse 
importante detalhe de Ìrëtû îsá aponta para a necessidade de convívio com pessoas mais sábias, pois as experiências adquiridas com tais pessoas nos capacitarão 
a entender melhor o complexo fluxo da vida, de maneira a evitarmos os problemas que podem ser evitados, e encararmos positivamente aqueles que não podem 
 
 
 
Bênçãos e positividades 
 
a) Ìfá revela que Ìrëtû îsá teve vida próspera e equilibrada no àiyé. Esse fato por si só sugere que tais bênçãos estarão presentes na vida do afilhado desse Odù, 
desde que o mesmo não se desvia de seu “caminho natural”. Num dado momento Ìfá revela que esse Odù casou-se com uma “filha de Olókun”. A breve citação 
de Olókun, divindade reconhecidamente rica, pode ser entendida como um excelente presságio de conquistas e abundância material. 
 
b) Numa determinada circunstância Ìfá aconselha oferendas a Osún para que a plenitude da felicidade se manifeste. Como foi estudado em Ìròsùn Meji, Osún é a 
Divindade que reativa na mente humana seus compromissos assumidos no îrun, impedindo assim que os mesmos sejam esquecidos no àiyé. Essa particularidade 
dá a Ìrëtû îsá um considerável aspecto de Ancestralidade, pois ao voltar-se para trás (Ancestral), lembramos o que devemos fazer à frente. Osún também é 
conhecido por proteger a mente do awo de desequilíbrios gerados pela não assimilação dos conhecimentos de Ìfá. Ainda que de uma forma velada, esse fato 
sugere a necessidade de cuidados em relação à psique. 
 
d) Ìfá diz que a prosperidade da pessoa para quem esse Odù aparece está “adormecida”. Ele recomenda oferendas a Orí, para que a prosperidade finalmente 
“floresça”. 
 
d) Devido a algumas particularidades desse Odù, profissões relacionadas a alimentos têm ótimas chances de atrair oportunidades para o desenvolvimento pessoal 
e posterior prosperidade. Por outro lado, Ìrëtû îsá fala sobre um babalawo polivalente, que servia sua comunidade dediversas maneiras, e não apenas através da 
prática oracular. Esse fato alude ao talento para exercer várias e distintas funções. Ou seja, embora profissões ligadas a alimentos sejam textualmente citadas, 
nada impede que uma atividade profissional distinta nos conduza ao sucesso ou estabilidade financeira. 
 
 
 
Infortúnios e negatividades 
 
a) Esse Odù sugere cuidados com toda e qualquer situação que possa encurtar nossa vida. Ìfá fala sobre um “monstro” que impede as pessoas de viver no àiyé 
todo o tempo que lhes está reservado. Uma gama considerável de situações podem se encaixar no conceito de “monstro” aqui exposto, por isso o importante é ter 
em mente esse importante e negativo aspecto de Ìrëtû îsá. 
 
b) Ìfá ensina aqui que nossa negligência em relação às responsabilidades nos colocará em situações consideravelmente difíceis ou embaraçosas. Em casos 
extremos essa fraqueza de caráter poderá nos conduzir a estados mentais desequilibrados ou consideráveis problemas judiciais. 
 
c) Ìfá desaconselha qualquer tipo de viagem ou empreitada sem primeiro fazer as devidas consultas e oferendas, especialmente a Èñù. Ele diz que se não 
seguirmos esses conselhos teremos que usar toda nossa inteligência para minimizar os danos provocados por nossa negligência. 
 
e) Ìfá avisa que infelizmente nos depararemos com inimigos ao longo de nossa vida. O interessante é que a oferenda realizada para a ocasião visava “conquistar 
os inimigos”, e não apenas derrotá-los. Essa pode ser uma forma de Ìfá nos orientar no sentido de fazermos o que estiver ao nosso alcance em nome da 
concórdia. O simples desejo de vencer ou nos livrar daqueles a quem consideramos ou nos consideram inimigos certamente não é a melhor postura nesse caso. 
Também é preciso salientar que aqui Ñàngó, quando cercado por inimigos, usou magia para transformar pedras em guerreiros. Essa pode ser uma alusão 
metafórica à necessidade de aliados para vencer os inimigos que são inerentes a esse Odù. 
 
