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SACHA FERNANDES - P3 B Leishmaniose Classificação Filo: Sarcomastigota Subfilo: Mastigophora Ordem: Kinetoplastida Trypanosomatidae Gênero: Leishmania Sub-gênero: Leishmania e Viannia Morfologia Amastigota Intracelular no hospedeiro vertebrado Bolsa flagelar - flagelo Núcleo grande e arredondado Cinetopasto - forma de bastão, localizado próximo ao núcleo Promastigota Prócíclica Metacíclica Infectante para Hospedeiro Vertebrado Trato digestivo do HI Flageno livre e longo Núcleo central Cinetoplasto - forma de bastão Paramastigota Flagelo curto Aderem-se ao epitélio intestinal através dos flagelos Tipos Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) Tegumentar cutânea - ulcerações na pele Tegumentar cutânea-mucosa Tegumentar cutânea-difusa Leishmaniose Visceral (LV, calazar) Acomete os sistemas viscerais Leishmaniose Tegumentar do velho mundo Não existe no Brasil Vetores Família: Psicodidae Sub-família: Phelbotominae Mosquito flebotomineos ( "palha" ou "birigui") Gênero: Lutzomyia Ciclo Biológico Transmissão Via vetorial e outros - Picada do vetor Lutzomyia Inocula forma paramastigota no hospedeiro vertebrado Hematofagismo Macrófagos parasitados com amastigotas de Leishmania Trato digestivo anterior - Estômago - Se rompem Liberam Amastigotas Divisão binária (se multiplicam) Promastigotas Próciclicas Divisão e multiplicação por difusão binária São envolvidas por membrana peritrófica que se rompe Podem seguir dentro do inseto vetor por dois caminhos Subgênero Viannia Subgênero Leishmania Intestino (Piloro e Íleo) Paramastigotas Parte permanecem aderidas pelo flagelo ao epitélio intestinal Parte continua se dividindo Promastigotas Aparelho picador Faringe Infectantes Estômago Paramastigotas Colonização no esôfago e faringe Diferenciação Promastigotas Metaciclogênese Promastigotas Metaciclicas Fagositose SFM da pele do hospedero Amastigota Fagocitose por novas células Divisão binária e rompimento do macrófago Gênero Lutzomya Hematofagismo no hospedeiro verttebrado Regurgita, inocula no orifício da picada Mais resistentes a ação microbicida dos macrófagos Interação parasito-célula hospedeira Saliva do vetor Papel anticoagulante, vasodilatadora e antiagregação de plaquetas, favorecendo o fluxo sanguíneo e a linfa intersticial. Sistema complemento do hospedeiro vertebrado Moléculas de superfície do protozoário como Gp63 e LPG LTA Patogenia e Aspectos Clínicos da LTA Lesão inicial ocorre no local da picada do inseto. A pápulas pruriginosas e avermelhadas podem regredir ou evoluir - Úlcera leishmaniótica típica Leishmaniose cutânea Formação de úlcera típica isolada (L braziliensis), ou múltiplas (L guyanesis) Leishmaniose Cutâneo-mucosa Leishmania (V) braziliensis Leishmania (V) guyanensis Úlceras desfigurantes na mucosa e na pele que geram dificuldades na fala, respiração e alimentação. Óbito como consequência das infecções secundárias. Leishmaniose cutâneo-difusa Leishmania (L) amazonenses Lesões não ulcerativas (difusas com erupções papulares ou nodulares não ulceradas) Diagnóstico Características da lesão apresentada, associada com anamnese. Laboratorial: pesquisa do protozoário ( esfregaços corados; histopatológico; cultura; inoculo em animais); ou por métodos imunológicos - Teste de Montenegro LV Patogenia e Aspectos Clínicos da LV O protozoário atinge as vias linfáticas e promove uma disseminação hematogênica- linfática, chagando aos órgãos linfoides ( linfonodos, baço) ou mesmo órgãos ricos em macrófagos (fígado). Alterações esplênicas Alterações hepáticas Alterações no tecido hemocitopoiético Alterações nos linfonodos Alterações renais Alterações pulmonares Alterações no tubo digestivo Alterações cutâneas Hiperplasia e hipertrofia das células do SFM do baço. Acometimento das células de Kupffer, causando dilatação dos sinusóides hepáticos. Gera hipertensão e ascite. Glomerulonefrites e albuminúria. Paneumonite e broncopneumonias que podem levar ao óbito. Pancitopenia, anemia, leucopenia, plaquetopenia, etc. Hipertrofia dos linfonodos. Edema e alongamento das vilosidades, gerando quadros de diarreia. Descamação e queda de cabelo. Diagnóstico Clínico Sinais e sintomas apresentados, associados a história de residência em área endêmica. Laboratorial Material obtido de aspirado da medula óssea, baço, fígado e linfonodo, através de esfreços em lâmina de vidro, corados com Giemsa. A punção de medula óssea é mais simples e de menor risco. Imunológicos RIFI ELISA Tratamento Leishmanioses Antimoniato de N-metilglucamina ( Glucantime) Estibogluconato de sódio (Pentostan) Profilaxia Repelentes, mosquiteiros. construção de casas em áreas longe da mata, saneamento básico, diagnóstico e tratamento dos doentes, eliminação ou tratamento dos cães com sorologia positiva, combate as formas adultas do inseto. No Brasil LTA Leishmania (V) guyanensis Leishmania (L) amazonesis LA Leishmania (L) chagasi Principais vetores Lutzomyia longipalpis Lutzomyia cruzi Leishmania (V) brasiliensis Principais vetores Lutzomyia whitmani Lutzomyia wellcomei Outros SACHA FERNANDES - P3 B Filariose Linfática (Elefantíase) Agente etiológico Transmissores Wuchereria bancrofti (Parasitas nematoides) Mosquitos do gênero Culex, Anopheles, Mansonia e Aedes Brugia malayi e B. timori Características - Seres humanos (ambos os sexos e todas as idades); - Diversas manifestações (Elefantíase); -Diversas