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Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Cristiano Alves de Carvalho APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologia de Trata- mento da Poluição do Ar, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendiza- do dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5 1 A ATMOSFERA ........................................................................................................................................ 7 1.1 Composição da Atmosfera ..........................................................................................................................................7 1.2 Estrutura Vertical da Atmosfera .................................................................................................................................9 1.3 Poluentes Atmosféricos .............................................................................................................................................10 1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................13 1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................14 2 FONTES DE POLUIÇÃO DO AR ................................................................................................... 15 2.1 Fontes Fixas .....................................................................................................................................................................15 2.2 Fontes Móveis ................................................................................................................................................................18 2.3 Efeitos da Poluição do Ar ...........................................................................................................................................18 2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................22 2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................23 3 TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR ............................................... 25 3.1 Medidas Indiretas ........................................................................................................................................................26 3.2 Medidas Diretas .............................................................................................................................................................27 3.3 Legislação ........................................................................................................................................................................39 3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................45 3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................46 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 47 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 51 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 5 INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), Após a Revolução Industrial, a poluição do ar tornou-se um sério problema para o meio ambiente e, consequentemente, para nossa sociedade. O uso de técnicas baseadas na queima de carvão, lenha e, posteriormente, óleo combustível resultou na perda gradativa da qualidade do ar nos grandes centros urbanos industriais, com danos à saúde de seus habitantes. A quantidade de poluentes na atmosfera é considerada atualmente um dos mais importantes indi- cadores ambientais para determinar as condições de saúde pública, devido à responsabilidade que tais contaminantes têm em muitas patologias respiratórias (GALVÃO et al., 1998). Alguns fatores influenciam o nível de concentração de partículas no ar. São eles: �� taxa de emissão do poluente; �� condições meteorológicas; �� topografia local. Nossa sociedade é extremamente dependente da utilização de combustíveis fósseis e sua combus- tão incompleta libera carcinógenos humanos, como os hidrocarbonetos poliaromáticos, sendo a atmos- fera o principal meio de transporte de contaminantes químicos nos grandes centros urbanos. Romero (1998) reforça a ideia de que a poluição atmosférica é um dos problemas urbanos de maior complexida- de. Os principais objetivos desta apostila são: �� caracterizar e indicar a importância da atmosfera terrestre; �� identificar medidas para redução da emissão de poluentes na atmosfera; �� classificar os tipos de poluente e seus principais efeitos; �� identificar condições de proteção à saúde e ao meio ambiente; �� indicar as principais tecnologias de tratamento do ar; �� indicar a legislação vigente. Desejo a você um bom estudo e um ótimo aprendizado. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 7 A ATMOSFERA 1 Caro(a) aluno(a), Sabe-se que a Terra é envolvida por uma camada fina de gases e Material Particulado (MP) (aerossóis), chamada atmosfera, que possui cerca 99% de sua massa contida em uma camada de aproximadamente 0,25% do diâmetro do planeta (cerca de 32 km) que é primordial para a vida e a manutenção dos processos biológicos e físicos na Terra. A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultravioleta, além de conter gases que são utili- zados nos processos vitais, como a respiração ce- lular e o fornecimento da água necessária para a vida. 1.1 Composição da Atmosfera Saiba que a composição do ar não é cons- tante, ou seja, ela está em constante mudança. Caso ocorresse a remoção do vapor-d’água, das partículas suspensas e de certos gases variáveis que estão presentes em quantidades mínimas, seria possível encontrarmos uma composição es- tável sobre a Terra, até uma altitude de aproxima- damente 80 km. Figura 1 – Composição do ar seco. Fonte: Universidade Federal do Paraná. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 8 Tabela 1 – Principais gases do ar seco. Gás Porcentagem Partes por milhão Nitrogênio 78,08 780.000,0 Oxigênio 20,95 209.460,0 Argônio 0,93 9.340,0 Dióxido de carbono 0,035 350,0 Neônio 0,0018 18,0 Hélio 0,00052 5,2 Metano 0,00014 1,4 Criptônio 0,00010 1,0 Óxido nitroso 0,00005 0,5 Hidrogênio 0,00005 0,5 Ozônio 0,000007 0,07 Xenônio0,000009 0,09 Fonte: Universidade Federal do Paraná O ar seco e limpo é constituído essencial- mente por nitrogênio e oxigênio e, embora te- nhamos uma quantidade significativa desses elementos, eles têm pouca influência sobre os fenômenos do tempo, o que nos mostra que a importância de um gás não está vinculada à sua abundância relativa. Veja o exemplo do dióxido de carbono (CO2), que ocorre em pequenas con- centrações, mas é de grande interferência para os fenômenos meteorológicos ou para a vida, como na reação de fotossíntese: Figura 2 – Reação de fotossíntese. Fonte: Unesp. AtençãoAtenção A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultravioleta, além de conter gases que são uti- lizados nos processos vitais, como a respiração celular e o fornecimento da água necessária para a vida. Como vimos anteriormente, a atmosfera terrestre contém gases e aerossóis, que são pe- quenas partículas, líquidas e sólidas. Temos al- guns aerossóis – cristais de gelo e gotículas de água – que são visíveis em forma de nuvens. É na baixa atmosfera que encontramos a maior con- centração de aerossóis. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 9 Uma das características do ar é a sua com- pressibilidade, isto é, seu volume e sua densida- de são variáveis. A força gravitacional exerce uma compressão na atmosfera, fazendo com que a máxima densidade do ar ocorra na superfície da Terra. Vale lembrar que a densidade é o quociente da massa pelo volume. Veja o gráfico a seguir, que ilustra o efeito da altitude na pressão. Figura 3 – Altitude x pressão. Fonte: Universidade Federal do Paraná. A atmosfera é subdividida em camadas, de acordo com o perfil vertical médio de temperatu- ra. Vamos estudar cada camada. Temos: �� troposfera: é nesta camada, que é a menos espessa e a mais densa, que vi- vemos. Sua temperatura diminui apro- ximadamente 6,4 °C por cada 1.000 m de altitude, até atingir -60 ˚C na altura máxima. A tropopausa, que fica locali- zada entre a troposfera e a estratosfera, é a região de mudança entre essas duas camadas; �� estratosfera: nesta camada, ocorre um aumento pequeno da temperatura 1.2 Estrutura Vertical da Atmosfera com a altitude e, somente a partir de 20 km de altitude, ocorre um aumento de temperatura considerável, pois é onde está situada a camada de ozônio (O3). Esta camada atinge 50 km de altura. A estratopausa, que fica localizada entre a estratosfera e a mesosfera, é a região de mudança entre essas duas camadas. Nessa região, a temperatura é constan- te; �� mesosfera: a temperatura sobe no iní- cio, porém diminui com o aumento da altitude, atingindo -90 ºC. Na mesosfe- ra, o ar é muito turbulento e mais ra- refeito. Esta camada atinge 80 km de altura. A mesopausa, que fica localiza- da entre a mesosfera e a termosfera, é a região de mudança entre essas duas camadas. Nessa região, a temperatura é constante; �� termosfera: com o ar rarefeito, a tempe- ratura aumenta muito, atingindo mais de 500 ºC. Esta camada é subdividida em duas partes: ionosfera (entre 80 e 550 km) e exosfera (parte exterior da at- mosfera, que se dilui no espaço a partir de 1.000 km de altitude). Esta camada atinge alturas acima de 500 km de al- tura. A termopausa, que fica localizada entre a termosfera e a exosfera, é a re- gião de mudança entre essas duas ca- madas. Nessa região, a temperatura é constante; �� exosfera: por ser a última camada da atmosfera, ela se assemelha ao vazio. Constituída basicamente por metade de gás hélio e metade de hidrogênio, é aqui que orbitam os satélites artificiais. