Buscar

Tecnologia de Tratamento do Ar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tecnologia de 
Tratamento da 
Poluição do Ar
Cristiano Alves de Carvalho
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologia de Trata-
mento da Poluição do Ar, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendiza-
do dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar 
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 A ATMOSFERA ........................................................................................................................................ 7
1.1 Composição da Atmosfera ..........................................................................................................................................7
1.2 Estrutura Vertical da Atmosfera .................................................................................................................................9
1.3 Poluentes Atmosféricos .............................................................................................................................................10
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................13
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................14
2 FONTES DE POLUIÇÃO DO AR ................................................................................................... 15
2.1 Fontes Fixas .....................................................................................................................................................................15
2.2 Fontes Móveis ................................................................................................................................................................18
2.3 Efeitos da Poluição do Ar ...........................................................................................................................................18
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................22
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................23
3 TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR ............................................... 25
3.1 Medidas Indiretas ........................................................................................................................................................26
3.2 Medidas Diretas .............................................................................................................................................................27
3.3 Legislação ........................................................................................................................................................................39
3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................45
3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................46
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 47
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 51
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Após a Revolução Industrial, a poluição do ar tornou-se um sério problema para o meio ambiente 
e, consequentemente, para nossa sociedade. O uso de técnicas baseadas na queima de carvão, lenha e, 
posteriormente, óleo combustível resultou na perda gradativa da qualidade do ar nos grandes centros 
urbanos industriais, com danos à saúde de seus habitantes. 
A quantidade de poluentes na atmosfera é considerada atualmente um dos mais importantes indi-
cadores ambientais para determinar as condições de saúde pública, devido à responsabilidade que tais 
contaminantes têm em muitas patologias respiratórias (GALVÃO et al., 1998).
Alguns fatores influenciam o nível de concentração de partículas no ar. São eles:
�� taxa de emissão do poluente;
�� condições meteorológicas;
�� topografia local. 
Nossa sociedade é extremamente dependente da utilização de combustíveis fósseis e sua combus-
tão incompleta libera carcinógenos humanos, como os hidrocarbonetos poliaromáticos, sendo a atmos-
fera o principal meio de transporte de contaminantes químicos nos grandes centros urbanos. Romero 
(1998) reforça a ideia de que a poluição atmosférica é um dos problemas urbanos de maior complexida-
de.
Os principais objetivos desta apostila são:
�� caracterizar e indicar a importância da atmosfera terrestre;
�� identificar medidas para redução da emissão de poluentes na atmosfera; 
�� classificar os tipos de poluente e seus principais efeitos; 
�� identificar condições de proteção à saúde e ao meio ambiente;
�� indicar as principais tecnologias de tratamento do ar;
�� indicar a legislação vigente. 
Desejo a você um bom estudo e um ótimo aprendizado.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7
A ATMOSFERA 1
Caro(a) aluno(a),
Sabe-se que a Terra é envolvida por uma 
camada fina de gases e Material Particulado (MP) 
(aerossóis), chamada atmosfera, que possui cerca 
99% de sua massa contida em uma camada de 
aproximadamente 0,25% do diâmetro do planeta 
(cerca de 32 km) que é primordial para a vida e a 
manutenção dos processos biológicos e físicos na 
Terra. 
A atmosfera é responsável pela proteção 
dos organismos contra a exposição de radiação 
ultravioleta, além de conter gases que são utili-
zados nos processos vitais, como a respiração ce-
lular e o fornecimento da água necessária para a 
vida. 
1.1 Composição da Atmosfera 
Saiba que a composição do ar não é cons-
tante, ou seja, ela está em constante mudança. 
Caso ocorresse a remoção do vapor-d’água, das 
partículas suspensas e de certos gases variáveis 
que estão presentes em quantidades mínimas, 
seria possível encontrarmos uma composição es-
tável sobre a Terra, até uma altitude de aproxima-
damente 80 km.
Figura 1 – Composição do ar seco.
Fonte: Universidade Federal do Paraná.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
Tabela 1 – Principais gases do ar seco.
 Gás Porcentagem  Partes por milhão
Nitrogênio 78,08 780.000,0
Oxigênio 20,95 209.460,0
Argônio 0,93 9.340,0
Dióxido de carbono 0,035 350,0
Neônio 0,0018 18,0
Hélio 0,00052 5,2
Metano 0,00014 1,4
Criptônio 0,00010 1,0
Óxido nitroso 0,00005 0,5
Hidrogênio 0,00005 0,5
Ozônio 0,000007 0,07
Xenônio0,000009 0,09
Fonte: Universidade Federal do Paraná
O ar seco e limpo é constituído essencial-
mente por nitrogênio e oxigênio e, embora te-
nhamos uma quantidade significativa desses 
elementos, eles têm pouca influência sobre os 
fenômenos do tempo, o que nos mostra que a 
importância de um gás não está vinculada à sua 
abundância relativa. Veja o exemplo do dióxido 
de carbono (CO2), que ocorre em pequenas con-
centrações, mas é de grande interferência para os 
fenômenos meteorológicos ou para a vida, como 
na reação de fotossíntese:
Figura 2 – Reação de fotossíntese.
Fonte: Unesp.
AtençãoAtenção
A atmosfera é responsável pela proteção dos 
organismos contra a exposição de radiação 
ultravioleta, além de conter gases que são uti-
lizados nos processos vitais, como a respiração 
celular e o fornecimento da água necessária 
para a vida.
Como vimos anteriormente, a atmosfera 
terrestre contém gases e aerossóis, que são pe-
quenas partículas, líquidas e sólidas. Temos al-
guns aerossóis – cristais de gelo e gotículas de 
água – que são visíveis em forma de nuvens. É na 
baixa atmosfera que encontramos a maior con-
centração de aerossóis.
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
9
Uma das características do ar é a sua com-
pressibilidade, isto é, seu volume e sua densida-
de são variáveis. A força gravitacional exerce uma 
compressão na atmosfera, fazendo com que a 
máxima densidade do ar ocorra na superfície da 
Terra. Vale lembrar que a densidade é o quociente 
da massa pelo volume. Veja o gráfico a seguir, que 
ilustra o efeito da altitude na pressão.
Figura 3 – Altitude x pressão.
Fonte: Universidade Federal do Paraná.
A atmosfera é subdividida em camadas, de 
acordo com o perfil vertical médio de temperatu-
ra. Vamos estudar cada camada. Temos:
�� troposfera: é nesta camada, que é a 
menos espessa e a mais densa, que vi-
vemos. Sua temperatura diminui apro-
ximadamente 6,4 °C por cada 1.000 m 
de altitude, até atingir -60 ˚C na altura 
máxima. A tropopausa, que fica locali-
zada entre a troposfera e a estratosfera, 
é a região de mudança entre essas duas 
camadas;
�� estratosfera: nesta camada, ocorre um 
aumento pequeno da temperatura 
1.2 Estrutura Vertical da Atmosfera 
com a altitude e, somente a partir de 20 
km de altitude, ocorre um aumento de 
temperatura considerável, pois é onde 
está situada a camada de ozônio (O3). 
Esta camada atinge 50 km de altura. A 
estratopausa, que fica localizada entre 
a estratosfera e a mesosfera, é a região 
de mudança entre essas duas camadas. 
Nessa região, a temperatura é constan-
te;
�� mesosfera: a temperatura sobe no iní-
cio, porém diminui com o aumento da 
altitude, atingindo -90 ºC. Na mesosfe-
ra, o ar é muito turbulento e mais ra-
refeito. Esta camada atinge 80 km de 
altura. A mesopausa, que fica localiza-
da entre a mesosfera e a termosfera, é 
a região de mudança entre essas duas 
camadas. Nessa região, a temperatura é 
constante;
�� termosfera: com o ar rarefeito, a tempe-
ratura aumenta muito, atingindo mais 
de 500 ºC. Esta camada é subdividida 
em duas partes: ionosfera (entre 80 e 
550 km) e exosfera (parte exterior da at-
mosfera, que se dilui no espaço a partir 
de 1.000 km de altitude). Esta camada 
atinge alturas acima de 500 km de al-
tura. A termopausa, que fica localizada 
entre a termosfera e a exosfera, é a re-
gião de mudança entre essas duas ca-
madas. Nessa região, a temperatura é 
constante;
�� exosfera: por ser a última camada da 
atmosfera, ela se assemelha ao vazio. 
Constituída basicamente por metade 
de gás hélio e metade de hidrogênio, é 
aqui que orbitam os satélites artificiais.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
Figura 4 – Camadas da atmosfera.
Fonte: http://arquerespiramos.weebly.com/a-atmosfera-e-as-suas-camadas.html.
1.3 Poluentes Atmosféricos
Poluente atmosférico é toda forma de maté-
ria ou energia com intensidade e em quantidade, 
concentração, tempo ou características em desa-
cordo com os níveis estabelecidos em legislação, 
que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo 
ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar 
público, danoso aos materiais, à fauna e à flora 
ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da pro-
priedade e às atividades normais da comunidade 
(CETESB, 2012). 
Para medir o nível de poluição atmosférica, 
quantificamos as substâncias poluentes presentes 
no ar. Devido à grande variedade de substâncias 
presentes na atmosfera, tornou-se difícil a tarefa 
de estabelecer uma classificação desses poluen-
tes. Com o intuito de facilitar essa classificação, 
dividimos os poluentes em duas categorias:
�� poluentes primários: são os poluentes 
emitidos diretamente pelas fontes de 
emissão;
�� poluentes secundários: são os poluen-
tes formados na atmosfera por meio de 
reações químicas entre os poluentes 
primários e seus componentes naturais.
