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PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
 
 
 
 
 
ANDRÉ CACRERA DOS SANTOS 
SOBRINHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente SP 
2018 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
"CONSELHEIRO ALGACYR MUNHOZ 
MAÉDER" 
CURSO DE ARQUITETURA E 
URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
 
 
 
 
 
ANDRÉ CABRERA DOS SANTOS 
SOBRINHO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Faculdade de Engenharia 
"CONSELHEIRO ALGACYR MUNHOZ 
MAÉDER" como requisito parcial para sua 
conclusão. 
 
Orientadora: Profa. Mestre Cynara 
Tessoni Bono. 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente SP 
2018 
 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
"CONSELHEIRO ALGACYR MUNHOZ 
MAÉDER" 
CURSO DE ARQUITETURA E 
URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SOBRINHO, André Cabrera dos Santos 
 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA / SOBRINHO, André Cabrera dos Santos. – 
Presidente Prudente - SP: 2018 
 65 fl.; il.; 36 pranchas 
 
 Anexos: 00 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Arquitetura 
e Urbanismo da Faculdade de Engenharia "CONSELHEIRO ALGACYR MUNHOZ 
MAÉDER" da UNOESTE 
 Orientadora: Profa. Mestre Cynara Tessoni Bono 
 1. Assunto. I. Título 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
ANDRÉ CABRERA DOS SANTOS SOBRINHO 
 
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Faculdade de Engenharia 
"CONSELHEIRO ALGACYR MUNHOZ 
MAÉDER" como requisito parcial para sua 
conclusão. 
 
Presidente Prudente, 05 de junho de 
2018. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
___________________________________________________________________ 
ORIENTADORA PROFA. MESTRE CYNARA TESSONI BONO 
Curso de Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Engenharia "Conselheiro Algacyr 
Munhoz Maéder". UNOESTE. 
 
 
___________________________________________________________________ 
PROF. ARQUITETO E URBANISTA FULANO DE TAL 
Curso de Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Engenharia "Conselheiro Algacyr 
Munhoz Maéder". UNOESTE. 
 
 
___________________________________________________________________ 
PROF. MESTRE BELTRANO DA SILVA 
Curso de Arquitetura e Urbanismo. Departamento de Estruturas e Construção Civil 
(DEC). UFMS. 
 
 
___________________________________________________________________ 
PROFA. MESTRE MARCELA DO CARMO VIEIRA 
Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Faculdade de Engenharia "Conselheiro Algacyr Munhoz Maéder". UNOESTE 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Аоs meus pais, que, cоm muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ 
chegasse аté esta etapa da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito 
obrigado.
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura deve falar de seu tempo e lugar, porém anseia por ser atemporal. 
Frank Gehry 
RESUMO 
 
 
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
 
 
 
A Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) é referência em educação no Brasil, 
com três campi de ensino superior no município de Presidente Prudente, Estado de 
São Paulo. O Campus II possui diversos cursos e, com isso, um grande fluxo diário 
de alunos, funcionários, professores e público em geral em todos os horários. O 
campus possui um espaço com quiosques voltados à alimentação da comunidade 
acadêmica, porém não atende os quesitos de uma praça de alimentação com 
qualidade e estética que vá de encontro as necessidades e padrões que satisfaçam 
plenamente os usuários. Nesse sentido, este trabalho de conclusão de curso tem 
como objetivo elaborar um projeto para um novo espaço de alimentação para o 
Campus II, deixando-o mais próximos da comunidade acadêmica com um local 
sustentável, confortável e funcional. Serão utilizados materiais flexíveis e modulares, 
como o container, incluindo a natureza existente do entorno no projeto. O projeto 
utiliza suporte teórico-empírico para a fundamentação do futuro projeto arquitetônico, 
criando um projeto de qualidade que irá beneficiar a professores, alunos, 
funcionários e visitantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: praça de alimentação; container; comunidade acadêmica; 
acessibilidade. 
ABSTRACT 
 
 
 
FOOD COURT FOR THE ACADEMIC COMMUNITY OF THE 
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
 
 
Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) is a reference in education in Brazil, 
with three campuses of higher education in the municipality of Presidente Prudente, 
State of São Paulo. Campus II has several courses and, with this, a great daily flow 
of students, staff, teachers and the general public at all times. The campus has 
already a space with kiosks catering to the academic community, but does not meet 
the requirements of a food court with quality and aesthetics that meets the needs 
and standards that would fully satisfy the users. In this sense, this course 
completion work aims to elaborate a project for a new food court space for Campus 
II, leaving it closer to the academic community with a sustainable, comfortable and 
functional place. Flexible and modular materials such as the container will be used, 
including the existing nature of the surrounding environment. The project uses 
theoretical-empirical support for the foundation of the future architectural project, 
creating a quality design that will benefit teachers, students, employees and visitors. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KEYWORDS: food court; container; academic community; accessibility. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
NOME LEGENDA PÁGINA 
Figura 1 Disposição das mesas 36 
Figura 2 Levantamento Métrico 41 
Figura 3 Topografia 42 
Figura 4 A UNOESTE, Campus 2 na cidade de 
Presidente Prudente – São Paulo 
43 
Figura 5 Localização dos campus da Unoste. Planta 
esquemática, sem escala 
44 
Figura 6 Planta de situação do Campus – 2017 (Planta 
esquemática figura-fundo, sem escala) 
45 
Figura 7 Praças no entorno do Campus 2 46 
Figura 8 Praça próxima ao Campus 2 47 
Figura 9 Vista do local do projeto 47 
Figura 10 Planta de situação com os principais eixos 
viários de acesso ao Campus 2 (Planta 
esquemática, sem escala) 
48 
Figura 11 Imagem do projeto 50 
Figura 12 Vista da área de alimentação 51 
Figura 13 O ambiente da área de alimentação com um 
novo olhar 
51 
Figura 14 Vias de circulação de pedestres 52 
Figura 15 Espaços de Permanência 52 
Figura 16 Espaços de Permanência 52 
Figura 17 O ambiente construído e a vegetação 53 
Figura 18 Passarela superior e containers com 
restaurantes 
53 
Figura 19 Rampa e escada integradas 54 
Figura 20 Grama sintética 55 
Figura 21 Piso intertravado 56 
Figura 22 Madeira ecológica 57 
Figura 23 Container de 20 pés 58 
Figura 24 Container de 40 pés 58 
Figura 25 Placa cimentícia 58 
Figura 26 Rolo Duralfoil Extra 59 
Figura 27 Rolo de Lã de Pet Isosoft 59 
Figura 28 Gesso Acartonado 60 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
NOME LEGENDA PÁGINA 
TABELA 1 Leis Brasileiras e Suas Disposições 29 
TABELA 2 Normas e Suas Disposições 33 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ABREVIATURA/SIGLA LEGENDA 
UNOESTE Universidade do Oeste Paulista 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
DPO Departamento de Obras da UNOESTE 
ISO International Standarts Organization 
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
SÍMBOLO LEGENDA 
Mm Unidade de Medida de Comprimento em Milímetro 
M Unidade de Medida de Comprimento em Metro 
M² Unidade de Medida de Área em Metro Quadrado 
% Porcentagem 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................13 
 1.1 Apresentação...............................................................................................141.2 Delimitação do Tema......... .........................................................................14 
 1.2.1 Problema (s) da Pesquisa.........................................................................14 
 1.2.2 Hipótese (s) da Pesquisa..........................................................................15 
 1.3 Justificativa...................................................................................................15 
 1.4 Objetivos......................................................................................................15 
 1.4.1 Institucional...............................................................................................16 
 1.4.2 Geral.........................................................................................................16 
 1.4.3. Específicos...............................................................................................16 
 1.5 Metodologia..................................................................................................16 
 1.5.1 Estudo Documental...................................................................................16 
 1.5.2 Estudo Propositivo....................................................................................16 
 1.6 Estrutura da Monografia...............................................................................16 
 1.7 Conclusões..................................................................................................18 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................20 
 2.1 Conceituação do Objeto de Estudo.............................................................20 
2.1.1 A praça de Alimentação............................................................................20 
2.1.2 Espaços Modulados Visando a Sustentabilidade e Acessibilidade..........22 
2.1.3 Conceitos..................................................................................................26 
2.1.4 Arquitetura Bioclimática............................................................................28 
 
 2.2 Análise de Obras Correlatas........................................................................29 
 2.2.1 Nacionais..................................................................................................29 
 2.2.1.1 Bar do Futebol........................................................................................29 
 2.2.1.2 Container Food Market..........................................................................29 
 2.2.2 Internacionais............................................................................................29 
 2.2.2.1 Muy Guemes..........................................................................................29 
 2.3 Legislação....................................................................................................30 
 2.3.1 Federal......................................................................................................30 
 2.3.2 Estadual....................................................................................................31 
 2.3.3 Municipal...................................................................................................31 
 2.4 Normas Técnicas.........................................................................................33 
 2.4.1 Nacionais...................................................................................................33 
 2.4.2 Internacionais............................................................................................35 
3. METODOLOGIA ADOTADA...........................................................37 
 3.1 Tipo de Estudo.............................................................................................37 
 3.1.1 Documental...............................................................................................37 
 3.1.2 Propositivo.................................................................................................37 
 3.2 Instrumentos para Conceituação e Embasamento Teórico e Prático..........38 
 3.2.1 Revisão da Literatura................................................................................38 
 3.2.2 Análise de Obras Correlatas.....................................................................38 
 3.2.3 Informações Obtidas em Órgãos Públicos................................................38 
 3.2.4 Legislação e Normas Técnicas.................................................................38 
 3.3 Instrumentos para a Coleta de Dados.........................................................39 
 3.3.1 Levantamentos Fotográfico e Topográfico................................................39 
4. CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS E CONDICIONANTES 
ENVOLVIDAS..................................................................................40 
 
