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ABORDAGEM DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES NA GESTAÇÃO E NO PUERPÉRIO ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL • Assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o nascimento do RN saudável, sem impactos para a saúde materna objetivo • Abordagem psicossocial, atividades educativas e de prevenção. Deve incluir Quanto maior vínculo houver entre a mulher e a equipe, maiores serão as chances de aconselhamentos pré-concepcionais, detecção precoce da gravidez e início precoce do pré-natal. Mesmo antes que a gestante acesse a UBS, a equipe deve iniciar a oferta de ações em saúde referentes à linha de cuidado materno-infantil. A equipe deve conhecer a população adscrita de mulheres em idade fértil, aquelas que demonstram interesse em engravidar e/ou já têm filhos e participam das atividades de planejamento reprodutivo. É importante que a equipe atente para a inclusão da parceria sexual na programação dos cuidados em saúde. Acolhimento à gestante Assistência de modo a atender as necessidades Conhecimentos técnicos-científicos O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL O atendimento gestacional realizado nas unidades de saúde da família envolve inúmeras ações, as quais conferem qualidade e atenção humanizada ao pré- natal, considerando a mulher e familiares. B ra si l (2 0 0 5 ) PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO DE 2011 Pré- natal Captação precoce Acolhimento com classificação de risco Alimentação dos sistemas de informação - SISPRENATAL Qualificação da atenção Acesso ao pré- natal de alto risco Realização de exames e resultados em tempo oportuno Vinculação Oferta de testes rápidos Estratégias com programas educativas https://pt.slideshare.net/ricardobarreto9883/ficha-de-acompanhamento-sisprenatal-nova-e https://pt.slideshare.net/ricardobarreto9883/ficha-de-acompanhamento-sisprenatal-nova-e O atendimento gestacional realizado nas unidades de saúde da família envolve inúmeras ações, as quais conferem qualidade e atenção humanizada ao pré- natal, considerando a mulher e familiares. B ra si l (2 0 0 5 ) AVALIAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL Avaliação de risco gestacional Fatores de risco indicativos de realização de pré- natal de baixo risco Fatores de risco indicativos de encaminhamento ao pré-natal de baixo risco AVALIAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL Fatores de risco indicativos de realização de pré-natal de baixo risco Características individuais e condições socioeconômicas <15 e >35 anos, ocupação, situação familiar ou conjugal insegura, baixa escolaridade, baixa escolaridade, condições ambientais História reprodutiva anterior Prematuridade, macrossomia fetal, síndromes hemorrágicas/hipertensiva s, intervalo interpartal, nuli e multiparidade, nº de cesarianas Gravidez atual Ganho ponderal inadequado, infecção urinária, anemia Fatores de risco indicativos de encaminhamento ao pré-natal de alto risco Condições prévias Qualquer patologia clínica que necessite d de atendimento especializado. P.ex.: hanseníase, tuberculose, anemia grave História reprodutiva anterior OFIU ou óbito perinatal, abortamentos anteriores, esterilidade/infertilidade, historia prévia de de doenla hipertensiva da gestação com desfecho negativo Gravidez atual Restrição do crescimento intrauterino, gemelaridade, poli ou oligodrâmnio, desnutrição severa, DMG, proteinúria, malformações fetais, distúrbios hipertensivos da gestação, portadoras de IST sem suporte na unidade básica, infecção urinária de repetição PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ- NATAL CONSULTA SUBSEQUENTE DE PRÉ-NATAL CONSULTA DE PUERPÉRIO CONSULTA DE PRÉ-NATAL PELA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE CALENDÁRIO DE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL Realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário deve ser iniciado precocemente e seguir regular. O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro Até a 28ª semana gestacional - mensalmente Da 28ª a 36ª semana gestacional - quinzenalmente Da 36ª até 41ª semana gestacional - semanalmente O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. CONSULTA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES NA GESTAÇÃO ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA CONSULTA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwisnabzm5HiAhXMHrkGHWx1Ax8QjRx6BAgBEAU&url=https://br.freepik.com/vetores-premium/icone-da-gravidez-recem-nascido_1964373.htm&psig=AOvVaw2kdVi82_J0AV-Z1jtOPWqO&ust=1557586419647979 