f) Ìfá fala sobre diferenças de opiniões e de personalidades entre pais e filhos. Essa diferença pode ser tão significativa a ponto de justificar o afastamento entre as 
partes. Ìfá também avisa que devido a vários tipos de problemas, os filhos podem até desejar, mesmo que secretamente, o falecimento dos próprios pais. 
 
g) Ìrëtû îsá fala sobre uma ou mais pessoas que vivem sob o jugo de um tirano. Haverá quem queira controlar, impedir ou censurar cada uma de nossas atitudes, 
no errôneo pensamento de ter o direito a tal. Ìfá nos ensina que essa triste situação poderá ser resolvida se Egún e Ñàngó forem adequadamente propiciados. 
Ainda no contexto do jugo, Ìfá nos avisa que muitos não acreditarão em nossa palavra quando falarmos sobre os abusos impostos pelo tirano em questão. Essa 
situação intensificará o nosso inconformismo, e dessa forma a oferenda será uma maneira de levar justiça e harmonia a um ambiente onde tais virtudes estão 
ausentes. 
 
h) Nos caminhos de Ìrëtû îsá, Îrúnmìlà acaba na cadeia devido sua negligência em relação às suas obrigações com Èñù. Não se trata aqui apenas da necessidade 
de honrar nossos compromissos com os Òrìñà (isso é por demais óbvio), e sim ter claro na mente que atitudes não planejadas pode nos livrar a verdadeiras 
“prisões” também no sentido figurado da palavra. É preciso prudência e previdência quando esse Odù se manifesta. Agir tresloucadamente nos “prenderá” a 
situações desconfortáveis durante um tempo considerável. Também é óbvio que interpretações sobre o simbolismo de “prisão” não devem obscurecer o sentido 
literal do fato. Portanto, atitudes que favoreçam o cárcere devem ser absolutamente evitadas, pois Ûwîn (a Prisão) é muito ativa nesse Odù. 
 
i) Ìyàmi Àjý é muito ativa em Ìrëtû îsá. Esse Odù narra uma das descidas de Àjý ao àiyé, e de como a mesma optou pela prática do mal, pois isso lhe garantia 
oferendas apaziguadoras, enquanto a prática do bem nem sempre levava ao reconhecimento. A gravidade dessa situação sugere que Ìyàmi seja apaziguada 
quando esse Odù se manifestar, principalmente quando a manifestação ocorrer em ibi. Também é preciso salientar novamente as questões comportamentais, já 
abordadas no tópico que lhe é próprio. 
 
j) Através de Ìrëtû îsá recebemos de Ìfá o aviso de que nossos filhos podem correr risco de morte em algum momento de suas vidas. Aqui Ìyàmi quis levar o 
filho de Îrúnmìlà, e elas só não conseguiram devido a sabedoria do velho sacerdote. Independentemente dos caminhos por onde esse imenso infortúnio possa se 
manifestar, a prudência está em fazer as oferendas necessárias e evitar um comportamento que favoreça a ação de Ìkú e Àjý em nossas vidas. 
 
l) Ìrëtû îsá é o Odù que narra o nascimento de moedas de metais. As circunstâncias desse acontecimento são repletas de sofrimentos e desentendimentos, por isso 
se diz que mesmo quando esse Odù fala sobre riquezas será preciso fazer ëbö, para que novos recursos materiais não engendrem consideráveis tormentos em 
nossas vidas. 
 
m) Ìfá nos avisa que infelizmente haverá quem deseje os colher os benefícios de nossos esforços pessoais, nos negando tal direito. Sob esse ponto de vista, Ìrëtû 
îsá é um Odù de fraudes e engodos e impostores. Ìfá nos aconselha a propiciar Ñàngó, para que a verdade venha à tona e o mérito de uma situação possa ir para 
as pessoas que de fato fizeram por merecê-lo. 
 