 4.1 História e Aspectos Atuais do Município e da Região.................................40 
 4.2 Localização e Aspectos Físicos e Geográficos do Município e da 
Região...............................................................................................................41 
 
 4.3 Aspectos Socioeconômicos, Culturais, Educacionais e Políticos do 
Município............................................................................................................41 
 
 4.4 Aspectos Referenciais do Objeto de Estudo em relação à 
Municipalidade...................................................................................................41 
 
 4.4.1 Levantamento Métrico..............................................................................41 
 4.4.2 Renda e Ocupação do Local e do Entorno...............................................42 
 4.4.3 Aspectos do Uso e Ocupação do Solo.....................................................44 
 4.4.4 Mobiliários Urbanos Local e do Entorno...................................................45 
 4.4.5 Equipamentos Urbanos Próximos ao Terreno..........................................45 
 4.4.6 Vegetação Local e do Entorno..................................................................47 
 4.4.7 Acessos e vias de circulação na área e do entorno (Fluxos)....................48 
5. PROPOSTA ARQUITETÔNICA E/OU URBANÍSTICA..................49 
 5.1 Programa de Necessidades........................................................................49 
 5.1.1 Memorial de Conceito e Partido Arquitetônico..........................................49 
 5.2 Proposta Arquitetônica.................................................................................50 
 5.3 Memorial Justificativo..................................................................................54 
 5.4 Memorial Descritivo.....................................................................................55 
6. CONCLUSÕES...............................................................................61 
 REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................62 
 
 
13 
 
 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 
 
A finalidade da praça de alimentação é um espaço implantado em certos 
locais para o consumo de alimentos comercializados por empresas do ramo 
alimentício. A praça de alimentação pode existir em centros comerciais, aeroportos, 
hospitais, shoppings e universidades. 
No município de Presidente Prudente, SP, a Universidade do Oeste Paulista – 
UNOESTE, é um local institucional com grande demanda de produtos de 
alimentação em função do fluxo de pessoas diariamente e, por isso, é essencial a 
existência de uma praça de alimentação para atender a toda a comunidade 
acadêmica da instituição. As áreas de alimentação da Unoeste e do público em geral 
existentes hoje não estão oferecendo espaços para todos os alunos, professores e 
funcionários que a universidade possui, fazendo necessário a criação de uma nova 
estrutura da firma. 
O projeto arquitetônico estará inseridoem um dos campus da universidade, o 
Campus II, localizado no bairro Limoeiro em Presidente Prudente – SP. O local de 
alimentação atual fica distante da maior parte dos usuários do espaço e, portanto 
será proposto uma mudança de local, ficando mais próximo de todos. É importante 
também a criação de uma praça de alimentação com proteção para intempéries, 
pois não existe cobertura no local atual, prejudicando os consumidores em dias de 
chuva ou muito sol. 
 
1.1 Apresentação 
 
Esta Monografia constitui-se no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do 
Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharia "Conselheiro 
Algacyr Munhoz Maéder" da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) como pré-
requisito para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. 
 
 
1.2 Delimitação do Tema 
 
Esta pesquisa irá tratar sobre os espaços de convivência, mais 
especificamente de alimentação, que consiste em uma instituição de ensino superior 
14 
 
formada por faculdades com diferentes graus acadêmicos (CONCEITO, 2017). A 
universidade em questão é a Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, uma 
instituição de destaque no município de Presidente Prudente - SP e região. 
A Universidade do Oeste Paulista – Unoeste foi criada em 1972 pelos 
professores Agripino de Oliveira Lima Filho e Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima 
com o objetivo de oferecer à região um ensino superior de qualidade (UNOESTE, 
2017). Com o tempo, a instituição foi aumentando e hoje ela conta com três campi 
de ensino, um deles o campus II, com cursos nas áreas das Ciências Agrárias, 
Humanas e Sociais Aplicadas. 
Esta monografia tem como objeto de estudo o campus II da Unoeste e seus 
espaços de convivência e alimentação, buscando elaborar por meio de um projeto 
arquitetônico um local com qualidade para a comunidade acadêmica da instituição. 
 
 
1.2.1 Problema (s) da Pesquisa 
 
A arquitetura e o urbanismo são essenciais para a criação de um projeto 
responsável por um edifício institucional que promova o espaço comunitário público 
dentro de um terreno privado (MACHADO, 2009). 
A Universidade do Oeste Paulista possui destaque no município de 
Presidente Prudente - SP e tem diversos espaços que podem ser utilizados pela 
comunidade acadêmica da instituição. No campus II da instituição, encontra-se a 
área dos quiosques, principal local de convivência e que a cada ano não consegue 
acompanhar o desenvolvimento da própria universidade. 
Nesse sentido, questiona-se: um edifício institucional privado possui espaços 
de qualidade de convivência e alimentação para oferecer à comunidade acadêmica, 
que aumenta a cada ano? 
 
 
1.2.2 Hipótese (s) da Pesquisa 
 
Com a propositura de um espaço de alimentação e convivência com a 
infraestrutura adequada no atendimento aos seus usuários, a comunidade 
15 
 
acadêmica e público geral poderão fazer uso destes espaços como lazer, estudo e a 
criação de laços afetivos. 
 
 
1.3 Justificativa 
 
A Universidade do Oeste Paulista foi e continua sendo uma das principais 
responsáveis pelo desenvolvimento econômico e social dentro do município de 
Presidente Prudente – SP e região, atraindo para a cidade centenas de alunos. A 
criação de laços entre o espaço de estudo, trabalho e visitas são essenciais para a 
constituição de um espaço institucional de uso comunitário. 
Portanto, esse projeto existe pela necessidade de reflexão na área acadêmica 
e cientifica no que se refere à qualidade dos espaços de alimentação e convivência 
na universidade que são oferecidos à população, instigando o interesse dos 
discentes de Arquitetura e Urbanismo em refletir a problemática. 
Além disso, justifica-se a importância do papel do arquiteto e urbanista para 
beneficiar os usuários da instituição, que possui mais de 19 mil alunos e 700 
funcionários, agregando valor sentimental para o espaço e criando laços além da 
academia. 
 
 
1.4 Objetivos 
 
Os objetivos deste trabalho dividem-se em objetivos institucional, geral e 
específicos, a saber: 
 
1.4.1 Institucional 
 
a. Concluir o Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo; 
b. Obter o título de Arquiteto(a) e Urbanista. 
 
1.4.2 Geral 
 
16 
 
Propor o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de uma área entre o 
bloco B3 e a igreja, mais especificamente, em parte do estacionamento da 
universidade, para promover um espaço de alimentação e convivência adequado 
para o campus II da Unoeste, integrando a área verde e as novas tecnologias dentro 
do espaço acadêmico. 
 
1.4.3 Específicos 
 
a. Utilizar das áreas verdes já existentes; 
b. Desenvolver uma área para o uso da comunidade acadêmica no espaço da 
instituição; 
c. Fornecer serviços de uma praça de alimentação; 
d. Oferecer acesso à internet e mobiliários adequados para estimular o uso do 
espaço como uma área de estudo externo; 
e. Criar um espaço que converse com o meio ambiente para estimular a reflexão 
do tema na comunidade acadêmica e da instituição; 
f. Ter um local com acessibilidade adequada para atender à todos. 
 
 
1.5 Metodologia 
 
A proposta metodológica para a realização deste trabalho utiliza 
pesquisas teóricas para a fundamentação de um futuro projeto arquitetônico. O 
método de abordagem une a teoria e a prática e irá se entrelaçar durante a 
realização deste projeto, onde ambas se conectam e se reforçam mutuamente. 
A pesquisa irá tomar como base o suporte teórico-empírico, baseando 
nas experiências vivias na Universidade do Oeste Paulista aliando aos 
conhecimentos adquiridos nas pesquisas bibliográficas sobre o tema. Utiliza-se 
como temas iniciais autores que tratam sobre os espaços como Carlos (1996 apud 
CERQUEIRA, 2013, p. 77): 
O espaço possível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido através do 
corpo. [...] (Ele) É construído em função de um tempo e de uma lógica que 
impõe comportamentos, modos de uso, o tempo e a duração do uso. [...] 
Ser lugar depende da criação de um vínculo, de um laço afetivo, entre a 
pessoa e o ambiente. Para tanto, o espaço precisa ser vivenciado, 
17 
 
experimentado. Só através da experimentação do lugar advém o vínculo 
para com ele. 
 
Além disso, aprofunda-se no tema dos espaços comunitários dentro de 
áreas privadas, e suas relações com os usuários de modo geral, relacionando as 
informações encontradas com a situação atual do ambiente do projeto – a praça de 
alimentação e convivência do Campus II da Universidade do Oeste Paulista, em 
Presidente Prudente, São Paulo. 
Segundo Severino (2007 apud CERQUEIRA, 2013) estudar o espaço 
público e a sociabilidade urbana, dando ênfase na relação entre eles, guia de modo 
geral o entendimento da relação entre o espaço e a cidade contemporânea. Por 
meio da revisão bibliográfica é capaz de trabalhar os conceitos dos espaços públicos 
e quão importantes eles são para a sociedade. 
 
1.5.1 Estudo Documental 
 
A vantagem da pesquisa bibliográfica é a concentração de dados sobre 
um determinado tema, viabilizando dados para o pesquisador e engrandecendo 
seus conhecimentos sobre o assunto, tornando mais alcançável a compreensão 
entre o espaço público e a sociabilidade urbana (GIL, 1991 apud CERQUEIRA, 
2013). 
 
