Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Art. 8o O Distrito Federal aplicará, anualmente, em açÕes e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em base estadual e em base municipal. Art. 9o Está compreendida na base de cálculo dos percentuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer compensação financeira proveniente de impostos e transferências constitucionais previstos no § 20 do art.198 da Constituição Federal, já instituída ou que vier a ser criada, bem como a dívida ativa, a multa e os juros de mora decorrentes dos impostos cobrados diretamente ou por meio de processo administrativo ou judicial. Art. 10. Para efeito do cálculo do montante de recursos previsto no § 3o do art. 5o e nos arts. 6o e 7o, devem ser considerados os recursos decorrentes da dívida ativa, da multa e dos juros de mora provenientes dos impostos e da sua respectiva dÍvida ativa. Art. 1 1. Os Estados, o Distrito Federal e os Munieípios deverão observar o disposto nas respectivas ConstituiçÕes ou Leis Orgânicas sempre qüô os percentuais nelás estabelecidos forem-su$eriores,,ao.s,.'fixados nêsta Lêi Complementar para aplicaçâo em ações e serviços públicos de saúde, Art.. 17. O rateio dos recursos da União vinculados a ações e sárviços públicos de saúde e repassados na forma do eapúl'dos arts. 1S e 22'aos Estâdos; âô Distrito Federal e ao.s Municípios observará as necessidades de saúde da população, aa dimensões epidemiológica, demográfica, socioeconÔmica, espacial e de capacidade de oferta de açÕes e de serviços de saúde e, â!ndâ, o disposto no arti 35:dâ Lei no 8,080i de 19 de setembro de iggO, de forma a atender os objetivos do inciso lldo § 3o do art. 198 da Constituição Federal. § 2" O dever do Estado não exclui o das pessoas, da Íamília, das empresas e da sociedade. Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (RedaÇão dada pela Lei no 12.864, de 2013) Parágrafo único - conceito amplo de saúde -- bem estar físico, mental e social. Ad.so - Obietivos do SUS: * ldentificação e divulgação dos fatores determinantes e condicionantes; .i. Formulação de políticas de saúde; .! Assistência à saúde e atividades preventivas. Art.6o - Campo de atuação do SUS: * Execução de ações de (1) vigilância sanitária e epidemiológiça; (2) saúde do trabalhador; (3) assistência terapêuüca. .l:Fôimulação de políticas e açÕes de saneamento básico, * Formação de recursos humanos; .1. Vigilância nutricional e orientação alimentar; * Formulação de polÍticas de medicamentos e insumos; * Controle e fiscalização de serviços; .t Fiscalização ê inspêção de alimentos, água e bebidas; * Desenvolvimento científico e tecnológico, § 1o Entende-se.por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários deconentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestaçáo de serviços de interesse da saúde, abrangendo: | - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e ll - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. § 20 Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores deter.rninantes e condicionantes de saúde individual ou colêtivâi ôôm a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. § 3o Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das açÕes de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: | - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; ll - participação, no âmbito de competência do Sistema Unico de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; lll - participação, no âmbito de competência do Sistema Unico de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de Ad. 20ô - Ao SUS compete: t . controlár--,ie Osdrlizar.ptaeedÍmentos; 2. executa r açõê§,:de vigilâniia'sanitária e epidemiológ ica, bem como as de saúde:do trabalhadór; 3. formação de RH; 4.formulação da políticá ê:dâ'éxêeuÇãô das ações de saneamento básico: 5. incrementar o desenvolvimento cientíÍico e tecnológico; 6. Íiscalizar e inspecionar alimentos e bebidas para consumo humano; 7. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias; 8. colaborar na proteção do meio ambiente. LEt 8080/1990 LEIORGÂNICA DO SUS Art.2o - Saúde -- direito do ser humano, cabendo ao Estado prover as condições necessárias ao seu pleno exercício. § 'lo Ao Estado cabe: formular e executar políticas econômicas e sociais que visam: (1) redução de riscos de doenças e agravos à saúde e (2) garantir o acesso universal e igualitário. 292 substâncias, de produto.s, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; lV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam àsaúde: V - jnformação ao trabalhador e à sua respectiva entidadesindical e.às empresas sobre os riscos áe acidentes detrabalho, doença profissional e Oo traOalfrà, b", .oro o.resultados de fiscalizações, avaliações ambientais eexames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da etica profissionaL, vl - participação na normatização, fiscarização e controredos serviços de saúde do traóalhador nãs'instituiçOes àempresas públicas e privadas, Vl.l .- revisão periódica da listagem oficial de doençasoriginadas no processo de tàOatno, tãnoo na suaelaboração a colaboração das entidades sindicals, e Vlll - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máqu.inâ,.de,sp16i 6*serviço ou de todo ambiente ãe trabatho, qúânOo Éà-ur* exposição a risco iminenle,,p.gfá a,riOa. ;J'6úàà";; ,,rtiiiiÍ, . ir1r,,,,,t,1;.ru,,,. Atl. .7o As ações e serviços públlcos de saúde e osservtços privados contratados ou conveníados ouernregram o sÍstema _ Unlco de Saúde (SUS), sãodesenvolvidos de acordo com as oiretriãstireri*tríno ãrt.198 .da Cónstituição Federal, ob";;ãáil;';;ü";; seguintes príncípios: I -.univeryalidade de acesso aos seM|.ôs de saúde emtoqos os niveis de assistência; ll - integralidade de assistência, entendida como conjunto articuÍado ê ôontinüôl:Has ,çoàs ã .ã*iç* pr*rentivos ecurativos; individuais e coletivos, "^çioàã-õrã-;;';;em todos os níveis de complexidade ão sistãmà; I].^ Tl._"ry,rç,lo da autonomia das pessoas na defesa desua tntegndade física e moral; Vl - divulgação de informações quanto ao potencial dosserviços de saúde e a sua uútizaça,o peto usuário; Y]l- ,r,fili:rçao da epidemiotogia para o estabetecimento depnonoades, a alocação de recursos e a orientaçãoprogramática; Vlll - participação da comunidade; I.I :^o=:lil, hzação pot ítico-adm in istrativa, com direçã ounrca em cada esfera de governo: a) ênfase na descentra lizaçêto dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X -. integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; Xl - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do D]stdtoFederal e dos Municípiosna prestaçãã-de serviços dáassistência à saúde da população; Xll - capacidade de resolução dos serviços em todos osníveis de assistência; e Xlll - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicídade de meios para fiás idênticos. 9[qg_nizFção, direção e qestão: ArttSo - Ações e serviçós --- organização (1)hierarqulzada e (2) regionalizada. .:. Direção (Art.90): o União -- Ministério da Saúde; o Estados -- Secretaria Estadual de Saúde; o MunicÍpios -- Secretaria Municipal Oe SaúOe, Art.10o -. Os municípios poderão realizar consórcios para desenvolvimento de ações e serviços. * ., Gestão; trl.12:. -. Criação de ComissÕes tntersetoriais,subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, comfinalidade de polítícas e programas de interesse à saúde, abrangendo (Art. 13o): o Alimentação e Nutrição; o Saneamento e meioambiente; o Vigiláncia sanitária; o Recursos humanos; o Ciência e tecnologia; o Saúde do trabalhador. Art. 14-A. As Comissões-lntergestores Bipartite e Tripartitesão reconhecidas como foros-de negociJçàÀ à pr"ilãiãã entre ges.tores, quanto aos aspeclo" op"rr.ionã,.'Jã §rslema Unico de Saúde (SUS). (lncluído pela Lei no 12.466, de 201 1). Parágrafo único. A atuação das comissões Interoestores lioqlite e Tripartite terá por objetivo: frn.rrioá pàiu i"-t n;12.466, de 2A11). , | - decidir .sobre os aspectos operacionais, Íinanceiros e ?9ti"l:jr?tivos da 9ps_tao compartirrráoã do sUS, emconÍor,Ttdade com a definição da política consubstanciada ern panos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; (lncluído pela Lei no 12.466, de 2Ol1). ll - definir diretrizes, .de ámbito nacional, regional eintermunicipat, a respeito oa orgãni.