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APS - 2° SEMESTRE DIREITO - LEI MARIA DA PENHA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
DIREITO 
 
 
 
 
 
MARIANA CRUZ DE LIMA – T3153I0 
 
 
 
 
 
 
 
ADAPTAÇÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
2º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2020 
MARIANA CRUZ DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADAPTAÇÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
2º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Adaptação de Atividade 
Prática Supervisionada, 2º Semestre, 
apresentado ao Curso de Direito da 
Universidade Paulista – UNIP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2020 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4 
2. HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DA LEI MARIA DA 
PENHA......................................................................................................5 
3. PARTICIPAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS NO 
CASO DA VIOLÊNCIA CONTRA A SRA. MARIA DA PENHA............7 
4. RESUMO DO TEXTO DA CONVENÇÃO PARA ELIMINAR TODAS AS 
FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER.......................9 
5. RESUMO DO TEXTO DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA 
PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A VIOLÊNCIA CONTRA A 
MULHER...............................................................................................10 
6. PRODUÇÃO DE TEXTO IDENTIFICANDO PRINCIPAIS PONTOS DAS 
DUAS CONVENÇÕES...........................................................................11 
7. PRODUÇÃO DE TEXTO IDENTIFICANDO OS ASPECTOS COMUNS 
ENTRE OS OBJETIVOS DA LEI MARIA DA PENHA E DAS 
CONVENÇÕES......................................................................................13 
8. CONCLUSÃO.........................................................................................14 
9. REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Neste trabalho estudaremos a história da criação da Lei 11.340, conhecida como a Lei 
Maria da Penha e suas conseqüências como Lei. Em 1983 Maria da Penha, uma 
profissional farmacêutica, sofreu diversas agressões de seu marido, que foi o 
responsável por deixá-la paraplégica, após um tiro de espingarda na região da coluna, 
além dessa agressão sofreu uma tentativa de ser eletrocutada durante seu banho. Ao sair 
do hospital começou a sua luta contra o agressor e apenas em 2001 e 2002, o Estado 
condenado por negligencia, omissão e tolerância a violência domestica. A Lei Maria da 
Penha foi aprovada em 2006, através desta, foram criados meios de proibir e punir a 
violência contra as mulheres. 
Alem da história da Lei Maria da Penha, estudaremos a Convenção para Eliminar Todas 
as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Convenção Interamericana para 
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, ambas as convenções tem 
como objetivo acabar com a discriminação as mulheres, erradicando a violência contra 
elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA 
Maria da Penha Maia Fernandes, nascida no ano de 1945 em Fortaleza no Ceará, 
formou-se na Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará 
no ano de 1966. Em 1997 concluiu o seu Mestrado em Parasitologia em Análises 
Clínicas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. 
Durante seu mestrado, no ano de 1974, conheceu Marco Antonio Heredia Viveros, com 
quem começou a ter um relacionamento amoroso. 
Por dois anos se mostrou um companheiro amável, carinhoso, educado e solidário, 
casaram-se em 1976 e após o nascimento da sua primeira filha, mudaram-se para 
Fortaleza, onde nasceram sua outra filha e o que deveria ser o marco de um 
relacionamento feliz, tornou-se o maior pesadelo de Maria. 
Marco Antonio era Colombiano, mas após o nascimento de suas filhas conseguiu sua 
cidadania brasileira, estabilizando-se profissionalmente e economicamente. Desde então 
começou a demonstrar ser um homem ríspido e intolerante, com sua esposa e filhas. 
