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Introdução à Anatomia

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Generalidades Anatômicas
TERMINOLOGIA E POSIÇÃO ANATÔMICA, PLANOS E EIXOS DE
CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO
• I- INTRODUÇÃO:
• A anatomia é dividida em partes e é a ciência que estuda a forma e a estrutura do corpo humano (do grego
ana: em partes; tomein: cortar).
• Em termos gerais, é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos
seres.
• A importância do estudo anatômico é conhecer a intimidade da estruturas, uma vez que conhecer a forma de
um órgão é também saber como ele funciona.
• A anatomia é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. Dissecação é
o ato de cortar ordenadamente algo, no caso do objeto de estudo anatômico, corta-se o cadáver de um individuo
humano a fim de conhecer a disposição das estruturas que o compõem.
• o homem vetruviano e posição anatômica:
- de pé (em ortostase), olhos ao infinito, membros pendentes, mãos espalmadas, pés para a frente.
- Dentro dessa convenção, coloca-se o homem dentro de uma “caixa” para delimitar o corpo humano: lateral
direita, lateral esquerda, ventral, dorsal e cranial, os chamados “planos limitantes de secção”.
• Os eixos de secção são linhas imaginárias que atravessam um plano à outro.
• Plano mediano, divide o corpo em duas metades: antímero direito e antímero esquerda. Não necessariamente
cada metade terá a mesma constituição.
II- TERMINOLOGIA ANATÔMICA
• Terminologia anatômica é a linguagem própria empregada no estudo anatômico, ou seja, para designar e
descrever o organismo e suas partes.
• A sistematização da linguagem começou por volta de 1887, na Alemanha, e foi posteriormente aprimorada. A
última reunião do Comitê Federativo de Terminologia Anatômica (FCAT) foi em 1998 também na Alemanha.
• Os critérios para a criação dos termos foram:
- Termos simples, memorização fácil, breve, único;
- Valor informativo ou descritivo;
- Forma, função, relação, localização;
- Termos latinos (língua morta e sujeita poucas variações);
- Tradução para outros idiomas;
- Estruturas relacionadas devem receber nome semelhante (analogia).
• Os termos gerais se referem a partes e cavidades do corpo, planos e eixoslimitantes e de secção do corpo
(Ex.: músculo, osso, nervo e fáscia).
• Os termos especiais se referem a termos precisos de estruturas macroscópicas do corpo e já totalizam cerca
de 6000 termos (Ex.: trapézio, braço)
III- DIVISÃO DO CORPO HUMANO:
• O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros.
- CABEÇA: extremidade superior do corpo e subdividida em fronte (testa), occipital (posterior e inferior da
cabeça), têmpora (porção lateral anterior à orelha), orelha e face.
- PESCOÇO: une o tronco à cabeça.
- TRONCO: corresponde ao tórax, abdome, pelve e dorso.
- MEMBROS SUPERIORES: cíngulo do membro superior (clavícula e escápula), axila, cotovelo, antebraço e
mão.
- MEMBROS INFERIORES: cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro), nádegas, quadril, coxa,
joelho, pernas e pé.
• As cavidades do corpo compreendem a cavidade cranial, torácica, abdominal e pélvica.
IV- CONCEITOS DE NORMALIDADE, VARIAÇÃO ANATÔMICA E ANOMALIA:
• Normalmente, há diferenças entre as estruturas identificadas nos cadáveres e as mesmas
estruturas descritas nos livros.
• Isso acontece pois, nos livros, se encontram padrões anatômicos baseados em um
número significativo de dissecções, excluindo variantes pontuais encontradas.
A. NORMALIDADE:
• Para o estudo anatômico, normalidade se refere ao padrão ou disposição encontrada com
mais frequência, se tornando um padrão.
• o termo “normal”, no estudo médico, deve ser usado com cautela pois envolve um conceito
complexo e de difícil definição.
B. VARIAÇÃO ANATÔMICA:
• São as diferenças ocasionalmente encontradas no corpo que fogem no padrão encontrado
com mais frequência.
• As variações anatômicas não causam distúrbios ou disfunções nos indivíduos.