manifestações (Elefantíase) - Continente americano: W. bancrofti; Epidemiologia - OMS: 80 países endêmicos; - 115 milhões (infectados) e 900 milhões ( risco); - Américas: 300 mil infectados e 7,6 milhões ( risco); - Nas Américas, esta parasitose está presente em quatro países: Haiti, República Dominicana, Guiana e Brasil. Classificação - Filo: Nemathelminthes - Classe: Nematoda - Ordem: Spirurida - Família: Onchocercidae - Gênero: Wuchereria - Espécie: W. bancrofti; Brugia nalayi e B. timori Morfologia Vermes adultos - Macho - Fêmea Microfilaria (embrião) Larvas Inseto vetor Aspectos Biológicos Vermes adultos - Vasos linfáticos e linfonodos (enrolados) - Pélvica (pernas e escroto), mamas e braços - Média de vida: 4 a 8 anos (até 17 anos) - Maturidade sexual: 1 ano. Microfilárias Capilares profundos (pulmão) Periodicidade noturna Movimentos ativos Microfilaremia Diversas hipóteses Horário de hematofagismo do vetor Encontro da microfilária com o mosquito Culex quinquefasciatus Dípteros da família Culicidae Regiões tropicais e subtropicais Doméstica, antropofílica, hábitos noturnos Proliferam em águas paradas limpas ou com dejetos Transmissão Picada do inseto vetor Fatores que interferem • Sobrevivência e penetração ativa da larva • Desenvolvimento dos dois sexos no mesmo vaso linfático • Nº de larvas e de picadas infectantes Ciclo Biológico Tipo heteroxênico - Fêmea do Culex quinquefasciatus realiza hematofagismo em pessoas parasitadas; - Ingere microfilárias que no estômago do mosquito; - Perdem a bainha, atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral e migram para o tórax; - Alojam-se nos músculos torácicos e transformam-se em uma larva: salsichoide ou L1. - 6 dias depois da infecção: ocorre a primeira muda originando a L2, que cresce muito; - 10 a 15 dias depois: segunda muda transformando-se em larva infectante (L3), que migra pelo inseto até alcançar a probóscida (aparelho picador), concentrando-se no lábio do mosquito. - No novo repasse sanguíneo, as larvas L3 escapam do lábio, penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro, migram para os vasos linfáticos, tornam-se vermesadultos; - 7 a 8 meses depois: as fêmeas grávidas produzem as primeiras microfilárias. Patogenia Manifestações x vermes adultos Gânglios ou vasos linfáticos • Ação mecânica • Ação Irritativa Obstrução total ou parcial dos vasos; Estase linfática e linfagiectasia; Dificuldade circulatória Acúmulo de linfa - linforragia Derramamento linfático ou linforragia Tecidos Cavidade abdominal Túnica escrotal Vias urinárias Edema Ascite linfática Linfocele Quilúria Ação irritativa Presença dos vermes nos vasos linfáticos Produtos do metabolismo dos vermes e morte Processos inflamatórios Linfangite Adenite Lesões genitais Eosinofilia Pulmonar Tropical Hiper resposta imunológica antígenos filariais Aumento de IgE e eosinofilia Infiltração pulmonar Fibrose Elefantíase Processo inflamatório Hipertrofia do tecido conjuntivo Dilatação dos vasos linfáticos Edema linfático Fibrose crônica Aspectos clínicos Assintomática ou subclínica • Microfilárias no sangue • Não apresenta sintomatologia • Danos nos vasos linfáticos ou sistema renal Manifestações agudas • Linfangite (membros) • Adenite (inguinal,axilar e epitrocleana) • Febre e mal estar Manifestações crônicas • Linfedema • Hidrocele • Quilúria • Elefantíase Diagnósticos Clínico - Área endêmica Febre recorrente, associada a adenolinfagite - Eosinofilia Pulmonar Tropical Alterações pulmonares, eosinofilia sanguínea e altos níveis de IgE total Laboratoril - Métodos Parasitológicos: microfilaria e v. adultos - Métodos Imunológicos: antígenos e anticorpos - Métodos de Biologia Molecular: DNA Parasitológico - Gota espessa Microfilarias no sangue Coleta das 23 a 1 horas - Filtração em Membrana de Policarbonato Microfilarias no sangue Técnica de concentração Padrão ouro Capaz de detectar baixas parasitemias - Técnica de Knott Pesquisa de microfilarias no sangue Técnica de concentração (formalina a 2%) - Pesquisa de vermes adultos Ultrassonografia Presença e localização dos vermes vivos Amicrofilarêmicos portadores de v. adultos Técnica não invasiva Imunológico - Pesquisa de antígenos circulantes ELISA (ac Og4C3) Baixa sensibilidade e boa especificidade Sem horário de coleta Imunocromatografia (nitrocelulose) ITC Uso do anticorpo monoclonal AD12 Teste simples (campo) Alta especificidade Caro - Pesquisa de antígenos Cartão do teste de ITC (teste de imunocromatografia rápida) - Pesquisa de anticorpos ELISA (ag recombinante Bm14) IgG4 (detecta IgG4) Alta sensibilidade e especificidade - Pesquisa de DNA PCR Alta sensibilidade e especificidade Sangue, urina e saliva Epidemiologia Fatores importantes - Presença do mosquito Culex quinquefaciatus - HOMEM única fonte de infecção - Temperatura ambiente elevada (25 a 30 C); - Umidade relativa do ar alta (80% a 90%) - Tempo de residência na área endêmica; - Taxa de infectividade dos mosquitos vetores. Tratamento Dietilcabamazina (DEC) Segundo a OMS 6 mg/Kg via oral por 12 dias Microfilarias e vermes adultos (relativa) Ivermectina Dose única: 200 400 µg/Kg Não atua sobre vermes adultos Microfilaremia reaparece Dietilcarbamazina + Ivermectina Dietilcarbamazina + Albendazolopic Sacha Fernandes - P3 B Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Classificação Filo:Sarcolastigophora Subfilo: Mastigophora Classe: Zoomastigophora