Devido a seqüência de maus tratos, na esperança de mudar o comportamento do marido, 
Maria decidiu engravidar e teve então a terceira filha do casal. 
Ate que no ano de 1983, em certa noite, Maria estava dormindo, quando foi acertada 
pelo seu marido com um tiro em suas costas, tendo como conseqüência a perda dos 
movimentos da barriga para baixo, tornando-a paraplégica, além dos fortes traumas 
psicológicos gerados por tal ato. 
Ao ser questionado pela polícia Marco Antonio alegou que o crime havia acontecido 
devido a um assalto, sendo desmentido pela perícia. Após um tempo no hospital, em 
meios a cirurgias, internações e tratamentos, Maria retornou para a sua casa, onde foi 
mantida em cárcere privado durante 15 dias e ainda sofreu a segunda tentativa de 
homicídio, quando o mesmo tentou eletrocutá-la durante o banho. 
Durante a investigação do crime, Maria conseguiu analisar as situações ocorridas, 
concluindo que ele que havia cometido o crime. Por vezes Marco Antonio tentou 
atrapalhar as investigações, tentando fazer com que a mesma não fosse adiante e fez 
com que ela assinasse uma procuração autorizando-o a agir em seu nome. Além de toda 
violência e humilhação, foi descoberto que o mesmo tinha uma amante, esse 
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acontecimento fez com que Maria, criasse forças para sair de casa, sendo amparada pela 
família e juridicamente, sem que esse ato configurasse abandono de lar. 
Seu processo teve início em 1984, por diversas vezes, foi exposta e coagida pelo Estado, 
mas mesmo com tais empecilhos não desistiu de lutar por justiça. A vítima demorou 12 
anos para conseguir punir o seu agressor. No ano de 1991 o agressor e marido de Maria 
da Penha, foi condenado a 15 anos de prisão, mas devido a apelação de sua defesa, 
consegue ter sua condenação anulada no ano seguinte. Em 1994, Maria lança um livro 
chamado “Sobrevivi...posso contar...”, que relatava a serie de maus tratos que havia 
sofrido ao longo dos anos e sua luta por justiça. Seu agressor foi novamente condenado 
em 1996, a uma sentença de 10 anos, mas após 2 anos é solto pela Justiça. Devido a 
uma serie de empecilhos e o atraso da Justiça, no ano de 2001, o Brasil é condenado 
pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados 
Americanos, por omissão. E graças a sua luta, após 4 anos o governo federal apresenta 
ao Congresso Nacional, uma proposta para criação da Lei, que só foi aprovada em 2006, 
sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PARTICIPAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS NO 
CASO DA VIOLÊNCIA CONTRA A SRA. MARIA DA PENHA 
A ONU, ou melhor, a Organização das Nações Unidas, é uma organização internacional 
que tem como missão a paz. 
Estudos sobre o Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM (Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio) apontam que 55% de todas as denuncias feitas pelo Ligue 
180 entre os anos de 2010 e 2012, são de violência física contra a mulher. Os casos mais 
comuns que geram a denuncia são violência psicológica e moral. 
Este número elevado número de denúncias, nos mostra que devemos reforçar as 
campanhas e mobilizações para combater tais violências. 
Maria da Penha alem de ter sofrido duas tentativas de feminicídio, passou anos lutando 
por uma condenação para seu agressor. Devido a sua luta, no ano de 2006, foi 
sancionada a Lei chamada “Lei Maria da Penha”, que é a responsável pelo conforto e 
força de inúmeras mulheres que sofrem violência e que agora estão amparadas por um 
direito resguardado, que pune demais violências. 
A ONU tem como prioridade conscientizar as pessoas sobre este assunto, lutando pela 
mudança dessa cultura, tendo um grande peso em ações que almejam igualdade e mais 
justiça para as mulheres. 
A Lei Maria da Penha, teve como benefícios penas mais rigorosas contracrimes de 
violência domestica, sendo consideradas uma das três leis mais avançadas no mundo, 
facilitando a tramitação de ocorrências de violências domesticas e familiares contra 
