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Planos de Aula (Prática Simulada Constitucional) (1)

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PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 1
Articulação Teoria e Prática
Tema
Apresentação da disciplina Prática Simulada V.  Articulação  Teoria e Prática. Petições iniciais e
recursos. Estruturas das peças. Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.
Palavras­chave
Articulação Teoria e Prática. Petição inicial ­ Recursos
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso. Conhecer: 
as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em articulação com as
disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino centrada na elaboração de peças processuais a
partir de casos concretos e a bibliografia básica e complementar.
Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Processual Civil acerca de
petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais previstos em lei.
Estrutura de Conteúdo
     . Petição inicial
           Endereçamento
           Partes
           Fatos e Fundamentos
           Pedido
           Provas
           Valor da causa
    . Recursos
         Peça de interposição
             Endereçamento
             Partes
             Preparo, Efeito, Remessa
       Peça de Razões do Recurso
             Requisitos
             Razões da reforma
             Requerimentos
Estratégias de Aprendizagem
A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática simulada V e aos
requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e um recurso dentro dos padrões da técnica
jurídica.
Como se trata de uma apresentação da disciplina, a leitura prévia de parte do capitulo 1 do Livro
Didático servirá como uma base fundamental para o entendimento do conteúdo a ser ministrado pelo
professor em sala de aula. 
Recomenda­se:
­ ­Navegar pela  webaula e conhecer os vários recursos e ferramentas úteis para trabalhar com o
conteúdo desta aula.
­ Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DA AULA
1.  Petição inicial
Conceito ­ A petição inicial, instrumento de demanda, é a peça escrita na qual o autor formula o pedido
de tutela jurisdicional ao Estado­juiz, para que diga o direito no caso concreto.
Elementos
Deve a peça indicar (art. 319 do CPC):
I – o juiz ou tribunal a que é dirigida (EM CAIXA ALTA).
II – as partes – autor e réu (NOMES EM CAIXA ALTA) – e a sua qualificação
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, isto é, a causa de pedir e o nexo que, ao ver do autor,
existe entre ela e o efeito jurídico afirmado ou, em outras palavras, o porquê do pedido.
IV – o pedido, com as suas especificações, identificando­se claramente:
· o objeto imediato (natureza da tutela jurisdicional pretendida: condenatória, declaratória,
constitutiva ou desconstitutiva, cominatória ou executiva lato sensu) e o objeto mediato (objeto da
pretensão de direito material);
· o objeto certo e determinado, ressalvadas as hipóteses de admissibilidade de pedido mediato
genérico;
· a cominação pecuniária para o caso de descumprimento da sentença, se o autor pedir a
condenação do réu a abster­se da prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato
que não possa ser realizado por terceiro;
· em caso de pedido de tutelas de urgência/liminar, este será o primeiro item do pedido, sendo
necessária a prévia fundamentação, na causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase
no preenchimento dos requisitos legais exigidos para cada instituto, por exemplo: fumus boni iuris e
periculum in mora.
V – o valor da causa do ponto de vista processual.
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a veracidade dos fatos alegados devem ser
requeridas na inicial, que deverá ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação,
observando que em alguns casos exige­se o direito líquido e certo, logo não há que se falar em produção
de provas no curso da ação.
VII – o requerimento de citação do réu.
VIII – a declaração do endereço em que o advogado receberá intimações.
A petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com absoluta clareza, a pretensão do Autor à
tutela jurisdicional. Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam a eficácia da peça como
veículo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador.
Aspectos formais da petição inicial
Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual:
· Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.
· margem direita de 2cm;
· margem esquerda de 4cm;
· fonte, no mínimo, 12;
· espaço de entrelinha 1,5;
· recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
· alinhamento justificado;
· órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;
· 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;
· nomes das partes em caixa alta;
· nomes dos representantes legais em caixa baixa;
· nome da ação em caixa alta;
· discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);
· fatos narrados em ordem cronológica;
· parágrafos curtos;
· coesão e coerência no discurso;
· nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);
· quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;
· a conclusão da causa de pedir é muito importante, devendo ser um fecho adequado para a
pretensão do Autor;
· não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;
· o pedido segue a ordem dos atos processuais que serão realizados, devendo ser claro, conciso e,
de preferência, dividido em itens;
· prova não é item do pedido;
· os meios de prova que serão produzidos devem ser indicados
· o valor da causa deve ser expresso em reais (R$ xxxx).
1.  Recursos
Conceito  ­ Assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a decisão
impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a
irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado.
Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se possa apreciar o
conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível. Quando o órgão a que
compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz­se que ele não conhece do recurso. O juízo de
admissibilidade é preliminar ao de mérito.
Requisitos de admissibilidade
Intrínsecos: cabimento; legitimação para recorrer; interesse em recorrer e inexistência de fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
Extrínsecos: tempestividade, regularidade formal e preparo.
Juízo De Mérito: após a preliminar da admissibilidade e, cumpre apreciar a matéria impugnada para
acolhê­la, caso fundada, ou rejeitá­la, caso infundada. O objeto do juízo de mérito é o próprio conteúdo
da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão em razão
da má apreciação da questão de direito ou da questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer  error in
procedendo  =>> invalidação da decisão por vício de atividade.
Efeitos Da Interposição
impedimento ao trânsito em julgado
efeito suspensivo
efeito devolutivo
Aspectos formais dos recursos
Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual recursal:
· Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.
· margem direita de 2cm;
· margem esquerda de 4cm;
· fonte, no mínimo, 12;
· espaçode entrelinha 1,5;
· recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
· alinhamento justificado;
· órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;
· 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;
· nomes das partes em caixa alta;
· nomes dos representantes legais em caixa baixa;
· nome da ação e do Recurso em caixa alta;
· discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);
· síntese dos fatos narrados em ordem cronológica;
· parágrafos curtos;
· coesão e coerência no discurso;
· nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);
· quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;
· não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;
Peça de Interposição
· Endereçamento do Recurso
· Espaço destinado ao número do processo.
