Buscar

organiza__o_estatal_-_00_-_revis_o

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aulas: 01 a 04
Matéria: ORGANIZAÇÃO ESTATAL (ARA0338)
Professor: Emanuel Pepino
Conteúdo: Organização Territorial do Estado
Ler: Tema 01 – Modulo 02 - Conceitos
Após uma revolução vitoriosa, T'Challa é indicado como rei do recém fundado Reino de Wakanda na Terra-616. Para conseguir vencer a revolução, T'Challa contou com o apoio de diversos líderes regionais – nesse contexto, ao organizar politicamente sua nova nação e procurando opções jurídicas testadas para estruturar um território tão grande e com ampla diversidade cultural, o jovem rei opta por estruturar uma federação.
Estudando a forma como vários países no mundo se organização, T'Challa se depara com a organização materializada na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e fica com algumas dúvidas, momento no qual busca você para que lhe responda, de maneira fundamentada, alguns elementos fundamentais:
a)	A divisão de competências constitucionais possui algum princípio geral que norteia a forma como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem atuar?
b)	Quais são as diferenças fundamentais entre a competência comum (prevista no art. 23 da CRFB/88) e a competência concorrente (prevista no art. 24 da CRFB/88)?
c)	Como funciona a atuação legislativa municipal no que diz respeito a competência legislativa concorrente na CRFB/88?
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Divisão de Competências
Ente Federado
União
Estados
Municípios
DF
Interesse
Geral
Regional
Local
Competências Residuais art. 25 §1°; §2° (gás canalizado); §3° (regiões metropolitanas).
Competências Enumeradas: art. 21 a 24
Competências Estado + Municípios: art. 32, §1°;
Exceções: art. 21, XIII, XIV; Art, 22, XVII.
Competências Enumeradas: art. 30
Ler: Tema 01 – Modulo 02 – Entes Federativos
Após uma revolução vitoriosa, T'Challa é indicado como rei do recém fundado Reino de Wakanda na Terra-616. Para conseguir vencer a revolução, T'Challa contou com o apoio de diversos líderes regionais – nesse contexto, ao organizar politicamente sua nova nação e procurando opções jurídicas testadas para estruturar um território tão grande e com ampla diversidade cultural, o jovem rei opta por estruturar uma federação.
Estudando a forma como vários países no mundo se organização, T'Challa se depara com a organização materializada na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e fica com algumas dúvidas, momento no qual busca você para que lhe responda, de maneira fundamentada, alguns elementos fundamentais:
a)	A divisão de competências constitucionais possui algum princípio geral que norteia a forma como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem atuar?
b)	Quais são as diferenças fundamentais entre a competência comum (prevista no art. 23 da CRFB/88) e a competência concorrente (prevista no art. 24 da CRFB/88)?
c)	Como funciona a atuação legislativa municipal no que diz respeito a competência legislativa concorrente na CRFB/88?
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Divisão de Competências
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Divisão de Competências
Administrativa
Legislativa
Capacidade de Criar Leis.
Poder-Dever de implementar as previsões e prerrogativas presentes no texto constitucional e infraconstitucional.
Por exemplo: Lei de Combate ao Tráfico Ilegal de Entorpecentes.
Por exemplo: Atividade de Fiscalização das fronteiras feita pela Polícia Federal.
CRFB/88 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Art. 144. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
CRFB/88 Art. 21. Compete à União:
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
CRFB/88, art. 21 e 23
CRFB/88, art. 22 e 24
Verbos no Infinitivo
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Divisão de Competências
Administrativa
Legislativa
Exclusiva da União (art. 21)
Privativa da União (art. 22)
Comum União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23)
Concorrente a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 24)
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
União
Normas Gerais
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Estados
União
Normas Gerais
Normas Específicas
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Estados
União
Normas Gerais
Competência legislativa plena
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Estados
União
Normas Gerais
União
Normas Gerais
Tempos depois
Competência legislativa plena
Contradiz a previsão da legislação Estatal
Suspende os efeitos contrários a lei federal
01 - Por que há uma suspensão e não uma revogação?
02 - Qual é a diferença de efeitos entre uma suspensão e uma revogação?
Após uma revolução vitoriosa, T'Challa é indicado como rei do recém fundado Reino de Wakanda na Terra-616. Para conseguir vencer a revolução, T'Challa contou com o apoio de diversos líderes regionais – nesse contexto, ao organizar politicamente sua nova nação e procurando opções jurídicas testadas para estruturar um território tão grande e com ampla diversidade cultural, o jovem rei opta por estruturar uma federação.