Subordem: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma Ordem: Kinetoplastida (presença de organela cinetoplasto) Protozoário flagelado Barbeiro Morfologia Amastigota Dentro da célula do hospedeiro vertebrado; forma esferoidal ou oval, com membrana única. Núcleo grande e excêntrico; flagelo oculto presente na bolsa flagelar. Seu cinetoplasto apresenta-se em forma de bastão e está localizado entre o núcleo e a bolsa flagelar. Se multiplica por divisão binária e, ao eclodir as células do hospedeiro vertebrado, diferencia-se em tripomastigota sanguínea. Tripomastigota Sanguínea (TS) Sangue do hospedeiro vertebrado Metacíclica (TM) Transmissão vetorial. Está no intestino posterior (reto) do hospedeiro invertebrado e penetra no orifício da picada. Epimastigota Multiplica-se no hospedeiro invertebrado; forma um pouco mais alongada que a amastigota; seu cinetoplasto está em posição anterior ao núcleo. flagelo mais iminente que se inicia no terço médio da célula. Diferencia-se em TM, sendo liberado pelo vetor através das fezes ou urina. Ciclo biológico 1. O vetor infectado, após repasto sanguíneo, defeca e lança na pele lesada a forma TM que penetram e invadem as células do hospedeiro vertebrado. 3. O rompimento da célula parasitada causa liberação de TS. 4. A TS circundante pode penetrar em outra célula, retomando a etapa 1, ou pode também ser ingerida pelo triatomíneo. 5. A forma TS chega ao estômago do triatomíneo, transformando- se para forma epimastigota no intestino posterior do babeiro, através de multiplicação binária. 6. A forma epimastigota transforma-se em TM no reto do barbeiro, passando para as fezes e tornando-se apto a penetrar em células do hospedeiro mamífero, reiniciando o ciclo. Transmissão Vetor Maior importância epidemiológica; penetração de TM. Sanguínea Congênita Oral Transplacentária Transplante de órgãos Alimentação contaminada por fezes e urina de triatomíneos infectados; Segundo mecanismo de importância epidemiológica. Aleitamento materno Sexual Patogenia Fase Aguda Alta parasitemia; infiltração fugaz de leucócitos polimorfonucleados; Esta fase inicia-se através das manifestações locais quando o T. cruzi penetra. Pose ser sintomática ou assintomática. Sinal de Romanã - na conjuntiva Chagoma de inoculação - pele (tumoração cutânea); Manifestações gerais: febre, edema localizado e generalizado, poliadenia, hepatomegalia, esplenomegalia e, as vezes, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas. Fase Crônica Baixa parasitemia; monócitos e linfócitos predominam nos exsudatos inflamatórios. Assintomática: positividade de exames sorológicos e;ou parasitológicos; ECG normal; coração esôfago e cólon radiologicamente normais. Sintomática Ambos 2. Dentro da célula, a forma tripomastigota se converte em amastigota, que se multiplica por divisão binária. Sist. cardiovascular (forma cardíaca) Alterações morfológicas e funcionais -> macanismos de compensação insuficientes -> retardamento da circulação e hipóxia -> ICC Sist. digestivo (forma digestiva) Megaesôfago e Megacólon. Constipação intestinal, obstrução ou perfuração intestinal e peritonite. Diagnóstico clínico Sintomas clínicos Fase aguda: alta parasitemia; pesquisa direta do T. cruzi; técnicas sorológicas (IgM e IgG); biologia molecular (PCR). Fase crônica: bBaixa parasitemia; pesquisa indireta do T. cruzi; técnicas sorológicas ( IgG); biologia molecular (PCR). Exames parasitológicos Encontrar TS no HV: método direto: exame de sangue em gota espessa e esfregaço sanguíneo corado pelo Giemsa. Método indireto: xenodiagnóstico e hemocultura. Exames sorológicos RIFI ELISA RHA Tratamento Objetivo: supressão da parasitemia e os efeitos patógenos. Indicado na fase aguda da doença. Na fase crônica é indicado apenas controle das sequelas caso o indivíduo seja sintomático. Nifurtimox Benznidazol Efeito contra formas sanguíneas e parcialmente contra formas teciduais. Efeito contra forma sanguínea. Profilaxia Melhoria das habitações rurais. Combate ao barbeiro com organização de campanhas (uso de inseticidas); Controle do doador de sangue. Levantamento das espécies implicadas. Controle da transmissão congênita. SACHA FERNANDES - P3 B Malária Importância Classificação Morfologia Problema de saúde mundial OMS - 90 países - 40% da população Estima-se anualmente o surgimento de 300 a500 milhões de novos casos que levam de 1,5 a 2 milhões de mortes por ano Brasil Maior nº da casos na região amazônica +- 560.000 casos anuais 99% dos casos Condições ambientais e socioculturais - Rondônia 64,4 / 1000 hab. - Amazonas 46,3 / 1000 hab. - Pará 17,6 / 1000 hab. 50% da totalidade dos casos Principais espécies - P. vivax (terçã benigna) - 79% - P. falciparum (terçã maligna) - 20% - P. malariae (quartã benigna) - 1% Filo Apicomplexa Classe Sporozoea Família Plasmodiidae Gênero Plasmodium Extracelulares Intracelulares Esporozoítos Merozoítos Trofozoíta Esquizonte Gametócitos Macrogametócitos: femininos Microgametócitos: masculinos Agente etiológico Plasmodium Vivax Malarie Ovale (Africa) Falciparum Ciclo biológico do Plasmodium sp. Possuem complexo apical Picada da fêmea do gênero Têm nas suas glândulas salivares as formas esporozoítas do Plasmodium. Inoculadas no tecido subcutâneo do hospedeiro vertebrado Alcançam a circulação sanguínea linfática. Em cerca de 30 min. são encontrados no fígado, onde reconhecem o sistema hepático, se aderem e invadem Transformação em trofozoíto (trofozoítos