Podemos classificar as substâncias poluen-
tes em:
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
Quadro 1 – Classificação das substâncias poluentes.
Fonte: Cetesb (2012).
O nível de qualidade do ar depende da 
interação entre a atmosfera e as fontes de polui-
ção. A medição sistêmica da qualidade do ar está 
associada ao número de poluentes, que é estipu-
lado em função de sua relevância e dos meios dis-
poníveis para seu monitoramento. 
Os poluentes que servem como indicado-
res da qualidade do ar, adotados universalmen-
te e que foram escolhidos em razão da frequên-
cia de ocorrência e de seus efeitos adversos, são 
(CETESB, 2012):
�� MP;
�� dióxido de enxofre (SO2);
�� monóxido de carbono (CO);
�� oxidantes fotoquímicos, como o O3;
�� hidrocarboneto (HC);
�� óxido de nitrogênio (NOx).
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
12
Saiba maisSaiba mais
Descrição dos Poluentes
MP
MP, Partículas Totais em Suspensão (PTSs), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5) e fumaça 
(FMC). Sob a denominação geral de MP, se encontra um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fuma-
ças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno 
tamanho. 
SO2
Resulta principalmente da queima de combustíveis que contêm enxofre, como óleo diesel, óleo combustível 
industrial e gasolina. É um dos principais formadores da chuva ácida. 
CO
É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustíveis de origem orgânica (combus-
tíveis fósseis, biomassa etc.). Em geral, é encontrado em maiores concentrações nas cidades, sendo emitido 
principalmente por veículos automotores. 
O3 e Oxidantes Fotoquímicos
“Oxidante fotoquímico” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários formados pelas reações 
entre os óxidos de nitrogênio e os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), na presença de luz solar, sendo esses 
últimos liberados na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes. O principal produto dessa 
reação é o O3, por isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na 
atmosfera. 
HCs
São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e de outros produtos 
orgânicos voláteis. Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.
NOx e Dióxido de Nitrogênio (NO2)
São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente são os principais 
responsáveis pela emissão de óxidos de nitrogênio. 
Chumbo
Atualmente, o chumbo é encontrado em maior quantidade em locais específicos, como próximo a fundições 
de chumbo e indústrias de fabricação de baterias chumbo-ácido. A Companhia de Tecnologia de Saneamento 
Ambiental (Cetesb) monitora também os compostos de Enxofre Reduzido Total (ERT).
ERT
Sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, dimetil sulfeto e dimetil dissulfeto são, de maneira geral, os compos-
tos de enxofre reduzido mais frequentementeemitidos em operações de refinarias de petróleo, fábricas de 
celulose, plantas de tratamento de esgoto, produção de raiom/viscose, entre outras. As demais espécies de 
enxofre reduzido são encontradas em maior quantidade perto de locais específicos. O dissulfeto de carbono, 
por exemplo, é usado na fabricação de raiom/viscose e celofane. Os compostos de enxofre reduzido também 
podem ocorrer naturalmente no ambiente como resultado da degradação microbiológica de matéria orgânica 
contendo sulfatos, sob condições anaeróbias, e como resultado da decomposição bacteriológica de proteínas. 
Esses compostos produzem odor desagradável, semelhante ao de ovo podre ou repolho, mesmo em baixas 
concentrações. 
Fonte: Adaptado de Cetesb (2012).
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, tratamos de algumas características da atmosfera que envolve a Terra por meio de 
uma camada fina de gases e MP (aerossóis), a qual possui cerca 99% de sua massa contida em uma cama-
da de aproximadamente 0,25% do diâmetro do planeta (cerca de 32 km), que é primordial para a vida e 
a manutenção dos processos biológicos e físicos na Terra. 
A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultravio-
leta, além de conter gases que são utilizados nos processos vitais, como a respiração celular e o forneci-
mento da água necessária para a vida. Sua composição não é constante, ou seja, ela está em constante 
mudança.
Tabela 2 – Principais gases do ar seco.
 Gás Porcentagem  Partes por milhão
Nitrogênio 78,08 780.000,0
Oxigênio 20,95 209.460,0
Argônio 0,93 9.340,0
Dióxido de carbono 0,035 350,0
Neônio 0,0018 18,0
Hélio 0,00052 5,2
Metano 0,00014 1,4
Criptônio 0,00010 1,0
Óxido nitroso 0,00005 0,5
Hidrogênio 0,00005 0,5
Ozônio 0,000007 0,07
Xenônio 0,000009 0,09
  Fonte: Universidade Federal do Paraná.
O ar seco e limpo é constituído essencialmente por nitrogênio e oxigênio; embora tenhamos uma 
quantidade significativa desses elementos, eles têm pouca influência sobre os fenômenos do tempo, o 
que nos mostra que a importância de um gás não está vinculada à sua abundância relativa. 
A atmosfera terrestre contém gases e aerossóis, que são pequenas partículas, líquidas e sólidas. 
Temos alguns aerossóis – cristais de gelo e gotículas de água – que são visíveis em forma de nuvens. É na 
baixa atmosfera que encontramos a maior concentração de aerossóis.
Uma das características do ar é a sua compressibilidade, isto é, seu volume e sua densidade são 
variáveis. A atmosfera é subdividida em camadas, de acordo com o perfil vertical médio de temperatura. 
Temos:
�� troposfera;
�� estratosfera;
1.4 Resumo do Capítulo
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
�� mesosfera; 
�� termosfera; 
�� exosfera.
Vimos que poluente atmosférico é toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quan-
tidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, 
que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar públi-
co, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às 
atividades normais da comunidade (CETESB, 2012). 
Dividimos os poluentes em duas categorias: poluentes primários e poluentes secundários. Os po-
luentes que servem como indicadores da qualidade do ar, adotados universalmente e que foram escolhi-
dos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos adversos, são:
�� MP;
�� SO2;
�� CO;
�� oxidantes fotoquímicos, como O3;
�� HC;
�� NOx.
1.1 Subtítulo
Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se fixou bem o conteúdo; assim, responda às 
perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Defina poluente atmosférico e explique como podemos classificar os poluentes.
2. Qual é a importância da atmosfera para os seres vivos? Qual é o critério utilizado para classificar 
a atmosfera? Qual é essa classificação?
3. Quais são os poluentes que servem como indicadores da qualidade do ar?
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
Caro(a) aluno(a),
A poluição atmosférica é um problema 
mundial que pode afetar os mais diversos setores, 
como os bens materiais pelo processo de corro-
são, a qualidade das águas e do solo pelo proces-
so das chuvas ácidas, além de ser prejudicial à vi-
sibilidade. “O quadro de poluição do ar no Brasil é 
extremamente diverso”, declara o gerente de Qua-
lidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente, Ro-
dolfh Noronho. A dificuldade de estabelecer um 
FONTES DE POLUIÇÃO DO AR2
perfil nacional reside nas características de cada 
estado pela diversidade de recursos naturais, ati-
vidades econômicas, entre outras diferenças.
Podemos dividir as fontes que causam a po-
luição do ar em:
�� fontes fixas: os aterros, indústrias, en-
tre outros; 
�� fontes móveis: em geral, os meios de 
transporte.
2.1 Fontes Fixas
O homem, ao longo dos anos, vem destruin-
do a natureza com a desculpa de que o progresso 
não pode ser contido e, com isso, a natureza vem 
pagando um preço alto, sendo utilizada das mais 
variadas formas, por meio de agressões como: 
�� queimadas;
�� derrubadas de florestas;
�� descarte de lixo etc. 
Com a ocupação desordenada da superfí-
cie da Terra, aliada a um grande desenvolvimento 
econômico e ao avanço tecnológico e industrial, 
chegamos a um grande desequilíbrio na biosfera.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
Figura 5 – Evolução da população.
 
Fonte: Adaptado de Bossel (1994).
A Revolução Industrial dos séculos XVIII e 
XIX proporcionou o início da produção industrial 
moderna, por meio da utilização intensiva de má-
quinas, da criação de fábricas, dos movimentos 
de trabalhadores contra as condições desumanas 
de trabalho e das transformações rurais e urba-
nas, que se tornou o principal responsável pela 
degradação da natureza e do meio ambiente.
Os processos produtivos realizados pelas 
indústrias emitem poluentes, como, por exemplo, 
o enxofre, que é um dos componentes da chuva 
ácida, causadora de danos às florestas, às planta-
ções e, consequentemente, ao homem, que con-
some alimentos contaminados. Além disso, a chu-
va ácida emite um gás que sobe para a atmosfera, 
dificultando a renovação da camada de O3, que 
retém os raios ultravioletas do Sol, além de propi-
ciar a elevação da temperatura ambiente da Terra, 
derretendo as geleiras e aumentando o nível das 
marés. 
As indústrias produzem uma série de pro-
dutos que contêm componentes que agridem a 
atmosfera, como, por exemplo, um veneno cha-
mado diclorodifeniltricloroetano (DDT), que é um 
produto químico capaz de matar insetos que pre-
judicam as lavouras, além de matar os insetos não 
prejudiciais. O DDT é um produto que não é bio-
degradável, ou seja, ele é capaz de ser decompos-
to pela ação de organismos vivos e, como conse-
quência, é absorvido pelos alimentos, podendo 
causar doenças aos homens. 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
17
Figura 6 – Ciclo da poluição.
