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AVD - Direito Humanos - 8,75 de 10

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1,25 pts. 
 
1. 
 
 
Para Sylvia Steiner, a representação que acusa Bolsonaro de incitação ao genocídio de indígenas, teria, em tese, mais 
possibilidade de dar início a um investigação pela Procuradoria da Corte do que as reclamações criminais sobre a atuação 
de Bolsonaro na pandemia. 
Mas, mesmo nesse caso, ela considera improvável que isso ocorra, já que um dos critérios para se iniciar uma 
investigação no TPI é que fique demonstrada incapacidade ou falta de vontade do sistema de Justiça nacional para 
apurar e punir eventuais crimes. 
Dessa forma, nota Steiner, a Corte costuma voltar sua atenção a casos de extrema gravidade, em países com 
instituições de Justiça mais precárias que as brasileiras. 
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53463746 
Com base na declaração da Jurista e no reconhecimento brasileiro da jurisdição do Tribunal Penal Internacional, é 
correto afirmar que: 
 
 
 
O Tribunal Penal Internacional é claramente incompetende, uma vez que apura apenas crimes contra a 
humanidade em contextos de conflitos armados. 
 
A postura é equivocada, pois informa entendimento que já foi superado. Atualmente, as queixas no Tribunal 
Penal Internacional independem de demonstração de incapacidade interna na apuração das denúncias. 
 
O Tribunal Penal Internacional não julga pessoas físicas, mas apenas as Pessoas Jurídicas de Direito 
Internacional que tenham se omitido na apuração de fatos lesivos aos Direitos Humanos. 
 
O que a jurista afirma tem como base a subsidiariedade da Jurisdição do Tribunal Penal Internacional e tem 
como fundamento evitar a excessiva intervenção de Organismos Internacionais nos Estados Nacionais. 
 
Pelo princípio da subsidiariedade, a questão deve passar antes pela Corte Interamericana de Direitos 
Humanos. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
2. 
 
 
Leia atentamente o texto abaixo: 
Os tratados de direitos que vierem a ser incorporados no Brasil podem ter valor constitucional, se seguirem o parágrafo 
3º, do artigo 5º, da CF, inserido pela Emenda Constitucional 45, que diz: Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Os tratados já vigentes no Brasil 
possuem valor supralegal: tese do ministro Gilmar Mendes (RE 466.343-SP), que foi reiterada no HC 90.172-SP, 2ª 
Turma, votação unânime, j. 05 de junho de 2007 e ratificada no histórico julgamento do dia 03 de dezembro de 2008. 
GOMES, Luiz Flavio. Valor dos direitos humanos no sistema jurídico brasileiro. Disponível 
em: https://www.migalhas.com.br/depeso/76062/valor-dos-direitos-humanos-no-sistema-juridico-brasileiro . Acesso 
em: 18 May 2021. 
No Brasil, após a promulgação da Emenda Constitucional n.º 45/2004, os tratados relativos aos direitos humanos 
aprovados na forma prevista no §3º do art. 5º da CF são equivalentes às 
 
 
 
emendas constitucionais. 
 
garantias individuais e coletivas. 
 
normas de direito fundamental. 
 
leis ordinárias. 
 
leis complementares. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
3. 
 
 
O conceito de dignidade humana é um dos elementos básicos do Direito Internacional dos Direitos Humanos. 
Instrumentos como a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, de 1948; a Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos, de 1969; a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher 
(conhecida como a Convenção de Belém do Pará), de 1994; e a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 
1948, reconhecem a dignidade como componente essencial desses direitos. Assinale a alternativa abaixo que melhor 
resume a visão sobre dignidade humana construída nos instrumentos jurídicos citados. 
 
 
 
Os instrumentos citados apresentam uma definição construtivista sobre dignidade, propondo que 
os direitos humanos devem ser literalmente construídos, por meio de leis positivas, que garantam 
na prática a materialização desses direitos. Dessa forma, foi possível romper com a visão 
naturalista que se limitava a afirmar a dignidade como inerente à natureza humana. 
 
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Todos esses instrumentos convergem na direção de uma definição muito concreta sobre 
dignidade, que permite sua aplicação a casos cotidianos de violação de direitos humanos, 
permitindo assim escapar dos riscos de uma visão demasiadamente abstrata, que supostamente 
oferece uma definição mais sofisticada, mas sofre com um grave problema de inaplicabilidade. 
 
O direito internacional dos direitos humanos nos oferece uma visão sobre dignidade humana que 
privilegia os chamados direitos sociais, tais como os direitos trabalhistas e previdenciários, saúde, 
educação etc., permitindo romper com a doutrina liberal que privilegiava apenas os direitos civis e 
políticos, isto é, os direitos individuais e democráticos. 
 
Esses instrumentos misturam muitas concepções diferentes, eventualmente até conflitantes, sobre 
dignidade humana, isto é, definições naturalistas e construtivistas, abstratas e concretas, 
universalistas e particularistas etc., o que não necessariamente representa um problema, pois 
permite abranger as diversas dimensões dos direitos humanos e da própria noção de dignidade. 
 
Tais instrumentos constroem uma visão efetivamente universal sobre dignidade humana, indo 
além da visão particularista sobre direitos humanos que predominava até então, com base na 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, a qual se pretendia universal, mas se 
aplicava apenas às situações específicas das culturas europeia e norte-americana. 
 