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 10 Figura 4 – Camadas da atmosfera. Fonte: http://arquerespiramos.weebly.com/a-atmosfera-e-as-suas-camadas.html. 1.3 Poluentes Atmosféricos Poluente atmosférico é toda forma de maté- ria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desa- cordo com os níveis estabelecidos em legislação, que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da pro- priedade e às atividades normais da comunidade (CETESB, 2012). Para medir o nível de poluição atmosférica, quantificamos as substâncias poluentes presentes no ar. Devido à grande variedade de substâncias presentes na atmosfera, tornou-se difícil a tarefa de estabelecer uma classificação desses poluen- tes. Com o intuito de facilitar essa classificação, dividimos os poluentes em duas categorias: �� poluentes primários: são os poluentes emitidos diretamente pelas fontes de emissão; �� poluentes secundários: são os poluen- tes formados na atmosfera por meio de reações químicas entre os poluentes primários e seus componentes naturais. Podemos classificar as substâncias poluen- tes em: Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 11 Quadro 1 – Classificação das substâncias poluentes. Fonte: Cetesb (2012). O nível de qualidade do ar depende da interação entre a atmosfera e as fontes de polui- ção. A medição sistêmica da qualidade do ar está associada ao número de poluentes, que é estipu- lado em função de sua relevância e dos meios dis- poníveis para seu monitoramento. Os poluentes que servem como indicado- res da qualidade do ar, adotados universalmen- te e que foram escolhidos em razão da frequên- cia de ocorrência e de seus efeitos adversos, são (CETESB, 2012): �� MP; �� dióxido de enxofre (SO2); �� monóxido de carbono (CO); �� oxidantes fotoquímicos, como o O3; �� hidrocarboneto (HC); �� óxido de nitrogênio (NOx). Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 12 Saiba maisSaiba mais Descrição dos Poluentes MP MP, Partículas Totais em Suspensão (PTSs), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5) e fumaça (FMC). Sob a denominação geral de MP, se encontra um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fuma- ças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. SO2 Resulta principalmente da queima de combustíveis que contêm enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É um dos principais formadores da chuva ácida. CO É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustíveis de origem orgânica (combus- tíveis fósseis, biomassa etc.). Em geral, é encontrado em maiores concentrações nas cidades, sendo emitido principalmente por veículos automotores. O3 e Oxidantes Fotoquímicos “Oxidante fotoquímico” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários formados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), na presença de luz solar, sendo esses últimos liberados na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes. O principal produto dessa reação é o O3, por isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. HCs São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e de outros produtos orgânicos voláteis. Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”. NOx e Dióxido de Nitrogênio (NO2) São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente são os principais responsáveis pela emissão de óxidos de nitrogênio. Chumbo Atualmente, o chumbo é encontrado em maior quantidade em locais específicos, como próximo a fundições de chumbo e indústrias de fabricação de baterias chumbo-ácido. A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) monitora também os compostos de Enxofre Reduzido Total (ERT). ERT Sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, dimetil sulfeto e dimetil dissulfeto são, de maneira geral, os compos- tos de enxofre reduzido mais frequentementeemitidos em operações de refinarias de petróleo, fábricas de celulose, plantas de tratamento de esgoto, produção de raiom/viscose, entre outras. As demais espécies de enxofre reduzido são encontradas em maior quantidade perto de locais específicos. O dissulfeto de carbono, por exemplo, é usado na fabricação de raiom/viscose e celofane. Os compostos de enxofre reduzido também podem ocorrer naturalmente no ambiente como resultado da degradação microbiológica de matéria orgânica contendo sulfatos, sob condições anaeróbias, e como resultado da decomposição bacteriológica de proteínas. Esses compostos produzem odor desagradável, semelhante ao de ovo podre ou repolho, mesmo em baixas concentrações. Fonte: Adaptado de Cetesb (2012). Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 13 Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, tratamos de algumas características da atmosfera que envolve a Terra por meio de uma camada fina de gases e MP (aerossóis), a qual possui cerca 99% de sua massa contida em uma cama- da de aproximadamente 0,25% do diâmetro do planeta (cerca de 32 km), que é primordial para a vida e a manutenção dos processos biológicos e físicos na Terra. A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultravio- leta, além de conter gases que são utilizados nos processos vitais, como a respiração celular e o forneci- mento da água necessária para a vida. Sua composição não é constante, ou seja, ela está em constante mudança. Tabela 2 – Principais gases do ar seco. Gás Porcentagem Partes por milhão Nitrogênio 78,08 780.000,0 Oxigênio 20,95 209.460,0 Argônio 0,93 9.340,0 Dióxido de carbono 0,035 350,0 Neônio 0,0018 18,0 Hélio 0,00052 5,2 Metano 0,00014 1,4 Criptônio 0,00010 1,0 Óxido nitroso 0,00005 0,5 Hidrogênio 0,00005 0,5 Ozônio 0,000007 0,07 Xenônio 0,000009 0,09 Fonte: Universidade Federal do Paraná. O ar seco e limpo é constituído essencialmente por nitrogênio e oxigênio; embora tenhamos uma quantidade significativa desses elementos, eles têm pouca influência sobre os fenômenos do tempo, o que nos mostra que a importância de um gás não está vinculada à sua abundância relativa. A atmosfera terrestre contém gases e aerossóis, que são pequenas partículas, líquidas e sólidas. Temos alguns aerossóis – cristais de gelo e gotículas de água – que são visíveis em forma de nuvens. É na baixa atmosfera que encontramos a maior concentração de aerossóis. Uma das características do ar é a sua compressibilidade, isto é, seu volume e sua densidade são variáveis. A atmosfera é subdividida em camadas, de acordo com o perfil vertical médio de temperatura. Temos: �� troposfera; �� estratosfera; 1.4 Resumo do Capítulo Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 14 �� mesosfera; �� termosfera; �� exosfera. Vimos que poluente atmosférico é toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quan- tidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar públi- co, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (CETESB, 2012). Dividimos os poluentes em duas categorias: poluentes primários e poluentes secundários. Os po- luentes que servem como indicadores da qualidade do ar, adotados universalmente e que foram escolhi- dos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos adversos, são: �� MP; �� SO2; �� CO; �� oxidantes fotoquímicos, como O3; �� HC; �� NOx. 1.1 Subtítulo Caro(a) aluno(a), Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se fixou bem o conteúdo; assim, responda às perguntas a seguir conforme o seu entendimento. 1. Defina poluente atmosférico e explique como podemos classificar os poluentes. 2. Qual é a importância da atmosfera para os seres vivos? Qual é o critério utilizado para classificar a atmosfera? Qual é essa classificação? 3. Quais são os poluentes que servem como indicadores da qualidade do ar? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 15 Caro(a) aluno(a), A poluição atmosférica é um problema mundial que pode afetar os mais diversos setores, como os bens materiais pelo processo de corro- são, a qualidade das águas e do solo pelo proces- so das chuvas ácidas, além de ser prejudicial à vi- sibilidade. “O quadro de poluição do ar no Brasil é extremamente diverso”, declara o gerente de Qua- lidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente, Ro- dolfh Noronho. A dificuldade de estabelecer um FONTES DE POLUIÇÃO DO AR2 perfil nacional reside nas características de cada estado pela diversidade de recursos naturais, ati- vidades econômicas, entre outras diferenças. Podemos dividir as fontes que causam a po- luição do ar em: �� fontes fixas: os aterros, indústrias, en- tre outros; �� fontes móveis: em geral, os meios de transporte. 2.1 Fontes Fixas O homem, ao longo dos anos, vem destruin- do a natureza com a desculpa de que o progresso não pode ser contido e, com isso, a natureza vem pagando um preço alto, sendo utilizada das mais variadas formas, por meio de agressões como: �� queimadas; �� derrubadas de florestas; �� descarte de lixo etc. Com a ocupação desordenada da superfí- cie da Terra, aliada a um grande desenvolvimento econômico e ao avanço tecnológico e industrial, chegamos a um grande desequilíbrio na biosfera. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 16 Figura 5 – Evolução da população. Fonte: Adaptado de Bossel (1994). A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX proporcionou o início da produção industrial moderna, por meio da utilização intensiva de má- quinas, da criação de fábricas, dos movimentos de trabalhadores contra as condições desumanas de trabalho e das transformações rurais e urba- nas, que se tornou o principal responsável pela degradação da natureza e do meio ambiente. Os processos produtivos realizados pelas indústrias emitem poluentes, como, por exemplo, o enxofre, que é um dos componentes da chuva ácida, causadora de danos às florestas, às planta- ções e, consequentemente, ao homem, que con- some alimentos contaminados. Além disso, a chu- va ácida emite um gás que sobe para a atmosfera, dificultando a renovação da camada de O3, que retém os raios ultravioletas do Sol, além de propi- ciar a elevação da temperatura ambiente da Terra, derretendo as geleiras e aumentando o nível das marés. As indústrias produzem uma série de pro- dutos que contêm componentes que agridem a atmosfera, como, por exemplo, um veneno cha- mado diclorodifeniltricloroetano (DDT), que é um produto químico capaz de matar insetos que pre- judicam as lavouras, além de matar os insetos não prejudiciais. O DDT é um produto que não é bio- degradável, ou seja, ele é capaz de ser decompos- to pela ação de organismos vivos e, como conse- quência, é absorvido pelos alimentos, podendo causar doenças aos homens. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 17 Figura 6 – Ciclo da poluição. Fonte: Digital Vision. Ao tratar das fontes fixas que causam a po- luição atmosférica, Noronho destaca a Resolução CONAMA nº 382/2006, que define os limites má- ximos de emissão de poluentes pelas indústrias que iniciaram atividade a partir de 2007. Para ele, faltava uma resolução que atingisse também as indústrias mais antigas, lacuna que foi preenchi- da em 2011, durante a 104ª Reunião Ordinária do Conselho, em que ficaram estabelecidos novos padrões de emissão para as unidades industriais que entraram em funcionamento antes de 2007. O principal objetivo é a redução das emissões de poluentes aos padrões adotados para as novas plantas. “Essa resolução representa um ganho muito grande. Isso vai forçar uma inovação tecno- lógica no Brasil, além de impactar de forma positi- va naqualidade do ar”, destaca Noronho. Temos também alguns instrumentos que são elaborados visando à melhoria ambiental, como o zoneamento ambiental, o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. Esses instrumentos estão previstos na Lei n° 6.938, de 31 de agosto 1981. Um dos prin- cipais objetivos dessa lei é a melhoria, a preserva- ção e a recuperação da qualidade ambiental, res- peitando os princípios de racionalização do uso do ar e do controle e zoneamento das atividades poluidoras ou até mesmo com potencial para tal. Saiba maisSaiba mais A Resolução CONAMA n° 8, de 6 de dezem- bro de 1990, estabelece os limites máximos de emissão de poluentes do ar para proces- sos de combustão externa em fontes fixas, como caldeiras, geradores de vapor, centrais para geração de energia elétrica, fornos, for- nalhas, estufas e secadores para a geração e uso de energia térmica, incineradores e gaseificadores. O Quadro 2 nos mostra os principais po- luentes atmosféricos originários de atividades in- dustriais: Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 18 Quadro 2 – Principais poluentes atmosféricos. Fonte: Centro de Informação Metal Mecânica (CIMM). De maneira geral, as fontes móveis são os meios de transporte, que são importantes fon- tes de poluentes devido às emissões dos gases da combustão e também pela evaporação de combustíveis. As fontes móveis são as principais emissoras de NOx e CO e importantes emissoras 2.2 Fontes Móveis de CO2 e de COVs, além de emitirem alguns po- luentes específicos, como o chumbo. O problema é tão sério que foi criado o Programa de Contro- le da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que estabelece e atualiza todos os padrões para carros, ônibus e caminhões novos. 2.3 Efeitos da Poluição do Ar São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Para o homem, a poluição atmos- férica prejudica o sistema respiratório, causando ou até mesmo agravando diversas doenças crô- nicas, como, por exemplo, asma, infecções nos pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, entre outras. Os poluentes atmosféricos também afetam a vegetação, de duas maneiras: Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 19 �� diretamente: ocorre com a destruição dos tecidos das folhas das plantas, pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo O3, causando a redução da área fotossintética; �� indiretamente: ocorre com a acidifi- cação dos solos e, consequentemente, com a redução de nutrientes e a libera- ção de substâncias nocivas às plantas, acarretando uma menor produtivida- de e uma maior exposição a pragas e doenças. Quadro 3 – Efeitos dos principais poluentes na atmosfera. Fonte: http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Apresentacao_Impactos_VII__%28Poluicao_do_Ar%29_53524.pdf. AtençãoAtenção A poluição atmosférica é um problema mundial que pode afetar os mais diversos setores, como os bens mate- riais pelo processo de corrosão, a qualidade das águas e do solo pelo processo das chuvas ácidas, além de ser prejudicial à visibilidade. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 20 Vamos tratar, com mais detalhes, de alguns efeitos da poluição atmosférica. Acidificação O NOx, principal responsável pelo problema da acidificação, quando em contato com a água reage produzindo os ácidos sulfúrico e nítrico, os quais, quando dissolvidos na chuva e na neve, são lançados ao solo na forma de sulfatos, nitratos e íons de hidrogênio. A acidez é determinada pela concentração de íons de hidrogênio liberados pela reação de ionização dos ácidos. Figura 7 – Chuva ácida. Fonte: http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Apresentacao_Impactos_VII__%28Poluicao_do_Ar%29_53524.pdf. Efeito Estufa Alguns gases são responsáveis pela absor- ção da radiação terrestre, como o CO2, o metano (CH4), o O3, óxido nitroso (N2O) e os hidrocarbo- netos clorofluorados (CFCs). O princípio é muito parecido com o de uma estufa de vidro, que deixa passar a radiação solar que aquece a Terra e retém a radiação terrestre, ou seja, o aumento na con- centração desses poluentes tem como uma das consequências o aumento da temperatura do ar, resultando no degelo das calotas polares e na su- bida do nível das águas dos oceanos. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 21 Figura 8 – Efeito estufa. Fonte: Brasilescola. Redução da Camada de O3 A camada de O3, localizada na estratosfera, funciona como um filtro para a radiação ultravio- leta, sendo essencial para a manutenção da vida no planeta Terra. As emissões de certas substân- cias, como os CFCs e os hidrocarbonetos haloge- nados (halons), deterioram a camada de O3, colo- cando em risco a saúde do homem e a biosfera em geral. Figura 9 – Redução da camada de O3. Fonte: S.O.S Planet. