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Autor: Viviane Giori Côco Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. Uma das propostas do desenvolvimento sustentável, conceito desenvolvido pela ONU em 1972, consiste nos 3R’s da sustentabilidade – Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, que se referem à forma de tratar o lixo. Infelizmente, essa proposta não é praticada na sociedade brasileira, a qual, além de produzir um enorme amontoado de lixo, também não realiza seu descarte adequado. Dessa forma, faz-se necessário debater e analisar a questão do lixo no contexto brasileiro. Em primeiro lugar, é preciso pontuar a geração exacerbada de lixo no Brasil. Segundo a WWF, o Brasil é o 4° país que mais produz detritos no mundo. Isso decorre da sociedade de mercado no qual o país se insere, haja vista que a base de todo o sistema é o consumo, como fica claro na afirmação de Adam Smith, considerado pai do capitalismo, “”o consumo é a única finalidade e único propósito da produção”. Somado a isso, o processo da obsolescência programada, que consiste na produção de eletrônicos de pouca durabilidade, gera lixo eletrônico em grande quantidade, agindo como agravador desse quadro negativo, que gera altos danos ao meio ambiente. Por outro lado, é inegável que o descarte do lixo é feito de maneira equivocada. Em virtude da falta de conhecimento acerca da problemática e da falta e opções sustentáveis, a população nacional despeja seu lixo em lugares inadequados, como em rios e lixões, gerando impactos ambientais destrutivos e elevando o risco de doenças devido à contaminação da água e do solo. Outra situação decorrente é a negligência de empresas quanto à vazão de metais pesados, que leva a um processo denominado magnificação trófica, que faz com que essas substâncias contaminem todo o ecossistema. Grande exemplo disso foi o rompimento da barragem de dejetos de Brumadinho em 2019, que causou a morte de várias pessoas e a destruição do biossistema local, a partir da lama contaminada por substâncias bioacumulativas. Logo, medidas são necessárias para a contenção desse impasse. Para isso, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a iniciativa privada, desenvolver um projeto em escala nacional de coleta, separação e reciclagem do lixo, por meio de instalação de equipes especializadas em cada município, a fim de promover a ressignificação do lixo e preservação do meio ambiente. Ademais, pequenos vídeos deverão circular nas redes sociais, na intenção de divulgar a iniciativa e mobilizar a população a aderir o projeto, para que, a longo prazo, o Brasil seja capaz de cumprir os 3R’s e se tornar uma nação cada vez mais sustentável.
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