· Muito embora na prática do dia a dia não qualifiquemos as partes, haja vista o fato de que já
estão qualificados na inicial, quando for o caso do recurso de Apelação, apelante e apelado devem
ter a qualificação completa na peça de interposição, conforme preceitua o artigo 1.010, inciso I do
CPC, e no recurso de Agravo de Instrumento torna­se obrigatória a qualificação considerando sua
interposição fora dos autos. Quantos aos demais recursos usar a forma: já qualificado.
Identificar as partes (recorrente e recorrido); a ação; o inconformismo com a decisão; informar que
as razões seguem anexo; preparo; efeito que deverá ser recebido; requerer a remessa ao órgão
julgador.
Peça de Razões do Recurso
· Identificar e saudar o órgão julgador
· Abordar os requisitos específicos de alguns recursos, por exemplo: para o Recurso
Extraordinário deverão ser abordados: repercussão geral, prequestionamento, cabimento,
tempestividade etc.
· Apresentar uma breve síntese da causa e adentrar no mérito abordando os fundamentos
específicos relacionados ao caso.
· Ao final apresentar o requerimento de reforma/anulação da decisão.
· Concluir a peça indicando local, data e assinatura do Advogado.
Recurso Extraordinário – Constituição Federal – art. 102, III, letras “a”, “b” e “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.
Recurso Especial – Constituição Federal – artigo 105, inciso III, letras “a”, “b”, “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.
Recurso Ordinário – Seu cabimento está disciplinado pelos arts. 102, II letras “a”, 105, II, “b” e “c” da
Constituição da República e arts. 1.027 e 1.028 do  CPC
Indicação de Leitura Específica
DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 1. 18° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL ­ PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA...(livre distribuição)  VARA CÍVEL DA
COMARCA... (Município Y)
(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)
ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO...
                        ou
AO JUÍZO DA ......VARA ..... (observar art. 319, I, do CPC e Código de Organização e Divisão
Judiciária do seu Estado)
 (NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), nacionalidade, estado civil (ou a existência de união
estável), profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o
nº..., endereço eletrônico, domicílio, residente (endereço completo / respeitar esta ordem de
qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional
(endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem propor 
AÇÃO _______,
pelo procedimento  comum ou especial  ,   em   f ace  de   (NOME COMPELTO DA PARTE RÉ),
nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de
identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio,
residente (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I ­ PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER)
II ­ GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER)
III­ DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO  DA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (QUANDO COUBER)
IV ­ DOS FATOS
V ­ DOS FUNDAMENTOS
VI ­ TUTELA PROVISÓRIA (URGENCIA /EVIDENCIA) (QUANDO COUBER)  
VII ­ DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
A ­ Prioridade na tramitação (QUANDO COUBER).
B­ Gratuidade de justiça (QUANDO COUBER).
C­ Concessão/Deferimento da Tutela provisória (urgência/evidencia), (QUANDO COUBER).
D­ Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento
(QUANDO COUBER).
E­ Citação do réu para integrar a relação processual.
F­ Que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato) e (pedido mediato).
G­ Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários
advocatícios.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do
CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá­se à causa o valor de R$... (valor expresso em reais).
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
Nome do Advogado
OAB/(Sigla do Estado)
ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL – Recurso Extraordinário
(PEÇA DE INTERPOSIÇÃO – sobre: ver artigo 1.029 da lei 13.105/15 – CPC)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO X
 (pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)
Processo número...
(RECORRENTE), já qualificado nos autos da AÇÃO ..... com pedido de antecipação dos efeitos da
tutela, que move em face de (RECORRIDO), por seu advogado que esta subscreve,  com endereço
profissional na Rua..., Bairro..., Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas intimações
nos termos do artigo 77, inciso V, do Código de Processo Civil, vem, inconformado com acórdão de
folhas nº..., proferido por esse Tribunal de Justiça, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102,
inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal/88 e artigo 1.029 do CPC, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
para o Supremo Tribunal Federal, cujas razões seguem em anexo, deixando o recorrente de preparar o
recurso, considerando que é beneficiário da Gratuidade de Justiça, conforme se verifica nos autos à fl.
..., requerendo, seja estendida a gratuidade ao presente recurso, haja vista não possuir condições
financeiras de arcar com o pagamento das custas e dos honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família
Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a intimação da parte recorrida, facultando­lhe a
apresentação de contrarrazões no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 1.030 do CPC.
Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com consequente
remessa do presente recurso ao Supremo Tribunal Federal.
Termos em que
pede deferimento.
Local..., data...
Assinatura do Advogado
OAB/UF
(PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS)
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RECORRENTE: JOSÉ DA SILVA
RECORRIDO: MUNICÍPIO Y
PROCESSO NÚMERO...
Egrégio Tribunal,
         Colenda Turma
                   Nobres Julgadores.
Não merece prosperar o venerando acórdão que negou provimento ao recurso de apelação, uma vez que
a decisão viola princípios constitucionais e direitos fundamentais.
(espaço de duas linhas)
DA ADMISSIBILIDADE
Da Tempestividade
Facilmente se depreende do quadro abaixo a tempestividade na interposição [...]
Do Cabimento
É cabível o presenterecurso nos termos [...]
Do Prequestionamento
Como se observa da análise do acórdão ora em debate, a matéria trazida à baila foi devidamente
prequestionada [...]
Da Repercussão Geral
Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, § 3º da CRFB/88, o recorrente vem
demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral apta a ensejar admissibilidade do
apelo extraordinário por essa Corte.
[...]
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DE INVALIDAÇÃO DA DECISÃO
RECORRIDA
DO PEDIDO
Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário seja
CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado
pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
      OAB/UF n.º...
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 2. 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 2
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Tema
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Palavras­chave
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Identificar a modalidade de mandado de Injunção (individual ou coletivo), a competência para
julgamento do remédio constitucional e o rito procedimental;
· Identificar os pressupostos para a impetração do Mandado de Injunção e sua diferença quanto Ação
Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)
· Identificar os legitimados, considerando a autoridade omissa;
· Requerer a procedência para declarar a omissão normativa;
· Redigir a peça com especial atenção à fundamentação de fato e de direito.
Estrutura de Conteúdo
      . Mandado de Injunção
            . Competência;
            . Legitimação;
            . Requisitos;
            . Distinção quanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão.
