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PR OM OC IO NA L Vol. 1 os Sermões Perdidos de C. H. Spurgeon Seus Primeiros Esboços e Sermões Entre 1851 e 1854 Editado com Introdução e Notas por CHRISTIAN T. GEORGE bvbooks PR OM OC IO NA L À crescente geração de pastores, acadêmicos, estudiosos e todos a quem Spurgeon – apesar de já falecido – ainda fala PR OM OC IO NA L viii SUMÁRIO Prefácio ............................................................................... xi Prefácio do editor ........................................................................... xiv Agradecimentos ............................................................................ xxii Lista de abreviações .................................................................. xxvii Linha do tempo 1800-1910 .......................................................... xxix PARTE 1: Introdução .....................................................................................1 Um homem fruto de seu próprio tempo .......................................... 9 Um homem antiquado para o seu próprio tempo ........................ 15 Os Sermões Perdidos ...................................................................... 21 Fontes e métodos ............................................................................ 28 Análise do Sermão: Caderno 1 (sermões 1-77) .............................. 33 PARTE 2: Os Sermões, Caderno 1 (Sermões 1 – 77) .................................48 Capa do caderno 1 .......................................................................... 49 Páginas introdutórias do Caderno 1 Índice do Caderno 1 ........... 51 Esqueletos .............................................................................. 61 Sermão 1 Adoção – Ef 1:5 .................................................... 67 Sermão 2 A necessidade da pureza para entrar no céu – Ap 21:27 ................................................. 77 Sermão 3 Abraão justificado pela fé – Gn 15:6 ................... 81 Sermão 4 Um contraste – Ef 5:8 .......................................... 87 Sermão 5 O complacente amor de Jesus – 2 Co 8:9............ 91 Sermão 6 O julgamento vindouro – Cl 3:25 ........................ 95 Sermões 7 e 77 A regeneração e os leprosos – 2 Rs 7:3-4 ............ 99 Sermão 8 A perseverança final – Sl 94:14 ........................ 107 Sermão 9 Pecadores devem ser punidos – Sl 9:17 ........... 115 Sermão 10 Eleição – Ef 1:4 .................................................. 121 Sermão 11 Salvação – Hb 7:25 ............................................ 127 Sermão 12 Morte: a consequência do pecado – Ez 18:4......... 133 PR OM OC IO NA L ix SUMÁRIO Sermão 13 Livre graça – Ap 21:6 ........................................ 137 Sermão 14 A graça de Deus que nos foi dada – 1 Co 15:10 ..........141 Sermão 15 Cristo sobre os negócios de seu Pai – Lc 2:49 ..... 147 Sermão 16 O amor manifestado na adoção – 1 Jo 3:1 ....... 151 Sermão 17 O cristão e a salvação – Is 45:17 ....................... 155 Sermão 18 A soberania de Deus – Sl 10:16 ......................... 159 Sermão 19 A exigência de uma resposta – 2 Sm 24:13 ...... 163 Sermão 20 A planta de renome – Ez 34:29 ......................... 167 Sermão 21 Fazendo pouco caso de Cristo – Mt 22:5 ........... 173 Sermão 22 Cristo é tudo – Cl 3:11 ....................................... 179 Sermão 23 Preciosa fé – 2 Pe 1:1 ......................................... 183 Sermão 24 Salvação em Deus somente – Jr 3:23 ............... 187 Sermão 25 O povo peculiar – Dt 14:2 .................................. 193 Sermão 26 Os que desprezam são alertados – Pv 29:1 ...... 197 Sermão 27 A renúncia de Paulo – Fp 3:9 ........................... 201 Sermão 28 Os preparativos do céu – Jo 14:2 ..................... 205 Sermão 29 Começando por Jerusalém – Lc 24:47 ............. 209 Sermão 30 Salvação da fome – Pv 10:3 ............................... 215 Sermão 31 Ignorância: seus males – Pv 19:2 ..................... 219 Sermão 32 Os caminhos errados – Pv 14:12 ...................... 223 Sermão 33 Salvação do pecado – Mt 1:21 ........................... 227 Sermão 34 O Cordeiro e o Leão unidos – Ap 5:5-6 ............. 231 Sermão 35 A vereda dos justos – Pv 4:18 ............................ 235 Sermão 36 Garantia do cumprimento das promessas – Js 21:45 .................................. 239 Sermão 37a A luta e as armas – 2 Co 10:4 ........................... 243 Sermão 37b A luta – 2 Co 10:4 .............................................. 249 Sermão 38 O amor do Filho por nós, comparado ao amor de Deus por Ele – Jo 15:9 .................... 253 Sermão 39 Fariseus e saduceus repreendidos – Mt 3:7 ..... 259 Sermão 40 Alegria cristã – Fp 4:4 ....................................... 263 Sermão 41 A estima de Deus para com os homens – Êx 11:7 ....267 Sermão 42 Rei de Justiça e Paz – Hb 7:2 ........................... 273 Sermão 43 Jesus, a chuva do céu – Sl 72:6 ........................ 277 Sermão 44 A fé e a oração de Elias – 1 Rs 18:43 ................ 281 Sermão 45 Os autores da condenação e da salvação – Os 13:9 ....................................... 285 Sermão 46 Regeneração: causas e efeitos – 1 Pe 1:3-5 ......... 289 Sermão 47 O Pai e os filhos – 2 Sm 7:14 ............................. 295 Sermão 48 Intercessão dos santos – 1 Tm 2:1 ................... 299 Sermão 49 A eloquência de Jesus – Jo 7:46 ....................... 303 PR OM OC IO NA L x SUMÁRIO Sermão 50 Arrependimento e salvação – Is 55:7 ................ 309 Sermão 51 A prosperidade cristã e suas causas – Sl 1:1-3 ...... 313 Sermão 52 Ele não assumiu a natureza dos anjos – Hb 2:16 ........................................... 319 Sermão 53 Prazer nas pedras de Sião – Sl 102:14 ............. 325 Sermão 54 O pequeno fogo e a grande combustão – Tg 3:5 ............................................ 333 Sermão 55 Descanso para o cansado – Mt 11:8 ................. 341 Sermão 56 Deus glorificado nos salvos – Gl 1:24 ............... 345 Sermão 57 A aflição de Acaz – 2 Cr 28:22 .......................... 351 Sermão 58 A oferta dos homens sábios – Mt 2:11 ............. 357 Sermão 59 A primeira promessa-Gn 3:15 .......................... 367 Sermão 60 A paz de Deus – Fp 4:7 ...................................... 371 Sermão 61 O aprimoramento dos nossos talentos – Mt 25:19 ................................ 377 Sermão 62 Deus, o Guia de seus santos – Sl 73:24 ............ 383 Sermão 63 A tristeza do Getsêmani – Mt 26:38 ................. 389 Sermão 64 A parábola da semente má e da semente boa – Mt 13:25 ..................................... 395 Sermão 65 Não confie no coração – Pv 28:26 ...................... 401 Sermão 66 Josias – 2 Rs 22:2 ............................................... 405 Sermão 67 Escandalizando os pequeninos de Deus – Mc 9:42 .............................................. 409 Sermão 68 A justificação e a glória dos santos – Is 45:25 ....... 413 Sermão 69 Imitação de Deus – Ef 5:1 ................................. 417 Sermão 70 Os homens possuídos pelos demônios – Mc 5:15 .......................................... 423 Sermão 71 O que pensais vós do Cristo? – Mt 22:42 ......... 429 Sermão 72 Uma exortação à coragem – Dt 20:1 ................. 437 Sermão 73 Escravidão exterminada – Rm 6:17 ................. 443 Sermão 74 O Médico e os seus pacientes – Mc 2:17 .......... 447 Sermão 75 A Igreja e sua glória – Sl 22:31 ......................... 455 Sermão 76 Podem dois caminharem juntos, se não estiverem de acordo? – Am 3:3 .............. 461 Índice do Caderno 2 / Doxologia ...................................................... 469 Contracapa do Caderno 1 ................................................................ 477 PR OM OC IO NA L xi PREFÁCIO Em 1856, Elias Lyman Magoon, pastor da Igreja Batista de Oliver Street, em Nova Iorque, publicou uma coleção de sermões de Charles Haddon Spurgeon. Magoonhavia visitado a Grã-Bretanha na década anterior e continuou a receber jornais do Reino Unido. Fora autor de dois li- vros sobre grandes realizações oratórias no passado e no presente. O pastor de Nova Iorque ficou, portanto, fascinado ao descobrir que um jovem prega- dor de sua própria denominação havia se tornado um fenômeno em Londres. Spurgeon, embora fosse apenas um adolescente quando aceitou o púlpito da Capela Batista da rua New Park, no bairro de Southwark, em 1854, tornou- -se o assunto da capital britânica. Sua capela lotava em todos os domingos, os cultos que ministrava eram procurados por toda a cidade, e seus sermões eram publicados em abundância pela imprensa. Magoon decidiu publicar uma amostra nos Estados Unidos. Spurgeon, segundo o americano, era “tão original em suas ideias, quanto desenvolto em sua expressão”.1 Ao longo dos anos, até sua morte em 1892, Spurgeon provou ser o maior pregador do sé- culo. Qual seria, questionou-se Magoon, o motivo de tamanha influência? Em primeiro lugar, explicou, havia a inteligência de Spurgeon. A ha- bilidade mental, aperfeiçoada pelo devotamento à educação, permitia ao pregador de Londres fornecer uma profusão de ricas ilustrações. A opinião de Magoon foi confirmada pelas posteriores pesquisas. Spurgeon era um ávi- do leitor, acumulando uma biblioteca pessoal de mais de doze mil volumes. A cada mês, a revista de sua igreja, A Espada e a Espátula, trazia perspica- zes e críticas considerações a respeito de sua leitura mais recente. Um fato é que ele não superestimava os autores clássicos da antiguidade, os quais constituíam então a base de uma educação elevada, observando que “a sabe- doria nem sempre fala latim”.2 No entanto, como notou Magoon, Spurgeon era capaz de, dotado de conhecimento, fazer alusão a Homero e Virgílio em um sermão. Mais tarde, em 1869, passou a ser ridicularizado pelo ensaís- ta Matthew Arnold como um homem que não apreciava a doçura e a luz 1 E. L. Magoon, The Modern Whitfield: Sermons of the Rev. C. H. Spurgeon, of London, with an Introduction and Sketch of His Life. Nova Iorque: Sheldon, Blakeman, & Co., 1856. 