àõao'lã. redes deações e serviços de saúde, priniipatmãnte no tocante àsua .governança institucional e à integração das ações eserviços dos entes federados; (lncluÍdõ p6f" f_"i n" iZ.qAA, de 2011). lll - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distritosanitário,- -integração de teriitórios, referência econtrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (lncluído pela Lei * e.qAA, de2O11). Art. 14-8. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde(Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função social, na forma do regulamento. (lncluído pela Lei no 1r.466, de 2O1l). 293 § 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União. (lncluído pela Lei no 12.466, de 2011). § 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. (lncluído pela Lei no 12.466, de 2011). / Atribuições comuns (Art.15): - controle, avaliação e fiscalização das ações e serviços; - administração dos recursos orçamentários e Íinanceiros; - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde; - organização do SIS; - normas técnicas e parâmetros de qualidade; - elaboração/atualização do plano de saúde; - formulação e execução da política de RH; - proposta orçamentária, :,, - realização de operações'., externa§ autorizadas pêlo Senado; t, : ._- atendimento de neôes§idades urgentes, e'transit6rias decorrentes de balamidades, '':"'1:',: . - propor celebração de convênios, acordos e protocolosl - articulafáo com órgãos de fiscalização do exercício - r.ur11r5'r:pesquisas e estudos na árêa da saúde; - Íomentai, coordenar e executar programas e projetos "ffitn"e atend mento emergênciaf sÊÇACI r/ Da Compatência . ::..:;)i:tlii tt I :i Art,r:1.êliÃjuirqção n-apiúal do §i§tema Úp!co d.e Saúde- SUS eompete: | - formular, avaliar e apoiar polÍticas de alimentação e ll - parlicipar'na formulalAo e nâ imptementaçao das políticas: a) de controle das agressôe§ aCI rnê10 ârnbiêntê;, b) de saneamento básico: e c) relativas às condições e aos ambiente§'detrabalho; lll - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; b) de rede de laboratórios de saúde públicat c) de vigilância epidemiológica; e d) de vigilância sanitária. lV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgãos afins, de agravos sobre o meio ambiente, ou deles decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana; V - participar da deflnição de normas, critérios e padrões para controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador; Vl - coordenar e participar na execução das açÕes de vigilância epidemiológica; Vll - estabelecer normas e executar a vigiláncia sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e MunicÍpios; Vlll - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano; lX - promover a articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde: X - íormular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais; Xl - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde; Xll - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e sqbstâncfas dg interesse para a saúde; Xlll - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e âos MunicÍpios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional. XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Unico de Saúde-SUS e os serviços privados contratados de assistência à saúde; XV - promover â descentralização, para ás Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estâdual e municipal; XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistemâ Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XVll - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências Estaduais e Municipais; Xvlll - elaborar o planejamento estratégico nacional no âmbito do SUS em cooperação tecnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; XIX - estabefese-.r ô Sistema Nacional de Auditoria e, :::: :; -ooofdenar a áüàliação técnica e financeira do SUS, em todo o território nacional, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Unico de Saúde-SUS ou que representam risco de disseminação nacional. Arl. 17. - A direção estadual do Sistema Único de Saúde-SUS compete: I - promover a descentralização, para os MunicÍpios, dos serviços e das ações de saúde; ll - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Unico de Saúde- SUS. lll - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente aÇões e serviços de saúde; 294 lV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: a) de vigilância epidemiotógica; b) de vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; e d) de saúde do trabalhador; V - participar, junto com órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana, Vl - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; Vll -. p-articipar das açôes de controle e avaliaçãodas condiçÕes e dos ambientes de trabalho; Vlll - em caráter suplementar formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde; lX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e -gerir sistemas públicos de alta c.omploddada, de X - coordenar a rede estadual Oe faOoratórios de saúdepública e hemoceniros e gerir as. unídades que permaneçam em sua organização administrativa; Vlll - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; lX - colaborar com a União e com os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; X - observado o disposto no artigo 26 desta lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execuÇão, Xl - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde: Xll - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuaçãô. 4d.19. Ao Distrito Federal competem as atribuiçÕes reservadas aos Estados e aos Municípios. ' SUB§ISTEMA DE ATENÇÃO A SAÚDE INDíGENA Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos proprios, flnanciar o Subsistema de ,Atenção â Saúde lndÍgena.' Art. 19-D. O SUS promoverá a arliculação do Subsistema instituÍdo por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política lndígena do País. Art. 19-E. Os Estados, MunicÍpios, outras instituiçÕes governamentais e não-governamentais poderão atuar complementarÍnente no custeio e execução das ações. Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar êm consideração a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, sâneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras; educação sanitária e integração institucional. Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde lndÍgena .deverá s€r, como o SUS, descentrálizado, hierarquizado e xêgionâlízado. §'1" O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais lndÍgenãs. § 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde lndígena, devendo, para isso_, ocorrer adaptaçÕes na estruturá e organização do SUS nas regiÕes onde residem as populaçõés indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem discriminações. § 3" ôs populações indígenas devem ter acesso garantidoao SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde. Art. 19-H. As populações indÍgenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, iais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso. da. vigilância XIV - acompanhar, avaliar e dlvulgar os jndicadores de morbidade e mortalidade no ámbito da unidade federada. âi;rilê,*X;."-rynicipat do sistema Único de' :. , I ,,, i 11., :l,. ir ,,.1,, . t | - planejar, orgâniâáli ,-çontr.ptar,," avaliar gs,i,açOes e os serviços de saúde e gerir ê executar os serviçoá públicos ll - participar do ptanejamento, programrçg" "àifqiiiaçáoda rede regionalizada e hierarquizada do Sistema únicode Saúde-SUS, em articulação com sua direção estadual; lll- participar da execução, controle e avaliação das açÕes referentes às condições e aos ambientes de [rabalho; lV - executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) de vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de saneamento básico; e e) de saúde do trabalhador; V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde; Vl - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente, que tenham repercussão sobre a saúde humana, e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las; Vll - formar consórcios administrativos intermunicipais; 295 SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E lNTERNAçÃO DOMTCTLTAR (acrescentado pela Lei 10.424, 15104102). Art. 19-1. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Unico de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiclliar. § 1o Na modalidade de assistência de atendimento e lnternação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicologicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. § 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. § 3o O atendimento e a internação domtciliares so poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família, DA ASSlsrÊruCrA rrnÀpÊuflca e oa lNcoRpoRAçÃo DE TECNOLOGIA EM SAÚDE" (acrescentado pela Lei no 12.401, de 2011) Art. 19=,:M;.'