 
 
Relacionamentos 
 
a) Uma particularidade desse Odù consiste no fato de que antes de deixar o îrun, o mesmo fez as oferendas necessárias para garantir seu sucesso no àiyé. Logo 
depois que partiu para esse mundo, uma filha de Olókun também foi envidada para cá. Depois os dois se encontraram e trilharam um caminho de conquistas e 
felicidade. Através desse mito recebemos de Ìfá a orientação de que o afilhado desse Odù não ficará sozinho, pois desde sempre alguém lhe foi destinado. As 
oferendas prescritas e o desenvolvimento da sabedoria garantirão que não nos desviemos desse que sem dúvida parece ser o melhor caminho, sentimentalmente 
falando. Ìfá também dá a entender que esse “filho de Olókun” participará ativamente do nosso processo de prosperidade. Os assuntos sentimentais tratados nesse 
Odù sugerem a grande importância da estabilidade sentimental, para que outros fatores positivos possam também se manifestar. 
 
b) Como já foi visto, Ìrëtû îsá fala sobre a necessidade de encontrarmos pessoas sábias no àiyé, que possam nos inspirar a seguir os melhores caminhos e adotar 
as melhores condutas. Oferendas apropriadas às Divindades sugeridas por Ìfá podem nos ajudar a encontrar num futuro casamento alguém que se adéqüe não só 
às necessidades sentimentais, mas também às espirituais. 
 
 
 
Saúde e bem estar 
 
a) Num determinado momento desse Odù recebemos de Ìfá a orientação de fazer oferendas a Osún. Por estar relacionado à saúde mental do babalawo, oferendas 
a essa Divindade sugere a necessidade de cuidados com a psique. Ìfá ensina aqui que a incapacidade momentânea de assimilar verdades superiores pode nos 
fragilizar mentalmente. 
 
b) Ìrëtû îsá fala sobre situações e moléstias que podem encurtar nossa permanência no àiyé. Ìfá nos aconselha a fazermos as oferendas necessárias para evitar 
essa situação, e também a levarmos uma vida que não favoreça tal infortúnio. 
 
c) Esse Odù fala sobre quedas, fraturas, traumatismos, etc. Será prudente evitar situações em que tais acidentes possam ocorrer. 
 
d) Ìfá adverte quanto a intoxicações alimentares. 
 
e) Possíveis enfermidades cardíacas. 
 
f) Enfermidades cutâneas. 
 
g) DST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ìfá diz, 
 
 
- Odù de descontentamento constante, que pode conduzir à infelicidade. 
- Maus tratos físicos e morais no âmbito da família. 
- Oposição quanto a escolhas religiosas. 
- Aqui os filhotes saem para o mundo e se deparamcom dificuldades; 
- O babalòrìñà não verá o desenvolvimento de seu filho; 
- A manada pode se dispersar; 
- Deficiência hormonal em um dos cônjuges; 
- DST; 
- Zele pela alma de seu pai; 
- Em Ûlûgbà se coloca um pequeno tambor; 
- A vaidade é um ëwî desse Odù; 
- A mulher deve seguir a religião do marido, caso contrário o casamento não vingará; 
- Sendo de Ìfá ou de Òrìñà, a pessoa para quem esse Odù se manifesta deve cultuar Öya; 
- Aqui Olódúmarè determina que tudo terá um tempo exato para permanecer no àiyé; 
- Evite excesso alcoólicos; 
- É preciso rogar a Olófin com todo o coração, caso contrário não verá nada acontecer; 
- Ìyàmi receberá oferenda de quatro pombas para conceder poder; 
- A mãe da pessoa para quem esse Odù aparece deve propiciar Orí para alongar a própria vida; 
- Intoxicação alimentar. Provavelmente uma determinada fruta seja um grande ëwî; 
- As baratas roem o dinheiro nesse Odù. É preciso sabedoria para lidar com ganhos financeiros; 
- Cuidado para não perder documentos importantes, 
- Teimosia levará à perda de bênçãos e oportunidades; 
- Não se demore a fazer o que precisa ser feito; 
- Esteja atento aos documentos que assina; 
- Aqui pode se carregar culpas alheias; 
- Prudência em escolher amigos, pois a falsidade pode estar presente. 
- Ire mötarì; 
- Sua felicidade atrai inimizades; 
- Seja grato ao seu cônjuge e trate-o bem; 
- Há quem desejará que você se mude de onde vive; 
- Aqui os inimigos se perguntam como é que ainda não te destruíram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obras de Ìrëtû îsá 
 
 
1) Faremos oferenda às Divindades indicadas por Ìfá para que: 
 
 Possamos conquistar nossos inimigos; 
 Possamos vencer situações perigosas e com potencial para encurtar nossa vida; 
 Possamos encontrar um bom parceiro no àiyé, e que esse encontro favoreça nosso crescimento e felicidade; 
 Infortúnios não nos impeçam de desfrutar uma bênção que há tempos esperamos; 
 
2) Oferendas a Ñàngó e Olófin nos protegerão de perigosas situações que podem encurtar nossa passagem pelo àiyé. 
 