1.5.2 Estudo Propositivo 
 
No segundo momento do trabalho, buscar-se-á o encontro de possíveis 
problemas arquitetônicos, urbanísticos e sociais e propor novas soluções para tal. 
Serão realizados encontros com o orientador (a), e os dados encontrados serão 
discutidos de maneira crítica-reflexiva, além de resultar em um projeto de praça de 
alimentação no ambiente acadêmico. 
 
 
1.6 Estrutura da Monografia 
 
A monografia divide-se em 6 capítulos, contendo na seguinte sequência, 
introdução, revisões bibliográficas, metodologia adotada, caracterização das 
18 
 
variáveis e condicionantes envolvidas, propostas arquitetônicas e urbanísticas e 
conclusões, apresentando: 
No cap. 1 INTRODUÇÃO, contendo a apresentação, adelimitação juntamente 
com suas problemáticas e hipóteses adotadas, justificativas e objetivos (institucional, 
geral e específicos), metodologias e em seguida a estrutura da monografia realizada 
no trabalho e no final as conclusões. 
No cap. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, apresentando a conceituação do 
objeto de estudo, apresentando conceitos sobre os espaços de alimentação e locais 
de uso comunitário, uso do container na construção civil e medidas que não 
prejudicam o meio ambiente. Em seguida as obras correlatas contendo análises 
nacionais e internacional, as legislações (federal, estadual e municipal) e as normas 
técnicas (nacionais e internacionais). 
No cap. 3 METODOLOGIA ADOTADA, contém os tipos de estudos 
(documental e propositivo), os instrumentos para a conceituação e embasamento 
teórico e prático para a revisão da literatura, análise de obras correlatas, 
informações obtidas em órgãos públicos e legislação e normas técnicas e os 
instrumentos para a coleta de dados com a realização de levantamentos fotográficos 
e topográficos. 
No cap. 4 CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS E CONDICIONANTES 
ENVOLVIDAS, apresenta-se análises sobre localização e aspectos físicos e 
geográficos sobre o local de implantação do projeto. 
No cap. 5 PROPOSTA ARQUITETÔNICA, está inserido o programa de 
necessidades, junto com a proposta arquitetônica e/ou urbanística com suas 
respectivas pranchas, o memorial justificativo e o memorial descritivo. 
No cap. 6 CONCLUSÕES, ao final são abordadas as considerações e as 
recomendações do trabalho. 
 
 
1.7 Conclusões 
 
A partir desta Monografia será possível analisar o espaço de alimentação e 
convivência do campus II da Unoeste e trazer conclusões concretas sobre os 
aspectos do local existente. 
19 
 
 Nesse sentido, é possível criar um projeto arquitetônico baseado nos 
resultados da investigação do local, proporcionando uma área com mais qualidade e 
que possa acompanhar o crescimento e o desenvolvimento constante da 
Universidade do Oeste Paulista para o município de Presidente Prudente e região.
20 
 
CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 Conceituação do Objeto de Estudo 
 
2.1.1 A praça de alimentação 
O espaço de alimentação expressa o desenvolvimento social e criativo 
do homem através da gastronomia. Gostos e sabores se aliam ao modo de servir e 
os espaços para tal atividades, despertando diversas sensações e prazeres. 
Nesse sentido, inovar é a palavra-chave, “buscando transformar o 
restaurante num local aprazível e centro de acontecimentos sociais” (LOBO, 1999, p. 
3), mudando através do espaço a vida dos usuários, funcionários e visitantes. 
É importante frisar que utilizar a palavra restaurante cabe a todos os 
espaços focados no serviço de alimentos e bebidas, como o restaurante 
propriamente dito, fast-foods, tavernas, buffets, bares, entre outros (LOBO, 1999). 
Os restaurantes surgiram na época da Revolução Francesa, quando 
cozinheiros da burguesia começaram a montar seus próprios negócios como 
pequenos restaurantes ou cozinhas em hospedarias (SILVA FILHO, 1996). 
No Brasil, a história dos serviços de alimentação possuem três fases 
distintas, como explica Silva Filho (1996): a primeira no fim da década de 50 com a 
existência de diversos restaurantes familiares, como lanchonetes tradicionais, 
cantinas e serviços à la carte; a segunda fase coincide com a expansão dos centros 
urbanos, especulação imobiliária e implantação do parque industrial, com 
restaurantes comerciais, lanchonetes e pizzarias; já a terceira fase corresponde à 
última década, com um profissionalismo maior e a chegada de empresas 
multinacionais do setor. 
Todo o avanço no campo da alimentação estimula o consumidor à 
reivindicar melhores padrões nos serviços, desde a higiene do local, quanto na 
qualidade dos produtos e o custo não abusivo (SILVA FILHO, 1996). 
A praça de alimentação que será criada para a Unoeste terá a 
organização de uma cozinha industrial, pois conta com um fluxo grande de pessoas, 
precisando ter áreas como: administração e estocagem, cozinhas, refeitórios e 
infraestrutura para outros serviços (SILVA FILHO, 1996). 
21 
 
De acordo com Silva Filho (1996), a praça tem função comercial apesar 
de estar em uma área institucional, incluindo produtos diferentes que agradam o 
público jovem, como lanches, sorvetes, pizzas, entre outros. Essa tipologia de 
restaurante tem um serviço simples, mas com atendimento mais sofisticado que 
oferece refeições rápidas em qualquer hora do dia. 
Para determinar os espaços necessários das cozinhas do projeto da 
praça de alimentação é essencial observar alguns fatores como: número de 
refeições diárias por tipo, número de usuários e qualidade e tipo de cardápio (SILVA 
FILHO, 1996). Dessa forma, será possível descobrir quais os setores necessários 
para a criação do projeto, como na parte administrativa, cozinhas, refeitórios e outras 
áreas. Ainda de acordo com o autor define-se os setores da seguinte forma, 
resumidos com os itens que serão utilizados neste projeto: 
 
1. Administração e Estocagem 
a. Despensa; 
b. Administração; 
c. Sanitários; 
d. Lixeiras; 
2. Cozinha 
a. Preparação de alimentos; 
b. Higienização dos utensílios; 
3. Refeitórios 
a. Distribuição dos alimentos; 
b. Sala de refeição; 
4. Outras áreas 
a. Lazer; 
b. Central de gás. 
 
A área de refeitório citada pelo autor é considerada, para este projeto, 
a praça de alimentação com as mesas destinadas para o uso da comunidade 
acadêmica. É importante que essa área atenda aos cinco sentidos físicos, que são: 
visão, onde o usuário observa a limpeza e ambientação do local; audição, onde o 
usuário irá escutar o nível de ruído do ambiente em que se encontra; olfato, onde 
percebe-se tanto os cheiros bons quanto os aromas desagradáveis; paladar, que é 
22 
 
de responsabilidade de cada estabelecimento promover um bom alimento; e por fim, 
o tato, onde o usuário pode sentir calor ou frio, relacionado diretamente com o 
conforto do local (SILVA FILHO, 1996). 
Em relação à cozinha, o espaço de preparo dos alimentos deve ter 
uma boa iluminação para garantir um trabalho preciso e rápido; nessas áreas deve-
se evitar a incidência de luz natural direta sobre as superfícies, para não estragar os 
alimentos (SILVA FILHO, 1996). 
Os elementos construtivos desses espaços devem ter o pé direito entre 
3 a 3,60 metros, para não ter problemas de distribuição de luz e ventilação. As 
paredes precisam ter revestimentos de fácil limpeza até 1,80m no mínimo; os tetos 
devem ser lisos com fácil manutenção. Para os pisos, ele deve suportar tráfego 
pesado e intenso e ser antiderrapante e ser simples de higienizar (SILVA FILHO, 
1996). 
Por meio destes itens será possível organizar a praça de alimentação 
com o programa de necessidades mínimo necessário para um local adequado que 
atenda à demanda do Campus II da Unoeste. 
 
2.1.2 Espaços modulados visando a sustentabilidade e acessibilidade 
O desenvolvimento sustentável é um assunto comum atualmente em 
vários setores da sociedade, principalmente, no meio da construção civil, uma das 
atividades humanas com maior impacto no meio ambiente. Nesse sentido, muitos 
profissionais buscam por novas alternativas tecnológicas para a construção, como o 
uso do contêiner (DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012). 
Occhi e Romanini (2014) afirmam que a sustentabilidade na construção 
civil passou a receber maior reconhecimento após 1992, quando foi realizada no Rio 
de Janeiro a II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento Humano. Por meio da Agenda 21, diversos países buscaram a 
reflexão sobre a redução de resíduos e poluentes, a extração de matéria prima e 
consumo racional de água e energia. 
O contêiner surge na arquitetura como uma nova forma de construção, 
que pode contribuir para amenizar danos ao meio ambiente. Países no exterior como 
Inglaterra, Japão, Holanda tornaramo uso do contêiner uma prática consolidada, 
que atende a diversos públicos e diferentes funções, como escritórios, hotéis e 
habitações (DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012). 
23 
 