 
Fonte: Digital Vision.
Ao tratar das fontes fixas que causam a po-
luição atmosférica, Noronho destaca a Resolução 
CONAMA nº 382/2006, que define os limites má-
ximos de emissão de poluentes pelas indústrias 
que iniciaram atividade a partir de 2007. Para ele, 
faltava uma resolução que atingisse também as 
indústrias mais antigas, lacuna que foi preenchi-
da em 2011, durante a 104ª Reunião Ordinária do 
Conselho, em que ficaram estabelecidos novos 
padrões de emissão para as unidades industriais 
que entraram em funcionamento antes de 2007. 
O principal objetivo é a redução das emissões de 
poluentes aos padrões adotados para as novas 
plantas. “Essa resolução representa um ganho 
muito grande. Isso vai forçar uma inovação tecno-
lógica no Brasil, além de impactar de forma positi-
va naqualidade do ar”, destaca Noronho.
Temos também alguns instrumentos que 
são elaborados visando à melhoria ambiental, 
como o zoneamento ambiental, o licenciamento e 
a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras. Esses instrumentos estão previstos na 
Lei n° 6.938, de 31 de agosto 1981. Um dos prin-
cipais objetivos dessa lei é a melhoria, a preserva-
ção e a recuperação da qualidade ambiental, res-
peitando os princípios de racionalização do uso 
do ar e do controle e zoneamento das atividades 
poluidoras ou até mesmo com potencial para tal. 
Saiba maisSaiba mais
A Resolução CONAMA n° 8, de 6 de dezem-
bro de 1990, estabelece os limites máximos 
de emissão de poluentes do ar para proces-
sos de combustão externa em fontes fixas, 
como caldeiras, geradores de vapor, centrais 
para geração de energia elétrica, fornos, for-
nalhas, estufas e secadores para a geração 
e uso de energia térmica, incineradores e 
gaseificadores.
O Quadro 2 nos mostra os principais po-
luentes atmosféricos originários de atividades in-
dustriais: 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
18
Quadro 2 – Principais poluentes atmosféricos.
Fonte: Centro de Informação Metal Mecânica (CIMM).
De maneira geral, as fontes móveis são os 
meios de transporte, que são importantes fon-
tes de poluentes devido às emissões dos gases 
da combustão e também pela evaporação de 
combustíveis. As fontes móveis são as principais 
emissoras de NOx e CO e importantes emissoras 
2.2 Fontes Móveis
de CO2 e de COVs, além de emitirem alguns po-
luentes específicos, como o chumbo. O problema 
é tão sério que foi criado o Programa de Contro-
le da Poluição do Ar por Veículos Automotores 
(Proconve), que estabelece e atualiza todos os 
padrões para carros, ônibus e caminhões novos. 
2.3 Efeitos da Poluição do Ar
São muitas as consequências negativas da 
poluição do ar. Para o homem, a poluição atmos-
férica prejudica o sistema respiratório, causando 
ou até mesmo agravando diversas doenças crô-
nicas, como, por exemplo, asma, infecções nos 
pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, 
entre outras.
Os poluentes atmosféricos também afetam 
a vegetação, de duas maneiras: 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
19
�� diretamente: ocorre com a destruição 
dos tecidos das folhas das plantas, pela 
deposição seca de SO2, pelas chuvas 
ácidas ou pelo O3, causando a redução 
da área fotossintética;
�� indiretamente: ocorre com a acidifi-
cação dos solos e, consequentemente, 
com a redução de nutrientes e a libera-
ção de substâncias nocivas às plantas, 
acarretando uma menor produtivida-
de e uma maior exposição a pragas e 
doenças.
Quadro 3 – Efeitos dos principais poluentes na atmosfera.
Fonte: http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Apresentacao_Impactos_VII__%28Poluicao_do_Ar%29_53524.pdf.
AtençãoAtenção
A poluição atmosférica é um problema mundial que pode afetar os mais diversos setores, como os bens mate-
riais pelo processo de corrosão, a qualidade das águas e do solo pelo processo das chuvas ácidas, além de ser 
prejudicial à visibilidade.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
20
Vamos tratar, com mais detalhes, de alguns 
efeitos da poluição atmosférica.
Acidificação
O NOx, principal responsável pelo problema 
da acidificação, quando em contato com a água 
reage produzindo os ácidos sulfúrico e nítrico, os 
quais, quando dissolvidos na chuva e na neve, são 
lançados ao solo na forma de sulfatos, nitratos e 
íons de hidrogênio. A acidez é determinada pela 
concentração de íons de hidrogênio liberados 
pela reação de ionização dos ácidos.
Figura 7 – Chuva ácida.
Fonte: http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Apresentacao_Impactos_VII__%28Poluicao_do_Ar%29_53524.pdf. 
Efeito Estufa
Alguns gases são responsáveis pela absor-
ção da radiação terrestre, como o CO2, o metano 
(CH4), o O3, óxido nitroso (N2O) e os hidrocarbo-
netos clorofluorados (CFCs). O princípio é muito 
parecido com o de uma estufa de vidro, que deixa 
passar a radiação solar que aquece a Terra e retém 
a radiação terrestre, ou seja, o aumento na con-
centração desses poluentes tem como uma das 
consequências o aumento da temperatura do ar, 
resultando no degelo das calotas polares e na su-
bida do nível das águas dos oceanos.
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
21
Figura 8 – Efeito estufa.
Fonte: Brasilescola.
Redução da Camada de O3
A camada de O3, localizada na estratosfera, 
funciona como um filtro para a radiação ultravio-
leta, sendo essencial para a manutenção da vida 
no planeta Terra. As emissões de certas substân-
cias, como os CFCs e os hidrocarbonetos haloge-
nados (halons), deterioram a camada de O3, colo-
cando em risco a saúde do homem e a biosfera 
em geral. 
Figura 9 – Redução da camada de O3.
 
Fonte: S.O.S Planet.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
22
Caro(a) aluno(a),
Vimos, neste capítulo, que a poluição atmosférica é um problema mundial que pode afetar os mais 
diversos setores, como os bens materiais pelo processo de corrosão, a qualidade das águas e do solo pelo 
processo das chuvas ácidas, além de ser prejudicial à visibilidade. 
Podemos dividir as fontes que causam a poluição do ar em:
�� fontes fixas;
�� fontes móveis.
A ocupação desordenada da superfície da Terra, aliada a um grande desenvolvimento econômico e 
ao avanço tecnológico e industrial, nos levou a um grande desequilíbrio na biosfera. As indústrias produ-
zem uma série de produtos que contêm componentes que agridem a atmosfera. O Quadro 4 nos mostra 
os principais poluentes atmosféricos originários de atividades industriais: 
Quadro 4 – Principais poluentes atmosféricos.
Fonte: CIMM.
2.4 Resumo do Capítulo
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
23
De maneira geral, as fontes móveis são os meios de transporte, que são importantes fontes de 
poluentes devido às emissões dos gases da combustão e também pela evaporação de combustíveis. As 
fontes móveis são as principais emissoras de NOx e CO e importantes emissoras de CO2 e de COVs, além 
de emitirem alguns poluentes específicos, como o chumbo.
São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Para o homem, a poluição atmosférica 
prejudica o sistema respiratório, causando ou até mesmo agravando diversas doenças crônicas, como, 
por exemplo, asma, infecções nos pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, entre outras.
Os poluentes atmosféricos também afetam a vegetação de duas maneiras: 
�� diretamente;
�� indiretamente.
Tratamos, com mais detalhes, de alguns efeitos da poluição atmosférica, tais como:
�� acidificação: o NOx, principal responsável pelo problema da acidificação, quando em contato 
com a água reage produzindo os ácidos sulfúrico e nítrico, os quais, quando dissolvidos na chu-
va e na neve, são lançados ao solo na forma de sulfatos, nitratos e íons de hidrogênio;
�� efeito estufa: alguns gases são responsáveis pela absorção da radiação terrestre, como o CO2, 
o CH4, o O3, o N2O e os CFCs. O princípio é muito parecido com o de uma estufa de vidro, que 
deixa passar a radiação solar que aquece a Terra e retém a radiação terrestre, ou seja, o au-
mento na concentração desses poluentes tem como uma das consequências o aumento da 
temperatura do ar, resultando no degelo das calotas polares e na subida do nível das águas dos 
oceanos;
�� redução da camada de O3: a camada de O3, localizada na estratosfera, funciona como um filtro 
para a radiação ultravioleta, sendo essencial para a manutenção da vida no planeta Terra. As 
emissões de certas substâncias, como os CFCs e os halons, deterioram a camada de O3, colo-
cando em risco a saúde do homem e a biosfera em geral. 
2.5 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificarse fixou bem o conteúdo; assim, responda às 
perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Cite três poluentes atmosféricos, indicando os efeitos nocivos à saúde humana e ao meio am-
biente.
2. Como podemos dividir as fontes de poluição do ar?
3. Quais são as principais consequências da poluição da atmosfera para a vida em nosso planeta?
 
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
25
Caro(a) aluno(a),
De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld 
(1995), o processo de poluição do ar se resume a 
três momentos: 
TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA 
POLUIÇÃO DO AR3
�� emissão de poluentes na atmosfera; 
�� transporte, diluição e modificação quí-
mica ou física dos poluentes na atmos-
fera; 
�� imissão dos poluentes.
Figura 9 – Processo de poluição do ar.
 
Fonte: Kawano.
