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Resenha crítica - PPP

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Faculdade Estácio Idez
Aluno(a): Cynthia Morais Vilar de Araújo Matrícula: 201703500385
Curso: Administração de Empresas Disciplina: Teoria dos Jogos
Professor: Saulo Monteiro
 Resenha crítica - O princípio do poluidor pagador: da eficiência econômica à realização da justiça.
No artigo O princípio do poluidor-pagador: da eficiência econômica à realização da justiça, o autor Carlos da Costa e Silva Filho apresenta de forma aprofundada, pontos como as externalidades ambientais negativas, as teorias de Pigou e de Coase, a tripla dimensão do princípio do poluidor-pagador e o princípio do ônus social. O autor destaca o quão prejudicial se tornam essas externalidades ambientais negativas, não apenas do ponto de vista ecológico, mas do ponto de vista econômico e social, visto que as empresas que se beneficiam por poluir o meio ambiente, não ter nenhum custo com essa prática, pois geralmente são praticados em ambientes “sem dono”, impactando diretamente no valor final de seu produto, tornando-o mais barato, podendo levar à escassez do recurso natural que fora utilizado. Para a sociedade que consome, esse é o barato que sai caro, pois, a conseqüência da poluição que é gerada no meio ambiente, acaba sem nenhuma punição para a instituição que a gerou, afetando assim, a sociedade. Nesse caso, a Lei nº 6.938 de 1981 citada no artigo, se faz necessária, para que as instituições se tornem as únicas responsáveis pela degradação que foi gerada ao meio ambiente, não apenas de forma financeira, mas que tenham a obrigação de reconstituir o meio ambiente, investir em equipamentos ou recursos não poluentes e promover o bem estar à sociedade que foi prejudicada.
Já as teorias de Pigou e Coase falam sobre a importância da internalidade dessas externalidades, onde na teoria de Pigou, a maneira ideal para solução das externalidades negativas se dá através da intervenção do estado, onde o mesmo estabelece os limites de poluição do ambiente, os incentivos para substituição de equipamentos que gerem menos danos ecológicos e cobrança de impostos sob aquela atividade econômica. Ao contrário de Pigou, Coase acredita que não deveria haver essa intervenção por parte do Estado, onde as externalidades poderiam ser resolvidas por meio de um acordo entre as empresas poluentes e a sociedade que é afetada, e pra que seja possível essa negociação privada, são necessários que os direitos de propriedade sejam bem definidos, além dos baixos custos de transação. O fato é que a internalidade sugerida por Pigou, que é feita através da intervenção governamental se mostra mais eficiente, visto que, os acordos privados sugeridos por Coase, não tem efeito à longo prazo, o que pode ocasionar em uma escassez de recursos naturais e danos ambientais.
Quando se fala sobre o princípio do poluidor-pagador, deve-se ressaltar a sua importância para com o meio ambiente, mesmo que muitos que a aderem, não sejam com essa finalidade (de preservação), mas o fato de incorporar este princípio já causa efeitos positivos do ponto de vista ecológico. O que se faz necessário é uma maior conscientização por parte das organizações, do conceito de poluição ambiental, além de cobrar mais por cada nível de poluição excedido ao permitido, pois infelizmente a conscientização quando pesa no bolso da organização, acaba sendo mais eficaz. Já o princípio do ônus social, defende que o princípio do poluidor-pagador não deveria ser intitulado como uma obrigação para todas as organizações, gerando custos desnecessários para empresas não poluentes, e discordo neste ponto, visto que mesmo que uma organização não prejudique o meio ambiente através das suas atividades, se faz necessária a conscientização, e esse “custo” vai agir de maneira preventiva para que essa empresa não venha causar danos ambientais futuramente, pois o nosso planeta já está ameaçado demais, e qualquer atitude preventiva já estará ajudando na manutenção do meio ambiente.

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