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QUESTÕES DE GÊNERO E IDENTIDADE Ana Carolina Bordini Brabo Caridá Licenciada e bacharel em Ciências Sociais (UFSC) Mestra em Sociologia Política (UFSC) Professora do IFSC – Câmpus São José Relações com os conteúdos anteriores - Os papéis de gênero são construídos socialmente e culturalmente ao longo de gerações; - Para a sociologia e a antropologia os argumentos que giram em torno da genética, dos hormônios, da fragilidade, sensibilidade e etc. contribuem para marcar posições sociais de legitimação do status quo dominante; - Não existe ideologia de gênero, o que existe são discussões teóricas acerca desse conceito, objeto de estudo das ciências sociais. No plano empírico movimentos sociais lutam pela igualdade entre homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais/transsexuais e etc. Fontes seguras e confiáveis Estudo de gênero: http://ppgich.ufsc.br/334-2/estudo-de-genero/ Núcleo de identidades de gênero e subjetividades: http://nigs.ufsc.br/publicacoes/dossies-revista-de-estudos-feministas/ Dissertação: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/90380 Objetivos: � Compreender que a definição de gênero e orientação sexual é construída socialmente; � Reconhecer suas variações em diferentes culturas e momentos históricos; � Relacionar as questões de gênero às desigualdades sociais; � Relacionar a subjetividade da identidade de gênero às lutas políticas a favor da diversidade e contra o preconceito e discriminação. Introdução � Desigualdade de gênero, homofobia e discriminação: formas de violência física e psicológica (simbólica); � Espaços onde ocorrem a disparidade: 1) Posição que as mulheres ocupam na vida pública; 2) Baixa representação nas esferas públicas; 3) Salários mais baixos que dos homens; 4) Violência doméstica e feminicídio. Notícias, dados e reportagens Brasil tem menos parlamentares mulheres do que 151 países https://oglobo.globo.com/sociedade/brasil-tem-menos-parlamentares-mulher es-do-que-151-paises-22462336 Mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos e áreas, diz pesquisa https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/mulheres-ganh am-menos-que-os-homens-em-todos-os-cargos-e-areas-diz-pesquisa.ghtml Notícias, dados e reportagens Mulheres dedicam 73% mais tempo do que homens a afazeres domésticos https://oglobo.globo.com/sociedade/mulheres-dedicam-73-mais-tempo-do- que-homens-afazeres-domesticos-22462181 Dados de violência contra a mulher são a evidência da desigualdade de gênero no Brasil https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2019/03/08/dados-de-viol encia-contra-a-mulher-sao-a-evidencia-da-desigualdade-de-genero-no-bra sil.ghtml Notícias, dados e reportagens Assassinatos de LGBT crescem 30% entre 2016 e 2017, segundo relatório https://oglobo.globo.com/sociedade/assassinatos-de-lgbt-crescem-30-entre-2 016-2017-segundo-relatorio-22295785 Número de assassinatos de travestis e transexuais é o maior em 10 anos no Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-01/assassinatos-de-travesti s-e-transexuais-e-o-maior-em-dez-anos-no-brasil Questões de gênero � A estrutura social patriarcal e o androcentrismo contribuem para a permanência destas formas de desigualdade; � Movimentos sociais pressionam os agentes políticos a reverter este quadro proporcionando igualdade de direitos para todos; � As lutas políticas também contribuem para desmistificar justificativas pseudocientíficas associadas a distúrbios; Sexo e sexualidade � Sexo: relacionado às características físicas dos seres humanos; � Sexualidade: vinculada à orientação do desejo sexual e afetivo e à representação social ou subjetiva da identidade de gênero; A identidade de gênero é uma construção cultural estabelecida por símbolos e comportamentos e não uma determinação de diferenças anatômicas entre os seres humanos. O que é gênero? � Gênero para a sociologia: classifica o masculino e o feminino tomando como base sua construção social e sua identidade subjetiva; � Identidade de gênero: 1) Construída com base na personalidade, nas influências familiares, culturais e sociais; 2)Influenciada por convenções, estereótipos e expectativas advindas do processo de socialização; 3) Leva em consideração o contexto histórico, político e cultural. Cronologia � 1789: Robespierre defende o sufrágio universal; � 1893: Nova Zelândia é o primeiro país a garantir o direito de voto às mulheres; � 1905: Freud publica “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”; � 1913: Movimento das Suffragettes; � 1922: Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF); � 1933: Alemanha nazista promove a caça aos homossexuais; � 1934: mulheres conquistam o voto no Brasil; � 1969: Rebelião de Stonewall (Nova York) marca o início do movimento LGBT; � 1973: a Associação Americana de Psiquiatria deixa de classificar a homossexualidade como uma doença mental; � 1985: Conselho Federal de Medicina no Brasil faz o mesmo; � 1987: a homossexualidade deixa de figurar como doença no Dicionário de Saúde Mental (DSMIII); � 1994: a Alemanha bane as leis anti-homossexuais do período nazista; � 2003: o Conselho Federal de Psicologia do Brasil proíbe os tratamentos para cura gay; � 2006: Lei Maria da Penha; � 2008: movimento GLS passa a se chamar LGBT; � 2010: Criação da ONU Mulher; � 2011: STF reconhece juridicamente a união entre pessoas do mesmo sexo; � 2013: os transgêneros deixam de figurar como doentes mentais no DSM V. Poder e comportamento � Expectativas sociais que antecedem o nascimento; � A definição de quem você é está relacionada ao gênero e à sexualidade; � Prevalência de um determinado gênero nas relações de poder dá a anatomia genital uma significativa importância cultural (princípio patriarcal); � Comunidades pré-históricas: coletivistas, tribais, nômades e matrilineares; � Patriarcado: relações de dominação com base no gênero (naturalização) – determina o masculino como superior ao feminino; � Masculinidade: potência, força e atividade; � Feminilidade: fragilidade, docilidade e passividade; � Movimentos sociais: reivindicam o fim das relações de dominação baseadas no gênero, colocam em questão os padrões tradicionais e provocam mudanças sociais e políticas visando a extinção da violência e da discriminação; � Século XX: aumento da autonomia da mulher e da aceitação social de homossexuais e transgêneros. Indicações de filmes e documentário As Sufragistas (2015): https://www.youtube.com/watch?v=VTTy39nxGc4 Acorda Raimundo (1990): https://www.youtube.com/watch?v=HvQaqcYQyxU Embrace (2016) https://www.netflix.com/Title/80162341 Referências bibliográficas SILVA, Afrânio et al. Sociologia em Movimento. São Paulo: Editora Moderna. 2013. OLIVEIRA, Luiz Fernandes, COSTA, Ricardo. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio. 2013.
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