2 C. H. Spurgeon, John Ploughman’s Talk. Londres: Passmore & Alabaster, 1868, p. 177. PR OM OC IO NA L xii PREFÁCIO provenientes das fontes clássicas, um contestador do valor da cultura.3 No entanto, tal acusação era completamente injusta. Spurgeon respeitava a erudição e havia absorvido grande parte dela. Magoon aproximou-se mais da verdade ao declarar que o pregador de Londres adquiriu uma “cultura primitiva e variada”.4 Em segundo lugar, de acordo com ele, Spurgeon era notável por sua independência. O americano contrastava a originalidade dos sermões de Spurgeon com as opiniões padrão expressas no púlpito pela maior parte dos pregadores. Estava disposto a compartilhar seus pensamentos, expressan- do opiniões sólidas que divergiam das visões predominantes da época. Ele era produto da Ânglia Oriental rural, desafiando alegremente os valores da capital onde pregava. “Via de regra,” Spurgeon dizia aos alunos da faculda- de que fundara, “odeio os modismos da sociedade e detesto convencionalida- des.”5 O pregador repudiava a noção de que os ministros deveriam pertencer a uma classe refinada, distinta do povo comum. Seus alunos eram obriga- dos a morar nos lares de membros comuns da igreja, em vez de conviverem em uma habitação estudantil coletiva, para que não se tornassem presunço- sos em julgarem-se parte de uma classe separada de homens. A ideia vito- riana de um cavalheiro, detentor de um estilo de vida refinado e superior ao de seus companheiros, era anátema para ele. Contra o modelo do cavalheiro, Spurgeon estabeleceu a imagem de um homem. “Não raro, apenas um den- tre doze homens no púlpito”, queixou-se, “fala, de fato, como um homem”. 6 Essa qualidade trouxe-lhe condenação em muitos lugares, mas atraiu suas congregações. Em terceiro lugar, Magoon destacou a honestidade do propósito de Spurgeon. Ele era um pregador do evangelho cujo “comportamento era do- tado de franqueza e generosidade”.7 Ao contrário da maioria de seus con- temporâneos, Spurgeon estava preparado para levar o humor ao púlpito. “Não há mandamento algum na Bíblia”, observou, “que diga: ‘não rirás.’”8 Ele também estava disposto a denunciar opiniões que considerasse erradas. Com frequência, censurava o clero da Igreja Anglicana, criticando até mes- mo os fieis ocupantes de cargos dentro dela por permanecerem leais a uma instituição cujo ensino incluía o novo nascimento das crianças no batismo. Ele era particularmente hostil com a Igreja Católica Romana devido ao te- nebroso poder que exercia no mundo, tanto no passado como no presente. Se uma melhor compreensão das pessoas se dá ao conhecer seus heróis, é útil apontar que Spurgeon enaltecia Martinho Lutero, um homem “sempre 3 Matthew Arnold, Culture and Anarchy, ed. J. Dover Wilson. Cambridge: Cambridge University Press, 1935, p. 173. 4 Magoon, Modern Whitfield, xix. 5 C. H. Spurgeon, Lectures to My Students. Londres: Marshall, Morgan & Scott, 1954, p. 21. 6 Ibid., p. 111. 7 Magoon, Modern Whitfield, xxxi. 8 Ibid. PR OM OC IO NA L xiii PREFÁCIO autêntico”.9 Lutero não tinha medo de expressar suas opiniões genuínas, a despeito das consequências. Isso também era verdade sobre Spurgeon. Este notável pregador – inteligente, independente e honesto quanto ao seu propósito – ainda é amplamente lido. Esta série de volumes inclui quatrocentos sermões inéditos, os primeiros pregados por Spurgeon. Ele era um gênio precoce. Pregou seu primeiro sermão quando tinha apenas dezes- seis anos. Os volumes carregam não apenas o que Spurgeon escreveu, como também comentários que contextualizam os sermões. Notas detalhadas per- mitirão ao leitor compreender a mente em desenvolvimento de Spurgeon. É mostrado neste primeiro volume, por exemplo, que 44% de seus primeiros textos tiveram base no Antigo Testamento. Ao comparar tais números com uma amostra de sermões evangélicos americanos no século XXI, quando apenas 31% são baseados em textos do Antigo Testamento, temos algo em que refletir.10 Talvez Spurgeon estivesse mais familiarizado com a comple- tude de sua Bíblia do que muitos pregadores de tempos posteriores. O edi- tor, Christian George, como curador da biblioteca de Spurgeon no Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste, é excepcionalmente qualificado para a ta- refa, pois dispõe de muitos volumes do próprio pregador aos seus cuidados. Magoon imaginou-se dizendo a Spurgeon que através de sua seleção de ser- mões publicados nos Estados Unidos, o pregador inglês “logo... seria lido... desde o Atlântico Leste até o grande Pacífico do Oeste.”11 Agora, os primeiros esboços de Spurgeon estarão disponíveis para o mesmo público – e para um ainda mais amplo. DAVID BEBBINGTON Agosto de 2016 Universidade de Stirling 9 The Freeman, 1883, p. 803. 10 Notas pessoais de 200 sermões. 11 Magoon, Modern Whitfield, xxxvi. PR OM OC IO NA L xiv PREFÁCIO DO EDITOR Em 1859, um ministro americano chamado “Rev. H.” viajou para Londres com o objetivo de conhecer o famoso pastor da capela da rua New Park. Quando Spurgeon descobriu que seu convidado era do Alabama, sua “cordialidade diminuiu consideravelmente.” Uma viagem de seis meses pregando pelos Estados Unidos aceleraria a construção do Tabernáculo Metropolitano, mas poderiam os sulistas tolerar o posiciona- mento de Spurgeon contra a escravidão? Quando questionou seu convidado a respeito do assunto, o cidadão do Alabama lhe disse que “seria melhor não adotar tal conduta.”1 O conselho pode ter salvado a vida de Spurgeon. No mesmo ano, S. A. Corey, pastor da Igreja Batista da rua 18 em Nova York, convidou o jovem de vinte e quatro anos para pregar no teatro lírico Academy of Music pelo valor de dez mil dólares.2 A notícia da visita de Spurgeon foi recebida com grande expectativa no norte, e hostilidade no sul do país. De acordo com um jornal do Alabama, Spurgeon seria recebido com umespancamento “tão ter- rível que o faria envergonhar-se”.3 Em 17 de fevereiro de 1860,4 cidadãos de Montgomery, Alabama, protestaram publicamente contra o “notório aboli- cionista inglês”5 reunindo-se no pátio da prisão local para queimar seus “li- vros perigosos”6: 1 Spurgeon’s Anti-Slavery Mission to America. The Times-Picayune. 22 de outubro de 1859. 2 Ver Spurgeon and His $10,000 Offer. The Brooklyn Daily Eagle, 5 de fevereiro de 1859. 3 They Want Spurgeon. Daily Confederation. 30 de outubro de 1858. 4 Há certa confusão acerca da data das fogueiras em Montgomery. Alguns jornais britânicos alegaram ter ocorrido em 17 de janeiro (Mr. Spurgeon’s Sermons Burned by American Slaveowners. The Southern Reporter and Daily Commercial Courier. 10 de abril de 1860). Fontes americanas afirmam que a data mais provável seria dia 17 de fevereiro (Book Burning. Pomeroy Weekly Telegraph. 13 de março de 1860). 5 A citação inteira é: “Um cavalheiro desta cidade nos pede para convidar, e por meio desta convidamos, todas as pessoas em Montgomery que possuam cópias dos sermões do notório abolicionista inglês, Spurgeon, a enviá-los para o pátio da prisão a fim de serem queimados na próxima sexta-feira (desta semana). Há também uma lista de contribuição para a compra de todas as cópias dos ditos sermões agora disponíveis nas lojas de nossos livreiros, para que sejam queimadas na mesma ocasião (Montgomery Mail. Spurgeon’s Sermons – a Bonfire. Nashville Patriot. 15 de março de 1860). Ver também The Barbarism of Slavery. The Cleveland Morning Leader, 3 de julho de 1860; e Randolph County Journal, 5 de julho de 1860). A queima dos sermões de Spurgeon em Montgomery suscitou respostas cáusticas nos estados do norte, como a de Poughkeepsie Eagle em Nova Iorque: “Haverá – a não ser que cesse em breve esse fanatismo – uma grande fogueira onde haverá de ser queimado um outro Livro, do qual há certa circulação no sul, e o qual declara que é dever de todo homem ‘permitir ao oprimido ir livre’”. 8 de março de 1860. 6 Para um relato mais detalhado sobre a queima dos sermões de Spurgeon em Montgomery, Alabama, ver Burning Spurgeon’s Sermons, The Burlington Free Press, 30 de março de 1860. PR OM OC IO NA L xv PREFÁCIO DO EDITOR No sábado passado, dedicamos às chamas um grande número de cópias dos sermões de Spurgeon. Confiamos que as obras do detestável londrino vociferador receberão o mesmo tratamento em toda a região sul. E se o autor farisaico ousar aparecer por aqui, decerto uma corda robusta rapidamente encontrará seu caminho ao redor de sua eloquente garganta.7 Em 22 de março, um “Comitê de Vigilância”8 em Montgomery seguiu o exemplo e queimou os sermões de Spurgeon em praça pública. Uma sema- na depois, o Sr. B. B. Davis, dono de uma livraria, preparou “uma grande fo- gueira com gravetos de pinheiro” antes de reduzir cerca de sessenta volumes de sermões de Spurgeon “a fumaça e cinzas.”9 Os jornais britânicos observa- ram com sarcasmo que os Estados Unidos tinham dado a Spurgeon caloro- sas boas-vindas, “uma recepção literalmente radiante.”10 Fogueiras anti-Spurgeon iluminavam pátios, livrarias e tribunais em todos os estados sulistas. Em Virgínia, o Sr. Humphrey H. Kuber, um pre- gador batista e “cidadão altamente respeitável” do Condado de Matthews, queimou sete volumes de sermões de Spurgeon em capa de couro “no fun- do de um barril de farinha.”11 O ateamento de fogo foi assistido por “muitos cidadãos da mais alta posição”.12 Na Carolina do Norte, o famoso sermão de Spurgeon “Converta-se ou Queime”13 encontrou um destino semelhan- te quando um tal Sr. Punch “converteu-o em cinzas ao queimá-lo por intei- ro.”14 Em 1860, pastores proprietários de escravos “espumavam de ira por não poderem colocar as mãos no jovem Spurgeon”.15 Sua vida foi ameaçada, seus livros queimados, seus sermões censurados,16 e abaixo da divisa dos estados do norte, a mídia catalisou sua difamação. Na Flórida, Spurgeon era conhecido como “comilão, roliço, orgulhoso, farisaico presunçoso e 7 Mr. Spurgeon’s Sermons Burned by American Slaveowners. Ver também The Morning Advertiser, 2 de abril de 1860. Há uma afirmação similar emu ma carta de um ministro da Virgínia, James B. Taylor: “Admiro-me que a terra não tenha se aberto e engolido Spurgeon. É uma pena que aquela corda do sul não esteja ao redor de sua garganta eloquente!” Review of a Letter from Rev. Jas. B. Taylor, Richmond, The Liberator. 