No Brasil, existem poucas experiências e projetos em relação a outros 
países, e sua grande maioria surgiu de projetos conceituais. Isso porque aqui ainda 
é novidade que se possa habitar com qualidade em antigos recipientes de carga 
(OCCHI; ROMANINI, 2014). 
Ele é um material versátil que proporciona flexibilidade, pois além de 
ser facilmente modificado ou transportado para outro local ele pode ter vários tipos 
de estruturas e materiais, como a madeira, o aço, o concreto e o vidro, remetendo 
aos edifícios tradicionais que já utilizam todos os materiais citados (DE PAULA; 
TIBÚRCIO, 2012). 
O contêiner está presente no assunto sustentabilidade, pois é um 
material com ciclo de vida útil muito grande, e pode minimizar diversos recursos 
naturais de construção que causam impacto na natureza. Segundo Goebel (1996 
apud DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012) a vida útil mínima prevista do contêiner é entre 8 
e 12 anos, mas ainda não se tem informação da duração com o uso dele como 
elemento arquitetônico (DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012). 
Segundo Occhi e Romanini (2014), a quantidade excedente de 
containers descartados e a necessidade de utilizar materiais sustentáveis com 
menor custo auxiliou na difusão do seu uso na construção civil. 
Ele é construído de aço Corten, um material totalmente reciclável que 
tem propriedades anticorrosivas e uma estrutura muito resistente, projetada para 
resistir às intempéries e suportar grandes cargas. É um material que requer mão de 
obra especializada, mas com o custo inferior ao de uma obra tradicional (DE PAULA; 
TIBÚRCIO, 2012). O preço final da obra com o container pode diminuir cerca de até 
30% comparado com outros métodos, além de acelerar a velocidade da obra por se 
tratarem de módulos dimensionados pela International Standards Organization - ISO 
(OCCHI; ROMANINI, 2014). 
Como o contêiner não possui a função original para a ocupação 
humana, são necessárias algumas preocupações durante a fase do projeto para 
garantir as condições mínimas de uso em seu interior. As chapas de aço Corten 
tornam indispensável o isolamento térmico e proteção antichamas nas paredes 
internas, assim como isolamento acústico no teto, que pode ser feito com isopor 
aparente (OCCHI; ROMANINI, 2014). 
Garrido (2011 apud DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012) analisou as 
seguintes ações para garantir o uso do contêiner na arquitetura: 
24 
 
1. Garantir um projeto adequado com relação ao clima local; 
2. Melhorar o comportamento térmico e acústico; 
3. Proporcionar isolamento na parte externa; 
4. Aproveitar a inércia térmica (a pouca inércia térmica promovida pelas 
paredes do container permite uma rápida refrigeração, mesmo nas horas de máxima 
radiação solar). 
5. Garantir respirabilidade e ventilação natural; 
6. Garantir a impermeabilização, e evitar a condensação; 
7. Utilizar materiais de acabamento ecológicos e facilmente 
substituíveis; 
8. Garantir o equilíbrio eletromagnético e eliminar o efeito de "Gaiola de 
Faraday"; 
9. Garantir a recuperação, reparação e reutilização de componentes; 
10. Otimizar o máximo possível de recursos e materiais; 
11. Diminuir as emissões o máximo possível; 
12. Reduzir o desperdício, tanto quanto possível; 
13. Diminuir o consumo de energia, tanto quanto possível. 
 
Os containers possuem alguns modelos que variam em relação à 
forma, tamanho e resistência. Os principais utilizados na arquitetura são da 
arquitetura Dry, com duas portas nas laterais. Suas dimensões externas são: 
 Dry 20 pés: 2,438m de largura x 6,06m de comprimento e 2,59m 
de altura; suporta até 22,10 toneladas; 
 Dry 40 pés: 2,438m de largura x 12,92m de comprimento e 
2,59m de altura; suporta até 27,30 toneladas; 
 Dry High Cube 40 pés: 2,44m de largura x 12,00m de 
comprimento e 2,79m de altura. 
 
De acordo com Occhi e Romanini (2014) os containers precisam de 
certos cuidados na sua construção, que serão explicados abaixo: 
 O container precisa receber aplicação de tinta não tóxica para 
seu uso; 
25 
 
 As esquadrias e outras adaptações nas chapas de aço devem 
ser inserida por mão de obra especializada com cuidado, pois 
com alterações em sua estrutura o contêiner pode ficar mais 
frágil; 
 Para reforçar a estrutura pode ser necessária a colocação de 
molduras, vigas e suportes, dependendo da carga sobre o 
container; 
 Para a execução da fundação de uma casa container, deve ser 
levado em consideração o tamanho e porte da construção, 
podendo ser acrescentadas sapatas apenas nas pontas das 
arestas; 
 A pintura de oxidação, que irá evitar a corrosão, só poderá ser 
feita após a soldagem estar completa e o container resfriado; 
 Todos os espaços vazios devem ser preenchidos com espuma 
de poliuretano após a soldagem para evitar riscos de infiltração; 
 
Existem duas formas de isolamento: a interna, que é mais econômica, 
porém menos eficiente; e a externa, que proporciona menos perda de calor, mas 
necessita uma vedação mais resistente. O isolamento acústico pode ser trabalhado 
da mesma forma, além de haver a possibilidade de isolar o teto com isopor aparente 
ou revestido (OCCHI; ROMANINI, 2014). 
Em relação à cobertura do container, indica-se a aplicação da telha 
metálica tipo sanduíche, com recheio de isopor que complementa o isolamento 
termo acústico da obra. Pode ser utilizado também o telhado verde, com melhor 
preparação da superfície e manutenção (OCCHI; ROMANINI, 2014). 
Nesse sentido, o uso do contêiner para a construção civil tem diversas 
vantagens, como: custo final da obra, previsibilidade no orçamento, grande 
disponibilidade do material, flexibilidade, mobilidade, economia de recursos naturais, 
rapidez na montagem, limpeza no canteiro de obras, resistência a intempéries e ser 
um material reciclável (DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012). 
As desvantagens encontradas foram a inexistência de legislações e 
normas, necessidade de ter revestimentos e acabamentos para garantir o conforto 
26 
 
ambiental e a mão de obra especializada. Entretanto, essas desvantagens não 
impede o uso do contêiner na arquitetura (DE PAULA; TIBÚRCIO, 2012). 
Seu uso pode contribuir para amenizar danos ao meio ambiente e 
aumentar a eficiência durante a obra, proporcionando um edifício mais flexível e 
moderno. 
 
 
2.1.3 Conceitos 
 
A praça de alimentação e convivência do Campus II da Unoeste, em 
Presidente Prudente – SP é localizado dentro de um espaço institucional privado, de 
uso comunitário e público, principalmente, pela comunidade acadêmica da 
universidade. Dessa forma, é importante tratar sobre temas que envolvam a relação 
e noção dos espaços para melhor compreender o local de projeto. 
Segundo Ursini (2004), a arquitetura deve tratar os espaços criados 
com uma ação de interesse público para os usuários do espaço. Segundo os 
conceitos de Hertzberger (1999 apud URSINI, 2004) existem três tipos de conceitos 
sobre os espaços: uma área pública é aquela acessível a todos e sua 
responsabilidade de manutenção é assumida coletivamente. Já o espaço privado é 
aquele que o acesso e a manutenção é determinado por um pequeno grupo ou uma 
pessoa. Utiliza-se também, além de comunitário, a expressão “espaço franco” para 
locais privados com uso público. 
A qualidade de espaço franco se dará quando seu acesso prescindir de 
qualquer identificação e que sua disposição espacial estabeleça forte conectividade 
urbana, partindo da hipótese que o sistema de espaços públicos funcione como 
articulador destes espaços de titularidade privada. (URSINI, 2004, p. 5) 
A praça de alimentação e convivência no Campus II da Unoeste é um 
espaço franco, e desde a antiguidade tais áreas são extremamente importantes para 
os convívios sociais: festas religiosas, mercados, apresentações artísticas, comícios– um espaço flexível e receptor de diversidades (QUEIROGA, 2001 apud URSINI, 
2004). 
Para auxiliar na criação do espaço de alimentação e convívio, estuda-
se também alguns conceitos que envolvem o tema, com o objetivo de identificar, 
27 
 
qualificar e relacionar os elementos e facilitar a sua compreensão através do projeto 
arquitetônico (SCHLEE, 2009). 
Posto isso, primeiramente discute-se a relação entre o território e a 
identidade; o termo, que se origina na psicologia, tem informações sobre a 
constituição do sujeito, na sua aceitação e da construção do caráter. O território 
corresponde ao espaço físico delimitado, com significados psicológicos e culturais, 
organizados para determinadas funções – no caso deste estudo, um espaço de 
convivência. 
É importante mencionar que o território e o espaço coletivo podem 
influenciar os usuários individualmente – “Este raciocínio foi trazido para um plano 
mais amplo: identidade não apenas no plano individual, mas também no coletivo, 
sendo que sua construção toma a dimensão espacial como importante componente” 
(1999 apud SCHLEE, 2009, p. 7). 
Dessa forma, os laços afetivos e a história do lugar se misturam e 
realizam um processo complexo, apropriando elementos espaciais e transformando-
os em marcas no espaço vivido, constituindo lugares com características atrativas 
para seus usuários (SCHLEE, 2009). 
O local escolhido para a implantação do novo espaço de convívio 
possui uma paisagem arborizada; a paisagem é considerada uma extensão do 
território, formado pelo conjunto de elementos e formas naturais e construídos pelo 
ser humano – o espaço se transforma em várias dimensões: natureza, cultura e os 
elementos visuais (SCHLEE, 2009). 
A paisagem é uma herança de processos impregnados de cultura, e 
alocando a praça de alimentação da Unoeste num ambiente comunitário, cria-se 
também uma herança cultural no espaço, enriquecendo o espaço acadêmico no 
município de Presidente Prudente – SP (SCHLEE, 2009). 
Enfatizando a interação entre paisagem, tempo e espaço, Milton Santos 
concebe a paisagem como a expressão materializada do espaço, 
interpretando-a como forma, um dos elementos constituintes do espaço que, 
num dado momento, expressam as heranças que representam as 
sucessivas relações entre o homem e a natureza. Nesta perspectiva, o autor 
diferencia paisagem de espaço: ao reunir objetos passados e presentes, a 
paisagem torna-se "transtemporal" (Santos, 1997 apud SHLEE, 2009, p. 
13). 
 