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 22 Caro(a) aluno(a), Vimos, neste capítulo, que a poluição atmosférica é um problema mundial que pode afetar os mais diversos setores, como os bens materiais pelo processo de corrosão, a qualidade das águas e do solo pelo processo das chuvas ácidas, além de ser prejudicial à visibilidade. Podemos dividir as fontes que causam a poluição do ar em: �� fontes fixas; �� fontes móveis. A ocupação desordenada da superfície da Terra, aliada a um grande desenvolvimento econômico e ao avanço tecnológico e industrial, nos levou a um grande desequilíbrio na biosfera. As indústrias produ- zem uma série de produtos que contêm componentes que agridem a atmosfera. O Quadro 4 nos mostra os principais poluentes atmosféricos originários de atividades industriais: Quadro 4 – Principais poluentes atmosféricos. Fonte: CIMM. 2.4 Resumo do Capítulo Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 23 De maneira geral, as fontes móveis são os meios de transporte, que são importantes fontes de poluentes devido às emissões dos gases da combustão e também pela evaporação de combustíveis. As fontes móveis são as principais emissoras de NOx e CO e importantes emissoras de CO2 e de COVs, além de emitirem alguns poluentes específicos, como o chumbo. São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Para o homem, a poluição atmosférica prejudica o sistema respiratório, causando ou até mesmo agravando diversas doenças crônicas, como, por exemplo, asma, infecções nos pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, entre outras. Os poluentes atmosféricos também afetam a vegetação de duas maneiras: �� diretamente; �� indiretamente. Tratamos, com mais detalhes, de alguns efeitos da poluição atmosférica, tais como: �� acidificação: o NOx, principal responsável pelo problema da acidificação, quando em contato com a água reage produzindo os ácidos sulfúrico e nítrico, os quais, quando dissolvidos na chu- va e na neve, são lançados ao solo na forma de sulfatos, nitratos e íons de hidrogênio; �� efeito estufa: alguns gases são responsáveis pela absorção da radiação terrestre, como o CO2, o CH4, o O3, o N2O e os CFCs. O princípio é muito parecido com o de uma estufa de vidro, que deixa passar a radiação solar que aquece a Terra e retém a radiação terrestre, ou seja, o au- mento na concentração desses poluentes tem como uma das consequências o aumento da temperatura do ar, resultando no degelo das calotas polares e na subida do nível das águas dos oceanos; �� redução da camada de O3: a camada de O3, localizada na estratosfera, funciona como um filtro para a radiação ultravioleta, sendo essencial para a manutenção da vida no planeta Terra. As emissões de certas substâncias, como os CFCs e os halons, deterioram a camada de O3, colo- cando em risco a saúde do homem e a biosfera em geral. 2.5 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), Agora que terminamos este capítulo, vamos verificarse fixou bem o conteúdo; assim, responda às perguntas a seguir conforme o seu entendimento. 1. Cite três poluentes atmosféricos, indicando os efeitos nocivos à saúde humana e ao meio am- biente. 2. Como podemos dividir as fontes de poluição do ar? 3. Quais são as principais consequências da poluição da atmosfera para a vida em nosso planeta? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 25 Caro(a) aluno(a), De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resume a três momentos: TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR3 �� emissão de poluentes na atmosfera; �� transporte, diluição e modificação quí- mica ou física dos poluentes na atmos- fera; �� imissão dos poluentes. Figura 9 – Processo de poluição do ar. Fonte: Kawano. Para controlar a emissão de poluentes at- mosféricos (e odores) nos processos industriais, utilizamos duas técnicas. São elas: �� métodos indiretos; �� métodos diretos ou técnicas de trata- mento. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 26 O controle é efetuado com a modificação do equipamento/processo, modificação das ma- térias-primas por outras que causam menos im- pacto ambiental, manutenção dos equipamentos etc., visando a prevenir o escape ou formação dos gases, sendo, geralmente, as chamadas “tecnolo- gias limpas”. 3.1 Medidas Indiretas Saiba maisSaiba mais Medidas Indiretas a) Impedir a geração do poluente • Mudança de reagentes e matérias-primas: • enxofre por soda na produção de celulose; • eliminação da adição de chumbo tetraetila na gasolina. • Troca de processos: • utilização de operações contínuas automáticas; • uso de sistemas completamente fechados; • condensação e reutilização de vapores (indústria petrolífera). • Diminuição dos poluentes gerados: • operação dos equipamentos dentro da capacidade nominal; • boa operação e manutenção de equipamentos produtivos; • adequado armazenamento de materiais pulverulentos; • mudança de comportamentos (educação ambiental); • mudança de processos, equipamentos e operações: • forno cubilô por forno elétrico de indução; • fornos a óleo por fornos elétricos de indução (fundições); • umidificação (pedreiras). • Alteração de combustíveis: • combustível com menor teor de enxofre (óleo com Baixo Ponto de Fluidez – BPF por óleo com Baixo Teor de Enxofre – BTE); • combustível líquido por combustível gasoso. b) Mascarar o poluente Eliminação da percepção nasal humana de um odor pela superposição de outro odor. c) Adequar o layout e realizar a manutenção de edifícios industriais • Armazenamento de produtos. • Adequada disposição de resíduos sólidos e líquidos. Fonte: ENS/UFSC. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 27 As medidas ou métodos diretos de controle incluem técnicas destrutivas, como incineração e biofiltração, e técnicas recuperativas, como absor- ção, adsorção e condensação (KHAN; GHOSHAL, 2000; SCHIRMER; LISBOA, 2003). A seguir, teremos uma descrição dessas técnicas. Caso você queira mais detalhes, parâmetros de projeto etc., irá en- contrar em literatura específica. As técnicas são submetidas a tratamento efetivo, por concentra- ção dos poluentes na fonte, antes do lançamento na atmosfera. 3.2 Medidas Diretas Sistemas de Ventilação Local Exaustora É uma técnica muito eficaz para a preven- ção da contaminação do ar na indústria. O pro- cesso é baseado na captura do contaminante em sua origem, evitando que ele atinja a zona respi- ratória do trabalhador, utilizando para tal a menor quantidade de ar possível. São as tubulações que levam o contaminante capturado ao exterior ou ao sistema de coleta do contaminante. Figura 11 – Sistema de ventilação local exaustora. Fonte: ENS/UFSC. O sistema de ventilação local exaustora possui algumas partes básicas. São elas: �� tomada de ar ou captor: realizado com a adaptação à máquina ou ao processo que gera o contaminante; �� tubulações ou condutos: locais onde temos a circulação do ar aspirado; �� ventilador: este dispositivo é geral- mente colocado após o sistema coletor, fazendo com que o sistema se encontre sob pressão negativa, o que evita a fuga de ar contaminado ou semicontamina- do à atmosfera. É importante observar que, quando estamos lidando com um contaminante tóxico Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 28 cuja dispersão na atmosfera pode contaminar ou- tras áreas de trabalho ou até mesmo a vizinhança, o sistema deve incluir um dispositivo de coleta, que deve estar localizado num ponto antes que o ar evacuado seja lançado na atmosfera. De maneira geral, são utilizados os sistemas a seguir: �� ciclones; �� câmaras de sedimentação; �� filtro de mangas; �� precipitadores eletrostáticos; �� processos úmidos; �� lavadores etc. A escolha de um desses sistemas depende de alguns parâmetros. São eles: �� granulometria do material; �� vazão a manipular; �� molhabilidade; �� toxicidade; �� explosividade; �� ação corrosiva do contaminante. Figura 12 – Sistema de ventilação local exaustora. Fonte: ENS/UFSC. AtençãoAtenção De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resu- me a três momentos: • emissão de poluentes na atmosfera; • transporte, diluição e modificação quí- mica ou física dos poluentes na atmos- fera; • imissão dos poluentes. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 29 Equipamentos de Controle de MP Coletores secos �� Filtro de tecido (por exemplo: o filtro manga). �� Precipitador eletrostático seco. �� Coletores mecânicos inerciais e gravita- cionais. �� Coletores mecânicos centrífugos (por exemplo, ciclones). �� Precipitadores dinâmicos secos. Coletores gravitacionais Equipamentos de controle que utilizam a força gravitacional como mecanismo de coleta. Suas dimensões são suficientemente grandes onde a velocidade da corrente gasosa se reduz, fazendo com que as partículas em suspensão te- nham tempo para se depositar. Possuem baixa eficiência para partículas menores que 40 μ, fa- zendo com que seu uso mais comum seja como pré-coletor que retira o particulado grosso, dimi- nuindo a sobrecarga do equipamento de contro- le final. Os esquemas de uma câmara de sedimen- tação gravitacional são apresentados a seguir: Figura 13 – Câmara de sedimentação gravitacional. Fonte: ENS/UFSC. A adição de chicanas ou anteparos aumen- ta a eficiência da câmara de sedimentação gravi- tacional. Outros mecanismos vêm a se somar à gravitação, como a impactação e a inércia. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 30 Figura 14 – Câmara de sedimentação gravitacional. Fonte: ENS/UFSC. Ciclones Sistema baseado na ação da força centrífu- ga, que atua sobre as partículas carregadas pelo fluxo de gás, empurrando-as na direção das pare- des e retirando-as do fluxo gasoso. Figura 15 – Ciclone. Fonte: ENS/UFSC. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 31 As principais vantagens do uso dos ciclones são: �� baixo custo; �� baixa perda de carga; �� resistência à corrosão e temperatura; �� simplicidade de projeto e manutenção. As principais desvantagens são: �� baixa eficiência para partículas meno- res que 5 μm; �� excessivo desgaste por abrasão; �� possibilidade de entupimento (partícu- las menores, higroscópicas e/ou pega- josas). Saiba maisSaiba mais Comparação entre Coletores Gravitacionais e Ciclônicos Fonte: ENS/UFSC. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 32 Filtros de tecido Sistema muito utilizado que, além de fazer o controle de poluição do ar, é parte integrante do processo industrial, como é o caso do processo de produção do óxido de zinco. Seu funcionamento ocorre pela passagem da mistura gasosa por um tecido, sendo que o gás atravessaos poros do te- cido e as partículas, na sua maioria, ficam retidas na sua superfície. É importante realizar a troca do tecido para evitar uma camada muito espessa de poluentes, o que dificulta a passagem do gás (au- mento da perda de carga). Inicialmente, a coleta é feita com a colisão das partículas contra as fibras do meio filtrante e, consequentemente, com a aderência a elas. Os mecanismos envolvidos na coleta de partículas em filtros de tecido são: �� impactação inercial; �� difusão; �� atração eletrostática; �� força gravitacional; �� intercepção. O filtro de tecido é um dispositivo que pos- sui alta eficiência de coleta, sendo classificado se- gundo o formato do meio filtrante, ou seja, tipo manga ou tipo envelope. Figura 16 – Filtro de tecido. Fonte: ENS/UFSC. Figura 17 – Filtro de tecido. Fonte: ENS/UFSC. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 33 Precipitadores eletrostáticos A história do precipitador se inicia em 1824, quando Hohlfeld conseguiu tornar límpido o con- teúdo de um cilindro com névoas utilizando para tanto um ponto eletrificado no seu interior. Em 1850, Guitard, em experimento análogo, conse- guiu o mesmo efeito utilizando fumaça de taba- co. Em 1907, Frederick Gardner Cottrell construiu um precipitador eletrostático de sucesso comer- cial. Em 1908, Cottrell patenteou um precipita- dor eletrostático utilizado com sucesso em uma fábrica de ácido sulfúrico de Pinole, Califórnia. As instalações industriais pioneiras se deram no pe- ríodo de 1907 a 1920 (CETESB, 1987). O mecanismo de coleta principal obviamen- te é a força elétrica. O processo de precipitação eletrostática se inicia com a formação de íons ga- sosos pela descarga da corona de alta voltagem no eletrodo de descarga. A seguir, as partículas sólidas e/ou líquidas são carregadas eletricamen- te pelo bombardeamento dos íons gasosos ou elétrons. O campo elétrico existente entre o ele- trodo de descarga e o eletrodo de coleta faz com que a partícula carregada migre para o eletrodo de polaridade oposta e descarregue a sua carga, ficando coletada. De tempos em tempos, a cama- da de partícula se desprende do eletrodo de cole- ta pela ação do sistema de “limpeza” e por gravi- dade se deposita na tremonha de recolhimento, de onde então é transportada para o local de ar- mazenamento para posterior condicionamento, reutilização e/ou reposição final (CETESB, 1987). Figura 18 – Precipitador eletrostático. Fonte: ENS/UFSC. Coletores úmidos O princípio de funcionamento desses equi- pamentos, que são, de maneira geral, lavadores, é a absorção do MP presente em um fluxo gasoso por meio de um absorvente, mediante o contato, que pode ocorrer de diferentes maneiras, depen- dendo do tipo de lavador. O MP é retido pelo lí- quido, que, posteriormente, tem essa parte sólida separada, retornando ao processo para dar conti- nuidade à lavagem da corrente gasosa. Os princi- pais tipos de coletor úmido são: �� torre de spray (pulverizadores); �� lavador com enchimento; Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 34 �� lavador ciclônico; �� lavador Venturi; �� lavador de leito móvel. Os lavadores são equipamentos de controle de poluição do ar que podem ser utilizados tan- to para o controle de MP quanto para o controle de gases e vapores. Nesta seção, trataremos dos lavadores utilizados para o controle de MP. Os la- vadores utilizados para o controle de gases e va- pores recebem a denominação de absorvedores (CETESB, 1987). Uma primeira classificação de lavadores é baseada na energia requerida (perda de carga) para fazer o fluxo gasoso passar através deles. Nessa classificação, temos (CETESB, 1987): �� lavadores de baixa energia: perda de carga (∆P) de até 7,5 cm H2O; �� lavadores de média energia: perda de carga (∆P) de 7,5 cm H2O a 25 cm H2O; �� lavadores de alta energia: perda de car- ga (∆P) maior que 25 cm H2O. Equipamentos de Controle de Gases e Vapores Absorvedores Os absorvedores são equipamentos uti- lizados para a absorção de gases ou vapores. A absorção é uma transferência de massa de uma fase gasosa para uma fase líquida, consistindo na transferência de um componente (absorbato) presente em fase gasosa (gás de arraste) para um líquido (absorvente). Mais especificamente, no controle de poluição do ar, a absorção envolve a remoção de um contaminante gasoso de uma corrente gasosa por sua dissolução em um líqui- do. A absorção é um processo de transferência de massa que se dá devido a uma diferença de con- centração entre os meios presentes. Essa transfe- rência ocorre até que continue havendo diferença de concentração nos meios envolvidos. Entretan- to, o equilíbrio não é tão facilmente atingido, uma vez que a diferença de concentração depende da solubilidade do soluto (KHAN; GHOSHAL, 2000; MME, 1997; SCHIRMER; LISBOA, 2004). Figura 19 – Absorvedor. Fonte: ENS/UFSC. Adsorvedores A adsorção é um processo seletivo e bastan- te apropriado para a remoção de gases e vapores presentes em baixas concentrações, principal- mente substâncias causadoras de odor. No en- tanto, também é empregada para a recuperação de solventes, como no caso de limpeza de roupas a seco. Ela leva significativa vantagem em relação aos incineradores de gases pela não necessidade de uso de combustível auxiliar, além de possibili- tar a recuperação de solventes, quando se utiliza o processo regenerativo. A presença de MP no flu- xo de gás a ser tratado prejudica o material adsor- vente, encurtando o seu tempo de vida. O mesmo pode ocorrer com a condensação de líquidos. O processo de adsorção envolve a remoção de um ou mais componentes gasosos do fluxo de gás por meio da sua aderência à superfície de um só- lido. As moléculas de gás removidas denominam- -se adsorbatos e o sólido que retém, adsorvente (LE CLOIREC, 1998). Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 35 Figura 20 – Adsorbato e adsorvente. Fonte: ENS/UFSC. Os adsorvedores são extremamente efeti- vos na remoção de poluentes gasosos. Mesmo em baixas concentrações, eles podem ser projeta- dos e operados para eficiências próximas a 100% (LE CLOIREC, 1998). Substâncias adsorventes São materiais sólidos, porosos e de grande área superficial específica. Os principais adsor- ventes utilizados em poluição do ar são: �� carvão ativado; �� alumina ativada; �� peneiras moleculares; �� sílica gel. Incineração de gás com chama direta e gases catalíticos A incineração é um método bastante eficaz para a eliminação de gases e vapores de origem orgânica. A combustão, que é o processo utiliza- do na incineração, transforma os contaminantes combustíveis (exemplo da oxidação de COVs) em CO2 e vapor-d’água, que não são considerados po- luentes. A incineração também pode ser utilizada para a oxidação de compostos inorgânicos, como, por exemplo, o gás sulfídrico (H2S), que é um gás de odor bastante desagradável, transformando-o em SO2 e vapor-d’água. Nesse último caso, tem- -se a transformação de um gás poluente em outro também poluente, porém, dependendo da quan- tidade de SO2 que será formada, é melhor que se tenha esse último do que o odor desagradável do H2S (CETESB, 1990b). Figura 21 – Incinerador de chama direta. Fonte: ENS/UFSC. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 36 Figura 22 – Incinerador catalítico de uso industrial. Fonte: ENS/UFSC. Principais Princípios para a Depuração do Ar �� Gravitação. �� Separação por inércia. �� Filtração. �� Separação por meios líquidos. �� Processo eletrostático. �� Absorção e adsorção. �� Incineração e combustão catalítica. �� Biotratamento. Equipamentos de Coleta de MP (Aerossóis) Um dos problemas de maior importância na emissão de contaminantes gasosos é a retenção de partículas que se originam de gases residuais, que são responsáveis por um altonúmero de fe- nômenos, dependendo da concentração e tempo de exposição. Para a meteorologia, as partículas possuem um comportamento semelhante ao dos núcleos de condensação, o que favorece a forma- ção de neblinas, que modificam o microclima. Já na óptica sanitária, as partículas em suspensão são um grave perigo para pessoas com doenças bronquíticas crônicas. Fazendo uma análise para a vegetação, temos a obstrução dos estômatos e folhas, o que dificulta o desenvolvimento de mui- tas das atividades biológicas, como, por exemplo, a fotossíntese. Em suma, a retenção das partículas é um problema grave. Mecanismos de Coleta Para realizar a coleta de partículas, utiliza- mos os seguintes mecanismos: �� sedimentação gravitacional; �� força centrífuga; �� impactação; �� intercepção; �� difusão; �� força eletrostática; �� força térmica. Sedimentação gravitacional Este mecanismo de deposição é utilizado somente para partículas grandes (maiores que 20 μ). Impactação inercial Este mecanismo representa a “batida” da partícula contra um obstáculo, fazendo com que a partícula em movimento tenha uma diminui- ção de energia e se separe do fluxo gasoso que a transportava. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 37 Figura 23 – Impactação inercial. Fonte: ENS/UFSC. O mecanismo de impactação é realizado por meio de pequenos obstáculos secos ou úmi- dos. No obstáculo úmido, são utilizadas as gotas do líquido de lavagem. Já nos obstáculos secos, são utilizadas várias técnicas, como, por exemplo, obstáculos cilíndricos, esféricos, chatos, elipsódi- cos etc. A impactação inercial se restringe a partí- culas maiores que 1 μ (em diâmetro). Força centrífuga Técnica utilizada em partículas que estão em movimento em trajetória circular, fazendo com que elas se afastem do centro do círculo e, no caso de ciclones, se dirijam às paredes dele. A coleta por força centrífuga, na prática, é realizada em partículas de 5 a 10 μ. Em geral, os coletores centrífugos (ciclones) são utilizados como pré-coletores. Intercepção Mecanismo de coleta que pode ser conside- rado um caso limite da impactação, exatamente por representar o mecanismo de coleta para as partículas que, ao atingirem o obstáculo, estão a uma distância igual ao seu diâmetro, ou seja, as partículas que “raspam” o coletor. Figura 24 – Interceptação. Fonte: ENS/UFSC. Difusão Importante técnica por se tratar de um me- canismo de difusão mais eficaz à medida que o ta- manho das partículas diminui, não apresentando importância para as partículas maiores que 1 μm em diâmetro. Partículas menores, devido à sua energia térmica, estão em constante movimento, similarmente ao que ocorre com as moléculas de um gás, fenômeno chamado browniano. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 38 Figura 25 – Difusão. Fonte: ENS/UFSC. Força eletrostática Técnica de coleta que ocorre essencialmen- te em precipitadores eletrostáticos. Sua impor- tância se estende a outros tipos de equipamen- to de controle de poluição do ar, como os filtros de tecido, visto que as partículas podem ter, na ausência de campo elétrico, cargas elétricas po- sitivas ou negativas. De acordo com a lei de Cou- lomb, a força eletrostática é expressa por: O carregamento elétrico de partículas ocor- re não só por ação do campo elétrico, o qual é im- portante para partículas de tamanho maior que 0,5 μm em diâmetro, mas também por difusão, que age mais intensamente em partículas peque- nas (menores que 0,2 μm). Para as partículas com diâmetro entre 0,2 μm e 0,5 μm, o carregamento elétrico ocorre tanto por ação do campo elétrico quanto por difusão. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 39 O Decreto Estadual nº 8.468/1976 estabele- ceu os padrões de qualidade do ar estaduais em 1976. Já os padrões nacionais foram estabeleci- dos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da Resolução CONAMA nº 03/1990. Com o passar dos anos, os conhecimentos técnicos e científicos evoluíram, fazendo com que a União Europeia e os Estados Unidos revisassem suas referências, atualizando e incluindo os pa- drões. Em 2005, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou os padrões de qualidade do ar, que oscilam de acordo com a abordagem adota- da para equilibrar riscos à saúde, viabilidade téc- nica, considerações econômicas e vários outros fatores políticos e sociais. O estado de São Paulo iniciou um proces- so de revisão dos padrões de qualidade do ar em 2008. Os padrões foram baseados nas diretrizes estabelecidas pela OMS, com participação de representantes de diversos setores da socieda- de. A consequência foi a publicação do Decreto Estadual nº 59.113, de 23 de abril de 2013, que estabelece novos padrões de qualidade do ar por meio de um conjunto de metas gradativas e progressivas para que a poluição atmosférica seja reduzida a níveis desejáveis ao longo do tempo. De acordo com o decreto, estabeleceu-se que a administração da qualidade do ar no território do estado de São Paulo será efetuada por meio de padrões de qualidade do ar, observados os se- guintes critérios: 3.3 Legislação �� Metas Intermediárias (MIs): estabeleci- das como valores a ser cumpridos em etapas, visando à melhoria gradativa da qualidade do ar no estado de São Pau- lo, com base na busca pela redução das emissões de fontes fixas e móveis, em linha com os princípios do desenvolvi- mento sustentável; �� Padrões Finais (PFs): padrões determi- nados pelo melhor conhecimento cien- tífico para que a saúde da população seja preservada ao máximo em relação aos danos causados pela poluição at- mosférica. A tabela a seguir apresenta os padrões de qualidade do ar estabelecidos no Decreto Esta- dual nº 59.113/2013. Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 40 Tabela 3 – Padrões estaduais de qualidade do ar (Decreto Estadual nº 59.113/2013). Poluente Tempo de amostragem MI1 (µg/m³) MI2 (µg/m³) MI3 (µg/m³) PF (µg/m³) Partículas inaláveis (MP10) 24 horas MAA1 120 40 100 35 75 30 50 20 Partículas inaláveis finas (MP2,5) 24 horas MAA1 60 20 50 17 37 15 25 10 Dióxido de enxofre (SO2) 24 horas MAA1 60 40 40 30 30 20 20 - Dióxido de nitrogênio (NO2) 1 hora MAA1 260 60 240 50 220 45 200 40 Ozônio (O3) 8 horas 140 130 120 100 Monóxido de carbono (CO) 8 horas - - - 9 ppm Fumaça (FMC)* 24 horas MAA1 120 40 100 35 75 30 50 20 Partículas Totais em Suspensão (PTSs)* 24 horas MGA2 - - - - - - 240 80 Chumbo (Pb)** MAA1 - - - 0,5 Fonte: Cetesb (2013). Notas: 1 Média aritmética anual. 2 Média geométrica anual. * Fumaça e partículas totais em suspensão: parâmetros auxiliares a ser utilizados apenas em situações específicas, a critério da Cetesb. ** Chumbo: a ser monitorado apenas em áreas específicas, a critério da Cetesb. As MIs devem ser obedecidas em três eta- pas, assim determinadas (CETESB, 2013): �� Meta Intermediária Etapa 1 (MI1): valo- res de concentração de poluentes at- mosféricos que devem ser respeitados a partir de 24 de abril de 2013; �� Meta Intermediária Etapa 2 (MI2): valo- res de concentração de poluentes at- mosféricos que devem ser respeitados subsequentemente à MI1, que entrará em vigor após avaliações realizadas na etapa 1, reveladas por estudos técnicos apresentados pelo órgão ambiental estadual, convalidados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema); �� Meta Intermediária Etapa 3 (MI3): valo- res de concentração de poluentes at- mosféricos que devem ser respeitados nos anos subsequentes à MI2, sendo que o início de sua vigência e seu prazo de duração serão definidos pelo Conse- ma, com base nas avaliações realizadas na etapa 2. Os PFs são aplicados sem etapas interme-diárias quando não são estabelecidas MIs, como no caso do CO, PTSs e chumbo. Para os demais Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 41 poluentes, passam a valer a partir do final do pra- zo de duração do MI3 (CETESB, 2013). A legislação estadual (Decreto Estadual nº 59.113/2013) estabelece também critérios para episódios agudos de poluição do ar. A declara- ção dos estados de atenção, alerta e emergência, além dos níveis de concentração ultrapassados, requer a previsão de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes. Tabela 4 – Critérios para episódios agudos de poluição do ar (Decreto Estadual nº 59.113/2013). Parâmetro Atenção Alerta Emergência Partículas inaláveis finas (µg/m3) – 24h 125 210 250 Partículas inaláveis (µg/m3) – 