teciduais) Processo de esquizogonia Formando Esquizonte que se dividem Originando merozoítos (merozoítos teciduais) Plasmodium vivax e flaciparum Adquirem a forma de hipnozoítos; ficam latentes no interior dos hepatócitos Formação dos merozoítos Romper os hepatócitos e serão liberados, alcançando o interstício e a circulação sanguínea. Quando invadem as hemácias se transformam em trofozoítos jovens e posteriormente em trofozoítos maduros Esquizogonia Dando origem ao Esquizonte, que sofre divisão Origina merozoítos sanguíneos Ruptura do eritrócito, liberação e invasão de novos eritrócitos nao parasitados Continuação do ciclo Não se transformam em trofozoítos jovens Se transformam em macrogametócitos ou microgametócitos e elas não irão evoluir no hospedeiro vertebrado, apenas quando forem ingeridas pelo vetor da Malária Esfragelação Os microgametócitos irão dá origem a 8 microgametas e cada macrogametócitos dão origem a 1 macrogameta Cada microgameta vai fecundar o macrogameta, formando o ovo zigoto encistando na camada epitelial do órgão Ooscito Divisão esporogônica Ruptura da parede Esporozoítos são liberados Atingem as células das glândulas salivares do mosquito. Transmissão Picada do inseto (esporozoítos) Transfusão sanguínea Transplante de órgãos Infecção congênita Características biológicas Hospedeiro invertrebrado: Mosquito fêmea do gênero Anofheles Ciclo sexuado Hospedeiro vertebrado Homem Ciclo assexuado Patogenia Ciclo eritrocítico Destruição dos eritrócitos Liberação dos parasitos Metabólitos (hemozoína) Resposta do hospedeiro Alterações funcionais Manifestações clínicas Anemia Destruição dos eritrócitos Parasitados e não parasitados Aumento da fagocitose esplênica Participação de auto anticorpo Disfunção da M. óssea por citocinas ( deseritropoiese) Toxicidade pela liberação de citocinas Febre e mal estar Ruptura das hemácias Liberação de citocinas: TNF ά ,IL 1, IL 6 e IL 8 ↑ TNF ά Lesão endotelial Inibição da gliconeogênese Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar Modificação na superfície do eritrócito parasitado Proteínas do parasito (PfEMP1) Adesão ao endotélio capilar e rosetas ICAM 1; CS A e CD 36 Lesão capilar por imunocomplexos Deposição de imunocomplexos (Ag Ac) Lesões teciduais Glomérulos (alterando a permeabilidade) Perda maciça de proteínas Ruptura das hemácias Presente em todos os tipos de malária Merozoítos invadem hemácias em diferentes estágios • P. falciparum : invade hemácias jovens e maduras • P. vivax : invade apenas hemácias jovens • P. malariae : preferência por hemácias maduras Aspectos clínicos Fase inicial Mal estar, cefaléia, cansaço e mialgia Ataque agudo (acesso malárico) Calafrio Náuseas Vômito Febre (41 C) 2 a 6 hs Sudorese profunda Prostração Plasmodium falciparum Acesso malárico: 36 48 horas Malária grave (diagnóstico e tratamento precoce) Malária cerebral, hepática, renal e anemia grave Pode ser fatal Plasmodium vivax Acesso malárico: 48 horas Principais complicações: Anemia e alterações esplénicas Plasmodium malariae Acesso malárico: 72 horas Principais complicações: Síndrome nefrótica e anemia discreta Imunidade Propensão as formas graves Crianças: 4 meses aos 5 anos Gestantes Indivíduos de região não malarígena Diagnóstico Diagnóstico clínico Observar os sintomas da doença Diagnóstico epidemiológico Pesquisar a procedência da pessoa - onde mora, trabalha ou se veio de região endêmica Diagnóstico laboratorial Fazer exame de sangue Gota espessa (padrão ouro) Esfregaço delgado sanguíneo Teste rápido Testes imunológicos PCR Profilaxia Tratamento imediato dos casos diagnosticados Busca de casos e investigação epidemiológica Orientação à população quanto à doença Uso de repelentes, mosquiteiros impregnados e roupas protetoras Telas em portas e janelas Borrifação residual em todas as casas Aplicação espacial de inseticidas nos horários de maior densidade vetorial Aplicação de larvicidas em criadouros do vetor Controle vetorial Tratamento P. vivax, P. ovale Cloroquina em 3 dias e Primaquina em 7 dias (esquema curto) - 150mg - Primaquina infantil: comprimidos de 5mg - Primaquina adulto: comprimidos de 15mg. P. malariae e P. vivax, P. ovale (gestantes e crianças 6 meses) Cloroquina em 3 dias - 150mg Cloroquina em 3 dias e Primaquina em 14 dias (esquema longo) P. falciparum Combinação fixa de artemeter + lumefantrina em 3 dias. - 20mg de artemeter e 120mg de lumefantrina. Combinação fixa de Artesunato mefloquina em 3 dias - Comprimido infantil: 25mg de artesunato e 50mg de mefloquina; - Adulto: 100mg de artesunato e 200mg de mefloquina. Quinina em 3 dias, Doxiciclina em 5 dias e Primaquina apenas no 6 dia 2 ª escolha Sulfato de quinina: comprimidos de 500mg do sal, Doxiciclina : comprimidos de 100mg do sal e Primaquina: comprimidos de 15mg. SACHA FERNANDES - P3 B GIARDÍASE Características Classificação Morfologia Giardia Duodenalis ou lamblia ou intestinalis Protozoário flagelado do intestino delgado do mamíferos, aves, répteis e anfíbios Extracelular Cosmopolita Principais parasitos humano Causas mais comuns de diarreia em crianças, e apresentam problemas de má nutrição, retardo no desenvolvimento e danos graves. Filo: Sarcomastigophora É comum em todo o mundo, inclusive países desenvolvidos. Classe: Mastigophora Ordem: Diplomonadida Família: Hemamitidae Gênero: Giardia Trofozoíto Cisto Forma vegetativa Pouco resistente, não consegue viver muito tempo fora do