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CCJ0006-WL-AMRP-02-A Pessoa Natural

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DIREITO CIVIL I 
PROFA. DRA. EDNA RAQUEL HOGEMANN 
SEMANA 1 AULA 2 
 
TÍTULO 
 
O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
•Em 11 de janeiro de 2003, entrou em vigor o novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 
10.01.2002), depois de tramitar por décadas no Congresso Nacional (desde 1968). 
•Esse novo Código representa a consolidação das mudanças sociais e legislativas 
surgidas nas últimas nove décadas, incorporando outros novos avanços na técnica 
jurídica. 
A Estrutura do Código Civil 
A nova Codificação tem 2.046 artigos, organizados da seguinte maneira: 
 
Parte Geral 
I - Das Pessoas 
II - Dos Bens 
III - Dos Fatos Jurídicos 
Parte Especial 
Livro I - Do Direito das Obrigações 
Livro II - Do Direito de Empresa 
Livro III - Do Direito das Coisas 
Livro IV - Do Direito de Família 
Livro V - Do Direito das Sucessões 
Parte Final ou Das Disposições Finais e Transitórias 
 
Três princípios fundamentais do novo Código Civil: 
A) Eticidade - a eticidade no Novo Código Civil visa imprimir eficácia e efetividade aos 
princípios constitucionais da valorização da dignidade humana, da cidadania, da 
personalidade, da confiança, da probidade, da lealdade, da boa-fé, da honestidade 
nas relações jurídicas de direito privado. 
B) A SOCIALIDADE 
 
 – Está presente no novo Código a socialidade em detrimento do caráter individualista 
do antigo Diploma civilista. Daí o predomínio do social sobre o individual. 
Um exemplo interessante neste sentido é o da função social da propriedade. 
 A Constituição Federal deu uma fisionomia funcional social ao direito de propriedade, 
que no seu art. 5º, inciso XII, ao lado de garantir o direito de propriedade, logo em 
seguida no inciso XXIII. 
 
 
•o § 1.º do art. 1228 estabelece que "O direito de propriedade deve ser exercido em 
consonância com suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as 
belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas." 
•Também digno de transcrição o § 2.º: "São defesos os atos que não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de 
prejudicar outrem." 
 
C) OPERABILIDADE – Diversas soluções normativas foram tomadas no sentido de 
possibilitar uma compreensão maior e mais simplificada para sua interpretação e 
aplicação pelo operador do Direito. Exemplo disso foram as distinções mais claras 
entre prescrição e decadência e os casos em que são aplicadas; estabeleceu-se a 
diferença objetiva entre associação e sociedade, servindo a primeira para indicar as 
entidades de fins não econômicos, e a última para designar as de objetivos 
econômicos. 
A Constitucionalização do Direito Civil 
•O Código Civil sempre representou o centro normativo de direito privado, por se 
preocupar em regular com inteireza e completude as relações entre particulares e a 
Constituição apenas deveria se preocupar em regular a dinâmica organizacional dos 
poderes do Estado. 
•Era essa a lógica do Código Civil de 1916. 
 