* ás§i*tência teiápêütlca intégral a quê se refere-r,áidnaa,d do inoieo I do ârt, 6o çonsiste em: | - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para q saúde, cuja prescrição esteja em conÍormidade com as.Cirefizes terapêutica§ :Oefinidas êm protocolo clínico pãlâr;ialifl§ênçâ ou,or,agravo à saúde a ser tratado ou, na fáltá,dd, $rptoçolo,,eú confórmidade com o disposto no art. 19-P; ll' , üfqr-tâ de procedimentos., terêpêuticos, em regime domiciflali âmbulatoÍiâl e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo §estor federal do Sistema Unico de Saúde - S U S I $tliiados, no, têrritório -n-acional por serviço próprio, conveniado ou contratado. Art. 19-N. pâia os êfsito§.do'disposto no art. 19.M, são adotadas as seguintes doÍÍniçÕest | - produtos de interesse pará á sar:Oer órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos: ll - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. Parágraío único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eÍicácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada: | - com base nas relaçÕes de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão lntergestores Tripartite; ll - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão lntergestores Bipa(ite; lll - no ámbito de cada MunicÍpio, de forma suplementar, com base nas relaçÕes de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde, , Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituiçâo ou a alteração de protocolo clÍnico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministerio da Saúde, assessorado pela ComissãoNacional de lncorporação de Tecnologias no SUS. § 1o A Comissão Nacional de lncorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimênto são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina. § 2o O relatório da Comissão Nacional de lncorporação de Tecnologias no SUS levará em consideração, necessariamente: | - as evidências cientíÍicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do processor acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autonzação de uso; ll : a avaliação econÔmica comparativa dos beneÍícios e dos cugtas em,,,relação às tecnologias já incorporadas, inclusÍve no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. § 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinaçÕes especiais: I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na forma do regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q; 296 c.-A participação. de empresas ou capitais estrangelros é lqg.qqq, satvo através de doaçÕes de órgãoi tísados à ONU (Art.23). o Deve ter autorização da direção do SUS (Art. 23 _ s 1o);o A iniciativa priVáda só participa' quandõ á, disponibilidades da rede assistencial fdram iàiunàLnt"s, em', foqná,. .de contiàto ou convánio" iÀrlã+i - àãil grefelêngia de escolha pelas entidades fitaÀtrópicas e as sem Íins lucrativos (Art.2S), c_Proprietários, administrados' ou gerêntes de empresas contratadaS não podem assumir cargo de chefia ou lll - realização de consulta pública que inclua a divulgaçãodo parecer emitido pela Comissão Nacional de lncorporação de Tecnologias no SUS, lV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a releváncia da matéria justificar o evento. Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: | - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela AgêÃcia Nacional de Vigiláncia Sanitária - ANVISA; ll - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou oreembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.,, Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão lntergestores Tripartite. ..-. 1::.::t i,, ,,:: : , 1: :.::'):J: |ili;É: tl)?::fi)' l,li :l ; Devem seguir as norm@t - R assistência à saúde e livre à iniCiativá privaOa. Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acoido com o art. 12 desla Lei, garantida a participação das entidades profissionais correspondentes. ôrt 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Unico de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborad-a pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência §ocial, tendoãm vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. {rt. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de: ll - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde; lll - ajuda, contribuições, doações e donativos; : r;fvlr,âtiênaçõ'ê§ patrimoniais e rendimentos de capital; V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Unico de Saúdé (SUS); e Vl - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. § 1" Ao Sistema Unico de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I desie arligo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recüperação de viciados. § 2.' As receitas geradas no âmbito do Sistema Unico de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em óortã. especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas. § 3o As açoes de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Unico de SairOe (SUS), serão financiadas poi recursos tarífarios es[";ú;;; e outros da União, Estados, Distrito Federal, M;;[ipi;;;, em particular, do Sistema Financeiro da Habítação (SFH). ' . §. 5]- ns atividades de pesquisa e desenvotvimento clentÍfico e tecnológico em saúde serão co_financiadas pero sitstema Unico de Saúde (SUS), pelas universidades é pelo orçamento fiscal, alem de ,"ãurros dL instituições de fomento e Íinanciamento ou de origem externa e receita própria das instltuiçôes executoras. CAPÍTULO II Da Gestão Financeira Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Unico de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, emcada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. § 1o Na esfera federal, os recursos financeiros, origináriosdo Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. § 4o O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados ã Estaáos e lvlunicípios. Constatada a malversação, desvio ou não f.Y_; vatgfjzSeão da dedicação exctusivu ,os ."*ifoi'Oô Sistema Unico de Saúde (SUS). Parágrafo . único. Os serviços públicos que integram o Sistema Unico de Saúde isusl .oÀrtitJãà campo deprática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional. Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Unico de saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. § 1' Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em maiJde um estabelecimento do Sistema Unico de Saúde (SUS). § 2" O disposto no parágrafo anterlor aplica_se também aos servidores em regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento. 297 aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo Único deste artigo, os recursos financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Unico de Saúde (SUS). ParágraÍo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social. Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos: I - perfil demográfico da região; ll - perfil epidemiológico dq p.opulação a ser coberta; lll - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; lV - desempenho técnico, econômico e financeiro no períodôaúterjorl .' , V - nlvêis de participaç〠do sÊ,lQ[,.sâúde no§ ôrçamentos estaduais e municipais; l Vl ' previsão do plano qüinqÚenal de, investimentos da rede; . '".1 .: vll',i.ii.ê'ÉdáiCirn en{d do atenoi#ehto a serviços prestados oataffi esferâs de gôverno s lqiri;iiietâder'aos',iéifuât, 'aestináàos á Estados e Municíp,io§ §êrá distribúida ségundo o quociênte de sua d ivi são pêlo número de ha h.itante§,,i1dependentemgnfe,de qualquer procedirt+ênto Ênáúiol',,','',lpevogado pelá Lei Complementar n9 :141r dê..2012),,(Vide Lei nó 8.142, de 1 990) § 2o Nos casos de Estados e MunicÍpios sujeitos a notório processo de migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de eleitores registrados. § 6" O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos. CAPíTULO III Do Planejamento e do Orçamento Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Unico de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. § 10 Os planos de saúde serão a base das atividades e frogramaçoes de cada nível de direção do Sistema Unico de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentá ria. § 2o E vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde. Art. 37, O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição administrativa. Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa. DAS DTSPOSTÇÕES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 39. § 5o A cessão de uso dos imóveis de propriedade do lnamps para órgãos integrantes do Sistema Unico de Saúde (SU§) será Íeita de modo a preservá-los como patrimônio dâ Seguridade Social. § 60 Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus acessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema Unico de Saúde - SUS ou, evêntualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se encontrem, mediante simples termo de recebimento. § 8o O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministerio da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou Órgãos congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a disseminaçáo de estatÍsticas sanitárias e epidemiológicas medico-hospitalares. An. 4L As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo lnstituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema Unico de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de pfestação de serviços, formação de recursos humanos e pâra transferência de tecnologia. Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços pÚblicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades privadas. Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema Unico de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimÔnio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados. § 1o Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social deverão integrar-se à direção correspondente do Sistema Unico de SaÚde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde; § 2o Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar- 298 se ao Sistema único de Saúde (SUS), conforme se dlspuser em convênio que, para esse fim, for Íirmado. Art. 46. o Sistema Unico de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à participação do setor privado no investimento em ciência e tecnolôgia e estimulará a transÍerência de tecnologia das univers-idades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, eàs empresa" nacionái". Arl. 47. O Ministerío da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do Sistema Uniio de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões e-pidemiológicas e de prestação de serviços. Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à _proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo sistema unico de saúde (sUS)...,,,+:,rirL,, ,,.,r,,: 5' As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. , RESOLUÇ_ÃO No 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 - A, oRGAN|ZAÇÃO OOS CONSELHOS DE SAúDí A participação da sociedade organizada, garantida na legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instáncla privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. A legislação estabelece, ainda, a composição paritária de usuários em relação ao conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho de Saúde será composto por representantes de entidades, instituições e movimentos . reprgsgnlgtivos de usuários, de entidádes representativasdê trábalhadôres da área da saúde, do governo e de entidades representativas de prêstadores dã serviços de saúde, sêndo o seu presídente eleito entre os membros do Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não existem entidades, instituições e movimentos oroanizados em número suficiente para compor o Conselho,"a eleição da representação será realizada em plenária no Município, promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e democrática. | - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de Saúde e constituído em lei. ll - Mantendo o que propôs as ResoluÇões nos i3lg2 e 333/03 do CNS e consoante com as RécomendaçÕes da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, aó ,agas deverão ser distribuídas da seguinte forma: a)50% de entidades e movimentos representativos de usuários; b)25o/o de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde; : c)25f$ de'representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos. lll - A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais terá como critério a representatividade, a abrangência e a complementaridade do conjunto da sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De acordo com as especificidades locais, aplícando o princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras, as seguintes representações: a)associaçÕes de pessoas com patologias; b)associações de pessoas com deficiências: It 1: p^.llstema único de Saúde (SUS), de que trata aLei n" 8.080, de 19 de setembro Oe tg'óO, contará, em cada esfera de góvemo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com às seguintes instâncias colegiadas: | - a Conferência de Saúde; e ll - o Conselho de Saúde. 1' A Conferáncia de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos co m. a re p re se n táç§9.6og',y3fl,qs sedãniôãl;áiâ is, " p"iãavaliar a situação dé saúde.e propo-i as diretrizes priá áformulação da política de saúde nos 'núi, correspondentes, convocada peló.,podêi'Éiecuiivo ou. extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúdà.' 2" O Conselhode Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por iepresentantes do governo, prestadores de serviço, proissionais de saúdee usuários, atua na formulação de estrategias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefedo poder legalmente constituído em óada esfera do governo. 3' O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde, 4'A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. c)entidades indígenas; d)movimentos sociais e populares, (movimento negro, LGBT...); organizados e)movimentos organizados de mulheres, em saúde; 299 f)entidades de aposentados e pensionistas; g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações e federações de trabalhadores urbanos e rurais; h)entidades de defesa do consumidor; i)organizações de moradores; j)entidades ambientalistas; k)organizações religiosas; l)trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, conselhos de proÍissões regulamentadas, federações e sindicatos, obedecendo as instáncias federativas; m)comunidade científica; , l n)entidades públicas, de hoepitaisiunfversltários ê hbspitêi§ campo de estágio, de-p,.q gisa ê,dêsenvôfvlrfientÕ; ,:,,.,; plent g{i1ãs"ãQ§ prustaubre+ dê :êru1ç0 ueiár:oe; e lV iÍ fl td-atidade§, ovitÍrentô$,..e instituiçôes eleitas no Gonsêf f1o;'de §aúde',.teráô',os cohselhêi[os indicados, por QF-Ê_qi,toiLlí rloôlrforrnê]l,,,,,proôpssQs e§tabêlecidôs pelas rêspêçli,v §, entidades, movimentos e instituições e de acordo êom a sua organização, com a recomendação de que.,çf.,?i,! a. r eno vação d ê se u § re p1p,se nta ntes. ,i V - Rê.e0menda-se que, a cada eleição,.os,,segmentos de represéÉta!ôe* de usuário§,, trabalhâdores'e prestadores de serviço§,'ao seu critério,,promo!âm â rênôvâçãô dê, no mínimo, 30% de suas entidades representativas. Vl - A representação nos Sêgmôntos deve ser distinta e autônoma em relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, por isso, um prôfissional com cargo de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as). Vll - A ocupação de funções na área da saúde que interfiram na autonomia representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível impedimento da representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), e, a juízo da entidade, indicativo de substituição do Conselheiro(a). Vlll - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, representação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde. lX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em atividade no MunicÍpio, caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a convocação e realização da Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver Conselho Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento. X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de releváncia pública e, portanto, garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de justiÍicativa junto aos órgãos, entidades competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de participação de seus membros durante o perÍodo das reuniões, representações, capacitações e outras atividades especÍficas. Xl - O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos seus atos conforme legislação vigente. Art.. 2' Os recursos do Fundo Nacional de Saúde - FNS ,§erão,aloca-d os com o : ;.1,;'j'despêsas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; ll - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; lll - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde; lV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos MunicípÍos, Estados e Distiíto Federal. , , Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso lV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais açÕes de saúde. Art. 3" Os recursos referidos no inciso lV do art. 2" desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n'8.080, de I9 de setembro de 1990. 