mulheres, criando juizados e varas especializadas em julgamentos desses casos. 
No ano de 2010, foi criada a ONU Mulheres, fortalecendo a defesa dos direitos 
humanos das mulheres. Esta atua como secretariado da Comissão da ONU sobre 
assuntos das Mulheres. 
O caso da vítima Maria da Penha, deu voz ao crescimento das batalhas femininas, de 
muitas que lutam por igualdade de direitos e deveres, e graças a ONU uma realidade de 
igualdade pode estar cada vez mais próxima, porém de modo bem difícil, já que esta 
realidade, só se dara por completo, quando descaracterizarmos uma cultura, que vê a 
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mulher como a trabalhadora do lar, para começarmos a enxergá-las como as 
profissionais de alto potencial, estudantes e independentes como muitas já são, alem de 
enxergá-las, respeitá-las, para que elas se sintam seguras e respeitadas com igualdade, 
sem que exista algum preconceito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. RESUMO DO TEXTO DA CONVENÇÃO PARA ELIMINAR TODAS AS 
FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER. 
As Nações Unidas e o Sistema Interamericano de direitos humanos adotaram 
convenções de Direitos humanos, que especificam distintos sujeitos de direitos. Tendo 
essa idéia como base em 1979, foi aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, 
a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a 
Mulher, esta Convenção segue dois princípios, o primeiro de eliminar a discriminação e 
o segundo de assegurar a igualdade. 
Os temas abordados nesta Convenção, são em relação a igualdade de direitos entre 
homens e mulheres na área política, econômica, social e familiar, dentre outras áreas 
que possuem a necessidade de igualdade e respeito entre ambos os sexos. 
Os Estados que se uniram a esta Convenção tem o compromisso de eliminar 
gradualmente todas as formas de discriminação no que tange ao gênero, assegurando 
igualdade a eles, fortalecendo assim a idéia da implementação dos direitos humanos das 
mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. RESUMO DO TEXTO DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA 
PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A VIOLÊNCIA CONTRA A 
MULHER. 
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a 
Mulher foi adotada em 1994, esta conceitua a violência contra as mulheres, 
reconhecendo estes atos como uma violação aos direitos humanos, estabelecendo 
deveres aos Estados signatários, que tem como objetivo acabar com o ciclo de violência 
sofrida por inúmeras mulheres. 
O documento desta Convenção entende-se violência contra a mulher, como sendo 
qualquer ato baseada no gênero, que cause dano, sofrimento físico, sexual e psicológico 
e ate a morte. O local gerador dessa violência pode ser desde o ambiente familiar, como 
na casa da vítima, quanto na comunidade. 
Recomenda-se que os Estados membros da Organização dos Estados Americanos, 
considerem a situação de vulnerabilidade a violência que a mulher sofre ou possa sofrer, 
devido a sua condição de gênero, racial e étnica. Alem de criar leis de proteção aos 
direitos das mulheres, alterando e descaracterizando os padrões socioculturais que 
discriminam as mulheres, generalizando-as como uma funcionária do lar, dando voz e 
respeito a elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. PRODUÇÃO DE TEXTO IDENTIFICANDO PRINCIPAIS PONTOS DAS 
DUAS CONVENÇÕES 
Foi aprovada pelo Congresso Nacional em Nova York, em Novembro de 1983, a 
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, 
entrando em Vigor para o Brasil em Maio de 1984. 
Esta Convenção tem como objetivo eliminar a discriminação contra a mulher, 
segurando a elas igualdade de direitos e deveres. Os Estados Partes na presente 
convenção, considerando que de acordo com a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, 
assegura que todos podem chamar e buscar todos os direitos e liberdades que estão 
descritos nesta Declaração, sem distinção alguma, pois estes Estados Partes tem a 