6 de julho de 1860, p. 108. 8 News from All Nations, The Bradford Reporter, 22 de março de 1860. 9 Book-Burning in Montgomery, Ala., Randolph County Journal, 29 de março de 1860. Ver também Another Bonfire of Spurgeon’s Sermons, The Wilmington Daily Herald 12 de março de 1860. 10 The Morning Advertiser, 2 de abril de 1860. Ver também The Rev. C. H. Spurgeon in Scotland, The Morning Advertiser, 11 de março de 1861. 11 Para uma versão mais acurada deste relato, ver Mr. Spurgeon’s Sermons: Why They Were Burned by Virginians, The New York Times, 9 de julho de 1860. 12 Virginia News, Alexandria Gazette and Virginia Advertiser, 22 de junho de 1860. Ver também Burning Spurgeon, Richmond Dispatch, 5 de junho de 1860, e Brooklyn Evening Star, 22 de junho de 1860. 13 Spurgeon pregou o sermão Turn or Burn (PRNP 2, Sermão 106) em 7 de dezembro de 1856. 14 Our Politeness Exceeds His Beauty, North Carolina Christian Advocate, 10 de julho de 1857. 15 Espionage in the South, The Liberator, 4 de maio de 1860. 16 As reportagens a seguir sugerem que a censura aos sermões de Spurgeon foi amplamente divulgada pelos jornais americanos: “Beecher apontou que a edição americana dos sermões de Spurgeon não contém seu posicionamento a respeito da escravidão como contém a edição inglesa. Foi feita uma comparação entre as duas edições e o apontamento é inequívoco.” (Spurgeon Purged, Ashtabula Weekly Telegraph, 26 de novembro de 1859). Em abril do ano seguinte, o jornal reportou que “graves acusações foram feitas a respeito de interpolações e modificações na edição americana de seus sermões, para fins de adequação aos escrúpulos americanos e para garantir os rendimentos de seu trabalho”. 14 de abril de 1860. Ver também Ex- Spurgeon, Ohio State Journal, 29 de novembro de 1859. PR OM OC IO NA L xvi PREFÁCIO DO EDITOR inglês tagarela.”17 Na Virgínia, era denominado um “rapaz gordalhufo”;18 em Louisiana, um “inglês digno do inferno”;19 e na Carolina do Sul, um “jo- vem vulgar” com “cabelos sujos, dentes proeminentes e um ar de autos- satisfação”.20 Os georgianos foram encorajados a “não prestarem atenção nele”.21 Os carolíngios “gostariam de ter uma boa oportunidade com o pre- gador hipócrita” e ressentiram-se das suas “opiniões diabólicas, contra a nossa Constituição e os nossos cidadãos.”22 O Registo Semanal de Raleigh reportou que qualquer um que vendesse os sermões de Spurgeon deveria ser preso e acusado de “disseminar publicações incendiárias”.23 Os batistas do sul estão entre os principais antagonistas de Spurgeon. 24 O jornal Batista de Mississippi esperava que “nenhum batista do sul ad- quirisse qualquer um dos livros incendiários.”25 Os colportores batistas da Virgínia foram forçados a devolver todas as cópias de seus sermões à edi- tora. 26 O Batista do Alabama e o Batista do Mississippi diziam que “tira- riam-lhe o couro”.27 O Batista do Sudoeste e outros jornais denominacionais levariam a “criança mimada à devida punição.”28 Em meio a tamanho caos, Spurgeon tentou publicar vários cader- nos de sermões do início de seu ministério. Contudo, a promessa aos seus leitores, feita em 1857, não seria cumprida devido às dificultosas circuns- tâncias da vida em Londres. Que poético fora, portanto, que 157 anos após O Patriota De Nashville ter caluniado Spurgeon por seu “espírito intro- metido”29, uma editora de Nashville completasse a tarefa que ele falhara em realizar. Quão acertado é que os primeiros sermões de Spurgeon sejam publicados não por Passmore & Alabaster em Londres, mas por america- nos. E não somenteamericanos, como americanos sulistas. E não somente 17 A Southern Opinion of the Rev. Mr. Spurgeon, The New York Herald, 1 de março de 1860. 18 The Great Over-Rated, The Daily Dispatch, 17 de agosto de 1858. 19 Spurgeon on Slavery, The Bossier Banner, 24 de fevereiro de 1860. 20 Spurgeon and the Lady, Charleston Courier, 15 de junho de 1858. 21 Macon Weekly Telegraph, 25 de fevereiro de 1860. 22 Rev. Mr. Spurgeon, The North Carolinian, 18 de fevereiro de 1860. 23 Rev. Mr. Spurgeon, The Weekly Raleigh Register, 15 de fevereiro de 1860. 24 Spurgeon tinha dez anos de idade quando as tensões devido à escravidão resultaram em convenções reunindo batistas do sul em Augusta, Georgia, para formar a Convenção Batista do Sul em 1845 (ver A. H. Newman, A History of the Baptist Churches in the United States, Nova Iorque: The Christian Literature Co., 1894, p. 443–47). De 20 a 22 de junho de 1995, a CBS adotou uma resolução em Atlanta, Georgia, admitindo que “nosso relacionamento com os afro-americanos foi prejudicado desde o início, devido ao papel que a escravidão teve na formação da Convenção Batista do Sul,” e “Muitos dos nossos batistas do sul toleraram e defenderam o direito à posse de escravos, e até mesmo participaram, apoiaram ou aquiesceram com a natureza particularmente desumana da escravidão americana.” A resolução também afirmava que eles “firmemente condenam o racism, em todas as suas formas, como um pecado deplorável.” (Resolution on Racial Reconciliation on the 150th Anniversary of the Southern Baptist Convention”, 1995. Último acesso em 18 de maio de 2016 <www.sbc.net/resolutions/899/ resolution-on-racial-reconciliation-on-the-150th-anniversary-of-the-southern-baptist- convention>. 25 The Weekly Mississippian, 14 de março de 1860. 26 Spurgeon Repudiated, Newbern Weekly Progress, 20 de março de 1860. Ver também Spurgeon Rejected in Virginia, Cincinnati Daily Press, 28 de março de 1860. 27 Prof. J. M. Pendleton of Union University, Tenn., and the Slavery Question, The Mississippian, 4 de abril de 1860. 28 Mr. Spurgeon, The Edgefield Advertiser, 22 de fevereiro de 1860. 29 Spurgeon’s Sermons – a Bonfire, Daily Nashville Patriot, 15 de março de 1860. PR OM OC IO NA L xvii PREFÁCIO DO EDITOR americanos sulistas, como americanos sulistas e batistas com toda a baga- gem de seu passado manchado. Como batista sulista do Alabama, permita-me confessar o meu pró- prio preconceito. Passei a maior parte da minha vida profissional dedicado a estudar Spurgeon. Encontrei nele (e compartilho com ele) um compromisso genuíno em tornar Jesus Cristo conhecido às nações. Assim como ele, tam- bém estou profundamente investido na igreja e assumo os mesmos impulsos evangélicos que alimentaram o ministério de Spurgeon. Admiro seu posicio- namento pela justiça social, seu amor pelos marginalizados e seu compro- misso com a ortodoxia Bíblica. A linguagem de Spurgeon nem sempre é teologicamente precisa. Às vezes, sua retórica colorida, alegórica e experimental torna as observações acadêmicas desafiadoras. No entanto, Spurgeon não era um teólogo no sen- tido sistemático e nunca afirmou sê-lo. Ele era um pregador. E, como tal, sua preocupação final não era elaborar manuscritos perfeitos – embora gastas- se muito tempo revisando seus sermões para publicação. Sua maior preo- cupação era, como sugeria seu famoso título, tornar-se um Conquistador de Almas. Com a pena e o púlpito, Spurgeon devotou suas habilidades literá- rias e intelectuais a serviço da igreja. O seu dom extraordinário de apresen- tar ideias complexas no vernáculo da classe trabalhadora o distinguia de muitos dos seus contemporâneos e dava-lhe audiências A pregação de Spurgeon não emergiu nas torres de marfim de Cambridge, mas nas humildes aldeias que a rodeavam. Ele estava mais preocupado em alimentar ovelhas do que girafas. 30 Spurgeon iniciou seu ministério como um pregador rural, não urbano. Os membros da Capela de Waterbeach eram agricultores e trabalhadores. Mesmo após se mudar para Londres, Spurgeon mantinha sua linguagem acessível inicial e usava ilustrações comuns à vivência vitoriana. Sua pregação teve êxito em Southwark, região devastada pela cólera, próxima a depósitos, destilarias e fábricas de Londres. Isso deu a Spurgeon certa familiaridade às condições da população que, quando combinada aos seus próprios males físicos e mentais, produziu nele um incomum nível de empatia para com seus contemporâneos. Spurgeon “nunca sofreu de ausên- cia de sofrimento”.31 30 “Devemos pregar de acordo com a capacidade de nossos ouvintes. O Senhor Jesus não disse: ‘Apascenta minhas girafas’, mas ‘Apascenta minhas ovelhas’. Nunca devemos colocar a forragem no alto com nossa linguagem refinada, mas usar de simplicidade em nosso discurso.” C.H. Spurgeon, The Salt-Cellars: Being a Collection of Proverbs, Together with Homely Notes Thereon. Nova Iorque: A. C. Armstrong and Son, 1889, p. 56; “Alguns irmãos colocam o alimento em m nível tão alto, que as pobres ovelhas não conseguem se alimentar. Quando ouço nossos eloquentes amigos, os imagino pensando que o nosso Senhor tenha dito: ‘Apascenta minhas girafas.’ Somente girafas poderiam alcançar um alimento colocado em tão alto nível. Cristo diz: ‘Apascenta minhas ovelhas”, coloque o alimento entre elas, coloque-o junto delas.” (PTM 56, p. 406). 