https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwisnabzm5HiAhXMHrkGHWx1Ax8QjRx6BAgBEAU&url=https://br.freepik.com/vetores-premium/icone-da-gravidez-recem-nascido_1964373.htm&psig=AOvVaw2kdVi82_J0AV-Z1jtOPWqO&ust=1557586419647979 Apesar da redução importante da mortalidade infantil no Brasil nas últimas décadas, os indicadores de óbitos neonatais apresentaram uma velocidade de queda aquém do desejado. Tais mortes ainda ocorrem por causas evitáveis, principalmente no que diz respeito às ações dos serviços de saúde e, entre elas, a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. Mesmo a ampliação na cobertura do acompanhamento pré-natal, contraditoriamente mantendo-se elevada a incidência de sífilis congênita e hipertensão arterial sistêmica, são causas de morbimortalidade materna e perinatal no Brasil. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012) PRIMEIRA CONSULTA DE PRÉ-NATAL Anamnese História clínica Exame físico peso, altura, pressão arterial, avaliação de mucosas, da tireoide, das mamas, dos pulmões, do coração, do abdome e das extremidades. Após a 12ª semana, deve-se medir a altura do fundo uterino no abdome. A ausculta fetal será possível após a 10ª-12ª semana, com o sonar-doppler Nas visitas subsequentes - obrigatório - medição da altura uterina, peso, mensuração da pressão arterial, verificação a presença de anemia de mucosas, a existência de edemas, auscultar os batimentos cardíacos fetais, e avaliação dos mamilos para lactação. Realização de testes rápidos e solicitação de exames complementares Interpretação dos resultados de exames complementares + tratamento de alterações encontradas ou encaminhamento DETERMINAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL Uso do calendário Uso de disco (gestograma) Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal Determnar o período: foi no início (05), meio (15) ou fim do mês (25) Cálculo do número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete DEFINIÇÃO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO Regra de Naegele Somar aos dias 7 Somar aos meses 9 (ou diminuir 3 meses) 10 / 03 / 2015 +7 +9 _______________________ 17 / 12 / 2015 DUM: 10/03/2015 DPP: 17/12/2015 CONSULTA SUBSEQUENTE – AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR FETAL AUSCUTA DE BATIMENTOS CARDIOFETAIS Uso do sonar doppler após 12 semanas de gestação NORMALIDADE 110 A 160 BPM SOLICITAÇÃO DE ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA 1 Ultrassonografia em cada trimestre gestacional Não se configura como critério para avaliação da qualidade da assistência pré-natal REGISTRO DE AVALIAÇÃO GESTACIONAL REGISTRO DE OBSERVAÇÕES, DIAGNÓSTICOS E CONDUTAS REGISTRO DE ASSINATURA DO PROFISSIONAL CONSULTA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwisnabzm5HiAhXMHrkGHWx1Ax8QjRx6BAgBEAU&url=https://br.freepik.com/vetores-premium/icone-da-gravidez-recem-nascido_1964373.htm&psig=AOvVaw2kdVi82_J0AV-Z1jtOPWqO&ust=1557586419647979https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwisnabzm5HiAhXMHrkGHWx1Ax8QjRx6BAgBEAU&url=https://br.freepik.com/vetores-premium/icone-da-gravidez-recem-nascido_1964373.htm&psig=AOvVaw2kdVi82_J0AV-Z1jtOPWqO&ust=1557586419647979 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA A consulta deve ser feita até 42 dias após o final da gestação Objetivo: Efetivo controle de saúde da mulher, tanto geral quanto ginecológica Preconizado segundo Rede cegonha: primeiros sete dias pós-parto. Recomendado uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do bebê O retorno da mulher e do recém-nascido deve ser incentivado desde o pré-natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita domiciliar. Caso o RN tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer nos primeiros 3 dias após a alta. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012) triagem neonatal • a triagem auditiva • teste do pezinho • a checagem de vacinação BCG e de hepatite B • a avaliação do aleitamento materno • orientação e apoio. A atenção à mulher e ao recém-nascido (RN) nas primeiras semanas após o parto é fundamental para a saúde materna e neonatal REDE CEGONHA - “Primeira Semana de Saúde Integral OBJETIVOS DA ATENÇÃO PUERPERAIL • Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido; • Orientar e apoiar a família para a amamentação; • Orientar os cuidados básicos com o recém-nascido; • Avaliar a interação da mãe com o recém-nascido; • Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las; • Orientar o planejamento familiar; • Agendar consulta de puerpério até 42 dias após o parto. AÇÕES RELACIONADAS À PUÉRPERA Orientações: • Higiene, alimentação, atividades físicas • Atividade sexual e