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Olhe esse mar de chamas... que move-se lentamente... suspenso somente alguns centímetros acima da cabeça do combatente... o que é isto? quais são os perigos deste fenômeno? Outro fato relevante é que os modernos materiais construtivos, especialmente os polímeros, produzem muito mais calor que alguns materiais tradicionais (madeira, gesso, tijolos, pedras, etc.). Quando esses materiais sintéticos queimam em espaços confinados, eles emitem gases superaquecidos que podem ser tão ou até mais mortais que as próprias chamas. Tudo isso requer estudos e novas técnicas de ataque ao fogo! A rápida ou explosiva combustão de gases aquecidos que ocorre quando o oxigênio é introduzido em um edifício que não foi adequadamente ventilado e no qual foi reduzido o abastecimento de oxigênio devido o fogo.” Através de uma queima lenta e pobre em oxigênio, o fogo fica confinado por algum tempo, sem alimentação do comburente. Quando o comburente entra no local, ocorre uma explosão, onde é dada esta denominação para o fenômeno. A partir dos anos 80, teorias formuladas pelos engenheiros suecos, Krister Giselsson e Mats Rosander, revolucionaram os conceitos sobre a dinâmica do fogo e ampliaram o entendimento sobre o comportamento dos incêndios interiores, ajudando a entender melhor algumas ocorrências trágicas onde bombeiros morreram ou ficaram gravemente feridos. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Em um incêndio interior podemos chegar a um estágio onde a radiação térmica total emitida pelo incêndio afete de tal forma os gases aquecidos provenientes da *pirólise dos materiais combustíveis que irá se produzir uma ignição súbita generalizada, ou seja, a inflamação de todas as superfícies combustíveis expostas no ambiente. * Pirólise: decomposição química, especialmente das substâncias orgânicas, por aquecimento. Estudiosos do assunto aconselham o termo “produtos não queimados de pirólises” deveria ser substituído por “gases aquecidos” na definição da NFPA (National Fire Protection Association) Existem quatro diferenças principais entre um flashover e um backdraft. A primeira diferença é que enquanto os backdrafts não ocorrem com freqüência (um bombeiro pode passar por essa experiência somente um ou duas vezes durante toda sua carreira), os flashovers acontecem com relativa constância. PRINCIPAIS DIFERENÇAS A segunda diferença é que um backdraft é um fenômeno explosivo (evento identificado pela NFPA como aquele que libera ondas de choque que podem romper e lançar estruturas) e o flashover não. A terceira diferença está relacionada com o período em que o fenômeno ocorre durante o incêndio. A quarta diferença está ligada a causa do fenômeno. Enquanto o backdraft surge devido a entrada repentina de ar fresco num espaço onde havia um incêndio controlado pela falta de ventilação, o efeito disparador do flashover é devido ao aquecimento gradual de todos os materiais combustíveis presentes que alcançam, simultaneamente, seu ponto de ignição. Os bombeiros precisam aprender a ler os incêndios. Da mesma forma que um médico observa uma radiografia e interpreta lesões que um leigo normalmente não conseguiria enxergar, um bombeiro deve observar o local do incêndio e identificar seus riscos e a melhor forma de combatê-los. Os sinais de advertência dos IPR devem ser ensinados a todos os bombeiros. O herói, é o covarde que não teve tempo de correr!
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