3) Èñù receberá oferendas para nos proteger de situações complicadas ou até mesmo negativas que nos depararemos numa viagem. 
 
4) Osún receberá oferendas para nos inspirar a não deixarmos esquecermos os caminhos e compromissos que podem nos conduzir à felicidade. 
 
5) Olókun receberá oferendas para favorecer nossa prosperidade nesse mundo. 
 
6) Ñàngó e Egún receberão oferendas para nos livrar do jugo de um tirano. 
 
7) Èñù receberá oferendas para tirar (ou por) alguém da cadeia. 
 
8) Orí receberá a oferenda de três cocos, para que nossa prosperidade possa aflorar. 
 
9) Ìyàmi Òñòròngá receberá oferendas para poupar nossos filhos (ou outras pessoas queridas) de morte precoce. Acompanhando as oferendas prepararemos um 
pote com diversos àñë, sem o qual as oferendas em questão estarão incompletas. 
 
10) Nos caminhos desse Odù é preparado um determinado pote, cuja virtude está em fazer nossos inimigos brigarem entre si, enquanto saímos ilesos de situações 
consideravelmente perigosas. 
 
11) Ñàngó receberá oferendas para fazer a verdade aparecer, tornando possível que o mérito de uma ação vá para quem a praticou e não para um impostor. 
 
12) Èñù e Ìyàmi receberão oferendas, para guiar nossos caminhos até pessoas sábias que possam nos orientar corretamente. 
 
13) Se faz ëbö com mel e ûkî para acabar com uma guerra que nem deveria ter sido travada. 
 
14) Èñù receberá oferendas para impedir que alguém colha os frutos plantados por nós mesmos. 
 
15) Ìfá diz que uma Divindade aceitará a oferenda de um galo dentro de uma fogueira, previamente preparada na mata. Com os ossos carbonizados do galo se 
prepara um àfòñû. 
 
16) Aqui Ñàngó (ou Àirá) espera uma grande oferenda dessa pessoa, pelo fato de ter lhe concedido uma grande bênção. Caso a pessoa não tenha recursos para 
realizar o ëbö, deve ir perante a Divindade agradecer pela bênção e explicar sua incapacidade de realizar a oferenda prescrita (duzentos quadrúpedes, aves, 
àdìmù, etc.). Se o fizer de todo seu coração, Òrìñà aceitará a oferenda de um galo índio. 
 
17) Se faz ëbö em quatro lugares diferentes com um galo. Depois recolhe-se terra desses lugares (provavelmente para o preparo de àfòñû). 
 
18) Ògún receberá oferendas para abençoar com ire gbogbo. 
 
19) Egún receberá oferendas para abençoar viagens ou simples saídas de casa. 
 
20) Um àfòñû é preparado com cascas de caracol, cominho, pimenta-da-guiné, sal e cinzas de uma fogueira ardente; canela em pó, ûfun. Tudo é posto numa 
folha e colocado perante Ûlûgbà com esse Odù riscado. 
 
 
 
 
 
 
Ìrëtû îsá chega ao àiyé 
 
 Awo Iranyìn; esse foi o awo que criou Ìfá para Ìrëtû îsá (Îrúnmìlà), 
Quando ele estava deixando o îrun para vir ao àiyé. 
Ele foi instruído a oferecer o seguinte ëbö: um cabrito, uma tartaruga, um pombo, um tecido branco a Èñù; 
Ao seu Ûlûdà deveria oferecer um carneiro, um galo e um pombo; 
Esses últimos não deveriam ser imolados. Deveriam ser deixados na junção entre o àiyé e o îrun. 
Ìrëtû îsá ouviu e fez o ëbö; depois veio ao àiyé. Ao mesmo tempo uma filha de Olókun também veio para cá. 
Ìrëtû îsá aqui se tornou babalawo. Não demorou muito e ele casou-se com a filha de Olókun, que era comerciante. 
Eles logo se tornaram prósperos, mas não possuíam nenhum filho. 
Eles foram a Ìfá para resolver essa situação e foram avisados que a razão da mesma eram oferendas negligenciadas. 
Sim, eles não propiciaram Osún antes de virem ao àiyé. 
Então foram instruídos a oferecer um cão, uma tartaruga e um galo. 
Eles fizeram o ëbö, e em pouco tempo a mulher engravidou. 
Quando chegou a hora, ela trouxe à luz uma menina, que se chamou Ayö. 
Eles tiveram muitos outros filhos e continuaram a prosperar. 
 