seu habitat Apresenta o disco suctorial ou disco ventral Adesão e o desprendimento do trofozoíto na mucosa intestinal 2 núcleos com cariossoma central 8 flagelos - 4 pares 1 anterior 1 ventral 1 posterior 1 caudal Axonemas Estruturas fibrilares Corpos medianos: duas formações paralelas observadas abaixo dos discos Transmissão da doença em sua forma madura É mais resistente (até 2 meses no meio externo) Estruturas fibrilares duplicadas Apresenta de 2 a 4 núcleos (maduros - infectantes), dependendo do estado de maturação A infecção se dá pela ingestão dos cistos maduros Aspectos Biológicos Cistos resistem a cloração da água Temperaturas de até 60°C Desinfecção p/ luz ultravioleta São necessários, no mínimo, 10 a 100 cistos para produzir uma infecção Transmissão Resistem até dois meses no meio exterior Ciclo de Vida Ingestão do cisto pelo humado estômago Intestino delgado Eclosão Desencistamento 2 trofosoítos Divisão binária ProliferaçãoColonização do Intestino delgado - duodeno Encistamento Excreção dos cistos Patogenia Ingestão de cistos maduros Águas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratada (apenas cloro) Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas) Podem ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas. De pessoa em pessoa, por meio de mãos contaminadas, locais de aglomeração humana Contatos sexuais Animais domésticos infectados por giárdia de morfologia semelhante a humana Considerado pela OMS uma zoonose desde 1979 Mecanismo I Diarréia Má absorção intestinal Observam-se alterações morfológicas e funcionais do epitélio intestinal Não tem ação sistêmica Adesão dos trofozoítos ao intestino delgado Rompimento e distorção das microvilosidades Proteases capaz de agir sobre glicoproteínas presentes na membrana dos enterócitos Rompimento e distorção das microvilosidades do lado em que o disco adesivo entra em contato com a membranada célula Atrofia parcial ou total das microvilosidades Mecanismo II Resposta imunológica Parasitos + Macrófagos Ativam linfócitos T Produzem e liberam citocinas Ativam Linfócitos B Produzem imunoglobulinas IgA e IgE Problemas de má absorção e diarréia Vilosidades repletas de células imaturas ( deficientes de enzimas) Mastócitos de ligam a IgE através de receptores Degranulação dos mastócitos Liberação de histamina Reação anafilática local (hipersensibilidade) Edema de mucosa e aumento da contração do m. liso Aumento da motilidade intestinal e renovação dos enterócotos Mastócitos Ativam eosinófilos e neutrófilos Reação inflamatória local Lesão das células epiteliais Sintomatologia Variabilidade multifatorial Parasito Cepa e n° de cistos ingeridos Hospedeiro Resposta imune, pH do suco gástrico, estado nutricional e microbiota intestinal Assintomática Mais frequentes Crianças e adultos Cistos nas fezes Sintomárica Aguda Primoinfecção Diarreia aquosa e explosiva com odor fétido em 30 a 50% dos pacientes Flatulência Distensão e dores abdominais Esteatorreia (gordura nas fezes) Perda de peso Má absorção de gorduras e nutrientes Diagnóstico Clínico diarreia com esteatorreia, irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda de apetite e dor abdominal Laboratorial Parasitológico Identificação de cistos ou trofozoítos Fezes formadas Método direto Método de Faust e Cols Tricômio ou Hematoxilina férrica Fezes líquidas Método direto Conservante MIF, SAF, formol 10% Hematoxilina férrica Período negativo Indivíduos parasitados não eliminam cistos continuamente Exame de 3 amostras de fezes coletadas de 7 em 7 dias Epidemiologia Cosmopolita - Presente em várias regiões do mundo Acomete principalmente crianças de 1 a 10 anos Atinge população de baixo nível sócio econômico A água adquire grande importância na transmissão, pois resistem a cloração Cistos de grande resistência (2 meses) Portadores assintomáticos são os maiores responsáveis pela transmissão Cistos são disseminados (poeira e moscas) Tratamento Secnidazol Tinidazol adultos: 2g (dose única); criança menor de 5 anos: 30mg/kg ou 1mL/kg Adulto: 2g; Criança: 30 mg/Kg dose única (baixa eficácia) Metronidazol Adulto: 250mg (2x ao dia); criança: 15mg/Kg ( 2x ao dia); por 5 das consecutivos Nitazoxanida Crianças (acimda de 1 ano): suspensão oral: 7,5 mg/Kg de 12/12 horas por 3 dias Adultos e crianças (acima de 12 anos): 1 comprimido (500mg) 2x dia por 3 dias; SACHA FERNANDES - P3 B Toxoplasmose Agente etiológico Toxoplasma gondii Introdução Em algumas regiões, a soroprevalência dessa parasitose chega entre 60 a 90%. Se apresenta de forma assintomática ou oligossintomática, ou seja, com poucas manifestações clínicas Pode apresentar-se de forma extremamente grave em portadores de HIV, indivíduos que fazem tratamento quimiterápico ou imunossuprimidos Classificação Filo: Apicompleza Classe: Sporozoa Ordem: Eucoccididae Morfologia Taquizoíto Bradizoítos Oocistos ou esporozoítos Transmissão Ingestão ou inalação de oocistos maduros presentes em alimentos e locais contaminados, ou disseminados mecanicamente por incetos Ingestão de cistos com bradizoitos encontrados em carnes cruas ou mal cozidas Congênita ou transplacentária Ciclo Biológico Patogenia Toxoplasmose congênita Toxoplasmose Aguda Pós-natal Ganglionar ou Febril Aguda Filo: Apicompleza Família: Sarcocystidae Gênero: Toxoplasma Apresenta complexo apical: estrutura responsável pela adesão, reconhecimento e penetração do protozoário na célula hospedeira. Quando