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Improbidade Administrativa (Lei 8429)

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LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LIA) – Lei 8.429/92 (LIA).
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei nº 13.650, de 2018; Lei 13964/19 – PACOTE ANTICRIME (publicada em 24/12/19 – entra em vigor em 30 dias – artigos alterados/incluídos: art. 17).
Última atualização jurisprudencial: 22/02/2021 – Info 662; 
Última atualização questões de concurso: 20/10/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 8.429/92).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.
	 
	Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
	##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJCE-2018: ##TJAL-2019: ##MPPI-2019: ##MPSC-2019: ##MPSP-2019: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: ##FCC: Ação de improbidade administrativa: ministro de estado e foro competente: Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se sujeitos a duplo regime sancionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. O STF reafirmou esse entendimento e fixou a seguinte tese: “Não existe foro por prerrogativa de função em ação de improbidade administrativa proposta contra agente político. O foro por prerrogativa de função é previsto pela Constituição Federal apenas para as infrações penais comuns, não podendo ser estendido para ações de improbidade administrativa, que têm natureza civil.” STF. Plenário. Pet. 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, red. p/ Ac. Min. Roberto Barroso, j. 10/5/18 (Info 901).
	(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O foro especial por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal em relação às infrações penais comuns não é extensível às ações de improbidade administrativa. BL: Info 901, STF.
##Atenção: ##STF: ##MPMG-2021: 1) A ação de improbidade administrativa possui natureza civil, não havendo falar-se em prerrogativa de foro. II) O dano ao erário constitui interesse coletivo, legitimando o Ministério Público a propor a ação civil pública, tutela adequada para a reparação do ato ímprobo. III) Não há falar-se em cerceamento de defesa, quando indeferida prova desnecessária para o deslinde da questão litigiosa. IV) A configuração da improbidade administrativa requer a existência do elemento desonestidade na conduta do agente; uma vez constatada, deve ser reconhecida a improbidade. V) Tendo as verbas indenizatórias sido utilizadas para o ressarcimento de despesas de caráter estritamente pessoal, não relacionadas com as atribuições legais de viceprefeito, a hipótese é de improbidade administrativa, sendo patente o dolo do agente, ao utilizar referidas verbas, sistematicamente, como complemento de seu subsídio. STF. Decisão Monocrática. ARE 1331558/MG, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/06/21.
	(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: A ação de improbidade administrativa possui natureza civil, não havendo falar-se em prerrogativa de foro. O dano ao erário constitui interesse coletivo, legitimando o Ministério Público a propor a ação civil pública, tutela adequada para a reparação do ato ímprobo. Tendo as verbas indenizatórias sido utilizadas para o ressarcimento de despesas de caráter estritamente pessoal, não relacionadas com as atribuições legais de vice-prefeito, a hipótese é de improbidade administrativa, sendo patente o dolo do agente, ao utilizar as referidas verbas, sistematicamente, como complemento de seu subsídio. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF e STJ: ##MPES-2013: ##TJDFT-2014: ##MPAC-2014: ##MPMA-2014: ##DPEMS-2014: ##MPF-2015: ##TRF3-2016: ##MPRO-2013/2017: ##TJPR-2017: ##TJCE-2018: ##MPSC-2019: ##MPSP-2019: ##MPCE-2020: ##MPAP-2012/2021: ##MPMG-2014/2021: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: ##STF: Sedimentou-se, no STF, o entendimento de que competente o 1º grau de jurisdição para julgamento das ações de improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou detentores de mandato eletivo, independentemente de estarem, ou não, em atividade. (...) (STF. 1ª T. Rcl 14954 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 15/03/16). ##STJ: A Corte Especial do STJ, no julgamento de Questão de Ordem nas AIA 44/AM e 45/AM, determinou a remessa da Ação de Improbidade Administrativa às Instâncias Ordinárias, ao firmar a compreensão de que a prerrogativa de foro, estabelecida unicamente para ações criminais, prevista como regra de exceção na CF/1988, não admite interpretação extensiva para incluir outras de índole cível (AIA 45/AM, Rel. Min. Laurita Vaz DJe 19.3.14). Em virtude dessa conclusão, não há óbice algum a que um Juiz de 1ª Instância processe e julgue Desembargador de Tribunal de Justiça, pois, por simetria, não se admite seja adotada orientação diversa em relação ao disposto no art. 105, I, a da CF/1988, que trata do foro especial para julgamento de Desembargadores nos crimes comuns e de responsabilidade. Precedente: EDcl no REsp. 1.489.024/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 28.8.15. STJ. Corte Especial. AgRg na AIA 39/RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 20/04/16. (...) Para o STJ, a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro privilegiado no âmbito penal e nos crimes de responsabilidade. STJ. Corte Especial. AgRg na Rcl 12.514-MT, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 16/9/13 (Info 527).
	(MPCE-2020-CESPE): Lúcio, conselheiro de tribunal de contas estadual, Pierre, prefeito de município, e Mário, desembargador de tribunal de justiça estadual, cometeram ato de improbidade administrativa, previsto na Lei 8.429/92. Nessa situação hipotética, no âmbito do Poder Judiciário, deverá ocorrer o processamento e julgamento em 1.ª instância de Lúcio, Pierre e Mário. BL: Info 527, STJ e REsp 1519506/SP.
(TJPR-2017-CESPE): De acordo com o entendimento jurisprudencial e a Lei 8.429/92, assinale a opção correta a respeito da improbidade administrativa: Segundo o STF, compete ao primeiro grau de jurisdição o julgamento das ações de improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou detentores de mandato eletivo, independentemente de eles estarem, ou não, em atividade. BL: Entend. STF.
(MPF-2015): Em relação à competência e entendimento atual do STJ: A ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro privilegiado no âmbito penal e nos crimes de responsabilidade. BL: Info 527, STJ.
(MPMG-2014): De acordo com a jurisprudência pacificada no âmbito do STJ, a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra deputado federal. BL: Info 527, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Ação Civil de perda de cargo de Promotor de Justiça cuja causa de pedir não esteja vinculada a ilícito capitulado na Lei nº 8.429/92 deve ser julgada pelo Tribunal de Justiça. STJ. 2ª T. REsp 1737900-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 19/11/19 (Info 662).
##Atenção: ##DOD: Quadro-resumo:AÇÃO CIVIL DE PERDA DE CARGO PROPOSTA CONTRA PROMOTOR DE JUSTIÇA
	1) Se for uma ação de improbidade administrativa:
	2) Se a causa de pedir não estiver vinculada a ilícito capitulado na Lei nº 8.429/92:
	A ação pode ser proposta por um Promotor de Justiça ou pela pessoa jurídica interessada.
	A ação deverá ser proposta pelo Procurador-Geral de Justiça.
	A ação será julgada pelo juízo de 1ª instância.
	A ação deverá ser julgada pelo Tribunal de Justiça.
	É regida pela Lei nº 8.429/92.
	É regida pela Lei nº 8.625/93.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##PGEPE-2018: ##MPSC-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65.[footnoteRef:1] STJ. 1ª S. EREsp 1.220.667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 24/5/17 (Info 607). [1: Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.] 
	(MPSC-2019): O STJ consolidou jurisprudência no sentido de que, por aplicação analógica do art. 19 da Lei 4.717/65, é cabível o reexame necessário na ação civil de improbidade administrativa julgada improcedente. BL: Info 607, STJ.
