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PRÁTICA 06 - VELOCIDADE DO SOM - VICTOR SILVESTRE DA SILVA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA
SEMESTRE 2021.1
PRÁTICA 06 - VELOCIDADE DO SOM
ALUNO: VICTOR SILVESTRE DA SILVA
MATRÍCULA: 509051
CURSO: Bacharelado em Engenharia Elétrica
TURMA: 08A
PROFESSORA: Mariana Oliveira
1 OBJETIVOS
– Determinação da velocidade do som no ar como uma aplicação de ressonância.
– Determinação de uma frequência desconhecida.
2 MATERIAIS
– Filme sobre o experimento de ressonância numa coluna de ar em um tubo: https://www.
youtube.com/watch?v=AxtVGqGETOM. Neste filme um diapasão vibrando com uma
frequência bem definida é colocado na boca de um cano transparente. O comprimento
da coluna de ar dentro do cano pode ser variado pela movimentação de um êmbolo.
Para uma determinada posição percebemos que a intensidade sonora atinge um máximo.
Nesta posição dizemos que ocorre a ressonância. O comprimento da coluna de ar dentro
do cano nesta primeira posição de ressonância corresponde, aproximadamente, à ¼ do
comprimento de onda. O filme mostra o experimento real que será realizado nesta prática
por meio de uma simulação.
– Link para uma simulação onde a cavidade ressonante é variada pelo nível da água dentro
do cano. É simulado um diapasão com frequência de 440 Hz. Nesta simulação não é
considerada a correção de extremidade e a velocidade de 340 m/s corresponde à veloci-
dade do som no ar a uma temperatura de 13,5 °C: https://www.vascak.cz/data/android/
physicsatschool/template.php?s=kv_rezonance&l=pt.
– Link para a simulação a ser utilizada nessa prática virtual: https://www.laboratoriovirtual.
fisica.ufc.br/ressonancia-com-uma-cavidade-com-ar.
3 INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia, é possível reproduzir uma música, áudio ou qualquer outro
tipo de som em um smartphone, direto da palma de sua mão. Esses recursos também estão
presentes em diversos outros dispositivos que são comuns nas maiorias das residências, como
TVs e computadores. Portanto, é interessante o estudo das ondas sonoras, seu comportamento
e de certos fenômenos que a afetam e podem ser observados no cotidiano.
“De todas as ondas mecânicas da natureza, as mais importantes em nosso cotidiano
são as ondas longitudinais que se propagam em um meio, em geral o ar, e que são chamadas
2
https://www.youtube.com/watch?v=AxtVGqGETOM
https://www.youtube.com/watch?v=AxtVGqGETOM
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_rezonance&l=pt
https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_rezonance&l=pt
https://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/ressonancia-com-uma-cavidade-com-ar
https://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/ressonancia-com-uma-cavidade-com-ar
de ondas sonoras.” (FREEDMAN; YOUNG, 2008, v. 2, p. 140). Embora geralmente sejam
propagadas no ar, substâncias elásticas, em qualquer estado físico, também podem transmitir
som. Vale ressaltar que sólidos e líquidos apresentam uma velocidade de propagação maior do
que em meios gasosos. De tal forma, no vácuo, onde há ausência de meio, o som não consegue
se propagar.
Além disso, uma característica das ondas longitudinais é que as vibrações são paralelas
à propagação, como as ondas sonoras, por exemplo. Já nas ondas transversais, as vibrações
são perpendiculares à propagação, como em uma corda. A Figura 1 ilustra as formas de onda
longitudinal, mola superior, e transversal, mola inferior.
Figura 1: Ondas transversais e longitudinais.
Fonte: Hewitt, 2015.
“Quando duas ondas se propagam no mesmo meio, o deslocamento de uma partícula
do meio é a soma dos deslocamentos produzidos pelas duas ondas, um efeito conhecido como
superposição de ondas.” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016, v.2). Portanto, de acordo
com o princípio da superposição de ondas, é possível a ocorrência de interferências construtivas
ou destrutivas. Uma interferência construtiva ocorre quando a onda resultante apresenta uma
amplitude maior, pois as ondas apresentam a mesma fase. Já a interferência destrutiva ocorre
quando há uma redução da amplitude da nova onda, a redução pode ser total ou parcial, isso
ocorre quando as fases das ondas são opostas. AFigura 2 revela os dois exemplos de interferência,
quando há aumento de amplitude ou cancelamento.
