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Técnico em Enfermagem Módulo II Prof ª Verônica Petry Nutricionista SAÚDE DO TRABALHADOR CONCEITO DE SAÚDE � Fatores determinantes e condicionantes da saúde. A saúde tem vários fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a condição de moradia, o saneamento básico, a família, o meio ambiente, o trabalho, a renda familiar, a educação, os meios de transportes, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem – estar físico, mental e social. Nesse conceito apreende-se que o trabalho é um determinante/condicionante da saúde dos indivíduos. Conceito de Saúde CONCEITO DE SAÚDE � Fatores determinantes e condicionantes da saúde. O ambiente de trabalho se constitui em espaço no qual o trabalhador passa a maior parte de sua vida, nele muitas oportunidades e ocorrências acontecem e se constituem um desafio ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Sendo este ambiente agradável e oferecendo condições de salubridade ao indivíduo, oferecendo proteção e prevenção de acidentes nas ações geradas como resultados do trabalho, se constitui um grande fator de saúde mental. Ambiente de Trabalho CONCEITO DE SAÚDE � Fatores determinantes e condicionantes da saúde. Ação integral à saúde: significa tornar o trabalho como fator determinante do processo saúde- doença e atender ao “... trabalhador, na qualidade de vida do indivíduo, ainda que os procedimentos de diagnóstico e tratamento da doença que apresenta sejam os mesmos, independentemente de o agravo estar ou não relacionado ao seu trabalho atual ou pregresso, é importante que essa relação seja estabelecida e os encaminhamentos sejam feitos adequadamente. As ações de saúde do trabalhador são desencadeadas a partir da identificação de um agravo à saúde ou de uma situação de risco, relacionados ao trabalho”. Significado do trabalho na vida do homem � A atividade humana é transformadora, desenvolvida na natureza para garantir a sobrevivência da espécie. � Tem sentido de realização, gere satisfação, reconhecimento e que permaneça além da vida do trabalhador e, em outros momentos, tem sentido de esforço, preocupações e aflições. � “Trabalho” origina-se da palavra “tripallium” que era um instrumento constituído de três paus aguçados utilizados pelos agricultores antigos, mas que também serviu como instrumento de tortura. � O trabalho é um direito fundamental para melhoria da qualidade de vida da pessoa humana e assegurar a sua sobrevivência, se constitui em direito social. Significado do trabalho na vida do homem � O trabalho permitiu ao homem abandonar as cavernas, dominar a natureza e transformá-la, modificando-o através de avanços na tecnologia, educação, ciência, cultura, política, religião, enfim, transformando–o em espaço de transformações contínuas. Estas evoluções realizadas através do trabalho, aceleraram o advento e desenvolvimento das máquinas, da tecnologia, da informática, das ciências, conectando o mundo on-line em todos os âmbitos. Significado do trabalho na vida do homem � Estes avanços relacionados às mudanças são reais, geraram resultados na produtividade, no desenvolvimento em todos os segmentos da indústria, da saúde, educação e ambiente. No entanto, estas mudanças levam a uma nova postura do indivíduo, do profissional, da família, dos negócios, da qualidade de vida. � A longevidade humana aumentou muito nas últimas décadas, em virtude de novos avanços na qualidade de vida, da alimentação, prevenção da saúde física e mental. Processo de trabalho e saúde � Para entender a relação existente entre processo de trabalho e saúde é necessário, definir processo de trabalho. Exemplo de uma situação da vida cotidiana.. Imaginemos um carpinteiro que queira construir uma cadeira. Para iniciar seu trabalho ele precisa de madeira, cola, serrote, lixa, martelo, plaina, espaço físico para se instalar e iluminação adequada. Chamamos de matéria-prima aos objetos que são transformados pelo trabalho para construir o produto final. Processo de trabalho e saúde � Para juntarmos os componentes da cadeira é necessário utilizarmos o que chamamos meios de trabalho, que são todas aquelas coisas que direta ou indiretamente nos permite transformar a matéria-prima em produto final. No exemplo os meios de trabalho que atuam diretamente sobre a matéria-prima são o martelo, o serrote, a plaina e a lixa. Os meios de trabalho que atuam de forma indireta são o local de trabalho, a iluminação, etc. DIRETA INDIRETA Processo de trabalho e saúde � Por último, analisaremos a atividade humana realizada pelo trabalhador, que utilizando os meios de trabalho transforma a matéria-prima no produto final. No nosso exemplo, o carpinteiro gasta energia física e mental para construir a cadeira. A esta energia empregada pelo trabalhador no processo de trabalho chamamos de força de trabalho. � Os elementos fundamentais do processo de trabalho = força de trabalho + meios de trabalho. A produção das riquezas das sociedades ocorre através processo de trabalho, e este vem alterando-se ao longo da história das sociedades. Definição do termo trabalhadores � Trabalhadores são todos os humanos que exercem atividades para sustento próprio e/ou de seus dependentes, qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores formais ou informais da economia (sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem empregados registrados e sem contribuir com impostos ao governo). � Estão incluídos nesse grupo os indivíduos que trabalharam ou trabalham como empregados assalariados, trabalhadores domésticos, trabalhadores avulsos, trabalhadores agrícolas, autônomos, servidores públicos, trabalhadores cooperativados e empregadores-particularmente, os proprietários de micro e pequenas unidades de produção. Definição do termo trabalhadores � São também considerados trabalhadores aqueles que exercem atividades não remuneradas, voluntários, os aprendizes, os estagiários e aqueles que prestam trabalhos temporários ou definitivamente afastados do mercado de trabalho por doença, aposentadoria ou desemprego. � Trabalhador é toda pessoa que exerça uma atividade de trabalho, independentemente de estar inserido no mercado formal ou informal de trabalho, inclusive na forma de trabalho familiar e/ou doméstico. Ressalte-se que o mercado informal no Brasil tem crescido acentuadamente nos últimos anos. Definição do termo trabalhadores � O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. Considera-se a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em determinado momento histórico. Parte do princípio de que a forma de inserção dos homens, mulheres e crianças nos espaços de trabalho contribui decisivamente para formas específicas de adoecer e morrer. O fundamento de suas ações é a articulação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. Definição do termo trabalhadores � Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cerca de 2/3 da população economicamente ativa – PEA, têm desenvolvido suas atividades de trabalho no mercado informal. Definição do termo trabalhadores O processo de descentralização das ações de saúde acontece em todo o país. Um dos mais importantes desafios que os municípios brasileiros têm enfrentado, é a organização da rede de prestação de serviços de saúde, em consonância com os princípios do SUS. Princípios do SUS • Descentralização dos serviços (transferência do poder para os municípios). • Universalidade. • Hierarquização (baixa (UBS), média (PAS) e alta complexidade (hospitais terciários). • Equidade (+ para quem precisa mais, e menos da mesma forma) • Integralidade da assistência (ser humano como um todo). • Controle social(https://www.joinville.sc.gov.br/institucional/cms/) • Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, entre outros. Definição do termo trabalhadores � As políticas públicas no campo da saúde e segurança no trabalho constituem ações implementadas pelo Estado visando garantir que o trabalho, base da organização social e direito humano fundamental, seja realizado em condições que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, a realização pessoal e social dos trabalhadores, sem prejuízo para sua saúde, integridade física e mental. Por esta razão, envolvem aspectos