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relatório argamassa e concreto

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Ministério da Educação 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Campus Curitiba 
Departamento Acadêmico de Construção Civil- DACOC 
Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DA DISCIPLINA DE ARGAMASSA E 
CONCRETO 
 
 
 
Ana Carolyne Neves da Silva 
Fernanda Cristina Blanco Lima 
Estevão Luiz de Paula Guerra 
Nicole 
Rodrigo Dias 
S. Elioth Amour Alapini 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2021 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os principais componentes do concreto convencional utilizado na construção civil são 
o cimento Portland e os agregados graúdos e miúdos, sendo assim, as propriedades físicas e 
mecânicas dos mesmos interferem diretamente no desempenho do concreto ou argamassa no 
qual se planeja aplica-los. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), descreve detalhadamente os 
procedimentos para realização de diversos ensaios afim de obter indicadores que possibilitem 
a avaliação da qualidade e propriedades desses materiais, bem como, estabelece limites para 
que os mesmos sejam considerados adequados para produção de concretos e argamassas. 
Diante disto, apresentaremos a seguir, a aplicação de alguns desses ensaios em 
amostras de cimento Portland, agregados graúdos e miúdos e a discussão de seus resultados, 
afim de determinar indicadores como: índice de finura, massa específica, massa unitária, teor 
de umidade e análise granulométrica. 
 
2. OBJETIVO 
 
Esse relatório tem como objetivo estudar as propriedades tanto do cimento, quanto dos 
Agregados Graúdos e Miúdos, seguindo sempre as normativas da ABNT. 
 
3. Ensaios em Cimento Portland 
3.1. Determinação da Finura pela Peneira nº 200 
 
A ABNT NBR 11579:1991 descreve minunciosamente os procedimentos a serem 
realizados para execução do ensaio. Resumidamente, o índice de finura é obtido através do 
material retido na peneira após as três fases do peneiramento de uma amostra com massa inicial 
de 50 ± 0,05 gramas, a primeira etapa para eliminação dos finos dura de 3 a 5 minutos, a fase 
intermediária dura entre 15 e 20 min, e o peneiramento final é realizado por 60 segundos e 
repetido até que a massa que passa ao fundo durante esta etapa seja inferior a 0,05g. Em seguida 
a massa retida é transferida para um recipiente e pesada com precisão de 0,01g. 
Então, o índice de finura é calculado pela seguinte fórmula: 
 
 
 
Onde: 
IF = índice de finura (%) 
R = massa retida na peneira (g) 
C = Fator de correção da peneira (ABNT NBR NM-ISSO 3310-1:2010, 
0,80≤C≤1,20) 
Importância do ensaio: 
É importante saber se a quantidade de finos do cimento está dentro do recomendado, 
quanto menores os grãos, maior será a área de contato com a água, isso aumenta o calor de 
hidratação e a resistência inicial. Por se tratar de um ensaio de materiais relativamente simples 
pode ser executado tanto no canteiro de obras quanto em laboratório, no entanto, para um 
resultado mais preciso o método de permeabilidade do ar (método de Blaine) é mais indicado. 
Análise dos resultados: 
Com base nos dados informados, temos que o índice de finura deste cimento é de 18%. 
De acordo com a ABNT NBR 16697:2018 o valor máximo do índice de finura nos cimentos 
Portland é de 12%, sendo assim, a amostra analisada não atende aos requisitos físicos e 
mecânicos estabelecidos pela norma. Porém, este resultado pode ter ocorrido em virtude de um 
ensaio executado de forma inadequada, sem respeitar rigorosamente os procedimentos 
estabelecidos pela norma como o tempo de cada fase, os movimentos descritos e a atenção na 
hora da pesagem. 
3.2. Determinação da Massa Específica 
 
Descrito pela ABNT NM 23/2000, o procedimento consiste no preparo do frasco de 
Le Chatelier com um líquido não reagente até a marca entre 0 e 1 cm³, obter o equilíbrio térmico 
do frasco e efetuar a leitura inicial com aproximação de 0,1cm³, a amostra de cimento (60g no 
caso de cimento Portland) é inserida e, com o frasco tampado, o material é girado em posição 
inclinada ou em círculos até que não subam borbulhas de ar para a superfície do líquido e efetua-
se a leitura final. O cálculo é realizado através da fórmula: 
 