Para controlar a emissão de poluentes at-
mosféricos (e odores) nos processos industriais, 
utilizamos duas técnicas. São elas: 
�� métodos indiretos;
�� métodos diretos ou técnicas de trata-
mento. 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
26
O controle é efetuado com a modificação 
do equipamento/processo, modificação das ma-
térias-primas por outras que causam menos im-
pacto ambiental, manutenção dos equipamentos 
etc., visando a prevenir o escape ou formação dos 
gases, sendo, geralmente, as chamadas “tecnolo-
gias limpas”. 
3.1 Medidas Indiretas 
Saiba maisSaiba mais
Medidas Indiretas
a) Impedir a geração do poluente
• Mudança de reagentes e matérias-primas: 
• enxofre por soda na produção de celulose; 
• eliminação da adição de chumbo tetraetila na gasolina. 
• Troca de processos: 
• utilização de operações contínuas automáticas; 
• uso de sistemas completamente fechados; 
• condensação e reutilização de vapores (indústria petrolífera). 
• Diminuição dos poluentes gerados: 
• operação dos equipamentos dentro da capacidade nominal; 
• boa operação e manutenção de equipamentos produtivos; 
• adequado armazenamento de materiais pulverulentos; 
• mudança de comportamentos (educação ambiental);
• mudança de processos, equipamentos e operações:
• forno cubilô por forno elétrico de indução; 
• fornos a óleo por fornos elétricos de indução (fundições); 
• umidificação (pedreiras). 
• Alteração de combustíveis: 
• combustível com menor teor de enxofre (óleo com Baixo Ponto de Fluidez – BPF por óleo com Baixo 
Teor de Enxofre – BTE); 
• combustível líquido por combustível gasoso. 
b) Mascarar o poluente
Eliminação da percepção nasal humana de um odor pela superposição de outro odor. 
c) Adequar o layout e realizar a manutenção de edifícios industriais
• Armazenamento de produtos. 
• Adequada disposição de resíduos sólidos e líquidos.
Fonte: ENS/UFSC. 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
27
As medidas ou métodos diretos de controle 
incluem técnicas destrutivas, como incineração e 
biofiltração, e técnicas recuperativas, como absor-
ção, adsorção e condensação (KHAN; GHOSHAL, 
2000; SCHIRMER; LISBOA, 2003). A seguir, teremos 
uma descrição dessas técnicas. Caso você queira 
mais detalhes, parâmetros de projeto etc., irá en-
contrar em literatura específica. As técnicas são 
submetidas a tratamento efetivo, por concentra-
ção dos poluentes na fonte, antes do lançamento 
na atmosfera.
3.2 Medidas Diretas
Sistemas de Ventilação Local Exaustora
É uma técnica muito eficaz para a preven-
ção da contaminação do ar na indústria. O pro-
cesso é baseado na captura do contaminante em 
sua origem, evitando que ele atinja a zona respi-
ratória do trabalhador, utilizando para tal a menor 
quantidade de ar possível. São as tubulações que 
levam o contaminante capturado ao exterior ou 
ao sistema de coleta do contaminante.
Figura 11 – Sistema de ventilação local exaustora.
Fonte: ENS/UFSC. 
O sistema de ventilação local exaustora 
possui algumas partes básicas. São elas: 
�� tomada de ar ou captor: realizado com 
a adaptação à máquina ou ao processo 
que gera o contaminante;
�� tubulações ou condutos: locais onde 
temos a circulação do ar aspirado;
�� ventilador: este dispositivo é geral-
mente colocado após o sistema coletor, 
fazendo com que o sistema se encontre 
sob pressão negativa, o que evita a fuga 
de ar contaminado ou semicontamina-
do à atmosfera.
É importante observar que, quando 
estamos lidando com um contaminante tóxico 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
28
cuja dispersão na atmosfera pode contaminar ou-
tras áreas de trabalho ou até mesmo a vizinhança, 
o sistema deve incluir um dispositivo de coleta, 
que deve estar localizado num ponto antes que o 
ar evacuado seja lançado na atmosfera. 
De maneira geral, são utilizados os sistemas 
a seguir: 
�� ciclones; 
�� câmaras de sedimentação;
�� filtro de mangas;
�� precipitadores eletrostáticos;
�� processos úmidos;
�� lavadores etc.
A escolha de um desses sistemas depende 
de alguns parâmetros. São eles:
�� granulometria do material;
�� vazão a manipular;
�� molhabilidade;
�� toxicidade;
�� explosividade;
�� ação corrosiva do contaminante.      
Figura 12 – Sistema de ventilação local exaustora.
Fonte: ENS/UFSC. 
AtençãoAtenção
De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld 
(1995), o processo de poluição do ar se resu-
me a três momentos: 
• emissão de poluentes na atmosfera; 
• transporte, diluição e modificação quí-
mica ou física dos poluentes na atmos-
fera; 
• imissão dos poluentes.
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
29
Equipamentos de Controle de MP
Coletores secos 
�� Filtro de tecido (por exemplo: o filtro 
manga).
�� Precipitador eletrostático seco.
�� Coletores mecânicos inerciais e gravita-
cionais.
�� Coletores mecânicos centrífugos (por 
exemplo, ciclones).
�� Precipitadores dinâmicos secos. 
Coletores gravitacionais 
Equipamentos de controle que utilizam a 
força gravitacional como mecanismo de coleta. 
Suas dimensões são suficientemente grandes 
onde a velocidade da corrente gasosa se reduz, 
fazendo com que as partículas em suspensão te-
nham tempo para se depositar. Possuem baixa 
eficiência para partículas menores que 40 μ, fa-
zendo com que seu uso mais comum seja como 
pré-coletor que retira o particulado grosso, dimi-
nuindo a sobrecarga do equipamento de contro-
le final. Os esquemas de uma câmara de sedimen-
tação gravitacional são apresentados a seguir:
Figura 13 – Câmara de sedimentação gravitacional.
Fonte: ENS/UFSC. 
A adição de chicanas ou anteparos aumen-
ta a eficiência da câmara de sedimentação gravi-
tacional. Outros mecanismos vêm a se somar à 
gravitação, como a impactação e a inércia. 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
30
Figura 14 – Câmara de sedimentação gravitacional.
Fonte: ENS/UFSC. 
Ciclones
Sistema baseado na ação da força centrífu-
ga, que atua sobre as partículas carregadas pelo 
fluxo de gás, empurrando-as na direção das pare-
des e retirando-as do fluxo gasoso.
Figura 15 – Ciclone.
Fonte: ENS/UFSC. 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
31
As principais vantagens do uso dos ciclones 
são:
�� baixo custo;
�� baixa perda de carga;
�� resistência à corrosão e temperatura;
�� simplicidade de projeto e manutenção.
As principais desvantagens são:
�� baixa eficiência para partículas meno-
res que 5 μm; 
�� excessivo desgaste por abrasão;
�� possibilidade de entupimento (partícu-
las menores, higroscópicas e/ou pega-
josas).
Saiba maisSaiba mais
Comparação entre Coletores Gravitacionais e Ciclônicos 
 
Fonte: ENS/UFSC.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
32
Filtros de tecido
Sistema muito utilizado que, além de fazer o 
controle de poluição do ar, é parte integrante do 
processo industrial, como é o caso do processo de 
produção do óxido de zinco. Seu funcionamento 
ocorre pela passagem da mistura gasosa por um 
tecido, sendo que o gás atravessaos poros do te-
cido e as partículas, na sua maioria, ficam retidas 
na sua superfície. É importante realizar a troca do 
tecido para evitar uma camada muito espessa de 
poluentes, o que dificulta a passagem do gás (au-
mento da perda de carga).
Inicialmente, a coleta é feita com a colisão 
das partículas contra as fibras do meio filtrante e, 
consequentemente, com a aderência a elas. Os 
mecanismos envolvidos na coleta de partículas 
em filtros de tecido são:
�� impactação inercial;
�� difusão;
�� atração eletrostática;
�� força gravitacional; 
�� intercepção. 
O filtro de tecido é um dispositivo que pos-
sui alta eficiência de coleta, sendo classificado se-
gundo o formato do meio filtrante, ou seja, tipo 
manga ou tipo envelope.
Figura 16 – Filtro de tecido. 
Fonte: ENS/UFSC.
Figura 17 – Filtro de tecido.
Fonte: ENS/UFSC. 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
33
Precipitadores eletrostáticos
A história do precipitador se inicia em 1824, 
quando Hohlfeld conseguiu tornar límpido o con-
teúdo de um cilindro com névoas utilizando para 
tanto um ponto eletrificado no seu interior. Em 
1850, Guitard, em experimento análogo, conse-
guiu o mesmo efeito utilizando fumaça de taba-
co. Em 1907, Frederick Gardner Cottrell construiu 
um precipitador eletrostático de sucesso comer-
cial. Em 1908, Cottrell patenteou um precipita-
dor eletrostático utilizado com sucesso em uma 
fábrica de ácido sulfúrico de Pinole, Califórnia. As 
instalações industriais pioneiras se deram no pe-
ríodo de 1907 a 1920 (CETESB, 1987). 