31 Christian George, Raising Spurgeon from the Dead, Desiring God, 5 de dezembro de 2015. Último acesso em 18 de maio de 2016. <http://www.desiringgod.com/articles/raising-spurgeon-from-the-dead>. PR OM OC IO NA L xviii PREFÁCIO DO EDITOR No auge da minha doença em 2013, os primeiros sermões de Spurgeon tiveram um profundo efeito em mim. Durante uma série de cirurgias, meus olhos se depararam com uma frase no Caderno 1: “pense muito na graça, cristão.”32 Ao longo dos doze meses da minha recuperação, essas palavras trouxeram- me tanto encorajamento que duvido que acabem por cair no esquecimento. Sempre que novas descobertas são feitas – sejam diários perdidos, cartas, hinos, poemas ou sermões – existe a oportunidade de aprofundarmos o nosso conhecimento acerca de determinado assunto ou pessoa. Em 2011, somente um punhado de estudantes de doutorado, no mundo inteiro, esta- vam escrevendo sobre Spurgeon. Hoje, cerca de duas dúzias estão entrando nesse campo de estudo. Ainda há muito trabalho a ser feito. Cavernas inex- ploradas repletas de recursos aguardam exploração. Minha esperança é que a publicação dos sermões perdidos de Spurgeon inspire gerações futuras de acadêmicos a minerar os tesouros teológicos ainda inexplorados. Tenho também esperança de que este projeto promova um revigorado senso de unidade, de missão e de testemunho cristãos entre todo o evange- licalismo. O recente crescimento do interesse por Spurgeon pode e deve ser usado para benefício do Reino. Spurgeon pode se tornar um agente de cura. Todos podem reivindicá-lo, independentemente de linha teológica ou cam- po de estudo, e assim o fazem. O apelo de Spurgeon estende-se não somente através das barreiras denominacionais, mas também por toda a amplitude da tradição evangélica. Com a vindoura acessibilidade dos sermões de Spurgeon no site re- paginado, spurgeon.org, e com os avanços dos estudos na Biblioteca de Spurgeon, do Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste, as gerações mais novas e mais velhas terão diante de si incríveis oportunidades de unirem-se como testemunhas perante o mundo em celebração pelo que Deus tem reali- zado na história. Quem poderá saber? Talvez, tenha sido por esta razão que os sermões foram perdidos no século XIX e encontrados no século XXI. Em 1860, um artigo intitulado “O Sr. Spurgeon e os Americanos Proprietários de Escravos” trazia as seguintes palavras: “daqui em diante, os batistas do sul, ao visitarem Londres, não desejarão comungar com este fenômeno do século XIX. Arriscamos a profecia de que seus livros no futu- ro não encherão as prateleiras dos nossos mercadores de livros do sul.Isso não acontecerá. Não deve acontecer.”33 Em 1889, Spurgeon proferiu sua pró- pria profecia: “de minha parte, estou muito disposto a ser jogado aos cães pelos próximos cinquenta anos, mas o futuro mais distante haverá de me vindicar.”34 32 Ver God’s Grace Given to Us (Sermão 14). 33 The Christian Index, repr. em Mr. Spurgeon and the American Slaveholders, The South Australian Advertiser, 23 de junho de 1860. 34 The Preacher’s Power, and the Conditions of Obtaining It (ST, agosto de 1889), p. 420. PR OM OC IO NA L xix PREFÁCIO DO EDITOR O futuro mais distante, de fato, vindicou Spurgeon. Seus sermões, de fato, enchem as prateleiras das livrarias sulistas. Como corretamente obser- vou Carl F. H. Henry, Spurgeon tornou-se “um dos imortais do cristianis- mo evangélico”.35 Por todo o Alabama, a Virgínia e pelos Estados Unidos da América, os livros do “notório abolicionista inglês” ainda queimam; irradiam luz e vida em um mundo escuro e moribundo. Passada a Proclamação da Emancipação em 1863, a reputação de Spurgeon melhorou entre os batistas do sul. Muitas de suas igrejas foram nomeadas em homenagem ao Tabernáculo Metropolitano de Spurgeon, como a Igreja Batista Capitol Hill, de Mark Dever, em Washington, DC, que originalmente chamava-se “Igreja Batista Metropolitana”.36 Batistas do sul, como John A. Broadus, fundador do Seminário Batista do Sul em Louisville, Kentucky, reuniram-se como um rebanho na região de Elephant & Castle para ouvir a pregação de Spurgeon. Depois de sua visita em 1891, Broadus disse: “a coisa toda – o lugar, a congregação, a ordem, a adoração, a pregação – estava tão perto do meu ideal quanto acredito que verei nesta vida.”37 Em junho de 1884, a faculdade do seminário escreveu uma carta coletiva de re- comendação a Spurgeon: Agradecemos a Deus por tudo o que Ele te fez ser e, por sua gra- ça, permitiu que te tornasses e alcançasses. Regozijamo-nos pelo seu grande e maravilhoso trabalho como pastor e pregador, tam- bém pelo orfanato e pela Universidade do Pastor [sic]; alegramo- -nos ainda nos seus numerosos escritos, repletos de fulgurante inventividade, tão cheios do espírito do evangelho. E agora, hon- rado irmão, invocamos sobre você as bênçãos contínuas de nosso Deus do pacto. Que tua vida e saúde sejam poupadas por muito tempo, se for a vontade Dele; que a Providência ainda se agrade da tua variada obra, e que o Espírito Santo abençoe ricamente as tuas mensagens faladas e escritas à humanidade.38 Em 1892, B. H. Carroll, fundador do Seminário Teológico Batista do Sudoeste, em Fort Worth, Texas, refletiu sobre o duradouro legado de Spurgeon: “O fogo provou seu trabalho. Ainda não pôde consumi-lo.” E acrescentou: “Quando Bonaparte morreu, Phillips disse: ‘ele desceu ao tú- mulo.’ Quando Spurgeon morreu, o mundo disse: ‘ele ascendeu ao céu.’”39 O notável teólogo Augustus Hopkins Strong tinha tanta admiração por Spurgeon que, em 17 de junho de 1887, levou John D. Rockefeller a Londres 35 Carl. F. H. Henry, citado em Lewis Drummond, Spurgeon: Prince of Preachers (3a ed.; Grand Rapids, MI: Kregel, 1992), p. 11. 36 Ver Timothy George, Puritans on the Potomac, First Things, 2 de maio de 2016. Último acesso em 18 de maio de 2016. 37 A. T. Robertson, Life and Letters of John Albert Broadus. Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1910, p. 243. 38 Ibid., 342. 39 Essas duas citações foram retiradas do discurso de B. H. Carroll, em 1892, The Death of Spurgeon (J. B. Cranfill, comp., Sermons and Life Sketch of B. H. Carroll. Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1895. p. 25, 44). PR OM OC IO NA L xx PREFÁCIO DO EDITOR para conhecê-lo. Após duas horas de comunhão, os dois americanos concluí- ram que “o segredo do sucesso do Sr. Spurgeon era sua piedade e sua fé. Acima de tudo mais, ele parecia ser um homem de oração.”40 Em 1934, Georg W. Truett, pastor da Primeira Igreja Batista em Dallas, Texas, foi o único orador convidado a fazer um discurso de cinquen- ta e cinco minutos no Royal Albert Hall, em Londres, para a celebração do ano centenário do nascimento de Spurgeon.41 O sucessor de Truett na Primeira Batista de Dallas, W. A. Criswell, afirmou certa vez que Spurgeon fora “o maior pregador que já existiu.” E acrescentou: “Quando eu chegar ao céu, depois de ver o Salvador e minha querida família, quero ver Charles Haddon Spurgeon.”42 Billy Graham aplaudiu Spurgeon por ser “um prega- dor que exaltou a Cristo – eternamente.”43 Charles Spurgeon chegou aos Estados Unidos. Através das rotações de mil engrenagens da graça, seus primeiros sermões atravessaram um sé- culo e um oceano para serem lidos por novos públicos. Semelhante a Abel, que “depois de morto, ainda fala” (Hb 11:4 BKJ 1611), Spurgeon ainda tem algo a dizer. “Eu lançaria a minha sombra através de eras eternas se pudesse,”44 declarou certa vez. E, de fato, sua sombra estendeu-se à nos- sa era. Poucos pregadores são mencionados, transformados em memes, tui- tados e citados (ou citados equivocadamente) com tanta frequência quanto Spurgeon. Os historiadores do futuro terão razão em enxergar a publicação de seus Sermões Perdidos como pertencente a uma narrativa extraordinária e inesperada de redenção. A publicação destes sermões atingirá seu pleno potencial quando guiar os leitores não apenas até Spurgeon, mas por Spurgeon até Jesus Cristo. À medida que as palavras de João Batista se tornarem nossas, “[Cristo] deve crescer, mas eu devo diminuir” (Jo 3:30 BKJ 1611), e à medida que os ser- mões informarem mentes, reformarem corações e transformarem vidas, então a energia valerá o dispêndio, e gerações futuras vislumbrarão não so- mente a sombra de Spurgeon, mas o Filho que provocou a sombra.45 B. H. Carroll uma vez disse: “a grande e gritante necessidade das nossas igrejas nos dias de hoje é fogo”46 Se pudermos compartilhar o desejo 40 Crerar Douglas, Autobiography of Augustus Hopkins Strong. Valley Forge, PA: Judson Press, 1981, p. 300. Ver também ST, julho de 1887, p. 369. 41 Ver Keith E. Durso, Thy Will Be Done: A Biography of George W. Truett. Macon, GA: Mercer University Press, 2009, p. 214. Truett também fez um discurso, intitulado Spurgeon: Herald of the Everlasting Evangel na Marble Collegiate Church em Nova Iorque, no dia 8 de maio de 1934 (ver Centenary Program in Honor and Recognition of Charles Haddon Spurgeon nos arquivos da Biblioteca Spurgeon). 42 W. A. Criswell, citado em PRNP, 1: sobrecapa. 43 Billy Graham, citado em PRNP, 3: sobrecapa. 44 W. A. Fullerton, C. H. Spurgeon: A Biography. Londres: Williams and Norgate, 1920, p. 181. 45 Usei parte da verbosidade deste parágrafo e do anterior em inúmeras ocasiões em entrevistas, blogs, mídias sociais e em minha entrevista para o documentário de Stephen McCaskell sobre Spurgeon, Through Spurgeon’s Eyes. Último acesso em 18 de maio de 2016 <www.throughtheeyesofspurgeon. com>. Contudo, escrevi este material pela primeira vez para a introdução contextual da linha do tempo The Man and His Times: Charles Haddon Spurgeon, que se encontra pendurado na parede da entrada da Biblioteca Spurgeon no Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste, em Kansas, Missouri. 