 
 
Onde: 
P = massa específica (g/cm³) 
M = massa do material (g) 
V = V2 - V1 
Importância do ensaio: 
 
Este ensaio é realizado para verificar se a massa específica está dentro do 
recomendado, a partir dessa informação é possível ter uma noção da quantidade desse material 
na composição dos concretos. 
Análise dos resultados: 
A massa específica do cimento Portland deve ser entre 2,9g/cm³ e 3,18g/cm³, a amostra 
analisada está dentro da faixa estabelecida, apresenta massa específica de 2,97g/cm³. 
3.3. Determinação da Pasta de Consistência Normal 
 
A realização deste ensaio deve obedecer à ABNT NBR 16606:2018, os resultados são 
obtidos com a utilização do aparelho de Vicat, prepara-se uma pasta com 500g de cimento e 
água, a proporção da água é obtida por tentativas (em torno de 25 a 30%). Após realizar a 
mistura de acordo com a descrição da norma, a pasta é colocada no molde sob o aparelho de 
Vicat para verificação da consistência. Pasta de consistência é uma mistura de cimento e água 
numa proporção que se alcance um índice de resistência igual a 6 ± 1 mm, caso não se obtenha 
este resultado deve-se preparar diversas pastas variando a quantidade de água a cada tentativa. 
O cálculo que determina a porcentagem de água é realizado pela fórmula: 
 
Onde: 
A = porcentagem de água (%) 
Ma = massa de água (g) 
Mc = massa de cimento (g) 
Importância do ensaio: 
A realização deste ensaio tem por objetivo determinar a relação água/cimento ideal 
para que a pasta alcance sua resistência máxima, mas vale destacar que geralmente essa 
proporção não é a mesma utilizada no concreto, devido à fluidez desejada ser diferente da ideal. 
Análise dos resultados 
Segundo o ensaio a porcentagem de água do material apresentado é 29,4%, ou seja, 
para cada quilograma de cimento serão necessários 294 gramas de água para que esta pasta 
atinja a consistência normal. 
4. Ensaios em Agregados Graúdos 
4.1. Determinação da Massa Específica – Processo Geométrico 
Descrito pela ABNT NBR 16606:2018, o processo geométrico para determinação da massa 
específica resume-se na medição das arestas utilizando o paquímetro, são realizadas duas 
medições e as dimensões do agregado são calculadas como sendo a média destas leituras. 
Dada a fórmula: 
 
Onde: 
 
Importância do ensaio: 
Para que o traço do cimento seja feito da forma mais correta possível é necessário ter 
conhecimento da massa específica dos agregados. Por utilizar poucos equipamentos e estes 
serem portáteis, é possível realizar esta análise em obra, porém, métodos como o da balança 
hidrostática e do frasco graduado são mais precisos. 
Análise dos resultados 
Pelo processo geométrico, a massa específica do agregado graúdo fornecido é de 
2,646g/cm³. A ABNT NBR 12655:2015 define agregado leve como agregado cuja massa 
específica é ≤2,00g/cm³ e agregados pesados os de massa ≥3,00g/cm³, então podemos definir o 
material em questão como agregado normal, no entanto, a amostra pode ter uma massa 
específica diferente, já que podem ocorrer divergências nas medidas das arestas. 
4.2. Determinação da Massa Específica – Frasco Graduado 
 
Em resumo, coloca-se uma certa quantidade de água em uma proveta graduada e faz-
se a leitura inicial em cm³, determina-se a massa de certa porção da amostra, coloca-se esta 
porção na proveta e faz-se a leitura final. O cálculo é feito pela forma: 
 
Onde: 
 
Importância do ensaio: 
O método pelo frasco graduado também tem o objetivo estabelecer o melhor traço do 
concreto, porém, é mais preciso que o processo geométrico e também pode ser realizado em 
obra antes de iniciar a produção do concreto, no entanto, só é aplicado a agregados graúdos. 
Análise dos resultados 
Pelo frasco graduado a massa específica da amostra é de 2,667g/cm³, também 
classificadocomo agregado normal. 
4.3. Determinação da Massa Específica – Balança Hidrostática 
O processo é descrito com precisão na ABNT NBR NM 53:2009. Para sua realização 
é preciso pesar a amostra seca, tarar a balança com o recipiente que receberá o agregado quando 
imerso na água, coloca-se a amostra no recipiente imerso e faz-se a pesagem imersa. O cálculo 
para a determinação da massa específica pelo processo da balança hidrostática é dado pela 
fórmula: 
 
