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P1_2009.2 Gabarito

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1 
 
Gabarito P1_2009.2 
Questão 1 
a) 
Primeiramente, temos que: 
• W = P F (u,z) → Determinação do Salário Nominal (1) 
• P = (1 + μ) W → Determinação dos Preços (2) 
 
Dividindo a equação (1) por P em ambos os lados, temos: W/P = F (u,z) (3) 
Com base nessa equação podemos dizer que quanto maior for a taxa de desemprego (u), 
menor será o poder de barganha dos trabalhadores e, assim, menor será o salário real (W/P).  
Dessa forma, vemos que u possui relação inversa com a Determinação do Salário Real, ou seja, 
quanto maior for u menor será o salário real.  
Dividindo agora a equação (2) por W, temos: 
 
P/W = (1 + μ)  (4) 
Isolando para W/P: 
W/P = 1/(1 + μ)  (5) 
 
Igualando (3) e (5), F (u,z) = 1/(1 + μ)  (6) 
 
encontramos o equilíbrio do mercado de trabalho. 
Graficamente: 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
PS
uN u 
W/P 
WS 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
2 
 
Assim, quando há um aumento dos direitos dos trabalhadores, determinado por z, há também 
um aumento na taxa de desemprego. Isso ocorre porque, para um dado nível de desemprego, 
o salário real (W/P) aumenta com o aumento do salário mínimo (z). Como o salário real pago 
pelas firmas é constante, W/P = 1/(1 + μ), o nível de desemprego irá aumentar para igualar 
novamente as equações F (u,z) = 1/(1 + μ). 
 
Graficamente, este efeito seria demonstrado pelo deslocamento da curva WS para a direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O nível de desemprego aumentou e os salários mantiveram‐se constantes. 
b) Com a suposição de usarmos o nível de emprego ao invés da taxa de desemprego, podemos 
notar que o mesmo produz agora uma relação positiva (inclinação ascendente) com o salário 
real  (W/P):  um  aumento  no  emprego  implica  numa  redução  na  taxa  de  desemprego,  e 
portanto, um aumento no salário real. Percebe‐se então que a equação de Determinação dos 
Salários pode ser usada como a equação da “Oferta de Trabalho”. 
  Já  a  curva  de  Determinação  dos  Preços,  PS,  pode  ser  considerada  como  a  curva  de 
demanda  por  trabalho.  Neste  caso  ela  é  horizontal,  já  que  a  função  de  produção  dessa 
economia possuí retornos constantes de escala, ou seja: 
 
Y = A Nα; A = 1 e α = 1 
 
Então,  
 
CMg = N e RMg = Y 
 
PS
W/P 
WS 
WS´ 
u uN uN´
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
3 
 
Logo: 
 
Y = N, c.q.d. 
 
Isto implica que o custo de se produzir uma unidade adicional é igual ao custo de se empregar 
um trabalhador, e portanto, igual ao salário. 
Obs: 
 
Π = RT – CT = P Y – W N 
 
Como Y = N e firmas atuam em concorrência perfeita: 
 
Π = Y (P – W) 
 
∂Π/∂Y = P = W 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2 
a) F(u,z) = 1‐βut+z 
OA: Pt=Pt
e(1+µ)(1‐ βut+z) 
Dividindo a OA por Pt‐1: 
Pt/Pt‐1=(Pt
e/Pt‐1)(1+µ) (1‐ βut+z) 
(1+πt) = (1+π
e)(1+µ) (1‐ βut+z) Æ (1+ πt)/(1+πe)(1+µ)= 1‐ βut+z 
Curva de Oferta de Trabalho 
N N (emprego) 
W/P 
L
U
Curva de Demanda de Trabalho 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
4 
 