afeta gestantes pode causar danos importantes ao concepto. Fase aguda Multiplicação rápida por endodiogenia Forma crônica Cistozoito (cistos nos tecidos) Vários taquizoitos envoltos por uma membrana cística Formas de resistência do parasito Apenas os gatos são capazes de eliminar essa forma Permitem que esse protozoário se reproduza de forma sexuada, dando origem a um oocisto imaturo. Esporogonia Oocito apresenta-se de forma madura Habitat Parasita intracelular obrigatório. Pode parasitar vários tecidos e células, mas tem uma preferência pelas células do Sistema Fagocitário Mononuclear (SFM). Podem ser encontrados também nos líquidos orgânicos Gatos e felídeos (hospedeiros completos) Homens e outros animais - Reprodução assexuada (merogonia) - Reprodução sexuada (gametogonia) - Reprodução assexuada (endodiogenia) Infectam-se ingerindo oocistos na água ou em seu alimento, cistos com bradizoítos presentes em ratos ou por meio de taquizoitos presentes no leite. Reprodução assexuada (endogenia) Ocorre somente nas células epiteliais, principalmente no intestino delgado do gato. Esporozoítos penetram nas células Multiplicação por endodiogenia e merogonia Origem a vários merozoítos - Rompimento da célula parasitada - Liberação de merozoitos - Penetração m novas células epiteliais - Transformação em gametófitos e gamontes - Maturação - Gametas masculinos móveis-microgametas permanecem dentro de uma célula epitelial - Gametas femininos imóveis - macrogametas sairão e fecundarão, formando o ovo ou zigoto - Evolução dentro do epitélio - Originando oocito imaturo - Alcança o meio exterior nas fezes - Esporogonia (após 4 dias nas condições favoráveis) - Formando 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada. Esporozoíto, taquizoito e bradizoito, liberados no tubo digestivo Endodiogenia Passagem pelo epitélio intestinal, podendo infectar todas as células, com exceção das hemácias, através de taquizoitos livres na linfa ou no sangue circulante Fase aguda da doença Imunidade Parasitos extracelulares desaparecem do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais Diminuição de parasitismo Alguns evoluem para formação de cistos com bradizoitos Fase cística Diminuição da sintomatologia Fase crônica Gestante - fase aguda da doença ou a reativação da fase crônica Taquizoitos presentes em seu sangue passam para o concepto via membrana placentária Depende: • Do grau de exposição do feto aos toxoplasmas; • Da virulência da cepa; • Da capacidade dos anticorpos maternos de protegerem o feto; • Período gestacional Primeiro trimestre é comum o aborto Segundo trimestre pode ocorrer aborto ou nascimento prematuro com anomalias graves (Tétrade de Sabin), ou a criança pode ser normal. Terceiro trimestre - normal inicialmente e depois apresentar a doença. - Manifestações frequentes são: • Comprometimento ganglionar generalizado; • Hepatoesplenomegalia, edema, miocardite; • Anemia, trombocitopenia; • Lesões oculares. - Assintomática em 80-90% dos casos - Casos sintomáticos dependem de características como: • Quantidade de formas infectantes;• Cepas do parasito; • Imunidade do hospedeiro; • Modo pelo qual ocorre a infecção. Ocular - O protozoário está presente na retina; - A corioretinite é a lesão mais frequente; - A transmissão congênita é a responsável pela grande maioria dos casos. - Mais frequente, encontrada tanto em crianças como em adultos; - Comprometimento ganglionar (aumento dos gânglios), generalizado ou não, e febre alta. - Curso crônico e benigno. Cérebro Espinhal ou Meningoencefáliica - Pouco frequente em indivíduos imunocompetentes; - Frequente em imunodeprimidos (HIV); - Há a reativação das formas císticas; - Manifestações clínicas: cefaleia, febre, paralisia, confusão mental, convulsões, delírio, alucinações, coma e morte. Cutânea ou Exantemática - Raramente encontrada, estando associada à toxoplasmose pós-natal; - Lesões generalizadas na pele; - Evolução rápida e fatal. Generalizada - Forma rara, de evolução fatal; - Comprometimento geral: miocárdio, pulmonar, ocular, digestivo, etc. - Até mesmo em imunocompetentes. Diagnóstico Diagnóstico clínico - Não é fácil, casos agudos podem levar a morte ou evoluir para a forma crônica, que pode se manifestar assintomaticamente ou se assemelhar a outras doenças. Diagnóstico laboratorial - Pesquisa do protozoário: Geralmente obtida na fae aguda; A forma encontrada é o Taquizoíto Na fase crônica, a biopsia poderá causar cistos com bradizoitos. - Testes Imunológicos: RIFI, IgM e IgG, ELISA, hemaglutinação indireta, - Teste de Avidez de IgG: quando quer determinar a fase da infecção: • Gravida: IgM e IgG positivos; • Fase aguda: IgG – baixa avidez para antígeno; • Fase crônica: IgG – alta avidez para antígeno. Na gestação: • Pesquisa de IgM, IgE e IgA, pois elas não atravessam a placenta. • Pesquisa de IgG (títulos altos); • Pesquisa de IgG (títulos persistentes). Perfil sorológico: • Fase aguda - Perfil I • Fase de transição - Perfil II • Fase crônica - Perfil III Interpretação diagnóstica na gestante: • IgM e IgG negativas – gestante suscetível à infecção: prevenção primária. • IgG positiva e IgM negativa – infecção passada. • IgG e IgM positivas: baixa avidez de IgG – provável infecção aguda: tratamento e acompanhamento durante a gravidez. Epidemiologia • Cosmopolita • Liberação de milhões de oocistos pelos gatos • Veiculação de oocistos por moscas e baratas • Susceptibilidade