46 Cranfill, Sermons and Life Sketch of B. H. Carroll, p. 42, ênfase adicionada. PR OM OC IO NA L xxi PREFÁCIO DO EDITOR de Carroll por fogo, então as palavras de Helmut Thielicke a respeito de Spurgeon ainda soarão verdadeiras: “essa sarça da antiga Londres ainda arde e não mostra quaisquer sinais de que será consumida.”47 Christian T. George Professor Assistente de Teologia Histórica Curador da Biblioteca de Spurgeon do Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste Kansas, Missouri 47 Helmut Thielicke, Encounter with Spurgeon (trad. John W. Doberstein). Stuttgart, Alemanha: Quell- Verlag, 1961, p. 4. PR OM OC IO NA L xxii AGRADECIMENTOS Ao longo dos últimos sete anos, fiquei em dívida com numerosos indi-víduos que emprestaram tempo e talento para a formação e publica-ção deste projeto:David Bebbington se interessou por este projeto desde o início, e sou grato pela forma encorajadora como ele cuidou desses sermões. Steve Holmes, meu supervisor de doutorado na Universidade de St. Andrews, tam- bém contribuiu com oportunos conselhos e orientações ao longo dos anos. Tom Wright, Ian Randall, Mark Elliot e Ian Bradley foram fundamentais no aperfeiçoamento da minha escrita e no aprimoramento dos meus pensamen- tos sobre a Cristologia de Spurgeon. Timothy Larson, Brian Stanley, Mark Hopkins, Michael Haykin e Tom Nettles ampliaram minha compreensão do evangelicalismo do século XIX de maneiras que beneficiaram diretamente este volume atual. J. I. Packer, Chuck Colson (1931-2012) e Mark Dever ofereceram am- plo direcionamento para a minha pesquisa. Estou em dívida com a sua orien- tação, seu apoio e investimento em minha vida. Àqueles em St. Andrews que testemunharam o estágio embrionário desta pesquisa, também permaneço grato: Liam Garvey, que à época era pastor da Igreja Batista de St. Andrews; meus colegas de doutorado; os alunos de quem fui tutor na Universidade de St. Mary; e, também, Lawrence Foster (1991-2010), cujas encantadoras con- versas sobre Spurgeon no Eden Golf Course fizeram as frequentes crateras que formei em seus bunkers sempre valerem a pena. Quando Nigel Wright e Andy Brockbank da Universidade de Spurgeon assinaram o contrato comigo em 2010 para publicar os sermões de Spurgeon, eu não poderia ter previsto o escopo deste projeto. Os oportunos e-mails de Nigel ao longo dos anos estão entre as minhas correspondências mais apre- ciadas. Peter Morden, diretor da Universidade de Spurgeon, é um estudioso de Spurgeon do mais alto calibre, cuja amizade valorizo. Estou também em dívida com a bibliotecária da Universidade por muitos anos, Judy Powles, que auxiliou minha pesquisa nos Arquivos da Sala do Patrimônio, junta- mente com Mary Fugill, organizou prolongadas visitas de pesquisa. Roger Standing, Helen Stokley, Annabel Haycraft, a junta de gover- nantes, e todos aqueles que servem na administração da Universidade de PR OM OC IO NA L xxiii AGRADECIMENTOS Spurgeon, recebam também a minha gratidão. Sua parceria contínua com a B&H Academic e com a Biblioteca Spurgeon tem resultado no excelente trabalho de manter vivo o legado de Spurgeon para gerações emergentes de acadêmicos, pastores e estudantes. O fotógrafo de Londres, Chris Gander, também merece reconhecimento especial por sua incansável determinação em fotografar cada página dos cadernos de Spurgeon. Após me mudar de St. Andrews para lecionar na Universidade Batista de Oklahoma, o projeto se beneficiou da liderança do Presidente David Whitlock, do Reitor Stan Norman e do Diretor Mark McClellan. Meus co- legas da Universidade de Teologia Herschel H. Hobbs e de outros departa- mentos ofereceram úteis comentários sobre a edição inicial e a organização dos sermões. Também sou grato pelos assistentes de pesquisa que oferece- ram seu tempo para me ajudar na proposta original: Cara Cliburn Allen, Justine Kirby Aliff, Kasey Chapman, Raliegh White, e Christina Perry. Durante o meu último semestre em Shawnee, Oklahoma, Jim Baird, vice-presidente da B&H Academic, manifestou interesse em publicar estes sermões. Não me escapam o entusiasmo de Jim, seu compromisso com as publicações cristãs e sua coragem para realizar um projeto de um milhão de palavras. Ele e sua competente equipe em Nashville estão em comuni- cação direta com o editor original de Spurgeon em Londres, Passmore & Alabaster, que teria publicado esses sermões em 1857-1858 se Spurgeon ti- vesse completado seu processo de edição. Um agradecimento especial para Chris Thompson, Dave Schroeder, Mike Cooper, Audrey Greeson, Jade Novak, Chris Stewart, Steve Reynolds, India Harkless, Debbie Carter, Judi Hayes, Lesley Paterson-Marx, Jason Jones, Ryan Camp, Roy Roper e Jennifer Day por darem forma ao projeto até agora. Também sou grato por Trevin Wax, Chris Martin e Brandon Smith. Tenho profunda gratidão pelo meu agente literário, Greg Johnson, um amigo e companheiro na obra. Um momento crucial do projeto foi em 2014, quando Jason Allen, pre- sidente do Seminário Teológico Batista do Meio-Oeste, me contratou para ensinar teologia histórica e servir como curador da Biblioteca Spurgeon. Sua aplicação de recursos e seu entusiasmo para com estes sermões me permi- tiram realizar uma publicação de tal escopo. Sou grato por sua amizade, liderança, iniciativa e visão de tudo o que Deus tem reservado para este se- minário. Connie e Bill Jenkins foram generosos contribuindo com a cons- trução da Biblioteca de Spurgeon, e seu apoio forneceu a plataforma sobre a qual este projeto se ergue. A oportunidade de fazer a curadoria dos milha- res de volumes que Spurgeon possuía, muitas vezes recheados de anotações, acrescentou inúmeras camadas de valor inesperado à pesquisa. Spurgeon dispunha de alguns dos livros dessa coleção durante o período em que escre- veu seus primeiros sermões. A faculdade, a administração e a equipe do Seminário do Meio- Oeste têm sido fundamentais na criação de um ambiente onde a pesquisa e a colegialidade se sobressaem. Sou particularmente grato ao Reitor Jason PR OM OC IO NA L xxiv AGRADECIMENTOS Duesing, aos Diretores Thor Madsen e John Mark Yeats, ao Vice-Presidente das Relações Institucionais Charles Smith, e a todos aqueles que trabalham no Departamento de Comunicações, na biblioteca do seminário e na livraria que diariamente encarnam a bondosa providência de Deus. Descobri um amigo para a vida inteira em Jared Wilson, diretor do setor de Estratégia de Conteúdo e Editor-Chefe da “For The Church” (www.ftc.co). Jared é um artífice das palavras por excelência que não cessa de falar sobre a graça, e cujas conversas semanais me sustentaram durante a edição destes sermões. Sou grato por Jared, pelas “cabecinhas pensantes” que se juntaram às nossas discussões semanais e por todos aqueles associa- dos à Biblioteca de Spurgeon. Aprecio a vida de Brian Albert, David Conte, dos assistentes de pesquisa Ronni Kurtz, Adam Sanders, Tyler Sykora e Phillip Ort, adições recentes, mas essenciais, que superaram abnegadamen- te o chamado do dever e sem os quais eu não poderia ter concluído o presente volume no prazo. Sou grato também pela equipe de Acadêmicos do Spurgeon que trabalhou em alguma medida no projeto: Allyson Todd, Cody Barnhart, Colton Strother, Austin Burgard, Gabriel Pech e Jordan Wade. Agradeço também a Chad McDonald, meu pastor na Igreja Batista de Lenexa, cujos ser- mões raramente sofriam a ausência de uma comovente citação de Spurgeon. Durante a minha pesquisa em Oxford, Cambridge e Londres em no- vembro e dezembro de 2014, os seguintes bibliotecários ofereceram-me a sua experiência: • Emily Burgoyne, assistente bibliotecária, Biblioteca e Acervo Angus, Universidade de Regent Park, Universidade de Oxford; • Yaye Tang, assistente de arquivo, Acervo e Estudos Locais de Cambridgeshire, Shire Hall; • Josh E. Acton, Myles Greensmith, Celia Tyler e Mary Burgess, as- sistentes de estudos locais com a Cambridgeshire Collection, Biblioteca Central; • Anne Taylor, chefe do Departamento de Mapas, e Ian Pittock, biblio- tecário assistente, Sala de Mapas, Biblioteca da Universidade de Cambridge; • Stephen Southall, Dorrie Parris, Marion Lemmon e Anne Craig, Biblioteca Independente de Waterbeach; • John Matthews, arquivista, Igreja Batista da Rua St. Andrew; • Os bibliotecários da Biblioteca Pública de Cherry Hinton, da Associação Bibliotecária da Comunidade de Bottisham e do Conselho de Informação e Serviço de Biblioteca do Condado de Suffolk; os bibliotecários da Biblioteca de Dr. Williams e da Biblioteca John Harvey, Londres. Sou grato pela tremenda hospitalidade de Osvaldo e Kristen Padilla, bem como se seu filho Philip, durante essa temporada de pesquisa no Reino Unido. PR OM OC IO NA L xxv AGRADECIMENTOS Também agradeço pela assistência prestada por Taylor Rutland,Pam Cole e Amanda Denton do Seminário Teológico Batista de New Orleans, juntamente com Jeff Griffin, Eric Benoy e Kyara St. Amant. Numerosos in- divíduos também contribuíram para este projeto à distância e merecem reco- nhecimento: Peter Williams na Editora Tyndale, Cambridge; Charles Carter, Robert Smith Jr., Gerald Bray, Paul House, Vickie Gaston e Le-Ann Little na Escola de Teologia Beeson; e David Dockery, Thomas Kidd, Nathan Finn, David Crosby, Fred Luter e meu amigo peregrino de longa data, David Riker. Também sou grato por Stephen McCaskell, cujo documentário Através dos Olhos de Spurgeon (www.throughtheeyesofspurgeon.com) permanece ven- cedor, e Jeff Landon, que advoga por Spurgeon através do site www.mis- sionalwear.com. Este projeto também encontrou apoio naqueles que estão histórica e até biologicamente conectados a Spurgeon. Sou grato a Darren Newman e a Mary McLean, residentes atuais da casa de Teversham, onde Spurgeon pregou seu primeiro sermão; a Martin Ensell, pastor da Capela Waterbeach, e sua esposa, Angela, por sua hospitalidade; e também a Peter Masters, pastor sênior do Tabernáculo Metropolitano. Sinto-me honrado por conhecer os descendentes vivos de Spurgeon: David Spurgeon (bisneto), que conheci pouco antes da sua morte, em 2015. Sua esposa, Hilary, e seus dois filhos, Susie (junto ao seu marido, Tim, e filhos, Jonah, Lily, Juliet e Ezra) e Richard (junto à sua esposa, Karen, e filha, Hannah), tornaram-se família para mim. Eu gostaria especialmente de agradecer ao meu pai, que primeiro me inspirou a ler Spurgeon em uma peregrinação à Inglaterra, e que continua a modelar com excelência a pregação, a paternidade, a hospitalidade e os estudos cristãos. Minha mãe é uma das melhores escritoras que conheço, e os seus encorajamentos ao longo do caminho permitiram-me