O ambiente e o comportamento humano são um processo contínuo, 
onde “os comportamentos e processos sociais são práticas determinadas pela 
28 
 
natureza social, no interior da qual se organiza a experiência individual e coletiva” 
(FISCHER, 1994 apud SCHLEE, 2009, p. 15). Tais processos resultam na função 
mnemônica de um ambiente, resultando em memórias e significados não verbais de 
determinados locais. 
Portanto, o território e a paisagem estão ligados com os usuários dos 
espaços em questão, promovendo a criação de laços entre a área institucional e 
seus visitantes, funcionários e discentes, através de um espaço comunitário que 
ofereça espaços de qualidade para o consumo de alimentos. 
 
2.1.4 Arquitetura bioclimática 
 
A praça de alimentação do Campus II da Unoeste deve ser projetada 
almejando qualidade para seus usuários, inclusive no conforto térmico. Segundo 
Romero (2001), uma análise ambiental de um espaço público permite evidenciar a 
viabilidade de pontos perceptíveis e válidos para o projeto, proporcionando 
qualidades essenciais para o caráter estético e as sensações propostas no 
ambiente. 
A arquitetura bioclimática busca nos antecedentes vernaculares 
respostas adequadas para soluções projetuais. Segundo Cook (1991 apud 
ROMERO, 2001) o desenho bioclimático foi redescoberto em 1973, onde com o 
tempo ganhou destaque nos estudos de especialistas devido sua sensibilidade em 
relação ao espaço construído. Essa arquitetura otimiza no desenho arquitetônico 
suas relações energéticas com o entorno e o meio ambiente, utilizando elementos 
naturais como o sol, reconciliando as necessidades humanas de abrigo com o clima 
(SERRA, 1989 apud ROMERO, 2001). 
A tendência bioclimática caracteriza-se pela tentativa de recuperação 
da influência do lugar e seu entorno nas decisões do projeto arquitetônico e 
urbanístico, incorporando aspectos climáticos, culturais e históricos do local de 
projeto (ROMERO, 2001). 
É ideal o estudo climático do local, da luz, atributos de cor e som. 
Dessa forma, o ambiente de estudo pode ter diversos elementos de destaque para 
criar variáveis no espaço, como elementos construídos, bancos, fontes, todos 
inseridos de acordo com o estudo da ficha bioclimática. Por exemplo, a arborização 
pode adquirir um protagonismo indiscutível devido à densidade do plantio e ao 
29 
 
tamanho das copas das árvores, oferecendo sombra abundante e proteção contra 
os ventos (ROMERO, 2001). 
Os mobiliários urbanos podem ser diferentes dependendo da 
configuração geométrica do espaço; cada mobiliário também deve ser adequado de 
acordo com o uso do local, inclusive seus materiais, como áreas de transição, áreas 
para pedestres, entre outros. Outros elementos comuns do mobiliário urbano são: 
iluminação, placas, cabines telefônicas, estátuas e monumentos, lixeiras, entre 
outros (ROMERO, 2001). 
Dessa forma, busca-se atender a elementos da arquitetura bioclimática 
na criação do projeto arquitetônico para a praça de alimentação do Campus II, 
utilizando elementos do entorno para o projeto, além de mobiliários urbanos que 
atendam à demanda dos usuários do local. 
 
 
2.2 Análise de Obras Correlatas 
 
2.2.1 Nacionais 
2.2.1.1 Container Food Market 
2.2.1.2 Bar do Futebol 
 
2.2.2 Internacionais 
 
 
2.3 Legislação 
 
É importante para o projeto da praça de alimentação, a revisão de algumas 
legislações vigentes nos âmbitos federal, estadual e municipal, pois tais normas 
específicas são responsáveis para a aprovação do projeto (GURGEL, 2014). 
Além das normas, é importante também escolher materiais adequados para o 
projeto, onde garantam a segurança dos usuários, sempre sinalizando degraus ou 
outros elementos que exijam a atenção (GURGEL, 2014). 
 
TABELA 1 – Leis Brasileiras e suas Disposições. 
ESFERA FEDERAL 
30 
 
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999 
Define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária 
Fonte: O Autor, 2017. 
 
ESFERA ESTADUAL 
Lei Municipal N. 13.725, de 9 de janeiro de 
2004 
Institui o Código Sanitário do Município de 
São Paulo. 
Fonte: O Autor, 2017. 
ESFERA MUNICIPAL 
Lei complementar nº 151/2008 
Plano Diretor do Município de Presidente 
Prudente. 
Lei complementar nº 153/2008 
Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação do 
Solo, da Área Urbana do Município de 
Presidente Prudente 
Lei nº 7.243/2010 
Dispõe sobre a obrigatoriedade de local 
exclusivo nas praças de alimentação para 
deficientes, idosos e gestantes em centros 
comerciais, “shopping centers”, galerias, hiper 
e supermercados, e dá outras providências. 
Lei nº 8.502/2014 
Dispõe sobre a instalação de pia para higiene 
das mãos e de pias adaptadas aos 
portadores de deficiência motora – 
cadeirantes, nos estabelecimentos 
comerciais, shopping centers, galerias, hiper 
e supermercados que contenham praça de 
alimentação e dá outras providências. 
Fonte: O Autor, 2017. 
 
2.3.1 Federal 
A Lei n.9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras 
providências afirma que o os estados e municípios exerçam as atividades de 
regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. 
Nesse sentido, a praça de alimentação deste projeto deve estar dentro das 
vigências federais, municipais e estaduais para garantir o controle de qualidade, 
armazenamento, distribuição e venda de produtos que não prejudiquema saúde dos 
consumidores. 
Conforme o Art. 7º, compete à Agência proceder à implementação e à 
execução do disposto nos incisos II a VII do art. 2º da Lei n.9.782, que promovem a 
interdição, proibição e cancelamento de autorização de funcionamento de locais que 
violam a legislação pertinente ou de risco eminente à saúde. 
31 
 
 
2.3.2 Estadual 
A Lei Municipal N. 13.725, de 9 de janeiro de 2004, institui o Código Sanitário 
do Município de São Paulo. Ela norteia ações complementarem à lei federal da 
vigilância sanitária, prezando pela saúde da população. Segundo o Art 2º inciso 1º: 
 
§ 1º - As ações de vigilância sanitária abrangem o conjunto de medidas 
capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, inclusive o do trabalho, 
da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse 
da saúde. 
 
O Art. 22º define que toda edificação, inclusive a futura instalação da praça de 
alimentação, deve ser construída e mantida observando os seguintes fatores: 
I. a proteção contra as enfermidades transmissíveis e enfermidades 
crônicas, inclusive aquelas transmitidas ao homem por animais e vetores; 
II. a prevenção de acidentes e intoxicações; 
III. a redução dos fatores de estresse psicológico e social; 
IV. a preservação do ambiente do entorno; 
V. o uso adequado da edificação em função de sua finalidade; 
VI. o respeito a grupos humanos vulneráveis. 
 
O conhecimento da legislação permite a criação de projeto arquitetônico de 
acordo com as leis vigentes prezando pela saúde dos usuários da Unoeste. 
 
2.3.3 Municipal 
Existem quatro leis principais a serem abordadas no município de Presidente 
Prudente. A primeira é a Lei complementar nº 151 de 2008, que institui o Plano 
Diretor do Município de Presidente Prudente. Através do Art. 6º é possível conhecer 
alguns objetivos básicos que conversam com a criação do projeto da praça de 
alimentação na Unoeste: 
I - proteger e preservar o meio ambiente; 
III - proteger e preservar os patrimônios históricos, artísticos, culturais, 
arqueológicos e paisagísticos; 
V - propiciar a otimização do uso da infra-estrutura e do equipamento 
urbano já existente; 
IX - controlar a distribuição espacial das atividades produtivas; 
32 
 
XI - evitar a dispersão de ocupação do território; 
XIII - garantir a segurança e salubridade das edificações; 
 
A Lei complementar nº 153 de 2008 trata sobre a Lei de Zoneamento do Uso 
e Ocupação do Solo, da Área Urbana do Município de Presidente Prudente. Ela 
define, através do Art. 24 as Zonas Especiais, espaços que estão sujeitos a normas 
próprias e que estão classificadas de acordo com a finalidade palas quais foram 
instituídas. 
O Campus II da Unoeste está classificado como zona especial de ensino e 
pesquisa, e dessa forma não é necessário respeitar outras normas urbanas como 
ocupação máximas, entre outros. 
§ 3º A zona especial de ensino e pesquisa destina-se ao uso por 
atividades específicas de ensino, pesquisa, atividades afins e correlatas, 
qualquer obra ou edificação deverá ser objeto de análise específica do 
órgão competente de Planejamento do Executivo Municipal, que 
estabelecerá os parâmetros dos índices urbanísticos, a serem observados, 
desde que os mesmos respeitem e não interfiram na paisagem urbana e no 
sistema viário onde se localizará. 
 