gerais, como a garantia de trabalho, a natureza e relações de trabalho, a distribuição da renda, as questões diretamente relacionadas às condições e ambientes de trabalho, tendo em vista a promoção, proteção e recuperação da saúde e a reabilitação profissional. Conforto ambiental no trabalho � Passamos em média 8 a 10 horas do dia no ambiente do trabalho, neste sentido existe hoje preocupação em adequar medidas de controle e proteção coletivas ou individuais, observando a saúde e qualidade de vida dos colaboradores. � A palavra Ergonomia deriva do grego ERGON (Trabalho) e normas (normas, regras, leis). Ela se define como uma disciplina científica que relaciona a adaptação dos seres humanos aos elementos do sistema. Conforto ambiental no trabalho � A palavra ergonomia significa interconectar harmonicamente, por meio de projetos e ações, organização do bem estar humano e o ambiente em que se vive, de modo a formar um conjunto com objetivo de visar melhoria do desempenho. A legislação brasileira, Norma reguladora 17- Ergonomia, da portaria 3.214 de 8 de junho de 1978. � Recomenda sua aplicação ``para locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, parâmetros de conforto, níveis de ruídos, índice de temperatura, velocidade e umidade do ar, visando adaptação das condições do trabalho ás características psicológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar conforto, segurança, e desempenho eficiente. A importância da ginástica laboral no trabalho � Ginástica laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho (donde o qualificativo laboral), com a finalidade de colocar previamente cada pessoa — e todos — da equipe ou grupo de trabalho bem preparadas para o exercício do labor diário. Usualmente baseia-se em técnicas de alongamento, distribuídas pelas várias partes do corpo, dos membros, passando pelo tronco, à cabeça, sendo, de ordinário, orientada ou supervisionada por um fisioterapeuta, educador físico ou por algum especialista treinado. A importância da ginástica laboral no trabalho � A Ginástica Laboral começou a ser compreendida como um grande instrumento na melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais, através de exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho. A Ginástica Laboral não sobrecarrega nem cansa o funcionário, porque é leve e de curta duração. Objetivos ginástica laboral • Trabalhar a reeducação postural. • Aliviar o estresse. • Diminuir o sedentarismo. • Aumentar o ânimo para o trabalho. • Promover a saúde e uma maior consciência corporal. • Aumentar a integração social. • Melhorar o desempenho profissional. • Diminuir as tensões acumuladas no trabalho. • Melhorar o bem estar físico, do sono e resultados no humor. • Prevenir lesões e doenças por traumas cumulativos, como as LER’s (Lesões por Esforços Repetitivos) e os DORT’s (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Benefícios trazidos para as empresas com a incorporação da ginástica laboral • Redução de faltas dos funcionários. • Aumento da produtividade. • Redução de quedas. • Maior integração da equipe. Diferença entre LER e DORT • A legislação brasileira que normatiza as condições de trabalho e as ações relacionadas à prevenção e ao tratamento de pessoas que desenvolvem doenças ocupacionais, vem sendo mudada nos últimos anos e o termo L.E.R. está sendo substituído por D.O.R.T., que significa Distúrbios Osteomusculares. • L.E.R. supõe que a pessoa tenha uma lesão, o termo D.O.R.T. admite que os sintomas (dor, formigamento) podem aparecer nos braços, ombros, cotovelos e mãos, sem que a pessoa esteja "lesionada". Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • O primeiro registro inerente à saúde do trabalhador data do século I a.C., quando Lucrécio fez observações a respeito da morte prematura dos cavouqueiros das minas. Esta passagem é citada pelo médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714), considerado o pai da medicina do trabalho, que em sua obra de Morbis Artificum Diabrita. As doenças dos trabalhadores de 1700, descreve doenças em mais de 50 tipos de profissões, decorrentes da falta de condições favoráveis no ambiente de trabalho (MENDES, 1995). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Plínio (23-79 d.C.), autor de História Naturalis, estudioso das doenças relacionadas ao trabalho, é que primeiro a descrever a utilização de protótipos de equipamento de proteção individual, quando, após visitar galerias de minas, observou a iniciativa dos escravos de utilizar à frente do rosto panos ou membranas (de bexiga de carneiro) para atenuar a inalação de poeiras (MENDES, 1995). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • A preocupação com a saúde do trabalhador ganhou maior ênfase no século XIX, com o impacto da Revolução Industrial, fato que permitiu a rápida produção com maquinários mais avançados, contribuído substancialmente para as bases do capitalismo, no que se refere à mão de- obra barata, produção em grande escala e estímulo a aquisição de bens de consumo (MIRANDA, 1998). A situação dos trabalhadores era dramática devido à longa jornada, repetido, baixos salários, ambiente perigoso e totalmente desconfortável, servindo de palco para acidentes, como menciona Hunter (1974 apud Mendes 1995, p.6) Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • “Toda sorte de acidentes graves, mutilantes e fatais, como intoxicações agudas e outros agravos à saúde, impactaram os trabalhadores, incluindo crianças de cinco, seis ou sete anos, e mulheres, preferidas que eram[...] pela possibilidade de lhes serem pagos salários mais baixos.” Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Por meio de intenso movimento social, essa situação começa a se modificar quando foi aprovada, na Inglaterra, em 1802, a Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno e propunha medidas de melhoria dos ambientes das fábricas. Segue-se em 1833 a Factory Act, Lei das Fábricas, que é considerada a primeira norma realmente eficiente em relação à saúde do trabalhador. Esta proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames médicos de todas as crianças trabalhadoras. Este foi o início da contratação de médicos voltados para a saúde do trabalhador (MIRANDA, 1998). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • No Brasil, devido sua característica de colônia de exploração, as atividades eram predominantemente a fabricação do açúcar e a mineração. Apenas em 1840 é que surgiram os primeiros estabelecimentos fabris que começaram a aumentar em 1870, e só nos anos 50 do século XX é que a industrialização se consolidou (MIRANDA, 1998). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Nesse enfoque, vale ressaltar que em 1919, o Decreto- legislativo nº. 3.724 regulamentou a implantação de serviços de medida ocupacional para fiscalização das condições de trabalho nas fábricas, e também criou o Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT) determinando que o empregador indenizasse ao operário ou à sua família, em caso de acidentes, por meio de verba única, que variava de acordo com o resultado do evento, desdeincapacidade temporária até a morte (LEATE, 2003). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Em 1923 foi editada a Lei Eloy Chaves, considerada o marco inicial da Previdência Social, a qual determinou a criação das caixas de aposentadoria e pensões aos empregados de cada empresa ferroviária, assumindo estas a responsabilidade pelo pagamento de indenização em caso de acidentes de trabalho. Posteriormente, surgiram caixas de outras categorias profissionais, como os portuários, marítimos, pessoal das empresas de serviços telegráficos e radiotelegráficos, empregados nos serviços de força, luz e bondes, servidores públicos e trabalhadores das empresas de mineração, respectivamente (IBRAHIM, 2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Após a Revolução de 1930, com o início do governo de Getúlio Vargas, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio pelo Decreto nº19.433,de 1930, com atribuições de orientar e supervisionar a Previdência Social. Em 1933, pelo Decreto nº. 22.872, foi criado o primeiro Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), subordinado ao Ministério do Trabalho, com a função de conceder ao pessoal da marinha os benefícios de aposentadoria e pensões. Só a partir dessa data que se tinha a evidente participação e o controle do Estado sobre o sistema securitário de nosso país. Diversos outros institutos (IAPS) foram criados para atender as mais diversas categorias profissionais (BRASIL, 2006c). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Sob a égide do Decreto- Lei nº. 5.452, de 1943, foi aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), constando as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho e as normas de direito material e processual relacionadas ao direito trabalhista. • Em 1948, um marco importante determinou a aplicação das normas jurídicas, no âmbito da saúde do trabalhador, com a realização da Assembléia Geral das Nações Unidas, que aprovou a Declaração dos Direitos Humanos. Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • “Esta assegura, em seu artigo XXIII, direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e a proteção contra o desemprego”; o artigo XXIV trata ainda que “ todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas”; o artigo XXV complementa” todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar[...]”(BRASIL, 2006d). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Em 1960, o Ministério do Trabalho passou a ser denominado Ministério do Trabalho e Previdência Social, e, em 1974, por meio da Lei nº. 6.036, de 01 de maio, o Ministério da Previdência e Assistência Social foi desmembrado do Ministério do Trabalho e Previdência Social, passando a existir dois Ministérios, o da Previdência e o Trabalho. Apesar de este último mudar várias vezes de denominação, finalmente, em 1999, por meio da Medida Provisória nº. 1.799, passa a ser intitulado de Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2006c). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • A manutenção de diversos institutos estatais, exercendo exatamente a mesma função, diferenciando-se somente pela clientela protegida, ocasionou a unificação dos IAPs, em 1966, por meio do Decreto-lei nº. 72, criando o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), o qual constituía entidade da administração indireta da União (IBRAHIM,2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Por sua vez, o SAT teve sua legislação reformulada em 1934, e por meio da Lei nº.5.316,de 1967, o SAT foi integrado à Previdência Social, sendo esta junção de grande relevância para o sistema, uma vez que a organização privada deste não traz atendimento adequado a esta demanda social.Após inúmeras normas regulamentares o mencionado seguro é regulado pelo Decreto nº. 3.048, de 06 de maio de 1999 (IBRAHIM, 2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • No início da década de 70, o Brasil foi o campeão mundial de acidentes de trabalho, incitando o Legislador a acrescentar, em 1977, um capítulo específico,sobre a matéria, na CLT ,por meio da alteração perpetrada por meio da Lei nº. 6.514 (MARTINS, 2006). • Em 1977, através da Lei nº.6.439 o INPS, órgão responsável pelo pagamento do acidentado até então, foi agregado ao Instituto de Administração Financeira e Previdência e Assistência Social (IAPAS), instituindo o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS). Esta mesma Lei também criou e integrou ao SINPAS o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social(INAMPS). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Por meio da Portaria nº. 3.214, da Secretaria de segurança e Saúde no Trabalho, atualmente o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, foram regulamentadas 28 NR’s, que se inter-relacionam, objetivando explicitar a implantação das determinações contidas nos artigos 154ª da CLT. Posteriormente, por meio de outras portarias, foram regulamentadas outras três NR’s. Estas são elaboradas por uma Comissão Tripartite Paritária, composta por representantes do governo, empregador e empregados, conforme recomenda a OIT (OLIVEIRA, 2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • A Constituição Federal de 1988 também contribuiu no que concerne à saúde do trabalhador, conforme apresenta o artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acervo universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (MORAES, 2006, P.216)”. Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Nesse contexto, fica entendido que o trabalho também deve ser protegido de riscos permitido o direito que todos os indivíduos têm a saúde. A proteção à saúde do trabalhador também se fundamenta, constitucionalmente, no artigo 7º, inciso XXI “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”; inciso XXIII complementa prevendo “adicional de renumeração para as atividades penosas, insalubre ou perigosas, na forma da lei.” Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • “O artigo 200, inciso II, esclarece uma das atribuições do SUS “executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como a de saúde do trabalhador.” (MORAES, 2006,P.38). • O SIMPAS foi extinto em 1990, por meio da Lei nº. 8.029, de 12 de abril de 1990, criando o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), vinculada ao hoje Ministério da Previdência Social, por meio da fusão do INPS com o IAPAS. Assim, foram reunidas as duas autarquias previdenciárias, abrangendo custeio e benefício em uma única entidade (IBRAHIM, 2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Em 2005, com a Portaria nº.485,os profissionais da área da saúde foram favorecidos pela NR 32- Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Contudo, esta normalização só foi possível porque a Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (ANENT) e a Fundação dos Trabalhadores de Saúde do Estado de São Paulo empreenderam ações no sentido de sensibilizar o Ministério do Trabalho e Emprego, visto que as estatísticas apontam que a atividade campeã em notificações por adoecimento/acidentes de trabalho é a área da saúde (OLIVEIRA, 2006). Segurança e saúde no trabalho � Histórico e legislação • Portanto, é notável o grande avanço com a relação à legislação que regula a segurança e saúde no trabalho ganhado destaque tanto para o Governo como para os que estão diretamente envolvidos nesta esfera (empresários, sindicatos, sociedades) com o intuito de uniresforços na tentativa de reduzir o número de acidentes/doenças do trabalho. Segurança do trabalho � Conceito • Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. Segurança do trabalho � Conceito • A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. Classificação dos riscos do ambiente de trabalho • Ruídos (contínuos e intermitentes). • Vibrações (localizadas, corpo inteiro). • Radiações ionizantes (raios x, gama, raios cósmicos, partículas energéticas). • Radiações não ionizantes (ultravioleta, infravermelho, radiofreqüência, microondas, lasers. • Temperaturas extremas (frio, calor). • Pressão anormal (submersão, pressurização, doença descompressiva, barotrauma), umidade. Grupo 1: VERDE R is co s Fí sí co s Classificação dos riscos do ambiente de trabalho • Poeiras. • Fumos. • Névoas. • Neblinas. • Gases (asfixiantes, anestésicos). • Vapores. • Substâncias composta ou produtos químicos em geral (metais, solventes, plásticos, borrachas, inalantes irritantes, carcinógenos químicos, pesticidas). Grupo 2: VERMELHO R is co s Q u ím ic o s Classificação dos riscos do ambiente de trabalho • Vírus. • Bactéria. • Protozoários. • Fungos. • Parasitas. • Bacilos. Grupo 3: MARROM R is co s B io ló gi co Classificação dos riscos do ambiente de trabalho • Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso. • Exigência de postura inadequada. • Controle rígido de produtividade. • Monotonia e repetitividade. • Outras situações causadoras de estresse físico e/ ou psíquico. Grupo 4: AMARELO R is co s Er go n ô m ic o s (b io m ec ân ic a) Classificação dos riscos do ambiente de trabalho • Arranjo físico inadequado. • Máquinas e equipamentos sem proteção. • Ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada. • Eletricidade. • Probabilidade de incêndio ou explosão. • Armazenamento inadequado. • Animais peçonhentos. • Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Grupo 5: AZUL R is co s A ci d en ta is ATIVIDADE