            . Fundamentação: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art.
30, II, todos da CRFB/88.
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
O mandado de injunção tem como fundamento o artigo 5º, inciso LXXI da CRFB/88.
A Lei nº 13.300/16 que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e
coletivo e dá outras providências.
CONCEITUAÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃO
Para Alexandre de Moraes: O Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter
civil, e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar
o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal?.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 177 e 178.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
Consideram­se seus pressupostos a falta de norma reguladora de uma previsão constitucional (omissão
total ou parcial do Poder Público) e inviabilização do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A competência para conhecer do mandado de injunção será fixada de acordo com a autoridade omissa,
conforme preceitua, por exemplo, a CRFB/88 em seus artigos 102, I, ?q?, competência originária do STF
e 105, I, ?h?, competência originária do STJ e, em âmbito estadual, as Constituições Estaduais poderão
fazer prever a competência, que pertencerá aos Tribunais de Justiça, por meio de seus Regimentos
Internos.
O legitimado passivo é aquele que tinha dever de editar a norma regulamentadora que viabilizaria o
exercício pleno os direitos fundamentais. Para a legitimidade ativa  no Mandado de Injunção (individual)
­ pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, cujo direito fundamental esteja inviabilizado à
espera de uma norma que o regulamente.  Já para o Mandado de Injunção (coletivo)  mesmos que podem
impetrar o mandado de segurança coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88 e artigo 3, da Lei nº 13.300/16).
A intervenção do Ministério Público é obrigatória, artigo 07°, da Lei nº 13.300/16.
Fundamentos: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art.  30,  II,
todos da CRFB/88.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 02 está baseada no item 2.1. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da omissão de autoridade competente em editar determinada norma, o que
inviabiliza o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição
Federal.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de acolher o mandado de injunção visando declarar a
omissão legislativa. Alguns links de busca: www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?
q=Mandado...injunção www.stf.jus.br/arquivo/cms/.../anexo/mandadoinjuncao.pdf
www.conjur.com.br/.../toda­www.conjur.com.br/.../toda­prova­mandado­injuncao­jurisprudencia­stf­stj
www.jurisite.com.br/doutrinas/Constitucional/doutconst72.html
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
­ Lei n. 13.300, de 23 de junho de 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional
em estação de tratamento de esgoto, submetendo­se à exposição constante a agentes nocivos à saúde.
Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade.
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a
lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o
exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando­se, assim, o
direito previsto na constituição estadual a tal benefício:
Lei orgânica do Município Y.
Art. 51 ­ Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
(...)
III ­ regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
Constituição do Estado de São Paulo.
Artigo 126 ­ Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
(...)
§ 4º ­ É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I­ portadores de deficiência;
II ­ que exerçam atividades de risco;
III ­ cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física.
Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao
Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora
estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o
exercício de direitos assegurados na  Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na
qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y
promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando­
se para os requisitos formais da medidajudicial a ser elaborada.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão: 
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 3
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo
Tema
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo
Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Licitação ­ Lei nº 8.666/93
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do
direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação mandamental; identificar a autoridade
coatora e o órgão de vinculação; requerer a segurança, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente ao Mandado de Segurança.
Estrutura de Conteúdo
. Ação Mandamental ­ Mandado de Segurança.
. Rito procedimental;
. Violação do Direito Líquido e Certo;
.  Tutela de Urgência ­ Liminar ­ art. 7°, III, da Lei  nª 12.016/90
.  Constituição Federal;
. Lei nº 8.666/93 ­ Licitações
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
Remédio constitucional com vistas a combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
O fundamento do Mandado de Segurança se encontra localizado na Constituição Federal de 1988 em seu
artigo 5º, LXIX e LXX  e na Lei nº 12.016/2009, que dispõe sobre o Mandado de Segurança Individual e
Coletivo.
CONCEITO DE MANDADO DE SEGURANÇA
O Mandado de Segurança, na definição de Hely Lopes Meirelles, é: o meio constitucional posto à
disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade
reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça?. (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança,
ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 18ª. ed. (atualizada por Arnoldo
Wald). São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 03).
MODALIDADES E CABIMENTO
a) Mandado de Segurança Individual (artigo 5º, LXIX, CRFB/88) ­  é utilizado na proteção do direito do
indivíduo, onde o impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, as
universalidades de bens (espólio, massa falida etc.), a pessoa jurídica; b) Mandado de Segurança
Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) ? é utilizado para facilitar o acesso de pessoas jurídicas, na defesa
de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional.
Cabe ressaltar a necessidade de existência de direito liquido e certo para a impetração.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
Disciplina o artigo 23, da Lei nº 12.016/09 que deve ser obedecido o prazo de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar.
A competência para o Mandado de Segurança é definida em função da autoridade coatora. Ressalta­se a
previsão dos artigos 102, I, d, 105, I, b, 108, I, c, e 109, VIII, da CRFB/88 e previsão nos Regimentos
Internos dos Tribunais dos Estados.
Embora a jurisprudência siga no caminho de que o legitimado passivo é a autoridade coatora que pratica
ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, a doutrina não é
unânime em relação a esse posicionamento, havendo entendimento de que o polo passivo deve ser
ocupado pela jurídica a que está vinculada a autoridade coatora.
A intervenção do Ministério Público é obrigatória, aplicação do artigo 12, da Lei nº 12.016/09.
Fundamento: artigo 5º, LV e LXIX, CRFB/88; 
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 03 está baseada no item 2.2. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da ocorrência de ato ilegal e/ou abusivo praticado por autoridade.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de conceder a segurança por violação a direito liquido e
certo. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;
www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
MEIRELLES; Hely Lopes. atualizado pelo Arnold Wald e pelo Gilmar Mendes. Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 37° Edição. 2016.
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA, Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB ? Direito Administrativo. Adaptado.
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe
fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora
pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota.
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e
derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo
Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo
tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi
absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em
julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão
nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da
imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação
da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final,
que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à
servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em
11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial,
ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as
medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades
financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua
cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados.