(PGEPE-2018-CESPE): De acordo com o STJ, a sentença que julgar improcedente a ação de improbidade administrativa se submeterá ao regime de reexame necessário, independentemente do valor atribuído à causa. BL: Info 607, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##MPDFT-2021: Justiça Militar X Atos de Improbidade X Competência: (...) 5. Limites da jurisdição cível da Justiça Militar: 5.1. O texto original da atual Constituição, mantendo a tradição inaugurada na Carta de 1946, não modificou a jurisdição exclusivamente penal da Justiça Militar dos Estados, que teve mantida a competência apenas para "processar e julgar os policiais militares e bombeiros militares nos crimes militares, definidos em lei". 5.2. A Emenda Constitucional 45/04, intitulada "Reforma do Judiciário", promoveu significativa alteração nesse panorama. A Justiça Militar Estadual, que até então somente detinha jurisdição criminal, passou a ser competente também para julgar ações civis propostas contra atos disciplinares militares. 5.3. Esse acréscimo na jurisdição militar deve ser examinado com extrema cautela por duas razões: (a) trata-se de Justiça Especializada, o que veda a interpretação tendente a elastecer a regra de competência para abarcar situações outras que não as expressamente tratadas no texto constitucional, sob pena de invadir-se a jurisdição comum, de feição residual; e (b) não é da tradição de nossa Justiça Militar estadual o processamento de feitos de natureza civil. Cuidando-se de novidade e exceção, introduzida pela "Reforma do Judiciário", deve ser interpretada restritivamente. 5.4. Partindo dessas premissas de hermenêutica, a nova jurisdição civil da Justiça Militar Estadual abrange, tão-somente, as ações judiciais propostas contra atos disciplinares militares, vale dizer, ações propostas para examinar a validade de determinado ato disciplinar ou as consequências desses atos. 5.5. Nesse contexto, as ações judiciais a que alude a nova redação do § 4º do art. 125 da CF/88 serão sempre propostas contra a Administração Militar para examinar a validade ou as consequências de atos disciplinares que tenham sido aplicados a militares dos respectivos quadros. 5.6. No caso, a ação civil por ato de improbidade não se dirige contra a Administração Militar, nem discute a validade ou consequência de atos disciplinares militares que tenham sido concretamente aplicados. Pelo contrário, volta-se a demanda contra o próprio militar e discute ato de "indisciplina" e não ato disciplinar. 6. Desnecessidade de fracionar-se o julgamento da ação de improbidade: 6.1. Em face do que dispõe o art. 125, § 4º, in fine, da CF/88, que atribui ao Tribunal competente (de Justiça ou Militar, conforme o caso) a tarefa de "decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças", resta saber se há, ou não, necessidade de fracionar-se o julgamento desta ação de improbidade, pois o MP requereu, expressamente, fosse aplicada aos réus a pena de perdimento da função de policial militar. 6.2. A jurisprudência do STF assentou que a competência para decidir sobre perda do posto ou da patente dos oficiais ou da graduação dos praças somente será da competência do Tribunal (de Justiça ou Militar, conforme o caso) nos casos de perda da função como pena acessória do crime que à Justiça Militar couber decidir, não se aplicando à hipótese de perda por sanção administrativa, decorrente da prática de ato incompatível com a função de policial ou bombeiro militar. Precedentes do Tribunal Pleno do STF e de suas duas Turmas. 6.3. Nesse sentido, o STF editou a Súmula 673, verbis: "O art. 125, § 4º, da Constituição não impede a perda da graduação de militar mediante procedimento administrativo". 6.4. Se a parte final do art. 125, § 4º, da CF/88 não se aplica nem mesmo à perda da função decorrente de processo disciplinar, com muito mais razão, também não deve incidir quando a perda da patente ou graduação resultar de condenação transitada em julgado na Justiça comum em face das garantias inerentes ao processo judicial, inclusive a possibilidade de recurso até as instâncias superiores, se for o caso. 6.5. Não há dúvida, portanto, de que a perda do posto, da patente ou da graduação dos militares pode ser aplicada na Justiça Estadual comum, nos processos sob sua jurisdição, sem afronta ao que dispõe o art. 125, § 4º, da CF/88. (...) STJ. 1ª S., CC 100.682/MG, Rel. Min. Castro Meira, j. 10/06/09.
	(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: A Lei 8.429/92 estabelece regras tanto de direito material quanto de direito processual e não ressalvou a aplicação subsidiária da Lei 7.347/85.
##Atenção: A aplicação subsidiária é da Ação Popular, nos termos do art. 17, § 3º, LIA: “§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965.”
(TJMA-2013-CESPE): Conforme entendimento do STF, não se admite a impetração de habeas corpus para o trancamento de ação de improbidade administrativa. BL: STF, HC 100.244/AgR).
        Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. [obs.: > 50% = INTEGRAL - Art. 1º, caput] (PGESE-2005) (MPRN-2009) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (TJSP-2011) (TJRO-2011) (DPEAC-2012) (DPERO-2012) (MPSC-2012/2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (TJPB-2015) (TJRR-2015) (TRF4-2016) (MPPB-2018) (DPEAM-2018) (TRF3-2018) (MPMG-2010/2011/2019) (MPAP-2012/2021)
	(TJPA-2019-CESPE): À luz da Lei 8.429/92, assinale a opção correta, a respeito de improbidade administrativa: Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, seja ele servidor público ou não, sujeitam-se à referida lei. BL: art. 1º, caput, da LIA.
##Atenção: A LIA traz o conceito de “agente público” como gênero e o de “servidor público” como uma espécie do primeiro.
(MPMG-2018): Assinale a alternativa CORRETA: Os atos de improbidade praticados por agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ouconcorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. BL: art. 1º da LIA. [adaptada]
(MPMG-2011): A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta mesmo já havendo sentença de procedência transitada em julgado em ação popular que anulou ato lesivo e determinou o ressarcimento do dano ao patrimônio público. Isso porque deve ser buscada a aplicação de sanções, observado o prazo decadencial.
##Atenção: A ação popular e a ação de improbidade são consideradas ações concorrentes, isto é, ações que embora variando quanto a causa de pedir ou aos seus legitimados ativos, prestam-se a atingir o mesmo resultado. Enquanto a primeira anula e determina o ressarcimento do dano, a segunda apura as irregularidades (dimensão do dano) e visa aplicar sanção quanto ao ato praticado. Assim, uma não impede a propositura da outra, na verdade, se completam.
        Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. [obs.: < 50% = PATRIMONIAL - Art. 1º - §único] (MPBA-2010) (MPMG-2011) (DPERO-2012) (MPSC-2012/2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (TJRR-2015) (TRF4-2016) (DPEAM-2018) (MPSP-2013/2019) (MPPR-2014/2019) (MPPI-2019) (MPCE-2020) (MPAP-2012/2021)
	(MPAP-2021-CESPE): Com relação ao controle dos atos de improbidade administrativa, julgue o seguinte item: A Lei de Improbidade Administrativa aplica-se às entidades do terceiro setor que administrem recursos públicos recebidos de ente federativo.
##Atenção: ##DOD: ##MPPR-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: Quando o art. 1º da LIA fala em “entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo (fiscal ou creditício), de órgão público”, refere-se às entidades do terceiro setor (organizações sociais, OSCIP etc.), entidades sindicais, partidos políticos.
(TJAL-2019-FCC): Suponha que tenha sido interposta ação de improbidade administrativa em face de diretor de uma empresa na qual o Estado do Alagoas detém participação acionária minoritária, apontando a ocorrência de prejuízos financeiros à companhia em face da realização de investimentos em projetos deficitários. A inicial da ação judicial aponta, ainda, a responsabilidade de Secretários de Estado na formatação de tais projetos e possível conluio com o diretor da companhia para as aprovações societárias correspondentes. Considerando as disposições da legislação aplicável, a referida demanda afigura-se cabível, tanto em face do diretor como dos Secretários de Estado, limitando-se a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos à companhia. BL: art. 1º, § único, da LIA.
##Atenção: ##Dica: Interpreta-se da seguinte maneira o art. 1º da LIA:
· Caput: mais de 50% do patrimônio ou da receita anual = Não tem limitação a sanção patrimonial.
· Parágrafo único: menos de 50% do patrimônio ou da receita anual = Tem limitação a sanção patrimonial, que é relativo a repercussão do ilícito.
(MPMG-2018): Assinale a alternativa correta: Estão sujeitos às penalidades da Lei nº 8.429/92, os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público, bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. BL: art. 1º, § único, da LIA. [adaptada]
(MPSC-2016): As sanções aplicáveis em razão do cometimento de ato de improbidade administrativa são reguladas pela Lei de Improbidade Administrativa. Esse regramento legal também se aplica aos eventos ocorridos no âmbito de ente privado que receba benefício fiscal ou creditício da administração pública. BL: art. 1º, § único, da LIA.
        Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. (PGESE-2005) (TJMG-2007) (MPRR-2008) (TJRS-2009) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (TJRO-2011) (MPSP-2011) (MPF-2011) (TJBA-2012) (TJPE-2013) (DPERR-2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (MPGO-2013/2016) (MPPR-2016) (TRF3-2018) (MPPR-2012/2019) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (MPSC-2016/2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021)
	##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 576: ##MPPI-2019: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##MPSC-2021: ##CESPE: O processo e julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade (Decreto-lei 201/67) não impede sua responsabilização por atos de improbidade administrativa previstos na Lei 8.429/92, em virtude da autonomia das instâncias. STF. Plenário. RE 976566, Min. Rel. Alexandre de Moraes, j. 13/09/19.
##Atenção: ##STJ: ##MPF-2011: ##TJBA-2012: ##MPAC-2014: ##TJPR-2017: ##TJCE-2018: ##MPPR-2012/2019: ##MPSC-2019: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: A jurisprudência do STJ é firme quanto à possibilidade de os prefeitos municipais responderem por seus atos de improbidade administrativa, com base na Lei 8.429/92, sem prejuízo, outrossim, de responsabilização por eventuais crimes de responsabilidade, previstos no DL 201/67. Neste sentido, confira-se o seguinte trecho de recente julgado do STJ: “(...) Os agentes políticos municipais (aí incluídos os Prefeitos) submetem-se aos ditames da Lei 8.429/92, sem prejuízo da responsabilização política e criminal estabelecida no Decreto-Lei 201/67, em face da inexistência de incompatibilidade entre esses diplomas." (STJ, 1ª T. AgInt no REsp 1615010/CE, Min. Rel. Sérgio Kukina, j. 14/8/18). Vejamos, ainda, outro trecho de julgado do STJ: “(...) É pacífico o entendimento no STJ segundo o qual o conceito de agente público estabelecido no art. 2º da Lei 8.429/92 abrange os agentes políticos, como prefeitos e vereadores, não havendo bis in idem nem incompatibilidade entre a responsabilização política e criminal estabelecida no Decreto-Lei 201/67, com a responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa e respectivas sanções civis (art. 12, da LIA).” (STJ, 1ª T. AgInt no REsp 1125711/SP, Min. Rel. Regina Helena Costa, j. 18/08/16).[footnoteRef:2] [2: ##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 40: ##MPRO-2017: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FMP: No mesmo sentido, vejamos o teor da Tese 02: “2) Os agentes políticos municipais se submetem aos ditames da Lei de Improbidade Administrativa - LIA, sem prejuízo da responsabilização política e criminal estabelecida no Decreto-Lei n. 201/1967".] 
	(MPPR-2019): É pacífico no STJ o entendimento de que o conceito de agente público, estabelecido pela Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), abrange os agentes políticos, como prefeitos e vereadores, não havendo bis in idem nem incompatibilidade entre a responsabilização política e criminal estabelecida pelo Decreto-Lei 201/1967 e a responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa e respectivas sanções civis. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##MPPR-2017: Notários e registradores adequam-se ao conceito de agentes públicos, previsto no art. 2º da LIA, razão por que podem figurar como sujeitos ativos de atos de improbidade administrativa. STJ. 1ª T., REsp. 1186787, rel. Min. Sérgio Kukina, Dje 5.5.2014.
	(MPSC-2014): Considera-se agente público, para fins da Lei 8.429/92, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investiduraou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgãos da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual. BL: arts. 1º e 2º, LIA.
(TJMG-2014): Os agentes públicos exercem uma função pública como preposto do Estado. Sobre o conceito de agente público, assinale a alternativa correta: Agentes públicos são todos os que, ainda que transitoriamente, com ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, exercem mandato, cargo, emprego ou função nas entidades de direito público. BL: art. 2º, LIA.
        Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. (TJAP-2008) (MPRN-2009) (MPSE-2010) (TJRO-2011) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (TJRS-2009/2012) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (DPEAC-2012) (MPSP-2006/2013) (TJPE-2013) (MPMT-2008/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (DPECE-2014) (DPEMG-2014) (TRF2-2014) (TJRR-2015) (TJPB-2015) (MPGO-2016) (MPPR-2011/2016/2017) (MPBA-2010/2018) (TJSP-2011/2018) (MPPB-2018) (TRF3-2018) (MPSC-2016/2019) (TJAL-2019) (MPPI-2019)
	Súmula 634-STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de improbidade administrativa para os agentes públicos.
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJDFT-2016: ##CESPE: O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, remunerado ou não, está sujeito a responsabilização por ato de improbidade administrativa. Isso porque o conceito de agente público para fins de improbidade abrange não apenas os servidores públicos, mas todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública. Além disso, é possível aplicar a lei de improbidade mesmo para quem não é agente público, mas induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indireta. É o caso do chamado "terceiro", definido pelo art. 3º da Lei 8.429/92. STJ. 2ª T. REsp 1.352.035-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/8/15 (Info 568).
	(TJDFT-2016-CESPE): O estagiário de órgão público, independentemente do recebimento de remuneração, está sujeito à responsabilização por ato de improbidade administrativa. BL: art. 3º, LIA e Info 568 do STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2014: ##TRF2-2014: ##TJMS-2015: ##TJPB-2015: ##MPGO-2016: ##MPPR-2016: ##MPRO-2017: ##MPMS-2018: ##MPSC-2016/2019: ##MPPI-2019: ##VUNESP: ##CESPE: ##FMP: É possível imaginar que exista ato de improbidade com a atuação apenas do “terceiro” (sem a participação de um agente público)? É possível que, em uma ação de improbidade administrativa, o terceiro figure sozinho como réu? NÃO. Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei 8.429/92 é indispensável que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade. Assim, não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. STJ. 1ª T. REsp 1.171.017-PA, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 25/2/14 (Info 535).
	(MPSC-2016): É inviável a propositura de ação civil de improbidade administrativa exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. BL: art. 3º da LIA e Info 535 do STJ.
##Atenção: ##STJ: ##MPMT-2014: ##MPGO-2016: ##MPSC-2021: ##CESPE: Nas ações de improbidade administrativa, não há litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros beneficiados com o ato improbo. (STJ. 1ª T., AgRg no REsp 1421144/PB, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 26/05/15. (...) O entendimento jurisprudencial dominante nesta Corte é no sentido de que, em ação civil de improbidade administrativa, não se exige a formação de litisconsórcio necessário entre o agente público e os eventuais terceiros beneficiados ou participantes, por falta de previsão legal e de relação jurídica entre as partes que se obrigue a decidir de modo uniforme a demanda. Precedentes: REsp 1.782.128/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 11/6/19; REsp 1.696.737/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 16/11/17; e AgRg no REsp n. 1.421.144/PB, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª T., j. 26/5/15, DJe 10/6/15. STJ. 2ª T., AREsp 1579273/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 10/03/20.
	(MPSC-2021-CESPE): A União, por intermédio do Ministério da Saúde, firmou convênio com um município catarinense para a construção de um hospital materno-infantil. Por meio desse convênio, a União repassou ao município sessenta milhões de reais, enquanto o município deveria, a título de contrapartida, investir seis milhões de reais na obra. Considerando a grande relevância do hospital para a comunidade local, o prefeito decidiu contratar diretamente a empresa responsável pela construção. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir: Em eventual ação de improbidade administrativa hipoteticamente decorrente da realização de pagamentos indevidos na construção do hospital, poderá figurar no polo passivo da ação apenas o gestor responsável pela contratação, uma vez que, segundo jurisprudência do STJ, nas ações de improbidade administrativa, não há litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e terceiros beneficiados com o ato ímprobo. BL: Entend. Jurisprud.