24h 250 420 500 Dióxido de enxofre (µg/m3) – 24h 800 1.600 2.100 Dióxido de nitrogênio (µg/m3) – 1h 1.130 2.260 3.000 Monóxido de carbono (ppm) – 8h 15 30 40 Ozônio (µg/m3) – 8h 200 400 600 Fonte: Cetesb (2013). Todos os padrões federais de qualidade do ar, assim como os critérios para episódios agudos de poluição do ar, estabelecidos na Resolução CONAMA nº 03/1990 podem ser vistos em: www. mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390. html. Índice de Qualidade do Ar e Saúde Índice criado por uma experiência desen- volvida nos Estados Unidos, que é uma ferramen- ta matemática criada para facilitar o processo de divulgação da qualidade do ar. Veja, a seguir, os parâmetros contemplados pela estrutura do índice utilizado pela Cetesb: �� MP10; �� MP2,5; �� FMC; �� O3; �� CO; �� NO2; �� SO2. Saiba que, para cada poluente medido, é calculado um índice, que é um valor adimensio- nal. De acordo com o índice obtido, o ar recebe uma qualificação, que é uma nota para a qualida- de do ar, além de uma cor, conforme apresentado na tabela a seguir: Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 42 Tabela 5 – Estrutura do índice de qualidade do ar. Fonte: Cetesb. A qualidade do ar é classificada como boa quando os valores guias estabelecidos pela OMS (PFs estabelecidos no Decreto Estadual nº 59.113/2013) estão sendo atendidos. Para divul- gação, são utilizados os valores do índice mais elevado, ou seja, a sua classificação é determina- da pelo maior índice (pior caso). Essa qualificação do ar está associada a efeitos à saúde, portanto in- depende do padrão de qualidade em vigor, e será sempre realizada conforme o quadro a seguir: Quadro 5 – Qualidade do ar e efeitos à saúde. Fonte: Cetesb. Para ilustrar com mais elementos, a legisla- ção vigente segue a Resolução CONAMA nº 005, de 15 de junho de 1989. Veja: RESOLUÇÃO/conama/N.º 005 de I5 de junho de 1989 Publicada no D.O.U, de 30/08/89, Seção I, Pág. 15.048 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AM- BIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso VII, do Art. 8º, da Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 e o Art 48, do Decreto nº 88.351 de 01 de ju- nho de 1983, Considerando o acelerado crescimento urbano e industrial brasileiro e da frota de veículos automotores; Considerando o progressivo e decorrente aumento da poluição atmosférica princi- palmente nas regiões metropolitanas; Considerando seus reflexos negativos sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente; Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 43 Considerando as perspectivas de conti- nuidade destas condições e, Considerando a necessidade de se esta- belecer estratégias para o controle, pre- servação e recuperação da qualidade do ar, válidas para todo o território nacio- nal, conforme previsto na Lei 6.938 de 31.08.81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, RESOLVE: I - Instituir o Programa Nacional de Con- trole da Qualidade do Ar - PRONAR, como um dos instrumentos básicos da gestão ambiental para proteção da saúde e bem estar das populações e melhoria da qua- lidade de vida com o objetivo de permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segu- ra, pela limitação dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição at- mosférica com vistas a: a) uma melhoria na qualidade do ar; b) o atendimento aos padrões estabele- cidos; c) o não comprometimento da qualidade do ar em áreas consideradas não degra- dadas. 2 - ESTRATÉGIAS A estratégia básica do PRONAR é limitar, à nível nacional, as emissões por tipologia de fontes e poluentes prioritários, reser- vando o uso dos padrões de qualidade do ar como ação complementar de con- trole. 2.I - LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO Entende-se por limite máximo de emis- são a quantidade de poluentes permissí- vel de ser lançada por fontes poluidoras para a atmosfera. Os limites máximos de emissão serão di- ferenciados em função da classificação de usos pretendidos para as diversas áreas e serão mais rígidos para as fontes novas de poluição. 2.1.1 - Entende-se por fontes novas de poluição aqueles empreendimentos que não tenham obtido a licença prévia do órgão ambiental licenciador na data de publicação desta Resolução. Os limites máximos de emissão aqui des- critos serão definidos através de Resolu- ções específicas do CONAM A. 2.2 - ADOÇÃO DE PADRÕES NACIONAIS DE QUALIDADE DO AR Considerando a necessidade de uma ava- liação permanente das ações de controle estabelecidas no PRONAR, é estratégica a adoção de padrões de qualidade do ar como ação complementar e referencial aos limites máximos de emissão estabe- lecidos. 2.2.1 - Ficam estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar: os primários e os secundários. a) São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população, podendo ser entendidos como níveis máximos toleráveis de con- centração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e mé- dio prazo. b) São padrões secundários de qualida- de do ar, as concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem es- tar da população, assim como o mínimo dano à fauna e flora aos materiais e meio ambiente em geral, podendo ser enten- didos como níveis desejados de concen- tração de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo. Os padrões de qualidade do ar aqui escri- tos serão definidos através de Resolução específica do CONAMA. 2.3 - PREVENÇÃO DE DETERIORAÇÃO SIG- NIFICATIVA DA QUALIDADE DO AR Para a implementação de uma política de não deterioração significativa da quali- dade do ar em todo o território nacional, suas áreas serão enquadradas de acordo com a seguinte classificação de usos pre- tendidos: Classe I: Áreas de preservação, lazer e turismo, tais como Parques Nacionais e Estaduais, Reservas e Estações Ecológi- cas, Estâncias Hidrominerais e Hidroter- mais. Nestas áreas deverá ser mantida a qualidade do ar em nível o mais próximo possível do verificado sem a intervenção antropogênica. Classe II : Áreas onde o nível de deteriora- ção da qualidade do ar seja limitado pelo padrão secundário de qualidade. Classe III : Áreas de desenvolvimento onde o nível de deterioração da qualida- de do ar seja limitado pelo padrão primá- rio de qualidade. Através de Resolução específica do CO- NAMA serão definidas as áreas Classe I e Classe III, sendo as demais consideradas Classe II. 2.4 - MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 44 Considerando a necessidade de conhe- cer e acompanhar os níveis de qualidade do ar no país, como forma de avaliação das ações de controle estabelecidas pelo PRONAR, é estratégica a criação de uma Rede Nacional de monitoramento da Qualidade do Ar. Nestes termos, será estabelecida uma Rede Básica e Monitoramento que per- mitirá o acompanhamento dos níveis de qualidade do ar e sua comparação com os respectivos padrões estabelecidos. 2.5 - GERENCIAMENTO DO LICENCIA- MENTO DE FONTES DE POLUIÇÃODO AR Considerando que o crescimento indus- trial e urbano, não devidamente plane- jado, agrava as questões de poluição do ar, é estratégico estabelecer um sistema de disciplinamento da ocupação do solo baseado no licenciamento prévio das fontes de poluição. Por este mecanismo o impacto de atividades poluidoras poderá ser analisado previamente, prevenindo uma deterioração descontrolada da qua- lidade do ar. 2.6 - INVENTÁRIO NACIONAL DE FONTES E POLUENTES DO AR Como forma de subsidiar o PRONAR, no que tange às cargas e locais de emissão de poluentes, é estratégica a criação de um Inventário Nacional de Fontes e Emis- sões objetivando o desenvolvimento de metodologias que permitam o cadastra- mento e a estimativa das emissões, bem como o devido processamento dos da- dos referentes às fontes de poluição do ar. 2.7 - GESTÕES POLÍTICAS Tendo em vista a existência de interfaces com os diferentes setores da sociedade, que se criam durante o estabelecimento e a aplicação de medidas de controle da poluição do ar é estratégia do PRONAR que o Instituto Brasileiro do Meio Am- biente e dos Recursos Naturais Renová- veis - IB AMA coordene gestões junto aos órgãos da Administração Pública Direta ou Indireta. Federais, Estaduais ou Mu- nicipais e Entidades Privadas, no intuito de se manter um permanente canal de comunicação visando viabilizar a solução de questões pertinentes. 2.8 - DESENVOLVIMENTO NACIONAL NA ÁREA DE POLUIÇÃO DO AR A efetiva implantação do PRONAR está intimamente correlacionada com a capa- citação técnica dos órgãos ambientais e com o desenvolvimento tecnológico na área de poluição do ar. Nestes termos, é estratégia do PRONAR promover junto aos órgãos ambien- tais meios de estruturação de recursos humanos e laboratoriais a fim de se de- senvolverem programas regionais que viabilizarão o atendimento dos objetivos estabelecidos. Da mesma forma o desenvolvimento científico e tecnológico em questões re- lacionadas com a poluição atmosférica envolvendo órgãos ambientais, universi- dades, setor produtivo e demais institui- ções afetas à questão, deverá ser propi- ciado pelo PRONAR como forma de criar novas evidências científicas que possam ser úteis ao Programa. 