Elabore a peça adequada, considerando que:
I. não há necessidade de dilação probatória;
II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão;
III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 4
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 4
Habeas Data ­ Direito Constitucional
Tema
Habeas Data  ­ Direito Constitucional
Palavras­chave
Habeas Data ­ Direito Constitucional ­ Direito a Informação ­ Lei nº 9.507/97
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do
direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 ­  Identificara competência para julgamento do remédio constitucional;  identificar a
autoridade coatora e o órgão de vinculação;  requerer a procedência do pedido para invalidar o ato
ilegal/abusivo, observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Data.
Estrutura de Conteúdo
. Habeas Data
     . Competência;
     . Legitimação;
. Cabimento
. Fundamentos ­  CRFB/88, art. 5º, LXXII;  Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
O  habeas data tem por finalidade tutelar o direito de informação e intimidade do indivíduo, tendo
previsão constitucional no artigo 5º, LXXII, CRFB, e na Lei nº 9.507/97 que disciplina o remédio
constitucional.
CONCEITO DE HABEAS DATA
Nas palavras de Alexandre de Moraes: Assim, pode­se definir o habeas data como o direito que assiste a
todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais
estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam
retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. (MORAES, Alexandre de.
Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 148).
FINALIDADE
Tem por finalidade a obtenção de informações existentes na entidade governamental ou daquelas de
caráter público, e ainda eventual retificação dos dados nelas constantes. O direito de retificar eventuais
informações errôneas, obsoletas ou discriminatórias constitui um complemento inseparável ao direito de
acesso às informações.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
A competência par impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora,
com previsão nos artigos 102, I, d;  105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei
9.507/97.
O habeas data pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, desde que se enquadrem nas
hipóteses dos artigos 5º, LXII, da CRFB/88 e artigo 7º da Lei 9.507/97; já o legitimado passivo é
qualquer entidade governamental, pessoa jurídica de direito público ou privada, prestadores de serviços
de caráter público que detenham dados referentes às pessoas físicas ou jurídicas (exemplo: SPC,
SERASA).
Obrigatoriedade de oitiva do Ministério Público, aplicação do artigo 12, da Lei nº 9.507/97.
Fundamento: CRFB/88, art. 5º, LXXII; Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X  da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 04 está baseada no item 2.3. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da negativa de informação ou negativa de retificação de dados.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de julgar procedente o pedido concedendo ao direito as
informações e ret if icação das  informações devidos ao cidadão.  Alguns si tes de busca:
www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br;  www.stj.jus.br;  www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: OAB 2010.3 ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­ ÁREA: DIREITO
CONSITUTCIONAL.
           Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos
que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes
estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos
órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais.
Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo
Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo
das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para
todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado,
que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio.
            Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando:
a) competência do Juízo;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;
d) os requisitos formais da peça inaugural.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 5
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 5
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional
Tema
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional
Palavras­chave
Habeas Corpus ­ Direito Constitucional ­ Direito a Liberdade ­ Ato Ilegal
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do
direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 ­  Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional;  identificar a
autoridade coatora e o órgão de vinculação; requerer a procedência do pedido para concessão da ordem,
observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Corpus.
Estrutura de Conteúdo
. Habeas Corpus ­ Preventivo ou Repressivo
     . Competência;
     . Legitimação;
. Fundamentos ­ Constituição Federal ­ garantia constitucional,  artigo 5º, inciso LXVIII, CRFB/88;
artigo 60, § 4º, da CRFB/88; artigo 648, I, do CPP, pois o fato é atípico;  art. 5, XV, CRFB/88;
art. 5º, LIV, CRFB/88; art. 93, IX, CRFB/88.
. Cabimento
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
O habeas corpus pode ser considerado como remédio constitucional ou ação constitucional, pois sua
gênese está no texto da Constituição Federal de 1988, conforme artigo 5º, inciso LXVIII, como um
direito e garantia fundamental. É encarado como cláusula pétria e não pode ser suprimido do bojo da
Constituição, nem mesmo por emenda constitucional (artigo 60, § 4º, da CRFB/88).
Também pode ser encontrado no Código de Processo Penal nos artigos 647 a 677, e como toda garantia,
o habeas corpus, tutela o direito à liberdade de locomoção (por exemplo: o direito de ir e vir, entrar, sair
e permanecer no país com seus bens em tempo de paz ? artigo 5º, XV, da CRFB/88).
CONCEITO DE HABEAS CORPUS
Nas palavras de Alexandre de Moraes: Assim, pode­se definir o habeas data como o direito que assiste a
todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais
estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam
retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. (MORAES, Alexandre de.
Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 148).
MODALIDADES
Ressalta­se a existência de duas espécies de  habeas corpus: o  preventivo ­ remédio constitucional
utilizado para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o
salvo­conduto; o repressivo ­ também conhecido como suspensivo ou liberatório, que é utilizado com opropósito de liberar o paciente quando já consumada a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua
liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
No habeas corpus a autoridade coatora é que servirá de base para fixação da competência, por exemplo:
artigo 102, I, ?d? e ?i? da CRFB/88; artigo 105, I, c, da CRFB/88; artigo 108, I, "d" da CF; artigo 109,
VII, da CRFB/88.
Qualquer pessoa física, nacional ou estrangeiro, que se achar ameaçada de sofrer lesão a seu direito de
locomoção tem direito de impetrar  habeas corpus  em  benefício de si ou de terceiro  e   s em   a
necessidade de capacidade postulatória (patrocínio de advogado).; no polo passivo figurará o acusado de
ferir seu direito é denominado coator, e será processualmente conhecido como impetrado.
Em princípio não há necessidade de intervenção do Ministério Público, nos casos de competência do
juízo de primeira instância, e quando impetrados de forma originária nos tribunais atenta­se ao que
dispõe o Decreto­lei nº 552/1979, concedendo­se vista dos autos por dois dias ao Ministério Público.
É possível, segundo a jurisprudência, a concessão de liminar em habeas corpus, sempre que presentes o
fumus boni iuris e o periculum in mora.