 
Ñàngó liberta as pessoas de um tirano 
 
 Ìrëtû e Îsá são os Odù Ìfá que nos falam sobre a terra Moyànyàn, 
Onde o povo vivia sob a liderança de um awo chamado Lerikú, 
Mas o que eles não sabiam é que esse awo usava feitiçarias para assustá-los e dominá-los. 
Bem, havia Òdu, que não conhecia as ações de Lerikú. 
Certa vez ela disse a Ñàngó que iria visitar Lerikú. Ah! Ñàngó encolerizou-se, pois sabia quem Lerikú de fato era. 
Ele disse, “O que você quer com aquele tirano?” Òdu respondeu, “Você é que não gosta de ninguém!” 
Então Ñàngó consultou Ìfá, no intuito de saber o que seria possível fazer, 
Para que Lerikú fosse finalmente desmascarado. Disseram que Egún lhe ajudaria, 
Disseram que ele deveria preparar pratos deliciosos e colocá-los à entrada da cidade. 
Ñàngó ouviu e fez o ëbö. Quando ele arrumou as oferendas, Egún apareceu para apreciá-las. 
Quando Lerikú soube que Egún estava à entrada da cidade, 
Pensou que ele estava ali para ajudá-lo. Ele foi até onde ele estava, 
E sentindo-se a vontade com a situação também comeu da oferenda feita por Ñàngó. 
Ah! Isso acabou com a proteção que ele tinha devido a seus feitiços! 
Foi aí que Ñàngó cobriu-o de pontapés e o expulsou de Moyànyàn. 
Depois desse fato, finalmente aquelas pessoas puderam viver em liberdade e prosperidade. 
 
 
Ñàwà, o awo polivalente 
 
 “Aquele que simpatiza com a vítima de uma maldade”; 
“Ninguém consegue ver o que ocorre numa sala permanecendo fora da mesma”; 
Esses foram os awo que criaram Ìfá para Ñàwà, o awo polivalente. 
Sim, Ñàwà era awo, médico e sacerdote. Ele foi instruído a fazer ëbö e a ser cuidadoso com um irmão mais novo; 
Disseram que se ele vivesse permanentemente com esse irmão, isso poderia custar-lhe a vida, 
Pois esse irmão possuía uma cabeça muito forte, que iria sugar suas forças e matá-lo prematuramente. 
Ele foi instruído a ter seu próprio Ìfá e cultuá-lo com devoção, 
Para que pudesse alcançar uma idade madura e avançada. 
Ñàwà ouviu e seguiu os conselhos de Ìfá. 
 
 
 