O mecanismo de coleta principal obviamen-
te é a força elétrica. O processo de precipitação 
eletrostática se inicia com a formação de íons ga-
sosos pela descarga da corona de alta voltagem 
no eletrodo de descarga. A seguir, as partículas 
sólidas e/ou líquidas são carregadas eletricamen-
te pelo bombardeamento dos íons gasosos ou 
elétrons. O campo elétrico existente entre o ele-
trodo de descarga e o eletrodo de coleta faz com 
que a partícula carregada migre para o eletrodo 
de polaridade oposta e descarregue a sua carga, 
ficando coletada. De tempos em tempos, a cama-
da de partícula se desprende do eletrodo de cole-
ta pela ação do sistema de “limpeza” e por gravi-
dade se deposita na tremonha de recolhimento, 
de onde então é transportada para o local de ar-
mazenamento para posterior condicionamento, 
reutilização e/ou reposição final (CETESB, 1987). 
Figura 18 – Precipitador eletrostático.
Fonte: ENS/UFSC. 
Coletores úmidos
O princípio de funcionamento desses equi-
pamentos, que são, de maneira geral, lavadores, é 
a absorção do MP presente em um fluxo gasoso 
por meio de um absorvente, mediante o contato, 
que pode ocorrer de diferentes maneiras, depen-
dendo do tipo de lavador. O MP é retido pelo lí-
quido, que, posteriormente, tem essa parte sólida 
separada, retornando ao processo para dar conti-
nuidade à lavagem da corrente gasosa. Os princi-
pais tipos de coletor úmido são:
�� torre de spray (pulverizadores);
�� lavador com enchimento; 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
34
�� lavador ciclônico; 
�� lavador Venturi; 
�� lavador de leito móvel. 
Os lavadores são equipamentos de controle 
de poluição do ar que podem ser utilizados tan-
to para o controle de MP quanto para o controle 
de gases e vapores. Nesta seção, trataremos dos 
lavadores utilizados para o controle de MP. Os la-
vadores utilizados para o controle de gases e va-
pores recebem a denominação de absorvedores 
(CETESB, 1987). 
Uma primeira classificação de lavadores é 
baseada na energia requerida (perda de carga) 
para fazer o fluxo gasoso passar através deles. 
Nessa classificação, temos (CETESB, 1987): 
�� lavadores de baixa energia: perda de 
carga (∆P) de até 7,5 cm H2O; 
�� lavadores de média energia: perda de 
carga (∆P) de 7,5 cm H2O a 25 cm H2O; 
�� lavadores de alta energia: perda de car-
ga (∆P) maior que 25 cm H2O. 
Equipamentos de Controle de Gases e 
Vapores
Absorvedores 
Os absorvedores são equipamentos uti-
lizados para a absorção de gases ou vapores. A 
absorção é uma transferência de massa de uma 
fase gasosa para uma fase líquida, consistindo 
na transferência de um componente (absorbato) 
presente em fase gasosa (gás de arraste) para um 
líquido (absorvente). Mais especificamente, no 
controle de poluição do ar, a absorção envolve 
a remoção de um contaminante gasoso de uma 
corrente gasosa por sua dissolução em um líqui-
do. A absorção é um processo de transferência de 
massa que se dá devido a uma diferença de con-
centração entre os meios presentes. Essa transfe-
rência ocorre até que continue havendo diferença 
de concentração nos meios envolvidos. Entretan-
to, o equilíbrio não é tão facilmente atingido, uma 
vez que a diferença de concentração depende da 
solubilidade do soluto (KHAN; GHOSHAL, 2000; 
MME, 1997; SCHIRMER; LISBOA, 2004).
Figura 19 – Absorvedor.
Fonte: ENS/UFSC. 
Adsorvedores 
A adsorção é um processo seletivo e bastan-
te apropriado para a remoção de gases e vapores 
presentes em baixas concentrações, principal-
mente substâncias causadoras de odor. No en-
tanto, também é empregada para a recuperação 
de solventes, como no caso de limpeza de roupas 
a seco. Ela leva significativa vantagem em relação 
aos incineradores de gases pela não necessidade 
de uso de combustível auxiliar, além de possibili-
tar a recuperação de solventes, quando se utiliza 
o processo regenerativo. A presença de MP no flu-
xo de gás a ser tratado prejudica o material adsor-
vente, encurtando o seu tempo de vida. O mesmo 
pode ocorrer com a condensação de líquidos. O 
processo de adsorção envolve a remoção de um 
ou mais componentes gasosos do fluxo de gás 
por meio da sua aderência à superfície de um só-
lido. As moléculas de gás removidas denominam-
-se adsorbatos e o sólido que retém, adsorvente 
(LE CLOIREC, 1998).
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
35
Figura 20 – Adsorbato e adsorvente.
Fonte: ENS/UFSC. 
Os adsorvedores são extremamente efeti-
vos na remoção de poluentes gasosos. Mesmo 
em baixas concentrações, eles podem ser projeta-
dos e operados para eficiências próximas a 100% 
(LE CLOIREC, 1998). 
Substâncias adsorventes
São materiais sólidos, porosos e de grande 
área superficial específica. Os principais adsor-
ventes utilizados em poluição do ar são: 
�� carvão ativado; 
�� alumina ativada; 
�� peneiras moleculares; 
�� sílica gel. 
Incineração de gás com chama direta e gases 
catalíticos 
A incineração é um método bastante eficaz 
para a eliminação de gases e vapores de origem 
orgânica. A combustão, que é o processo utiliza-
do na incineração, transforma os contaminantes 
combustíveis (exemplo da oxidação de COVs) em 
CO2 e vapor-d’água, que não são considerados po-
luentes. A incineração também pode ser utilizada 
para a oxidação de compostos inorgânicos, como, 
por exemplo, o gás sulfídrico (H2S), que é um gás 
de odor bastante desagradável, transformando-o 
em SO2 e vapor-d’água. Nesse último caso, tem-
-se a transformação de um gás poluente em outro 
também poluente, porém, dependendo da quan-
tidade de SO2 que será formada, é melhor que se 
tenha esse último do que o odor desagradável do 
H2S (CETESB, 1990b).
Figura 21 – Incinerador de chama direta.
Fonte: ENS/UFSC. 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
36
Figura 22 – Incinerador catalítico de uso industrial.
Fonte: ENS/UFSC. 
Principais Princípios para a Depuração do Ar
�� Gravitação. 
�� Separação por inércia. 
�� Filtração. 
�� Separação por meios líquidos. 
�� Processo eletrostático. 
�� Absorção e adsorção. 
�� Incineração e combustão catalítica. 
�� Biotratamento.
Equipamentos de Coleta de MP (Aerossóis)
Um dos problemas de maior importância na 
emissão de contaminantes gasosos é a retenção 
de partículas que se originam de gases residuais, 
que são responsáveis por um altonúmero de fe-
nômenos, dependendo da concentração e tempo 
de exposição. Para a meteorologia, as partículas 
possuem um comportamento semelhante ao dos 
núcleos de condensação, o que favorece a forma-
ção de neblinas, que modificam o microclima. Já 
na óptica sanitária, as partículas em suspensão 
são um grave perigo para pessoas com doenças 
bronquíticas crônicas. Fazendo uma análise para 
a vegetação, temos a obstrução dos estômatos e 
folhas, o que dificulta o desenvolvimento de mui-
tas das atividades biológicas, como, por exemplo, 
a fotossíntese. Em suma, a retenção das partículas 
é um problema grave.
Mecanismos de Coleta
Para realizar a coleta de partículas, utiliza-
mos os seguintes mecanismos: 
�� sedimentação gravitacional; 
�� força centrífuga; 
�� impactação; 
�� intercepção; 
�� difusão; 
�� força eletrostática; 
�� força térmica. 
Sedimentação gravitacional
Este mecanismo de deposição é utilizado 
somente para partículas grandes (maiores que 20 
μ).
Impactação inercial
Este mecanismo representa a “batida” da 
partícula contra um obstáculo, fazendo com que 
a partícula em movimento tenha uma diminui-
ção de energia e se separe do fluxo gasoso que a 
transportava.
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
37
Figura 23 – Impactação inercial.
Fonte: ENS/UFSC. 
O mecanismo de impactação é realizado 
por meio de pequenos obstáculos secos ou úmi-
dos. No obstáculo úmido, são utilizadas as gotas 
do líquido de lavagem. Já nos obstáculos secos, 
são utilizadas várias técnicas, como, por exemplo, 
obstáculos cilíndricos, esféricos, chatos, elipsódi-
cos etc. A impactação inercial se restringe a partí-
culas maiores que 1 μ (em diâmetro). 
Força centrífuga
Técnica utilizada em partículas que estão 
em movimento em trajetória circular, fazendo 
com que elas se afastem do centro do círculo e, 
no caso de ciclones, se dirijam às paredes dele. 
A coleta por força centrífuga, na prática, 
é realizada em partículas de 5 a 10 μ. Em geral, 
os coletores centrífugos (ciclones) são utilizados 
como pré-coletores. 
Intercepção
Mecanismo de coleta que pode ser conside-
rado um caso limite da impactação, exatamente 
por representar o mecanismo de coleta para as 
partículas que, ao atingirem o obstáculo, estão a 
uma distância igual ao seu diâmetro, ou seja, as 
partículas que “raspam” o coletor.
Figura 24 – Interceptação.
 
Fonte: ENS/UFSC. 
Difusão
Importante técnica por se tratar de um me-
canismo de difusão mais eficaz à medida que o ta-
manho das partículas diminui, não apresentando 
importância para as partículas maiores que 1 μm 
em diâmetro. Partículas menores, devido à sua 
energia térmica, estão em constante movimento, 
similarmente ao que ocorre com as moléculas de 
um gás, fenômeno chamado browniano.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
38
Figura 25 – Difusão.