prevenção de IST • Cuidados com as mamas • Cuidados com o recém-nascido • Direitos da mulher • Planejamento reprodutivo e utilização de método contraceptivo • Complete esquema vacinal, se necessário • Suplementação de ferro Anamnese: • Condições da gestação, parto e puerpério e intercorrências • O uso de medicamentos • Aleitamento materno • Alimentação, sono, atividades • Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre • condição psicoemocional e social Avaliação clínico-ginecológica: • estado geral e dados vitais • estado psíquico da mulher • Exame das mamas • condição do uterina, períneo e os genitais externos • formação do vínculo entre a mãe e o filho • avalie a mamada e posicionamento • Identifique problemas e necessidades da mulher ASPECTOS EMOCIONAIS DO PUERPÉRIO No atendimento à puérpera e ao seu bebê, é importante observar, no ato da amamentação, se o bebê busca encontrar o olhar da mãe e se esta consegue responder tais solicitações, se comunicando com ele. Ou nos casos em que a amamentação não é possível, observar a forma como a mãe e a criança se olham e se comunicam. Mudanças para a mulher e família Adaptação à nova condição ASPECTOS EMOCIONAIS DO PUERPÉRIO Tristeza puerperal ou baby blues Depressão puerperal ou depressão pós-parto Transtorno psicótico puerperal Conceitos Alteração psíquica leve e transitória. Transtorno psíquico de moderado a severo, com início insidioso. Distúrbio de humor psicótico, com apresentação de perturbações mentais graves. Prevalência 50% a 80% 10% a 15% 0,1% a 0,2% Sintomas Choro, flutuação de humor, irritabilidade, fadiga, tristeza, insônia, dificuldade de concentração, ansiedade relacionada ao bebê. Tristeza, choro fácil, desalento, abatimento, labilidade, anorexia, náuseas, distúrbios de sono, insônia inicial e pesadelos, ideias suicidas, perda do interesse sexual. Confusão mental, alucinações ou delírios, agitação psicomotora, angústia, pensamentos de machucar o bebê, comportamentos estranhos, insônia: sintomas que evoluem para formas maníacas ou melancólicas. MEDIDAS PREVENTIVAS CONTRA O SOFRIMENTO MENTAL PUERPERAL apoio emocional e físico durante a gravidez, o parto e o puerpério o apoio da família, dos amigos e do companheiro; a discussão com o companheiro a respeito da importância de que a mulher se sinta amada e segura a discussão com o companheiro a respeito da importância de que a mulher se sinta amada e segura o encaminhamento da mãe com risco elevado de depressão pós-parto aos serviços de saúde mental CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PUERPÉRIO ROZILEIDE MARTINS SIMÕES CANDEIA Consulta de enfermagem à saúde sexual e reprodutiva da mulher http://www.blog.saude.gov.br/index.php/mat%C3%A9rias-especiais/51645-saiba-mais-sobre-os-metodos-contraceptivos-oferecidos-pelo-sus http://www.blog.saude.gov.br/index.php/mat%C3%A9rias-especiais/51645-saiba-mais-sobre-os-metodos-contraceptivos-oferecidos-pelo-sus DIREITOS, SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA Valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da identidade própria da pessoa. Ela é enriquecedora, inclui o prazer e estimula a determinação pessoal, a comunicação e as relações. A saúde sexual é a habilidade de mulheres e homens para desfrutar e expressar sua sexualidade, sem riscos de doenças sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas, coerção, violência e discriminação. Possibilita experimentar uma vida sexual informada, agradável e segura, baseada na autoestima, que implica abordagem positiva da sexualidade humana e respeito mútuo nas relações sexuais (HERA, 1999 apud CORRÊA; ALVES; JANUZZI, 2006, p. 45) São direitos reprodutivos: • O direito das pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. • O direito de acesso a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. • O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência. São direitos sexuais SEXUALIDADE E SAÚDE Conforme Lourenço (2002), em sentido amplo, a sexualidade se expressa no estilo de vida que adotamos, no modo como se demonstram os afetos, na percepção erotizada dos estímulos sensoriais e também nos papéis de gênero – jeito adotado para ser mulher ou para ser homem, que tem implicações nas relações estabelecidas entre homens e mulheres. sexualidade Corpo Sentimentos História de vida Costumes Relações afetivas Temporários (reversíveis) a. Hormonais • Orais • Injetáveis • Implantes subcutâneos b. Barreira • Feminino Diafragma Espermaticida Esponjas Capuz cervical Preservativo feminino • Masculino Preservativo masculino c. Intrauterinos DIU de cobre Diu com levonorgestrel d. Comportamentais ou naturais Tabela Curva térmica basal Billings (mucocervical) Coito interrompido Definitivos (esterilização) • Feminino (ligadura tubária) • Masculino (vasectomia) ESCOLHENDO O MÉTODO ANTICONCEPCIONAL A preferência da mulher, do homem ou do casal Proteção contra IST e HIV Eficácia Efeitos secundários Aceitabilidade Facilidade de acesso Reversibilidade LEMBRE-SE: Planejamento reprodutivo é um termo mais adequado que planejamento familiar e não deve ser usado como sinônimo de controle de natalidade. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO VERSUS CONTROLE DE NATALIDADE O controle de natalidade implica imposições do governo sobre a vida reprodutiva de homens e mulheres. O planejamento reprodutivo baseia-se no respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos. O PAPEL DA ATENÇÃO BÁSICA LEMBRE-SE A principal ferramenta do profissional de saúde é a escuta. A capacidade de silenciar e ouvir o outro melhora a compreensão das suas necessidades e torna a abordagem mais resolutiva. O PAPEL DA ATENÇÃO BÁSICA As ações de saúde voltadas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva, em sua maioria, têm sido focadas na mulher, com poucas iniciativas para o envolvimento dos homensnessas questões. E, mesmo nas ações direcionadas para as mulheres, predominam aquelas voltadas ao ciclo gravídico-puerperal e à prevenção do câncer de colo de útero e de mama. É preciso avançar no sentido de ampliar a abordagem também para os homens, promovendo o seu efetivo envolvimento nas ações, considerando e valorizando sua corresponsabilidade nas questões referentes à saúde sexual e à saúde reprodutiva. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NA ATENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA ACONSELHAMENTO ATIVIDADES EDUCATIVAS ATIVIDADES CLÍNICAS As atividades devem ser desenvolvidas de forma integrada, tendo-se sempre em vista que toda visita ao serviço de saúde constitui- se numa oportunidade para a prática de ações educativas. Consulta de enfermagem na prevenção do câncer de mama e câncer de colo de útero Rozileide Martins Simões Candeia https://pt.depositphotos.com/211879776/stock-photo-woman-uterus-with-flowers-illustration.html https://pt.depositphotos.com/211879776/stock-photo-woman-uterus-with-flowers-illustration.html ESTIMATIVAS DE NOVOS CASOS DE CÂNCER DE MAMA E COLO DO ÚTERO Humanização e acolhimento à mulher Políticas de saúde para o controle do câncer de mama e útero LINHA DE CUIDADO PARA O CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA LINHA DE CUIDADO PARA O CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DA MAMA a. Realizar consulta de enfermagem e a coleta do exame citopatológico, de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária. b. Realizar consulta de enfermagem e o exame clínico das mamas, de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária. c. Solicitar exames de acordo com os protocolos ou normas técnicas estabelecidos pelo gestor local. d. Examinar e avaliar pacientes com sinais e sintomas relacionados aos cânceres do colo do útero e de mama. e. Avaliar resultados dos exames solicitados e coletados, e, de acordo com os protocolos e diretrizes clínicas, realizar o encaminhamento para os serviços de referência em diagnóstico e/ou tratamento dos cânceres de mama e do colo do útero. f. Prescrever tratamento para outras doenças detectadas, como DSTs, na oportunidade do rastreamento, de acordo com os protocolos ou normas técnicas estabelecidos pelo gestor local. g. Realizar cuidado paliativo, na UBS ou no domicílio, de acordo com as necessidades da usuária. h. Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de todos os membros da equipe. i. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da unidade básica de saúde. RECOMENDAÇÃO QUANTO AO RASTREAMENTO COM AUTOEXAME DAS MAMAS (AEM) O Ministério da Saúde recomenda contra o ensino do AEM como método de rastreamento do câncer de mama (recomendação contrária fraca: os possíveis danos provavelmente superam os possíveis benefícios). A acuidade do AEM das mamas é difícil de se determinar, mas, se comparada à sensibilidade da mamografia e do ECM, a do AEM é bem menor, girando em torno de 12% a 41%. A baixa sensibilidade do exame acarreta um percentual alto de exames falso- negativos, o que acarreta um número alto de mulheres com exames positivos que não têm câncer. EXAME CLÍNICO DE MAMAS Exame clínico das mamas é o exame feito por um profissional de saúde treinado. Apresenta as mesmas vantagens que o auto-exame (ausência de efeitos colaterais, baixo custo e fácil realização) e deve ser instituído como rotina nos exames físicos, independentemente da especialidade do profissional. A