(MPGO-2016): Segundo entendimento jurisprudencial do STJ, a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), assinale a alternativa correta: nas ações de improbidade administrativa, não há obrigatoriedade de formação de litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros beneficiados com o ato ímprobo. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: O foco da ação de improbidade administrativa é a conduta do agente público, que é pautada por deveres e regras específicos, e que não necessariamente coincidem com as condutas do agente particular. Ademais, não é necessário que haja punição do particular para que o agente público seja responsabilizado (STJ. 2ª T. REsp 896.044/PA, rel. Min. Herman Benjamin, j. 16.9.10). Desse modo, não há que se falar em litisconsórcio necessário, podendo a ação ser proposta somente em face do agente público. O que não se admite é que ela seja proposta somente em face do particular - caso em que deverá ele figurar ao lado do agente público no polo passivo da ação.
	(MPGO-2019): Em se tratando de prescrição nas ações de responsabilidade por ato de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), assinale a alternativa correta: As disposições da Lei 8.429/92 são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta, destinando-se, ao particular, a mesma sistemática cabível aos agentes públicos, para fins de prescrição. BL: art. 3º, LIA e S. 634, STJ.
(DPEAM-2018-FCC): No que concerne ao alcance, objetivo e subjetivo, das disposições da Lei de Improbidade, tem-se que atingem particulares que tenham se beneficiado de forma direta ou indireta da conduta improba. BL: art. 3º da LIA.
        Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. (MPRR-2008) (MPBA-2010) (TRF3-2011) (MPSP-2012/2013) (TJPE-2013) (TRF3-2013) (MPMG-2010/2018/2019) (DPEDF-2019) (MPAP-2021)
	(MPSC-2010): A Lei de Improbidade Administrativa guarda correspondência e atende essencialmenteao princípio constitucional da moralidade. BL: art. 4º, LIA e art. 37, caput, CF.
##Atenção: ##DPEDF-2019: ##CESPE: O desrespeito a qualquer dos princípios que regem a administração pública pode importar em improbidade administrativa. Segundo a Lei 8.429/92, os atos de improbidade administrativa são aqueles que importam enriquecimento ilícito, causam prejuízo ao erário ou atentam contra os princípios da administração pública.
        Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. (PGERR-2006) (MPRR-2008) (MPRN-2009) (MPMG-2011) (MPPR-2011) (MPF-2011) (TJAC-2012) (TJCE-2012) (MPSP-2012) (TRF1-2009/2013) (TJPE-2013) (DPECE-2014) (PGESC-2014) (MPSC-2016) (DPERO-2017) (MPPB-2018) (TJPA-2019)
	##Atenção: ##MPF-2011: ##TJPA-2019: ##CESPE: Em se tratando de ato de improbidade administrativa que atente contra o patrimônio público, seja ele comissivo ou omissivo, não há necessidade do elemento dolo, basta a existência de culpa. Em outras palavras, o ato que importe lesão ao patrimônio público é a única hipótese de improbidade que admite a forma culposa. Todas as demais modalidades (enriquecimento ilícito, violação aos princípios administrativos e concessão indevida de benefício de ISS) apenas caracterizam improbidade administrativa se houver dolo. Logo, não existe qualquer diferenciação quanto a ato comissivo ou omissivo.
        Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. (MPRN-2009) (MPPR-2012) (TJPE-2013) (MPSC-2016) (TJSP-2018)
	(TJMT-2009-VUNESP): José, funcionário público, recebeu dinheiro para deixar de tomar determinada providência a que estava obrigado em decorrência do cargo que ocupa. Assim sendo, em virtude da Lei de Improbidade Administrativa, José estará sujeito, entre outras, à pena de perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. BL: art. 6º c/c art. 9º, I da LIA.
        Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. (TJRO-2011) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (MPES-2013) (MPRO-2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (TRF1-2013/2015) (MPSC-2012/2016) (MPGO-2014/2016) (TRF4-2016) (TJMG-2018) (MPMS-2018) (MPSP-2017/2019) (MPPI-2019) (MPCE-2020) (MPDFT-2011/2021) (MPMG-2011/2017/2018/2019/2021)
	(MPPB-2018-FCC): No que tange à lei de improbidade administrativa, quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao MP, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. BL: art. 7º, LIA.
(MPSP-2012): Com relação à Lei de Improbidade Administrativa, é correto afirmar: Caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao MP para indisponibilidade dos bens do indiciado. BL: art. 7º, LIA.
        Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. (TJRO-2011) (MPMS-2011) (TRF2-2011) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPRO-2013) (DPEDF-2013) (MPMA-2014) (TRF1-2013/2015) (MPSC-2012/2014/2016) (MPGO-2014/2016) (TRF4-2016) (MPMS-2011/2018) (TJCE-2018) (MPSP-2008/2015/2017/2019) (MPPI-2019) (MPMG-2011/2017/2018/2019/2021) (MPDFT-2021)
	#Atenção: #DOD: A redação do art. 7º não é muito clara, mas o que a lei quer dizer é que a autoridade administrativa irá comunicar a suposta prática de improbidade ao MP e este irá analisar as informações recebidas e, com base em seu juízo, irá requerer (ou não) a indisponibilidade dos bens do suspeito ao juiz, antes ou durante o curso da ação principal (ação de improbidade). Em outras palavras, a indisponibilidade pode ser requerida como medida preparatória ou incidental. Quando o art. 7º fala em “inquérito”, está se referindo a inquérito administrativo, mas essa representação pode ocorrer também no bojo de um processo administrativo ou de um processo judicial.
##Atenção: ##STJ: ##MPMG-2021: 1. A insurgência do Órgão Acusador está centrada em obter manifestação acerca possibilidade de se decretar a indisponibilidade de bens em decorrência da prática de atos de improbidade administrativa com fulcro no art. 11 da Lei 8.429/92, a fim de assegurar o pagamento de eventual condenação em multa civil (fls. 202). 2. Acerca do tema, o metro para que se conforme hipótese de indisponibilidade de bens é a constatação de fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que tenha causado lesão ao patrimônio público ou ensejado enriquecimento ilícito. O perigo da demora, consoante interpretação desta Corte Superior, é reputado implícito. 3. Não importa, portanto, para efeito de deferimento da indisponibilidade de bens, que a eventual condenação em multa civil inspiraria a constrição patrimonial nos casos em que ação de improbidade é lastreada apenas no art. 11 da Lei 8.429/92, isto é, quando ausente acusação de enriquecimento ilícito e dano ao Erário. 4. De fato, sobre o tema, dispõe o art. 7o., parág. único da Lei 8.429/92 que a indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 5. Em interpretação ao referido dispositivo, esta Corte Superior firmou o entendimento de que a decretação de indisponibilidade de bens em ACP por Improbidade Administrativa dispensa a demonstração de dilapidação ou a tentativa de dilapidação do patrimônio para a configuração do periculum in mora, o qual está implícito ao comando normativo do art. 7o. da Lei 8.429/92, bastando a demonstração do fumus boni juris que consiste em indícios de atos ímprobos (REsp. 1.366.721/BA, Rel. p./ Ac. Min. Og Fernandes, DJe 19.9.14). 6. Conquanto dispensada a comprovação de dilapidação patrimonial para a efetivação da medida de bloqueio, entendeu-se, no julgado em testilha, que, para a decretação da indisponibilidade, é imperiosa a aferição dos seguintes requisitos: (a) sejam demonstrados fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que tenha causado lesão ao patrimônio público ou ensejado enriquecimento ilícito; (b) seja adequadamente fundamentada pelo Magistrado, sob pena de nulidade (art. 93, IX da CF); (c) esteja dentro do limite suficiente, podendo alcançar tantos bens quantos forem necessários a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível multa civil como sanção autônoma; e (d) seja resguardado o valor essencial para subsistência do indivíduo. STJ. 1ª T., AgInt no REsp 1756370/SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 02/04/19.