Onde: 
 
Importância do ensaio: 
Assim como os demais, o método da balança hidrostática tem o objetivo estabelecer o melhor 
traço do concreto. O método utilizando balança hidrostática é o que apresenta maior precisão, 
mas exige equipamentos mais complexos e ambiente controlado, por isso, deve ser realizado 
em laboratório. 
Análise dos resultados 
A massa específica através da balança hidrostática é 2,655g/cm³, ainda se classifica como 
agregado normal. 
4.4. Determinação da Massa Unitária – Estado Solto 
 
Conforme a ABNT NBR NM 45:2006 (método C), que descreve detalhadamente o 
procedimento, é utilizado um recipiente de volume mínimo de 15l que, após ser pesado, recebe 
a amostra lançada a uma altura de aproximadamente 10cm da borda até extravasá-lo, o 
recipiente cheio com o agregado de ser pesado. O cálculo que determina a massa unitária é dado 
pela fórmula: 
 
Importância do ensaio: 
A massa unitária é utilizada para transformação de massa para volume com vazios 
entre os grãos, aplicação em concreto dosado em volume e para o controle de recebimento e 
estocagem de agregados em volume. Para maior precisão é indicado que o material seja seco 
em estufa antes da realização do ensaio e, por isso, seja realizado em laboratório, mas também 
é possível realizá-lo em obra. 
Análise dos resultados 
A massa unitária do agregado em estado solto é de 1,300g/cm³, normalmente a massa 
unitária de agregados normais varia entre 1,300g/cm³ e 1,750g/cm³, sendo assim, este agregado 
possui massa unitária comum para produção de concretos normais. 
4.5. Determinação da Massa Unitária – Estado Compactado 
O ensaio descrito na ABNT NBR NM 45:2006 (método A), consiste em medir o 
recipiente específico, pesá-lo e acrescentar a amostra até 1/3 do volume, aplica-se 25 golpes 
com a haste de compactação, repete-se o processo a 2/3 do volume e quando totalmente cheio. 
Então, pesa-se o recipiente cheio com agregado seco e calcula-se a massa unitária com a 
fórmula: 
 
Importância do ensaio 
 
O ensaio, assim como o anterior, mostra a relação entre o volume e a massa da amostra 
considerando também os vazios entre os grãos, porém, no estado compactado. É utilizada na 
transformação de massa e volume e vice-versa, aplicação em concreto dosado em volume e 
para o controle de recebimento e estocagem de agregados em volume. 
Análise dos resultados 
A massa unitária do agregado em estado compactado é de 1,560g/cm³, normalmente a 
massa unitária de agregados normais varia entre 1,300g/cm³ e 1,750g/cm³, sendo assim, este 
agregado possui massa unitária comum para produção de concretos normais. 
4.6. Determinação do Índice de Forma 
Os procedimentos para realização do ensaio constam detalhadamente na ABNT NBR 
7809:2006, em resumo, é realizada a medição do comprimento e da largura do agregado, o 
índice de forma do agregado é a média da relação entre o cumprimento e espessura do grão. 
Importância do ensaio 
 
Este índice é útil para determinar os melhores tipos de agregado a serem aplicados no 
concreto, pois permite analisar a qualidade de um agregado graúdo em relação à forma dos 
grãos. 
Análise dos resultados 
A análise dos dados fornecidos mostra que o agregado apresenta C/L de 1,597 e L/E 
de 4,102, portanto, é considerado um agregado Lamelar Discoide (C/L<2 e L/E>2). A ABNT 
NBR 7211:2005 determina que o índice de forma dos agregados não deve ser superior a 3, nesta 
amostra temos que C/E = 6,551, sendo assim o agregado não é adequado para uso. Agregados 
lamelares são indesejados no concreto pois acumulam mais bolhas de ar e água de exudação, o 
que prejudica a durabilidade e reduz a resistência do concreto. Por isso, deve-se ficar atento ao 
percentual de partículas lamelares no agregado, podendo combinar mais de um agregado para 
que essa porcentagem fique dentro do desejado 
4.7. Teor de umidade 
Ensaio descrito na ABNT NBR 9939:2011, em resumo, determina-se a massa da 
amostra em seu estado natural, em seguida ela é seca em estufa e tem sua massa final aferida. 
A partir desses dados calcula-se o teor de umidade com a seguinte fórmula: 
 
