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FORMATOS DE INTERCÂMBIO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS Aula 7 – Parte 1 Importância do intercâmbio de dados bibliográficos OBJETIVO Apresentar a importância dos formatos de intercâmbio para acesso aos registros bibliográficos. Demonstrar como os formatos de intercâmbio auxiliam na automatização das atividades de descrição. Histórico Evolução do formato MARC Norma ISO 2709 Família MARC 21 HISTÓRICO • Objetivo do CBU tornar disponíveis os registros da produção bibliográfica, seja para disponibilizar acesso de todos os cidadãos ao conjunto do conhecimento universal, ou para possibilitar o acesso aos registros bibliográficos e catalográficos. • Padrões são necessários par assegurar a compatibilidade dos dados: ISBD (ordem e pontuação dos elementos), códigos de catalogação (diretrizes sobre como transcrever os dados e estabelecer os pontos de acesso a registro bibliográfico) e formatos de intercâmbio (acesso aos dados bibliográficos, leitura e interpretação por meio do computador) HISTÓRICO • Década de 1960, Henriette Avram projetou o Machine Readable Cataloging (MARC), ou catalogação legível por máquina. “O formato MARC tornou a representação descritiva, pela primeira vez, legível por computador e teve um impacto revolucionário na comunidade bibliotecária, possibilitando a transição dos registros manuais, feitos em fichas e cartões, para os catálogos e registros automatizados, alavancando, assim, a cooperação e o intercâmbio de informações entre bibliotecas.” (JOHNSON, 2011 apud DUMER; ALBUQUERQUE, 2020, p. 19). HISTÓRICO “Embora durante os primeiros trabalhos com o MARC não tenha antecipado a criação dos catálogos on-line de acesso público (OPACs), foram exatamente os anos de catalogação em formato legível por máquina que os tornaram possíveis.” (COYLE, 2016 apud DUMER; ALBUQUERQUE, 2020, p.19) • Por isso antes da inserção dos dados nos modelos de catálogos on-line que hoje é conhecido, os registros no formato MARC eram transmitidos por meio de fita magnética. Para tanto, com o objetivo de se alcançar o padrão para intercâmbio em meio magnético, foi elaborada uma norma internacional, publicada com a identificação ISO 2709. NORMA ISO 2709 “Esta norma especifica os requisitos para o formato de intercâmbio de registros bibliográficos que descrevam todas as formas de documentos sujeitos à descrição bibliográfica. Não define a extensão do conteúdo de documentos individuais nem designa significado algum para os parágrafos, indicadores ou identificadores, sendo essas especificações as funções dos formatos de implementação.” (CÔRTE et al. apud DUMER; ALBUQUERQUE, 2020, p. 21) ATENÇÃO: Não é um código de catalogação Não é um formato de descrição bibliográfica para entrada de dados NORMA ISO 2709 • Traça as diretrizes para a criação do layout físico que os formatos de intercâmbio precisam adotar, a de se tornarem legíveis por máquina. IMPORTÂNCIA DA ISO 2709: fazer com que os formatos de intercâmbio possam ser lidos por softwares de bibliotecas. NORMA ISO 2709 Tecnicamente um formato de intercâmbio constitui-se de três níveis de padronização: FORMATO DE INTERCÂMBIO O padrão do layout físico dos registros, para leitura por computador (ISO 2709); A semântica dos campos de informação dentro do registro; A convenção para a representação da informação, ou seja, as regras de catalogação, por exemplo, o AACR2 (campo destinado a autor, ordem inversa). Marcondes e Sayão (1991) IMPORTANTE: não é um instrumento ao qual o bibliotecário precisa ter mãos para consulta, mas é necessário ter conhecimento sobre esse mecanismo, a fim de auxiliar quando da avaliação e escolha de softwares de gerenciamento de bibliotecas. EVOLUÇÃO DO FORMATO MARC • Até que se alcançasse um padrão único aplicado em boa parte das bibliotecas no mundo, as décadas posteriores à criação do MARC, foram de desenvolvimentos de formatos de intercâmbio, tendo por base o MARC, mas que atendiam exclusivamente uma área geográfica, por exemplo: CAN/MARC (Canadá), MONOCLE (França), MARCAL (AL&C), CALCO (Brasil) e UNIMARC (IFLA). • No final da década de 1990, dada a semelhança entre os formato CAN/MARC e USMARC, ocorre a junção, lançando-se o MARC 21, cuja denominação persiste até os dias atuais. • O MARC 21 possibilitou a inclusão de novos tipos de documentos ou formato não- convencionais, especialmente os documentos digitais. EVOLUÇÃO DO FORMATO MARC • O MARC 21 integra uma família de cinco formatos: Acesso em: https://www.loc.gov/marc/ DADOS BIBLIOGRÁFICOS DADOS DE AUTORIDADE DADOS DE COLEÇÃO DADOS DE CLASSIFICAÇÃO DADOS DE INFORMAÇÃO COMUNITÁRIA https://www.loc.gov/marc/ Referências e bibliografias consultadas ASSUMPÇÃO, F. S. SANTOS, P. L. V. A. C. Representação no domínio bibliográfico: um olhar sobre os Formatos MARC 21. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 20, p. 1-14, jan./mar. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 99362015000100054. Acesso em: 16 ago. 2021. DUMER, L.; ALBUQUERQUE, M. E. B. C. de. MARC 21 e outros formatos de intercâmbio bibliográfico. João Pessoa, PB: Editora UFBD, 2020.
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