Fonte: ENS/UFSC.
Força eletrostática
Técnica de coleta que ocorre essencialmen-
te em precipitadores eletrostáticos. Sua impor-
tância se estende a outros tipos de equipamen-
to de controle de poluição do ar, como os filtros 
de tecido, visto que as partículas podem ter, na 
ausência de campo elétrico, cargas elétricas po-
sitivas ou negativas. De acordo com a lei de Cou-
lomb, a força eletrostática é expressa por: 
O carregamento elétrico de partículas ocor-
re não só por ação do campo elétrico, o qual é im-
portante para partículas de tamanho maior que 
0,5 μm em diâmetro, mas também por difusão, 
que age mais intensamente em partículas peque-
nas (menores que 0,2 μm). Para as partículas com 
diâmetro entre 0,2 μm e 0,5 μm, o carregamento 
elétrico ocorre tanto por ação do campo elétrico 
quanto por difusão. 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
39
O Decreto Estadual nº 8.468/1976 estabele-
ceu os padrões de qualidade do ar estaduais em 
1976. Já os padrões nacionais foram estabeleci-
dos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente 
(Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (Conama), por meio da Resolução 
CONAMA nº 03/1990.
Com o passar dos anos, os conhecimentos 
técnicos e científicos evoluíram, fazendo com que 
a União Europeia e os Estados Unidos revisassem 
suas referências, atualizando e incluindo os pa-
drões. Em 2005, a Organização Mundial de Saúde 
(OMS) publicou os padrões de qualidade do ar, 
que oscilam de acordo com a abordagem adota-
da para equilibrar riscos à saúde, viabilidade téc-
nica, considerações econômicas e vários outros 
fatores políticos e sociais. 
O estado de São Paulo iniciou um proces-
so de revisão dos padrões de qualidade do ar em 
2008. Os padrões foram baseados nas diretrizes 
estabelecidas pela OMS, com participação de 
representantes de diversos setores da socieda-
de. A consequência foi a publicação do Decreto 
Estadual nº 59.113, de 23 de abril de 2013, que 
estabelece novos padrões de qualidade do ar 
por meio de um conjunto de metas gradativas e 
progressivas para que a poluição atmosférica seja 
reduzida a níveis desejáveis ao longo do tempo. 
De acordo com o decreto, estabeleceu-se que a 
administração da qualidade do ar no território do 
estado de São Paulo será efetuada por meio de 
padrões de qualidade do ar, observados os se-
guintes critérios: 
3.3 Legislação
�� Metas Intermediárias (MIs): estabeleci-
das como valores a ser cumpridos em 
etapas, visando à melhoria gradativa da 
qualidade do ar no estado de São Pau-
lo, com base na busca pela redução das 
emissões de fontes fixas e móveis, em 
linha com os princípios do desenvolvi-
mento sustentável;
�� Padrões Finais (PFs): padrões determi-
nados pelo melhor conhecimento cien-
tífico para que a saúde da população 
seja preservada ao máximo em relação 
aos danos causados pela poluição at-
mosférica.
 
A tabela a seguir apresenta os padrões de 
qualidade do ar estabelecidos no Decreto Esta-
dual nº 59.113/2013.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
40
Tabela 3 – Padrões estaduais de qualidade do ar (Decreto Estadual nº 59.113/2013).
Poluente Tempo de amostragem
MI1 
(µg/m³)
MI2 
(µg/m³) 
MI3 
(µg/m³) 
PF 
(µg/m³) 
Partículas inaláveis  
(MP10)
24 horas 
MAA1
120 
40
100 
35
75 
30
50 
20
Partículas inaláveis 
finas (MP2,5)
24 horas 
MAA1
60 
20
50 
17
37 
15
25 
10
Dióxido de enxofre 
(SO2)
24 horas 
MAA1
60 
40
40 
30
30 
20
20 
-
Dióxido de 
nitrogênio (NO2)
1 hora 
MAA1
260 
60
240 
50
220 
45
200 
40
Ozônio (O3) 8 horas 140 130 120 100
Monóxido de 
carbono (CO) 8 horas - - - 9 ppm
Fumaça (FMC)* 24 horas MAA1
120 
40
100 
35
75 
30
50 
20
Partículas Totais 
em Suspensão 
(PTSs)*
24 horas 
MGA2
- 
-
- 
-
- 
-
240 
80
Chumbo (Pb)** MAA1 - - - 0,5
Fonte: Cetesb (2013).
Notas: 1 Média aritmética anual. 2 Média geométrica anual. * Fumaça e partículas totais em suspensão:  parâmetros 
auxiliares a ser utilizados apenas em situações específicas, a critério da Cetesb. ** Chumbo: a ser monitorado apenas em 
áreas específicas, a critério da Cetesb. 
As MIs devem ser obedecidas em três eta-
pas, assim determinadas (CETESB, 2013):
�� Meta Intermediária Etapa 1 (MI1): valo-
res de concentração de poluentes at-
mosféricos que devem ser respeitados 
a partir de 24 de abril de 2013;
�� Meta Intermediária Etapa 2 (MI2): valo-
res de concentração de poluentes at-
mosféricos que devem ser respeitados 
subsequentemente à MI1, que entrará 
em vigor após avaliações realizadas na 
etapa 1, reveladas por estudos técnicos 
apresentados pelo órgão ambiental 
estadual, convalidados pelo Conselho 
Estadual do Meio Ambiente (Consema);
�� Meta Intermediária Etapa 3 (MI3): valo-
res de concentração de poluentes at-
mosféricos que devem ser respeitados 
nos anos subsequentes à MI2, sendo 
que o início de sua vigência e seu prazo 
de duração serão definidos pelo Conse-
ma, com base nas avaliações realizadas 
na etapa 2.  
Os PFs são aplicados sem etapas interme-diárias quando não são estabelecidas MIs, como 
no caso do CO, PTSs e chumbo. Para os demais 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
41
poluentes, passam a valer a partir do final do pra-
zo de duração do MI3 (CETESB, 2013).
A legislação estadual (Decreto Estadual nº 
59.113/2013) estabelece também critérios para 
episódios agudos de poluição do ar. A declara-
ção dos estados de atenção, alerta e emergência, 
além dos níveis de concentração ultrapassados, 
requer a previsão de condições meteorológicas 
desfavoráveis à dispersão dos poluentes. 
Tabela 4 – Critérios para episódios agudos de poluição do ar (Decreto Estadual nº 59.113/2013).
Parâmetro Atenção Alerta Emergência
Partículas inaláveis finas 
(µg/m3) – 24h
125 210 250
Partículas inaláveis 
(µg/m3) – 24h
250 420 500
Dióxido de enxofre 
(µg/m3) – 24h
800 1.600 2.100
Dióxido de nitrogênio 
(µg/m3) – 1h
1.130 2.260 3.000
Monóxido de carbono 
(ppm) – 8h
15 30 40
Ozônio 
(µg/m3) – 8h
200 400 600
Fonte: Cetesb (2013).
Todos os padrões federais de qualidade do 
ar, assim como os critérios para episódios agudos 
de poluição do ar, estabelecidos na Resolução 
CONAMA nº 03/1990 podem ser vistos em: www.
mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.
html. 
Índice de Qualidade do Ar e Saúde
Índice criado por uma experiência desen-
volvida nos Estados Unidos, que é uma ferramen-
ta matemática criada para facilitar o processo de 
divulgação da qualidade do ar. 
Veja, a seguir, os parâmetros contemplados 
pela estrutura do índice utilizado pela Cetesb: 
�� MP10;
�� MP2,5;
�� FMC;
�� O3;
�� CO;
�� NO2;
�� SO2.
 
Saiba que, para cada poluente medido, é 
calculado um índice, que é um valor adimensio-
nal. De acordo com o índice obtido, o ar recebe 
uma qualificação, que é uma nota para a qualida-
de do ar, além de uma cor, conforme apresentado 
na tabela a seguir: 
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
42
Tabela 5 – Estrutura do índice de qualidade do ar.
Fonte: Cetesb.
A qualidade do ar é classificada como boa 
quando os valores guias estabelecidos pela 
OMS (PFs estabelecidos no Decreto Estadual nº 
59.113/2013) estão sendo atendidos. Para divul-
gação, são utilizados os valores do índice mais 
elevado, ou seja, a sua classificação é determina-
da pelo maior índice (pior caso). Essa qualificação 
do ar está associada a efeitos à saúde, portanto in-
depende do padrão de qualidade em vigor, e será 
sempre realizada conforme o quadro a seguir: 
Quadro 5 – Qualidade do ar e efeitos à saúde.
Fonte: Cetesb.