realizar com mais qualidade este projeto. Bayne e Jerry Pounds foram guerreiros de ora- ção para nós desde o início e seriam necessários parágrafos adicionais para agradecê-los por tudo o que fizeram. Hannah e Jerry (e Luke e Caroline) Pounds são família que se tornaram amigos preciosos, e também sou gra- to pela amizade de Stephanie e Nic Francis (e Andrew, Ella Grace e Caleb). Sou imensamente grato a Jane e a Jack Hunter, e a Dorothy Smith, uma editora extraordinária que trabalhou incansavelmente nos sermões durante os primeiros estágios da edição. As palavras mais calorosas de gratidão, reservo à minha esposa, Rebecca – escritora, editora e acadêmica, cujas habilidades são excepcio- nais. A companhia de Rebecca fez com que valesse a pena caminhar por essa estrada. Quando encontrei os sermões em Londres, Rebecca estava comigo. Desde então, ela se sacrificou muito em doar centenas de horas para editar, revisar, pesquisar, contribuir com ideias e melhorar todos os as- pectos deste projeto. Se não fosse a intrépida determinação de Rebecca em 2013, durante a minha doença, os Sermões Perdidos teriam permanecido tão perdidos hoje quanto estavam na época em que Spurgeon os abandonou PR OM OC IO NA L xxvi AGRADECIMENTOS em 1857, quando suas próprias circunstâncias de vida impediram a publi- cação. A Rebecca dou todo o crédito, não somente por salvar a vida deste projeto, mas também por salvar a vida do seu editor. Quando a primeira cópia de seu comentário de sete volumes sobre os Salmos, O tesouro de Davi, foi encadernada, Spurgeon “olhou para ela com carinho, como se olhasse para um filho querido.”11 O lançamento des- te presente volume tem despertado um sentimento semelhante em nós e em muitos que têm desempenhado um papel na administração destes sermões. A eles, e a todos aqueles prestes a se juntarem à nossa jornada, continuo a ser um servo agradecido. 11 Eric Hayden, introdução de The Treasury of David, por C. H. Spurgeon. Londres: Passmore & Alabaster. Pasadena, TX: Pilgrim Publications, 1983, 1:iii. PR OM OC IO NA L xxvii LISTA DE ABREVIAÇÕES Autobiografia C. H. Spurgeon’s Autobiography. Compiled from His Diary, Letters, and Records, by His Wife, and His Private Secretary. (TL1: Autobiografia de C. H. Spurgeon. Compi- lada pelos seus diários, cartas e gravações, por sua esposa e seu secretário particular). 4 volumes. Londres: Passmo- re & Alabaster, 1899–1900. Biblioteca Spurgeon. Aula Expositiva Lectures to My Students: A Selection from Addresses De- livered to the Students of the Pastors’ College, Metropoli- tan Tabernacle. (TL: Aulas expositivas para meus alunos: uma seleção dos discursos feitos para os estudantes do Pastors’ College, no Tabernáculo Metropolitano). Lon- dres: Passmore & Alabaster, 1893. Biblioteca Spurgeon. PTM The Metropolitan Tabernacle Pulpit: Sermons Preached and Revised by C. H. Spurgeon. (TL: O Púlpito do Taber- náculo Metropolitano: sermões pregados e revisados por C. H. Spurgeon). Volumes 7-63. Pasadena, TX: Pilgrim Publications, 1970–2006. Caderno Spurgeon Sermon Outline Notebooks. (TL: Cadernos de es- boços dos sermões de Spurgeon). 11 volumes. Sala do Patri- mônio, Universidade Spurgeon, Londres. K1/5, U1.02. PRNP The New Park Street Pulpit: Containing Sermons Prea- ched and Revised by the Rev. C. H. Spurgeon, Minister of the Chapel. (TL: O púlpito da rua New Park: contém os sermões pregados e revisados pelo Ver. C. H. Spurgeon, ministro da capela). 6 volumes. Pasadena, TX: Pilgrim Publications, 1970–2006. EE The Sword and the Trowel; A Record of Combat with Sin & Labour for the Lord. (TL: A espada e espátula; um registro do combate contra o pecado e do trabalho para o Senhor). 37 volumes. Londres: Passmore & Alabaster, 1865–1902. Biblioteca Spurgeon. 1 Tradução Livre. PR OM OC IO NA L xxviii LISTA DE ABREVIAÇÕES TD C. H. Spurgeon, The Treasury of David: Containing an Original Exposition of the Book of Psalms; A Collection of Illustrative Extracts from the Whole Range of Literature; A Series of Homiletical Hints Upon Almost Every Verse; And Lists of Writers Upon Each Psalm. (TL: O Tesouro de Davi: contém uma exposição original do Livro de Salmos; uma coleção de extratos ilustrativos de toda a Literatura; uma série de alusões homiléticas em quase todo verso; listas de escritores para cada salmo). 7 Volumes. Londres: Passmore & Alabaster, 1869–1885. Biblioteca Spurgeon. PR OM OC IO NA L xxix LINHA DO TEMPO 1800–1910 *As entradas relativas a Spurgeon estão em vermelho. As entradas contextuais estão em preto. 1800 O missionário batista William Carey e O Serampore Trio veem os primeiros convertidos na Índia. 1800 A Biblioteca do Congresso é fundada em Washington, DC., como biblioteca referência para o Congresso. 1 jan. 1801 O Ato de União une a Irlanda e a Grã-Bretanha para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. 10 mar. 1801 O Censo do Reino Unido contabiliza uma população de nove milhões na Inglaterra e no País de Gales. 1802 Os Atos de Fábrica de 1802 limitam o trabalho infantil diário em fábricas de tecelagem a doze horas. mar. 1802 O Tratado de Amiens promove paz temporária entre a Grã- Bretanha e a França durante as Guerras Revolucionárias Francesas. 30 abr. 1803 Os Estados Unidos compram 530 milhões de acres da França por USD $ 15 milhões na Compra da Louisiana. 18 mai. 1803 A Grã-Bretanha novamente declara guerra à França. 14 mai. 1804 Lewis e Clark partem de St. Louis em busca de comunicações entre as águas dos rios Missouri e Columbia. 2 dez. 1804 Napoleão Bonaparte coroa a si mesmo imperador em uma cerimônia de coroação na Catedral de Notre-Dame, em Paris. 20 nov. 1806 Morre Isaac Backus, o pioneiro batista da liberdade religiosa americana. * PR OM OC IO NA L xxx LINHA DO TEMPO – 1800–1910 mar. 1807 No Reino Unido, a campanha de William Wilberforce tem sucesso na aprovação do Ato contra o Comércio de Escravos de 1807, no mesmo mês em que os EUA aprovam a Lei de Proibição da Importação de Escravos. 1807 Em resposta ao desrespeito britânico e francês aos navios mercantes dos EUA, Thomas Jefferson coloca um embargo às exportaçõesdos EUA, na esperança de enfraquecer as economias da França e da Grã-Bretanha durante as Guerras Napoleônicas. 15 jul. 1810 Nasce John Spurgeon, pai de Charles, em Clare, Suffolk. 1810 Cornelius Vanderbilt, de dezesseis anos, começa sua carreira comprando uma barca e estabelecendo um serviço de balsa entre Staten Island e Manhattan. 19 fev. 1812 Os primeiros missionários comissionados da América, Ann e Adoniram Judson, navegam para a Índia e, eventualmente, para a Birmânia. 18 jun. 1812 Os EUA declaram guerra à Grã-Bretanha, dando início à guerra. 28 jan. 1813 Jane Austen publica Pride and Preýudice. 1813 É fundada a União Batista da Grã-Bretanha. 1814 Francis Scott Key escreve The Star-Spangled Banner. 3 mai. 1815 Nasce Eliza Jarvis, mãe de Charles, em Belchamp Otten, Essex. 7 mai. 1815 Morre Andrew Fuller. 18 mai. 1815 Napoleão é derrotado na Batalha de Waterloo e em poucos dias é exilado na ilha de Santa Helena, onde vem a falecer. jan. 1818 Mary Shelley publica Frankenstein. 29 jan. 1820 Morre o rei britânico George III após 59 anos no trono. 1821 Friedrich Schleiermacher publica The Christian Faith. fev. 1821 Sob o Tratado de Adams-Onís de 1819, a Espanha vende a Flórida aos EUA por USD $ 5 milhões. 1822 Usando a Pedra de Roseta, o egiptólogo francês Jean- François Champollion decifra os hieróglifos egípcios e publica suas descobertas iniciais em Lettre à M. Dacier. PR OM OC IO NA L xxxi LINHA DO TEMPO – 1800–1910 mar. 1830 Joseph Smith publica a primeira edição do Livro dos Mórmons. mar. 1831 Victor Hugo publica The Hunchback of Notre Dame. dez. 1831 Com Charles Darwin, aos 22 anos de idade, como naturalista do navio, o HMS Beagle parte para uma expedição de cinco anos ao hemisfério sul. 15 jan. 1832 Nasce Susannah Thompson, futura esposa de Spurgeon. 1833 Inicia-se o Movimento de Oxford. 1833 É aprovado o Ato de Abolição da Escravatura no Reino Unido. 1833 É escrita a Nova Confissão de Fé Batista de New Hampshire. 9 jun. 1834 Morre William Carey, em Serampore, Índia. 19 jun. 1834 Nasce Charles Haddon Spurgeon, o mais velho dentre dezessete filhos, em Kelvedon, Essex. 3 ago. 1834 Spurgeon é batizado ainda criança por seu avô, James Spurgeon, em Stambourne. 1835 Os pais de Spurgeon mudam-se para Colchester, enquanto Spurgeon muda-se para Stambourne, a fim de viver com seus avós, onde descobre alguns tomos puritanos no sótão. 1835 Charles G. Finney publica Lectures on Revivals. 6 mar. 1836 Davy Crockett e aproximadamente 200 texanos são mortos na Batalha do Álamo. 30 mar. 1836 Charles Dickens inicia uma série de publicações de sua primeira obra de ficção, The Pickwick Papers. 1836 Mary e George Müller estabelecem, em sua casa em Londres, o primeiro de vários orfanatos, chegando a cuidar de mais de 10.000 órfãos em cinco casas para órfãos. 1837 Oberlin College se torna a primeira universidade mista nos Estados Unidos a conceder diplomas de bacharelado para mulheres. 1838 Vitória, aos 18 anos, torna-se rainha da Inglaterra. set. 1839 Edgar Allan Poe publica The Fall of the House of Usher. PR OM OC IO NA L xxxii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 1840 Spurgeon retorna a Colchester para morar com seus pais. 1841 Morre John Leland, pioneiro batista da liberdade religiosa americana. dez. 1843 Charles Dickens publica A Christmas Carol. 1844 “Esta criança um dia pregará o evangelho, e o fará a grandes multidões”. –Richard Knill, profetizando sobre Charles Spurgeon. 6 jun. 1844 Onze amigos se juntam a George Williams, de 22 anos, para fundar a ACM (Associação Cristã de Moços) em Londres. 1845 A grande fome assola a Irlanda. mai. 1845 É formada a Convenção Batista do Sul em Augusta, Geórgia. abr. 1846 É escrita a primeira obra conhecida de Spurgeon, uma revista feita à mão, intitulada Home Juvenile Society, em Colchester. 