3
Figura 2: Interferência destrutiva e construtiva.
Fonte: Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/interferencia-ondas.htm. Acesso em 5 de outubro de
2021.
A análise feita anteriormente acerca do princípio de superposição de ondas foi feita
com ondas que se propagam no mesmo sentido, porém, a análise também é válida para ondas
que se propagam em sentidos contrários. Por exemplo, ao fixar e sacudir uma corda em uma
parede, embora a vibração chegue na parede, a rigidez não permite a vibração, o que faz
com que a onda seja refletida novamente até a corda. Portanto, ao continuar o movimento
da corda, a onda incidente e a onda refletida acabam apresentando sentidos contrários, mas
a interferência continua ocorrendo. De acordo com Hewitt (2015), se a corda for sacudida
de maneira determinada, gerando uma frequência específica, é possível combinar as ondas
incidentes e refletidas de forma a formar uma onda estacionária, onde determinados pontos da
corda, denominados nodos, são estacionários, ou seja, o deslocamento nesses pontos é mínimo
ou nulo.
Porém, caso o ponto analisado tenha deslocamentomáximo, esse é denominado antinodo
e também apresenta energia máxima, representando a crista ou o vale da onda. Além do exemplo
citado, também é possível encontrar ondas estacionárias em cordas de instrumentos musicais
ou no ar presente em tubos e recipientes. Ao se aprofundar no estudo da propagação de ondas
sonoras em um fluido dentro de um tubo, percebe-se o fenômeno de reflexão e, dependendo da
frequência, é possível a formação de uma onda estacionária.
Além da interferência, também é interessante o estudo do fenômeno de ressonância. “É
o fenômeno que acontece quando um sistema físico recebe energia por meio de excitações de
frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração. Assim, o sistema físico passa
4
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/interferencia-ondas.htm
a vibrar com amplitudes cada vez maiores.” (SÓ FÍSICA, 2008). Conclui-se que, mesmo que
uma vibração consideravelmente fraca pode gerar uma amplitude razoavelmente alta, caso seja
reproduzida na frequência correta.
Um ponto interessante que engloba ressonância sonora é o uso de tubos sonoros (tubos
que são abertos nas duas extremidades ou apenas emumadelas). Comoocorre comdeterminados
objetos, a coluna de ar dentro de um tubo sonoro também pode vibrar com frequências sonoras
específicas. Esse é o princípio de funcionamento dos instrumentos de sopro, como a flauta e o
clarinete. Essas vibrações podem ser interpretadas como ondas estacionárias.
Depois de entender o fenômeno de ressonância, é perfeitamente compreensível que o
aluno esteja interessado em alguma aplicação de forma prática. Utilizando um tubo sonoro,
é possível utilizar os conceitos de ressonância para calcular a velocidade com que o som se
propaga no ar. Para isso, a coluna de ar dentro do tubo será variada por meio de um êmbolo,
além da produção de um som com frequência específica. Ao empurrar o êmbolo no interior
do tubo, é observável um aumento máximo de amplitude ao atingir uma certa distância da
extremidade, para qual ocorre a ressonância. Também é possível atingir outros valores máximos
de amplitude ao variar o tamanho da coluna de ar, como demonstrado na Figura 3.
Figura 3: Posições onde ocorrem ressonância.
Fonte: Dias, 2021.