A Lei nº 7.243/2010 dispõe sobre a obrigatoriedade de local exclusivo nas 
praças de alimentação para deficientes, idosos e gestantes em centros comerciais, 
“shopping centers”, galerias, hiper e supermercados, e dá outras providências. 
Através do Art. 1º, fica estipulado o valor mínimo de 10% de lugares em 
praças de alimentação para deficiente físicos, gestante e idosos. Confome o Art. 3º, 
os assentos deverão ser fixados em local de grande visibilidade nas dependências 
das praças de alimentação dos estabelecimentos de que trata esta Lei, com placas 
indicativas dos locais preferenciais. 
A Lei nº 8.502/2014 dispõe sobre a instalação de pia para higiene das mãos e 
de pias adaptadas aos portadores de deficiência motora – cadeirantes, nos 
estabelecimentos comerciais, shopping centers, galerias, hiper e supermercados que 
contenham praça de alimentação e dá outras providências. Com ela, fica obrigatória 
nos estabelecimentos comerciais que contenham praça de alimentação, a instalação 
de pia para higiene das mãos e de pias adaptadas aos portadores de deficiência 
motora – cadeirantes. 
33 
 
O inciso 1º desta lei define como praça de alimentação um local destinado ao 
consumo de alimentos que contenham mesas e pelo menos dois estabelecimentos 
que comercializem refeições, caso que se encaixa no projeto. Dessa forma, os 
estabelecimentos comerciais deverão disponibilizar a pia em local visível, equipado 
com sabonete líquido e papel toalha para higienização dos usuários. 
 
 
 
2.4 Normas Técnicas 
 
TABELA 2 – Normas e suas Disposições 
NACIONAL 
ABNT NBR 9050:2015 
Acessibilidade a edificações, mobiliário, 
espaços e equipamentos urbanos. 
Instrução Técnica Nº. 01 a 15/2015 
Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros 
Militar do Estado de São Paulo. 
Fonte: O Autor, 2017. 
 
REFERÊNCIA INTERNACIONAL 
A Arte de Projetar em Arquitetura - Neufert 
Arte de projetar em arquitetura: princípios, 
normas e prescrições sobre construção, 
instalações, distribuição e programa de 
necessidades, dimensões de edifícios, locais 
e utensílios. 
Fonte: O Autor, 2017. 
 
 
2.4.1 Nacionais 
No Estado de São Paulo, é necessário que o projeto respeite a legislação do 
Corpo de Bombeiros, pois são exigidos números mínimos para locais e quantidades 
de hidrantes, extintores e saídas de emergência, dependendo do nível da 
complexidade do projeto (GURGEL, 2014). Essa norma é a Instrução Técnica Nº. 01 
a 15/2015, que institui instruções técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado 
de São Paulo. 
De acordo com o Art. 24º dessa norma, são necessárias algumas medidas de 
segurança contra incêndio em edificações e áreas de risco, assim como a praça de 
alimentação. As medidas de segurança contra incêndio devem ser projetadas e 
executadas visando atender aos objetivos do Regulamento, que são: 
34 
 
I – acesso de viatura na edificação e áreas de risco; 
II – separação entre edificações; 
III – resistência ao fogo dos elementos de construção; 
IV – compartimentação; 
V – controle de materiais de acabamento; 
VI – saídas de emergência; 
VII – elevador de emergência; 
VIII – controle de fumaça; 
IX – gerenciamento de risco de incêndio; 
X – brigada de incêndio; 
XI – brigada profissional; 
XII - iluminação de emergência; 
XIII– detecção automática de incêndio; 
XIV – alarme de incêndio; 
XV – sinalização de emergência; 
XVI – extintores; 
XVII – hidrante e mangotinhos; 
XVIII – chuveiros automáticos; 
XIX – resfriamento; 
XX – espuma; 
XXI – sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2); 
XXII – sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA); 
XXIII – controle de fontes de ignição (sistema elétrico; soldas; chamas; 
aquecedores etc.). 
 
A ABNT NBR 9050:2015 são normas de acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, que garantem uma praça de 
alimentação acessível para deficientes físicos, idosos, gestantes ou outras pessoas 
com a mobilidade prejudicada. 
Ela estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao 
projeto, construção, instalação e adaptação às condições de acessibilidade, visando 
proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do ambiente, 
edifcações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior quantidade 
possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de 
mobilidade ou percepção. 
É importante frisar que as áreas técnicas de serviço ou de acesso restrito, 
como as cozinhas da praça de alimentaçãonão precisam ser acessíveis. De acordo 
35 
 
com a NBR 9050:2015 apenas os locais de acesso comum devem ser acessíveis, 
assim como suas rotas de acesso e circulação. 
A norma trata sobre mesas ou superfícies de refeição, que devem ser 
facilmente identificadas e localizadas numa rota acessível e estar distribuída por 
toda a praça de alimentação. É necessário garantir a aproximação frontal na mesa, 
além de circulação adjacente que permita o giro de 180º. As mesas ou superfícies 
de refeição devem ter altura de tampo entre 0,75 m a 0,85 m do piso acabado. 
Devem ser asseguradas sob o tampo a largura livre mínima de 0,80 m, altura livre 
mínima de 0,73 m e profundidade livre mínima de 0,50 m para possibilitar que o 
usuário avance sob a mesa ou superfície. 
 
2.4.2 Internacionais 
A Arte de Projetar em Arquitetura é um livro de referência do autor Neufert, 
bastante conhecido no meio da arquitetura e Design de Interiores, que trata sobre 
princípios, normas e prescrições sobre construção, instalações, distribuição e 
programa de necessidades, dimensões de edifícios, locais e utensílios. Como a 
norma trata de diversos assuntos, será destacado aqui os itens relacionados à 
restaurantes e praças de alimentação. 
Neufert (1998) destaca alguns itens importantes para a criação de espaços de 
refeições com maior conforto, sendo eles: 
 Colocação paralela das mesas nos espaços de refeição; 
 Caso exista a necessidade de ter pilares entre as mesas de refeição, é 
ideal que eles estejam em locais que não atrapalhe a circulação ou as 
cadeiras; 
 Nichos e cantos podem ser aproveitados com sofás ou circulação; 
 
36 
 
FIGURA 1 - Disposição das mesas 
 
Fonte: Neufert (1998) 
 
Com todas as informações sobre as disposições e medidas mínimas que a 
norma de Neufert oferece é possível criar uma praça de alimentação com espaços 
de refeição confortáveis e cozinhas com mais espaços para o manuseio dos 
produtos. 
Conhecer as normas técnicas auxilia na elaboração de um espaço de 
qualidade e adequado para a praça de alimentação da comunidade acadêmica da 
Universidade do Oeste Paulista em Presidente Prudente – SP. 
 
 
37 
 
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA ADOTADA 
 
Este capítulo é destinado à apresentação da metodologia utilizada no 
desenvolvimento da pesquisa. Apresentam-se os parâmetros, critérios, antecedentes 
de trabalhos que utilizaram determinado método de averiguação, verificação, 
levantamento e constatação de dados. Indicará, de maneira sistematizada, a 
sequência de atividades realizada no alcance dos objetivos propostos no trabalho. 
 
3.1 Tipo de Estudo 
 
Nesta perspectiva, este trabalho encontra-se estruturado da seguinte 
maneira, a saber: 
 
3.1.1 Documental 
 
O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do estudo exploratório, por meio 
de uma pesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2002, p.50) “é desenvolvida a partir 
de material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos”. O estudo 
documental foi realizado a partir de fontes como livros, artigos, monografias, 
relatórios e obras originais de diversas naturezas – notas, projetos de lei, ofícios, 
mapas, documentos informativos arquivados em repartições públicas, entre outros. A 
análise documental constitui-se em uma importante ferramenta na pesquisa 
qualitativa, seja complementando informações obtidas por outras técnicas, seja 
desvelando aspectos novos do próprio tema. 
 
3.1.2 Propositivo 
 
Como resultado da pesquisa documental, apresenta-se como proposição o 
projeto de arquitetura com parâmetros projetuais da criação de uma praça de 
alimentação contemporânea, acessível, sustentável e de qualidade que comporte a 
demanda atual do Campus II da Unoeste. O resultado dos objetivos propostos nesta 
pesquisa encontra-se concretizado na proposta projetual elencada no Capítulo 5 
desta monografia. 
38 
 
 
3.2 Instrumentos para Conceituação e Embasamento Teórico e Prático 
 
3.2.1 Revisão da Literatura 
 
Na revisão da literatura, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o 
tema proposto e seu embasamento teórico, são abordadas questões como 
conceituação e definição do objeto de estudo, evolução histórica do tema, entre 
tantos outros. 
 
3.2.2 Análise de Obras Correlatas 
 
As obras correlatas analisadas constituem-se em três obras de referência 
sobre o tema desta monografia, sendo duas de âmbito nacional e uma de âmbito 
internacional pertinentes ao objeto de estudo e tem como objetivo auxiliar o 
entendimento de questões similares de diversas naturezas e, consequentemente, 
serem referências para o ato de projetar. 
 
3.2.3 Informações Obtidas em Órgãos Públicos 
 
Para fortalecer a sistematização do conhecimento sobre o objeto de estudo, 
obteve-se informações importantes do contexto da administração pública local e de 
demais órgãos públicos pertinentes ao desenvolvimento da pesquisa, tais como 
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo, Vigilância Sanitária, Secretaria 
de Planejamento, Desenvolvimento Urbano, de Habitação e de Saúde e Prefeitura 
Municipal de Presidente Prudente, entre tantos outros. 
 
3.2.4 Legislação e Normas Técnicas 
 
A legislação em nível federal, estadual e municipal, bem como as normas 
técnicas de âmbito nacional e internacional são pertinentes ao objeto de estudo e 
encontram-se especificadas com o objetivo de respaldar, tecnicamente, o ato de 
projetar. 
 