##Atenção: ##STJ: ##MPPR-2019: No ato de improbidade administrativa do qual resulta prejuízo, a responsabilidade dos agentes em concurso é solidária. É defeso a indisponibilidade de bens alcançar o débito total em relação a cada um dos coobrigados, ante a proibição legal do excesso na cautela. STJ. 1ª T., REsp 1119458/RO, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 13/04/10. (...) STJ. 1ª T., REsp 1724421/MT, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 24/04/18
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2017/2018: ##MPSP-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: A exegese do art. 7º da Lei 8.429/92, conferida pela jurisprudência do STJ, é de que a indisponibilidade pode alcançar tantos bens quantos necessários a garantir as consequências financeiras da prática de improbidade, mesmo os adquiridos anteriormente à conduta ilícita, excluídos os bens impenhoráveis assim definidos por lei, salvo quando estes tenham sido, comprovadamente, adquiridos também com produto da empreitada ímproba, hipótese em que se resguardaapenas os essenciais à subsistência do indiciado/acusado. STJ. 2ª T. REsp 1461892/BA, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 17/3/15.
	(MPMG-2017): Conforme jurisprudência recente do STJ, assinale a alternativa correta: A indisponibilidade de bens prevista na Lei de Improbidade Administrativa pode alcançar tantos bens quantos necessários a garantir as consequências financeiras da prática de improbidade, excluídos os bens impenhoráveis assim definidos em lei. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##MPMG-2018: A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que, nos casos de improbidade administrativa, a responsabilidade é solidária até, ao menos, a instrução final do feito em que se poderá delimitar a quota de responsabilidade de cada agente para o ressarcimento. STJ. 1ª T. AgRg no AREsp 698.259/CE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJ 04.12.15.
	(MPMG-2018): Conforme jurisprudência do STJ: Nos casos de improbidade administrativa, a concessão da medida cautelar de indisponibilidade de bens não exige a delimitação da responsabilidade de cada agente, sendo tal responsabilidade solidária até, ao menos, a instrução final do feito em que se poderá definir a quota de cada réu para o ressarcimento. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPGO-2016: ##MPRO-2017: ##MPMG-2017/2018: ##MPMS-2018: ##MPCE-2020: ##CESPE: A indisponibilidade prevista no art. 7º, § único, da LIA pode recair sobre bens de família. STJ. 2ª T. EDcl no AgRg no REsp 1351825/BA, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/9/15.
#Atenção: #STJ: #DOD: #MPAC-2014: #MPMA-2014: #MPBA-2015: #TRF1-2015: #MPSC-2016: #TRF4-2016: #MPF-2015/2017: #MPSP-2017: #TJPR-2017: #TJCE-2018: #TJMG-2018: #MPMS-2018: #TRF2-2018: #MPPR-2016/2019: #MPGO-2019: #MPPI-2019: #MPCE-2020: #MPMG-2018/2019/2021: #MPDFT-2021: #CESPE: Pode ser decretada a indisponibilidade dos bens ainda que o acusado não esteja se desfazendo de seus bens. É desnecessária a prova de que os réus estejam dilapidando efetivamente seus patrimônios ou de que eles estariam na iminência de fazê-lo (prova de periculum in mora concreto). O requisito do periculum in mora está implícito no referido art. 7º, § único, da Lei 8.429/92, que visa assegurar “o integral ressarcimento” de eventual prejuízo ao erário, o que, inclusive, atende à determinação contida no art. 37, § 4º, CF/88. Como a indisponibilidade dos bens visa evitar que ocorra a dilapidação patrimonial, o STJ entende que não é razoável aguardar atos concretos direcionados à sua diminuição ou dissipação, na medida em que exigir a comprovação de que esse fato estaria ocorrendo ou prestes a ocorrer tornaria difícil a efetivação da medida cautelar em análise. Além do mais, o disposto no referido art. 7º em nenhum momento exige o requisito da urgência, reclamando apenas a demonstração, numa cognição sumária, de que o ato de improbidade causou lesão ao patrimônio público ou ensejou enriquecimento ilícito. Vale ressaltar, no entanto, que a decretação da indisponibilidade de bens, apesar da excepcionalidade legal expressa da desnecessidade da demonstração do risco de dilapidação do patrimônio, não é uma medida de adoção automática, devendo ser adequadamente fundamentada pelo magistrado, sob pena de nulidade (art. 93, IX, CF/88), sobretudo por se tratar de constrição patrimonial (REsp 1319515/ES). Portanto, perceba que a indisponibilidade de bens do agente a quem se imputa a prática de ato de improbidade administrativa tem natureza de tutela cautelar de EVIDÊNCIA, sendo desnecessário, para sua decretação, demonstrar o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Trata-se de periculum in mora implícito. STJ. 1ª S. REsp 1366721-BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Ac. Min. Og Fernandes, j. 26/2/14 (recurso repetitivo) (Info 547). 
	(MPMG-2021): Dispõe o art. 7º, § único, da Lei 8.429/92, que a decretação de indisponibilidade de bens objetiva garantir o resultado útil do processo e, portanto: Por se tratar de uma tutela de evidência, tem por finalidade conservar bens no patrimônio do devedor, evitando que sejam subtraídos ou alienados, sem apreensão física ou desapossamento do bem, sendo desnecessária a comprovação do periculum in mora, o qual está implícito no comando normativo do art. 7º da Lei 8.429/92. BL: Info 547, STJ.
(MPMG-2021): Dispõe o art. 7º, § único, da Lei 8.429/92, que a decretação de indisponibilidade de bens objetiva garantir o resultado útil do processo e, portanto: Em interpretação ao referido dispositivo, o STJ firmou o entendimento de que a decretação de indisponibilidade de bens em ação civil pública por improbidade administrativa dispensa a demonstração de dilapidação ou a tentativa de dilapidação do patrimônio para a configuração do periculum in mora. BL: Info 547, STJ.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: O pedido que o MP faz ao juízo que processa ação de improbidade administrativa para decretar a indisponibilidade de bens de servidor demandado dispensa a demonstração do requisito processual de perigo na demora, uma vez que diferentemente da regra geral das cautelares, a medida constritiva prevista na Lei de Ação Civil Pública tem caráter especial. BL: Info 547, STJ.
(MPPR-2019): O STJ firmou jurisprudência segundo a qual o juízo pode decretar, fundamentadamente, a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause lesão ao patrimônio público ou importe enriquecimento ilícito, prescindindo da comprovação de dilapidação de patrimônio, ou sua iminência, restando dispensada, assim, a demonstração de periculum in mora. BL: Info 547, STJ.
(MPPI-2019-CESPE): A respeito da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa, é correto afirmar que o STJ entende que a decretação de medida cautelar de indisponibilidade dos bens em razão da prática de ato de improbidade que cause dano ao erário não está condicionada à comprovação de que o réu esteja dilapidando seu patrimônio. BL: Info 547, STJ.
(MPMG-2018): A indisponibilidade de bens do agente a quem se imputa a prática de ato de improbidade administrativa revelou-se medida extremamente útil à efetividade da pretensão de ressarcimento ao erário dos prejuízos causados pela malversação da coisa pública. A respeito dela, é correto afirmar: tem natureza de tutela cautelar de evidência, sendo desnecessário, para sua decretação, demonstrar o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. BL: Info 547, STJ.
(TJPR-2017-CESPE): Tratando-se de tutela provisória que determina a indisponibilidade de bens do réu em ACP por ato de improbidade administrativa, dispensa-se a comprovação de periculum in mora. BL: Info 547 do STJ.
(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: Conforme jurisprudência consolidada do STJ, para a decretação da medida cautelar de indisponibilidade dos bens do réu em ação de improbidade administrativa, o periculum in mora é presumido, não se condicionando à comprovação de dilapidação efetiva ou iminente do patrimônio. BL: Info 547, STJ.
(TRF1-2015-CESPE): A respeito da ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta: O decreto de indisponibilidade de bens em ação civil pública por ato de improbidade administrativa dispensa a comprovação de periculum in mora. BL: Info 547, STJ.