Importância do ensaio 
 
O teor de umidade indica quanto da massa do agregado é água absorvida ou retida por 
ele, esse índice é utilizado para determinar a quantidade de água a ser utilizada na produção do 
concreto. O ensaio pode ser realizado de diversas formas, dependendo da precisão requerida, 
pode ser feito na obra com o método da frigideira ou em laboratório com a estufa, Speedy Test 
e Frasco de Chapman. 
Análise dos resultados 
A amostra analisada apresenta 0,223% de teor de umidade, neste caso, o teor de 
umidade deste agregado pode ser desconsiderado na dosagem do concreto para determinar a 
quantidade de água necessária já que se trata de um teor muito baixo que não irá interferir no 
resultado final. 
5. Agregado Miúdo 
5.1. Determinação da Massa Específica – Processo do Picnômetro 
 
O ensaio, descrito na DNER-ME 084/95, inicia-se pesando o picnômetro completo 
com água, um pouco desta água é retirada e pesa-se novamente, com o auxílio de um funil a 
amostra de agregado é inserida e pesada, remove-se o ar e completa do restante do espaço com 
água, o picnômetro é pesado com a amostra e a água. Com estes dados, calcula-se a massa 
específica pela fórmula: 
 
Onde: 
Pag = massa do picnômetro com água; 
Ma = massa do picnômetro após a remoção de parte da água; 
Mb = massa do picnômetro já com a amostra; 
Pag + a = massa do picnômetro com a amostra e água. 
Importância do ensaio 
A massa específica do agregado é muito importante para determinar a permeabilidade 
e compressibilidade do material, esses dados são fundamentais na hora de escolher o agregado 
ideal para o tipo de concreto ou argamassa pretendido. Este ensaio geralmente ocorre em 
laboratório, se realizado de forma correta possui alto índice de precisão, porém, pode ser 
substituído usando outros métodos. 
Análise dos resultados 
A amostra estudada apresenta 2,718g/cm³, classificado como agregado normal pela 
norma ABNT NBR 12655:2015, sendo apropriada para produção de concretos normais. 
5.2. Determinação da Massa Específica – Frasco de Chapman 
O processo, descrito com precisão na ABNT NBR 9776:1987, inicia-se colocando 
água até a primeira marcação do frasco (200ml), é inserido 500g de agregado miúdo dentro 
frasco, a mistura é agitada para liberar as bolhas de ar, verifica-se o nível da água após a inserção 
da amostra e determina-se a massa específica por meio da equação: 
 
Importância do ensaio 
 
Assim como o método utilizando o picnômetro, saber a massa específica do agregado 
é importante para determinar a permeabilidade e compressibilidade do material, dados 
essenciais para escolher o agregado ideal para o tipo de concreto ou argamassa pretendido. Este 
ensaio pode ser realizado tanto em laboratório quanto no canteiro e obras. 
Análise dos resultados 
A massa específica pelo frasco de Chapman é de 2,825g/cm³, um pouco acima do valor 
apresentado pelo método do picnômetro, mas ainda dentro da faixa de agregado normal pela 
ABNT NBR 12655:2015, sendo apropriada para produção de concretos normais. 
5.3. Determinação da Massa Unitária – Estado Solto 
A ABNT NBR 7251:1982 descreve o ensaio em questão, realizado ao inserir a amostra 
num recipiente de volume e massa conhecidos, até preencher todo o espaço, então, com o 
auxílio de uma régua a superfície do topo é normalizada removendo o excesso de material,e 
seguida o recipiente contendo a amostra é pesado, esses valores são aplicados na seguinte 
fórmula para obter a massa unitária: 
 
Importância do ensaio 
 
O valor da massa unitária é utilizado para converter massa em volume considerando 
os vazios entre os grãos do agregado. Este método pode ser facilmente executado e costuma ser 
aplicado no controle de recebimento de cargas entregues. 
Análise dos resultados 
A massa obtida com a amostra fornecida foi de1,197g/cm³, por se tratar de um 
agregado leve, deve ser utilizado na produção de concretos leves. O baixo valor da massa 
específica, provavelmente, é resultado de sua microestrutura porosa. 
5.4. Determinação da Massa Unitária – Estado Compactado 
A ABNT NBR NM 45:2006 descreve o ensaio que consiste em compactar a amostra 
em um recipiente de massa e volume conhecidos até que o mesmo esteja completamente cheio, 
em seguida utiliza-se os dados obtidos na seguinte fórmula: 
 