Fundamento: artigo 5º, inciso LXVIII, CRFB/88; artigo 60, § 4º, da CRFB/88; artigo 648, I, do CPP,
pois o fato é atípico; art. 5, XV, CRFB/88; art. 5º, LIV, CRFB/88; art. 93, IX, CRFB/88.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 05 está baseada no item 2.4. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da ameaça ou efetivo cerceamento de liberdade (direito de ir e vir).
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de conceder a ordem diante da constatação de ato
ilegal/abusivo contra o direito de liberdade. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br;
www.stj.jus.br; www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO:
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 1
Articulação Teoria e Prática
Tema
Apresentação da disciplina Prática Simulada V.  Articulação  Teoria e Prática. Petições iniciais e
recursos. Estruturas das peças. Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.
Palavras­chave
Articulação Teoria e Prática. Petição inicial ­ Recursos
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso. Conhecer: 
as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em articulação com as
disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino centrada na elaboração de peças processuais a
partir de casos concretos e a bibliografia básica e complementar.
Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Processual Civil acerca de
petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais previstos em lei.
Estrutura de Conteúdo
     . Petição inicial
           Endereçamento
           Partes
           Fatos e Fundamentos
           Pedido
           Provas
           Valor da causa
    . Recursos
         Peça de interposição
             Endereçamento
             Partes
             Preparo, Efeito, Remessa
       Peça de Razões do Recurso
             Requisitos
             Razões da reforma
             Requerimentos
Estratégias de Aprendizagem
A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática simulada V e aos
requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e um recurso dentro dos padrões da técnica
jurídica.
Como se trata de uma apresentação da disciplina, a leitura prévia de parte do capitulo 1 do Livro
Didático servirá como uma base fundamental para o entendimento do conteúdo a ser ministrado pelo
professor em sala de aula. 
Recomenda­se:
­ ­Navegar pela  webaula e conhecer os vários recursos e ferramentas úteis para trabalhar com o
conteúdo desta aula.
­ Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DA AULA
1.  Petição inicial
Conceito ­ A petição inicial, instrumento de demanda, é a peça escrita na qual o autor formula o pedido
de tutela jurisdicional ao Estado­juiz, para que diga o direito no caso concreto.
Elementos
Deve a peça indicar (art. 319 do CPC):
I – o juiz ou tribunal a que é dirigida (EM CAIXA ALTA).
II – as partes – autor e réu (NOMES EM CAIXA ALTA) – e a sua qualificação
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, isto é, a causa de pedir e o nexo que, ao ver do autor,
existe entre ela e o efeito jurídico afirmado ou, em outras palavras, o porquê do pedido.
IV – o pedido, com as suas especificações, identificando­se claramente:
· o objeto imediato (natureza da tutela jurisdicional pretendida: condenatória, declaratória,
constitutiva ou desconstitutiva, cominatória ou executiva lato sensu) e o objeto mediato (objeto da
pretensão de direito material);
· o objeto certo e determinado, ressalvadas as hipóteses de admissibilidade de pedido mediato
genérico;
· a cominação pecuniária para o caso de descumprimento da sentença, se o autor pedir a
condenação do réu a abster­se da prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato
que não possa ser realizado por terceiro;
· em caso de pedido de tutelas de urgência/liminar, este será o primeiro item do pedido, sendo
necessária a prévia fundamentação, na causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase
no preenchimento dos requisitos legais exigidos para cada instituto, por exemplo: fumus boni iuris e
periculum in mora.
V – o valor da causa do ponto de vista processual.
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a veracidade dos fatos alegados devem ser
requeridas na inicial, que deverá ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação,
observando que em alguns casos exige­se o direito líquido e certo, logo não há que se falar em produção
de provas no curso da ação.
VII – o requerimento de citação do réu.
VIII – a declaração do endereço em que o advogado receberá intimações.
A petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com absoluta clareza, a pretensão do Autor à
tutela jurisdicional. Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam a eficácia da peça como
veículo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador.
Aspectos formais da petição inicial
Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual:
· Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.
· margem direita de 2cm;
· margem esquerda de 4cm;
· fonte, no mínimo, 12;
· espaço de entrelinha 1,5;
· recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
· alinhamento justificado;
· órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;
· 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;
· nomes das partes em caixa alta;
· nomes dos representantes legais em caixa baixa;
· nome da ação em caixa alta;
· discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);
· fatos narrados em ordem cronológica;
· parágrafos curtos;
· coesão e coerência no discurso;· nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);
· quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;
· a conclusão da causa de pedir é muito importante, devendo ser um fecho adequado para a
pretensão do Autor;
· não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;
· o pedido segue a ordem dos atos processuais que serão realizados, devendo ser claro, conciso e,
de preferência, dividido em itens;
· prova não é item do pedido;
· os meios de prova que serão produzidos devem ser indicados
· o valor da causa deve ser expresso em reais (R$ xxxx).
1.  Recursos
Conceito  ­ Assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a decisão
impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a
irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado.
Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se possa apreciar o
conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível. Quando o órgão a que
compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz­se que ele não conhece do recurso. O juízo de
admissibilidade é preliminar ao de mérito.
Requisitos de admissibilidade
Intrínsecos: cabimento; legitimação para recorrer; interesse em recorrer e inexistência de fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
Extrínsecos: tempestividade, regularidade formal e preparo.
Juízo De Mérito: após a preliminar da admissibilidade e, cumpre apreciar a matéria impugnada para
acolhê­la, caso fundada, ou rejeitá­la, caso infundada. O objeto do juízo de mérito é o próprio conteúdo
da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão em razão
da má apreciação da questão de direito ou da questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer  error in
procedendo  =>> invalidação da decisão por vício de atividade.
Efeitos Da Interposição
impedimento ao trânsito em julgado
efeito suspensivo
efeito devolutivo
Aspectos formais dos recursos
Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual recursal:
· Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.
· margem direita de 2cm;
· margem esquerda de 4cm;
· fonte, no mínimo, 12;
· espaço de entrelinha 1,5;
· recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;
· alinhamento justificado;
· órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;
· 10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;
· nomes das partes em caixa alta;
· nomes dos representantes legais em caixa baixa;
· nome da ação e do Recurso em caixa alta;
· discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);
· síntese dos fatos narrados em ordem cronológica;
· parágrafos curtos;
· coesão e coerência no discurso;
· nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do
autor, obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma,
espécie de recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);
· quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser
reduzido a simples;
· não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;
Peça de Interposição
· Endereçamento do Recurso
· Espaço destinado ao número do processo.