de mamíferos e aves • Hábito de comer carne crua ou mal cozida Profilaxia • Educação sanitária • Impedir o contato da água com felinos • Incineração de fezes de gatos • Controles de roedores • Não ingerir carne crua ou mal cozida • Higienização adequada de frutas e verduras • Não tomar leite cru • Evitar o contato de grávidas com felinos ( gato) • Evitar contato de grávidas e imunodeprimidos com areia. Tratamento Adulto Pirimetamina Sulfadiazina Ácido folínico 3 primeiros dias 74 a 100mg 500 a 1000mg 4 dia em diante 25 a 50mg 500 a 1000mg 2 - 4 x/dia 4 a 6 semanas 5 a 10mg/dia 4 a 6 semanas Criança Pirimetamina Sulfadiazina 3 primeiros dias 2mg/kg 25mg/kg/dia 4 dia em diante 1mg/kg 25mg/kg/dia Ácido folínico 1mg/dia 4 semanas 4 x/dia 4 semanas Gestantes Espiramicina Clindamicina 750 a 1000mg VO 8/8 horas 600mg VO 6/6 horas SACHA FERNANDES PEREIRA - P3 B TRICOMONÍASE Características DST não viral mais comum no mundo 170 milhos de casos por estimativa da OMS Favorece a transmissão do HIV Patógeno associado a comprocações como: partos prematuros, infertilidade e aparecimento de câncer cervical. Classificação Filo: Sarcomastigophora Família: Trichomonadidae Gênero: Trichomonas Espécie: Trichomonas vaginalis Fisiopatologia Adota apenas a forma TRIFOSOÍTA em seu ciclo de vida (apresenta hidrogenossomos que fazem o papel das mitocôndrias). Anaeróbico facultativo sobrevive na presença ou não de O2, entretanto é mais resistente quando ão há, uma vez que as bactérias desenvolvem um ambiente oxirredutor. Desenvolve melhor na presente de bactérias pH entre 5 e 7,5 e temperatura entre 20 a 40°C Fonte de energia: glicose, maltose e galactose Diagnósticos Clínico Difícil pois a sintomatologia é comum a outras patologias. Laboratorial Necessário e essencial para o diagnóstico Triagem: exame a fresco da secreção vaginal Exame do sedimento urinário, secreção uretral ou prostática Cultura é o padrão ouro ELISA; Hematoglutinação indireta; Imunofluorescência indireta; PCR. Problemas relacionados Gravidez Ruptura prematura da membrana fetal Parto prematuro Baixo peso ao nascer Morte neonatal Infertilidade Doença inflamatória pélvica Trasmissão do HIV Resposta imune celular Infiltração de linfócitos T CD4⁺ Epidemiologia Moléstia Cosmopolita Incide nas mulheres em proporção elevada No Brasil ocorre em 20 a 40% das examinadas Leucorréia chega a 70% dos casos Incidência depende de vários fatores Idade Atividade Sexual e n° de parceiros Condições sócioeconômicas Tratamento Pacientes e parceiros sexuais Derivados nitroimidazólicos Metronidazol: 250 mg / 3 x ao dia (10 dias) Ornidazol: Aguda –3 comp./ 500 mg/ dose única Crônica –2 comp./ 500 mg/ 5 dias Tinidazol: 4 comp. de 500 mg / dose única Nimorazol: 1 comp. de 250 mg/ 2x ao dia (6 dias) Mulheres devem fazeruso concomitante de medicação local e grávidas não devem usar medicação no 1º trimestre. As mesmas adotadas para as outras DSTs Prática de sexo seguro Uso de preservativos Abstinência de contatos c/ pessoas infectadas Tratamento adequado do casal Sintomatologia Homem Uretrite, prostatite ou vesiculite Secreção uretra matutina Prurido uretral e disúria Mulher Cervicite Vaginite Vulvite Corrimento vaginal Odor fétido Dor Disúria Prurido *Aspecto de "morango" ou "framboesa" Patogenia A vagina normal é resistente as infecções, pelas condições normais do epitélio vaginal pH ≈ 3,8 a 4,5 (ácido) Rico em glicogênio [ ácido lático ] Bacilos de Doderlein glicogênio ácido lático Condições favoráveis a infecção Diminuição da acidez vaginal Modificação da flora bacteriana Diminuição do glicogênio Descamação epitelial Fatores que predispõe as alterações Período pré -menstrual Puerperal Diabetes Estresse Habitat Trato geniturinário feminino e masculino Mulher: vulva, vagina e colo do útero Homem: uretra, vesícula seminal e próstata Transmissão Sexual O homem é o vetor da doença Não sexual Mães que infectam as filhas no parto (5%) Água ou fômites (roupas íntimas, sanitários, etc. Material ginecológico (espéculos) Sobrevivência Gota de secreção vaginal: Várias horas Água -2 horas a 40°C Urina coletada: 3 horas Sêmen ejaculado: 6 horas Ciclo Biológico Protozoário atinge o hospedeiro Condições favoráveis para colonização da vagina ou uretra Divisão Binária Parasita de forma localizada e não sistêmica Vegetativo Sacha Fernandes - P3 B AMEBÍASE Agente etiológico Entamoeba histolytica Capaz de invadir tecidos, exercer mecanismos patogênicos e levar ao aparecimento de manifestações clínicas Aspectos biológicos Habitat Locomoção Alimentação Reprodução Intestino grosso do homem Pseudópodes Fagocitose e pinocitose Divisão binária Ciclo biológico Ingestão de cistos maduros pelo hospedeiro Estômago - Int. delgado - Int. grosso Desencistamento Divisão do metacisto Divisão Binária 8 trofozoítos Patogênico (Tecidos) Entamoeba histolytica Rompem a integridade da membrana Invadem a parede intestinal se multiplicando no interior das lesões que podem produzir Amebíase Intestinal Outros podem romper a parede intestinal, alcançar a circulação sanguínea linfática e, através da porta, chegar ao fígado, causando abcessos hepáticos Amebíase Extra intestinal Tecidohepático Pulmões, cérebro e outros órgãos ( raro) Não patogênico Entamoeba dispar Colonização do int. grosso do hospedeiro, ficando aderidos ao epitélio intestinal Desprendem, desidratam e liberam uma substância que dará origem a membrana cística Encistamento