1846 George Eliot (Marian Evans) publica The Life of Jesus, uma tradução em inglês de Leben Jesu, pelo acadêmico alemão David Friedrich Strauss. 1846 É formada a Aliança Evangélica 24 jan. 1848 Inicia-se a Corrida do Ouro na Califórnia. fev. 1848 Karl Marx publica The Communist Manifesto. 1848 Spurgeon frequenta o All Saints’ Augustine’s College, em Maidstone, Kent. 19 jun. 1849 Spurgeon comemora seu 15° aniversário. 17 ago. 1849 Spurgeon frequenta a Newmarket Academy como aluno e tutor. ~1849 Spurgeon faz desenhos de pássaros em seu caderno Notas sobre animais vertebrados. 10 set. 1849 Spurgeon faz seu primeiro discurso em um encontro missionário. nov. 1849 Charles Dickens publica David Copperfield em forma de livro. PR OM OC IO NA L xxxiii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 23 dez. 1849 Spurgeon completa o ensaio escrito à mão, de 295 páginas, O anticristo e sua prole; ou O papismo desmascarado. 6 (ou 13) jan. 1850 Spurgeon converte-se na Igreja Metodista Primitiva, na capela da rua Artillery, em Colchester. 1850 O Congresso dos EUA aprova a Lei do Escravo Fugitivo. mar. 1850 Nathaniel Hawthorne publica The Scarlet Letter. 4 abr. 1850 Spurgeon candidata-se para ser membro da igreja em Newmarket. 23 abr. 1850 Morre o poeta romântico inglês William Wordsworth aos oitenta anos. 3 mai. 1850 Spurgeon é batizado em River Lark, em Isleham Ferry, por W. H. Cantlow. 5 mai. 1850 A primeira comunhão de Spurgeon; ele começa a lecionar na escola dominical. 17 jun. 1850 Spurgeon se muda de Newmarket para Cambridge. 19 jun. 1850 Spurgeon comemora seu 16° aniversário. ago. 1850 Spurgeon prega seu primeiro sermão em uma cabana em Teversham, perto de Cambridge. set. 1850 Harriet Tubman conduz quase setenta escravos à liberdade pela Estrada de Ferro Subterrânea. 3 out. 1850 Spurgeon é recebido como membro da Igreja Batista da rua St. Andrew, em Cambridge. 1851 O número de irlandeses em Londres agora é 108.000. fev. 1851 Spurgeon entrega Um esboço lido em fevereiro de 1851: Depravação. 9 fev. 1851 Spurgeon começa a escrever seu sermão do Caderno 1 e prega seu quarto sermão (A Necessidade da pureza para entrar no céu, sermão 2), em Barton, perto de Cambridge. 23 fev. 1851 Spurgeon prega A Necessidade da pureza para entrar no céu (sermão 2), em Grantchester. 9 mar. 1851 Spurgeon prega O complacente amor de Jesus (sermão 5), em Comberton. 30 mar. 1851 O Censo do Reino Unido de 1851 contabiliza uma população britânica de 21 milhões. 13 abr. 1851 Spurgeon prega Adoção (sermão 1), em Barton e Toft. PR OM OC IO NA L xxxiv LINHA DO TEMPO – 1800–1910 20 abr. 1851 Spurgeon prega Adoção (sermão 1), em Cherry Hinton. 11 mai. 1851 Spurgeon prega Um contraste (sermão 4), em Comberton. 11 mai. 1851 Spurgeon prega O julgamento vindouro (sermão 6), em Comberton. 18 mai. 1851 Spurgeon prega A perseveraça final (sermão 8), em Barton. 18 mai. 1851 Spurgeon prega Pecadores devem ser punidos (sermão 9), em Barton. 25 mai. 1851 Spurgeon prega Morte: a consequência do pecado (sermão 12), em Coton. jun. 1851 Spurgeon participa da Grande Exposição no Hyde Park, em Londres. 1 jun. 1851 Spurgeon prega Salvação (sermão 11), em Cherry Hinton. 2 jun. 1851 Spurgeon entrega Um esboço lido em 2 de junho. 5 jun. 1851 Harriet Beecher Stowe começa sua série de publicações de Uncle Tom’s Cabin. 15 jun. 1851 Spurgeon prega Livre graça (sermão 13), em Milton. 19 jun. 1851 Spurgeon comemora seu 17° aniversário. 29 jun. 1851 Spurgeon prega Livre graça (sermão 13), em Tollesbury. 1 jul. 1851 Spurgeon prega A Graça de Deus que nos foi dada (sermão 14), em Hythe. 8 jul. 1851 Spurgeon prega Cristo sobre os negócios de seu Pai (sermão 15), em Hythe. 13 jul. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em Layer Breton. 13 jul. 1851 Spurgeon prega A soberania de Deus (sermão 18), em Layer Breton. 15 jul. 1851 Spurgeon prega Adoção (sermão 1), em Hythe. 24 jul. 1851 O imposto britânico sobre a janela é revogado. 27 jul. 1851 Spurgeon prega Fazendo pouco caso de Cristo (sermão 21), em Balsham. 3 ago. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão17), em Coton. 3 ago. 1851 Spurgeon prega Cristo é tudo (sermão 22), em Coton. PR OM OC IO NA L xxxv LINHA DO TEMPO – 1800–1910 10 ago. 1851 Spurgeon prega Preciosa fé (sermão 23), em Barton. 10 ago. 1851 Spurgeon prega Salvação em Deus somente (sermão 24), em Barton. 17 ago. 1851 Spurgeon prega O povo peculiar (sermão 25), em Milton. 31 ago. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em Dunmow. 31 ago. 1851 Spurgeon prega A renúncia de Paulo (sermão 27), em Dunmow. 31 ago. 1851 Spurgeon prega Os preparativos do céu (sermão 28), em Dunmow. 6 set. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em West Wratting. 6 set. 1851 Spurgeon prega Começando por Jerusalém (sermão 29), em Balsham. 13 set. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em Toft. 3 out. 1851 Spurgeon prega na capela de Waterbeach pela primeira vez. 12 out. 1851 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em Waterbeach. 18 out. 1851 Herman Melville publica Moby Dick. out. 1851 Spurgeon torna-se pastor da Capela Waterbeach. 19 out. 1851 Spurgeon prega A necessidade da pureza para entrar no céu (sermão 2), em Waterbeach. dez. 1851 Spurgeon registra seu primeiro convertido, o Sr. Charles (O pequeno fogo e a grande combustão, sermão 54). fev. 1852 Spurgeon perde sua entrevista com Joseph Angus, tutor do Stepney College. fev. 1852 Spurgeon tem uma experiência mística em Midsummer Common, Cambridge. fev. 1852 Converte-se a Sra. Spalding (Os pecadores devem ser punidos, sermão 9). fev. 1852 Spurgeon começa a pregar sermões do Caderno 2. 5 mar. 1852 Spurgeon prega O cristão e a salvação (sermão 17), em Trumpington. PR OM OC IO NA L xxxvi LINHA DO TEMPO – 1800–1910 19 jun. 1852 Spurgeon comemora seu 18° aniversário. 5 jul. 1852 Frederick Douglass faz seu famoso discurso O significado do quatro de julho para o negro. 7 fev. 1853 Spurgeon envia uma carta a Richard Knill, o homem que profetizou sobre ele quando criança. 6 jun. 1853 A Capela de Waterbeach organiza um culto de jubileu, e o hino de Spurgeon, The One Request, é cantado. 19 jun. 1853 Spurgeon comemora seu 19° aniversário. 1853 Spurgeon publica seu Waterbeach Tracts. out. 1853 Inicia-se a Guerra da Crimeia. 18 dez. 1853 Spurgeon prega pela primeira vez na Capela da rua New Park, emSouthwark, Londres, seu 673° sermão (O Pai da luz). 1854 O Japão abre o comércio com o Ocidente. 1 mar. 1854 O missionário Hudson Taylor chega à China. 20 abr. 1854 Spurgeon dá a Susannah Thompson uma cópia de O Peregrino, de John Bunyan. 28 abr. 1854 Spurgeon aceita o convite para servir como pastor da Capela da rua New Park. 10 jun. 1854 O Crystal Palace é inaugurado em seu novo local em Sydenham. 19 jun. 1854 Spurgeon comemora seu 20° aniversário. 2 ago. 1854 Spurgeon pede Susannah Thompson em casamento no jardim de seu avô. 1854 Surto de cólera se inicia em Londres; morrem mais de 10.000 pessoas. ago. 1854 Spurgeon encontra George Müller pela primeira vez, perto de Bristol. jan. 1855 Spurgeon publica o primeiro volume de O púlpito da rua New Park, mais tarde chamado de O púlpito do Tabernáculo/metropolitano, com os volumes subsequentes até 10 de maio de 1917, quando uma escassez de papel na Grã-Bretanha proíbe a impressão. fev. 1855 Spurgeon prega pela primeira vez em Exeter Hall, Strand, Londres. 21 abr. 1855 Dwight L. Moody é convertido ao cristianismo. PR OM OC IO NA L xxxvii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 1855 O conde de Shaftesbury aprova um projeto de lei no Parlamento legalizando que clérigos anglicanos “imitem Spurgeon,” pregando ao ar livre. 19 jun. 1855 Spurgeon comemora seu 21° aniversário. jul. 1855 Spurgeon prega na Escócia pela primeira vez. jul. 1855 Thomas Medhurst começa a estudar sob a supervisão de Spurgeon, no início da Pastors’ College. 1855 David Livingstone descobre as Cataratas de Vitória. 1855 Benjamin Jowett publica Essays and Dissertations. 4 set. 1855 Spurgeon prega ao ar livre em King Edward’s Road, Hackney, para 14.000 pessoas. 1855 Edward Bouverie Pusey publica The Doctrine of the Real Presence. out. 1855 Spurgeon publica novamente a Confissão de Fé Batista de 1689. nov. 1855 A Rivulet Controversy é suscitada pela publicação de Thomas Toke Lynch Hymns for Heart and Voice, The Rivulet. 8 jan. 1856 Spurgeon casa-se com Susannah Thompson e embarca em uma viagem de lua-de-mel de dez dias para Paris, França. fev. 1856 Finda-se a Guerra da Crimeia. 16 jun. 1856 O Comitê de Construção do Tabernáculo Metropolitano realiza sua primeira reunião. 20 set. 1856 Nascem os filhos gêmeos de Spurgeon, Thomas e Charles. 19 out. 1856 Morrem sete pessoas e vinte e oito ficam feridas no desastre do Surrey Gardens Music Hall. Spurgeon cai em uma depressão profunda. 23 nov. 1856 Após restaurado seu ministério, Spurgeon retorna ao púlpito. 1856 O número de membros da Capela da rua New Park chega a 860. 7 out. 1857 Spurgeon prega para 23.654 pessoas no Crystal Palace, Sydenham, seu maior ajuntamento. PR OM OC IO NA L xxxviii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 1857 E. J. Silverton é aceito como o segundo aluno da Pastors’ College. 1857 Spurgeon publica O santo e seu Salvador. 1858 Spurgeon visita a Irlanda pela primeira vez. 1858 O renomado artista John Ruskin visita Spurgeon durante o período de sua doença. 2 abr. 1858 Uma estrutura improvisada desmorona em Halifax, West Yorkshire, durante a pregação de Spurgeon; embora não haja mortes, muitos ficam feridos. jun. 1858 Spurgeon prega no Hipódromo de Epsom para 10.000 pessoas. 1858 John L. Dagg publica A Treatise on Church Order. 1859 É fundado o Seminário Teológico Batista do Sul. 1859 James Baldwin Brown gera polêmica com a publicação de Divine Life in Man. 1859 Charles Darwin publica Origin of Species. fev. 1859 Um concurso de arquitetura é realizado no Newington Horse and Carriage Repository para o levantar fundos para a construção do proposto Tabernáculo Metropolitano. 