1o, Enquanto não for regulamentada a aplicação dos criÍóri0-a,,pfç,v.jstgÊ.no art. 35 da Lei n' 8.080, de 19 de s,e-têmbro. ê 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1' do mesmo artigo. 2" Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. Art. 4' Para receberem os recursos, de que trata o art. 3" desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: | - Fundo de Saúde: ll - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n" 99.438, de 7 de agosto de '1 990; lll - plano de saúde; lV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4" do art.33 da Lei n'8.080, de 19 de setembro de 1990; V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orÇamento; Vl - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários - PCCS, previsto o prazo de dois anos para sua implantação. 300 Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. NORMA OPERACIONAL BASICA DO SUS NOB/96 (D.O.U 06/11/1ee6) NOB-SUS - definição de estratégias e movimentos táticos que orientam a operacionalidade do SUS. Finalidade: promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público Municipal e Distrito Federal, da funcão de qestor da atenção à saúde (conforme Constituição Federal) e redefinir as resoonsabilidades do poder estatuais e federal - promovendo avanço na consolidação dos princípios do SUS. Define claramente o papel dos viveis munioipais, estaduais e federal no âmbito do SUS, reafirmândo ,a, importância das CIT's e CIB's. Suas palavras.chavê sãó: münicipalízáçao e êxer:Ciçio Estabelece tetos Íinanceiros para todas as esferas de governo, as formas de repasse e a transferência automática e regular (fundo-a-fundo). :,, lncentiva a mudança no modelo de atenção (implantação dos PACS e PSF). lncorpora a concepção de saúde nos campos: b) das intervenÇões ambientais; c) das políticas extemas no setor saúde; d) das açÕes de comunicação e educação. Custeio da assistência hospitalar e ambulatorial pela esfera FEDERAL: O teto financeiro da assistênóia iffe) e constituíáo por:. transferênciafundo-a-fundo; . remuneração de serviços prestados; . outras atividades exercidâs, .1,.,, ,.,t,,,,, a) Transferência fundo - a - fundo: Será realizada segundo os critérios de organização e capacitação da assistência. Componentes: - Piso da Atenção Básica (PAB) FIXO - valor per capita para custeio de ações básicas de assistência à saúde (Clínica Medica, enfermagem, pediatria, ginecologia e atenção básica em odontologia) e de vigilância sanitária (R$10,00 a 18,00 pc/ano). - PAB VARIAVEL - será repassado de acordo com a cobertura de PACS e PSF e incentivo financeiro segundo a parcela da população efetivamente coberta por esses programas. Compreende ações desenvolvidas em: . PACS e PSF; . PCCN; . Ações de vigilância epidemiológica e ambiental; . AçÕes de vigilânciasanitária; . Assistência farmacêutica básica. - Fração Assistencial Especializada (FAE) - custeio das ações especializadas de alto custo e de média complexidade (profissional especializado e recursos tecnológicos), medicamentos e insumos especiais e órteses e próteses realizadas em regime ambulatorial. - Teto Financeiro de Assistência ao MunicÍpio (TFAM) - custeio de ações assumidas pela SMS no município, exceto aqueles municÍpios excluÍdos da gestâo municipal. Transferido segundo a condição de gestão (semiplena, plena ou avançada). - Teto Financeiro de Assistência ao Estado (TFAE) - custeio de ações assumidas pelo Estado, deduzido de acordo com os valores comprometidos com as transferências regulares aos municípios do Estado e transferido de acordo com o modelo de gestão. - Índice de Valorização de Resultados (lVR) - consiste na atribuição de valores adicionais equivalentes a até 2% do TFAE. E considerado um incentivo à obtenção de resultados positivos sobre as condições de saúde e obedece aos critérios estabelecidos pela ClT. b) Remunepçáo por servioos produzidos: Será realizado de acordo com os procedimentos aos prestadores de serviços em saúde estaduais ou privados, mediante fatura segundo: - Remuneração por internações hospitalares - é necessária â apresentação da guia de AIH e apurado de acordo com o SlH. - Autorização de procedimento de alto custo ou complexidade (APAC) - apurados peto SAl, como procedimentos com quimioterapia, radioterapia, - Fundos de incentivo e índices de valorização - em especial o FIDEPS (Desenvolvimento de ensino e pesquisa como as modalidades de residência) e o IVH-E (Valorização de assistência às emergências). - Remuneração transitória por serviços produzidos - remuneração realizada pelo Ministério da Saúdem por serviços produzidos em municípios fora da gestão plena municipal. c,l Oqffos"rgcursos: - Teto financeiro para ações de vigilância sanitária (TFAVS). - Teto financeiro de epidemiologia e controle de doenças (TFECD). Conceitos introduzidos pela NOB SUS/96;.l gestão = comando do sistema com exclusiva competência do setor público em suas respectivas esferas; Condições de gestão de Estados Os Estados podem se enquadrar em duas modalidades de gestão: 1)Gestão Avançada do Sistema Estadual (GASE) - nessa modalidade o Estado assume: . a elaboração da PPI junto com os municípios; . o detalhamento da programação da FAE; . a elaboração e execução do Plano Estadual de lnvestimentos, negociado com a CIB e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde; 30r . coordenaÇão da política de alto custo ou complexidade, medicamentos excepcionais e tratamento fora do domicílio; . formulaÇão da polÍtica de sangue e medicamentos; . organização do sistema de reÍerência e compensação; . coordenação da política de vigilância sanitária e epidemiológica; . contratação, controle e auditoria dos serviços sob gestão estadual. 2)Gestão Plena do Sistema Estadual (GPSE) - além das atividades elencadas na GASE o Estado assume: . Gestão dos serviços de saúde; . Operação do sistema de inÍormação ambulatorial (SlA) e de lnformaçÕes hospitalares (SlH). Condições de gestão dos Municípios Os municípios podem se enquadrar em duas modalidades de gestão: 1)Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) - assume a responsabilidade pela: . Gestão e execução da assistênciâ âmbulâtorial básica, das ações de vigiláncia sanitária e epidemiolÓgica; . Gestão das unidades básicas de saúde; . Autorizaçãô dá§'intêrnaçõêÊ, hospitâlarês ; . Controlê ê âvâliáçâo da a§sistênciâ básica. :'jj:,,:'l t : 2)Ge§tão Plena do Sistema Municipâl (GPSM) : ⧧urÍrê aindaat',:,, . eás;do:,.o*,todas as ações e serviços de §aúde no munrclpro; . Gestão de todas as unidades e serviços de saúde com vínculo. HH SU§; ,', . ' Controle, avaliação, auditoria e pagamento de ações e serviços de saúde no municípió; . OperaoSlHeoSAl; . ElaFo.Iação da PPI; . ndmiÍii§trá:,'a oferta de:prôiêdimentos:de alto custo ou .l gerência' ;"respon§avel pela administração de unidade ou prestador,de:serviçb ao sistemq. * Planejamento '"=,, êstübêlêcimêntCI dâ PP! (Programação Pactuada e lntêgrada) entre as instâncias de governo, baseada nos princÍpios da integralidâde e de direção única, que se traduz nas responsabilidades, objetivos, metas e recursos em todos os nÍveis de gestão, para garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde, diretamente ou por convênio entre gestores. PORTARIA NO.373, OÉ.27 DE FEVEREIRO DE 2002. NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE (NOAS-SUS 01t}2l A Norma Operacional da Assistência à Saúde 0112002 - NOAS-SUS 01/02 resulta do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão, visando o aprimoramento do Sistema Unico de Saúde. Desenvolvida e planejada como uma estratégia para tornar os Estados mais fortalecldos na gestão e na participação no SUS. Objetiva promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Propõe a regionalização como macroestratégia de reorganização assistencial para garantir acesso da população a ações e serviços de saúde, conduzidos pelas secretarias estaduais de saúde, devendo contemplar: . lógica de planejamento integrado, ou seja, redes articuladas de atenção compreendendo noções de territorialidade e reafirmando o comando único em cada nível de governo; . mecanismos de comunicação e fluxos de inter- relacionamento, otimizando os recursos disponíveis que garantam o acesso dos usuários às ações e serviços de níveis de complexidade necessários paâ a resolução de seus problemas de saúde. São consideradas estratégias para o processo de regionalização: a)Plano diretor de regionalização (PDR); b)Fortalecimento das capacidades gestoras do SUS - compreenÇ.endo estrategias para consolidar o caráter públicô dâ rgêstâó do sistema; c)Atualização dos critérios e do processo de habilitação de estados e municípios. O PDR fundamenta-se: o na conformação de sistemas funcionais e resolutivos de assistência à saúde, por meio da organização de territórios estaduais em regiões/microregiões e módulos assistenciais; . da conformação de redes hierarquizadas de serviços; . do estabelecimento de mecanismos dê fluxos de referê ncia e contra-referênci a inte rmun ici pa i s. O PDR deverá ser elaborado visando garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência, aos serviços vinculados às seguintes responsabilidades: . Assistência pré-natal, parto e puerpério; . Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantis; . Programa Nacional de lmunizaçôes; o Ações de promoção de saúde e prevenção de doenças; . Tratamento das intercorrências comuns da infância; . Atendimento dgs inÍecçóes agudas de maior incidência; r Tratamento clínico e ciúrgico em ambulatório; . ,Tratamentq ,,,'ce distúrbios mentais e psicossociais frêqüentê§i"- ' ' . Côàtrole de doenças bucais comuns; . Suprimento e dispensação de medicamentos da farmácia básica. Conceitos a)Região de Saúde - base territorial de planejamento de atenção à saúde, a ser definida pela Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias de regionalização da saúde em cada Estado, considerando as características demográficas, sócio-econômicas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, entre outras. Dependendo do modelo de regionalização adotado, um Estado pode se dividir em regiões e/ou microrregiões de saúde. b)Módulo Assistencial - é o espaço territorial que disponha da resolutividade correspondente ao primeiro nível de referôncia, podendo ser constituído por um ou mais municÍpios, com área de abrangência mínima a ser estabelecida para cada Unidade Federada. O Módulo Assistencial deve apresentar uma das seguintes características: 302 {. conjunto de municÍpios entre os quais há um Município_ Sede habilitado em Gestão plena de Sistema Municipal (observar alterações na NOAS/SUS 01lO2) côm capacidade de ofertar a totalidade dos procedimentos constantes do anexo 3 da NOAS/SUS 01/01, com suÍiciênciapara sua população e para a população de outros municípios a ele adscritos, ou * um município em Gestão plena do Sistema Municipal com capacidade para ofertar com suficiência a totalidade dos procedimentos constantes do anexo 3 da NOAS/SUS 01101 paru a sua própria população, quando não necessitar desempenhar o papel de referência para outros municÍpios. c) Município-Pólo de uma região ou microrregião _ e aquele que de acordo com a definição da estrátegia de regionalização de cada Estado, apresente papãt de referência para outros municípios, em qualquer nível de atenção. d)Microrregião de Saúde - é a unidade territorial mínimapara qualificação na assistência à saúde, que deverá dispor de complexidade assistencial acima do exiqido oara os Módutos Assistenciais, sendo queie dáfiniçã; de;;rá serfeitanoámbitoestadual,:ll]...1,l,i...ili.,,,'1i' O financiamento da Assistência á Saúde será feito através da amptiação do pAB - fixo e o nnaÀiiaÃãÃto ou, àãoãã do primeiro nível da mêdia complexidadà ambulatoriál se dá com base em um valor per capita nacional. A NOAS.0íl02 institui a Gestão ptenaida Atencão Básica Ampliadd {GPAB-A)'coúô uma dás condições de gestão dos sͧtémas municipais de saúde - pAB ampliado. ";, I O Plano Diretor de Regional lzação bervirá de base e subsidiaú,o processo oe óuarmdã" oãr ,i*riági*;oã sau0e. No que diz respeito à ampliação do acesso e da qualidade da atenção básica, a NOAS/SUS 01/01 instituiu a Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada, e define como áreas de atuação estratégicas mÍnimas para a habilitação nesta condição: o a eliminação da hansenlaiéq , o o controle Oa lÍ'r fignSão àfteriat: , , , ,.r,, 'i::.i'r,, ri i' r: o a saúde da criança, a saúde da mulher e a sándô úüeat. i i Para o financiamento do etenco à" oi#uú'rentos da atenção b_ásica ampliada, foi instituído o pAB_Ampliado, e seu valor fixado em R$10,S0 habitante/ ano. Esse conjunto mínimo de serviços de média complexidade compreende as atividades ambulatoriais, de apoio diagnostico e lerapêutico e de internação hospitalai. O Íinanciamento federal das açôes ambulaíoriais é feito com base em um valor per capita nacional (R$6,00 habitante/ano). Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência de cada Estado, assim como do DF no que couber, independente de sua condição de gestão, deverá ser programado e apresentado da seguinte forma: (u) Relação de todos os municípios da UF, independentemente da sua condição de gestão; (b) Condição de gestão do munióípio ou nível de governo responsável pelo comando único de média e alta complexidade; (c) Parcela de recursos financeiros para o atendimento da população residente sob gestão municipal; (d) Parcela de recursos financeiros para atendimento das referências intermunicipais; (e) Parcela de recursos Íinanceiros para atendimento da população residente sob gestão estadual; (f) Outros recursos sob gestão estadual, alocados nos municípios ou na SES; (g) Limite Financeiro Global da UF, somas dos itens C,D, E,eF. Estabeleceu que cabe aos Estados a gerência de unidades públicas de hemonúcleos/hemocentros e de laboratórios de referência para controle de qualidade, Vigilância Sanitária e Vigitáncia Epidemiológica e gestão sobre o sistema de hemonúcleos/hemocentrós (públicos e privados) e laboratórios de saúde pública. PACTOS PELA SAÚDE 2006 DIRETRIZES OPERACIONAIS DOS PACTOS PELA VIDA, EM DEFESA DO SUS E DE GESTÃO (PACTO VOLUME 1) l: I , Consolidação do SUS O Sistema Unico de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar uma década e meia de existência. Nesses poucos anos, foi construído no Brasil, um sólido sistema de saúde que presta bons seruiços à população brasileira. Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem o compromisso público da construção do PACTO PELA SAUDE 2006, que será anualmente revisado, com base nos princípios constitucionais do SUS, ênfase nas necessidades de saúde da população e que implicará o exercício simultâneo de deÍinição de prioridades articuladas e integradas nos três componentes: . Pacto pela Vida, . Pacto em Defesa do SUS e . Pacto de Gestão do SUS. Estas prioridades são expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso de Gestão e eétao detalhadas no documênto Diretrizes Operacionais do pacto pela Saúde 2006 PACTO PELA VIDA O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentãm impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. A definição de prioridades deve ser estabelecida através de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas às prioridades nacionais, conforme pactuação local. - Os estados/região/município devem pactuar as ações necessárias para o alcance das metas e dos objeúvos propostos. São seis as prioridades pactuadas: . Saúde do idoso; . Controle do câncer de colo de útero e de mama;. Redução da mortalidade infantil e materna; 303 . Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com êníase na dengue, hanseníase, tuberculose, malaria e influenza; . Promoção da Saúde; . Fortalecimento da Atenção Básica. A - SAUDE DO IDOSO Para eÍeitos desse Pacto será considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais. 1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes diretrízes: . Promoção do envelhecimento ativo e saudável; . Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; . Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção: . A implantação de serviços de atenção domiciliar; . O acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitado o critério de risco; . Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; . Fortalecimento da participação social; . Formação e educação perrnanente dos proÍssionaís de saúde do SUs na,ãie.ê.lrue sàüue oà'pêsso*ldoaál',,. Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa ldosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; . ,.P.ͧ.,!l1gÇã.o de coopêração nacionàl e internaciônal das experiências na átenção à saúde da pessoa idosa:.,;;§ =i.q;o desenvolvirnônto,dÊ estudoso pesq ui sa s. ,]f '.