· Muito embora na prática do dia a dia não qualifiquemos as partes, haja vista o fato de que já
estão qualificados na inicial, quando for o caso do recurso de Apelação, apelante e apelado devem
ter a qualificação completa na peça de interposição, conforme preceitua o artigo 1.010, inciso I do
CPC, e no recurso de Agravo de Instrumento torna­se obrigatória a qualificação considerando sua
interposição fora dos autos. Quantos aos demais recursos usar a forma: já qualificado.
Identificar as partes (recorrente e recorrido); a ação; o inconformismo com a decisão; informar que
as razões seguem anexo; preparo; efeito que deverá ser recebido; requerer a remessa ao órgão
julgador.
Peça de Razões do Recurso
· Identificar e saudar o órgão julgador
· Abordar os requisitos específicos de alguns recursos, por exemplo: para o Recurso
Extraordinário deverão ser abordados: repercussão geral, prequestionamento, cabimento,
tempestividade etc.
· Apresentar uma breve síntese da causa e adentrar no mérito abordando os fundamentos
específicos relacionados ao caso.
· Ao final apresentar o requerimento de reforma/anulação da decisão.
· Concluir a peça indicando local, data e assinatura do Advogado.
Recurso Extraordinário – Constituição Federal – art. 102, III, letras “a”, “b” e “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.
Recurso Especial – Constituição Federal – artigo 105, inciso III, letras “a”, “b”, “c” – art. 1.029 e
seguintes do CPC.
Recurso Ordinário – Seu cabimento está disciplinado pelos arts. 102, II letras “a”, 105, II, “b” e “c” da
Constituição da República e arts. 1.027 e 1.028 do  CPC
Indicação de Leitura Específica
DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol 1. 18° Edição. Bahia. JusPodium. 2016.
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL ­ PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA...(livre distribuição)  VARA CÍVEL DA
COMARCA... (Município Y)
(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)
ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO...
                        ou
AO JUÍZO DA ......VARA ..... (observar art. 319, I, do CPC e Código de Organização e Divisão
Judiciária do seu Estado)
 (NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), nacionalidade, estado civil (ou a existência de união
estável), profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o
nº..., endereço eletrônico, domicílio, residente (endereço completo / respeitar esta ordem de
qualificação completa conforme art. 319, inc. II CPC), por seu advogado, com endereço profissional
(endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem propor 
AÇÃO _______,
pelo procedimento  comum ou especial  ,   em   f ace  de   (NOME COMPELTO DA PARTE RÉ),
nacionalidade, estado civil (ou a existência de união estável), profissão, portador da carteira de
identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio,
residente (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I ­ PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (QUANDO COUBER)
II ­ GRATUIDADE DE JUSTIÇA (QUANDO COUBER)
III­ DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO  DA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (QUANDO COUBER)
IV ­ DOS FATOS
V ­ DOS FUNDAMENTOS
VI ­ TUTELA PROVISÓRIA (URGENCIA /EVIDENCIA) (QUANDO COUBER)  
VII ­ DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
A ­ Prioridade na tramitação (QUANDO COUBER).
B­ Gratuidade de justiça (QUANDO COUBER).
C­ Concessão/Deferimento da Tutela provisória (urgência/evidencia), (QUANDO COUBER).
D­ Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento
(QUANDO COUBER).
E­ Citação do réu para integrar a relação processual.
F­ Que seja julgado procedente o pedido para (pedido imediato) e (pedido mediato).
G­ Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários
advocatícios.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do
CPC, em especial a prova documental,a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá­se à causa o valor de R$... (valor expresso em reais).
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
Nome do Advogado
OAB/(Sigla do Estado)
ESQUELETO DE PEÇA PROCESSUAL – Recurso Extraordinário
(PEÇA DE INTERPOSIÇÃO – sobre: ver artigo 1.029 da lei 13.105/15 – CPC)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO X
 (pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)
Processo número...
(RECORRENTE), já qualificado nos autos da AÇÃO ..... com pedido de antecipação dos efeitos da
tutela, que move em face de (RECORRIDO), por seu advogado que esta subscreve,  com endereço
profissional na Rua..., Bairro..., Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas intimações
nos termos do artigo 77, inciso V, do Código de Processo Civil, vem, inconformado com acórdão de
folhas nº..., proferido por esse Tribunal de Justiça, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102,
inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal/88 e artigo 1.029 do CPC, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
para o Supremo Tribunal Federal, cujas razões seguem em anexo, deixando o recorrente de preparar o
recurso, considerando que é beneficiário da Gratuidade de Justiça, conforme se verifica nos autos à fl.
..., requerendo, seja estendida a gratuidade ao presente recurso, haja vista não possuir condições
financeiras de arcar com o pagamento das custas e dos honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família
Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a intimação da parte recorrida, facultando­lhe a
apresentação de contrarrazões no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 1.030 do CPC.
Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com consequente
remessa do presente recurso ao Supremo Tribunal Federal.
Termos em que
pede deferimento.
Local..., data...
Assinatura do Advogado
OAB/UF
(PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS)
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RECORRENTE: JOSÉ DA SILVA
RECORRIDO: MUNICÍPIO Y
PROCESSO NÚMERO...
Egrégio Tribunal,
         Colenda Turma
                   Nobres Julgadores.
Não merece prosperar o venerando acórdão que negou provimento ao recurso de apelação, uma vez que
a decisão viola princípios constitucionais e direitos fundamentais.
(espaço de duas linhas)
DA ADMISSIBILIDADE
Da Tempestividade
Facilmente se depreende do quadro abaixo a tempestividade na interposição [...]
Do Cabimento
É cabível o presente recurso nos termos [...]
Do Prequestionamento
Como se observa da análise do acórdão ora em debate, a matéria trazida à baila foi devidamente
prequestionada [...]