• Não se deve confundir variação anatômica com variabilidade humana: ao longo da
história, a população sofreu uma grande mistura de genes, assim apresentando uma
variabilidade morfológica. Dessa forma, tem se tornado maior a dificuldade de se
estabelecer padrões médios representativos.
C. ANOMALIA:
• É uma variação anatômica, isto é, um desvio fora do normal, que provoca prejuízos na
função.
D. MONSTRUOSIDADE:
• Ocorre quando a anomalia é tão acentuada que deforma profundamente a construção do
corpo do individuo e passa a se tornar incompatível com a vida humana.
• Ex.: agenesia de encéfalo.
V- FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO:
• Alguns fatores podem alterar a variação anatômica, como: idade, fase intra-uterina, fase
extra-uterina, sexo, características populacionais e biotipo.
• o biotipo nada mais é que a soma das características herdadas com as características
adquiridas por influência do meio. Os biotipos podem ser divididos em:
- LONGILÍNEOS: indivíduos magros, altos, com pescoço longo, tórax achatado ântero-
posteriormente, com membros longos em relação à altura do tronco.
- BREVELÍNEOS: indivíduos atarracados, baixos, com pescoço curto, tórax de grande
diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco.
- MEDIOLÍNEOS: apresentam características intermediárias entre os dois tipos.
VI- POSIÇÃO DE DESCRIÇÃO ANATÔMICA:
• Para se evitar que a descrição das posições das estruturas anatômicas fosse
variada de autor para autor, instituiu-se um padrão de posição de descrição anatômica.
• a posição anatômica refere-se à posição do corpo como se a pessoa estivesse em pé
(posição ereta, ortostática ou bípede) com a face voltada para a frente, olhar para o
horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas
para a frente, membros inferiores unidos com as pontas dos pés dirigidas para frente.
• Não importa, portanto, que o cadáver ou paciente esteja sobre a mesa em decúbito lateral
(de lado), dorsal (deitados de costas) ou ventral (de barriga para baixo): as descrições
devem ser feitas como se o indivíduo estivesse de pé.
POLIMORFISMO
HUMANO:
condição na qual
a população
possui mais de um
alelo do que de
outro do mesmo
locus. Embora
alguns fenótipos
sejam
onsiderados como
normais, eles não
podem ser
associados, de
forma absoluta,
como o mais
frequente. Isso
acontece, por
exemplo quando
se analisa a
frequência do
fenótipo AB do
sangue, que
mesmo sendo raro
e menos
frequente, é
considerada
normal.
VII- PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO HUMANO:
• Na posição anatômica, o corpo pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os
quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico em forma de
paralelepípedo.
- Plano anterior: tangente ao ventre. (normalmente, pode-se usar a nomenclatura “ventral”,
mas geralmente é reservada ao tronco).
- Plano posterior: tangente ao dorso. (pode-se dizer “dorsal” também, mas geralmente essa
nomenclatura é designada aos membros).
- Plano lateral direito: plano vertical tangente
ao lado direito do corpo.
- Plano lateral esquerdo: plano vertical
tangente ao lado esquerdo do corpo.
- Plano cranial ou superior: plano horizontal
tangente a cabeça.
- Plano podálico ou inferior: plano horizontal
tangente à região plantar.
- Plano caudal: plano horizontal que tangencia
o cóccix e limita a região do tronco.
VIII- PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO HUMANO:
• Além dos planos de delimitação, as descrições anatômicas também se
baseiam em quatro planos imaginários que seccionam o corpo humano:
- Plano sagital mediano: plano vertical que corta o corpo
longitudinalmente e divide o corpo nas metades ou ANTÍMEROS
DIREITO e ESQUERDO. Toda secção que corta o corpo em planos
paralos ao mediano é denominada secção sagital, uma vez que o plano
mediano passa pela sagita fetal.
- Plano frontal ou coronal: planos verticais que atravessam o corpo e é
paralelo ao plano anterior e posterior e divide o corpo em PAQUÍMEROS
VENTRAL e DORSAL.
- Plano transversal: plano que atravessa o corpo e divide-o em partes
denominadas de METÂMEROS SUPERIOR e INFERIOR. É paralelo aos
planos cranial e caudal.