Estudando a forma como vários países no mundo se organização, T'Challa se depara com a organização materializada na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e fica com algumas dúvidas, momento no qual busca você para que lhe responda, de maneira fundamentada, alguns elementos fundamentais:
a)	A divisão de competências constitucionais possui algum princípio geral que norteia a forma como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem atuar?
b)	Quais são as diferenças fundamentais entre a competência comum (prevista no art. 23 da CRFB/88) e a competência concorrente (prevista no art. 24 da CRFB/88)?
c)	Como funciona a atuação legislativa municipal no que diz respeito a competência legislativa concorrente na CRFB/88?
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á aestabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
(...)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;  
ADI 6341 MC-Ref; Órgão julgador: Tribunal Pleno; Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO; Redator(a) do acórdão: Min. EDSON FACHIN; Julgamento: 15/04/2020; Publicação: 13/11/2020
Ementa
EMENTA: REFERENDO EM MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DA INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO À SAÚDE. EMERGÊNCIA SANITÁRIA INTERNACIONAL. LEI 13.979 DE 2020. COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS PARA LEGISLAR E ADOTAR MEDIDAS SANITÁRIAS DE COMBATE À EPIDEMIA INTERNACIONAL. HIERARQUIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. COMPETÊNCIA COMUM. MEDIDA CAUTELAR PARCIALMENTE DEFERIDA. 1. A emergência internacional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, não implica nem muito menos autoriza a outorga de discricionariedade sem controle ou sem contrapesos típicos do Estado Democrático de Direito. As regras constitucionais não servem apenas para proteger a liberdade individual, mas também o exercício da racionalidade coletiva, isto é, da capacidade de coordenar as ações de forma eficiente. O Estado Democrático de Direito implica o direito de examinar as razões governamentais e o direito de criticá-las. Os agentes públicos agem melhor, mesmo durante emergências, quando são obrigados a justificar suas ações. 2. O exercício da competência constitucional para as ações na área da saúde deve seguir parâmetros materiais específicos, a serem observados, por primeiro, pelas autoridades políticas. Como esses agentes públicos devem sempre justificar suas ações, é à luz delas que o controle a ser exercido pelos demais poderes tem lugar. 3. O pior erro na formulação das políticas públicas é a omissão, sobretudo para as ações essenciais exigidas pelo art. 23 da Constituição Federal. É grave que, sob o manto da competência exclusiva ou privativa, premiem-se as inações do governo federal, impedindo que Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, implementem as políticas públicas essenciais. O Estado garantidor dos direitos fundamentais não é apenas a União, mas também os Estados e os Municípios. 4. A diretriz constitucional da hierarquização, constante do caput do art. 198 não significou hierarquização entre os entes federados, mas comando único, dentro de cada um deles. 5. É preciso ler as normas que integram a Lei 13.979, de 2020, como decorrendo da competência própria da União para legislar sobre vigilância epidemiológica, nos termos da Lei Geral do SUS, Lei 8.080, de 1990. O exercício da competência da União em nenhum momento diminuiu a competência própria dos demais entes da federação na realização de serviços da saúde, nem poderia, afinal, a diretriz constitucional é a de municipalizar esses serviços. 6. O direito à saúde é garantido por meio da obrigação dos Estados Partes de adotar medidas necessárias para prevenir e tratar as doenças epidêmicas e os entes públicos devem aderir às diretrizes da Organização Mundial da Saúde, não apenas por serem elas obrigatórias nos termos do Artigo 22 da Constituição da Organização Mundial da Saúde (Decreto 26.042, de 17 de dezembro de 1948), mas sobretudo porque contam com a expertise necessária para dar plena eficácia ao direito à saúde. 7. Como a finalidade da atuação dos entes federativos é comum, a solução de conflitos sobre o exercício da competência deve pautar-se pela melhor realização do direito à saúde, amparada em evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde. 8. Medida cautelar parcialmente concedida para dar interpretação conforme à Constituição ao § 9º do art. 3º da Lei 13.979, a fim de explicitar que, preservada a atribuição de cada esfera de governo, nos termos do inciso I do artigo 198 da Constituição, o Presidente da República poderá dispor, mediante decreto, sobre os serviços públicos e atividades essenciais.
