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PREVENÇÃO E CONTROLE DE ACIDENTES E DOENÇAS LABORAIS 2021

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Preceptor: Anjo
Discente: Francisco da Silva Coelho
Disciplina: Especialização Em Enfermagem Do Trabalho / Instrumentação Cirúrgica 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE ACIDENTES E DOENÇAS LABORAIS
INTRODUÇÃO
 De acordo com o Ministério da Previdência Social, acidente do
trabalho é aquele decorrente do exercício do trabalho a serviço da empresa
ou do exercício do trabalho dos segurados especiais, podendo ocasionar
lesão corporal ou distúrbio funcional, permanente ou temporário, morte e a
perda ou a redução da capacidade para o trabalho (BRASIL, 2007). Os
acidentes de trabalho dividem-se em três categorias: típicos – aqueles
decorrentes da característica da atividade profissional realizada pelo
indivíduo; de trajeto – ocorrem durante o percurso entre a residência e o
local de trabalho; doenças do Trabalho – aqueles ocasionados por qualquer
tipo de doença profissional ligada a determinado ramo de atividade.
Os acidentes estão geralmente associados à fatalidade humana, danos
materiais, paradas na produção, danos à imagem da empresa, efeitos psicológicos
na equipe e perda de produtividade. O estudo destas ocorrências permite uma
avaliação das relações entre o homem e o ambiente onde ele exerce suas
atividades, seu equilíbrio e sua deterioração, aprimorando o conhecimento
técnico-científico e permitindo o planejamento e a avaliação das ações voltadas
para os trabalhadores. Segundo Asfahl (2005), deve-se incluir nesta análise até
mesmos acidentes ou incidentes que não tenham culminado em lesões ou doenças,
mas que apresentavam potencial para isso, bem como a ocorrência de eventos
inesperados e indesejáveis, com o objetivo de que estas situações não ocorram
novamente. A análise das causas dos acidentes e a posterior disseminação dessas
informações entre os indivíduos expostos às condições perigosas são consideradas
procedimentos eficazes de se evitar lesões e doenças. 
 De acordo com dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho
(BRASIL, 2007), a atividade de atendimento hospitalar apresenta, ao longo dos
anos 1999 e 2007, uma tendência de crescimento no número de acidentes,
totalizando 217.165 registros de acidentes ao longo deste período. A Norma
Regulamentadora 4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho) classifica os serviços médico-hospitalares como
organizações que apresentam grau de risco 3 e são considerados como insalubres,
expondo pacientes e profissionais a riscos variados. Trata-se de um ambiente onde
há concentração de pessoas portadoras de várias doenças infectocontagiosas, em
que se realizam procedimentos que apresentam riscos de acidentes e doenças para
os trabalhadores de saúde e utilizam formas de tratamento que incluem desde
equipamentos de alta tecnologia a técnicas rudimentares de assistência, com a
aplicação de agentes físicos e químicos com fins terapêuticos.
Segundo Rezende (2003), os profissionais que lidam, direta ou
indiretamente, com a saúde dos pacientes preocupam-se muito com a assistência
oferecida aos usuários, priorizando o seu conforto e bem-estar, e pouco com os
riscos inerentes à execução de suas atividades, que podem ser ampliados segundo
a diversificação dos processos e organização do trabalho e pela especialidade 
da assistência. Esses trabalhadores podem sofrer alterações de saúde oriundas da
presença da diversidade de agentes e do tempo e da intensidade do contato entre
eles e os agentes. Além disso, o trabalhador lida diariamente com o adoecimento,
a miséria, o desemprego, a violência, fatores sociais da produção da doença, tendo
em vista a inclusão/exclusão social que se estabelece nesse modo de produção no
contexto social (FORTUNA et al., 2002). Estão também acopladas a estes fatores,
de acordo com Ruiz, Barboza e Soler (2004), sobrecarga de serviço, salários
insuficientes, situação ocupacional insatisfatória e mecanismos formais e
informais de controle dos trabalhadores. Martino e Misko (2004) citam ainda a
exposição a situações de elevada tensão emocional, associadas a longas jornadas
de trabalho, condições de insalubridade do ambiente laboral, baixos salários e
duplo emprego.