Pré-cistos Divisão nuclear Cístos maduros Eliminação para o meio externo através de material fecal do hospedeiro Aspectos clínicos Características Ampla distribuição geográfica (10% da população) 35 - 50 milhões de casos sintomáticos 55 mil mortes Problema de Saúde Pública devido, especialmente ao clima e as condições sanitárias Classificação Reino: Protista Sub-gênero: Protozoa Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Sarcodina Ordem: Amoebidae Família: Entamoebidae Patogenia Não Patogênico -> Patogênico Parasito Virulência Hospedeiro Idade Resposta Imune Microambiente Flora bacteriana Reinfecções sucessivas Ruptura da camada de muco Adesão - Lectina Gal/GalNAc Hialuronidase Protease Cisteína Mucopolissacaridase Ação lítica Invasão Leucócitos polimorfonucleares Morte Amebíase intestinal (Patogênico) Mucosa e Submucosa Trofozoítos se multiplicam e prosseguem penetrando o tecido Micro-ulcerações Amebíase extra-intestinal (não patogênico) Via hematogênica ou linfática (fígado, pulmão e cérebro) Assintomático 80 a 90% dos casos Deve ser tratada Sintomática Amebíase intestinal (colites disentéricas e não disentéricas) Amebíase Extra-intestinal Colites não-disentéricas Evacuações: diarréicas ou não Frequência: 2-4 x por dias Fezes moles ou pastosas Raramente ocorre febre Alternância: manifestações clínicas; períodos silenciosos Colites disentéricas Evacuações: Mucossanguinolentas Frequência: 8-10 x por dias Cólicas Flatulência Pirose, náuseas e vômito Desconforto abdominal Tremores Complicações: perfurações intestinais, peritonites, hemorragias, ameboma Amebíase Extra-intestinal Hepatite amebiana aguda Abscesso hepático Forma mais comum Homens, 20-60 anos Tríade: dor, febre e hepatomegalia Diagnóstico Clínico Manifestações clínicas Dados epidemiológicos Laboratorial Métodos parasitológicos Métodos imunológicos Métodos moleculares Exames de imagem Cistos Trofozoítos Fezes formadas Fezes líquidas Pesquisa de trofozoíto Método Direto -Tempo: 20 a 30 minutos Partes mucossanguinolentas Trofozoíto hematófago –Entamoeba histolytica Pesquisa de cistos Técnicas de concentração Hoffman e Faust e cols. Subtopic 2 Cisto Entamoeba histolytica = dispar Diferencial Morfológicos Entamoeba histolytica x Entamoeba dispar de outras amebas comensais Imunológico Métodos imunológicos ELISA; IFI; HAI Antígenos mais puros Exames de fezes podem ser negativos Métodos de escolha – Amebíase Extra- intestinal (95% dos casos) Coproantígeno ELISA Antígenos específicos de E. histolytica nas fezes Molecular -PCR Pesquisa do DNA de Entamoebahistolytica e da Entamoeba dispar Outros métodos Outros métodos Ultrassonografia Punção Epidemiologia Morfologia Trofozoíta Pleomórficos Emitem pseudópodes e alteram sua forma ao longo do ciclo Forma minuta - não invasiva; Forma magma (eritrócitos) - invadem tecidos Citoplasmas divididos Endoplasma granuloso, apresenta vacúolos, núcleo e vesículas que são responsáveis pela produção e armazenamento de enzimas capazes de fagocitar e destruir tecidos Ectoplasma Claro e hialino Nos trofozoítos invasivos pode-se geralmente observar a presença de eritrócitos no citoplasma, enquanto nos não invasivos não são vistos, não podendo afirmar se são E. histolýya ou díspar Metacisto Conteúdo cístico Ingestão da água ou alimento contaminado com cisto - estômago - final do int. delgado e início do int. grosso - rompimento do cisto liberando o conteúdo: metacisto Metacisto se divide dando 4 trofozoítos metacísticos; Trofozoítos irão sofrer divisão binária e se colonizam no int. grosso do hospedeiro, aderindo a mucosa intestinal e exercendo seus mecanismos patogênicos, dependendo da espécie, ou viver de forma comensal Pré-cisto Trofozoítos se desprendem da mucosa intestinal e desidratam, liberando uma substância que dará origem a membrana cística, originando o pré-cisto Forma intermediária entre o trofozoíto e o cisto maduro Estima-se cerca de 500 milhões de pessoas infectadas por Entamoeba histolytica/dispar Maior prevalência nos países tropicais e subtropicais Condições sanitárias e sócio-econômicas OBrasilapresentadistribuiçãovariável: •Sul e Sudeste: 2,5 a 11% •Amazônica: 19% •Demais regiões: 10% Predomínio das formas não disentéricas e dos casos assintomáticos Região amazônica: formas disentéricas e abscessos hepáticos Portador assintomático -grande responsável (?) Cistos permanecem viáveis cerca de 20 dias Profilaxia Impedir a contaminação fecal da água e de alimentos Medidas de saneamento básico Controle dos manipuladores de alimentos Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral Investigação e tratamento da fonte de infecção Tratamento Formas Intestinais Secnidazol Adulto: 2g (4 comp. de 500mg em dose única) Criança: 30 mg/kg/dia (máx. 2g) - Eficácia de 95% Metronidazol Adulto: 500mg, 3 X dia, durante 5 dias Criança: 35 mg/kg/dia (em 3 tomadas) –5 dias - Eficácia de 95% más é dose única Tinidazol Adulto: 2g (4 comp. de 500mg) durante 2 dias Criança: 50 mg/kg/dia durante 2 dias - Eficácia de 85% Formas Extra - Intestinais Metronidazol (1 opção) Adulto: 750mg, 3 X dia, durante 10 dias Criança: 50 mg/kg/dia (em 3 tomadas) –10 dias Tinidazol (2 opção) Adulto: 2g (4 comp. de 500mg) dose única Criança: 50 mg/kg/dia durante 2 dias Portadores Assintomáticos Teclozan (1 opção) Etofamida (2 opção) 100mg –3 x ao dia por 5 dias 1g (2 comp. de 500mg) –por 3 dias
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