 
 
Importância do ensaio 
 
Assim como o ensaio anterior, a realização deste procedimento visa obter a massa 
específica do agregado. O valor da massa unitária é utilizado para converter massa em volume 
considerando os vazios entre os grãos do agregado. 
Análise dos resultados 
A massa obtida com a amostra fornecida foi de1,538g/cm³, por se tratar de um 
agregado normal, é apropriado para a produção de concretos normais. 
5.5. Teor de umidade 
 
O ensaio em questão é descrito com precisão na ABNT NBR 9939:2011, em resumo, 
a massa da amostra é aferida em seu estado natural, em seguida a amostra é submetida a uma 
temperatura de 110ºC na estufa e pesada de 2 em 2 horas até que a diferença entre as pesagens 
seja menor que 0,1%. Com os dados pode-se calcular o teor de umidade usando: 
 
Importância do ensaio 
O teor de umidade é importante no estudo do fenômeno de inchamento, e para calcular 
quanto da massa de um agregado é na verdade água, que foi absorvida ou retida, este valor 
também é utilizado para a determinar a quantidade de água a ser utilizada na elaboração do 
concreto. 
Análise dos resultados 
Com base nos dados recebidos, temos que o percentual de água na amostra é de 
9,375%, um valor considerável na hora de calcular a quantidade de água do concreto. A água 
presente no material pode ter sido absorvida ou retida por ele, o que pode indicar porosidade 
das partículas. 
 
5.6. Inchamento do Agregado Miúdo 
A ABNT NBR 6467:2009 descreve com precisão o procedimento em questão, 
resumidamente, o ensaio é realizado calculando a massa unitária de uma amostra seca 
homogeneizada de agregado miúdo, em seguida é adicionado água afim de obter teores de 
umidade próximo aos valores de referência, a cada adição de água a mistura é homogeneizada 
e tem sua massa unitária calculada, após alcançar os parâmetros desejados a cápsula é pesada. 
Para obter o teor de umidade da amostra utiliza-se a seguinte equação: 
 
Importância do ensaio 
 
O ensaio tem como objetivo determinar o coeficiente de inchamento do agregado, 
valor importante na hora de corrigir a quantidade de água de uma argamassa ou concreto, pois 
mostra a variação de volume causada pela absorção de água pelos grãos do agregado analisado. 
O valor de umidade crítica indica o ponto onde o agregado para de absorver água e ela passa a 
se acumular em volta dos grãos, aumento assim a distância entre eles, o que influência nas suas 
características mecânicas. Este método deve ser realizado para elaboração do processo de 
dosagem do concreto ou argamassa, pois esta característica do agregado é muito importante 
para se determinar sua aplicação. 
Análise dos resultados 
Para determinar os teores de umidade e definir a curva de inchamento da amostra, 
utilizamos os dados fornecidos para calcular a seu coeficiente de inchamento. Os coeficientes 
de inchamento calculados com base nos dados obtidos no ensaio estão descritos na tabela 1. 
 
 
Inchamento do agregado miúdo 
Mi Mh h (%) Coef. Inc. (Vh/Vs) 
4000 
4000 0 1,00 
3850 1 1,05 
3692 2 1,11 
3542 3 1,16 
3469 4 1,20 
3400 5 1,24 
3504 6 1,21 
3575 7 1,20 
3624 8 1,19 
3680 9 1,18 
 
 
Após o cálculo, elaboramos o seguinte gráfico que relaciona o coeficiente de 
inchamento com os teores de umidade de cada etapa do ensaio: 
 
 
 
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
1,30
0 2 4 6 8 10C
oe
fic
ie
nt
e 
de
 in
ch
am
en
te
o 
(V
h/
Vs
)
Teor de umidade (%)
Inchamento do agregado miúdo
Inchamento S R T B
Tabela 1 – Inchamento do agregado 
Fonte: Os autores 
Gráfico 1 – Inchamento do agregado 
Fonte: Os autores 
 