A decisão tomada na ADI 6.341 pelo STF foi correta ou errada? Justifique.
ADI 6341 MC-Ref; Órgão julgador: Tribunal Pleno; Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO; Redator(a) do acórdão: Min. EDSON FACHIN; Julgamento: 15/04/2020; Publicação: 13/11/2020
Ementa
EMENTA: REFERENDO EM MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DA INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO À SAÚDE. EMERGÊNCIA SANITÁRIA INTERNACIONAL. LEI 13.979 DE 2020. COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS PARA LEGISLAR E ADOTAR MEDIDAS SANITÁRIAS DE COMBATE À EPIDEMIA INTERNACIONAL. HIERARQUIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. COMPETÊNCIA COMUM. MEDIDA CAUTELAR PARCIALMENTE DEFERIDA. 1. A emergência internacional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, não implica nem muito menos autoriza a outorga de discricionariedade sem controle ou sem contrapesos típicos do Estado Democrático de Direito. As regras constitucionais não servem apenas para proteger a liberdade individual, mas também o exercício da racionalidade coletiva, isto é, da capacidade de coordenar as ações de forma eficiente. O Estado Democrático de Direito implica o direito de examinar as razões governamentais e o direito de criticá-las. Os agentes públicos agem melhor, mesmo durante emergências, quando são obrigados a justificar suas ações. 2. O exercício da competência constitucional para as ações na área da saúde deve seguir parâmetros materiais específicos, a serem observados, por primeiro, pelas autoridades políticas. Como esses agentes públicos devem sempre justificar suas ações, é à luz delas que o controle a ser exercido pelos demais poderes tem lugar. 3. O pior erro na formulação das políticas públicas é a omissão, sobretudo para as ações essenciais exigidas pelo art. 23 da Constituição Federal. É grave que, sob o manto da competência exclusiva ou privativa, premiem-se as inações do governo federal, impedindo que Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, implementem as políticas públicas essenciais. O Estado garantidor dos direitos fundamentais não é apenas a União, mas também os Estados e os Municípios. 4. A diretriz constitucional da hierarquização, constante do caput do art. 198 não significou hierarquização entre os entes federados, mas comando único, dentro de cada um deles. 5. É preciso ler as normas que integram a Lei 13.979, de 2020, como decorrendo da competência própria da União para legislar sobre vigilância epidemiológica, nos termos da Lei Geral do SUS, Lei 8.080, de 1990. O exercício da competência da União em nenhum momento diminuiu a competência própria dos demais entes da federação na realização de serviços da saúde, nem poderia, afinal, a diretriz constitucional é a de municipalizar esses serviços. 6. O direito à saúde é garantido por meio da obrigação dos Estados Partes de adotar medidas necessárias para prevenir e tratar as doenças epidêmicas e os entes públicos devem aderir às diretrizes da Organização Mundial da Saúde, não apenas por serem elas obrigatórias nos termos do Artigo 22 da Constituição da Organização Mundial da Saúde (Decreto 26.042, de 17 de dezembro de 1948), mas sobretudo porque contam com a expertise necessária para dar plena eficácia ao direito à saúde. 7. Como a finalidade da atuação dos entes federativos é comum, a solução de conflitos sobre o exercício da competência deve pautar-se pela melhor realização do direito à saúde, amparada em evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde. 8. Medida cautelar parcialmente concedida para dar interpretação conforme à Constituição ao § 9º do art. 3º da Lei 13.979, a fim de explicitar que, preservada a atribuição de cada esfera de governo, nos termos do inciso I do artigo 198 da Constituição, o Presidente da República poderá dispor,mediante decreto, sobre os serviços públicos e atividades essenciais.
A decisão tomada na ADI 6.341 pelo STF foi correta ou errada? Justifique.
NOTA AV1
2ª Atividade Acadêmica Avaliativa (valor: até 1,5 ponto). 
1ª Atividade Acadêmica Avaliativa (valor: até 1,5 ponto). 
Prova (valor: até 7,0 pontos).
AV1 (valor: até 10,0 pontos).
1ª Atividade Acadêmica Avaliativa (valor: até 1,5 ponto). 
O aluno deve pesquisar em jornais, revistar ou sites, que componham os meios de comunicação social de grande circulação uma reportagem atual (publicada a partir do mês de junho de 2021), que evidencie as características da Federação Brasileira.