 
1,25 pts. 
 
4. 
 
Texto 1: "[...] temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz 
merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um 
complexo de direitos e deveres fundamentais que asseguram a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho 
degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além 
de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em 
comunhão com os demais seres humanos." SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos 
Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010. 
 
Texto 2: 
 
Charge de Miguel Paiva. O Estado de S. Paulo, 5/10/88 - ed. histórica, p. 3 
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Com base nos textos 1 e 2, é correto afirmar que a atuação do Estado Brasileiro na promoção da dignidade da pessoa 
humana e das garantias fundamentais tem sido 
 
 
 
 satisfatória, pois constatamos uma redução das desigualdades sociais e um maior acesso as 
garantias fundamentais. 
 
parcial, pois apesar do princípio da dignidade da pessoa humana não ser uma norma jurídico-
positiva, o Estado mantém ações que materializam este princípio. 
 
suficiente, pois a dignidade da pessoa humana é uma norma jurídico-positiva de status 
constitucional e, como tal, dotada de eficácia. 
 
insuficiente, pois mesmoreconhecendo o princípio da dignidade da pessoa humana em seu 
ordenamento jurídico, o Estado age apenas parcialmente com políticas públicas que viabilizem seu 
cumprimento. 
 
 absoluta, pois seja no âmbito normativo ou no de políticas publicas, o Estado brasileiro tem agido 
com plena eficácia para garantir que o princípio da dignidade da pessoa humana tenha plena 
concretização. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
5. 
 
 
A doutrina costuma apresentar três vertentes para a proteção a pessoa humana: o Direito Internacional dos Direitos 
Humanos, o Direito Internacional dos Refugiados e o Direito Internacional Humanitário. Acerca do Direito Internacional 
dos Direitos Humanos, assinale a alternativa que representa o entendimento da corrente majoritária: 
 
 
 
São aqueles direitos renunciáveis pelos titulares desde que essa renúncia seja expressa. 
 
São aqueles fruto do costume internacional sem qualquer previsão expressa no ordenamento 
jurídico interno ou internacional. 
 
São aqueles disciplinados no plano interno dos Estados em suas Constituições Nacionais. 
 
São aqueles direitos que já atingiram o patamar de Direito Internacional Público. 
 
São aqueles que podem ser compreendidos como sendo idênticos aos direitos fundamentais. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
6. 
 
 
O estudo a respeito dos direitos humanos promoveu uma constante caracterização e classificação dos mesmos, em um 
esforço internacional e nacional pela sua maior compreensão e aplicabilidade no que tange aos aspectos doutrinários e 
hermenêuticos. 
Uma destas características dos Direitos Humanos é assim anunciada: "Diferentemente do que ocorre com os direitos 
subjetivos em geral, os direitos humanos têm esta característica, que se traduz na ideia de que a autorização de seu 
titular não justifica ou convalida qualquer violação do seu conteúdo." MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos 
Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. (adaptado) 
A característica que corresponde a definição acima é a de: 
 
 
 
Irrenunciabilidade. 
 
Imprescritibilidade. 
 
Historicidade. 
 
Inexauribilidade. 
 
Essencialidade. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
7. 
 
 
Juridicamente, os direitos humanos são definidos como direitos pré-positivos. Isso significa, entre outras coisas, que a 
aplicação desses direitos não está condicionada necessariamente a sua positivação no ordenamento jurídico interno dos 
países. Outra consequência importante dessa característica diz respeito à eficácia jurídica dos direitos humanos. Sobre 
esse tema, assinale a alternativa correta: 
 
 
 
Os direitos humanos têm valor universal, podendo ser reivindicado por qualquer indivíduo, mesmo 
que esteja em um país onde tais direitos não são reconhecidos. 
 
Esses direitos, embora eficazes, funcionam somente como princípios gerais, que orientam os 
poderes legislativo e judiciário, mas não como normas jurídicas positivadas. 
 
Os direitos humanos não podem constar positivamente nas normas constitucionais dos países, 
mas tão somente no ordenamento infraconstitucional e legal. 
 
O gozo desses direitos, na prática, tem caráter apenas negativo, consistindo tão somente na 
limitação dos poderes do Estado sobre vida dos indivíduos. 
 
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A afirmação dos direitos humanos não tem relação com contextos históricos específicos, devendo, 
portanto, ser preservada a sua natureza abstrata, imutável e não positiva. 
 
 
1,25 pts. 
 
8. 
 
 
(VUNESP / 2020 - Adaptada) "Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família 
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo". Estas são 
as palavras do Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 (Resolução 217 A III de 10 de 
dezembro 1948.) 
A declaração foi uma das respostas da Assembleia Geral das Nações Unidas às atrocidades ocorridas na Segunda Guerra 
Mundial, e aponta para o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações. Conforme prevê a citada 
Declaração, todos são iguais perante a lei e têm direito a igual proteção legal 
 
 
 
independentemente de sua origem. 
 
sem qualquer distinção. 
 
submetida à avaliação judicial 
 
considerado o livre arbítrio pessoal. 
 
respeitadas as diversidades locais. 
 
 
 
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