-:,:,.,1.l tfqr.r;i=..,.... :':-: '1,1, ':r' ' ' I z - Àçoei estrategicas: r Calemeta de Saúde da Pessoa ldosa - lnstrumento de cidadania com informações relevantes sobre a saÉde da pessoa idosa, possibilitando um melhor àcompanhamento por parte dos prôfissionais de saúdp".. . Manual de Atenção Básica e Saúde para a pessoa ldosa - Para induião de ações de saúde, tendo por reÍerência as diretrizes contidaa na política Nàcíonal de Saúde da Pessoa ldosa. . Programa de Educaçãô permanente à Distáncia - lmplementar programa de educação pêrmanêntê nâ área do envelhecimento e saúde do idoso, voltado para profissionais que trabalham na rede de atenção básica em saúde, contemplando os conteúdos especíÍicos das repercussões do processo de envelhecimento populacional para a saúde individual e para a gestão dos serviços de saúde. . Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso, ' Assistência Farmacêutica - Desenvolver ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da população idosa. . Atenção Diferenciada na lnternação - lnstituir avaliação geriátrica global realizada por equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido ao Programa de Atenção Domiciliar. . Atenção domiciliar - lnstituir esta modalidade de prestação de serviços ao idoso, valorizando o efeito favorável do ambiente familiar no processo de recuperação de pacientes e os benefícios adicionais para o cidadão e o slstema de saúde. B- CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE UTERO E DE MAMA: 1 - Objetivos e metas para o Controle do Câncer de Colo de Utero: . Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo de útero, conforme protocolo, em 2006. . lncentivo da realização da cirurgia de alta Íreqüênclatécnica que utillza um instrumental especial para a retirada de lesões ou parte do colo uterino comprometidas (com lesões intra-epiteliais de alto grau) com menor dano possÍvel, que pode ser realizada em ambulatório, com pagamento diÍerenciado, em 2006. 2 .,M.el?s para o Controle do Cáncer de mama: .1.,:i",Anrp.,liiii,.t,para 60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo. . Realizar a punção em 10ô% dos casos necessários, conforme protocolo. C - REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL: 1 - Objetivos e mêtas parâ a redução da mortalidade infantil . Reduzir a mortalidade neonatal em 5o/o,em 2006. . Reduzir em 50% os óbitos por doença dianéica e Z0o/o por pneumonia, em 2006. , Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para a qualificação da atenção as doenças prevalentes. . Criação de comitês de vigilância do óbito êm B0% dos municípios com população acima de 80.000 habitantes, em 2006. 2 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade materna . Reduzir em 5% a razáo dê mortalidade materna, em 2006. . Garantii'in§umos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto. . Qualificar os pontos de distribuição de sangue para que atendam as necessidades das maternidades e outros locais de parto. D _ FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RÊSPOSTAS AS DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA. 1 - Objetivos e metas para o Controle da Dengue . Plano de Contingência para atenÇão aos pacientes, elaborado e implantado nos municípios prioritários, em 2006: . Reduzir a menos de 1% a infestação predial por Aedes aegypti em 3070 dos municípios prioritários ate 2006; . 2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase: . Atingir o patamar de eliminação enquanto problema de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 304 10.000 habitantes em todos os municípios prioritários, em 2006. . 3 - Metas para o Controle da Tuberculose:. Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano;. 4- Meta para o Controle da Malária. Reduzir em 'l S% a Incidência parasitária Anual, na região da Amazônia Legal, em 2006; . 5 - Objetivo para o controle da lnfluenza. lmplantar plano de contingência, unidades sentinelas e o sistema de informação - SlVEpGRlpE, em 2006. E - PROMOÇÃO OR SAUDE 1 - Objetivos: . Elaborar e implementar uma política de promoção da Saúde, de responsabilidade dos três gestores;. Enfalizar a mudança de comportamento da população brasileira de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular,- alimentação adequada e saudável e"ôombatá ao . Articular e promoúer os diversôs . programai d" promoção de atividade física já eilsteÀies e afoiar a criação de outros;. ;;;;;;;;;;;;; concretas ' fero hábito da alimentação saudável; . Elaborar e pactuar a política Nacional de promoção da Saúde que contemple as especifcidades próprias dos estados e múnicípioi oeveàOo iniciar sua F - FORTALECTMENiO DA AiENÇÃO eÁSrcn : ttll l - :'- ;' :_ 1 : Obietivos -. - Assumir a estiâtfui, J" *rOO" da famítia como' "'estratégia...priãritária óàia.".o fbrtahcimento da ,atenção básiba, dávóneo iáu,,detenvolvimento considerar ás Oifeiénças loio-regionais.. Desenvolvei ,açôês dó qualificação dos profissionais da atenção básica por meio dei.:l estrategias de educação pàrmanànte e de oferta de cursos de espeCiatização e iigsidgncia,,.: multiprofissional e em medicina da família.. Consolidar e qualificar a estratégia dà saúde da família nos pequenos e médios municípios.. Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família nos grandes centros urbanos.. Garantir a infra-estrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas para esses serviços. . Garantir o Íinanciamento da Atenção Básica como responsabilidade das três esferas de gestão do SUS. . Aprimorar a inserção dos proflssionais da Atenção Básica nas redes locais de saúde, por meio de vínculos de trabalho que favoreçam o provimento e fixação dos profissionais. . lmplantar o processo de monitoramento e avaliação da Atenção Básica nas três esferas de governo, com vistas à qualificação da gestão descentralizada. . Apoiar diferentes modos de organização e fortalecimento da Atenção Básica que considere os princípios da estratégia de Saúde da FamÍlia, respeitando as especifi cidades Ioco_regionais, PACTO EM DEFESA DO SUS DIRETRIZES O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro deste pacto deve considerar as seguintes diretrizes: 1 - Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Unico de Saúde estabelecidos na Constituição Federal.. Desenvolver e articular ações, no seu ámbito de ,,."r,,,, eompêtênçia e em conjunto com os demais gestores, ;j.",.,;i,i,'quê visem qualificar e assegurar o Sistema único de Saúde como política pública. 2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar através de iniciativas que busquem: . A repolitização da saúde, como um movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando_a dos desafios atuais do SUS; . A Promoçâo da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito; . A garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema; 3 - Açôes do Pacto em Defesa do SUS; As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar:. Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito; . Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS; l ,.Ampliação e fortalecimento das relações com os , môvjmenios sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania; . Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; . Regulamentação da EC no 29 pelo Congresso Nacional, com aprovação do pL no 01/03, já aprovado e aprimorado em três comissões da Câmara dos Deputados; . Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas em açÕes e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal. PACTO DE GESTÃO . Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos aspectos da Descentra lzação; . Regionalização; Financiamento, planejamento; Programação Pactuada e lntegrada - ppl; Regulação; 305 . Participação Social e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS Premissas da descentralização Buscando aprofundar o processo de descentralização, com ênfase numa descentralização compafiilhada, são fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este processo: . Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de políticas, participação no co-financiamento, cooperação técnica, avaliação, regulação, controle e fiscalização, além da mediação de conflitos; . Descentralização dos processos administrativos relativos à gestão para as Comissões lntergestores Bipartite; . As Comissões lntergestores Bipartite são instâncias de pactuação e deliberação para a realizaÇão dos pactos intraestaduais e a deÍinição l,de ,.mpdelos organizacíonais, a nqdir ,. de ,: diretriaes' e nolmas pactuad as n a Corni§sáô,, lhtêlgêstôres Tripartite; . As deliberaçÕes das Comissões lntergestores Bipartite e Triparlite devem ser por consenso; . A Comissâo ilntêrgestores Tripârtite e o Ministé;;io da Saúdê prg-movêrão ' ê âpôiarâô procês§ô de quafiÍicação 'pérmqnente para as Oomissões lntergestores Bipartite; . O detalhamento deste processo, no que se reÍere à descentralização de açôes realizadas hoje pelo .,1111,ri rio, da Saúde, ,será ôbjêtô de portaria e§pecífica. Regionálizaçro ,,. , .. n RbgionalizaçQo é ufiâ diretriz do Sistema Único de Sli$de e um eixo êstfyturántê do Pâütô de Gestão e devô,qfíentar: a descentt:allzaçfio das aÇões ê serviços de. saúde. e,,os prorcs 'de_negoclaçáo'e paetuação entre os gestores. . Os principais insfuméntos de planejamento da Regionalização são o Plano Diretol de,Regionalizaçâo - PDR, o Plano Diretor de lnve§timento - PDI ê â Programação Pactuada e lntegrada da Atenção em Saúde - PPl, detalhados no corpo deste documento. . O PDR deverá expressar o desenho final do processo de identiÍicação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes Íormas, em cada estado e no Distrito Federal, objetivando a garantia do acesso, a promoção da equidade, a garantia da integralidade da atenção, a qualificação do processo de descentralização e a racionalização de gastos e otimização de recursos. . Para auxiliar na função de coordenação do processo de regionalização, o PDR deverá conter os desenhos das redes regionalizadas de atenção à saúde, organizadas dentro dos territórios das regiÕes e macrorregiões de saúde, em adiculação com o processo da Programação Pactuada lntegrada. . O PDI deve expressar os recursos de investimentos para atender as necessidades pactuadas no processo de planejamento regional e estadual. No âmbiio regional deve refletir as necessidades para se alcançar a suficiência na atenção básica e parte da media complexidade da assistência, conforme desenho regional e na macrorregião no que se refere à alta complexidade. Deve contemplar também as necessidades da área da vigilância em saúde e ser desenvolvido de forma articulada com o processo da PPI e do PDR. Objetivos da Regionalização: . Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde cuja complexidade e contingente populacional transcenda a escala local/municipal; . Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a eqüidade, ampliando a visão nacional dos problemas, associada à capacidade de diagnóstico e decisão loco-regional, que possibilite os meios adequados paru a redução das dêsigualdades no acesso às ações e serviços de saúde existentes no país; . Garantir a integralidade na atenção a saúde, ampliando ô conceito de cuidado à saÚde no processo de reordenamento das ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação com garantia de acesso a todos os níveis de complexidade do sistema; . Potencializar o processo de descentralização, fortalecendo estados e municípios para exercerem papel de gêstores e para que as demandas dos diferentes interesses loco-regionais possam ser organizadas e expressadas na região; . Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possibilitando ganho em escala nas ações e serviços de saúde de abrangência regional, Regiões de Saúde , As Regiões de Saúde são recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir _de identidades culturais, econômicas e sociais, de,.'' ê§i ê comunicação e infra-estrutura de transportes compartilhados do território; . A Região de Saúde deve organizar a rede de ações e serviços de saúde a fim de assegurar ocumprimento dos princÍpios constitucionais de universalidade do acesso, eqüidade e integralidade do cuidado; . A organização da Região de Saúde deve favorecer a ação cooperativa e solidária entre os gestores e o fortalecimento do controle social; 0rrlénos para a composçôo aa Região de Saúde. expressa na PDR: ,Conttguúade enue os munibtpios. .ÊespêlÍo á identidade exprêsôâ no cotidtanl soctbl económlço e cullura! ,§rislência de lnfra-eslrrdurc de lranspoffes e de redes de contunicaçã0, qüe permfta ü tánsttô das pessoas ení"Ê os fiilnlc/plos; .fxlsÍêncla de /luxos asslsfenü,als que devem ser arYerados, se necessário. para a organizaçãc da rede de atenção à saúde. As regiÕes podem ter os seguintes Íormatos: 306 * Regiões intraestaduais, compostas por mais de um município, dentro de um mesmo estado; * Regiões lntramunicipais, organizadas dentro de um mesmo município de grande extensão territorial e densidade populacional; t Regiões lnterestaduais, conformadas a partir de municípios limÍtrofes em diferentes estados; n Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de municípios limítrofes com países vizinhos. . Nos casos de regiões fronteiriças o Ministério da Saúde deve envidar esforços no sentido de promover articulação entre os paÍses e órgãos envolvidos, na perspectiva de implementação do sistema de saúde e conseqüente organização da atenção nos municípios fronteiriços, coordenando e fomentando a constituição dessas Regiões e participando do colegiado de gestão regional. Mecanismos de Gestão Regional . Para qualiÍicar o processo " de region aÍlização, buscando a garantia e o apiimoramenió dos priÀCipios do SUS, os gestores de saúde da Região deverão constituir um espaço permanente de pactuação e co- gestão solidária "e cooperativa através de um Colegiado Og GàsFo Regional. A denominação e o funcÍonamento do Colegiado devem ser acordados na otB; . O Colegiado de Gestão Regional se constitui num espaço de decisão atraves da identiÍicação, definição de prioridades e de pactuação de soluções para a organização de uma rede regional de ações e serviços de atenção à saúde, integrada e resolutiva; ' , O. Côlegiado,r'deve ser,r.iOrmadO, ,,pelos gestores municipais de saúde do conjunto de municípiàs e por representantes do(s) gesto(es) estadual(ais), sendo as suas decisões sempre por consenso, pressupondo o envolvimento e comprometimento do'conlunto Oeg".tà i :osaornpromissospaotuadog;,l : l . t ,,:, -;rf":.',. Financiamento os brocos de Íinanciamento parà ; l;siiiú,§árt 'i ,, , ! Atenção de média e alta complexidade > Vigilância em Saúde F Assistência Farmacêutica a) O financiamento da Atenção Básica e de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, sendo que os recursos federais comporão o Bloco Financeiro da Atenção Básica dividido em dois componentes: F Piso da Atenção Básica e; > Piso da Atenção Básica Variável Seus valores serão estabelecidos em portaria específica, com memorias de cálculo anexas. O Piso de Atenção Básica - PAB consiste em um montante de recursos financeiros, que agregam as estratégias destinadas ao custeio de ações de atenção básica à saúde; Os recursos financeiros do pAB serão transferidos mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos MunicÍpios e do Distrito Federal. O Piso da Atenção Básica Variável - pAB Variável consiste em um montante financeiro destinado ao custeio de estratégias específicas desenvolvidas no ámbito da Atenção Básica em Saúde. O PAB Variável passa a ser composto pelo financiamento das seguintes estratégias: . Saúde da Familia, ; Agentes Comunitários de Saúde, > Saúde Bucal; ) Compensação de especificidades regionais ) Fator de incentivo da Atenção Básica aos povos ,.r, .. ..,.166iggn6s. Município que aderir e implementar as estratégias específicas a que se destina e a utilização desses recursos deve estar definida no plano Municipal de Saúde; > O PAB Variável da Assistência Farmacêutica e da Vigiláncia em Saúde passam a compor os seus Blocos de Financiamento respectivos. Compensação de Especificidades Regionais é um montante financeiro igual a S% do valor mínimo do pAB fixo multiplicado pela população do Estado, para gue as ClBs definam a utilização do recurso de acordo com as especificidades estaduais, podendo incluir sazohalidade, migrações, diflculdade de Íixação de profissionais, lDH, indicadores de resultados. Os critérios definidos devem ser informados ao plenário da CIT. b) Financiamento para a Atenção de Media e Alta Gomplexidade . ôs recursos correspondentes ao Íinanciamento dos procedimentos relativos à média e alta complexidade em saúde compõem o Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios. . Os recursos destinados ao custeio dos procedimentos pagos atualmente através do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação - FAEC serão incorporados ao Limite Financeiro de cada Estado, Município e do Distrito Federal, conforme pactuação entre os
Compartilhar