Uma vez selecionada a reportagem, o aluno deve fazer uma resenha crítica da mesma - não apenas explicando o que a reportagem fala, mas também comentando se a característica apontada na reportagem foi apresentada de maneira correta ou não.
Por fim, o aluno deve relacionar essa reportagem com a divisão de competências presente no federalismo brasileiro.
O trabalho estará disponível na Sala de Aula Virtual, onde deverá ser entregue até a data da AV1.
2ª Atividade Acadêmica Avaliativa (valor: até 1,5 ponto).
O aluno deve pesquisar no site do Supremo Tribunal Federal ( http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp ), uma decisão sobre repartição constitucional de competência, proferida pela Corte e publicada no ano de 2021.
Uma vez selecionada a decisão, o aluno deve fazer um resumo da decisão escolhida (a ideia não é meramente uma reprodução da ementa da decisão, mas sim uma analise do que foi decidido e quais foram os principais argumentos que levaram aquela decisão) - dando ênfase ao conflito de competências apresentado. 
O trabalho estará disponível na Sala de Aula Virtual, onde deverá ser entregue até a data da AV1.
ADI 855 / PR - PARANÁ
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI
Redator(a) do acórdão: Min. GILMAR MENDES
Julgamento: 06/03/2008
Publicação: 27/03/2009
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Publicação
DJe-059 DIVULG 26-03-2009 PUBLIC 27-03-2009 EMENT VOL-02354-01 PP-00108
Partes
REQTE.: CONFEDERACAO NACIONAL DO COMERCIO - CNC ADV.: JOSE GUILHERME VILLELA REQDO.: GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ ADV.: JULIO CESAR RIBAS BOENG REQDO.: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ
Ementa
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei 10.248/93, do Estado do Paraná, que obriga os estabelecimentos que comercializem Gás Liquefeito de Petróleo - GLP a pesarem, à vista do consumidor, os botijões ou cilindros entregues ou recebidos para substituição, com abatimento proporcional do preço do produto ante a eventual verificação de diferença a menor entre o conteúdo e a quantidade líquida especificada no recipiente. 3. Inconstitucionalidade formal, por ofensa à competência privativa da União para legislar sobre o tema (CF/88, arts. 22, IV, 238). 4. Violação ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade das leis restritivas de direitos. 5. Ação julgada procedente.
Exemplo de resumo ruim de uma decisão judicial 
Em janeiro de 1993, o Estado do Paraná criou a Lei 10.248, que estabeleceu alguns requisitos especiais para a venda de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, em particular exigir a pesagem de botijões ou cilindros entregues e recolhidos no momento da venda; estabelecer a exigência de balanças nos locais de venda que possibilitem essa pesagem; garantir o direito ao consumidor de abatimento proporcional à sobra de gás presente no botijão ou cilindro que está a ser substituído, por meio do abatimento proporcional no valor que o consumidor pagaria originalmente; exigir que os preços constem em valores visíveis no local de venda ou, na entrega a domicílio, a necessidade de uma tabela que possa ser exibida se solicitada pelo consumidor.
Ainda em 1993, a referida lei teve sua constitucionalidade questionada pela Confederação Nacional do Comércio via ADI 855 e foi liminarmente suspensa em 1º de setembro do mesmo ano. Em 2008, houve o julgamento definitivo do mérito da ação, quando a lei foi considerada formal e materialmente inconstitucional. A inconstitucionalidade formal teve como fundamento a incompetência do órgão responsável pela sua criação, já que cabe ao Congresso Nacional criar tal legislação, conforme a previsão do arts. 22, IV e 238 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88). A inconstitucionalidade material ocorreu por violação do direito de livre exercício profissional, previsto no art. 5º, XIII da CRFB/88. 
O principal argumento levantado com relação à inconstitucionalidade formal trata da amplitude do termo “energia” presente no art. 22, IV da CRFB/88 – amplitude que garantiria que toda a legislação que envolvesse energia (inclusive a questão relacionada com o botijão de GLP) seria de competência federal. O argumento foi apresentado pelo Ministro Octavio Gallotti (BRASIL, STF, 2008, p. 124 e 125) e aceito sem maiores complementos pelos ministros Nelson Jobim (BRASIL, STF, 2008, p. 127), Maurício Corrêa (BRASIL, STF, 2008, p. 128), Ilmar Galvão (BRASIL, STF, 2008, p. 129). O Ministro Ricardo Lewandowski concordou com a inconstitucionalidade formal nos termos do relator (BRASIL, STF, 2008, p. 160), mas acrescentou referência ao art. 238 da CRFB/88 sob alegação de que também fundamenta a questão da competência federal. 