 
•Assim, pelo liberalismo econômico, a Constituição exerceria um papel meramente 
interpretativo, somente podendo ser aplicada diretamente em casos excepcionais de 
lacunas dos códigos, a quem realmente caberia a missão de regular e equilibrar as 
relações inter-pessoais. 
É exatamente nesta linha que surge a codificação de 1916, sendo fortemente 
influenciada pelo Código Napoleônico de 1804 e pelo BGB da Alemanha de 1896. 
Com aspirações de um jusnaturalismo racionalista, o Código Civil de 1916 defende 
os valores do patrimonialismo e de um excessivo individualismo inerentes às 
codificações liberais. 
Assim, pelo liberalismo econômico, a Constituição exerceria um papel meramente 
interpretativo, somente podendo ser aplicada diretamente em casos excepcionais de 
lacunas dos códigos, a quem realmente caberia a missão de regular e equilibrar as 
relações inter-pessoais. 
Paulo Luiz Netto Lobo afirma: 
“O constitucionalismo e a codificação (especialmente os códigos civis) são 
contemporâneos do advento do Estado Liberal e da afirmação do individualismo 
jurídico. Cada um cumpriu seu papel: um, o de limitar profundamente o Estado e o 
poder político (Constituição), a outra, o de assegurar o mais amplo espaço de 
autonomia aos indivíduos, nomeadamente no campo econômico (codificação).Os 
códigos civis tiveram como paradigma o cidadão dotado de patrimônio, vale dizer, o 
burguês livre do controle ou impedimento públicos. (...) entenderam o homem comum, 
deixando a grande maioria fora de seu alcance. (...) a plenitude da pessoa dava-se 
com o domínio sobre as coisas, com o ser proprietário. Livre é quem pode deter, gozar 
e dispor de sua propriedade, sem impedimentos, salvo os ditados pela ordem pública 
e os bons costumes, sem interferência do Estado.” (1999. p.1). 
Aos poucos o Código Civil vai perdendo o seu papel de “Constituição” do direito 
privado. A idéia de código concebido como um sistema fechado foi sendo destruída, 
surgindo diversas leis especiais e, ao poucos, o Direito Civil foi se fragmentando. 
Assim, a Constituição assume um novo papel de regência das relações privadas. A 
posição hierárquica da Constituição e sua ingerência nas relações econômicas e 
sociais possibilitam a formação de um novo centro unificador do sistema. 
Desta forma, a constitucionalização do Direito privado não significa conferir à 
constituição a superioridade hierárquica a do ordenamento jurídico, mas, acima disto, 
dar uma releitura dos velhos institutos e conceitos do âmbito privado, visando à 
concretização dos valores e preceitos constitucionais. 
 
•É importante distinguir, por fim, a Constitucionalização do Direito Civil da publicização 
do direito privado. 
•Muitos doutrinadores confundem essas duas situações, mas elas são distintas. 
•A primeira é a analise do direito privado com base nos fundamentos 
constitucionalmente estabelecidos. É a aplicação dos mandamentos constitucionais no 
direito privado. 
•Já a segunda é o processo de intervenção estatal no direito privado, principalmente 
mediante a legislação infraconstitucional. 
 
A norma constitucional, apesar da resistência de alguns setores da doutrina, passa a 
ser diretamente aplicável às relações privadas. Note-se que a Constituição, por ser um 
sistema de normas, é dotada de coercibilidade e imperatividade e, sendo assim, é 
perfeitamente suscetível de ser aplicada nas relações de direito privado. 
A Constituição de 1988, refletindo as mudanças nas relações familiares deu um novo 
perfil aos institutos do direito de família. Assim o novo CC teve que adaptar-se aos 
novos ditames constitucionais aprofundando-os: 
União Estável - reconhecida; 
Maioridade Civil – aos 18 anos; 
Regime de bens – pode ser alterado por acordo entre os cônjuges; 
Exames de DNA para comprovação de paternidade – a recusa implica em 
reconhecimento da filiação ; 
Filhos nascidos fora do casamento – não há mais distinção entre filhos; 
Guarda dos filhos em caso de separação - os filhos podem ficar com o pai ou a mãe; 
Sucessão - o cônjuge passa a ser herdeiro necessário. 
 
NÃO ESQUEÇA DE LER 
 
 PARA A PRÓXIMA AULA 
 
 E FAÇA OS EXERCÍCIOS NA WEBAULA! 
•Nome do livro: Curso de Direito Civil Parte Geral Vol.1 
•Nome do autor: NADER, Paulo. 
•Editora: Rio de Janeiro: Forense 
•Edição: 5a. ed. rev. e atualz. 
•Nome do capítulo: Capítulo IX – Pessoa Natural 
•N. de páginas do capítulo: 17

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