(MPF-2015): O MP ajuizou ACP de Improbidade Administrativa contra o Prefeito Municipal de Maracutaia e seu Secretário da Educação por desvio de verbas federais, destinadas ao custeio de merenda e transporte escolar. Com base no art. 7º da LIA, foi postulada a indisponibilidade dos bens dos réus. Em hipóteses como a presente, entende o STJ que: A decretação de indisponibilidade dos bens não está condicionada a comprovação de dilapidação efetiva ou iminente de patrimônio, porquanto visa, justamente, a evitar a dilapidação patrimonial. BL: Info 547, STJ.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 38: ##MPRO-2013: ##CESPE: ##MPGO-2019: Tese 12: É possível a decretação da indisponibilidade de bens do promovido em ação civil Pública por ato de improbidade administrativa,quando ausente (ou não demonstrada) a prática de atos (ou a sua tentativa) que induzam a conclusão de risco de alienação, oneração ou dilapidação patrimonial de bens do acionado, dificultando ou impossibilitando o eventual ressarcimento futuro.
##Atenção: ##STJ: ##MPGO-2014: Havendo sérios indícios da prática de ato de improbidade, pode- se determinar a quebra de sigilo bancário dos investigados para o fim de sua apuração. STJ. 1ª T., REsp 1402091/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Ac. Min. Benedito Gonçalves, j. 08/10/13.
	(MPGO-2014): Assinale a alternativa correta: Na investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, o MP poderá formular pedido de acesso às movimentações bancárias e a dados fiscais do investigado, dirigido ao juízo cível, com a exposição dos indícios e as razões da imprescindibilidade da medida. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEDF-2013: ##TRF1-2013: ##CESPE: É possível que se determine a indisponibilidade de bens em valor superior ao indicado na inicial. STJ. REsp 1.176.440-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 17/9/13.
##Atenção: ##MPRO-2013: ##STJ: ##MPMA-2014: ##TRF1-2013/2015: ##MPGO-2016/2019: ##MPSC-2019: ##MPMG-2018/2019/2021: ##CESPE: O art. 7º da LIA trata da medida cautelar de indisponibilidade de bens. Uma interpretação literal deste dispositivo poderia induzir ao entendimento de que não seria possível a decretação de indisponibilidade dos bens quando o ato de improbidade administrativa decorresse de violação dos princípios da administração pública. Observa-se, contudo, que o art. 12, III, da Lei 8.429/92 estabelece, entre as sanções para o ato de improbidade que viole os princípios da administração pública, o ressarcimento integral do dano - caso exista -, e o pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. O STJ tem entendimento pacífico no sentido de que a indisponibilidade de bens deve recair sobre o patrimônio dos réus em ação de improbidade administrativa, de modo suficiente a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível multa civil como sanção autônoma. Portanto, em que pese o silêncio do art. 7º da Lei 8.429/92, uma interpretação sistemática que leva em consideração o poder geral de cautela do magistrado induz a concluir que a medida cautelar de indisponibilidade dos bens também pode ser aplicada aos atos de improbidade administrativa que impliquem violação dos princípios da administração pública, mormente para assegurar o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, se houver, e ainda a multa civil prevista no art. 12, III, da Lei n. 8.429/92. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1311013/RO, Rel. Min. Humberto Martins, j. 04/12/12. (...) Qualquer modalidade de improbidade administrativa é capaz de ensejar a decretação de indisponibilidade de bens. (STJ. 2ª T. REsp 1.299.936/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJ 23/4/13. (...). Consoante interpretação sistemática realizada por esta Corte, o art. 7º da LIA não limita a possibilidade de decretação de indisponibilidade às hipóteses dos arts. 9º e 10, da Lei 8.429/92, tendo em vista a previsão contida em seu art. 12, inciso III, que prevê, igualmente, as sanções de ressarcimento ao erário e de multa civil para a prática dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública. STJ. 1ª T., AgInt no AREsp 629.236/DF, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 09/05/17.
	(MPGO-2019): De acordo com o § 4º do art. 37 da CF/88, “os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”. Com base nesse fundamento constitucional, bem como no entendimento jurisprudencial do STJ, assinale a alternativa correta: Aplica-se a medida cautelar de indisponibilidade dos bens (art. 7º) aos atos de improbidade administrativa que impliquem violação dos princípios da administração pública o art. 11 da LIA. BL: Entend. Jurisprud.
(MPGO-2016): Segundo entendimento jurisprudencial do STJ, a respeito da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), assinale a alternativa correta: ainda que se trate de ato de improbidade administrativa que implique em violação dos princípios da administração pública, é cabível a medida cautelar de indisponibilidade dos bens do art. 7º da Lei 8.429/92. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEDF-2013: ##TRF1-2013/2015: ##MPMS-2018: ##MPMG-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: A jurisprudência do STJ é no sentido de que a decretação da indisponibilidade e do sequestro de bens em improbidade administrativa é possível antes do recebimento da ação STJ. 2ª T., AgRg no REsp 1317653/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 07/03/13. (...) A jurisprudência do STJ abona a possibilidade de que a indisponibilidade, na ação de improbidade administrativa, recaia sobre bens adquiridos antes do fato descrito na inicial. A medida se dá como garantia de futura execução em caso de constatação do ato ímprobo. Irrelevante se a indisponibilidade recaiu sobre bens anteriores ou posteriores ao ato acoimado de ímprobo. STJ. 1ª T., REsp 1301695/RS, Rel. Min. Olindo Menezes (Des. Conv. do TRF 1ª Região), j. 06/10/15.
##Atenção: ##STJ: ##MPMS-2018: ##MPMG-2019: Nos casos em que o agravo de instrumento tem por objeto a concessão de medida liminar inaudita altera pars - tal como se verifica no presente recurso -, não existe obrigatoriedade de intimação da parte agravada para apresentar contrarrazões, porquanto a relação processual ainda não formada. Em sendo possível a concessão de medida cautelar sem a prévia oitiva da parte contrária, não há óbice a que, em sede de agravo de instrumento, seja dado provimento ao recurso para o fim de conceder a medida restritiva, momento a partir do qual a parte prejudicada terá ciência do processo e estará habilitada a praticar os meios processuais cabíveis. STJ. 1ª T., AgInt no AREsp 720.582/MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 05/06/18.
	(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta: Nos autos de ação de improbidade administrativa, na hipótese de interposição de agravo de instrumento cujo objeto seja a concessão de medida cautelar de indisponibilidade de bens, inaudita altera pars, não é obrigatória, para que seja proferida a decisão, a intimação da parte agravada para apresentação de contrarrazões. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 38: ##DPEDF-2013: ##TRF1-2013/2015: ##MPMG-2018/2019/2021: ##PF-2021: ##CESPE: Tese 13: Na ação de improbidade, a decretação de indisponibilidade de bens pode recair sobre aqueles adquiridos anteriormente ao suposto ato, além de levar em consideração, o valor de possível multa civil como sanção autônoma.
	(PF-2021-CESPE): Um agente público foi condenado por ato de improbidade administrativa. Na sentença, determinou-se que o elemento subjetivo do réu, no caso, havia sido culpa grave. Não houve condenação à perda da função pública nem à perda dos direitos políticos. Considerando essa situação hipotética e o disposto na Lei 8.429/92 e suas alterações, julgue o item a seguir: Eventual decretação de indisponibilidade de bens poderá recair sobre os bens adquiridos pelo referido agente antes da prática do ato ímprobo, devendo-se considerar, ainda, o valor de possível multa civil como sanção autônoma. BL: Entend. Jurisprud.
        
	(DPEMA-2011-CESPE): O direito a um governo honesto, eficiente e zeloso das coisas públicas tem natureza transindividual, sendo a probidade administrativa inerente à democracia. Acerca da ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta: A indisponibilidade de bens não constitui propriamente uma sanção, mas medida de garantia destinada a assegurar o ressarcimento ao erário. BL: art. 7º, § único, LIA.
(MPF-2011): Assinale a alternativa correta: a medida de indisponibilidade de bens prevista na Lei deimprobidade possui natureza cautelar, tendo por escopo assegurar a reparação do dano ao erário. BL: art. 7º, § único, LIA.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. (PGESE-2005) (MPRR-2008) (TJRO-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (TJMT-2014) (TJDFT-2014) (DPECE-2014) (TRF4-2014) (MPMS-2015) (MPPR-2014/2016) (MPGO-2016) (MPSP-2012/2017) (MPPB-2018)
	(MPSC-2014): Falecido o autor de ato de improbidade administrativa, transmite-se ao sucessor a responsabilidade patrimonial, a multa inclusive, até o limite da herança. BL: art. 8º da LIA.