IX- EIXOS DO CORPOHUMANO:
• Os eixos são linhas imaginárias que
atravessam os planos de delimitação e são
perpendiculares aos planos de secção.
- Eixo ântero-posterior (AP): corta os planos
anterior e posterior e é perpendicular ao plano
frontal.
- Eixo crânio-caudal ou crânio-podálico ou
longitudinal (CP): corta os planos cranial e
caudal e é perpendicular ao plano transversal.
- Eixo látero-lateral ou transversal (DE): corta
os planos laterais o é perpendicular ao plano
sagital. Nos membros, o eixo latero-lateral
também pode ser chamado de látero-medial.
X- TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO:
• Geralmente a forma dos órgãos é estudada com base em comparações geométrica. Dessa
forma, encontra-se nomes como: faces, margens, extremidade ou ângulos. Todos esses termos
são relacionados com os planos os quais eles estão respectivamente voltados. Ex.: a face medial
da tíbia passa pelo plano de secção mediano.
• Quando uma estrutura se encontra a partir do plano medial de um órgão, essa é definida como
medial.
• Quando uma estrutura se encontra o mais distante do plano mediano, ela é denominada lateral.
• No mesmo raciocínio, quando uma estrutura se situa entre a medial e a lateral, ela é
denominada de intermédia.
• A estrutura que se encontra mais próxima do plano anterior em relação à outra é denominada
de anterior. Ex.: a palma da mão é anterior em relação ao dorso da mão.
• A estrutura que se situa mais próxima do plano posterior que outra é chamada de posterior. Ex:
o dorso da mão é posterior com relação à palma.
• A estrutura que se encontra situada entre o plano anterior e o posterior é chamada de média.
• Quando uma estrutura se situa próxima ao plano cranial ou superior, ela é referida como cranial
e, da mesma forma, a mais próxima ao plano caudal ou inferior é dita como caudal. Porém, tais
termos são mais utilizados ao empregar estruturas situadas na região do tronco.
• Da mesma maneira, quando algo se encontra entre as estruturas cranial e caudal, ele é
denominado de médio.
• Quando se analisa e deseja-se denominar estruturas localizadas voltadas para cavidades
naturais, indica-se como interna aquela voltada para o interior e externa quando voltada à face
externa.
• Ao se referir aos membros, ainda se pode usar os termos proximal quando se encontra mais
próxima da raiz do membro e distal quando aparece mais distante da raiz do membro. Ainda se
considera médio ou média as estruturas entre a raiz proximal e distal.
• Quando se refere à estruturas preenchidas ou sólidas, pode ser usada a nomenclatura
superficial ou profunda.
XI- PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO:
A. Antimeria: o plano mediano divide o corpo em duas metades. Essas metades são chamadas
de antímeros e são semelhantes. A partir dessa semelhança, surge o princípio da simetria
bilateral. Porém, ao longo do desenvolvimento do individuo, a simetria vai se tornando cada vez
menos acentuada e surgindo, assim, a assimetria, que pode ser morfológica (ex.: fígado para a
direita) ou funcional (ex.: predomínio da destralidade)
B. Metameria: é uma superposição de segmentos semelhantes no sentido longitudinal.
C. Paquimeria: principio que determina que o corpo é dividido em dois tubos: o anterior ou ventral
e o posterior ou dorsal. O paquímero anterior comporta a maioria das vísceras e por isso também
pode ser denominado como paquímero visceral. O paquímero posterior compreende a cavidade
craniana, a coluna vertebral e ainda aloja a parte central do SN, por essa razão também pode ser
nomeado como paquímero neural.
D. Estratificação: esse princípio define que o corpo é constituído por camadas, estratos, telas ou
túnicas que juntas se sobrepõem, formando uma estratificação.
E. Segmentação: é basicamente o local que um órgão ocupa e que, nesse espaço, ele pode ter
irrigação e drenagem sanguínea independentes. Além disso, essa região pode ser removida
cirurgicamente e identificada morfologicamente.
Referência Bibliográfica: L., MOORE,. K.; F., DALLEY,. A.; R., AGUR,.Anne. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. [Digite o Local
da Editora]: Grupo GEN, 2018. 9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/.
Acesso em: 12 nov. 2021.

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