A partir da curva de inchamento foi possível traçar as retas B, R, S e T, que representa 
respectivamente, o valor da umidade crítica do agregado (4,666 %), este valor representa o 
ponto onde o inchamento permanece constante, de modo que a tensão superficial da película de 
água aumenta o volume ocupado pelos grãos do agregado, os separando. A reta R representa o 
coeficiente de inchamento médio, que é igual a 1,24, obtido pela média dos coeficientes de 
inchamento nos pontos de umidade crítica e máxima obtidas no ensaio. As demais retas têm 
como função auxiliar no traço das retas B e R. 
6. Granulometria 
6.1. Agregado Miúdo: Curva granulométrica 
 
O processo é descrito com precisão na ABNT NBR NM 248:2003, em resumo, o 
ensaio consiste em determinar a distribuição do agregado quanto a sua dimensão, tal 
distribuição é calcula pela massa retida em cada peneira utilizada no ensaio, a mesma amostra 
é passada por uma série de peneiras até que as porções retidas estejam homogêneas, de modo 
que se possa obter a massa de amostra retida entre cada intervalo das peneiras utilizadas, assim 
podendo se traçar a curva granulométrica do agregado, fazendo relação do percentual de 
amostra retida acumulada em cada uma das peneiras e a abertura da malha das peneiras, que 
devem estar dentro de uma área delimitada pelas ABNT NBR 7211:2009, para ser classificada 
como curva contínua, o que significa que o agregado possui baixas taxas de vazios entre seus 
grãos, o que acarretara uma maior economia de cimento na elaboração do concreto ou 
argamassa. 
 
Importância do ensaio 
O ensaio de granulometria do agregado fornece dados fundamentais para a dosagem 
de concretos e argamassas, a curva granulométrica nos informa se o agregado está dentro da 
zona ótima, ou se é preciso uma combinação com outro para que a curva se situe na zona 
estipulada pela norma. Este ensaio deve ser realizado para elaboração do processo de dosagem 
do concreto ou argamassa, em vista, que a distribuição granulométrica influencia diretamente 
na capacidade e desempenho. 
Análise dos resultados 
Realizando a análise do percentual retido em cada peneira, percebemos que as diferenças entre 
esses valores se mantiveram abaixo do limite normativo de 4 %, indicando uma semelhança da 
distribuição granulométrica das duas amostras ensaiadas. A as curvas de ambas as amostras se 
mantearam fora da zona ótima, porém, dentro dos limites da zona utilizável estabelecida pela 
ABNT NBR 7211:2009. Para obter o melhor desempenho, o ideal é que as curvas estejam 
dentro dos limites da zona ótima, como este não é o caso e a distribuição granulométrica das 
amostras são muito parecidas, a solução seria realizar uma composição com outro agregado 
afim de melhorar sua distribuição. 
O gráfico a seguir mostra a curva granulométrica do agregado miúdo obtida através do ensaio: 
 
 
A partir dos dados obtidos também foi possível determinar o módulo de finura do 
agregado, que é a soma das porcentagens retidas acumuladas da série normal divididas por 100, 
o módulo de finura calculado da média das duas amostras é 2,900, com este valor é possível 
separar os agregados em lotes por módulo de finura, quanto maior o módulo de finura, mais 
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,1 1 10
Abertura das peneiras (mm)
Curva granulometrica do agregado miúdo
Massa retidamédia Zona utilizável Zona ótima
ZO superior ZU superior Massa retida Amostra 1
Massa retida Amostra 2
Gráfico 2 – Curva granulométrica do agregado miúdo 
Fonte: Os autores 
 
graúdo é o agregado. Também foi possível estipular o diâmetro máximo, trata-se da abertura de 
malha da menor peneira cuja porcentagem retida seja ≤ 5%, o diâmetro máximo da amostra é 
4,8mm. 
 