Pode-se observar a formação de uma onda estacionária e, com base nos conhecimentos
básicos de ondulatória e o que foi definido até o momento, é possível encontrar dois nodos
na parte inferior da Figura 3. Como a distância entre esses dois nodos representa metade do
comprimento de uma onda, definido pela letra grega , pode-se chegar na Equação 1:
5
ℎ2 − ℎ1=
_
2
(1)
Com o auxílio da equação fundamental da ondulatória, pode-se substituir o comprimento
de onda por uma expressão em função da velocidade e frequência de onda. Porém, a frequência
do som é algo que é controlado e determinado na hora de fazer o experimento, bastando apenas
os valores de h1 e h2 para que seja obtida a velocidade do som no ar. Então, chega-se na Equação
2:
E = 2(ℎ2 − ℎ1) 5 (2)
Sabe-se que a distância entre dois nós consecutivos corresponde à metade do compri-
mento de onda. Este conceito é básico no estudo de ondulatória. A partir disso, uma das
interpretações que se pode chegar é que a distância h1 corresponde a um quarto do comprimento
de onda. Porém, esse valor é apenas uma aproximação. Isso ocorre pois, o ventre formado
dentro do tubo não está exatamente nessa posição, sendo necessário uma correção para encontrar
o um quarto do comprimento de onda. Essa distância é de 6 décimos do raio do tubo sonoro e é
chamada de correção de extremidade. De tal forma, chega-se na Equação 3:
ℎ1 + 0, 6 · ' =
_
4
(3)
4 PROCEDIMENTOS
Para realizar a parte prática do experimento, foi utilizada a plataforma Laboratório
Virtual de Física da Universidade Federal do Ceará. O experimento simula um alto-falante que
está posicionado em uma das extremidades de um tubo sonoro, a frequência do som reproduzido
pelo alto-falante pode ser ajustada pela própria plataforma, em um valor que varia entre 300
e 1000 Hz. O som reproduzido pode ser escutado pela plataforma, que inclui um controle de
volume, deixando o usuário mais livre para controlá-lo.
Também há a possibilidade de modificar a posição de um êmbolo dentro do tubo. De
tal forma, ao movimentar o êmbolo, a intensidade sonora varia em um medidor que também
está disponível na simulação. Com o recurso de monitoração de intensidade sonora, pode-se
determinar para qual posição do êmbolo teremos o fenômeno de ressonância ocorrendo, já que
a intensidade sonora é máxima.
6
A Figura 4 mostra um panorama da plataforma, revelando suas funções, que estão
disponíveis de forma clara e objetiva para o usuário. Também é observado a presença de três
frequências desconhecidas.
Figura 4: Plataforma Laboratório Virtual de Física da Universidade Federal do Ceará.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Iniciando os experimentos, liguei a simulação e ajustei a frequência para o valor de 700
Hz. Além disso, foi realizado um teste prévio para configurar o volume do som, de forma a
deixá-lo audível. Tendo feito isso, fiquei de olho no decibelímetro digital e comecei a variar
a posição do êmbolo. Ao encontrar a posição onde há maior intensidade sonora, a posição do
êmbolo foi registrada na Tabela 1, onde foram registradas três posições, em centímetros.
Tabela 1: Posições de ressonância para a frequência de 700 Hz.
h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm)
10,3 35,4 60,0
Fonte: Elaborado pelo autor.
Após isso, realizei o mesmo procedimento, só que para a frequência de 800 Hz. As três
posições encontradas estão representadas, em centímetros, na Tabela 2.
Tabela 2: Posições de ressonância para a frequência de 800 Hz.
h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm)
9,1 30,7 52,2
Fonte: Elaborado pelo autor.
Por fim, realizei um procedimento similar, porém utilizando os três valores desconheci-
dos de frequência. As três posições estão em centímetros e ilustradas na Tabela 3. Em casos
7
onde não é possível realizar a medição com a gama de posições fornecidas, coloquei um "xxxx",
que representa que o valor está além dos 100 centímetros utilizados na plataforma. Em todas as
tabelas, as posições são fornecidas com a precisão de uma casa decimal.
Tabela 3: Posições de ressonância para as frequências desconhecidas.
h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm)
Frequência X 9,8 32,8 55,9
Frequência Y 22,6 72,1 xxxx
Frequência Z 15,9 50,0 85,0
Fonte: Elaborado pelo autor.
5 QUESTIONÁRIO
Em todas as questões os cálculos deverão ser mostrados. Não serão aceitas respostas
sem os devidos cálculos.
1. Determine a velocidade (média dos 4 valores obtidos) do som como indicado na tabela
abaixo:
Podemos utilizar a Equação 2 para determinar os valores a partir de h1, h2 e h3. Para os
valores de h1, h2 e frequência de 700 Hz, temos:
E = 2(ℎ2 − ℎ1) 5 → E = 2(35, 4 − 10, 3) · 700→ E = 2 · 25, 1 · 700
E = 35.140→ E = 35, 1 · 103 cm/s→ v = 351 m/s
Da mesma maneira, para os valores de h2, h3 e frequência de 700 Hz, temos:
E = 2(ℎ3 − ℎ2) 5 → E = 2(60, 0 − 35, 4) · 700→ E = 2 · 24, 6 · 700
E = 34.440→ E = 34, 4 · 103 cm/s→ v = 344 m/s
Agora, calculando utilizando os valores de h1, h2 e frequência de 800 Hz:
E = 2(ℎ2 − ℎ1) 5 → E = 2(30, 7 − 9, 1) · 800→ E = 2 · 21, 6 · 800
E = 34.560→ E = 34, 6 · 103 cm/s→ v = 346 m/s
8
Por fim, para os valores de h2, h3 e frequência de 800 Hz, chegamos em:
E = 2(ℎ3 − ℎ2) 5 → E = 2(52, 2 − 30, 7) · 800→ E = 2 · 21, 5 · 800
E = 34.400→ E = 34, 4 · 103 cm/s→ v = 344 m/s
Os valores podem ser observados na Tabela 4.