obrigação de garantir a todos tais direitos. 
Devido à grande preocupação de que a mulher continue sendo discriminada, violando 
assim os princípios da igualdade de direitos e da dignidade humana, a Convenção 
assegura em seus artigos de Lei que caso ocorram situações em que a diferença de 
tratamentos entre os distintos sexos continuem, serão adotadas medidas necessárias, 
com a finalidade de abolir essa discriminação em todas as áreas e formas em que esta 
ainda exista. 
Seus textos de Lei demonstram grande preocupação e luta ao combate da diferença 
econômica, política, social, profissional e entre outras que as mulheres vêem sofrendo 
ao longo dos anos, além de valorizar os trabalhos que elas exercem, sejam esses 
domésticos, autônomos ou empregados. 
Já a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
Mulher, adotada em 1994, conceitua a violência contra as mulheres, reconhecendo os 
atos de violência como uma violação aos direitos humanos, estabelecendo aos Estados 
signatários o dever de acabar com o ciclo de violência sofrida por inúmeras mulheres. 
Nesta Convenção, os Estados Partes reconhecem o respeito acima de tudo aos direitos 
humanos, que foi consagrado na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do 
Homem e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
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A preocupação principal desta é a violência contra a mulher, caracterizando esta como 
uma ofensa contra a dignidade humana, vindas de uma falha histórica que normalizou a 
desigualdade entre homens e mulheres. Pode-se assim classificar como violência, 
qualquer ato que baseia-se no gênero, que cause dano, sofrimento físico, sexual e 
psicológico e ate a morte. 
Este documento recorda a Declaração para a Erradicação da Violência contra a Mulher, 
assegurando que a violência contra a mulher esta presente em diversas áreas, seja ela na 
econômica, racial, cultural, e até no âmbito domestico e que esta afeta de forma 
negativa todo crescimento e luta das mulheres, tornando esta igualdade uma barreira 
que deve ser vencida, para que a sociedade tenha então os princípios da dignidade da 
pessoa humana e da igualdade de direitos assegurado. 
A idéia das duas Convenções, seria criar artigos de leis que prevenissem e punissem 
demais discriminações e violências contra as mulheres, extinguindo assim a violência e 
a desigualdade, para que assim como os homens, as mulheres façam uso de seus 
direitos, sem que exista para com ela a indiferença, pelo fato de ser mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. PRODUÇÃO DE TEXTO IDENTIFICANDO OS ASPECTOS COMUNS 
ENTRE OS OBJETIVOS DA LEI MARIA DA PENHA E DAS 
CONVENÇÕES. 
A Lei Maria da Penha tem como objetivo proteger a mulher da violência domestica e 
familiar, essa lei abrange todas as pessoas que se identificam com o sexo feminino, 
sendo esta pessoa heterossexual e homossexual, ou seja, isso inclui as mulheres 
transexuais. 
Ao analisarmos as Convenções, podemos notar que uma visa eliminar todas as formas 
de discriminação contra a mulher e a outra prevenir, punir e erradicar a violência contra 
a mulher, ou seja, ambas lutam pelo respeito para a mulher e para que sua posição na 
sociedade seja valorizada. 
A Lei Maria da Penha teve uma maior visibilidade, sendo conhecida por todas as 
mulheres, através dessa foram criadas redes de apoio, que não só incentivam as 
mulheres agredidas, a buscarem ajuda, como prestam ajuda a estas, através de ONGS, 
como a Casa da Mulher Brasileira que acolhe a mulher que não tem para onde ir e pelo 
disque denuncia 180, no qual a vítima pode denunciar o agressor. 
Mas ao compararmos as três é visível que tratam da segurança da integridade física emoral da mulher, a Lei protege e as Convenções lutam para prevenir e extinguir essa 
desigualdade, descaracterizando uma cultura que vê a mulher como uma doméstica, 
para que possam a respeitá-las, com igualdade, seja ela uma doméstica, professora ou 
uma advogada. 
 