39 
 
 
3.3 Instrumentos para a Coleta de Dados 
 
Foram usados como instrumentos, levantamentos topográficos, fotográficos, 
métricos por meio de normas para a sua coleta de dados. 
 
3.3.1 Levantamentos Fotográfico e Topográfico 
 
Realizou-se levantamento fotográfico do local e seu entorno com o objetivo de 
elucidar pontos positivos e frágeis a serem considerados no ato de projetar e para 
subsidiar a leitura do entorno. O arquivo fotográfico é do próprio pesquisador. Soma-
se a isso, o levantamento topográfico utilizado no entendimento da topografia atual 
para que houvesse leitura e proposta da topografia modificada verificada em projeto. 
O levantamento topográfico baseou-se em dados oficiais da Prefeitura Municipal de 
Presidente Prudente SP e do Departamento de Obras – DPO, da UNOESTE. 
 
 
 
 
40 
 
CAPÍTULO 4 – CARACTERIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS E 
CONDICIONANTES ENVOLVIDAS 
 
4.1 História e Aspectos Atuais do Município e da Região 
 
O município de Presidente Prudente está localizado no oeste do 
Estado de São Paulo, próxima às divisas com os Estados do Paraná (região norte) e 
Mato Grosso do Sul (região sul). Com população estimada em 223.749 habitantes 
em 2016, é considerada uma das melhores cidades para se morar, de acordo com 
pesquisa do Programa das Nações Unidas (PNUD), e uma das mais pacíficas do 
país, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 
Presidente Prudente nasceu através do desenvolvimento do interior de 
São Paulo, devido à expansão da rede ferroviária e dos centros urbanos formados 
pela expansão do período cafeeiro e da atividade agropecuária (HONDA, 2011) 
O município foi fundado no dia 14 de setembro de 1917 pelos 
colonizadores Coronel Francisco de Paula Goulart e Coronel José Soares 
Marcondes, com a estrada de ferro surgindo dois anos após seu surgimento. A 
criação legal do município, entretanto, se deu em 1921, anos após a criação das 
primeiras vilas da cidade (Vila Goulart e Vila Marcondes) (HONDA, 2011). 
Prudente cresceu de forma expressiva na região da Vila Goulart até a 
primeira metade de 1950, mas sem planejamento ou regularização das áreas. Anos 
depois, nas décadas de 70 e 80, a cidade teve um aumento significativo 
populacional, iniciando o processo da criação de grandes vazios urbanos (HONDA, 
2011) 
Reconhecida ainda como polo universitário, tem como uma de suas 
principais referências a Unoeste, a maior universidade da região. O município foi o 
berço dessa instituição, ondeela cresceu, amadureceu e se consolidou como uma 
das melhores do Brasil. 
 
4.2 Localização e Aspectos Físicos e Geográficos do Município e da Região 
 
Presidente Prudente está localizada a 558 quilômetros de São Paulo, na 
mesorregião e microrregião de mesmo nome. Ela ocupa uma área maior que 
41 
 
560.000km² e seu território conta com sub-bacias de pequenos e médios córregos 
com papéis importantes para desenvolvimento do município, como o Córrego do 
Veado (WIKIPEDIA, 2017). 
 
 
4.3 Aspectos Socioeconômicos, Culturais, Educacionais e Políticos do 
Município 
 
O município de Presidente Prudente, segundo o IBGE (2017) conta com um 
saneamento básico adequado, com mais de 95% das residências com arborização e 
vias públicas com pavimentação, calçada, presença de bueiros e meio fio. Prudente 
conta com um salário médio mensal de 2,6 salários mínimos e é um dos municípios 
que se destacam no estado em relação à proporção de pessoas ocupadas. 
 
 
4.4 Aspectos Referenciais do Objeto de Estudo em relação à Municipalidade 
 
4.4.1 Levantamento Métrico 
 
O levantamento métrico do local é essencial para o estudo e a criação do 
projeto arquitetônico da praça de alimentação do campus. A área total do local é de 
5.259m², e sua implantação é irregular, como pode ser vista na Figura 2. 
 
Figura 2 - Levantamento Métrico 
 
Fonte: Autor (2017) 
42 
 
 
É possível observar que existe um bom espaço para trabalhar, com 
capacidade para atender diversas pessoas da comunidade acadêmica com um 
espaço de qualidade. 
 
Figura 3 - Topografia 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
A topografia, predominantemente plana, traz um ponto de menor 
elevação localizado próximo ao curso d’água do Córrego do Limoeiro no Jardim Vale 
do Sol. O restante da área é caracterizado por áreas com pequenas variações 
altimétricas mais altas ou mais baixas, que oscilam entre 2,5 m na região do 
Shiraiwa e do Residencial Universitário. 
 
4.4.2 Renda e Ocupação do Local e do Entorno 
 
Com a criação do Campus 2 da UNOESTE distante do centro urbano 
em 1987, alguns conjuntos habitacionais e bairros foram instalados na região, como 
o Jardim Vale do Sol. Hoje em dia, os bairros no entorno do campus da instituição 
são predominantemente residenciais, com alguns comércios no bairro. 
O Campus II, conhecido por suas belezas naturais, preserva 
características ambientais importantes e que se manifesta por meio do colorido 
43 
 
especial promovido por seus corredores de árvores, jardins, flores e as espécies de 
pássaros que habitam o local. O Campus se encontra localizado na Rod. Raposo 
Tavares, km 572, no município de Presidente Prudente – SP. 
A área de vizinhança do Campus 2 da UNOESTE – Jardim Vale do Sol, 
Residencial Universitário e Parque Shiraiwa – são locais onde encontram-se 
diversas moradias coletivas voltadas aos estudantes e residências unifamiliares. 
 
Figura 4 - A UNOESTE, Campus 2 na cidade de Presidente Prudente – São Paulo 
 
Fonte: Google Maps (2017), modificado pelo Autor (2017) 
 
 
44 
 
Figura 5 - Localização dos campus da Unoste. Planta esquemática, sem escala 
 
Fonte: Google Maps (2017), modificado pelo Autor (2017) 
 
A morfologia da área do entorno imediato é composta basicamente por 
residências e comércios de 1 a 2 pavimentos. Logo na entrada do acesso principal 
existem estabelecimentos comerciais que são bastante frequentados pelos 
estudantes da instituição, como a Toca da Coruja e o restaurante Colher de Pau. 
A maioria das edificações do entorno tem pouca expressão 
arquitetônica, acabamento em argamassa pintada e apresentando estado de 
conservação intermediário: as construções mais novas estão mais conservadas e os 
prédios mais antigos possuem um acabamento mais precário. 
 
4.4.3 Aspectos do Uso e Ocupação do Solo 
 
De acordo com o Plano de Zoneamento de Presidente Prudente, o 
campus II da UNOESTE situa-se numa área de Zona Especial de Ensino e 
Pesquisa, que se caracteriza pela singularidade do uso atual ou de uso pretendido, e 
por tais aspectos estão sujeitas a normas próprias e estão classificadas de acordo 
com a finalidade pelas quais foram instituídas e são relacionadas 
A área de vizinhança do Campus 2 da UNOESTE – Jardim Vale do Sol, 
Residencial Universitário e Parque Shiraiwa – são locais onde encontram-se 
diversas moradias coletivas voltadas aos estudantes e residências unifamiliares. Na 
área do entorno do campus os usos e a ocupação do solo variam. Embora haja o 
45 
 
predomínio de residências, tanto unifamiliar quanto repúblicas, estão presentes 
também atividades de comércio e serviço. 
 
Figura 6 - Planta de situação do Campus – 2017 (Planta esquemática figura-fundo, 
sem escala) 
 
Fonte: Presidente Prudente (2016), modificado pelo Autor (2017) 
 
4.4.4 Mobiliários Urbanos Local e do Entorno 
 
O campus da Universidade do Oeste Paulista conta com uma grande área 
que possui diversos bancos e mesas para a comunidade, além de grande parte com 
vegetação. Na região de implantação da nova praça, entretanto, a maior parte do 
local é uma rua que anteriormente servia como estacionamento de professores, com 
espaço livre e sem mobiliário. 
 
 
4.4.5 Equipamentos Urbanos Próximos ao Terreno. 
 
46 
 
A importância das praças e dos espaços abertos para o presente 
Estudo de Impacto de Vizinhança, no que diz respeito à morfologia e ambiência 
urbana, está na possibilidade de proporcionarem espaço aberto e sombreado, livre 
para circulação de ar e para o trânsito de pessoas e de constituir um ambiente com 
tratamento paisagístico. 
Funcionando como lugar público aberto, as praças, como elementos 
morfológicos, também desempenham importante papel social na medida em que 
exercem função de reunir grupos em torno de uma atividade comum. 
As praças da região são os espaços institucionais dos bairros no 
entorno e atendem a população mais próximas dessas áreas. Apesar da 
proximidade com a UNOESTE, poucos estudantes utilizam os espaços, sendo mais 
focados para os moradores do entorno imediato. 
 
Figura 7 - Praças no entorno do Campus 2 
 
Fonte: Google Maps (2017), modificado pelo Autor (2017) 
 
Figura 8 - Praça próxima ao Campus 2 
47 
 
 
Fonte: Google Maps (2017), 
 
4.4.6 Vegetação Local e do Entorno 
 
As massas verdes são presentes em toda a extensão da área de 
estudo, mas são predominantes dentro do local de implantação do projeto. Por isso, 
serão tomadas atitudes de projeto que não irão prejudicar a paisagem e o meio 
ambiente já consolidado. 
 