Tabela 4: Velocidade do som para diferentes frequências, na questão 1.
Velocidade do som (m/s), V
700 Hz 800 Hz
A partir dos valores de h1 e h2 351 346
A partir dos valores de h2 e h3 344 344
Valor médio 346
Fonte: Elaborado pelo autor.
2. A simulação considera a temperatura ambiente local 25 °C. Calcule a velocidade teórica
do som no ar utilizando a equação termodinâmica para essa temperatura:
+ = 331 + 2
3
) (em m/s)
onde ) é a temperatura ambiente, em graus Celsius durante o experimento. (A velocidade
do som no ar a 0 °C vale 331 m/s. Para cada grau Celsius acima de 0 °C, a velocidade do
som aumenta 2/3 m/s).
Fazendo uso da equação termodinâmica fornecida, podemos substituir o T por 25 °C. De
tal forma, poderemos proceder da seguinte forma:
+ = 331 + 2
3
) → + = 331 + 2
3
· 25→ V = 348 m/s
Portanto, a velocidade teórica do som no ar vale 348 metros por segundo.
3. Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar obtido
experimentalmente (Questão 1, valor médio) e o calculado teoricamente (Questão 2).
Primeiramente, o erro percentual será calculado com base no valor médio da velocidade,
que pode ser encontrado na Tabela 4. Portanto, é relevante o cálculo do erro absoluto, que
9
é dado pelo módulo da diferença entre o valor medido e o valor teórico:
�AA>�1B>;DC> = |+0;>A"4383> −+0;>A)4>A82> | = |346 − 348| → �AA>�1B>;DC> = 2 m/s
Então, com o valor do erro absoluto, é possível calcular o erro percentual, que é dado pela
seguinte expressão:
�AA>% =
�AA>�1B>;DC>
+0;>A)4>A82>
· 100→ �AA>% =
2
348
· 100→ �AA>% = 0, 575%
4. Considere o diâmetro interno do cano/tubo 6,0 centímetros. A partir dos valores medidos
de h1, determine a velocidade do som para as duas frequências (700 e 800 Hz) com e sem
a CORREÇÃO DE EXTREMIDADE.
Sem utilizar a correção de extremidade, a aproximação a ser adotada é de que h1 corres-
ponde a um quarto do comprimento de onda. Então, pode-se encontrar o comprimento
de onda em função da posição h1:
ℎ1 =
_
4
→ _ = 4ℎ1 → _ = 4 · 0, 103→ _ = 0, 412 m
Então, substituindo na equação fundamental da ondulatória, para a frequência de 700 Hz,
temos:
E = _ 5 → E = 0, 412 · 700→ E = 288 m/s
Da mesma maneira, o comprimento de onda para a frequência de 800 Hz vale:
ℎ1 =
_
4
→ _ = 4ℎ1 → _ = 4 · 0, 091→ _ = 0, 36 m
Encontrando a velocidade do som:
E = _ 5 → E = 0, 36 · 800→ E = 288 m/s→ E = 2, 9 · 102 m/s
Para encontrar o comprimento de onda para a frequência de 700 Hz, utilizando a correção
de extremidade, o raio interno do cano é de 0,030 metro. O procedimento é o seguinte:
_
4
= ℎ1 + 0, 6' → _ = 4(ℎ1 + 0, 6') → _ = 4(0, 103 + 0, 6 · 0, 030) → _ = 0, 484 m
10
Encontrando a velocidade:
E = _ 5 → E = 0, 484 · 700→ E = 339 m/s
Para a frequência de 800 Hz e com correção de extremidade:
_
4
= ℎ1 + 0, 6' → _ = 4(ℎ1 + 0, 6') → _ = 4(0, 091 + 0, 6 · 0, 030) → _ = 0, 436 m
E = _ 5 → E = 0, 436 · 800→ E = 349 m/s
Os resultados estão exibidos na Tabela 5, as posições foram convertidas de centímetros
para metros para realização dos cálculos.