6.2. Agregado Graúdo: Curva granulométrica 
O ABNT NBR NM 248:2003 descreve com precisão os procedimentos realizados. O 
ensaio é semelhante ao de granulometria de agregado miúdo, diferindo apenas pela série de 
peneiras utilizadas. 
Importância do ensaio 
 
O ensaio de granulometria do agregado fornece dados imprescindíveis para a dosagem 
de concretos e argamassas, a curva granulométrica de um agregado nos mostra se ele é 
adequado para concreto, ou se precisara ser combinado com outro, e como deverá ser a 
combinação, para que a curva se situe na zona estipulada pela norma que visa um maior 
desempenho, maior resistência e economia de cimento. Tal ensaio também nos auxilia na 
classificação e aplicabilidade quanto ao seu módulo de finura e seu diâmetro máximo, valor 
importante para a dosagem de concreto armado, pois nessa execução existe um limite máximo 
para sua utilização, para evitar que os grãos das mesmas não fiquem presas entre as peças de 
aço. Este ensaio deve ser realizado para elaboração do processo de dosagem do concreto, em 
vista, que a após a escolha do cimento deve-se determinar quais serão os agregados utilizados, 
o conhecimento granulométrico é fundamental. 
Análise dos resultados 
Os dados analisados mostram que a diferenças entre os valores retidos das duas 
amostras estão abaixo do limite normativo de 4 %, indicando uma distribuição granulométrica 
semelhante. A curva granulométrica das amostras se encontra fora da zona delimitada como 
aceitável pela norma ABNT NBR 7211:2009, recomendasse que ensaio seja refeito para 
confirmar os resultados, caso os mesmos se confirmem, é necessário realizar uma combinação 
com outro agregado de forma que a mistura fique dentro dos limites da norma pois o agregado 
em questão não é apropriado para produção de concretos. 
Vide a curva granulométrica do agregado graúdo no Gráfico 3: 
 
 
A média das amostras de agregado graúdo possui módulo de finura igual a 7,328 e 
diâmetro máximo de 32mm, valor que pode ser usado para estudar a viabilidade do uso do 
agregado em concreto armado, pois o valor do diâmetro máximo deve respeitar limites, que 
levam em consideração dimensão, espessura e espaçamento entre as armaduras da peça no qual 
será utilizado. 
7. CONCLUSÃO: 
 
Os ensaios apresentados nos permitem analisar a qualidade dos principais 
componentes do concreto convencional, o cimento Portland e os agregados graúdos e miúdos. 
A partir deste estudo é possível verificar se os materiais atendem à norma e, com base nas 
propriedades apresentadas por eles, determinar qual uso seria mais adequado para cada um. 
Conhecendo essas propriedades é possível escolher os materiais que melhor atendem o concreto 
ou a argamassa pretendida, além de determinar o melhor traço, otimizando os materiais para 
extrair o melhor desempenho e mais economia. 
 
 
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 10 100P
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(%
)
Abertura das peneiras (mm)
Curva granulometrica do agregado gráudo
Limites da norma Limite superior Amostra 2
Amostra 1 Combinação homogênea
Gráfico 3 – Curva granulométrica do agregado graúdo 
Fonte: Os autores 
8. Bibliografia 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11579 - Cimento Portland - 
Determinação da finura por meio da peneira 75 µm (nº 200). Rio de Janeiro. 1991. 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM-ISO 3310-1- Peneiras 
de ensaio – Requisitos técnicos e verificação - Par te 1:Peneiras de ensaio com tela de tecido 
metálico Rio de Janeiro. 2010. 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16697 - Cimento Portland - 
Requisitos. Rio de Janeiro. 2019. 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16606 - Cimento Portland 
— Determinação da pasta de consistência normal. Rio de Janeiro. 2018. 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53 - Agregado graúdo - 
Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de 
Janeiro. 2009. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7809- Agregado graúdo - 
Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro - Método de ensaio. Rio de 
Janeiro. 2006. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45 - Agregados - 
Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro. 2006. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9939 - Agregado graúdo – 
Determinação do teor de umidade total – Método de ensaio. Rio de Janeiro. 2011. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655 - Concreto de cimento 
Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro. 2015. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9776 - Agregados - 
Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do frasco Chapman - Método 
de ensaio Rio de Janeiro. 1987. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7251 - Agregado em estado 
solto - Determinação da massa unitária - Método de ensaio Rio de Janeiro. 1982. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6467 - Agregados - 
Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de ensaio - Método de ensaio Rio 
de Janeiro. 2009. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248 - Agregados - 
Determinação da composição granulométrica - Método de ensaio Rio de Janeiro. 2003. 
 
ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211 - Agregados para 
concreto - Especificação - Método de ensaio Rio de Janeiro. 2009

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