Para ilustrar com mais elementos, a legisla-
ção vigente segue a Resolução CONAMA nº 005, 
de 15 de junho de 1989. Veja:
RESOLUÇÃO/conama/N.º 005 de I5 de 
junho de 1989
Publicada no D.O.U, de 30/08/89, Seção I, 
Pág. 15.048
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AM-
BIENTE - CONAMA, no uso das atribuições 
que lhe confere o inciso VII, do Art. 8º, da 
Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 e o 
Art 48, do Decreto nº 88.351 de 01 de ju-
nho de 1983, 
Considerando o acelerado crescimento 
urbano e industrial brasileiro e da frota 
de veículos automotores;
Considerando o progressivo e decorrente 
aumento da poluição atmosférica princi-
palmente nas regiões metropolitanas; 
Considerando seus reflexos negativos 
sobre a sociedade, a economia e o meio 
ambiente;
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
43
Considerando as perspectivas de conti-
nuidade destas condições e, 
Considerando a necessidade de se esta-
belecer estratégias para o controle, pre-
servação e recuperação da qualidade do 
ar, válidas para todo o território nacio-
nal, conforme previsto na Lei 6.938 de 
31.08.81 que instituiu a Política Nacional 
do Meio Ambiente, RESOLVE:
I - Instituir o Programa Nacional de Con-
trole da Qualidade do Ar - PRONAR, como 
um dos instrumentos básicos da gestão 
ambiental para proteção da saúde e bem 
estar das populações e melhoria da qua-
lidade de vida com o objetivo de permitir 
o desenvolvimento econômico e social 
do país de forma ambientalmente segu-
ra, pela limitação dos níveis de emissão 
de poluentes por fontes de poluição at-
mosférica com vistas a:
a) uma melhoria na qualidade do ar;
b) o atendimento aos padrões estabele-
cidos;
c) o não comprometimento da qualidade 
do ar em áreas consideradas não degra-
dadas.
2 - ESTRATÉGIAS
A estratégia básica do PRONAR é limitar, à 
nível nacional, as emissões por tipologia 
de fontes e poluentes prioritários, reser-
vando o uso dos padrões de qualidade 
do ar como ação complementar de con-
trole.
2.I - LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO
Entende-se por limite máximo de emis-
são a quantidade de poluentes permissí-
vel de ser lançada por fontes poluidoras 
para a atmosfera.
Os limites máximos de emissão serão di-
ferenciados em função da classificação 
de usos pretendidos para as diversas 
áreas e serão mais rígidos para as fontes 
novas de poluição. 
2.1.1 - Entende-se por fontes novas de 
poluição aqueles empreendimentos que 
não tenham obtido a licença prévia do 
órgão ambiental licenciador na data de 
publicação desta Resolução. 
Os limites máximos de emissão aqui des-
critos serão definidos através de Resolu-
ções específicas do CONAM A.
2.2 - ADOÇÃO DE PADRÕES NACIONAIS 
DE QUALIDADE DO AR
Considerando a necessidade de uma ava-
liação permanente das ações de controle 
estabelecidas no PRONAR, é estratégica 
a adoção de padrões de qualidade do ar 
como ação complementar e referencial 
aos limites máximos de emissão estabe-
lecidos.
2.2.1 - Ficam estabelecidos dois tipos de 
padrões de qualidade do ar: os primários 
e os secundários.
a) São padrões primários de qualidade 
do ar as concentrações de poluentes que, 
ultrapassadas, poderão afetar a saúde 
da população, podendo ser entendidos 
como níveis máximos toleráveis de con-
centração de poluentes atmosféricos, 
constituindo-se em metas de curto e mé-
dio prazo.
b) São padrões secundários de qualida-
de do ar, as concentrações de poluentes 
atmosféricos abaixo das quais se prevê o 
mínimo efeito adverso sobre o bem es-
tar da população, assim como o mínimo 
dano à fauna e flora aos materiais e meio 
ambiente em geral, podendo ser enten-
didos como níveis desejados de concen-
tração de poluentes, constituindo-se em 
meta de longo prazo.
Os padrões de qualidade do ar aqui escri-
tos serão definidos através de Resolução 
específica do CONAMA.
2.3 - PREVENÇÃO DE DETERIORAÇÃO SIG-
NIFICATIVA DA QUALIDADE DO AR
Para a implementação de uma política de 
não deterioração significativa da quali-
dade do ar em todo o território nacional, 
suas áreas serão enquadradas de acordo 
com a seguinte classificação de usos pre-
tendidos:
Classe I: Áreas de preservação, lazer e 
turismo, tais como Parques Nacionais e 
Estaduais, Reservas e Estações Ecológi-
cas, Estâncias Hidrominerais e Hidroter-
mais. Nestas áreas deverá ser mantida a 
qualidade do ar em nível o mais próximo 
possível do verificado sem a intervenção 
antropogênica.
Classe II : Áreas onde o nível de deteriora-
ção da qualidade do ar seja limitado pelo 
padrão secundário de qualidade.
Classe III : Áreas de desenvolvimento 
onde o nível de deterioração da qualida-
de do ar seja limitado pelo padrão primá-
rio de qualidade.
Através de Resolução específica do CO-
NAMA serão definidas as áreas Classe I e 
Classe III, sendo as demais consideradas 
Classe II.
2.4 - MONITORAMENTO DA QUALIDADE 
DO AR
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
44
Considerando a necessidade de conhe-
cer e acompanhar os níveis de qualidade 
do ar no país, como forma de avaliação 
das ações de controle estabelecidas pelo 
PRONAR, é estratégica a criação de uma 
Rede Nacional de monitoramento da 
Qualidade do Ar.
Nestes termos, será estabelecida uma 
Rede Básica e Monitoramento que per-
mitirá o acompanhamento dos níveis de 
qualidade do ar e sua comparação com 
os respectivos padrões estabelecidos.
2.5 - GERENCIAMENTO DO LICENCIA-
MENTO DE FONTES DE POLUIÇÃODO AR
Considerando que o crescimento indus-
trial e urbano, não devidamente plane-
jado, agrava as questões de poluição do 
ar, é estratégico estabelecer um sistema 
de disciplinamento da ocupação do solo 
baseado no licenciamento prévio das 
fontes de poluição. Por este mecanismo o 
impacto de atividades poluidoras poderá 
ser analisado previamente, prevenindo 
uma deterioração descontrolada da qua-
lidade do ar.
2.6 - INVENTÁRIO NACIONAL DE FONTES 
E POLUENTES DO AR
Como forma de subsidiar o PRONAR, no 
que tange às cargas e locais de emissão 
de poluentes, é estratégica a criação de 
um Inventário Nacional de Fontes e Emis-
sões objetivando o desenvolvimento de 
metodologias que permitam o cadastra-
mento e a estimativa das emissões, bem 
como o devido processamento dos da-
dos referentes às fontes de poluição do 
ar.
2.7 - GESTÕES POLÍTICAS
Tendo em vista a existência de interfaces 
com os diferentes setores da sociedade, 
que se criam durante o estabelecimento 
e a aplicação de medidas de controle da 
poluição do ar é estratégia do PRONAR 
que o Instituto Brasileiro do Meio Am-
biente e dos Recursos Naturais Renová-
veis - IB AMA coordene gestões junto aos 
órgãos da Administração Pública Direta 
ou Indireta. Federais, Estaduais ou Mu-
nicipais e Entidades Privadas, no intuito 
de se manter um permanente canal de 
comunicação visando viabilizar a solução 
de questões pertinentes.
2.8 - DESENVOLVIMENTO NACIONAL NA 
ÁREA DE POLUIÇÃO DO AR
A efetiva implantação do PRONAR está 
intimamente correlacionada com a capa-
citação técnica dos órgãos ambientais e 
com o desenvolvimento tecnológico na 
área de poluição do ar.
Nestes termos, é estratégia do PRONAR 
promover junto aos órgãos ambien-
tais meios de estruturação de recursos 
humanos e laboratoriais a fim de se de-
senvolverem programas regionais que 
viabilizarão o atendimento dos objetivos 
estabelecidos.
Da mesma forma o desenvolvimento 
científico e tecnológico em questões re-
lacionadas com a poluição atmosférica 
envolvendo órgãos ambientais, universi-
dades, setor produtivo e demais institui-
ções afetas à questão, deverá ser propi-
ciado pelo PRONAR como forma de criar 
novas evidências científicas que possam 
ser úteis ao Programa.
2.9 - AÇÕES DE CURTO, MÉDIO E LONGO 
PRAZO.
Considerando que os recursos disponí-
veis para a implementação do PRONAR 
são finitos, é estratégico que se definam 
metas de curto, médio e longo prazo 
para que se dê prioridade à alocação des-
ses recursos. Nestes termos, fica definida 
como seqüência de ações:
a) A Curto Prazo:
. Definição dos limites de emissão para 
fontes poluidoras prioritárias;
. Definição dos padrões de qualidade do 
ar
. Enquadramento das áreas na classifica-
ção de usos pretendidos;
. Apoio a formulação dos Programas Esta-
duais de Controle de Poluição do Ar;
. Capacitação Laboratorial;
. Capacitação de Recursos Humanos.
b) A Médio Prazo:
. Definição dos demais limites de emissão 
para fontes poluidoras;
. Implementação da Rede Nacional de 
Monitoramento da Qualidade do Ar;
. Criação do Inventário Nacional de Fon-
tes e Emissões;
. Capacitação Laboratorial (continuida-
de);
. Capacitação de Recursos Humanos (con-
tinuidade). 
c) A Longo Prazo:
. Capacitação laboratorial (continuidade):
. Capacitação de Recursos Humanos (con-
tinuidade);
. Avaliação e Retro-avaliação do PRONAR. 
3 - INSTRUMENTOS
Para que as ações de controle definidas 
pelo PRONAR possam ser concretizadas 
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
45
a nível nacional, ficam estabelecidos al-
guns instrumentos de apoio e operacio-
nalização. 
3.1 - SÃO INSTRUMENTOS DO PRONAR:
. Limites máximos de emissão;
. Padrões de Qualidade do Ar;
. PROCONVE - Programa de Controle da 
Poluição do Ar por Veículos Automoto-
res, criado pela Resolução CONAMA Nº 
018/86;
. PRONACOP - Programa Nacional de 
Controle da Poluição Industrial;
. Programa Nacional de Avaliação da Qua-
lidade do Ar;
. Programa Nacional de Inventário de 
Fontes Poluidoras do Ar
. Programas Estaduais de Controle da Po-
luição do Ar.