 
Èñù cria a moeda corrente 
 
 Ìrëtû îsá é o Odù Ìfá que nos fala de quando Òrìñànlá decidiu usaro critério de festas; 
Para definir a senioridade entre as Divindades. 
Ele disse que cada Divindade organizaria uma festa em sua casa; 
E que ao final de todas, ele definiria qual entre elas seria considerada a mais anciã. 
Òrìñànlá também determinou que a primeira festa fosse em sua própria casa. 
Èñù então disse que se as Divindades não quisessem conhecer sua ira, 
Seria melhor que ele fosse escolhido como o primeiro anfitrião. 
Ele lembrou a todas elas que ele já estava no àiyé, 
Quando elas chegaram aos pântanos do îrun, 
Descendo pela palmeira que ligava o os dois mundos. 
Mas ninguém levou a sério as ameaças de Èñù. 
Então no dia marcado as Divindades se reuniram na casa de Òrìñànlá. 
Baba havia preparado muita comida e bebida; 
Ele pegou um obì para consultar antes de começar a festa, 
Mas foi aí que todos ouviram os gritos de desespero que viam de dentro da casa. 
Dois dos filhos de Òrìñànlá tiveram convulsões, 
E morreram antes de receberem auxílio. 
O clima de festa foi substituído por sofrimento e melancolia, 
E todos foram embora sem festejar. 
A próxima reunião estava marcada para a casa de Ògún, 
E o mesmo infortúnio aconteceu. 
Essa triste situação se repetiu na casa de Ñàngó, Olókun e Îsànyìn. 
Quando finalmente chegou a vez de Îrúnmìlà receber seus convidados em sua casa, 
Ele decidiu consultar Ìfá. 
Ele foi instruído a fazer ëbö com a imagem de bronze de um homem; 
Uma imagem de chumbo de uma mulher, 
E as imagens de um casal de coelhos feitas em barro. 
Disseram que essas imagens deveriam ser oferecidas ao assento de Èñù, 
E que depois um cabrito seria imolado sobre elas. 
Îrúnmìlà ouviu e fez o ëbö. 
Então chegou o dia da reunião na casa de Îrúnmìlà; 
Quando Òrìñànlá estava partindo o obì, 
Ouviu-se um grande tumulto que vinha do quintal da casa. 
As Divindades correram lá e viram dois filhos de Îrúnmìlà em convulsão. 
Mas eles espirraram e rapidamente se recompuseram. 
Em virtude do ëbö, Èñù poupara as duas crianças. 
Foi aí que as Divindades viram as imagens oferecidas como ëbö; 
Elas estavam dançando e correndo pelo quintal de Îrúnmìlà, 
Enquanto todos olhavam a cena bizarra, 
Èñù convocou guinés e cabritos que comeram as comidas da festa, 
Acabando assim com a reunião. 
Então Èñù reapareceu entre as Divindades e se gabou, 
Dizendo que enquanto ele não fosse escolhido como o líder, 
E promovesse o próximo encontro, 
Nenhuma Divindade conseguiria realizar uma festa até o fim. 
Sem ter nenhuma outra opção, 
As Divindades concordaram que o próximo encontro seria na casa de Èñù. 
Quando chegou o dia da festa, 
Èñù serviu aos seus convidados muitas comidas e bebidas; 
Tudo correu em ordem. 
Èñù disse às Divindades que deveriam pegar as imagens de metal e derretê-las. 
Depois o metal seria cunhado e usado como moedas, 
Para possibilitar transações financeiras. 
É assim que Ìfá nos ensina como Èñù criou o dinheiro, 
Que veio a substituir os búzios mandados por Olódúmarè. 
Ìfá nos diz aqui que o dinheiro pode construir, destruir, gerar alegria e dor, 
Dependendo de como lidamos com ele; 
Ìfá nos aconselha a evitarmos brigas por senioridade, pois a derrota será certa. 
 
 
Îlauorijù oferece cocos a seu Orí 
 
 ”Arotesà, Arotejò, Arotepà”; 
Esses foram os awo que criaram Ìfá para Îlauorijù, filho de Apògonñîrun; 
No dia que ele foi instruído a fazer ëbö com três cocos, 
Para que sua prosperidade pudesse florescer. 
Îlauorijù ouviu e fez o ëbö. Os awo pegaram os cocos e ofereceram a Orí. 
Após a oferenda, Îlauorijù começou a prosperar. 
Ele dançava e cantava em louvor a Îrúnmìlà e seus sacerdotes. 
 
 
 
