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CLIMATÉRIO ENFª JULYANY ROCHA CLIMATÉRIO MENOPAUSA Fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher. É a parada das menstruações após 12 meses consecutivos de amenorréia Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Definições de termos utilizados na fase do climatério MENOPAUSA Diagnóstico retrospectivo, sendo o último sangramento seguido de 12 meses de amenorreia, MENOPAUSA ESPONTÂNEA Menopausa que ocorre sem intervenção cirúrgica ou medicamentosa PERIMENOPAUSA Período que precede a menopausa, caracterizada por alterações no ciclo menstrual relacionadas as alterações hormonais específicas do estágio reprodutivo tardio CLIMATÉRIO Fase referente a transição do período reprodutivo para o período não reprodutivo feminino. SÍNDROME CLIMATÉRICA Elenco de sintomas e sinais que podem ocorrer no climatério. MENOPAUSA INDUZIDA É a parada da menstruação imediata causada por intervenção médica(quimioterapia ou terapia de irradiação pélvica) ou intervenção cirúrgica. MENOPAUSA PRECOCE. Ocorrência da menopausa na idade inferior a 2 desvios-padrão da idade estimada para a população de referência3 As manifestações associadas ao climatério podem ser transitórias ou não e estão ligadas principalmente ao hipoestrogenismo, no entanto, o aparecimento de sintomas dependerá também de fatores hereditários, culturais e socioeconômicos (FEBRASGO, 2010). DIAGNÓSTICO ❖ O diagnóstico de menopausa é clínico. ❖ Dosagem sérica de hormônios esteróides, gonadotrofinas, inibina B ou hormônio antimulleriano não são critérios diagnósticos e nem interferem na conduta. ❖ Em pacientes que realizaram histerectomia sem a ooforectomia, níveis séricos de FSH acima de 30 UI/mL associado ao nível de estradiol abaixo de 20pg/ml podem sugerir o diagnóstico, porém, não o confirmam . Alterações hormonais Diminuição dos níveis de estradiol, progesterona e aumento das gonadotrofinas hipofisárias. Manifestações menstruais No período da perimenopausa, o intervalo entre as menstruações pode diminuir ou aumentar, além de a menstruação poder ser mais abundante e longa. Manifestações neurogênicas Ondas de calor, sudorese, calafrios, palpitações, cefaleia, tonturas, parestesia, insônia, perda da memória e fadiga. Manifestações psicogênicas Diminuição da autoestima, irritabilidade, labilidade afetiva, sintomas depressivos, dificuldade de concentração e memória, dificuldades sexuais e insônia Metabolismo ósseo A perda óssea é mais considerável e as fraturas osteoporóticas são bastante comuns nas mulheres Metabolismo lipídico Níveis aumentados de LDL e diminuídos de HDL. Manifestações urogenitais Prolapsos genitais, além de sintomas vaginais, como ressecamento, sangramento e dispareunia e uretrais, como disúria, frequência e urgência miccional Manifestações tegumentares Ressecamento da pele, perda de elasticidade, enfraquecimento da musculatura, perda do coxim subcutâneo. Podem aparecer manchas hipocrômicas na pele ou formação de lentigos (sardas) e melanose (pigmento escuro) nas áreas expostas ao sol. Alterações sexuais Diminuição da libido, dispareunia, diminuição da lubrificação do canal vaginal. Alterações mamárias As mamas tendem a apresentar aumento da gordura ficando mais pesadas, flácidas e pêndulas. Alterações visuais Presbiopia em virtude de modificações na acomodação visual Alterações dentárias Descolamento e retração da gengiva, favorecendo as infecções e as cáries dentárias. Obesidade Há tendência à obesidade do tipo androide (circunferência abdominal / circunferência quadril > 0,8) e o índice de massa corpórea (peso/altura2) maior que 25 SEXUALIDADE Atribuições do enfermeiro no período do climatério e menopausa: • Utilizar modelos teóricos para fundamentar e sistematizar as ações de cuidado de enfermagem em saúde da mulher, por meio do processo de enfermagem; • Realizar a consulta de enfermagem com o objetivo de viabilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem; • Prescrever cuidados de enfermagem; • Realizar cuidados de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas, tal como ocorre na coleta de exame Papanicolau; • Solicitar exames e prescrever medicamentos estabelecidos em protocolos ou normas técnicas aprovadas pela instituição e gestor local; • Realizar práticas integrativas e complementares em saúde dentre as ações de cuidado, se detentor de formação especializada com registro do título no conselho regional; • Conduzir e coordenar grupos terapêuticos; • Participar dos estudos de caso, discussão e processos de educação permanente; • Efetuar a referência e contra referência das usuárias; • Desenvolver e atualizar protocolos relativos à atenção de enfermagem; • Desenvolver ações de educação permanente, de modo a garantir a CONSULTA DE ENFERMAGEM De forma geral, os principais objetivos da consulta devem ser identificar a mulher climatérica, rastrear as condições de risco e adequar a terapêutica dessas pacientes (BARROS, MARIN, ABRÃO, 2009). O enfermeiro deve conferir à mulher possibilidades de liberdade e autonomia, além de promover a construção de um estilo de vida saudável e a adoção de mudanças de paradigmas, para que esta entenda a concepção ampliada de cuidado em suas diversas dimensões, como indispensável para a vida humana (FABRI et al., 2013). O enfermeiro tem papel fundamental para a escolha da mulher no que se refere ao seu tratamento e autocuidado, o qual deve ser aceito e reconhecido por ela. Para isso, a abordagem deve se fundamentar no paradigma humanístico e desmedicalizador. A posição assumida pela mulher deve ter como base ações educativas para seu empoderamento (KANTOVISKI, VARGENS, 2010). CONSULTA DE ENFERMAGEM ANAMNESE EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICOS ANAMNESE • Data da primeira menstruação; • Data da última menstruação; • Orientação e hábitos sexuais; • Antecedentes pessoais e familiares; • Métodos contraceptivos; • Hábitos alimentares; • Hábitos de sono/repouso; • Hábitos de atividades físicas; • Histórico de quedas; • Patologias existentes; • Tabagismo e história familiar de câncer de mama; • Última coleta de citopatológico do colo do útero – resultado; • Sangramento genital pós-menopausa; • Queixas; • Realização de mamografia – último resultado; • Medicamentos de rotina; • Dados sobre alergias; • Situação vacinal; • Atentar-se para as vulnerabilidades – exemplo: violência* EXAME FÍSICO Questionar dificuldades visuais; • Observar alterações na mucosa oral; • Observar alterações tegumentares; • Observar alterações no sistema cardiovascular; • Verificar o índice de massa corporal e a circunferência abdominal; • Examinar as mamas, com orientação para o autoexame e solicitação oportuna de mamografia. • Realizar exame ginecológico orientado para as queixas urogenitais, com coleta oportuna de exame citopatológico de colo uterino. • Observar as condições musculoesqueléticas com enfoque na perda de força e equilíbrio. ABSOLUTAS • Câncer de mama; • Câncer de endométrio; • Doença hepática grave; • Sangramento genital não esclarecido; • História de tromboembolismo agudo e recorrente; • Porfiria. RELATIVAS • Hipertensão arterial não controlada; • Diabetes mellitus não controlado; • Endometriose; • Miomatose uterina. TRATAMENTO: TERAPIA HORMONAL
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