Da Repercussão Geral
Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, § 3º da CRFB/88, o recorrente vem
demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral apta a ensejar admissibilidade do
apelo extraordinário por essa Corte.
[...]
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DE INVALIDAÇÃO DA DECISÃO
RECORRIDA
DO PEDIDO
Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário seja
CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado
pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
      OAB/UF n.º...
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 2. 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 2
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Tema
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Palavras­chave
Mandado de Injunção ­ Direito Constitucional
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Identificar a modalidade de mandado de Injunção (individual ou coletivo), a competência para
julgamento do remédio constitucional e o rito procedimental;
· Identificar os pressupostos para a impetração do Mandado de Injunção e sua diferença quanto Ação
Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)
· Identificar os legitimados, considerando a autoridade omissa;
· Requerer a procedência para declarar a omissão normativa;
· Redigir a peça com especial atenção à fundamentação de fato e de direito.
Estrutura de Conteúdo
      . Mandado de Injunção
            . Competência;
            . Legitimação;
            . Requisitos;
            . Distinção quanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão.
            . Fundamentação: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art.
30, II, todos da CRFB/88.
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
O mandado de injunção tem como fundamento o artigo 5º, inciso LXXI da CRFB/88.
A Lei nº 13.300/16 que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e
coletivo e dá outras providências.
CONCEITUAÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃO
Para Alexandre de Moraes: O Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter
civil, e de procedimento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar
o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal?.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 177 e 178.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
Consideram­se seus pressupostos a falta de norma reguladora de uma previsão constitucional (omissão
total ou parcial do Poder Público) e inviabilização do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A competência para conhecer do mandado de injunção será fixada de acordo com a autoridade omissa,
conforme preceitua, por exemplo, a CRFB/88 em seus artigos 102, I, ?q?, competência originária do STF
e 105, I, ?h?, competência originária do STJ e, em âmbito estadual, as Constituições Estaduais poderão
fazer prever a competência, que pertencerá aos Tribunais de Justiça, por meio de seus Regimentos
Internos.
O legitimado passivo é aquele que tinha dever de editar a norma regulamentadora que viabilizaria o
exercício pleno os direitos fundamentais. Para a legitimidade ativa  no Mandado de Injunção (individual)
­ pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, cujo direito fundamental esteja inviabilizado à
espera de uma norma que o regulamente.  Já para o Mandado de Injunção (coletivo)  mesmos que podem
impetrar o mandado de segurança coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88 e artigo 3, da Lei nº 13.300/16).
A intervenção do Ministério Público é obrigatória, artigo 07°, da Lei nº 13.300/16.
Fundamentos: artigo 5º, LXXI; art. 126, § 4º, III; art. 24, XII; art. 24, § 4º; art. 24, § 3º; art.  30,  II,
todos da CRFB/88.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 02 está baseada no item 2.1. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da omissão de autoridade competente em editar determinada norma, o que
inviabiliza o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição
Federal.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de acolher o mandado de injunção visando declarar a
omissão legislativa. Alguns links de busca: www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?
q=Mandado...injunção www.stf.jus.br/arquivo/cms/.../anexo/mandadoinjuncao.pdf
www.conjur.com.br/.../toda­www.conjur.com.br/.../toda­prova­mandado­injuncao­jurisprudencia­stf­stj
www.jurisite.com.br/doutrinas/Constitucional/doutconst72.html
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outrasdicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
­ Lei n. 13.300, de 23 de junho de 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional
em estação de tratamento de esgoto, submetendo­se à exposição constante a agentes nocivos à saúde.
Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade.
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a
lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o
exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando­se, assim, o
direito previsto na constituição estadual a tal benefício:
Lei orgânica do Município Y.
Art. 51 ­ Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
(...)
III ­ regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
Constituição do Estado de São Paulo.
Artigo 126 ­ Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
(...)
§ 4º ­ É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I­ portadores de deficiência;
II ­ que exerçam atividades de risco;
III ­ cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física.
Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao
Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora
estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o
exercício de direitos assegurados na  Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na
qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y
promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando­
se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão: 
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 3
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo
Tema
Mandado de Segurança ­ Direito Administrativo
Palavras­chave
Mandado de Segurança ­ Direito Constitucional e Administrativo ­ Licitação ­ Lei nº 8.666/93
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do
direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 ­ Identificar a competência para julgamento da ação mandamental; identificar a autoridade
coatora e o órgão de vinculação; requerer a segurança, observada a necessidade da concessão da medida
liminar pertinente ao Mandado de Segurança.
Estrutura de Conteúdo
. Ação Mandamental ­ Mandado de Segurança.
. Rito procedimental;
. Violação do Direito Líquido e Certo;
.  Tutela de Urgência ­ Liminar ­ art. 7°, III, da Lei  nª 12.016/90
.  Constituição Federal;
. Lei nº 8.666/93 ­ Licitações
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
Remédio constitucional com vistas a combater ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
O fundamento do Mandado de Segurança se encontra localizado na Constituição Federal de 1988 em seu
artigo 5º, LXIX e LXX  e na Lei nº 12.016/2009, que dispõe sobre o Mandado de Segurança Individual e
Coletivo.
CONCEITO DE MANDADO DE SEGURANÇA
O Mandado de Segurança, na definição de Hely Lopes Meirelles, é: o meio constitucional posto à
disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade
reconhecida por lei, para proteção de direito individual ou coletivo, líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça?. (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança,
ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 18ª. ed. (atualizada por Arnoldo
Wald). São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 03).
MODALIDADES E CABIMENTO
a) Mandado de Segurança Individual (artigo 5º, LXIX, CRFB/88) ­  é utilizado na proteção do direito do
indivíduo, onde o impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, as
universalidades de bens (espólio, massa falida etc.), a pessoa jurídica; b) Mandado de Segurança
Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) ? é utilizado para facilitar o acesso de pessoas jurídicas, na defesa
de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional.
Cabe ressaltar a necessidade de existência de direito liquido e certo para a impetração.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
Disciplina o artigo 23, da Lei nº 12.016/09 que deve ser obedecido o prazo de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar.
