Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
De início, para facilitar no entendimento do assunto, é necessário a adoção de um modelo teórico simples, onde trabalharemos com um gás ideal. As regras de funcionamento de um gás perfeitos são dados por Robert Boyle, Jacques Charles, Louis Gay-Lussac e Paul Clapeyron. É importante observar que quando se trabalha com partículas, existem incontáveis em um recipiente, devido a isso é utilizado o número de mols para sua análise, onde 𝑛 = 𝑚 𝑀 M –Massa molar m –Massa do gás Para a análise desses gases ideais é de extrema importância relembrar de condições como: Temperatura, Volume e Pressão, pois a alteração de um componente pode afetar os outros. 𝑃. 𝑉 = 𝐾1 𝑃1. 𝑉1 = 𝑃2. 𝑉2 𝑉 𝑇 = 𝐾2 𝑉1 𝑇1 = 𝑉2 𝑇2 𝑃 𝑇 = 𝐾3 𝑃1 𝑇1 = 𝑃2 𝑇2 Clapeyron vai ser a mente que irá juntar aquelas três variáveis numa equação só, trazendo o 𝑃.𝑉 𝑇 = 𝑚.𝐾, sendo 𝐾 = 𝑅 𝑀 , onde R é um valor que é constante para todos os gases ideais, por isso seu nome: Constante dos gases ideais. Firmando assim o: 𝑃. 𝑉 = 𝑛. 𝑅. 𝑇 Isso culmina na Lei geral dos gases: 𝑃1𝑉1 𝑇1 = 𝑃2𝑉2 𝑇2 E também na ideia que ao juntar dois gases, a realação final sera igual a soma dos valores anteriores. 𝑃3𝑉3 𝑇3 = 𝑃1𝑉1 𝑇1 + 𝑃2𝑉2 𝑇2 Observando o gás do ponto de vista microscópico, é necessário estudar o que ocorre em média nele, devido ao grande número de partículas em movimento. As hipóteses que guiam a teória cinética são: • Uma porção de gás perfeito possuí um grande número de moléculas em movimento caótico (todas as direções são igualmente prováveis). • As moléculas são consideradas pontos materiais, isto é, suas dimensões são desprezíveis quando comparadas com as distâncias que percorrem entre colisões sucessivas. • A colisão entre duas moléculas ou entre a molécula e a parede são supostamente perfeitamente elásticas. • Cada colisão tem tempo desprezível quando comparada com o tempo de colisões sucessivas. • Entre as colisões sucessivas, o movimento das moléculas são retilíneas e uniformes. Isso equivale a ignorar as forças gravitacionais e intermoleculares. • As forças intermoleculares só se manifestam durante as colisões. • O estudo das colisões intermoleculares pode ser feito com mecânica Newtoniana. Num recipiente, várias partículas se movem ao acaso, cada uma com sua energia cinética. Para a teoria cinética é necessário pegar a média dessa energia cinética e assim descobrir uma média dessa velocidade. Sendo essa a pressão exercída, caso substituírmos pelo que temos na equação de Clapeyron, conseguimos chegar na relação que indica o que realmente é a temperatura de um corpo. E com a energia interna sendo a energia cinética das partículas - 𝑈 = 1 2 𝑚.v² , pode-se relacionar com as relações vistas antes, pois se 𝑇 = 𝑀 3𝑅 .v², temos que 𝑈 = 3 2 𝑛𝑅𝑇 = 3 2 𝑝𝑉 São aproximações que não são válidas para gases reais, pois no 0 absoluto não possuem energia nula, porém serve de boa aproximação para gases monoatômicos de baixa pressão e alta temperatura. Se o gás for biatómico, o coeficiente assume o valor de 5 2 no lugar de 3 2 . Esses coeficientes estão relacionados ao grau de liberdade das moléculas. Podemos ainda chegar na energia cinética média das moléculas, onde dividimos a energia interna total pela quantidade de partículas - 𝐸𝑐𝑚 = 𝑈 𝑁 E se 𝑈 = 3 2 𝑛𝑅𝑇 𝑒 𝑁 = 𝑛. 𝐴, sendo A o número de Alvogrado (6,03. 1023 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠/𝑚𝑜𝑙), chegamos a 𝐸𝑐𝑚 = 3 2 𝑘𝑇, sendo a razão de 𝑅 𝐴 = 1,38. 1023 𝐽 𝐾 conhecida por constante de Boltzmann.
Compartilhar