Figura 9 - Vista do local do projeto 
 
Fonte: Autor (2017) 
48 
 
 
 
4.4.7 Acessos e vias de circulação na área e do entorno (Fluxos). 
 
A principal via de acesso ao campus é a Avenida Eme Albem Pioch, 
representada em vermelho na Figura 6. O segundo acesso para o local é feito pela 
Rua José Luiz da Silva, representado na cor rosa na Figura 6. As vias de ligação 
entre os blocos do campus estão representadas na cor amarela, e a partir dos dois 
acessos é possível atravessar o campus todo. 
 
Figura 10 - Planta de situação com os principais eixos viários de acesso ao Campus 
2 (Planta esquemática, sem escala) 
 
Fonte: Google Maps (2017), modificado pelo Autor (2017) 
 
49 
 
CAPÍTULO 5 – PROPOSTA ARQUITETÔNICA 
 
5.1 Programa de Necessidades 
 
O projeto da praça de alimentação do campus tem como objetivo criar 
uma nova praça para promover maior qualidade para a comunidade acadêmica, 
localizado próximo do Bloco B2 e B3, e o programa de necessidades é essencial 
para a criação do projeto arquitetônico. 
A praça de alimentação existente conta com 8 quiosques distribuídos 
em 1.562m². A área prevista para a praça de alimentação terá 5.259m², com dez 
restaurantes, espaço para alimentação e mobiliário para atender a comunidade 
acadêmica. 
As áreas que não serão construídas serão ocupadas por caminhos de 
pedestres e jardins, permitindo que a permeabilidadedo solo aconteça e que a 
reforma da praça de alimentação não interfira no ambiente já construído 
 
5.1.1 Memorial de Conceito e Partido Arquitetônico 
 
O conceito do projeto é a criação de um espaço único que visa uma nova 
atmosfera para o espaço de alimentação voltado para a comunidade acadêmica da 
Universidade do Oeste Paulista. Busca-se um local implantado em área livre 
integrada com a natureza aliando design e sustentabilidade para o ambiente. 
O partido arquitetônico baseia-se nas condicionantes das condições físicas do 
terreno e no material construtivo, que irão direcionar o projeto da praça de 
alimentação à sua realização. 
O local escolhido para a implantação do projeto da nova praça de alimentação 
fica localizado próximo ao Bloco B2. Sua escolha foi essencial para o projeto pois irá 
determinar um melhor fluxo de pessoas para os horários de pico, sem interferência 
direta no fluxo de carros. Para lidar com este terreno com aproximadamente 8 
metros de desnível, é necessário trabalhar com sua acessibilidade através de 
escadas, rampas e decks que irão nivelar as plataformas dos restaurantes. 
O outro condicionante do partido é o material construtivo, onde será utilizado 
o container, que é uma caixa originalmente utilizada para o transporte de 
50 
 
mercadorias, e que atualmente encontra-se disponível para o uso residencial e 
comercial, estimulando a economia de recursos naturais e um espaço amigo do 
meio ambiente. Utiliza-se este material para o projeto da nova praça pois além da 
diminuição de entulhos com a obra, cria-se um espaço de tendência sustentável no 
Campus II da UNOESTE e estimula o assunto entre a comunidade acadêmica da 
instituição. 
 
5.2 Proposta Arquitetônica 
 
A proposta arquitetônica do projeto da praça de alimentação do Campus II da 
Unoeste é apresentada neste capítulo e tem como objetivo representar as 
características do projeto. 
 
Figura 11 - Imagem do projeto 
 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
51 
 
Figura 12 - Vista da área de alimentação 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
Figura 13 – O ambiente da área de alimentação com um novo olhar 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
Como é possível observar na Figura 11, 12 e 13, o projeto possui integração 
com a vegetação através de espaços intercalados com os containers e as vias de 
circulação. 
Cria-se diversas áreas de permanência para atender da melhor forma a 
comunidade, com espaços para a alimentação, estudo e socialização entre alunos, 
professores, funcionários e visitantes. 
 
52 
 
Figura 14 - Vias de circulação de pedestres 
 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
Figura 15 - Espaços de Permanência 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
Figura 16 - Espaços de Permanência 
 
Fonte: Autor (2017) 
53 
 
Os espaços com vegetação, além de proporcionar maior conforto térmico e 
um ambiente integrado com a natureza, possibilita a criação de bancos e espaços 
para a comunidade acadêmica. 
 
Figura 17 - O ambiente construído e a vegetação 
 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
Utiliza-se as cores e números para diferenciar e situar a localização de alguns 
containers, mantendo uma organização e fluxo com método diferenciado e simples. 
 
Figura 18 - Passarela superior e containers com restaurantes 
 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
 
54 
 
Figura 19 - Rampa e escada integradas 
 
Fonte: Autor (2017) 
 
É possível observar que a proposta arquitetônica conta com um respeito ao 
meio ambiente preservando a arborização e criando espaços de qualidade para a 
nova praça de alimentação do Campus 2, com uma grande área que irá comportar o 
número de usuários e oferecer espaços integrados à natureza. 
 
 
5.3 Memorial Justificativo 
 
O memorial justificativo busca explicar a escolha de materiais para o projeto 
arquitetônico deste trabalho de conclusão de curso. Os principais materiais pré-
definidos são: 
 
 Container: reutilizar um material resistente para a construção civil 
visando a diminuição de entulhos e uma obra que se destaca entre os 
edifícios tradicionais da universidade; 
 Madeira: material simples e clássico para os decks entre níveis do 
projeto, delimitando diferentes matérias para ambientes distintos; 
 Piso intertravado: utiliza-se piso que irá promover absorção de água no 
solo para respeitar o ambiente; 
 Vidro: utiliza-se o vidro para integrar áreas internas e externas, onde os 
ambientes conversam entre si. 
55 
 
 
Dessa forma, justifica-se alguns materiais do projeto da nova praça de 
alimentação do Campus 2 da Unoeste. 
 
5.4 Memorial Descritivo 
 
Cria-se nesta etapa projetual um memorial descritivo com alguns materiais 
que serão implantados no projeto arquitetônico da praça de alimentação da Unoeste. 
Para as calçadas do projeto será utilizado o concreto ecológico, que consiste na 
substituição de brita por agregados que são providos do aproveitamento de 
materiais de borracha, minimizando os impactos da natureza. Além disso, ele 
garante uma boa drenagem e aceita pigmentos e estampas, podendo ser coloridos, 
além de minimizar trincas e fissuras nos locais de aplicação. 
Para o paisagismo será utilizada a grama sintética, produzida em 
polipropileno que garante maior resistência, durabilidade e limpeza. Sua instalação 
sobre o piso de concreto deve ser realizada após a limpeza da superfície, e sua 
manutenção é simples, podendo ser limpa com sabão neutro e água. A grama 
escolhida para este projeto é a de 80.000 pontos, que vem em formato de rolo de 
2x25m 
 
Figura 20 - Grama sintética 
 
Fonte: http://www.ecopex.com.br/pisos/grama-sintetica/. Acesso em: 20 mar. 2018 
 
Um elemento que será utilizado é o piso intertravado, bastante comum no 
campus da instituição, mas com uma proposta diferente e maior integrada com a 
56 
 
natureza. Para o piso do entorno, escolhe-se o piso intertravado da RRC Plásticos, 
que é assentado no pó da pedra e não utiliza cimento. Ele é próprio para 
estacionamentos, calçadas, ciclovias e jardins, e seu uso diminui o risco de 
alagamentos e enchentes. 
Ele é muito mais leve que os pisos de cimento, pesando 6kg por m² e além de 
durável é antiderrapante. Possui diversas cores disponíveis e seu laudo técnico 
garante a resistência semelhante ao asfalto. 
 
FIGURA 21 - Piso intertravado 
 
Fonte: http://rrcplasticos.com.br/pisos-intertravados.aspx. Acesso em: 20 mar. 2018 
 
Para os bancos, decks e redários utiliza-se a madeira ecológica de PVC, uma 
madeira com a combinação de polímeros, fibras, cargas minerais e aditivos 
importados que proporcionam a textura e o aspecto natural da madeira, entretanto 
não é produto de desmatamento. 
Além de causar baixo impacto ambiental, ele é 100% reciclável e conta um 
alto padrão de qualidade na sua fabricação. Suas vantagens são: antiderrapantes, 
antitérmicos, não absorvem umidade, não precisa de manutenção constante, não 
racha, é imune a pragas e insetos, não soltam farpas e possui um ótimo custo x 
benefício. 
57 
 
Figura 22 - Madeira ecológica 
 
Fonte: http://www.ecopex.com.br/madeira-plastica/. Acesso em: 20 mar. 2018 
 
A fundação dos containers será realizada através do baldrame corrido. Os 
containers utilizados serão o modelo Dry e seus dois tamanhos, com comprimentos 
que variam entre 6 a 12 metros e altura de 2,59m. É possível observar melhor suas 
dimensões através das imagens abaixo. 
 
Figura 23 - Container de 20 pés 
Figura 24 - Container de 40 pés 
 
 
Fonte: http://dicasdearquitetura.com.br/tipos-e-medidas-de-containers-para-construcao/. Acesso em: 
20 mar. 2018 
 
O chão e teto do container será revestido com placa cimentícia de 10mm, 
ideal para a utilização em sistemas construtivos industrializados. Da marca Brasilit, é 
um elemento que oferece praticidade e rapidez na montagem, além de conforto e 
resistência com uma vida útil boa para ambientes internos e externos. 
58 
 
O preço médio das placas de 120x240cm é de R$146,00 por chapa, e ela 
pode

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