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Estudo dirigido de Imunologia - 1º Bimestre
Monitora: Ana Luiza Barroso
Acadêmicos (as): André Rochinski Busanello 
 
Obs.: pode ser feito em duplas; enviar até dia 19/08 (segunda-feira), 18h para o e-mail imunologiaturma63@gmail.com (colocar o/os nomes no assunto do e-mail).
PCR e VHS
 
1. O que é VHS e quais suas aplicações clínicas?
 	A VHS, ou velocidade de sedimentação de hemácias, é um exame que analisa a velocidade com que as hemácias se sedimentam no tubo de ensaio, dependendo do volume e forma dos eritrócitos e das proteínas plasmáticas.
	O VHS em si não é um fator diagnóstico; ele é empregado para avaliar o andamento de ampla variedade de condições clínicas, revelando a presença de quadros inflamatórios de forma inespecífica, assim como de infecções e até neoplasias.	
 
2. Cite pelo menos dois fatores que alteram o VHS:
a) Aumento patológico: anemias agudas ou crônicas (hemodiluição), doença reumática (aumento de proteínas de fase aguda), mieloma múltiplo (presença de proteínas plasmáticas anormais)
b) Diminuição patológica: dengue (principalmente na forma hemorrágica), policitemia, leucocitose severa, uso de corticoesteroides
c) Aumento fisiológico: menstruação, gravidez e envelhecimento 
 
3. Cite fatores podem alterar resultados de VHS, ou seja, gerar falsos-positivos e falsos-negativos.
	Ao se interpretar um resultado do VHS, deve-se considerar que nem sempre está elevado em indivíduos doentes e que pode atingir níveis de 35-40mm/h em idosos saudáveis
Um VHS dentro da faixa de normalidade também pode ser observado em pacientes com doença em atividade, fenômeno possivelmente relacionado ao efeito de medicamentos, diferenças individuais na função hepática ou eventuais alterações eritrocíticas
O VHS também pode estar falsamente elevado, na ausência de inflamação ou infecção, em pacientes com anemia.
 
4. O que é Síndrome da resposta de fase aguda? VHS encontra-se aumentado ou diminuído? Explique
A resposta de fase aguda é um mecanismo fisiopatológico de defesa associado a estados inflamatórios que, apesar do nome já consagrado, ocorre tanto na inflamação aguda quanto na crônica. Caracteriza-se pela alteração na concentração sérica de certas proteínas após a injúria tecidual, algumas respondendo com elevação (biomarcadores positivos) e outras com diminuição (biomarcadores negativos) de suas concentrações. Essas proteínas terão funções pró e anti-inflamatórias e podem estimular ou inibir a produção umas das outras. 
Na síndrome da resposta de fase aguda o VHS encontra-se aumentado, pois reflete o aumento da concentração plasmática de proteínas de fase aguda, principalmente a de fibrinogênio.
5. De que forma o exame de VHS é útil no diagnóstico diferencial entre dengue e infecções bacterianas e virais?
O exame VHS encontra-se abaixo do valor de referência em grande parte dos pacientes com dengue, principalmente nas formas mais graves da doença.
Já estados patológicos que se apresentam com aumento das proteínas plasmáticas, como por exemplo, infecções bacterianas e neoplasias, geralmente cursam com valores do VHS acima do valor referencial. Isto ocorre pelo fato das proteínas plasmáticas ligarem-se à membrana celular dos eritrócitos, reduzindo o potencial de repulsão entre elas, o que facilita a formação do precipitado. 
6. O que é PCR e quais suas aplicações clínicas?
A dosagem da PCR é usada na prática clínica como um marcador de fase aguda, identificando atividade de processos inflamatórios e/ou necróticos.
Uma dosagem única de PCR pode auxiliar no diagnóstico, mas não deve ser usada isoladamente, uma vez que sua elevação ocorre em diversas situações clínicas.
Assim, a elevação dos níveis séricos significa falha terapêutica ou progressão do qua-dro e sua diminuição indica boa resposta ou remissão do processo e, portanto, melhor prognóstico.
7. Por que a dosagem de PCR pode ser útil no rastreio de doença aterosclerótica?
Como o processo inflamatório crônico é importante na fisiopatologia da aterosclerose, a dosagem de PCR como marcador de doença aterosclerótica tem sido amplamente estudada. 
A PCR vem apresentando bons resultados como marcador prognóstico em pacientes com doença coronariana aguda e no rastreamento de pessoas com risco mais alto de aterosclerose.
Como cerca de metade dos pacientes com doença coronariana apresenta colesterol dentro ou pouco acima dos valores de referência, a medida da PCR tem sido usada na tentativa de rastrear esses casos.
Quando os marcadores de risco coronariano são avaliados isoladamente, a PCR é o exame que apresenta mais valor preditivo positivo. Esse valor é mais alto quando os níveis de PCR são associados à taxa do colesterol total divido pelo HDL (TC/HDL) 
8. Que fatores podem tornar a dosagem de PCR pouco útil no rastreio de doença aterosclerótica?
A variação da hs-PCR em um indivíduo durante longo período de tempo é pequena, permanecendo estável por anos, na ausência de estímulo inflamatório.
 A dosagem da hs-PCR só pode ser valorizada na ausência de infecção, resfriado, febre, vacinação, cefaléia, dor lombar, tratamento dentário ou colocação de brincos, piercings ou tatuagens nas duas semanas anteriores à coleta de sangue para o exame. 
Além disso, é importante não mudar hábitos de alimentação, fumo, reposição hormonal ou contraceptivos orais, consumo de álcool ou exercício físico no mesmo intervalo de tempo.
Valores superiores a 15 ou 20mg/ (acima do percentil 99) indicam inflamação aguda e não devem ser considerados para risco coronariano, recomendando-se repetir o exame em duas semanas ou após resolução do processo em atividade.
9. Quais as semelhanças e diferenças entre VHS e PCR?
O PCR é uma marcador direto da resposta de fase aguda, já o VHS é um indicador indireto da resposta de fase aguda. 
Nesta situação, seus valores dependem, principalmente, da concentração de fibrinogênio no plasma. Apesar de ser um teste simples e de baixo custo, apresenta diversas limitações, sofrendo interferência de vários fatores, como alterações no número, formato e tamanho das hemácias, e aumentando significativamente com o avançar da idade. 
Além disso, enquanto a VHS se altera lentamente com a evolução da doença, a PCR sofre alterações muito mais drásticas em questão de horas. Por isso, entre os exames usados como marcadores de fase aguda, a dosagem da PCR é a de melhores resultados na prática clínica. 
 
 
Artigos para pesquisa:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000300008
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000200010&script=sci_arttext&tlng=pt
 
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v49n4/08.pdf
http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2009/v7n5/a007.pdf
http://rmmg.org/exportar-pdf/579/v16n4a12.pdf

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