Os argumentos contrários à inconstitucionalidade formal se pautam na competência concorrente para legislar sobre a defesa do consumidor conforme art. 24, V e VIII da CRFB/88, argumento originalmente apresentado pelo Ministro Marco Aurélio (BRASIL, STF, 2008, p. 133 e 134) e aceito sem maiores complementos pelos ministros Sepúlveda Pertence e Moreira Alves. O Ministro Menezes de Direito concordou com os argumentos do Ministro Marco Aurélio, evidenciando ser a postura adotada pela Corte em outra decisão sobre tema semelhante, a ADI nº 2.359/ES julgada em 2006 (BRASIL, STF, 2008, p. 142 e 143), além de frisar que mesmo se existisse tal conflito a própria forma federativa do estado brasileiro exigiria a primazia da competência estadual no caso concreto (BRASIL, STF, 2008, p. 143).
Destarte, com relação à inconstitucionalidade formal, o julgamento da ADI 855/PR foi um erro sob a perspectiva do Direito como Integridade por três razões: (01) não seguiu as decisões anteriores sobre o tema; (02) não foi parâmetro para decisões futuras sobre o tema; (03) não especificou o que a torna tão diferente dos demais casos que justifique essa decisão isolada.
Exemplo de bom resumo de uma decisão judicial 
Isto É Dinheiro: Redução de ICMS e intervenção no STF: o que querem os caminhoneiros (Da redação - 09/09/21 - 16h17 - Atualizado em 09/09/21 - 16h19 - Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/reducao-de-icms-e-intervencao-no-stf-o-que-querem-os-caminhoneiros/ )
Há alguma possibilidade de intervenção federal quando se considera o contexto das manifestações?
Há alguma possibilidade de intervenção federal quando se considera o contexto das manifestações?
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente detransferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(...)
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Não existe a possibilidade de intervenção de um poder em outro, apenas de um ente da federação em outro. A independência entre os poderes não só tem previsão constitucional expressa (Art. 2º), como também é clausula pétrea (Art. 60, § 4º, III). 
Isto É Dinheiro: Redução de ICMS e intervenção no STF: o que querem os caminhoneiros (Da redação - 09/09/21 - 16h17 - Atualizado em 09/09/21 - 16h19 - Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/reducao-de-icms-e-intervencao-no-stf-o-que-querem-os-caminhoneiros/ )
Há alguma possibilidade de intervenção federal quando se considera o contexto das manifestações?
Não, primeiro porque a figura da intervenção federal não foca especificamente em poderes, mas sim nos entes federados.
Além disso, quando se considera o requisito do 34, IV, é necessário a provocação do 36, I, que não ocorreu.
Isto É Dinheiro: Redução de ICMS e intervenção no STF: o que querem os caminhoneiros (Da redação - 09/09/21 - 16h17 - Atualizado em 09/09/21 - 16h19 - Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/reducao-de-icms-e-intervencao-no-stf-o-que-querem-os-caminhoneiros/ )
Mas o que acontece quando o STF toma uma decisão que é contraria a vontade popular? Isso não é antidemocrático?
Mas há uma vontade popular? Uma só?
Porque se a vontade popular não é um monolito, falar que contraria a vontade popular não é correto - no máximo é contrariar a vontade de uma pequena parcela da população. 
Mas o STF deve se pautar na vontade popular? A função do poder judiciário em geral , e do STF em particular, é efetivamente representar a vontade popular?
Porque não sendo eleito, o poder judiciário tem uma tendencia a estar mais afastado do desejo da população – e isso acaba entrando no seu próprio exercício de função, que assume um papel contra majoritário.
Se a função do Direito é limitar o exercício do poder para evitar abusos, é necessário também limitar o poder da população, especialmente proteger as minorias de grupos majoritários – e o único poder que é capaz de se manter mais distante dos caprichos da população é justamente o poder judiciário (e justamente por não ser eleito).
Logo, um Poder Judiciário que exerça o papel contra majoritário é essencial para uma democracia saudável.
O que não quer dizer que todas as decisões do Judiciário estejam certas – apenas que o critério democrático não é adequado para analisar essas decisões.

Outros materiais