 
 
 
 
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8. CONCLUSÃO 
Neste trabalho abordamos temas sobre a violência contra a mulher. A Lei nº 11.340, 
conhecida como a Lei Maria da Penha, é a Lei de proteção aos direitos e segurança da 
mulher, a lei carrega o nome Maria da Penha, pois foi através desta mulher, que a lei foi 
criada. Maria da Penha sofreu maus tatos e violência de seu marido por anos, violências 
físicas, psicológicas e morais. Após uma serie de acontecimentos, levou um tiro na 
coluna, que a deixou paraplégica, sabendo da gravidade de seu ato, Marco Antonio, seu 
marido, deu seu depoimento, alegando que sua esposa teria sido vítima de um assalto, 
que teria acontecido a noite, enquanto a vítima dormia, mas após investigações, foi 
comprovado que o mesmo teria atentado contra a vida de sua própria esposa. Após 
passar dias internada, ao retornar ao seu lar, quase foi eletrocutada durante seu banho, 
pelo mesmo agressor, foi ai que resolveu denunciá-lo. 
Seu processo iniciou em 1984 e foi marcado por várias intercorrências, durando 12 anos 
até a condenação do agressor. Tendo como base a sua história, o governo federal 
apresenta ao Congresso Nacional, uma proposta para criação da Lei, que só foi 
aprovada em 2006, sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. 
A Organização das Nações Unidas é uma organização internacional que tem como 
missão a paz, sua prioridade é conscientizar as pessoas para que a violência contra a 
mulher seja combatida, lutando pela mudança dessa cultura, tendo um grande peso em 
ações que almejam igualdade e mais justiça para as mulheres. Em 2010, foi criada a 
ONU Mulheres, responsável por fortalecer a defesa dos direitos humanos das mulheres, 
além de dar integral apoio psicológico e jurídico às mesmas. 
A Convenção para Eliminar Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher foi 
aprovada em 1979, pela Assembléia Geral das Nações Unidas e é fundamentada através 
de dois princípios, o de eliminar a discriminação e o de assegurar a igualdade de direitos 
entre homens e mulheres, em diversos segmentos, político, econômico, social e familiar. 
Os Estados que se uniram a esta Convenção possuem o compromisso de eliminar de 
forma gradual todas as formas de discriminação, relacionadas ao gênero, assegurando 
igualdade a eles. 
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A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
Mulher foi adotada no ano de 1994, tendo como objetivo conceituar a violência contra 
as mulheres e reconhecer que a violência contra as mesmas, viola os direitos humanos. 
Os Estados membros desta organização devem criar leis de proteção aos direitos das 
mulheres, descaracterizando os padrões socioculturais que discriminam as mulheres. 
Através do presente estudo sobre a Lei e as Convenções, concluo que é necessário lutar 
e investir em políticas públicas que objetivem a igualdade de direitos e deveres entre os 
gêneros. Ambos tratam da segurança e da integridade física, psíquica e moral da mulher, 
com o fim de descaracterizar uma cultura que discrimina e rebaixa a mulher. 
Erradicar a violência contra a mulher, é uma batalha a ser enfrenta com a união da 
sociedade e punir atos de violência, faz com que esses casos de agressão sejam vistos 
cada vez mais como atos a serem repudiados, para que a mulher ganhe cada vez mais 
seu espaço na sociedade, sem medo e de forma a serem respeitadas e valorizadas não 
por seu gênero mais sim pela capacidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Compromisso e Atitude Lei Maria da Penha. Convenção Interamericana para Prevenir, Punir 
e Erradicar a Violência Contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) – promulgada pelo 
Decreto nº 1.973, de 01/08/1996. Disponível 
em:<http://www.compromissoeatitude.org.br/convencao-interamericana-para-prevenir-
punir-e-erradicar-a-violencia-contra-a-mulher-convencao-de-belem-do-para-1994/> 
Acesso em: 01 Abril. 2020. 
IMP Instituto Maria da Penha. Quem é Maria da Penha. Disponível 
em:<http://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html> Acesso 
em: 01 Abril. 2020. 
Jusbrasil. Para ONU, Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo. 
Disponível em:< https://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2110644/para-onu-lei-maria-
da-penha-e-uma-das-mais-avancadas-do-mundo> Acesso em: 01 Abril. 2020. 
Nações Unidas Brasil. Maria da Penha fala à ONU sobre a evolução da luta pelo fim da 
violência contra a mulher. Disponível em:< https://nacoesunidas.org/maria-da-penha-
fala-a-onu-sobre-a-evolucao-da-luta-pelo-fim-da-violencia-contra-a-mulher/> Acesso 
em: 01 Abril. 2020. 
ONU Mulheres Brasil. Sobre a ONU Mulheres. Disponível em:< 
http://www.onumulheres.org.br/onu-mulheres/sobre-a-onu-mulheres/> Acesso em: 01 
Abril. 2020. 
 
 
 
http://www.compromissoeatitude.org.br/convencao-interamericana-para-prevenir-punir-e-erradicar-a-violencia-contra-a-mulher-convencao-de-belem-do-para-1994/
http://www.compromissoeatitude.org.br/convencao-interamericana-para-prevenir-punir-e-erradicar-a-violencia-contra-a-mulher-convencao-de-belem-do-para-1994/
http://www.compromissoeatitude.org.br/convencao-interamericana-para-prevenir-punir-e-erradicar-a-violencia-contra-a-mulher-convencao-de-belem-do-para-1994/
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https://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2110644/para-onu-lei-maria-da-penha-e-uma-das-mais-avancadas-do-mundo
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https://nacoesunidas.org/maria-da-penha-fala-a-onu-sobre-a-evolucao-da-luta-pelo-fim-da-violencia-contra-a-mulher/
https://nacoesunidas.org/maria-da-penha-fala-a-onu-sobre-a-evolucao-da-luta-pelo-fim-da-violencia-contra-a-mulher/
http://www.onumulheres.org.br/onu-mulheres/sobre-a-onu-mulheres/

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