Escolher 1 risco de cada um dos grupos (5) e explicar: - Por que isso é considerado um risco? - O que esse risco pode causar - Incidência - Como poderia ser evitado - Qual o tratamento para condição adquirida Exemplo RISCO ESCOLHIDO: POEIRA - Por que isso é considerado um risco? R: Inalar poeira pode causar danos nos pulmões e nas vias respiratórias - O que esse risco pode causar R: Pneumoconiose benigna - Incidência R: A incidência média de Tuberculose na Região Sudeste é de 55:100.000 habitantes/ano. - Como poderia ser evitado R: Uso de EPI - Qual o tratamento para condição adquirida R: Ruso de remédios corticoides, como Betametasona ou Ambroxol, para reduzir os sintomas e facilitar a respiração Classificação dos riscos do ambiente de trabalho � Diante de uma atividade insalubre não existe risco zero, porém há possibilidade de minimizá-lo ou alterá-lo para os níveis considerados aceitáveis. De acordo com o artigo 191 da CLT devem ser adotadas medidas para que o ambiente de trabalho se torne tolerável, bem como a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), com a finalidade de diminuir os riscos advindos da atividade. Segurança do trabalho � Conceito • A equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho, formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. • CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. • https://www.youtube.com/watch?v=n1xqN4gZd_g https://www.youtube.com/watch?v=C9oGXPCHehc Segurança do trabalho � Conceito • A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. Segurança do trabalho � Conceito • O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla. Ele atua em todas as esferas da sociedade onde houver trabalhadores. Atua em fábricas de alimentos, construção civil, serviços de Saúde, hospitais, empresas comerciais e industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e de extração. Também podem atuar na área rural e em empresas agro-industriais. Atuação dos profissionais de segurança do trabalho � O profissional de Segurança do Trabalho atua segundo a sua formação, quer seja ele médico, enfermeiro, técnico de enfermagem ou engenheiro. O campo de atuação é muito vasto. Em geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas de prevenção de acidentes, orientando as CIPAs, os trabalhadores quanto ao uso de equipamentos de proteção individual, elaborando planos de prevenção de riscos ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda organizando e dando palestras e treinamento. Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação de programas de gestão ambiental e ecologia na empresa. Atuação dos profissionais de segurança do trabalho Atuação dos profissionais de segurança do trabalho � Os médicos e os enfermeiros do trabalho, planejam a organização dos programas de prevenção de saúde ocupacional, desenvolvem a prevenção de doenças, realizando palestras, visitas aos locais de trabalho, realizando consultas médicas ambulatorial, atendendo eventuais acidentes ocupacionais, planejando campanhas de vacinações, exames admissionais e periódicos nos funcionários das empresas. O controle estatístico é fundamental, como ferramenta de resultados de sucesso das empresas. Atuação dos profissionais de segurança do trabalho Profissionais de saúde e segurança do trabalho Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO Funções do engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40 � Assessorar empresas industriais e de outro gênero em assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando locais e condições de trabalho, instalações em geral e material, métodos e processos de fabricação adotados pelo trabalhador, para determinar as necessidades dessas empresas no campo da prevenção de acidentes. � Inspecionar estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando se existem riscos de incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a serem tomadas. Funções do engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40 � Promover a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros, determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes. � Adaptar os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao homem e do homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalhador. Funções do engenheiro de segurançado trabalho - CBO 0-28.40 � Executar campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando palestras e divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro material informativo, para conscientizar os trabalhadores e o público, em geral. � Estudar as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou de outro gênero, analisando suas características, para avaliar a insalubridade ou periculosidade de tarefas ou operações ligadas à execução do trabalho. Funções do engenheiro de segurança do trabalho - CBO 0-28.40 � Realizar estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultando técnicos de diversos campos, bibliografia especializada, visitando fábricas e outros estabelecimentos, para determinar as causas desses acidentes e elaborar recomendações de segurança. Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45 � Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; estabelece normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, para prevenir acidentes. � Inspecionar os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores e equipamentos de proteção contra incêndios, para certificar-se de suas perfeitas condições de funcionamento. Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45 � Comunicar os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a reparação ou renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras medidas de segurança; � Investigar acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para identificar suas causas e propor as providências cabíveis. Manter contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra instituição, utilizando os meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento necessário aos acidentados. Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45 � Registrar irregularidades ocorridas, anotando-as em formulários próprios e elaborando estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das medidas de segurança. � Instruir os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a incêndios e demais medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treinamento, para que possam agir acertadamente em casos de emergência. � Coordenar a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando instruções e orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvolver hábitos de prevenção de acidentes. Técnico de segurança do trabalho - CBO 0-39.45 � Participar de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o sistema existente. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Executar exames periódicos de todos os empregados ou em especial daqueles expostos a maior risco de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais, fazendo o exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames complementares, para controlar as condições de saúde dos mesmos a assegurar a continuidade operacional e a produtividade. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Executar exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, menores, idosos ou portadores de subnormalidades, fazendo anamnese, exame clínico e/ou interpretando os resultados de exames complementares, para detectar prováveis danos à saúde em decorrência do trabalho que executam e instruir a administração da empresa para possíveis mudanças de atividades. � Realizar tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações agudas da saúde, orientando e/ou executando a terapêutica adequada, para prevenir conseqüências mais graves ao trabalhador. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Avaliar, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, visitando periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da empresa medidas destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes. � Participar, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução de programas de proteção à saúde dos trabalhadores, analisando em conjunto os riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, de fadiga e outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão-de-obra. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Participar do planejamento e execução dos programas de treinamento das equipes de atendimento de emergências, avaliando as necessidades e ministrando aulas, para capacitar o pessoal incumbido de prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves e catástrofes; � Participar de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas e estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulários próprios e estudando os dados estatísticos, para estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não-ocupacional. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Participar de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões e assessorando em estudos e programas, para reduzir as ocorrências de acidentes do trabalho. � Participar dos programas de vacinação, orientando a seleção da população trabalhadora e o tipo de vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis. � Participar de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as exigências psicossomáticas de cada atividade, para elaboração das análises profissiográficas; Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Proceder aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de candidatos a emprego em ocupações definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas das mesmas, para possibilitar o aproveitamento dos mais aptos. Analisar clinicamente se este candidato é apto para determinadda vaga. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Participar da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos trabalhadores, visitando, juntamente com o nutricionista, em geral (0-68.10), e o enfermeiro do trabalho (0-71.40) e/ou outros profissionais indicados, o restaurante, a cozinha, a creche e as instalações sanitárias, para observar as condições de higiene e orientar a correção das possíveis falhas existentes. Pode participar do planejamento, instalação e funcionamento dos serviços médicos da empresa. Pode elaborar laudos periciais sobre acidentes do trabalho, doenças profissionais e condições de insalubridade. Médico do trabalho – CBO - 0-61.22 � Pode participar de reuniões de órgãos comunitários governamentais ou privados, interessados na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Pode participar de congressos médicos ou de prevenção de acidentes e divulgar pesquisas sobre saúde ocupacional. Enfermeiro do trabalho – CBO - 0-71.40 � Estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar as necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho. � Elaborar e executar planos e programas de proteção à saúde dos empregados, participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as atividades funcionais, para obter a continuidade operacional e aumento da produtividade. Enfermeiro do trabalho – CBO - 0-71.40 � Executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças profissionais ou não-profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservaçãode integridade física e mental do trabalhador. � Prestar primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico adequado, para atenuar conseqüências e proporcionar apoio e conforto ao paciente. Enfermeiro do trabalho – CBO - 0-71.40 � Elaborar e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos, curativos, instalações e teses, coletando material para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional; organiza e administra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho, atendentes e outros, para promover o atendimento adequado às necessidades de saúde do trabalhador. Enfermeiro do trabalho – CBO - 0-71.40 � Treinar trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes. � Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em problemas de prevenção de doenças profissionais. Técnico de enfermagem do trabalho - CBO – 5-72.15 � Técnico em Enfermagem do Trabalho participará com o Enfermeiro na elaboração de projetos e aplicar análises de prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, incluindo estratégias de controle e sugerindo mudanças necessárias para identificar riscos que possa resultar em doenças ocupacionais além de auxiliar a elaboração e execução de projetos para investigação sobre saúde do trabalhador, para promover a educação na prevenção de acidentes, de doenças ocupacionais e de treinamento relacionado à prevenção da saúde do trabalhador. Evolução histórica da enfermagem do trabalho � Por muito tempo a Enfermagem foi exercida de maneira empírica por mães, sacerdotes, feiticeiros e religiosos. Tal prática contemplava o simples ato de cuidar, promover e manter a vida em desenvolvimento, atendendo as necessidades primordiais do ser humano. � A trajetória da Enfermagem foi permeada por muitos obstáculos. Com o advento do cristianismo, passou a ser exercida pelos diáconos, que cuidavam dos enfermos e pobres. Contudo, esse cuidado era inconstante, devido às perseguições religiosas. Evolução histórica da enfermagem do trabalho � A liberdade conquistada pela igreja, através do Edito de Milão do Imperador Constantino, refletiu em progresso para a Enfermagem, visto que hospitais foram fundados, bem como levou muitas das mais distintas damas de Roma a se dedicar ao serviço dos pobres e doentes (ELLU SAÚDE, 2007). A consolidação da Enfermagem como profissão ocorreu no final do século XIX, em conseqüência do trabalho de Florence Nightingale que lançou as bases da Enfermagem moderna como saber sistematizado. No Brasil, até 1890 a Enfermagem era exercida por irmãs de caridade, porém nesse ano foi criada a Escola Profissional de Enfermeiros nas dependências do Hospício Nacional de Alienados. � Florence Nightingale 1820-1910 Hospital Nacional de Alienados Evolução histórica da enfermagem do trabalho � A segunda escola surgiu em 1916, por intermédio da Cruz vermelha Brasileira, seção Rio de Janeiro, tendo o objetivo de preparar voluntários para a Segunda Guerra Mundial, e posteriormente de profissionais para os hospitais (FIOCRUZ, 2007). � Em 1923, foi implantada a enfermagem moderna no Brasil, com a criação da Escola de Enfermeiros do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), hoje, Escola de Enfermagem Ana Neri da Universidade Federal do Rio de Janeiro (BRAGA, 2000). Escola de Enfermagem Ana Neri jun 1953 Escola de Enfermagem Ana Neri Evolução histórica da enfermagem do trabalho � Desde 1926, as diplomadas pela Escola começaram a se organizar em associação profissional, depois chamada de Associação Brasileira de Enfermeiras (A.B.En.), a qual em 1929 foi aceita como membro do Conselho Internacional de Enfermeiras (FIOCRUZ, 2007). � Em 1973, através da Lei nº. 5.905, foram instituídos os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social (ELLU SAÚDE, 2007). Evolução histórica da enfermagem do trabalho � A enfermagem, se subdividiu em diversas especialidades, como forma de aprimorar o conhecimento técnico-científico particulares de cada especialidade. Dentre essas, se destaca a Enfermagem do Trabalho, por se preocupar com a saúde e segurança do trabalhador das mais diversas áreas, que seja assistido por este profissional. RENAST Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador A RENAST é uma rede desenvolvida de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem como estratégia a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores. Objetivos: Promoção da saúde. Diagnóstico e tratamento. Prestar informações aos sistemas de informação. Capacitação e educação permanente. Produção de conhecimento. RENAST Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador Articulação intra-setorial e intersetorial (Previdência Social, Trabalho, Meio Ambiente, Justiça, Educação e demais setores relacionados com as políticas de desenvolvimento). Informações em saúde do trabalhador. Capacitação permanente em saúde do trabalhador. Gestão participativa dos trabalhadores. Leis de Segurança do Trabalho � As questões de saúde e segurança no trabalho são pertinentes desde quando o homem, na necessidade de acelerar e facilitar as técnicas de produção, gerou um ambiente insalubre para a saúde humana. Desde então, a preocupação com as condições de trabalho é baseada nos altos índices de acidentes ocorridos durante o desenvolvimento da atividade laboral. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) ocorrem, por ano, cerca de 5 milhões de acidentes de trabalho no mundo inteiro (BRASIL, 2007). � O Brasil ocupa a 4º posição no ranking mundial de acidentes de trabalho. Leis de Segurança do Trabalho � A Saúde Ocupacional surgiu, no final do século XVIII, com a Revolução Industrial em decorrência dos acidentes de trabalho, porém no Brasil, a preocupação com a saúde do trabalhador tornou-se evidente a partir de 1940, quando surgiu a Associação de Prevenção de Acidentes de Trabalho (ALMEIDA; PAGLIUCA; LEITE, 2005). Leis de Segurança do Trabalho � A Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos da Previdência Social e dá outras providências, define em seu artigo 19 acidente de trabalho como: “Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária” (BRASIL, 2006). Leis de Segurança do Trabalho � O artigo 20, § 2º, complementa que também é considerado acidente de trabalho a doença profissional desencadeada pelo exercício do trabalho, e arremata o artigo 21 equiparando ao acidente de trabalho o ato de agressão, sabotagem ou terrorismo, ofensa física, ato de imprudência, de negligência ou imperícia praticada por terceiros, desabamento, inundação, incêndio, atividade prestada fora do horário e local de trabalho se for sob autoridade da empresa, se ocorrer durante o percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela e nos períodos destinados à refeição, descanso, ou satisfação de outrasnecessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este (BRASIL, 2006ª). Leis de Segurança do Trabalho � Um aspecto muito importante a ser observado após um acidente decorrente do trabalho é a notificação do mesmo junto ao INSS por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e ao Ministério da Saúde por meio da ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em anexo. De acordo com o Regulamento da Previdência Social, no artigo 336, a instituição deverá comunicar o acidente até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa (IBRAHIM, 2006). A emissão da CAT também é regulamentada pela NR 32. Quanto ao SINAN, desde 2004, através da portaria 777, o Ministério da Saúde obriga os serviços a notificarem os acidentes de trabalho que envolve exposição à material biológico(BRASIL,2004). Leis de Segurança do Trabalho � O acidente de trabalho onera o trabalhador porque este fica impossibilitado de realizar suas atividades rotineiras, além de gastar com tratamento médico, ou ainda poder ficar incapacitado ao trabalho; onera a organização porquanto esta tem que pagar o salário ao acidentado durante os quinze dias decorridos do dia do acidente, bem como deve proceder aos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, durante todo o período em que o empregado estiver assistido pelo benefício previdenciário- artigo 15, § 5º da Lei n º. 8.306, de 11 de maio de 1990. CAT Cadastro de Comunicação de Acidente de Trabalho O CAT é um formulário onde constam informações sobre a empresa, o colaborador e sobre o ocorrido fato. Nele, descreve-se o acidente de trabalho ou doença ocupacional para que a Previdência Social tenha um documento oficial para consultar. Prazos: Em casos de acidentes: Um dia útil após o dia do acidente Em casos de doenças ocupacionais: No dia em que foi feito o diagnóstico médico ou a data em que se iniciou a incapacidade laborativa. Leis de Segurança do Trabalho � Torna-se também dispendioso pela redução em seu quadro de profissionais, devendo redistribuir as atividades entre os trabalhadores que estão na ativa, e, causando, desta maneira, uma sobrecarga para estes com aumento da probabilidade de causar outro acidente, além do comprometimento da qualidade do trabalho; onera também a sociedade por esta ficar mais carente à assistência, principalmente, em se tratando da área da saúde devido à carência e dificuldade de atendimento especializado encontrado, seja por falta de recursos humanos ou materiais no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) (SILVA, 1999). Leis de Segurança do Trabalho � Segundo Miranda (1998), os trabalhadores estão expostos a diversos riscos ocupacionais, que segundo ele são os elementos presentes no ambiente de trabalho insalubre que podem causar danos ao corpo do trabalhador ocasionando doenças ocupacionais adquiridas em longo prazo. A palavra “insalubre” deriva do latim e significa tudo aquilo que origina doença. O artigo 189 da CLT assim define o trabalho insalubre: “Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.” (MARTINS, 2006, p.42). EPI’s utilizados na área da saúde (chin et al.,2006) � “A NR- 6 apresentam EPI como todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalho”. Destaca a mesma NR que este equipamento deve ser fornecido gratuitamente pela empresa, que também deverá orientar e treinar o trabalhador de como usá-lo (BRASIL, 2006B). EPI’s utilizados na área da saúde (chin et al.,2006) � Luvas : Utilizada sempre quando for ter contato com fluidos corpóreos, manipulação de produtos químicos, ou procedimentos estéreis. � Máscaras: Utilizada sempre que houver risco de contaminação das vias aéreas superiores, ou durante a realização de procedimentos estéreis. � Óculos: Utilizados sempre que houver risco de respingo de material infectante, substâncias químicas, partículas ou outro material que irrite o olho. EPI’s utilizados na área da saúde (chin et al.,2006) � Gorros: Utilizado para prender os cabelos e orelhas e evitar a contaminação por contato ou aerossóis contaminados. � Capotes: Utilizado para prevenir a contaminação da roupa do profissional, bem como do paciente durante a realização de procedimentos estéreis. � Botas: Utilizada quando há risco de respingo de fluidos orgânicos. � Propés : Utilizado para evitar a disseminação de patógenos presentes nos sapatos provenientes do ambiente externo dentro do ambiente hospitalar. Acidentes de Trabalho � Equiparam-se aos acidentes de trabalho: • O acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho. • O acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa. • O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. • Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho - Ex.: Saturnismo intoxicação provocada pelo chumbo) • Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho - Ex.: perda auditiva, LER, cegueira, etc ). Causas dos Acidentes de Trabalho � O acidente de trabalho ocorre, principalmente em decorrência de duas causas: • Ato inseguro - É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades. Causas dos Acidentes de Trabalho � O acidente de trabalho ocorre, principalmente em decorrência de duas causas: • Condição Insegura - É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados. Determinações do Governo - Quadro Institucional relativo à Saúde do Trabalhador � Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem o papel, entre outros, de realizar a inspeção e a fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho em todo o território nacional. � Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) Apesar das inúmeras mudanças em curso na Previdência Social, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda é o responsável pela perícia médica, reabilitação profissional e pagamento de benefícios. Controle de Infecções Hospitalares O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Realização de um inquérito nacional sobre a situação das infecções hospitalares. Este item refere-se a uma das metas do Contrato de Gestão, cuja ação está especificada como "Elaboração de diagnóstico sobre infecção hospitalar no Brasil". https://www.youtube.com/watch?v=m3NCGPojnT0 https://www.youtube.com/watch?v=g2UhAikq80c https://www.youtube.com/watch?v=m3NCGPojnT0 https://www.youtube.com/watch?v=g2UhAikq80c Controle de Infecções Hospitalares Elaboração de um mapeamento sobre o cumprimento das exigências da Portaria GM nº 2616/98, no que diz respeito à implantação do PCIH no âmbito estadual, municipal e nos serviços de saúde. Realização de visitas às autoridades de saúde dos estados para levantamento de dados, visando a complementação do estudo citado no item anterior e a obtenção de subsídios necessários à implantação definitiva do programa em todo territórionacional. http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=482 Controle de Infecções Hospitalares A importância do desenvolvimento dessas tarefas é reforçada por trabalhos reconhecidos internacionalmente. Como exemplo, podemos citar estudos internacionais afirmando que um programa de controle de infecção hospitalar bem conduzido reduz em 30% a taxa de infecção do serviço. Além disso, um PCIH em pleno funcionamento garante a orientação de ações básicas de assistência à saúde e previne o uso indiscriminado de antimicrobianos e germicidas hospitalares, evitando a resistência e contribuindo para uma sensível diminuição dos custos hospitalares globais. Atividade em Sala Controle de Infecção Hospitalares 1- Qual a importância de se ter um controle de infecções hospitalares? 