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Curso de Direito Campus Estácio Nova Iguaçu - Disciplina: Teoria da Pena Professora: Danielle Motta Revisão da AV2 A pena deve, simultaneamente, castigar o condenado pelo mal praticado e evitar a prática de novos crimes, tanto em relação ao criminoso como no tocante à sociedade. A pena assume a função não apenas de retribuição (punição), mas de prevenção geral e prevenção especial. Busca, assim, conciliar a exigência de retribuição jurídica da pena "mais ou menos acentuada" com fins de prevenção. O Código Penal adotou a teoria mista, conforme previsão do art. 59, caput, quando dispõe que pena será estabelecida pelo juiz “conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”. É também chamada de teoria da união eclética, intermediária, conciliatória ou unitária. Ademais, tendo em vista o princípio da Dignidade Humana, a Constituição Federal veda as penas de morte (salvo no caso de guerra declarada), cruéis, de banimento, de trabalhos forçados e de caráter perpetuo (art. Art. 5.º, inc. XLVII). No Direito Penal Brasileiro, existem duas principais teorias adotadas no concurso de pessoas: a teoria monista e a pluralista. Na teoria monista crime é único e indivisível, ainda que tenha sido praticado em concurso de várias pessoas. Não se distingue entre as várias categorias de pessoas (autor, partícipe, instigador, cúmplice e etc.), sendo todos autores (ou coautores) do crime. A crítica para essa teoria, que se baseia no fato de que essa posição dificulta o estabelecimento da “equivalência das condições”, que torna assunto de grande discussão, pois a própria lei estabelece que seja unitário o crime, mas admite causas de agravação e atenuação da pena. 2 Na teoria pluralista, a pluralidade de agentes corresponde a um real concurso de ações distintas, tendo como consequência uma multiplicidade de delitos, praticando cada agente um crime próprio, autônomo, independente dos demais. A lei penal vigente adota a teoria monista ou unitária. O erro de tipo, que pode ser classificado em essencial ou acidental, incide sobre o fato típico, excluindo o dolo, em algumas circunstâncias. Por outro lado, o erro de proibição, que pode ser direto ou indireto, não exclui o dolo, pois incide na culpabilidade, terceiro requisito para a existência do crime. Acerca da imputabilidade penal, ao agente que, em virtude da perturbação da saúde mental, não for 100% capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, poderá ser imposta pena como sanção, porém com redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços). Crimes Omissivos Impróprios (ou Impuros): Tais crimes ocorrem quando, além da abstenção do agente exigida pela lei, há também um critério de caráter normativa, ou seja, o dever de agir do omitente. É nesse sentido que o art. 13, §2, CP, estabelece as 3 situações de Omissão Imprópria: Art. 13 (...) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. O concurso material estará presente quando o agente praticar duas ou mais condutas (comissivas ou omissivas) que deem origem a dois ou mais crimes, idênticos ou não. A consequência desta espécie de concurso é a soma das penas (sistema do cúmulo material). O concurso material é dividido pela doutrina em concurso material homogêneo e heterogêneo. 3 O homogêneo é aquele no qual as duas ou mais ações ou omissões resultam em crimes idênticos. Exemplo: o agente efetua disparos de fogo contra “A” e posteriormente contra “B”, praticando, então, dois homicídios. O heterogêneo, por seu turno, caracteriza-se pelo cometimento de duas ou mais ações ou omissões que deem azo a crimes distintos. Exemplo: O agente traz consigo porções de cocaína para venda e porta uma arma de fogo sem autorização legal ou regulamentar. Estará incurso, assim, nos delitos de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006) e porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003). Respeitado as normas penais vigentes, marque a alternativa correta. O código penal brasileiro em seu art. 29 estabelece que, quem, de qualquer modo, concorra para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade, contudo, de acordo com o §1º do art. 29, CP, se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. E conforme alude o §2º do art. 29, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. O art. 107 do CP estabelece as causas de extinção da punibilidade, a saber: a morte do agente; a anistia, graça ou indulto; a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; a prescrição, decadência ou perempção; a renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação penal privada; a retratação do agente nos casos em que a lei admite e pelo perdão judicial, nos casos estabelecidos em lei.
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