Para πt, π
e e µ pequenos: 
1+ πt ‐ π
e ‐µ=1‐ βut+z Æ πt= πe + (µ+z) ‐ βut 
Original: Supõe πe=0 Æ πt = (µ+z) ‐ βut 
Aceleracionista: Supõe πe=θ πt‐1 
Com θ=1, πt – πt‐1 = (µ+z) ‐ βut 
Supondo que nos encontramos no nível de produto natural, temos: 
πt= π
e Æ 0=(µ+z) – βun Æ un= (µ+z)/β 
Então: 
πt ‐  π
e
 = β(ut‐un) 
b) Curva de Phillips 
πt ‐ πt‐1  = ‐β(ut‐un) 
Supondo β=1 
t= mar/09 
t‐1= dez/08 ou jan/09 (isso é irrelevante para a questão, pois o desemprego aumenta em 
relação a ambas as datas, logo não precisa tirar ponto. Mas, o mais correto é considerar 
dezembro/08 como o ano base). 
πmar  ‐ πjan = ‐ ( 9 – un) 
Desinflação Æ πmar09 < πdez08 Æ Umar09 > un Æ 9 > un 
Para haver uma desinflação com β=1, é preciso que a taxa de desemprego esteja acima da taxa 
natural. Portanto, a taxa natural deve ser menor que 9%. 
 
Questão 3 
 i) O choque no petróleo reduz o nível do produto potencial da economia. Assim, a OA 
se desloca inicialmente para a esquerda, para interceptar o ponto Yn’ e Pt-1 (ponto B). 
Como no equilíbrio de curto prazo A’ o produto está acima do potencial, os preços 
continuam subindo e o produto caindo até o novo equilíbrio ser atingido (A’’). No 
médio prazo, o nível de produto é menor que o inicial (devido à redução do produto 
potencial) e o nível de preços é maior. 
 
 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii) Se o BC decidir manter constante a oferta real de moeda (ou seja, expandir a oferta 
nominal de moeda à medida que o nível de preços se eleva), no equilíbrio de médio 
prazo o nível de preços será maior do que se ele tivesse decidido manter a oferta 
nominal de moeda constante (ou seja, não fazer nada). 
Justificativa 1 (através do diagrama AO-DA):Se o BC não fizer nada, o deslocamento 
para o equilíbrio de médio prazo se dará ao longo da mesma curva DA. Caso ele decida 
manter a oferta real de moeda constante, a cada deslocamento da curva OA para cima a 
DA será deslocada para a direita. No equilíbrio de médio prazo, o nível de preços será 
maior do que se o BC não tivesse feito nada. 
Justificativa 2: Se o BC não fizer nada, o aumento nos preços reduzirá a oferta real de 
moeda, o que aumentará a taxa de juros, diminuindo a demanda (ou seja, o 
deslocamento para o equilíbrio se dará ao longo da curva DA). Se o BC mantiver a 
oferta real de moeda constante, a taxa de juros cairá à medida que o produto caia, de 
forma a manter constante a demanda por moeda. Ou seja, o BC estará dando um 
estímulo à demanda (ou seja, a curva DA se deslocará cada vez mais para a direita). A 
oferta agregada terá então de se contrair mais para “compensar” a demanda agregada e, 
quando o equilíbrio de médio prazo for atingido, o nível de preços será mais alto do que 
se o BC não tivesse feito nada. 
iii) Com o aumento dos gastos do governo, a demanda a cada nível de preços será 
maior. Assim, além do deslocamento da OA para OA’ provocado pelo choque, a curva 
DA é deslocada para a curva DA’. 
No curto prazo (ponto A’), o nível de preços será mais alto que o inicial e o produto 
estará acima do produto potencial. Assim, o nível de preços aumenta (e a curva OA se 
desloca) até o nível de produto potencial ser atingido (ponto A’’). No equilíbrio de 
OA 
Yn’  Yn
DA
OA’
OA’
AA’
A’’
BPt‐1 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
6 
 