Tabela 5: Velocidade dosom com presença e ausência da correção de extremidade, na questão 4.
Velocidade do som (m/s), V
700 Hz 800 Hz
Sem CORREÇÃO DE EXTREMIDADE 288 2,9 · 102
Com CORREÇÃO DE EXTREMIDADE 339 349
Fonte: Elaborado pelo autor.
5. Quais os valores das frequências desconhecidas?
A plataforma virtual de simulação fornece três frequências desconhecidas (X, Y e Z)
para medição das distâncias. Então, fazendo uso dos dados da Tabela 3, é possível
descobrir esses valores de frequência ao adotar o valor teórico da velocidade do som que
foi calculado na questão 2 e isolando a frequência na Equação 2:
E = 2(ℎ2 − ℎ1) 5 → 5 =
E
2(ℎ2 − ℎ1)
Os valores de distância utilizados são h1 e h2, pois não são todos os valores de h3 que são
válidos para essas três frequências desconhecidas. Vale salientar que, como as distâncias
então em centímetros, antes de efetuar a divisão para achar a frequência, a distância é
convertida para metros, de forma a manter a unidade de frequência como hertz.
Começando pela frequência X:
5G =
348
2(32, 8 − 9, 8) → 5G =
348
46, 0
→ 5G =
348
0, 460
→ 5G = 757 Hz
11
Repetindo o procedimento para a frequência Y:
5H =
348
2(72, 1 − 22, 6) → 5H =
348
99, 0
→ 5H =
348
0, 990
→ 5H = 352 Hz
Por último, a frequência Z:
5I =
348
2(50, 0 − 15, 9) → 5I =
348
68, 2
→ 5I =
348
0, 682
→ 5I = 510 Hz
6. Nesta prática, foram observadas “experimentalmente” três posições de máximos de in-
tensidade sonora para as frequências de 700 Hz e 800 Hz. Calcule as posições esperadas
para o quarto e o quinto máximos de intensidade sonora para cada frequência. Conside-
rando o comprimento total do cano/tubo, esses máximos poderiam ser observados com o
tubo/cano utilizado nesta “experiência”? Justifique.
As futuras posições esperadas podem ser calculadas a partir da Equação 2, utilizando os
valores de h3 presentes nas Tabelas 1 e 2. Após calcular h4, pode-se utilizar esse valor
para o cálculo de h5. Para isso, utilizaremos o valor teórico da velocidade do som, que foi
definido na questão 2.
Iniciando pela posição esperada para o quarto máximo de intensidade sonora para a
frequência de 700 Hz:
100E = 2(ℎ4 − ℎ3) 5 → ℎ4 =
100E
2 5
+ ℎ3 → ℎ4 =
100 · 348
2 · 700 + 60, 0→ ℎ4 = 84, 9 cm
Com esse valor, o quinto máximo de intensidade ocorreria na posição:
100E = 2(ℎ5 − ℎ4) 5 → ℎ5 =
100E
2 5
+ ℎ4 → ℎ5 =
100 · 348
2 · 700 + 84, 9→ ℎ5 = 109, 8 cm
Repetindo o mesmo processo para a frequência de 800 Hz, chegamos em:
100E = 2(ℎ4 − ℎ3) 5 → ℎ4 =
100E
2 5
+ ℎ3 → ℎ4 =
100 · 348
2 · 800 + 52, 2→ ℎ4 = 74, 0 cm
Agora, a quinta posição:
100E = 2(ℎ5 − ℎ4) 5 → ℎ5 =
100E
2 5
+ ℎ4 → ℎ5 =
100 · 348
2 · 800 + 74, 0→ ℎ5 = 95, 8 cm
12
7. Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o som tivesse a frequência de 440 Hz? (Não
considerar a correção de extremidade).