##Atenção: "[...] Consoante o art. 8º da LIA, a multa civil é transmissível aos herdeiros, 'até o limite do valor da herança', somente quando houver violação aos arts. 9° e 10° da referida lei (dano ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito), sendo inadmissível quando a condenação se restringir ao art. 11. [...]" STJ. 1ª S., REsp 951389SC, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 09/06/10.
CAPÍTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa
Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito
        Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: [obs.: Exige DOLO] (TJMG-2006) (TRF1-2009) (MPMG-2010/2011) (MPPR-2011) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (MPSP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPERO-2012) (DPETO-2013) (TRF3-2013) (MPPE-2008/2014) (DPEMS-2012/2014) (MPGO-2012/2013/2014) (TJDFT-2014) (MPMA-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2016) (MPPB-2018) (MPCE-2020) (MPSC-2012/2013/2019/2021)
	##Atenção: ##Dica: Enriquecimento ilícito → DOLO → EU RICO.
	(MPGO-2016): Com base na Lei de Improbidade Administrativa, assinale a alternativa correta: Para configuração dos atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito, é indispensável a prova do dolo do agente e independe de lesão ao erário. BL: art. 9º, LIA.
##Atenção: ##DPEMS-2014: ##TRF2-2014: ##MPGO-2014/2016: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##VUNESP: De acordo com a Lei 8.429/92, a doutrina e a jurisprudência majoritária, apenas o ato que causa lesão ao erário (art. 10) admite a forma culposa. Os atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito tipificados no art. 9° da LIA são punidos a título de dolo, ainda que não haja dano ao erário. Assim, comprovada a ilegalidade na conduta do agente e o dolo indispensável à configuração do ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito, a ausência de dano ao erário impede somente a possibilidade de condenação na pena de ressarcimento ao erário.
        I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; (MPTO-2012) (MPSC-2012/2013) (MPPE-2008/2014) (TJDFT-2015)
	(TJMT-2009-VUNESP): José, funcionário público, recebeu dinheiro para deixar de tomar determinada providência a que estava obrigado em decorrência do cargo que ocupa. Assim sendo, em virtude da Lei de Improbidade Administrativa, José estará sujeito, entre outras, à pena de perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. BL: art. 6º c/c art. 9º, I da LIA.
        II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; (MPPI-2012) (MPSC-2012/2013) (TJPR-2013) (MPSP-2013)
        III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; (MPPI-2012) (MPSC-2012) (TJPR-2013) (MPSP-2013)
        IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; (MPPE-2002) (MPSE-2010) (DPEMS-2012) (MPMG-2010/2011/2017)
	(MPCE-2020-CESPE): Servidor público estadual usou, em proveito próprio, veículo da administração pública estadual, para fins particulares. Nesse caso, a conduta do servidor configura ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, se tiver havido dolo. BL: art. art. 9º, IV da LIA.
        V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; (MPGO-2012) (MPSC-2012/2013) (TJDFT-2015)
        VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; (MPPE-2002) (MPSC-2012/2013)
        VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; (MPPE-2008) (MPMG-2010) (MPPR-2011) (TJBA-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (MPSP-2011/2013) (MPSC-2012/2013) (TJPR-2013) (MPMS-2015)
	(MPSC-2016): O agente público que adquirir, para si ou para outrem, no exercício da função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do seu patrimônio, pratica ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito. BL: art. 9º, VII, LIA.
##Atenção: ##STJ: ##Sobre o inciso VII do art. 9º da LIA: "[...] Para fins de caracterização do ato de improbidade administrativa previsto no art. 9º, VII, da Lei 8.429/92, cabe ao autor da ação o ônus de provar a desproporcionalidade entre a evolução patrimonial e a renda auferida pelo agente no exercício de cargo público. Uma vez comprovada essa desproporcionalidade, caberá ao réu, por sua vez, o ônus de provar a licitude da aquisição dos bens de valor tido por desproporcional." (AGARESP 187235 RJ, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 1ª T, j. 09/10/12).
(DPESP-2013-FCC): É considerado ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito, nos termos da Lei 8.429/92, adquirir para outrem, no exercício de função pública, bem cujo valor seja desproporcional a renda do funcionário. BL: art. 9º, VII, LIA.
        VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; (MPMG-2010) (TJPE-2011) (MPPI-2012) (MPPR-2017)
	(TJDFT-2014-CESPE): A respeito da improbidade administrativa, assinale a opção correta: Constitui ato de improbidade exercer atividade de consultoria para pessoa física que tenha interesse que possa ser amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade. BL: art. 9º, VIII, LIA.
        IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; (DPEMT-2009) (MPPI-2012) (MPSC-2012) (TRF4-2016)
	(MPMT-2014): Levando em conta a Lei de Improbidade Administrativa, analise a assertiva: Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimentoilícito. BL: art. 9, IX, da Lei 8429.
        X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; (MPSC-2010/2012/2013)
        XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; 
	##Atenção: ##STJ: ##MPGO-2016: Determinado Município ajuizou ACP de Improbidade Administrativa contra o ex-prefeito da cidade, sob o argumento de que este, enquanto prefeito, firmou convênio com órgão/entidade federal e recebeu recursos para aplicar em favor da população e, no entanto, não prestou contas no prazo devido, o que fez com o que o Município fosse incluído no cadastro negativo da União, estando, portanto, impossibilitado de receber novos recursos federais. Esta ação de improbidade administrativa deverá ser julgada pela Justiça Federal ou Estadual? I) Regra: compete à Justiça Estadual (e não à Justiça Federal) processar e julgar ação civil pública de improbidade administrativa na qual se apure irregularidades na prestação de contas, por ex-prefeito, relacionadas a verbas federais transferidas mediante convênio e incorporadas ao patrimônio municipal; ii) Exceção: será de competência da Justiça Federal se a União, autarquia federal, fundação federal ou empresa pública federal manifestar expressamente interesse de intervir na causa porque, neste caso, a situação se amoldará no art. 109, I, da CF/88. STJ. 1ª S. CC 131.323-TO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 25/3/15 (Info 559).
	(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Será competente a Justiça Comum Estadual para o processamento e julgamento de ação civil por ato de improbidade administrativa que tenha por objeto o mau uso de verbas federais transferidas e incorporadas ao patrimônio público municipal, salvo se a União manifestar interesse na causa. BL: Info 559, STJ.
        XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. (MPMG-2010/2011) (DPETO-2013)
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
        Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: [obs.: Exige DOLO ou, no mínimo, CULPA] (MPMT-2008) (MPRN-2009) (TRF1-2009) (MPMG-2010/2011) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (MPSP-2005/2012) (TJAC-2012) (DPEAC-2012) (TJPE-2013) (DPETO-2013) (DPEMS-2012/2014) (MPGO-2013/2014) (TJDFT-2014) (MPMA-2014) (DPEMG-2014) (PGESC-2014) (TRF2-2014) (TJRR-2015) (PGEPR-2015) (TRF3-2013/2016) (TRF4-2014/2016) (TJCE-2018) (TJMG-2018) (DPEAM-2018) (MPPR-2012/2013/2014/2016/2019) (TJAL-2019) (TJBA-2019) (MPCE-2020) (MPSC-2012/2016/2019/2021) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021)
	##Atenção: ##Dica: Prejuízo ao erário → DOLO/CULPA → TU RICO.