2.9 - AÇÕES DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO. Considerando que os recursos disponí- veis para a implementação do PRONAR são finitos, é estratégico que se definam metas de curto, médio e longo prazo para que se dê prioridade à alocação des- ses recursos. Nestes termos, fica definida como seqüência de ações: a) A Curto Prazo: . Definição dos limites de emissão para fontes poluidoras prioritárias; . Definição dos padrões de qualidade do ar . Enquadramento das áreas na classifica- ção de usos pretendidos; . Apoio a formulação dos Programas Esta- duais de Controle de Poluição do Ar; . Capacitação Laboratorial; . Capacitação de Recursos Humanos. b) A Médio Prazo: . Definição dos demais limites de emissão para fontes poluidoras; . Implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar; . Criação do Inventário Nacional de Fon- tes e Emissões; . Capacitação Laboratorial (continuida- de); . Capacitação de Recursos Humanos (con- tinuidade). c) A Longo Prazo: . Capacitação laboratorial (continuidade): . Capacitação de Recursos Humanos (con- tinuidade); . Avaliação e Retro-avaliação do PRONAR. 3 - INSTRUMENTOS Para que as ações de controle definidas pelo PRONAR possam ser concretizadas Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 45 a nível nacional, ficam estabelecidos al- guns instrumentos de apoio e operacio- nalização. 3.1 - SÃO INSTRUMENTOS DO PRONAR: . Limites máximos de emissão; . Padrões de Qualidade do Ar; . PROCONVE - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automoto- res, criado pela Resolução CONAMA Nº 018/86; . PRONACOP - Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial; . Programa Nacional de Avaliação da Qua- lidade do Ar; . Programa Nacional de Inventário de Fontes Poluidoras do Ar . Programas Estaduais de Controle da Po- luição do Ar. 4 - DISPOSIÇÕES GERAIS . Compete ao IBAMA o gerenciamento do PRONAR. . Compete ao IBAMA o apoio na formu- lação dos programas de controle, avalia- ção e inventário que instrumentalizam o PRONAR. . Compete aos Estados o estabelecimen- to e implementação dos Programas Esta- duais de Controle da Poluição do Ar, em conformidade com o estabelecido no PRONAR. . Sempre que necessário, os limites máxi- mos de emissão poderão ter valores mais rígidos, fixados a nível estadual. . Sempre que necessário, poderão ser adotadas ações de controle complemen- tares. As estratégias de controle de poluição do ar estabelecidas no PRONAR estarão su- jeitas a revisão a qualquer tempo, tendo em vista a necessidade do atendimento dos padrões nacionais de qualidade do ar. 5 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 3.4 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), Vimos, neste capítulo, algumas tecnologias de controle de poluição do ar. De acordo com De Ne- vers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resume a três momentos: �� emissão de poluentes na atmosfera; �� transporte, diluição e modificação química ou física dos poluentes na atmosfera; �� imissão dos poluentes. Observamos que são utilizadas duas técnicas para controlar a emissão de poluentes atmosféricos (e odores) nos processos industriais. São elas: �� métodos indiretos; �� métodos diretos ou técnicas de tratamento. Tratamos também de alguns equipamentos de controle de MP, como os coletores secos e úmidos, bem como abordamos alguns itens da legislação, como o Decreto Estadual nº 8.468/1976, que estabele- Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 46 ceu os padrões de qualidade do ar estaduais em 1976. Já os padrões nacionais foram estabelecidos pelo Ibama e aprovados pelo Conama por meio da Resolução CONAMA nº 03/1990. Com o passar dos anos, os conhecimentos técnicos e científicos evoluíram, fazendo com que a União Europeia e os Estados Unidos revisassem suas referências, atualizando e incluindo os padrões. 3.5 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se fixou bem o conteúdo; assim, responda às perguntas a seguir conforme o seu entendimento. 1. Como podemos descrever o processo de poluição do ar? Quais são as técnicas utilizadas para controlar a emissão de poluentes atmosféricos nos processos industriais? 2. Diferencie as medidas indiretas das medidas diretas de tratamento do ar. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 47 CAPÍTULO 1 1. Poluente atmosférico é toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legisla- ção, que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (CETESB, 2012). Com o intuito de facilitar essa classificação, dividimos os poluentes em duas categorias: �� poluentes primários: são os poluentes emitidos diretamente pelas fontes de emissão; �� poluentes secundários: são os poluentes formados na atmosfera por meio de reações químicas entre os poluentes primários e seus componentes naturais. 2. A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultra- violeta, além de conter gases que são utilizados nos processos vitais, como a respiração celular e o fornecimento da água necessária para a vida. A atmosfera é subdividida em camadas, de acordo com o perfil vertical médio de temperatura. Temos: �� troposfera; �� estratosfera; �� mesosfera; �� termosfera; �� exosfera. 3. Os poluentes que servem como indicadores da qualidade do ar, adotados universalmente e que foram escolhidos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos adversos,são: �� MP; �� SO2; �� CO; �� oxidantes fotoquímicos, como o O3; �� HCs; �� NOx. RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS Cristiano Alves de Carvalho Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 48 CAPÍTULO 2 1. Temos: 2. Podemos dividir as fontes que causam poluição do ar em: �� fontes fixas: os aterros, indústrias, entre outras; �� fontes móveis: em geral, os meios de transporte. 3. São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Para o homem, a poluição atmosféri- ca prejudica o sistema respiratório, causando ou até mesmo agravando diversas doenças crôni- cas, como, por exemplo, asma, infecções nos pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, entre outras. Os poluentes atmosféricos também afetam a vegetação de duas maneiras: �� diretamente: ocorre com a destruição dos tecidos das folhas das plantas, pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo O3, causando a redução da área fotossintética; �� indiretamente: ocorre com a acidificação dos solos e, consequentemente, com a redução de nutrientes e a liberação de substâncias nocivas às plantas, acarretando uma menor pro- dutividade e uma maior exposição a pragas e doenças. CAPÍTULO 3 1. De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resume a três momentos: �� emissão de poluentes na atmosfera; �� transporte, diluição e modificação química ou física dos poluentes na atmosfera; �� imissão dos poluentes. Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 49 Fonte: Kawano. Para controlar a emissão de poluentes atmosféricos (e odores) nos processos industriais, utiliza- mos duas técnicas. São elas: �� métodos indiretos; �� métodos diretos ou técnicas de tratamento. 2. Nas medidas indiretas, o controle é efetuado com a modificação do equipamento/processo, modificação das matérias-primas por outras que causam menos impacto ambiental, manuten- ção dos equipamentos etc., visando a prevenir o escape ou formação dos gases, sendo, geral- mente, as chamadas “tecnologias limpas”. Já as medidas diretas incluem técnicas destrutivas, como incineração e biofiltração, e técnicas recuperativas, como absorção, adsorção e conden- sação (KHAN; GHOSHAL, 2000; SCHIRMER; LISBOA, 2003). Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 51 ALESSANDRO, M.; SCHULTZ, E. Airborne dust pollution in Mendoza, Argentina. In: CLIMATE AND ENVIRONMENTAL CHANGE – PRE-REGIONAL CONFERENCE MEETING OF THE COMMISSION ON CLIMATOLOGY, 1998, Lisboa. Proceedings... Lisboa: International Geographical Union – Comission on Climatology, 1998. p. 15-16. ALONSO, C. et al. Dynamic mathematical model for the biodegradation of VOC’s in a biofilter: biomass accumulation study. Environmental Science Technology, v. 32, n. 20, p. 3118-3123, 1998. ALVA, E. N. Metrópoles da América Latina: processos e políticas. MELLO E SILVA, S. B.; GMÜNDER, U. (Orgs.). Metrópoles e desenvolvimento sustentável. Salvador: ICBA, 1996. p. 39-54. ASSUNÇÃO, J. V. 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