4 - DISPOSIÇÕES GERAIS
. Compete ao IBAMA o gerenciamento do 
PRONAR.
. Compete ao IBAMA o apoio na formu-
lação dos programas de controle, avalia-
ção e inventário que instrumentalizam o 
PRONAR.
. Compete aos Estados o estabelecimen-
to e implementação dos Programas Esta-
duais de Controle da Poluição do Ar, em 
conformidade
com o estabelecido no PRONAR.
. Sempre que necessário, os limites máxi-
mos de emissão poderão ter valores mais 
rígidos, fixados a nível estadual.
. Sempre que necessário, poderão ser 
adotadas ações de controle complemen-
tares.
As estratégias de controle de poluição do 
ar estabelecidas no PRONAR estarão su-
jeitas a revisão a qualquer tempo, tendo 
em vista a necessidade do atendimento 
dos padrões nacionais de qualidade do 
ar.
5 - Esta Resolução entra em vigor na data 
de sua publicação.
3.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a),
Vimos, neste capítulo, algumas tecnologias de controle de poluição do ar. De acordo com De Ne-
vers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resume a três momentos: 
�� emissão de poluentes na atmosfera; 
�� transporte, diluição e modificação química ou física dos poluentes na atmosfera; 
�� imissão dos poluentes.
Observamos que são utilizadas duas técnicas para controlar a emissão de poluentes atmosféricos 
(e odores) nos processos industriais. São elas: 
�� métodos indiretos;
�� métodos diretos ou técnicas de tratamento. 
 
Tratamos também de alguns equipamentos de controle de MP, como os coletores secos e úmidos, 
bem como abordamos alguns itens da legislação, como o Decreto Estadual nº 8.468/1976, que estabele-
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
46
ceu os padrões de qualidade do ar estaduais em 1976. Já os padrões nacionais foram estabelecidos pelo 
Ibama e aprovados pelo Conama por meio da Resolução CONAMA nº 03/1990.
Com o passar dos anos, os conhecimentos técnicos e científicos evoluíram, fazendo com que a 
União Europeia e os Estados Unidos revisassem suas referências, atualizando e incluindo os padrões.
3.5 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se fixou bem o conteúdo; assim, responda às 
perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Como podemos descrever o processo de poluição do ar? Quais são as técnicas utilizadas para 
controlar a emissão de poluentes atmosféricos nos processos industriais?
2. Diferencie as medidas indiretas das medidas diretas de tratamento do ar.
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
47
CAPÍTULO 1
1. Poluente atmosférico é toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, 
concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legisla-
ção, que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao 
bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e 
gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (CETESB, 2012). Com o intuito de 
facilitar essa classificação, dividimos os poluentes em duas categorias:
�� poluentes primários: são os poluentes emitidos diretamente pelas fontes de emissão;
�� poluentes secundários: são os poluentes formados na atmosfera por meio de reações 
químicas entre os poluentes primários e seus componentes naturais.
2. A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de radiação ultra-
violeta, além de conter gases que são utilizados nos processos vitais, como a respiração celular 
e o fornecimento da água necessária para a vida. A atmosfera é subdividida em camadas, de 
acordo com o perfil vertical médio de temperatura. Temos:
�� troposfera;
�� estratosfera; 
�� mesosfera; 
�� termosfera; 
�� exosfera.
3. Os poluentes que servem como indicadores da qualidade do ar, adotados universalmente e 
que foram escolhidos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos adversos,são:
�� MP;
�� SO2;
�� CO;
�� oxidantes fotoquímicos, como o O3;
�� HCs;
�� NOx.
RESPOSTAS COMENTADAS DAS 
ATIVIDADES PROPOSTAS
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
48
CAPÍTULO 2
1. Temos:
2. Podemos dividir as fontes que causam poluição do ar em:
�� fontes fixas: os aterros, indústrias, entre outras; 
�� fontes móveis: em geral, os meios de transporte.
3. São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Para o homem, a poluição atmosféri-
ca prejudica o sistema respiratório, causando ou até mesmo agravando diversas doenças crôni-
cas, como, por exemplo, asma, infecções nos pulmões, bronquite crônica, enfisema pulmonar, 
entre outras. Os poluentes atmosféricos também afetam a vegetação de duas maneiras: 
�� diretamente: ocorre com a destruição dos tecidos das folhas das plantas, pela deposição 
seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo O3, causando a redução da área fotossintética;
�� indiretamente: ocorre com a acidificação dos solos e, consequentemente, com a redução 
de nutrientes e a liberação de substâncias nocivas às plantas, acarretando uma menor pro-
dutividade e uma maior exposição a pragas e doenças.
CAPÍTULO 3
1. De acordo com De Nevers (1995) e Seinfeld (1995), o processo de poluição do ar se resume a 
três momentos: 
�� emissão de poluentes na atmosfera; 
�� transporte, diluição e modificação química ou física dos poluentes na atmosfera; 
�� imissão dos poluentes.
Tecnologia de Tratamento da Poluição do Ar
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
49
 
Fonte: Kawano.
Para controlar a emissão de poluentes atmosféricos (e odores) nos processos industriais, utiliza-
mos duas técnicas. São elas: 
�� métodos indiretos;
�� métodos diretos ou técnicas de tratamento. 
2. Nas medidas indiretas, o controle é efetuado com a modificação do equipamento/processo, 
modificação das matérias-primas por outras que causam menos impacto ambiental, manuten-
ção dos equipamentos etc., visando a prevenir o escape ou formação dos gases, sendo, geral-
mente, as chamadas “tecnologias limpas”. Já as medidas diretas incluem técnicas destrutivas, 
como incineração e biofiltração, e técnicas recuperativas, como absorção, adsorção e conden-
sação (KHAN; GHOSHAL, 2000; SCHIRMER; LISBOA, 2003).
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
51
ALESSANDRO, M.; SCHULTZ, E. Airborne dust pollution in Mendoza, Argentina. In: CLIMATE AND 
ENVIRONMENTAL CHANGE – PRE-REGIONAL CONFERENCE MEETING OF THE COMMISSION ON 
CLIMATOLOGY, 1998, Lisboa. Proceedings... Lisboa: International Geographical Union – Comission on 
Climatology, 1998. p. 15-16.
ALONSO, C. et al. Dynamic mathematical model for the biodegradation of VOC’s in a biofilter: biomass 
accumulation study. Environmental Science Technology, v. 32, n. 20, p. 3118-3123, 1998. 
ALVA, E. N. Metrópoles da América Latina: processos e políticas. MELLO E SILVA, S. B.; GMÜNDER, U. 
(Orgs.). Metrópoles e desenvolvimento sustentável. Salvador: ICBA, 1996. p. 39-54.
ASSUNÇÃO, J. V. Apostila do curso de Seleção de Equipamentos de Controle da Poluição do Ar 
(material didático auxiliar). São Paulo: Cetesb, 1986. 
______. Apostila do curso de Seleção de Equipamentos de Controle da Poluição do Ar. São Paulo: 
Cetesb, 1987. v. B.
AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
BELLI FILHO, P. et al. Pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios. Belo Horizonte: Rede 
Cooperativa de Pesquisas, 2001.
BURGESS, J. E.; SIMON, A. P.; STUETZ, R M. Developments in odour control and waste gas treatment 
biotechnology: a review. Biotechnology Advances, v. 19, p. 35-63, 2001. 
CIOLA, R. Fundamentos da catalise. São Paulo: Moderna, 1981. 
COELHO, A. P. Aspectos da poluição do ar e o meio ambiente brasileiro. In: SUPERINTENDÊNCIA DE 
RECURSOS NATURAIS E MEIO AMBIENTE (SUPREN). Recursos naturais, meio ambiente e poluição. Rio 
de Janeiro: IBGE, 1997. p. 155-169.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (CETESB). Apostila do curso de Seleção 
de Equipamentos de Controle da Poluição do Ar. São Paulo, 1987.
______. Apostila do curso de Tecnologia de Controle de Poluição por Material Particulado. São 
Paulo, 1990a. 
______. Apostila do curso de Tecnologia de Controle de Emissão de Vapores Orgânicos e 
Inorgânicos. São Paulo, 1990b. 
COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Tecnologia química. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 
2004. 
DE NEVERS, N. Air pollution control engineering. New York: McGraw Hill, 1995. 
REFERÊNCIAS
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
52
DUCHIADE, M. P. Poluição do ar e doenças respiratórias: uma revisão. Caderno de Saúde Pública, Rio de 
Janeiro, v. 8, n. 3, p. 311-330, jul./set. 1992.
ENGLEMAN, V. S. Updates on choices of appropriate technology for control of VOC emissions. Metal 
Finishing, v. 98, n. 6, p. 433-445, 2000. 
FERNANDES, H. M.; VEIGA, L. H. S. Procedimentos integrados de risco e gerenciamento ambiental: 
processos e modelos. In: BRILHANTE, O. M.; CALDAS, L. Q. A. Gestão e avaliação de risco em saúde 
ambiental. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999. p. 75-91.
GALLEGO, L. P. Tipos de tempo e poluição atmosférica no Rio de Janeiro (um ensaio em 
climatologia urbana). 1972. 104 p. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 1972.

Continue navegando