médio prazo, a economia se encontra no novo produto potencial (menor que o produto 
potencial antes do choque) e o nível de preços é mais alto que o inicial. O aumento nos 
preços, porém, é maior do que no caso em que os gastos do governo não aumentam. A 
política fiscal não pode alterar o produto no médio prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
a) Falso. Nos modelos de expectativas racionais, a política monetária só é neutra no 
médio prazo. Nos modelos neo-clássicos, apenas a política monetária antecipada é 
neutra no curto prazo. Nos modelos neo-keynesianos, que assumem expectativas 
racionais, nem a política monetária antecipada é totalmente neutra no curto prazo, 
devido à rigidez de preços. (qualquer uma destas duas justificativas está certa) 
b) Falso. Na teoria do passeio aleatório do PIB, uma vez saído do trilho inicial, não 
revela tendência de voltar a ele. Portanto, as variações do produto são permanentes. 
Questão 5 (a resposta não precisa ser tão detalhada assim para ganhar o ponto 
inteiro. O essencial é o grifado em negrito abaixo). 
Crítica de Lucas: De acordo com a Crítica de Lucas, novas políticas mudam as “regras” da 
economia, afetando assim o seu comportamento e as expectativas dos agentes. Desse modo, 
as expectativas não são formadas apenas com base em dados passados, mas sim pela crença 
na eficácia dessa nova política.   
Um bom exemplo sobre acrítica de Lucas é discorrida sobre a Curva de Phillips. Dada a 
equação: 
OA 
Yn’  Yn
DA
OA’
OA’
A
A’
A’’
Pt‐1 
DA’ 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
7 
 
πt = πt e ‐ α(ut – un) 
  Caso os fixadores de salários continuem a formar expectativas de inflação pelo exame 
da inflação do ano anterior (πt e = πt‐1), então o único modo de diminuir a inflação seria 
aceitar um desemprego maior por algum tempo. 
  Mas caso os fixadores de salários acreditassem na credibilidade da política monetária 
(BACEN tendo um compromisso verdadeiro com a redução da inflação) e pudessem ser 
convencidos de que a inflação iria de fato ser menor do que no passado, eles diminuiriam suas 
expectativas de inflação. Dessa forma, a inflação corrente seria menor mesmo sem haver 
qualquer mudança na taxa de desemprego. Portanto, segundo a crítica de Lucas, a 
desinflação deveria ser mais rápida, pois teria mais credibilidade. 
Rigidez Nominal: o fato de que, nas economias modernas, muitos salários e preços são fixados 
em termos nominais por algum tempo e não costumam ser reajustados quando há mudança 
de política. 
  Mesmo com muita credibilidade, um programa de desinflação muito rápido (devido à 
diminuição muito rápida da expansão monetária) acaba aumentando o desemprego.  Mesmo 
que o FED convença totalmente os trabalhadores e empresas de que a expansão monetária 
seria menor, os salários fixados antes da mudança da política monetária refletiriam as 
expectativas de inflação anteriores a ela.   
  Além do mais, uma característica importante dos contratos salariais é de que eles não 
são todos assinados na mesma época; ao contrário, são escalonados ao longo do tempo.  Esse 
escalonamento das decisões salariais impõem fortes limitações em como uma desinflação 
rápida pode ser implementada sem deflagrar o aumento do desemprego, mesmo supondo que 
o compromisso do FED seja totalmente crível.   
  Se os trabalhadores estão preocupados com os seus salários relativos, isto é, se estão 
preocupados com a relação entre seus salários e os salários dos outros trabalhadores, cada 
contrato salarial escolherá um salário não muito diferente dos salários dos outros contratos 
em vigor na época.  Uma queda muito rápida da expansão monetária nominal não levaria a 
uma diminuição proporcional da inflação.  Em vez disso, o estoque real de moeda diminuirá 
deflagrando uma recessão e o aumento da taxa de desemprego. 
   O impacto destas teorias sobre a estratégia de desinflação se dá no horizonte 
temporal, isto é, em quão rápido a queda da expansão monetária, e, portanto, da inflação, 
deve ser.  Um anúncio de que o processo desinflacionário começará em alguns anos pode não 
ser muito crível, uma vez que os agentes econômicos se perguntarão: por que esperar dois 
anos para implementar um programa desinflacionário?  Sem credibilidade, não haverá 
mudança nas expectativas inflacionárias e não solucionaremos o problema dos salários 
imbricados.  De fato, sobre a ótica de Rigidez Nominal e de salários imbricados, um processo 
de desinflação suave, ao longo prazo (e crível), é preferível a uma queda brutal da expansão 
monetária, uma vez que não estará acompanhado de um desemprego severo ou de uma 
recessão econômica. 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio

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