10 jul. 1859 Spurgeon prega sob uma árvore em Clapham Common para 10.000 pessoas. 16 ago. 1859 É colocada a pedra angular para a construção do Tabernáculo Metropolitano. 8 dez. 1859 O escravo fugitivo da Carolina do Sul, John Andrew Jackson, compartilha a plataforma com Spurgeon no Tabernáculo Metropolitano e, consequentemente, caem as vendas dos sermões de Spurgeon nos Estados Unidos. 1860 Os cultos de Spurgeon são agora realizados no Exeter Hall. 1860 Florence Nightingale abre a primeira escola de formação de enfermeiros com base científica. 1860 Spurgeon prega com a bata de João Calvino em Geneva. 1860 É publicada a obra Essays and Reviews de John William Parker. PR OM OC IO NA L xxxix LINHA DO TEMPO – 1800–1910 fev. 1860 Os sermões de Spurgeon são censurados e destruídos nos estados ao sul dos Estados Unidos. jun. – jul. 1860 Spurgeon faz um tour pela Europa continental. 2 ago. 1860 A primeira reunião é realizada no inacabado Tabernáculo Metropolitano com o propósito de dar graças e arrecadar fundos. 6 nov. 1860 Abraham Lincoln é eleito o 16° presidente dos Estados Unidos. 18 mar. 1861 O Tabernáculo Metropolitano é aberto, livre de dívidas, com uma congregação de 1.200 pessoas. 12 abr. 1861 Inicia-se a Guerra Civil dos Estados Unidos. 1 out. 1861 Spurgeon dá a palestra Sobre o gorila e a terra que ele habita em resposta à publicação de Paul B. Du Chaillu, Explorações e Aventuras na África Equatorial. 6 dez. 1861 Spurgeon dá sua palestra Os dois Wesleys. 14 dez. 1861 Morre Albert, príncipe consorte do Reino Unido e marido da Rainha Vitória. 1861 A Pastors’ College realiza aulas no porão do Tabernáculo Metropolitano. 1862 Victor Hugo publica Les Misérables. 1861–1863 David Livingstone escreve em seu diário de exploração na África “Muito bom” em relação ao sermão de Spurgeon Acidentes, não punições. 1-3 jul. 1863 Trava-se a Batalha de Gettysburg. 1863 A Pastors’ College possui sessenta e seis alunos; são vendidas um milhão de cópiasdos sermões de Spurgeon anualmente. 5 jun. 1864 Spurgeon prega seu polêmico sermão Regeneração batismal, que vende 300.000 cópias até o final do ano e meio milhão de cópias até o final do século. 1864 A congregação do Tabernáculo Metropolitano conta com 2.900 membros. 1865 Spurgeon se retira da Aliança Evangélica, mas depois reigressa. 1865 Susannah Spurgeon, aos trinta e três anos, é submetida a uma cirurgia no colo do útero e acaba por tornar-se incapaz de conceber mais filhos. PR OM OC IO NA L xl LINHA DO TEMPO – 1800–1910 1865 Spurgeon comemora seu 30° aniversário. 1 jan. 1865 Spurgeon publica a primeira edição da revista A espada e a espátula. 14 abr. 1865 O presidente Lincoln é assassinado por John Wilkes Booth, no Ford Theatre, em Washington, DC. 25 mai. 1865 Finda-se a Guerra Civil dos Estados Unidos. 1865 O conjunto de membros na Classe de Estudos Bíblicos para Moças do Tabernáculo Metropolitano conta com 700 jovens. 1865 A 13a Emenda da Constituição dos Estados Unidos abole a escravidão. 2 jul. 1865 Catherine e William Booth estabelecem a Missão Cristã, mais tarde conhecida como Exército da Salvação. 1866 Spurgeon publica Manhã após manhã. 27 jul. 1866 Um cabo telegráfico é estendido através do Oceano Atlântico, conectando Newfoundland à Irlanda. ago. 1866 Anne Hillyard, a viúva de um clérigo anglicano, doa £20.000 para o desenvolvimento do Orfanato Stockwell. 1 nov. 1866 É formada Uma Associação de Colportagem do Tabernáculo Metropolitano para a distribuição e venda de literatura cristã. 24 mar. 21 abr. 1867 Os cultos de domingo são realizados no Agricultural Hall, Islington, com multidões de 20.000 ouvintes em cada culto, durante a reforma do Tabernáculo Metropolitano. 4 ago. 1867 James A. Garfield, mais tarde o 20° presidente dos Estados Unidos, ouve Spurgeon pregar no Tabernáculo Metropolitano. out. 1867 Spurgeon sofre sua primeira crise da doença de Bright, uma inflamação dos rins. 6 jan. 1868 James Archer Spurgeon torna-se pastor assistente do Tabernáculo Metropolitano. fev. 1868 Ventos fortes varrem o sul da Inglaterra, danificando o Orfanato Stockwell. 1868 Louisa May Alcott começa a publicar sua série de livros, Little Women. 1868 Spurgeon publica Manhã após manhã. PR OM OC IO NA L xli LINHA DO TEMPO – 1800–1910 3 dez. 1868 William Gladstone começa o primeiro de quatro mandatos como primeiro-ministro britânico. 1869 Spurgeon publica o primeiro dos sete volumes de O Tesouro de Davi, um comentário sobre os Salmos que leva vinte anos para ser concluído; Spurgeon mantém o preço em oito xelins para “alcançar o maior número possível de estudiosos da Palavra”. 1869 A Universidade de Harvard muda seu lema de Veritas pro Christo et ecclesia (verdade para Cristo e a igreja) para uma única palavra: Veritas (Verdade). 10 dez. 1869 É concluída a primeira ferrovia transcontinental nos Estados Unidos. 1869 A família Spurgeon muda-se para Helensburgh House, em Nightingale Lane, Clapham. 9 set. 1869 É inaugurado oficialmente o Orfanato Stockwell para meninos. nov. 1869 É aberto o canal de Suez. dez. 1869 Spurgeon sofre de neuralgia, ou varíola. 8 dez. 1869 O Papa Pio IX convoca o Primeiro Concílio Vaticano em Roma, Itália. 1870 Os sermões de Spurgeon vendem 25.000 cópias por semana. 1870 John A. Broadus publica On the Preparation and Delivery of Sermons. 10 dez. 1870 A Vanity Fair publica uma caricatura satírica de Spurgeon. 1871 Spurgeon visita Mentone, França, para obter alívio de sua enfermidade. 1871 Charles Darwin publica The Descent of Man. 8 out. 1871 O Grande Incêndio de Chicago mata cerca de 300 pessoas e causa mais de US $ 200 milhões em danos. 1 mar. 1872 O Congresso dos EUA cria Yellowstone, o primeiro parque nacional do mundo. 1872 Claude Monet pinta Impression, Sunrise, inaugurando o movimento impressionista. 1872 Friedrich Nietzsche publica The Birth of Tragedy. PR OM OC IO NA L xlii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 1 abr. 1873 Nasce o compositor e pianista russo Sergei Rachmaninoff. 8 mai. 1873 Morre o filósofo inglês John Stuart Mill. 14 out. 1873 A pedra fundamental do novo prédio do Colégio de Pastores foi lançada. 2 nov. 1873 A rainha Vitória entra sem ser notada em uma igreja presbiteriana em Crathie, Escócia, para receber a comunhão, acrescentando plausibilidade ao boato de que ela também entrou sem ser notada no Royal Surrey Gardens Music Hall para ouvir Spurgeon pregar. 1873 Spurgeon é convidado pela Universidade de Yale para dar as Palestras Lyman Beecher sobre Pregação, mas ele recusa o convite. 1873 Morre David Livingstone. 1874 A Pastors’ College migra para Temple Street, no sul de Londres. abr. 1874 George Rogers, um Congregacionalista, é selecionado como diretor da Pastors’ College. 19 jun. 1874 Spurgeon comemora seu 40° aniversário. 21 set. 1874 São batizados os filhos gêmeos de Spurgeon, aos dezoito anos. 1875 Susannah Spurgeon inaugura um fundo para livros. 1875 Spurgeon publica o primeiro volume de Aulas expositivas para meus alunos. 1875 Thomas Johnson, um ex-escravo da Virgínia, matricula- se na Pastors’ College. 1876 Spurgeon publica Exposições e comentários. 1876 Samuel Clemens (Mark Twain) publica The Adventures of Tom Sawyer. 14 fev. 1876 Alexander Graham Bell submete uma patente para um método de transmissão de sons que viria a se tornar o telefone. 20 mar. 1876 Hudson Taylor visita o Tabernáculo Metropolitano pela terceira vez. jul. 1878 Spurgeon publica A Bíblia e o jornal. PR OM OC IO NA L xliii LINHA DO TEMPO – 1800–1910 28 jul. 1878 Spurgeon prega para uma multidão de aproximadamente 20.000 pessoas em Rothesay, Ilha de Bute, Escócia. 1878 Spurgeon publica Discursos em casa e no exterior. 1878 Noventa e quatro colportores vendem £78.276 de literatura cristã e pagam 926.290 visitas por meio da Associação de Colportagem do Tabernáculo Metropolitano. 1878 Julius Wellhausen desenvolve sua Documentary Hypothesis. 1879 É inaugurada a ala feminina do Orfanato Stockwell. 15 jan. 1879 Spurgeon volta a visitar Mentone, França. 20 mai. 1879 Spurgeon completa seu 25° ano como pastor do Tabernáculo Metropolitano. 17 ago. 1879 Mark Twain assiste a um culto no Tabernáculo Metropolitano para ouvir a pregação de Spurgeon. out. 1879 Um soldado na Índia faz circular os sermões semanais de Spurgeon entre os homens de sua 73ª divisão; os sermões retornam “sujos e com marcas devido ao uso e desgaste”. 1880 A família Spurgeon muda sua residência para Westwood, em Beulah Hill, Upper Norwood. ago. 1880 É publicado John Ploughman’s Pictures. 10 jan. 1881 Os Spurgeon celebram seu 25° aniversário de casamento. 1881 Thomas Spurgeon é aceito como pastor da Igreja Batista Wellesley, que fora renomeada para Tabernáculo de Auckland, em Auckland, Nova Zelândia. 1881 O Savoy Theatre em Londres se torna o primeiro edifício público do mundo a usar eletricidade para iluminação. 1881 Nasce J. Gresham Machen. 17 mai. 1881 É publicada a versão revisada do Novo Testamento, com o Antigo Testamento sendo lançado quatro anos depois. 20 nov. 1881 D. L. Moody prega no Tabernáculo Metropolitano a pedido de Spurgeon. 8 jan. 1882 O primeiro-ministro William Gladstone comparece a um culto noturno no Tabernáculo Metropolitano. PR OM OC IO NA L xliv LINHA DO TEMPO – 1800–1910 29 abr. 1882 Morre John Nelson Darby. jun. 1882 Spurgeon publica Sermões da fazenda. 1883 Os sermões de Spurgeon são transmitidos por telégrafo para Boston, Chicago, Filadélfia e St. Louis. jan. 1883 Um homem na Jamaica lê um trecho do sermão de Spurgeon pouco antes de ser enforcado, dizendo que “aquela lhe fora uma grande bênção em meio à sua terrível condição”. 24 mai. 1883 É inaugurada a Ponte do Brooklyn como a ponte suspensa mais longa do mundo. 1883 Robert Louis Stevenson publica a Treasure Island. 2 jan. 1884 Morre Johann Oncken, missionário batista pioneiro na Europa. mar. 1884 Spurgeon publica O vestígio