 
Afuwapè, o filho de Îrúnmìlà, escapa de Ìyàmi Òñòròngá 
 
 “Se um amigo prefere servir à maldade, deixe que ele seja abominável”; 
“Se ele prefere ser sórdido, deixe que ele se torne repulsivo”; 
Essa foi a mensagem de Ìfá para Ìyàmi Òñòròngá, quando ela estava vindo do îrun para o àiyé. 
Para que tudo desse certo aqui ela foi instruída a oferecer um cabrito, inhame e uma cabaça com dendê. 
Ela ouviu e fez o ëbö. Ao chegar ao àiyé, ela descobriu que a maldade gerava resultados mais rápido que a bondade. 
Então ela decidiu praticar maldades e atrocidades, justamente o que a tornou notória no îrun. 
Ela começou matando um filho de Ògún chamado Orisekú. 
Depois ela matou um filho de Îsànyìn chamado Orilè imerè. Quando ela quis matar Afuwapè, o filho de Îrúnmìlà, 
Esse rogou que ela ao menos permitisse que ele se despedisse de seu pai, e Ìyàmi concordou. 
Quando Afuwapè disse a Îrúnmìlà o que estava acontecendo, 
Îrúnmìlà preparou um pote contendo um tubérculo chamado abiriñokò; 
Três ovos, três seixos e três búzios. Depois de acrescentar o iyëfá desse Odù, 
Ele deu o pote a seu filho, orientando-o a dá-lo para Ìyàmi comer seu conteúdo antes de matá-lo. 
Quando as Ìyàmi comeram o conteúdo do pote, começaram a brigar entre si; 
Elas discutiam para saber quem entre elas era a mais antiga e honorável. 
Enquanto elas brigavam, Afuwapè aproveitou para fugir. 
Ìfá aconselha à pessoa para quem esse Odù se manifesta a não permanecer em reuniões por muito tempo, 
E também a não criticar o grupo das Àjý. Essa pessoa também deve servir à Noite com um coelho. 
 
 
Ñàngó desmascara um impostor 
 
 Ìfá foi criado para Ñàngó, no dia que ele pensou ser vítima de ingratidão. 
Ele disse, “Eu me esforço e faço muitas coisas pelo bem de muitos”; 
Ele disse, “Por que ninguém reconhece e pelo menos me agradece?” 
Os awo revelaram que a culpa não era das pessoas. 
Disseram que sempre que Ñàngó fazia uma grande ação, um impostor aparecia; 
Disseram que esse impostor se passava por Ñàngó, e recebia todas as glórias e agradecimentos. 
Ah! Ñàngó não gostou nada daquilo. Os awo disseram que ele deveria preparar iguarias como ëbö; 
Ñàngó ouviu e fez as oferendas. Quando ele foi entregá-las, ficou escondido e observando. 
Pouco tempo depois apareceu o impostor e começou a comer o ëbö. Ñàngó pegou seu îñè, 
E com ele bateu no impostor, Até que esse assumiu o compromisso de que jamais voltaria a se passar por Ñàngó. 
Como nós conhecemos esse impostor? Ele é aquele a quem chamamos Egún (opinião pessoal, Aldo) 
 
 
O acidente de Príncipe Impaciente 
 
 Ìfá foi criado para Akerènikeyî, no dia que ele foi instruído a fazer ëbö, 
Para que pudesse herdar o trono de seu pai. Akerènikeyî não apenas negou-se a fazer a oferenda, 
Como disse a quem quisesse ouvir que nada poderia impedi-lo de ficar com o que era seu por direito. 
Quando Èñù soube do comportamento de Akerènikeyî, decidiu que as coisas não ficariam daquele jeito. 
Quando o rei finalmente morreu, Èñù foi avisar Akerènikeyî que chegara o dia de sua coroação. 
Akerènikeyî ficou muito feliz, e Èñù incentivou-o a dançar de alegria. 
Ah! Èñù levou Akerènikeyî a um êxtase, e nesse estado ele se desequilibrou, caiu e fraturou sua perna. 
Quando as pessoas souberam, disseram que um aleijado não poderia governá-las. 
Dessa forma o oyè foi passado para um irmão mais novo de Akerènikeyî. Èñù dançava e regozijava. 
 
 
 
 
 
Àrinjànjànkiàn, o orientador de Îrúnmìlà 
 
 “Àrinjànjànkiàn”; esse era o awo que costumava orientar Îrúnmìlà, 
Quando o mesmo não conseguia fazê-lo por si próprio. 
Sim, às vezes Îrúnmìlà confiava apenas em sua inteligência, 
Fazia esforços em todas as direções, mas não conseguia resolver seus problemas. 
Então ele recorreu a Àrinjànjànkiàn, que aconselhou-o a fazer ëbö. 
Îrúnmìlà deveria oferecer um cabrito a Èñù e uma galinha à Noite. 
Îrúnmìlà ouviu e fez o ëbö, e as coisas começaram a dar certo para ele. 
Não demorou e ele encontrou uma nova esposa, que trouxe prosperidade à sua vida. 
 