2- O que é e como evitar infecção cruzada? 3- Cite 3 formas de diminuir os riscos de infecções hospitalares. 4- Quais são os riscos para a saúde do profissional de saúde que trabalha em um ambiente hospitalar? 5- Como você convenceria os outros profissionais da saúde a aderir ao Controle de Infecção Hospitalar? Determinações do Governo - Quadro Institucional relativo à Saúde do Trabalhador � Ministério da Saúde/Sistema Único de Saúde MS/SUS No Brasil, o sistema público de saúde vem atendendo os trabalhadores ao longo de toda sua existência. Porém, uma prática diferenciada do setor, que considere os impactos do trabalho sobre o processo saúde/doença, surgiu apenas no decorrer dos anos 80, passando a ser ação do Sistema Único de Saúde quando a Constituição Brasileira de 1988, na seção que regula o Direito à Saúde, a incluiu no seu artigo 200. Artigo 200 � Ministério do Meio Ambiente (MMA) Com base na Constituição Federal e suas legislações complementares, o papel do governo na área ambiental passou a ter no Brasil sustentação legal revigorada e condizente com as necessidades de uso racional dos recursos naturais do planeta. O MMA, nesse contexto, exerce um papel de fundamental importância, dado a proporção continental de nosso país, sua enorme variedade climática, seu gigantesco patrimônio ambiental e a maior diversidade biológica conhecida. Artigo 200 � Ministério do Meio Ambiente (MMA) Em virtude de a degradação ambiental estar fortemente ligada a diversos fatores de ordem econômico-social, como à ocupação urbana desordenada e, principalmente, aos modos poluidores dos processos produtivos, a área ambiental, para o cumprimento de sua missão institucional, além de estabelecer articulações com setores da sociedade civil organizada, necessariamente deve trabalhar em sintonia permanente com setores de governo, em especial da saúde, educação e trabalho. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � As Normas Regulamentares (NRs), são normas aprovadas pela portaria 3.214, de 1978, que objetivam fornecer parâmetros para que sejam implantadas as determinações contidas no capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata sobre a Segurança e Medicina do Trabalho (LAETE, 2003). Atualmente há 34 NRs, elaboradas por uma Comissão Tripartite Paritária, composta por representantes do governo, dos empregadores e empregados, conforme preconiza a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Nr - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em estabelecimentos de Saúde: Esta Norma Regulamentadora, tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Inspeção de Segurança: O acidente é consequência de diversos fatores que, combinados, precipitam a ocorrência do mesmo. Portanto, não devemos esperar que aconteçam. A Inspeção de Segurança é muito importante, pois permite identificar situações de risco e providenciar para que as medidas preventivas sejam tomadas. Por isso, recomendamos ao membro de CIPA que procure percorrer sua área de ação e identificar fatores que poderão ser causas de acidentes. Feito isto, empenhar-se para tomar as providências devidas. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Investigação de Acidentes: Como roteiro básico na investigação, podemos nos valer das perguntas seguintes: • O que fazia o trabalhador no momento imediatamente anterior à ocorrência? • Como aconteceu? • Quais foram as consequências? • Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocorrência do acidente? • Quando ocorreu? (Data e hora) • Onde ocorreu? (Especificar o setor ou seção) • Quanto tempo de experiência na função tinha o acidentado? Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Ações em Saúde do Trabalhador: A municipalização e a distritalização, como espaços descentralizados de construção do SUS, são consideradas territórios estratégicos para estruturação das ações de saúde do trabalhador. Nesse sentido, o Ministério da Saúde está propondo a adoção da Estratégia da Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde, visando contribuir para a construção de um modelo assistencial que tenha como base a atuação no campo da Vigilância da Saúde. Assim, as ações de saúde devem pautar-se na identificação de riscos, danos, necessidades, condições de vida e de trabalho, que, em última instância, determinam as formas de adoecer e morrer dos grupos populacionais. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Ações em Saúde do Trabalhador: Em relação aos trabalhadores, há de se considerar os diversos riscos ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em função de sua inserção nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na agenda da rede básica de atenção à saúde. Dessa forma, amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a olhá-los como sujeitos a um adoecimento específico que exige estratégias – também específicas – de promoção, proteção e recuperação da saúde. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Atribuições Gerais para o Território: • A população economicamente ativa, por sexo e faixa etária. • As atividades produtivas existentes na área, bem como os perigos e os riscos potenciais para a saúde dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. • Os integrantes das famílias que são trabalhadores (ativos do mercado formal ou informal, no domicílio, rural ou urbano e desempregados), por sexo e faixa etária. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho) � Atribuições Gerais para o Território: • A existência de trabalho precoce (crianças e adolescentes menores de 16 anos, que realizam qualquer atividade de trabalho, independentemente de remuneração, que frequentem ou não as escolas). • A ocorrência de acidentes e/ou doenças relacionadas ao trabalho, que acometem trabalhadores inseridos tanto no mercado formal como informal de trabalho. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho) � Conduta em Acidente ou Doença Relacionada ao Trabalho: • Condução clínica dos casos (diagnóstico, tratamento e alta) para aquelas situações de menor complexidade, estabelecendo os mecanismos de referência e contrarreferência necessários. • Encaminhamento dos casos de maior complexidade para serviços especializados em Saúde do Trabalhador, mantendo o acompanhamento dos mesmos até a sua resolução. • Notificação dos casos, mediante instrumentos do setor saúde: Sistema de Informações de Mortalidade – SIM; Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH; Sistema de Informações de Agravos Notificáveis – SINAN e Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Conduta em Acidente ou Doença Relacionada ao Trabalho: • Solicitar à empresa a emissão da CAT, em se tratando de trabalhador inseridono mercado formal de trabalho. Ao médico que está assistindo o trabalhador caberá preencher o item 2 da CAT, referente a diagnóstico, laudo e atendimento. • Investigação do local de trabalho, visando estabelecer relações entre situações de risco observadas e o agravo que está sendo investigado. • Realizar orientações trabalhistas e previdenciárias, de acordo com cada caso. • Planejar e executar ações de vigilância nos locais de trabalho, considerando as informações colhidas em visitas, os dados epidemiológicos e as demandas da sociedade civil organizada. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho) � Conduta em Acidente ou Doença Relacionada ao Trabalho: • Informar e discutir com o trabalhador as causas de seu adoecimento. • Desenvolver, juntamente com a comunidade e instituições públicas (centros de referência em Saúde do Trabalhador, Fundacentro, Ministério Público, laboratórios de toxicologia, universidades etc.), ações direcionadas para a solução dos problemas encontrados, para a resolução de casos clínicos e/ou para as ações de vigilância. • Considerar o trabalho infantil (menores de 16 anos) como situação de alerta epidemiológico/evento – sentinela. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Atribuições do ACS – Agente Comunitário de Saúde: • Notificar à equipe de saúde a existência de trabalhadores em situação de risco, trabalho precoce e trabalhadores acidentados ou adoentados pelo trabalho. • Informar à família e ao trabalhador o dia e o local onde procurar assistência. • Planejar e participar das atividades educativas em Saúde do Trabalhador. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho � Atribuições do Técnico de Enfermagem em Unidade de Saúde da Família: • Acompanhar, em visita domiciliar, os trabalhadores que sofreram acidentes graves e/ou os portadores de doença relacionada ao trabalho que estejam ou não afastados do trabalho ou desempregados. • Preencher e organizar arquivos das fichas de acompanhamento de Saúde do Trabalhador. • Participar do planejamento das atividades educativas em Saúde do Trabalhador. • Coletar material biológico para exames laboratoriais. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho) � Atribuições do Enfermeiro em Unidades de Saúde da Família: • Programar e realizar ações de assistência básica e de vigilância à Saúde do Trabalhador. • Realizar investigações em ambientes de trabalho e junto ao trabalhador em seu domicílio. • Realizar entrevista com ênfase em Saúde do Trabalhador. • Notificar acidentes e doenças do trabalho, por meio de instrumentos de notificação utilizados pelo setor saúde. • Planejar e participar de atividades educativas no campo da Saúde do Trabalhador. Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho) � Atribuições do Médico em Unidade de Saúde da Família: • Prover assistência médica ao trabalhador com suspeita de agravo à saúde causado pelo trabalho, encaminhando-o a especialistas ou para a rede assistencial de referência (distrito/município/referência regional ou estadual), quando necessário. • Realizar entrevista laboral e análise clínica (anamnese clínico-ocupacional) para estabelecer relação entre o trabalho e o agravo que está sendo investigado. • Programar e realizar ações de assistência básica e de vigilância à Saúde do Trabalhador. • Realizar inquéritos epidemiológicos em ambientes de trabalho. Doenças ocupacionais e medidas preventivas Modos de prevenção: - Entendendo a importância dos EPIs - Divulgando os riscos - Evitando improvisos - Entendendo a importância de prevenir doenças ocupacionais (Redução no índice de afastamentos, aumento na qualidade de vida, elevação na produtividade, diminuição de custos, aumento da lucratividade) Doenças ocupacionais e medidas preventivas Modos de prevenção: - Realizando os exames periódicos - Capacitando os colaboradores - Incentivando o bem-estar corporativo (Realização de ginásticas laborais; incentivos à prática de atividades físicas fora do trabalho; promoção de hábitos saudáveis). Doenças ocupacionais e medidas preventivas As doenças ocupacionais são aquelas adquiridas ou desencadeadas pelo exercício da atividade ou por condições de trabalho. Hoje, quem desenvolve uma doença ocupacional possui, legalmente, os mesmos direitos que o envolvido em acidente de trabalho. A dorsalgia, por exemplo, popularmente conhecida como dor nas costas, é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil. Em 2016, 116.371 pessoas tiveram que se ausentar do trabalho por, no mínimo, 15 dias por essa razão. Lesões mais frequentes � Na coluna cervical: síndrome da tensão cervical, síndrome do desfiladeiro torácico, hipercifose torácica, hiperlordose, escoliose. � No ombro: tenossinovite do bíceps e tendinite do músculo supra-espinhoso. � No cotovelo: epicondilites. � No punho: tenossinovite dos flexores do punho e dedos, tenossinovite dos extensores do carpo e dedos, tendinite de Dequervain e síndrome do túnel do carpo. � Na mão: fascite palmar e miosite dos lumbricais. Biossegurança em Saúde A biossegurança pode ser definida como um conjunto de medidas que busca minimizar os riscos inerentes a uma determinada atividade. Esses riscos não são apenas aqueles que afetam o profissional que desempenha uma função, e sim todos aqueles que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. No que diz respeito aos profissionais de saúde, a biossegurança preocupa-se com as instalações laboratoriais, as boas práticas em laboratório, os agentes biológicos aos quais o profissional está exposto e até mesmo a qualificação da equipe de trabalho. Isso é importante porque, nesses locais, existe a frequente exposição a agentes patogênicos, além, é claro, de riscos físicos e químicos. Biossegurança em Saúde RESÍDUOS HOSPITALARES Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão. Estes procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. 1 – Segregação Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. RESÍDUOS HOSPITALARES 2 – Acondicionamento Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura e deve, ser impermeáveis. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, e possuir cantos arredondados. RESÍDUOS HOSPITALARES RESÍDUOS HOSPITALARES 2 – Acondicionamento Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação utilizado pelo laboratório. RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificadosde tal forma a permitir fácil visualização, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos. RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação O Grupo B é o risco quimico, identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco. RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “Rejeito Radioativo”. RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação O grupo D sãos os lixos comuns RESÍDUOS HOSPITALARES 3 – Identificação O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo. RESÍDUOS HOSPITALARES 4 - Transporte Interno Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos. RESÍDUOS HOSPITALARES 4 - Transporte Interno Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego. RESÍDUOS HOSPITALARES 5 - Armazenamento Temporário Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. A área destinada à guarda dos carros de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado. O piso deve, ainda, ser resistente ao tráfego dos carros coletores. RESÍDUOS HOSPITALARES 5 - Armazenamento Temporário Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois carros coletores, para translado posterior até a área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “Sala de Resíduos”. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, serem submetidos a outro método de conservação. RESÍDUOS HOSPITALARES 6 – Tratamento O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente. RESÍDUOS HOSPITALARES 7 - Armazenamento Externo Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. 8 – Coleta e Transporte Externos Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. RESÍDUOS HOSPITALARES 9 - Disposição Final Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97. RESÍDUOS HOSPITALARES UBERLÂNDIA, 2019 TRANSTORNOS MENTAIS Os estudos apontam que 12% dos problemas de saúde incapacitantes, hoje, são diagnosticados como transtornos mentais. Outras pesquisas descrevem queixas comuns do cotidiano relacionadas a mal estar gástrico, sensação de inutilidade, insônia etc., que podem evoluir para condições mais graves. http://www.facenf.uerj.br/v23n1/v23n1a11.pdf Maiores transtornos mentais na área da saúde Depressão Síndrome de esgotamento profissional ou Sindrome de Bornout (exaustão extrema, estresse e esgotamento físico) Ansiedade Transtornos psíquicos menores Quais os cuidados para manter e evitar distúrbios mentais? 1. Separe a vida profissional da pessoal 2. Reserve um tempo para si 3. Procure apoio psicológico
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