sua efetividade depende, no entanto, do grau de habilidade e da experiência desenvolvida pelo profissional que o realiza. Ele é parte fundamental no desenvolvimento dos programas de rastreamento do câncer de mama e deve ser maciçamente empregado, principalmente nos países em desenvolvimento. https://proxismed.com.br/cancer-de-mama-a-importancia-do-diagnostico-precoce/ https://proxismed.com.br/cancer-de-mama-a-importancia-do-diagnostico-precoce/ O ECM é usado como método tanto diagnóstico quanto de rastreamento. Como método diagnóstico, realizado por médico para diagnóstico diferencial de lesões palpáveis da mama, é um complemento essencial na investigação diagnóstica de doenças mamárias e o primeiro método de avaliação diagnóstica na atenção primária. Como rastreamento, é entendido como um exame de rotina feito por profissional de saúde treinado – geralmente enfermeiro ou médico – realizado em mulheres saudáveis, sem sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama. Ao contrário de seu papel consagrado como método diagnóstico, o rastreamento por meio do ECM é alvo de grande controvérsia na literatura científca. MAMOGRAFIA Considerado exame padrão-ouro de para o rastreamento do câncer de mama. É um exame de alta sensibilidade, no entanto, está diretamente relacionada à idade da mulher, sendo muito menor nas mulheres jovens, que apresentam uma alta densidade de tecido mamário. A mamografia, nos programas de rastreamento, é proposta apenas para mulheres acima dos 50 anos de idade. Este exame é bastante efetivo para tal faixa etária, o que favorece a relação custo/benefício. ULTRA-SONOGRAFIA Este exame tem a sua melhor aplicação e os melhores resultados quando feito em mamas de alta densidade. É o procedimento de escolha para as mulheres jovens, sendo especialmente indicado na diferenciação entre tumores sólidos e líquidos (cistos), em processos inflamatórios e na monitorização de punções aspirativas. Nas mulheres da faixa etária em que a mamografia já se impõe, idades superiores a 50 anos, a ultra- sonografia pode ser útil na avaliação de nódulos clinicamente palpáveis, mas não evidenciáveis pela mamografia. RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Desenvolvimento das lesões: Infecção por HPV De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2007), as estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce e o rastreamento Periodicidade de realização do exame: • 25 a 60 anos • uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos (INCA, 1988) SITUAÇÕES ESPECIAIS Gestantes - a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada (HUNTER; MONK;TEwARI, 2008). Pós-menopausa - Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de câncer (SASIENI; CASTAÑON; CUZICK, 2006, 2010). Mulheres sem história de atividade sexual - não há indicação para rastreamento do câncer do colo do útero e seus precursores nesse grupo de mulheres Imunossuprimidas - o exame citopatológico deve ser realizado neste grupo após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressãoHisterectomizadas - O rastreamento realizado em mulheres sem colo do útero devido à histerectomia por condições benignas apresenta menos de um exame citopatológico alterado por mil exames realizados (USA/NCI, 2011). TÉCNICA DE REALIZAÇÃO DE CITOLÓGICO G O O G L E I M A G E N S, 2 0 1 9 ) https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiy--GY6ZHiAhUDnlkKHaHaCJ0QjRx6BAgBEAU&url=http://enfermagempiaui.com.br/post/2015/marco/exame-preventivo-colo-do-utero.php&psig=AOvVaw1gw8727lho_CAvt0d-q0Om&ust=1557606929729575 https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiy--GY6ZHiAhUDnlkKHaHaCJ0QjRx6BAgBEAU&url=http://enfermagempiaui.com.br/post/2015/marco/exame-preventivo-colo-do-utero.php&psig=AOvVaw1gw8727lho_CAvt0d-q0Om&ust=1557606929729575 https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwixqaCm6ZHiAhUwtlkKHSX9DPwQjRx6BAgBEAU&url=https://pt.slideshare.net/auroeag/leses-pr-neoplasicas-do-colo-uterino-cancer-de-colo&psig=AOvVaw1gw8727lho_CAvt0d-q0Om&ust=1557606929729575https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwixqaCm6ZHiAhUwtlkKHSX9DPwQjRx6BAgBEAU&url=https://pt.slideshare.net/auroeag/leses-pr-neoplasicas-do-colo-uterino-cancer-de-colo&psig=AOvVaw1gw8727lho_CAvt0d-q0Om&ust=1557606929729575 Consulta de enfermagem na prevenção do câncer de mama e câncer de colo de útero Rozileide Martins Simões Candeia https://pt.depositphotos.com/211879776/stock-photo-woman-uterus-with-flowers-illustration.html https://pt.depositphotos.com/211879776/stock-photo-woman-uterus-with-flowers-illustration.html
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