 
Aduröjà Abayakò conquista seus inimigos 
 
 Ìrëtû apareceu para Aduröjà Abayakò; Îsá apareceu para Aduröjà Abayakò; 
No dia que ele estava prestes a se deparar com seus inimigos. 
Ele foi instruído a fazer ëbö para que pudesse conquistá-los. 
O ëbö era um carneiro, um galo e dinheiro. Ele ouviu e fez a oferenda. 
 
 
Èñùé responsável pela prisão e soltura de Îrúnmìlà 
 
 Ìfá foi criado para Îrúnmìlà, no dia que ele viajou sem fazer ëbö. 
Sim, devido sua imprudência, Èñù resolveu lhe dar uma lição, manipulando-o até que ele caísse preso. 
Quando já estava encarcerado, Îrúnmìlà subornou o carcereiro para que lhe trouxesse alimentos. 
Depois de um tempo o guarda levou a ele ûkî e uma sopa, que continha um grande osso. 
Îrúnmìlà tomou a sopa, fez do prato um îpîn, do osso ele fez um ìrîfá; 
Ele raspou a parede, e com usou o pó que conseguiu como iyèròsùn. 
O ûkî que o guarda lhe deu, Îrúnmìlà o ofereceu como ëbö. 
Então as formigas da região começaram a migrar para a cela de Îrúnmìlà, no intuito de comer o carrego. 
Èñù viu aquele monte de formiga indo em direção à delegacia e achou aquilo interessante. 
Ele disse, “Isso é um ëbö!” Èñù as seguiu, e ao chegar na cadeia exigiu ver o prisioneiro que lá estava. 
As autoridades temeram as represálias de Èñù, por isso resolveram soltar Îrúnmìlà. 
 
 
Ñàngó faz um pacto com um monstro 
 
 Ìfá foi criado para Olófin, no dia que um monstro não permitia que nada no àiyé pudesse ter vida longa. 
Os awo revelaram que apenas Ñàngó poderia resolver essa questão. Ah! Aquilo seria um problema para Olófin, 
Pois ele tinha acabado de repreender Ñàngó por seu comportamento enlouquecido. 
Será que Ñàngó entenderia a situação. Olófin então mandou que Èñù fosse atrás de Ñàngó. 
Quando Èñù deu a mensagem a Ñàngó, ele disse, “Se ele quer minha ajuda, que restaure todo meu àñë”. 
Quando Èñù deu o recado a Olófin, ele quis brigar com Ñàngó novamente. 
Òdùdúwà então lhe disse, “Se assim procederes, todos perecerão”. Olófin então cedeu e restituiu o àñë de Ñàngó. 
Então Ñàngó fez oferendas a Egún, depois começou a preparar pratos saborosíssimos. 
Quando ele acabou, retornou ao àiyé para se encontrar com o monstro. 
Ñàngó mostrou as comidas ao monstro, que imediatamente quis devorá-las. 
Ñàngó disse que só permitiria se eles fizessem um pacto. O monstro poderia comer a vontade, 
Se permitisse que as pessoas vivessem no àiyé todo o tempo que lhes estava destinado. 
O monstro aceitou os termos e depois comeu as comidas, selando assim o pacto que salvou a vida dos ara àiyé. 
 
 
 
A guerra entre os ara àiyé e os ara îrun 
 
 “Aquele que se protege de um motim não é um covarde”; 
“As abelhas partiram, mas deixaram seus favos de mel”; 
“As formigas partiram, mas deixaram seus descendentes para trás”; 
Essas foram as mensagens de Ìfá para os ara àiyé e os ara îrun, no dia que eles entraram em guerra. 
A eles foram recomendado oferecer um pote de mel e uma cabaça com ûkî. 
Apenas o povo do îrun fez a oferenda. Quando os ara àiyé chegaram às portas do îrun, 
Viram o pote com mel e o ûkî. Eles começaram a comer, sem saber que aquilo estava envenenado. 
Todos aqueles que comeram começaram a morrer. 
Quando os ara îrun chegaram, encontraram todos os corpos caídos. 
Eles ordenaram aos poucos sobreviventes que retirassem dali os corpos. 
Quando os ara àiyé voltaram carregando seus mortos, os ara îrun cantavam, 
“Nós não morremos, pois não comemos mel!” 
Foi assim que os ara àiyé começaram a carregar seus mortos até o dia de hoje.

Continue navegando