Acidentes ocupacionais que envolvem trabalhadores hospitalares têm grande
impacto econômico devido à perda de mão de obra qualificada pelas lesões
ocupacionais, bem como pelo dano irreparável à imagem da instituição hospitalar,
quando profissionais infectam os pacientes. Segundo Van Gemert-Pijnen et al.
(2006), essas organizações têm a obrigação de informar e treinar a equipe para
que estes sigam as medidas cabíveis para manter a segurança nas organizações.
Desta forma, este trabalho teve como objetivo estudar o histórico de
acidentes de trabalho em um hospital universitário, levantando quais os
profissionais de saúde mais acometidos, os setores mais críticos na organização
quanto à ocorrência de acidentes e quais as suas causas.
Conclusão 
Considerando os diversos agentes aos quais os profissionais de saúde
estão expostos e as suas repercussões na saúde dos trabalhadores e na
organização, percebe-se a relevância de um sistema que priorize os
trabalhadores destes ambientes. A implantação de um Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional auxilia no reconhecimento e análise dos
riscos ocupacionais nestes ambientes, com o objetivo de evitar ou minimizar
a ocorrência de acidentes de trabalho, gerenciá-los, embasar as tomadas de
decisões, as medidas de controle e de prevenção, e a promoção da
conscientização sobre práticas seguras entre os profissionais. O cuidado
com a gestão da Segurança e Saúde Ocupacional, além de possibilitar a
redução nos gastos na instituição, pode melhorar a imagem da mesma
diante de seus usuários e motivar seus funcionários, proporcionando
maiores lucros e produtividade e melhor qualidade de vida no trabalho.
Portanto, o estudo minucioso acerca das causas dos acidentes de trabalho
pode contribuir significativamente para a redução de sua ocorrência. O
trabalhador, quando orientado, pode evitar as situações de risco e a
administração pode direcionar e adaptar medidas mitigatórias de risco à
realidade desses profissionais
Como prevenir acidentes de trabalho em hospitais, clínicas e consultórios
Prevenir acidentes de trabalho em ambientes hospitalares, assim como em clínicas e consultórios, é
um cuidado que todo gestor da área de saúde deve ter – atitudes de cautela são necessárias tanto
para preservar os pacientes quanto os funcionários, que estão continuamente expostos a riscos
devido ao exercício da profissão. Um levantamento publicado na Revista de Ciências da Saúde
Nova Esperança, realizado por pesquisadoras da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança
(FACENE), constatou que trabalhadores da área da saúde estão mais sujeitos como Hepatite B e
tuberculose pulmonar, citomegalovirus (CMV.), HIV, rubéola, herpes simples, herpes-zoster,
gastroenterite infecciosa e infecções respiratórias por vírus. Outro estudo, conduzido por
pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), analisou dados da CIPA de um hospital
universitário e concluiu que os acidentes mais frequentes envolvem material biológico.
A implantação da biossegurança – que é o conjunto de medidas que busca minimizar os riscos
inerentes a uma determinada atividade – segue regras que garantem a saúde do trabalhador e do
restante da população. O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar
problemas como transmissão de doenças e até mesmo epidemias”, afirma Ricardo Lupianhes
Pacheco, Vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho
(ABRESST).
ÁREAS DE RISCO
De acordo com a ANVISA, existem as áreas hospitalares críticas, semicríticas e não críticas. Nas
críticas, hámaior risco desenvolvimento de infecções, seja pela manipulação de material biológico,
presença de pacientes doentes ou pela realização de procedimentos invasivos – como UTI,
lavanderia hospitalar, salas cirúrgicas, unidades de isolamento, bancos de sangue e unidades de
hemodiálise. A semicrítica é aquela que apresenta menor risco de transmissão de agentes de
infecção em relação às áreas críticas e que, normalmente, são ocupadas por pacientes portadores de
doenças infecciosas de baixa transmissibilidade ou que não são portadores de doenças infecciosas”,
explica Lucivaldo Santos, diretor do Instituto Cimas de Ensino. Entre elas estão consultórios,
enfermarias e apartamentos e a área limpa da lavanderia hospitalar.