	##Atenção: ##STJ: ##MPMG-2010: ##TJPA-2012: ##TRF3-2013: ##MPGO-2014: ##MPMA-2014: ##DPEMS-2014: ##TRF2-2014: ##TRF4-2014: ##MPMS-2018: ##DPEAM-2018: ##MPPR-2016/2019: ##TJAL-2019: ##TJPR-2019: ##MPCE-2020: ##MPSC-2021: ##PF-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O STJ tem externado, pacificamente, que improbidade é ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do agente, sendo "indispensável para a caracterização de improbidade que a conduta do agente seja dolosa, para a tipificação das condutas descritas nos arts. 9º e 11 da Lei 8.429/92, ou pelo menos eivada de culpa grave, nas do artigo 10. STJ. Corte Especial. AIA 30/AM, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe 28/09/11. (...). STJ. 1ª T. REsp 1237583/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 8/4/14.
	(PF-2021-CESPE): Um agente público foi condenado por ato de improbidade administrativa. Na sentença, determinou-se que o elemento subjetivo do réu, no caso, havia sido culpa grave. Não houve condenação à perda da função pública nem à perda dos direitos políticos. Considerando essa situação hipotética e o disposto na Lei 8.429/92 e suas alterações, julgue o item a seguir: É correto afirmar que, nessa situação, a conduta do agente que levou à condenação causou dano ao erário. BL: art. 10, caput, da Lei 8429/92 e Entend. Jurisprud.
(TJPR-2019-CESPE): Conforme a Lei de Improbidade Administrativa, para a configuração de um ato de improbidade por dano ao erário, é imprescindível que haja, além do efetivo prejuízo, culpa do agente, ao menos. BL: art. 10, caput, da Lei 8429/92 e Entend. Jurisprud.
(MPMS-2018): Sobre os diversos aspectos da improbidade administrativa, segundo a jurisprudência predominante no STJ, assinale a alternativa correta: Há necessidade de análise de elemento subjetivo para a configuração de ato de improbidade administrativa, qual seja, dolo para condutas previstas nos arts. 9º e 11 ou, ao menos, culpa para as condutas previstas no art. 10 da LIA. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##TJPR-2017: ##CESPE: A orientação fixada no STJ é no sentido de que, nos atos de improbidade administrativa que causem lesão ao erário, a responsabilidade entre os agentes ímprobos é solidária, o que poderá ser reavaliado por ocasião da instrução final do feito ou ainda em fase de liquidação, inexistindo violação ao princípio da individualização da pena. (STJ. 2ª T., AgRg no REsp 1521595/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 05/11/15).
(MPSC-2021-CESPE): Julgue o item seguinte, com base na Lei n.º 8.429/1992 — Lei de Improbidade Administrativa: Admite-se a modalidade culposa para a caracterização de ato de improbidade administrativa que resulte em lesão ao erário. BL: art. 10, LIA.
        
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; (MPPE-2008) (MPPR-2013)
        II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
        III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; (MPPR-2012/2013)
        IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; (MPPR-2013)
         V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; (TJBA-2012) (MPPI-2012) (MPSP-2013) (DPESP-2013) (TJSP-2018)
	(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: Dentre as espécies de fraudes em prejuízo ao patrimônio público, pode ser citado o superfaturamento (ou superestimação), que ocorre quando se cobra sobrepreço ilegal, de modo que a Administração Pública paga pela obra ou serviço mais do que realmente se revelava devido. BL: art. 10, V, LIA.
##Atenção: De fato, a hipótese de superfaturamento encontra amparo expresso no teor do art. 10, V, da LIA, como ato de improbidade administrativa causador de lesão ao erário.
##Atenção: ##TJSP-2018: ##VUNESP: Permitir que a Administração contrate por preço superior ao de mercado é ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário (art. 10, V, da Lei 8.429/92). Como tal, importa, entre outros, em (i) ressarcimento integral do dano, (ii) perda dos bens acrescidos ao patrimônio, se houver, (iii) e multa de até duas vezes o valor do dano (art. 12, II,da Lei de Improbidade).
        VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; (MPF-2011) (MPPI-2012) (MPSC-2013) (TRF3-2016)
        VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (MPPI-2012)
       VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (DPEMG-2014) (MPPR-2017) (TJCE-2018) (TJSP-2018) (TJPR-2019) (MPSC-2014/2016/2019/2021) (TCERJ-2021)
	##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 97: ##MPMS-2018: ##TJPR-2019: ##MPPR-2019: ##MPSC-2019/2021: ##TCERJ-2021: ##CESPE: Tese 08: A contratação direta, quando não caracterizada situação de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, gera lesão ao erário (dano in re ipsa), na medida em que o Poder Público perde a oportunidade de contratar melhor proposta. (STJ. 1ª T., REsp 1121501/RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 19/10/17).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMS-2018: ##MPSP-2019: ##MPSC-2019/2021: ##CESPE: Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da LIA exige-se a presença do efetivo dano ao erário. Exceção: no caso da conduta descrita no inciso VIII do art. 10, não se exige a presença do efetivo dano ao erário. Isso porque, neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa). STJ. 1ª T. AgInt no REsp 1542025/MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 05/06/18. (...) O STJ tem entendimento consolidado segundo o qual a dispensa indevida de licitação configura dano in re ipsa, permitindo a configuração do ato de improbidade que causa prejuízo ao erário. STJ. 1ª T., AgInt no REsp 1.604.421/MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 26/6/18; STJ. 2ª T., AgInt no REsp 1.584.362/PB, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 19/6/18; STJ. 1ª S., AgInt nos EREsp 1.512.393/SP, Rel. Min. Regina Helena Costa, DJe 17/12/18.
	(MPSC-2019): Para caracterização de ato de improbidade previsto no art. 10 da Lei 8.429/92, nos casos de dispensa indevida ou fraude a procedimento licitatório o dano ao erário prescinde de comprovação. BL: art. 10, VIII, LIA e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##TJCE-2018: ##CESPE: De acordo com o STJ, o vício na licitação importa em presunção de prejuízo ao erário – e importa em improbidade administrativa, desde que demonstrado dolo ou culpa pelo agente (STJ. 1ª T. REsp 1.499.706/SP, rel. Min. Gurgel de Faria, j. 02/02/17).
##Atenção: ##Dica site Qconcursos:
► Frustrar licitude de Concurso = Atenta contra os Princípios (art. 11, V da LIA).
► Frustrar licitude de Licitação =  Prejuízo ao erário (art. 10, VIII da LIA)Parte superior do formulário.
	(TJSE-2015-FCC): Uma autarquia realizou inúmeras e sucessivas compras de material sem realização de licitação, sendo que não foi demonstrado o enquadramento em nenhuma das hipóteses do art. 24, da Lei 8.666/93. O Tribunal de Contas, durante o processo de prestação de contas, apurou que o valor pago não foi superior ao praticado no mercado, tendo o responsável justificado o ocorrido na economicidade da conduta e no princípio da eficiência. Esse cenário indica, ilegalidade da conduta, pois o não atendimento ao princípio licitatório configura ato de improbidade e enseja presunção de prejuízo ao erário. BL: art. 10, VIII da Lei 8429/92.
(MPMT-2014): Levando em conta a Lei de Improbidade Administrativa, analise a assertiva: Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário. BL: art. 10, VIII, da Lei 8429.
        IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; (MPMG-2011) (DPEMS-2012)
        X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; (DPEMT-2009) (DPEMS-2012) (MPMT-2014)
        XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; (DPEMS-2012) (DPESP-2013)
        XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; (MPMG-2011) (DPESP-2013) (MPPR-2014)
	(MPCE-2020-CESPE): Servidor público estadual que, no exercício da função pública, concorrer para que terceiro enriqueça ilicitamente estará sujeito a responder por ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, ainda que sua conduta seja culposa. BL: art. 10, XII, LIA.
(TJRS-2012): O servidor público que permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente, ensejando perda patrimonial dos bens ou haveres de uma autarquia municipal, incorre na prática de ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário. BL: art. 10, XII, LIA.
        XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. (MPMG-2010) (MPMS-2011) (TRF4-2016)
        XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) (MPPR-2013)
        XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.  (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) (MPPE-2008) (MPPR-2013) (MPSP-2013) 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
Seção II-A
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)  (Produção de efeito)
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
Art. 10-A.  Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. [obs.: Exige DOLO] (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (TJMG-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018)
	Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). (Incluído pela Lei Complementar nº 157,

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