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O papel do professor na sociedade contemporânea - Redação exemplar (Viviane)

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Autor: Viviane Giori Côco 
 
 
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Em sua teoria da Tábula Rasa, o filósofo John Locke defendeu que “o homem é uma folha em 
branco”, isto é, o sujeito molda sua identidade a partir de experiências no meio em que vive. De fato, 
o professor é um dos principais agentes sociais na formação dos indivíduos, entretanto, este encontra 
obstáculos para realizar seu trabalho no Brasil, seja pela desvalorização perante as sociedade, seja 
pela falta de estrutura oferecida pelo Estado. Assim, faz-se necessário debater sobre como esses 
aspectos influenciam no papel do professor na sociedade contemporânea. 
Em primeiro lugar, é inegável que o professor é fundamental na formação moral dos indivíduos, 
mas não recebe o prestígio adequado da população. De acordo com Paulo Freire, célebre educador 
brasileiro, a educação é capaz de mudar as pessoas, o que fica claro no processo de aprendizagem, 
principalmente no nível fundamental, período em que a personalidade e os valores moldam-se. Nessa 
perspectiva, os professores são responsáveis por desenvolver o hábito de leitura durante a infância, 
instigar a imaginação das crianças a partir de brincadeiras e, sobretudo, desenvolver o senso crítico 
dos adolescentes, formando gerações mais questionadoras e conscientes. Contudo, essa profissão 
não é valorizada no cenário nacional, o que pode ser observado tanto durante a quarentena do covid-
19, na qual a família teve de realizar parte do trabalho desses educadores, percebendo a dificuldade 
de sua função, antes não reconhecida, tanto no salário recebido por essa classe, o qual não condiz 
com o real peso dos serviços prestados por ela. 
Outrossim, é indubitável que os docentes não possuem as ferramentas primordiais para realizar 
sua função na totalidade. Sem dúvidas, além do baixo prestígio social que esses profissionais recebem, 
a ausência de investimentos estatais na área da educação atrapalha o trabalho destes, o que fica 
evidente na baixa infraestrutura das escolas e universidades, no material didático insuficiente e nos 
impasses logísticos, como o transporte precário para colégios situados na área rural. Somado a isso, 
outro grande empecilho é a lacuna de cursos alternativos para a adaptação dos educadores às novas 
formas de ensino. Nesse cenário, os avanços tecnológicos possibilitaram outra modalidade de 
aprendizado, o ensino à distância, o qual permitiu maior autonomia dos estudantes, transformando o 
professor em um direcionador e mentor. Dessa maneira, a permanência do modelo arcaico de 
educação, por conta da falta de habilidades do professor, deixa o estudante com um sentimento 
negativo em relação à escola e aos professores, dificultando, com certeza, a obtenção de 
conhecimento. 
Logo, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Para isso, cabe ao Ministério 
da Educação, em parceria com as prefeituras, por meio de investimentos estatais, estabelecer, em 
cada município, sedes que ofereçam cursos gratuitos, presenciais e online, para todos os educadores, 
que deverão tratar de diversos temas, como informática e psicologia infantil, a fim de modernizar o 
sistema educacional brasileiro e manter os professores em constante formação. Ademais, o dinheiro 
também deverá ser canalizado para a reforma de escolas em estado de insegurança, com o propósito 
de tornar a ambiente estudantil seguro. É somente assim que o Brasil reescreverá sua história: pelas 
mãos de professores.

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