Já as áreas não críticas não são ocupadas por nenhum paciente e não oferecem risco de transmissão.
Áreas administrativas, elevadores e almoxarifado são alguns exemplos.
COMO PREVENIR ACIDENTES DE TRABALHO
Além do risco biológico, também é preciso levar em consideração outros riscos, como os de
radiações ionizantes e não ionizantes, químicos e de ruído. Por isso, ter conhecimento das áreas de
risco é fundamental para entender os cuidados que devem ser tomados. Veja alguns a seguir.
Respeito às normas regulamentadoras: são conjuntos de procedimentos que dizem respeito à
segurança e medicina do trabalho, que possuem justamente o objetivo de prevenir acidentes. Um
bom exemplo é a NR 32, que estabelece medidas de proteção à segurança e a saúde dos
trabalhadores em serviços de saúde. Conhecê-las bem e colocar em práticas suas diretrizes é
fundamental.
Treinamento: “Através do treinamento, o trabalhador aprende a adotar uma cultura prevencionista
no dia a dia, refletindo e analisando cada etapa a ser cumprida durante o processo. Por exemplo, ele
irá verificar e prever todos os riscos oferecidos pela tarefa; utilizar os equipamentos de segurança
individual e coletivo; ponderar se o trabalho é seguro antes de executá-lo e considerar que acidentes
podem ocorrer com qualquer um e a qualquer momento”, aponta José Lino Bittencourt, instrutor de
Segurança do Trabalho do Instituto Nacional Brasileiro de Educação Profissional (Inbep).
Todas as equipes que participam dos procedimentos de saúde devem ter consciência dos
procedimentos, desde o acolhimento do paciente até o descarte e segregação de materiais e resíduos.
É importante oferecer a capacitação antes de o funcionário começar a trabalhar em seu consultório e
continuadamente, para que ele esteja sempre atualizado.
Uso de equipamentos: “Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), descartáveis ou não,
deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido
o imediato fornecimento ou reposição”, enfatiza Santos. Estão entre eles luvas de procedimento
descartáveis, calçados fechados, vestimentas de trabalho adequadas para a atividade, máscaras,
óculos de proteção e gorros. Cuidados com a equipe: blindar a saúde dos profissionais é uma das
principais atitudes, ainda mais considerando que o principal risco é o biológico. Todos devem
receber vacinas contra, no mínimo, tétano, difteria e hepatite B. Também é importante oferecer um
bom plano de saúde. “Ele pode ser um facilitador no caso da necessidade de atendimento, visto que
a rede pública de saúde não tem conseguido oferecer as condições adequadas para o atendimento à
saúde da população”, diz Claudia Casasanta, Gerente de Medicina da Ocupacional Medicina e
Engenharia de Segurança do Trabalho. A Seguros Unimed, por exemplo, oferece um plano
corporativo com possibilidade de coparticipação (CP), que pode ser contratado por empresas com
mais de 100 vidas.
Para a empresa que prima pela saúde de sua equipe, a cada R$ 1 investido na promoção e prevenção
da saúde do trabalhador, aproximadamente R$ 4 são gerados de retorno. Isto significa um lucro de
cerca de 300% gerado com o aumento da produtividade e, principalmente, com a diminuição do
número de faltas, atrasos ou trabalho em meio expediente que o trabalhador cometeria por motivo
de saúde”, estima Pacheco.
Boas condições de trabalho: fatores humanos colaboram, e muito, para a ocorrência de acidentes –
afinal, profissionais desgastados, cansados e estressados estão mais propensos a causar ocorrências
devido ao desgaste físico e mental. Incentive boas relações interpessoais, trabalho em equipe
harmonioso e o descanso pós jornada de trabalho.
Imperatriz – MA - 2021
	Como prevenir acidentes de trabalho em hospitais, clínicas e consultórios

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