Podemos partir da equação fundamental da ondulatória, de modo a descobrir o compri-
mento de onda. Usaremos o valor da frequência fornecida na questão e o valor teórico da
velocidade do som calculado na questão 2:
E = _ · 5 → _ = E
5
→ _ = 348
440
→ _ = 0, 791 m
Desconsiderando a correção de extremidade, iremos utilizar a aproxiamação de que h1
corresponde a um quarto do comprimento de onda. Assim, temos que:
ℎ1 =
_
4
→ ℎ1 =
0, 791
4
→ ℎ1 = 0, 198 m→ ℎ1 = 19, 8 cm
Com o valor de h1, pode-se encontrar h2 a partir do uso da Equação 1:
ℎ2 − ℎ1 =
_
2
→ ℎ2 =
_
2
+ ℎ1 → ℎ2 =
0, 791
2
+ 0, 198→ ℎ2 = 0, 594 m→ ℎ2 = 59, 4 cm
O mesmo procedimento pode ser aplicado para encontrar h3:
ℎ3 − ℎ2 =
_
2
→ ℎ3 =
_
2
+ ℎ2 → ℎ3 =
0, 791
2
+ 0, 594→ ℎ3 = 0, 990 m→ ℎ3 = 99, 0 cm
Por fim, podemos simular essa situação no Laboratório Virtual. Uma captura de tela da
simulação pode ser visualizada na Figura 5. Já as posições h1, h2 e h3 estão exibidos na
Tabela 6:
Tabela 6: Posições de ressonância para a simulação da questão 7.
h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm)
18,0 57,8 97,1
Fonte: Elaborado pelo autor.
13
Figura 5: Simulação para questão 7.
Fonte: Elaborado pelo autor.
6 CONCLUSÃO
Tendo em vista o que foi apresentado até o momento, compreende-se a importância de
atividades práticas como essa e a sua grande influência no processo de aprendizagem do aluno.
Isso ocorre tanto na parte teórica, onde todos os princípios do experimento são explicados,
quanto na prática, onde torna-se possível analisar experimentalmente tudo o que foi visto na
teoria, simulando das situações mais convencionais até as mais extremas.
O conceito de ressonância pode ser entendido de forma clara e objetiva e, apesar do foco
ser em ressonância voltada para o som, é consolidada uma base que poderá servir para os outros
tipos de ressonância. Além disso, foi possível revisar tópicos de ondulatória que são essenciais
para o entendimento, como a equação fundamental da ondulatória, fenômeno de interferência e
ondas estacionárias.
Durante a simulação na plataforma, é possível ter uma noção se como seria o experimento
físico com o tubo sonoro. Apesar da utilização de um setor móvel para definir a frequência e a
posição, não houve nenhum problema para atingir os valores de frequências desejados. Também
há a opção de escutar o som, mas ao alterar a posição do êmbolo, não é nítida a alteração no
som reproduzido pelo site.
É curioso a percepção de que, sem a correção de extremidade, os resultados esperados
nos cálculos apresentam certe diferença com os observados na simulação. Após adicionar
14
a correção de extremidade, percebe-se uma aproximação maior das distâncias calculados e
simuladas.
Outro ponto revelante a ser comentado é o conhecimento que pode ser tirado do questio-
nário. Além de notar o efeito da correção de extremidade, o valor do erro do valor experimental
em relação ao valor teórico agrega bastante à prática. Apesar do da simulação ter um compri-
mento máximo de 100 centímetros, as próximas posições de ressonância podem ser estimadas
com a base teórica adquirida até o momento.
Por fim, é essencial comentar que alguns dos resultados podem ser um poucos diferentes
dos esperados devido à incerteza dos algarismos significativos. Durante a simulação, a pre-
cisão da marcação da posição do êmbolo não é grande, o que pode gerar alguns conflitos de
interpretações.
15
REFERÊNCIAS
DIAS, Nildo L. Roteiro da prática 4 - Equilíbrio. Ceará: Universidade Federal do Ceará,
2021.
FREEDMAN, Roger A; SEARS, Francis Weston; YOUNG, Hugh D.; ZEMANSKY, Mark
Waldo. Sears & Zemansky: Física 2 - Termodinâmica e Ondas. 12. ed. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2008. v. 2;
HALLIDAY, David.; RESNICK, Robert.; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: gravita-
ção, ondas e termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 2.
HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
"Ressonância"em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021. Disponível na
Internet em http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php. Acesso
em 05 de outubro de 2021.
SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Interferência de ondas"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/interferencia-ondas.htm. Acesso em 05 de outubro de
2021.
16
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/interferencia-ondas.htm
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	MATERIAIS
	INTRODUÇÃO
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	QUESTIONÁRIO
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