A competência para o Mandado de Segurança é definida em função da autoridade coatora. Ressalta­se a
previsão dos artigos 102, I, d, 105, I, b, 108, I, c, e 109, VIII, da CRFB/88 e previsão nos Regimentos
Internos dos Tribunais dos Estados.
Embora a jurisprudência siga no caminho de que o legitimado passivo é a autoridade coatora que pratica
ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, a doutrina não é
unânime em relação a esse posicionamento, havendo entendimento de que o polo passivo deve ser
ocupado pela jurídica a que está vinculada a autoridade coatora.
A intervenção do Ministério Público é obrigatória, aplicação do artigo 12, da Lei nº 12.016/09.
Fundamento: artigo 5º, LV e LXIX, CRFB/88; 
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 03 está baseada no item 2.2. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da ocorrência de ato ilegal e/ou abusivo praticado por autoridade.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de conceder a segurança por violação a direito liquido e
certo. Alguns sites de busca: www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;
www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
MEIRELLES; Hely Lopes. atualizado pelo Arnold Wald e pelo Gilmar Mendes. Mandado de Segurança e Ações Constitucionais. 37° Edição. 2016.
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA, Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB ? Direito Administrativo. Adaptado.
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe
fora atribuídaem uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora
pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota.
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e
derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo
Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo
tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi
absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em
julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão
nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da
imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação
da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final,
que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à
servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em
11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial,
ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as
medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades
financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua
cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados.
Elabore a peça adequada, considerando que:
I. não há necessidade de dilação probatória;
II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão;
III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 4
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) ­ CCJ0151
Semana Aula: 4
Habeas Data ­ Direito Constitucional
Tema
Habeas Data  ­ Direito Constitucional
Palavras­chave
Habeas Data ­ Direito Constitucional ­ Direito a Informação ­ Lei nº 9.507/97
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Objetivo 1 ­ Compreender a importância da disciplina para os objetivos do curso; o campo da ciência do
direito e de suas diversas ramificações e sua relação com as ciências afins;
Objetivo 2 ­  Identificar a competência para julgamento do remédio constitucional;  identificar a
autoridade coatora e o órgão de vinculação;  requerer a procedência do pedido para invalidar o ato
ilegal/abusivo, observada a necessidade da concessão da medida liminar pertinente ao Habeas Data.
Estrutura de Conteúdo
. Habeas Data
     . Competência;
     . Legitimação;
. Cabimento
. Fundamentos ­  CRFB/88, art. 5º, LXXII;  Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97
Estratégias de Aprendizagem
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
O  habeas data tem por finalidade tutelar o direito de informação e intimidade do indivíduo, tendo
previsão constitucional no artigo 5º, LXXII, CRFB, e na Lei nº 9.507/97 que disciplina o remédio
constitucional.
CONCEITO DE HABEAS DATA
Nas palavras de Alexandre de Moraes: Assim, pode­se definir o habeas data como o direito que assiste a
todas as pessoas de solicitar judicialmente a exibição dos registros públicos ou privados, nos quais
estejam incluídos seus dados pessoais, para que deles se tome conhecimento e, se necessário for, sejam
retificados os dados inexatos ou obsoletos ou que impliquem discriminação. (MORAES, Alexandre de.
Direito Constitucional. 30. ed. ­ São Paulo: Atlas, 2014, p. 148).
FINALIDADE
Tem por finalidade a obtenção de informações existentes na entidade governamental ou daquelas de
caráter público, e ainda eventual retificação dos dados nelas constantes. O direito de retificar eventuais
informações errôneas, obsoletas ou discriminatórias constitui um complemento inseparável ao direito de
acesso às informações.
REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA PROCESSUAL
A competência par impetração do Habeas Data deve ser fixada de acordo com a autoridade coatora,
com previsão nos artigos 102, I, d;  105, I, b; 108, I, c; 109, VIII, da CRFB/88 e artigo 20 da Lei
9.507/97.
O habeas data pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, desde que se enquadrem nas
hipóteses dos artigos 5º, LXII, da CRFB/88 e artigo 7º da Lei 9.507/97; já o legitimado passivo é
qualquer entidade governamental, pessoa jurídica de direito público ou privada, prestadores de serviços
de caráter público que detenham dados referentes às pessoas físicas ou jurídicas (exemplo: SPC,
SERASA).
Obrigatoriedade de oitiva do Ministério Público, aplicação do artigo 12, da Lei nº 9.507/97.
Fundamento: CRFB/88, art. 5º, LXXII; Direito à informação ­ art. 5º, XXXIII; Direito à
intimidade/vida privada ­ art. 5º, X  da CRFB/88; art. 8º, I, da Lei 9507/97.
A leitura prévia do conteúdo, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente
virtual são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
A aula 04 está baseada no item 2.3. da Unidade II do Plano de Ensino com viés constitucional. A peça
processual objeto do caso proposto é considerada um remédio constitucional relevante colocado à
disposição do cidadão diante da negativa de informação ou negativa de retificação de dados.
Recomenda­se:
­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.
­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para
se preparar para a aula.
Inúmeros são os julgados existentes no sentido de julgar procedente o pedido concedendo ao direito as
informações e ret if icação das  informações devidos ao cidadão.  Alguns si tes de busca:
www.jusbrasil.com.br; www.stf.jus.br;  www.stj.jus.br;  www.conjur.com.br; www.jurisway.org.br
Por fim, confira com o seu professor, durante a aula, outras dicas de leitura ou possíveis sugestões para
seu aprendizado e que não estejam explicitadas no plano de aula.
Indicação de Leitura Específica
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Ed. Atlas. 8°Edição. 2016.
PADILHA,Rodrigo. Manual de Prática Constitucional ­ 6ª Edição. Método. 2016.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: OAB 2010.3 ­ PROVA PRÁTICO ­ PROFISSIONAL ­ ÁREA: DIREITO
CONSITUTCIONAL.
           Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos
que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes
estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos
órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais.
Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo
Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo
das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para
todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado,
que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio.
            Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando:
a) competência do Juízo;
b) legitimidade ativa e passiva;
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados;
d) os requisitos formais da peça inaugural.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 5
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL)

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